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CASO CONCRETO SEMANA 06 EMPRESARIAL RESPONDIDO

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CASO CONCRETO SEMANA 06
 Cimbres Produtora e Exportadora de Frutas Ltda. aprovou em assembleia de sócios específica, por unanimidade, a propositura de medida judicial para evitar a decretação de sua falência, diante do gravíssimo quadro de crise de sua empresa. O sócio controlador João Alfredo, titular de 80% do capital social, instruiu o administrador Afrânio Abreu e Lima a contratar os serviços profissionais de um advogado. A sociedade, constituída regularmente em 1976, tem sede em Petrolina/PE e uma única filial em Pilão Arcado/BA, local de atividade inexpressiva em comparação com a empresa desenvolvida no lugar da sede. O objeto social é o cultivo de frutas tropicais em áreas irrigadas, o comércio atacadista de frutas para distribuição no mercado interno e a exportação para a Europa de dois terços da produção. Embora a sociedade passe atualmente por crise de liquidez, com vários títulos protestados no cartório de Petrolina, nunca teve necessidade de impetrar medida preventiva à falência. O sócio João Alfredo e os administradores nunca sofreram condenação criminal. Na reunião profissional com o advogado para coleta de informações necessárias à propositura da ação, Afrânio informou que a crise econômica mundial atingiu duramente os países europeus da Zona do Euro, seu principal e quase exclusivo mercado consumidor. As quedas sucessivas no volume de exportação, expressiva volatilidade do câmbio nos últimos meses, dificuldades de importação de matérias-primas, limitação de crédito e, principalmente, a necessidade de dispensa de empregados e encargos trabalhistas levaram a uma forte retração nas vendas, refletindo gravemente sobre liquidez e receita. Assim, a sociedade se viu, com o passar dos meses da crise mundial, em delicada posição, não lhe restando outra opção, senão a de requerer, judicialmente, uma medida para viabilizar a superação desse estado de crise, vez que vislumbra maneiras de preservar a empresa e sua função social com a conquista de novos mercados no país e na América do Norte. A sociedade empresária, nos últimos três anos, como demonstra o relatório de fluxo de caixa e os balancetes trimestrais, foi obrigada a uma completa reestruturação na sua produção, adquirindo equipamentos mais modernos e insumos para o combate de pragas que também atingiram as lavouras. Referidos investimentos não tiveram o retorno esperado, em razão da alta dos juros dos novos empréstimos, o que assolou a economia pátria, refletindo no custo de captação. Para satisfazer suas obrigações com salários, tributos e fornecedores, não restaram outras alternativas senão novos empréstimos em instituições financeiras, que lhe cobraram taxas de juros altíssimas, devido ao maior risco de inadimplemento, gerando uma falta de capital de giro em alguns meses. Dentro desse quadro, a sociedade não dispõe, no momento, de recursos financeiros suficientes para pagar seus fornecedores em dia. O soerguimento é lento e, por isso, é indispensável a adoção de soluções alternativas e prazos diferenciados e mais longos, como única forma de evitar-se uma indesejável falência. Analise a questão de acordo com a legislação falimentar vigente.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE PETROLINA - ESTADO DE PERNAMBUCO
 Cimbres Produtora e Exportadora de Frutas Ltda de direito privado, representada pelo seu administrador Afrânio Abreu e Lima, inscrita no CNPJ , rua, Petrolina, nº , Pernambuco/ PE, CEP, e-mail, vem por seu advogado, inscrito no CPF, com escritório no endereço completo, bairro, cidade, CEP, e-mail, requerer o que segue:
 PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL ORDINARIA
Para fins de viabilizar a superação da situação de crise econômica- financeira do devedor, pelos motivos que seguem.
DOS FATOS:
A requerida foi constituída no ano de 1976, cujo o objetivo social é o cultivo de frutas tropicais em áreas irrigada, o comércio atacadista de frutas para distribuição no mercado interno e a exportação para a Europa de dois terços da produção. Embora esteja atualmente passando por uma crise de liquidez, nunca houve a necessidade de impetrar medidas preventiva à falência. O sócio e os administradores nunca sofreram condenação criminal.
Com a crise econômica mundial, houve uma queda sucessiva no volume de exportação, dificultando assim a importação de matérias primas, limitação de créditos e, principalmente a necessidade de dispensar vários funcionários e encargos trabalhistas levaram a uma forte retração nas vendas, refletindo gravemente sobre liquidez e receita. 
Assim, a sociedade se viu, com o passar dos meses da crise mundial, em delicada posição, não lhe restando outra opção, senão a de requerer, judicialmente, uma medida para viabilizar a superação desse estado de crise, A sociedade empresária, nos últimos três anos, como demonstra o relatório de fluxo de caixa e os balancetes trimestrais, foi obrigada a uma completa reestruturação na sua produção, adquirindo equipamentos mais modernos e insumos para o combate de pragas que também atingiram as lavouras. Referidos investimentos não tiveram o retorno esperado, em razão da alta dos juros dos novos empréstimos, o que assolou a economia pátria, refletindo no custo de captação. 
Para satisfazer suas obrigações com salários, tributos e fornecedores, não restaram outras alternativas senão novos empréstimos em instituições financeiras, que lhe cobraram taxas de juros altíssimas, devido ao maior risco de inadimplemento, gerando uma falta de capital de giro em alguns meses. Dentro desse quadro, a sociedade não dispõe, no momento, de recursos financeiros suficientes para pagar seus fornecedores em dia.
II-DOS FUNDAMENTOS;
DAS RAZÕES DA CRISE ECONÔMICA:
Em razão das contínuas quedas na exportação, e a constante mudança do câmbio nos últimos meses e dificuldade de importação de matérias primas, limitação de crédito e principalmente a necessidade de dispensa de empregados e sociedade se viu em crise com o passar do tempo. Não, restando- lhe outra alternativa há não ser adquirindo equipamentos mais modernos e insumos para o combate de pragas que também atingiram as lavouras. Buscando para isso créditos e empréstimos bancários, Referidos investimentos não tiveram o retorno esperado, em razão da alta dos juros dos empréstimos.
Este quadro refletiu diretamente na quebra da expectativa de retorno aos investimentos, não alcançando o ponto de equilíbrio planejado pelo requerente.
Assim, conforme se demonstra no plano de recuperação em anexo, a suplicante não dispõe no momento de recursos financeiros suficientes para pagar os seus fornecedores, mas contando com as benesses legais da recuperação judicial, como forma de evitar-se uma indesejável falência, acredita-se na sua reestruturação, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores.
Este quadro refletiu diretamente na quebra da expectativa de retorno aos investimentos, não alcançando o ponto de equilíbrio planejado pelo requerente. 
DOS REQUISITOS PARA O ALCANCE DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL: 
Nos termos do ART. 48 da lei de falências- Lei nº 11.101/2005, o requerente declara que:
Não ser falido, e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidade daí decorrentes;
Não ter há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
Não ter, há menos de 5 anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a seção V deste capitulo;
Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio contratador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta lei;
Pode, ainda, postular a recuperação judicial o cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente.
DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS EXIGIDOS PARA O DEFERIMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL :
Diante do quadro relatado, verifica-se que as devedoras necessitam do socorro do Poder Judiciário. E issose faz possível através do instituto da recuperação judicial, já que preenchem todos os requisitos exigidos pela Lei n. 11.101/2005 para tanto.
Dispõe o artigo 51 da Lei n. 11.101/2005 que a petição inicial deverá ser instruída, além do que retrate as razões da crise, com diversos outros documentos, dentre eles, demonstrações contábeis, relação de credores e empregados e extratos bancários.
 Antes de arrolar os documentos juntados, as empresas devedoras, através de seus sócios, todos por meio de seus patronos, declaram, atendendo ao artigo 48 da Lei n. 11.101/2005, que exercem regularmente suas atividades há mais de dois anos, que nunca tiveram sua quebra decretada, que não obtiveram os favores da recuperação judicial anteriormente. Atesta, ainda, e nos mesmos termos, que seus sócios e administradores nunca foram condenados pela prática de crime falimentar. Satisfeitos as condições exigidas pelo artigo 48 e pelo inciso I do artigo 51, ambos da LRF, a empresa devedora passa a demonstrar a observância dos demais requisitos constantes nos incisos II a IX do artigo 51 da Lei:
 I- a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões de crise econômico-financeira. Caberá ao devedor expor, detalhadamente, o estado econômico da empresa, a situação patrimonial e as razões da crise econômico-financeira;
II- as demonstrações contábeis relativas aos 03 últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de:
(a)  balanço patrimonial; 
(b) demonstração de resultados acumulados; 
(c)  a demonstração do resultado desde o último exercício social; 
(d)  o relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção;
III- relação nominal completa dos credores, inclusive aqueles por obrigação de fazer ou de dar, com a indicação do endereço de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente;
IV- a relação integral dos empregados, em que constem as respectivas funções, salários, indenizações e outras parcelas a que têm direito, com o correspondente mês de competência, e a discriminação dos valores pendentes de pagamento;
V- a certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas, o ato constitutivo atualizado e as atas de nomeação dos atuais administradores;
VI- a relação dos bens particulares dos sócios controladores e dos administradores do devedor;
VII- os extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais aplicações financeiras de qualquer modalidade, inclusive em fundos de investimento ou em bolsa de valores, emitidos pelas respectivas instituições financeiras; 
VIII- certidões dos cartórios de protestos situados na comarca do domicílio ou sede do devedor e naquelas onde possui filial.
IX- a relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais em que este figure como parte, inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativa dos respectivos valores demandados.
IV- DOS PEDIDOS
Diante de todos o exposto requer:
Seja deferido o processamento do presente pedido de recuperação judicial, com nomeação de administrador judicial e tomadas de todas as ulteriores providências previstas no art. 52º da lei de falência;
Seja nomeado administrador judicial devidamente habilitado para que assuma os encargos previstos na regra do art. 22 da lei de falência;
Seja concedida a suspenção legal de 180 dias, de todas as ações ou execuções movidas contra a empresa requerente até ulterior deliberação deste juízo , art. 52º,III e 6º da lei de falência;
A autorização para que a requerente venha apresentar as contas demonstrativas enquanto perdurar a presente recuperação judicial;
A intimação do Ministério Público, bem como a comunicação por carta às Fazendas públicas Federal, Estadual e do Município, para que tomem ciência da presente Recuperação judicial;
A expedição de competente edital a ser publicado no diário de justiça, contendo todas as informações previstas no art. 52º , § 1º da lei que regula a Recuperação judicial;
A concessão do prazo de 60 dias para apresentação em juízo do respectivo plano de Recuperação judicial da requerente, conforme art. 53º da lei de falência.
Dá- se à causa o valor .
Pede deferimento.
Local, data
Advogado/ OAB.

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