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A PRIMEIRA REPÚBLICA

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A PRIMEIRA REPÚBLICA
1889-1930
· Os anos posteriores ao 15 de novembro foram caracterizadas por uma grande incerteza.
 
· Divergência nas concepções de como organizar a república, as principais províncias: São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul – defendiam a ideia de república federativa, que assegura-se um grau considerável de autonomia às unidades regionais. Contrário a quem detinha o poder que era o PRP e os políticos mineiros sustentavam o modelo liberal.
 
· A primeira república foi marcada também como um governo de militares, sendo Marechal Deodoro da Fonseca o chefe de governo provisório e algumas dezenas de oficiais eleitos para o Congresso constituinte. Não sendo um grupo homogêneo, havia rivalidades entre o Exército e a Marinha; enquanto o Exército tinha sido o artífice do novo regime, a Marinha era vista como ligada a monarquia.
 
· Havia divergências ainda entre os adeptos do Marechal e de Floriano Peixoto, mas também quase todos eram veteranos da Guerra do Paraguai, os adeptos de Marechal que não freqüentaram a escola militar tinham a visão de que eles tinham ajudado a derrubar a monarquia para salvar a honra do Exército e não possuíam uma ideia elaborada da República, a não ser a ideia de que o Exército ter um papel maior do que o desempenhado no Império. Já os adeptos de Floriano Peixoto tinham freqüentado a escola militar tinham a missão de dar um rumo ao país e a República deveria ter ordem e progresso. Progresso significava a modernização da sociedade pela ampliação dos conhecimentos técnicos, do crescimento da indústria, da expansão das comunicações. Não eram a voz de uma classe social, mas uma instituição – o Exército – um aparelho do Estado, e pelo tipo de cultura da instituição todos, sendo positivistas ou não, posicionavam-se como adversário do liberalismo. Para eles a República deveria ter o poder executivo forte, ou uma fase mais ou menos prolongada de ditadura.
 
· Recebida com restrições na Inglaterra, a proclamação da República brasileira foi saudada com entusiasmo na Argentina e aproximou o Brasil dos Estados Unidos. A mudança de regime se deu quando estava em curso, em Washington, a I Conferência Internacional Americana, convocada por iniciativa dos Estados Unidos. O representante brasileiro à conferência foi substituído por Salvador de Mendonça, republicano histórico, que se aproximou dos pontos de vista norte-americanos.
 
· O nítido deslocamento do eixo da diplomacia brasileira de Londres para Washington se deu com a entrada do barão do Rio Branco para o Ministério das Relações Exteriores, onde permaneceu por longos anos, Entre 1902 e 1912, atravessando várias sucessões presidenciais. A política de Rio Branco, contando com a eficaz ação de Joaquim Nabuco, Embaixador brasileiro em Washington, não consistiu em um alinhamento automático com os Estados Unidos, mas em uma forte aproximação que garantisse ao Brasil a condição de primeira potência sul-americana. Os tempos de euforia nas relações Brasil-Argentina tinham passado e os dois países entraram em uma aberta competição, na esfera comercial e de equipamento militar. O Brasil tratou de captar as simpatias das Nações menores, como o Uruguai e o Paraguai, e de aproximar-se do Chile para limitar a influência da Argentina. Mesmo assim, sobretudo nos últimos anos de sua gestão, Rio Branco tentou sem êxito implantar um acordo estável entre Argentina-Brasil-Chile, conhecido como ABC.
 Na gestão do Barão do Rio Branco, o Brasil definiu questões de limites com vários países da América do Sul, entre eles o Uruguai, o peru e a Colômbia. um conflito armado o pois brasileiros e bolivianos na disputa pelo Acre, na região Amazônica, subitamente valorizado pela exploração da Borracha. A área, considerada território boliviano, era ocupada em grande parte por migrantes brasileiros. uma solução negociada resultou no Tratado de Petrópolis ( 1903), pelo qual a Bolívia reconheceu a soberania brasileira no Acre recebendo em troca uma indenização de 2,5 milhões de libras esterlinas.
A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA.
 
 Partidários da República Liberal se apressaram para criar uma constituição, pois uma liderança provisória de um militar estava sendo mal vista no exterior como uma semi ditadura, era necessário dar uma forma constitucional ao país para garantir o reconhecimento da República e a obtenção de créditos no exterior. Após várias discussões a nossa primeira constituição Como República Saiu em 24 de fevereiro de 1891, Inspirada no modelo norte-americano, Consagrando a República Federativa liberal. Em um dos artigos eles deram autonomia para os Estados constituem deveres e direitos dependendo de cada região além de forças militares próprias: as forças públicas estaduais e a possibilidade de contrair empréstimos no exterior que era muito interessante para São Paulo com a plantação de café.
 Não devemos pensar que o governo federal, também chamado de União, ficou completamente sem poderes . A ideia de ultrafederalismo, sustentada pelos positivistas Gaúchos, foi combatida Tanto pelos militares como pelos paulistas. O esfacelamento do Poder Central era um risco que, por razões diversas, esses setores não queriam correr. A União ficou com os impostos de importação, com os direitos de criar bancos emissores de moeda, de organizar as forças armadas nacionais etc. Ficou ainda com a faculdade de intervir nos Estados para restabelecer a ordem, para manter a forma republicana federativa e em outras situações.
 A constituição estabeleceu os três poderes - o Executivo, o legislativo e o judiciário -, ‘’ harmônicos e Independentes entre si”. o poder executivo, que antes coubera ao Imperador seria exercido por um presidente da República, eleito por um período de quatro anos. Como no império, o legislativo foi dividido em Câmara de Deputados e Senado, Os senadores deixaram de ser vitalícios. os deputados seriam eleitos em cada estado, em número proporcional ao de seus habitantes, Por um período de três anos. os senadores teriam mandato de nove anos, três senadores representam cada estado e 3 representando o Distrito Federal, isto é, a capital da República.
 A constituição estabeleceu o sistema presidencialista de governo. Os ministros que se tornaram pessoas de confiança do presidente, Que podia nomeá-los e demiti-los livremente.
 Para proceder às eleições, fixou-se o sistema de voto direto e Universal, ou seja, suprimiu-se o censo econômico. Foram considerados eleitores todos os cidadãos brasileiros maiores de 21 anos, excluídas certas categorias, como os analfabetos, os mendigos, os praças militares. A constituição não fez referência às mulheres, mas considerou-se implicitamente que elas estavam impedidos de votar.
 O texto constitucional consagrou o direito dos brasileiros e estrangeiros residentes no país à liberdade, à segurança individual e à propriedade. Extinguiu a pena de morte, aliás raramente aplicada no império. estado igreja passaram a ser instituições separadas, a república só reconheceria o casamento civil e os cemitérios passaram às mãos da administração municipal. Nele seria livre o culto de todas as crenças religiosas. uma lei veio completar, 1893, esses preceitos constitucionais, criando Registro Civil para o nascimento e o falecimento das pessoas. 
 A medida de tornar o Brasil um país laico foi de aplainar os conflitos entre igreja e estado, além de atrair Imigrantes Protestantes, principalmente os alemães que eram de maioria Luterana. Houve também uma grande medida para integrar os imigrantes que foi “a grande naturalização”, onde os imigrantes que depois de 15 de Novembro não declarasse o seu desejo de conservar a sua nacionalidade original se tornaram cidadãos brasileiros.
 
O ENCILHAMENTO
 
 Encilhamento- Local onde são dados os últimos retoques no cavalo de corrida antesde disputarem os páreos. Analogia aplicada a disputa entre as ações das empresas na bolsa do Rio de Janeiro, trazendo em si a ideia de jogatina. 
 Foi a medida usada pelo Ministro da Fazenda governo provisório Rui Barbosa com objetivo de aumentar a oferta de moeda e facilitar a criação de sociedades anônimas. A medida mais importante foi aqui deu alguns bancos da faculdade de emitir moeda. Expandiu os créditos e gerou a ideia de que a república seria o reino dos negócios. No início de 1891 veio a crise, com a derrubada das ações, a falência de estabelecimentos bancários e empresas. 
DEODORO NA PRESIDÊNCIA
 Em plena crise do encilhamento, o congresso elegeu Deodoro à presidência Da República em Floriano a vice-presidência. Deodoro entrou em choque com congresso e atraiu suspeitas ao substituir o ministério, que vinha do governo provisório, por outro sobre o comando de um tradicional político monárquico - Lucena. Juntos tentarão reforçar o poder executivo, tendo como modelo o extinto o poder moderador. em 3 de novembro de 1891, Deodoro fechou o congresso, prometendo Para o Futuro novas eleições uma revisão na Constituição.
FLORIANO PEIXOTO
 
 O êxito dos planos de Deodoro dependia da unidade das Forças Armadas. Isso não acontecia. Ante a reação dos florianistas, da oposição civil e de setores da Marinha, Deodoro acabou renunciando, 23 de novembro de 1891. Subiu ao poder o vice-presidente Floriano Peixoto.
 Floriano tinha ideias contrárias com a elite financeira da época( os fazendeiros). Pensava construir o governo estável, centralizado, vagamente nacionalista, baseado no exército e na Mocidade das escolas civis e militares. Houve um acordo tático entre Floriano e o PRP, pois ele percebia que sem o PRP ele não poderia governar.
A REVOLUÇÃO FEDERALISTA
 
 A Revolução Federalista foi um conflito de caráter político, ocorrido no Rio Grande do Sul entre os anos de 1893 e 1895, que desencadeou uma revolta armada. A revolta atingiu também o Paraná e Santa Catarina.
· Causas da Revolução Federalista
 - Insatisfação dos federalistas com o domínio político de Júlio de Castilhos (presidente do RS) do Partido Republicano Riograndense.
· - Disputa política entre dois grupos políticos gaúchos: Os chimangos (pica-paus) eram defensores do governo de Júlio de Castilhos, da centralização política, do presidencialismo, do positivismo e do governo federal. Já os maragatos (federalistas) queriam tirar Júlio de Castilhos do poder do RS, implantar um sistema descentralizado, baseado no parlamentarismo. Os federalistas eram também contrários à política implantada pelo governo federal após a Proclamação da República e exigiam uma revisão da constituição.
· Início, desenvolvimento e fim da revolta
· Em fevereiro de 1893, os federalistas pegaram em armas para derrubar o governo de Júlio de Castilhos. Floriano Peixoto, presidente do Brasil, se colocou ao lado do governo gaúcho. O conflito acabou tomando âmbito nacional, pois os opositores de Floriano passaram a defender o movimento federalista no RS.
· Os federalistas tiveram algumas vitórias no começo do movimento. Sob a liderança de Gumercindo Saraiva, os federalistas avançaram sobre Santa Catarina.
· Em janeiro de 1894, os federalistas se uniram aos participantes da Revolta da Armada. Entraram no estado do Paraná e tomaram a cidade de Curitiba.
· No final de 1894, o movimento federalista perdeu força. Na batalha da Lapa, no Paraná, as forças federais de Floriano Peixoto venceram os revoltosos. Com a chegada de tropas paulistas, os federalistas tiveram que recuar.
· A paz foi assinada em 23 de agosto de 1895, na cidade de Pelotas, e selou a derrota dos federalistas.
PRUDENTE DE MORAIS
 Foi eleito em 1º de março de 1894, não tendo funcionado a tática de Floriano com a elite política de São Paulo, o candidato eleito não era o que o Marechal tinha escolhido, tanto que nem apareceu na posse. Isso declinou o poder militar. Prudente defendia a República acima de qualquer tradição monárquica.
CANUDOS
 Na Bahia, no Rio Vaza-Barris aconteceu algo que afetou o governo de Prudente de Morais. No Ceará nascera Antônio Conselheiro, inicialmente seria Padre, mas depois se tornou Beato andando pelo Nordeste espalhando ideias para a volta da Monarquia, porque a República para ele era coisa ateu e maçons. Juntou de 20 a 30 mil simpatizantes se fixando em Canudos, o governo da Bahia tentou conter os “fanáticos” não conseguiu, logo pediu ajuda das tropas federais que os derrotou.
CAMPOS SALES 
 Foi a consolidação da República liberal a eleição dele (1898-1902). Os Jacobinos esfacelou-se após uma tentativa de alguns de assassinar Prudente de Morais. A elite política de grandes estados como: São Paulo tinha triunfado, faltava pouco para estabilizar um sistema Republicano de poucos. O grande poder de alguns estados ocasionou rivalidades, onde a União tinha que intervir o que deixava mal a relação entre eles, acrescente isso ao fato de o poder executivo não conseguir se impor sobre o legislativo, mesmo a constituição dizendo que “ os poderes eram harmônicos e independentes entre si”
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