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Melville Jean Herskovits

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ATIVIDADE Nº 5[1: 	1. Faça uma pesquisa na internet sobre a biografia de Herskovits, citando formação acadêmica dele e principais produções acadêmicas. 	2. Descreva como Herkovits explica a noção de "relativismo cultural" no texto O Problema do Relativismo Cultural. Destaque os argumentos do autor e exemplos etnográficos que ele utiliza..]
Antropologia I
Thayan Correia da Silva
Melville Jean Herskovits
Melville Jean Herskovits, nascido em 10 de setembro de 1895, na cidade de Bellefontaine no estado de Ohio nos Estados Unidos da América, filho de imigrantes judeus, obteve um Bacharelado em Filosofia na Universidade de Chicago em 1923 e obteve seu mestrado e Ph.D. em Antropologia da Universidade de Columbia em Nova York. 
Sob a orientação do antropólogo Franz Boas, realizou estudos africanos e sobre os afro-americanos. Sua dissertação, intitulada "The Cattle Complex in East Africa", investigando as teorias de poder e autoridade na região africana, estudando a forma como alguns aspectos da cultura africana e tradições eram evidentes em afro-americanos nos anos 1900. [2: Em tradução livre: “O complexo de gado na África Oriental”]
Em 1927, Herskovits se mudou para a Northwestern University, como pesquisador em tempo integral, onde estabeleceu o departamento de antropologia, em 1938. Entre esse período, no ano de 1934, juntamente com sua esposa passou pouco mais de três meses na aldeia haitiana de Mirebalais, o que resultou a publicação de um livro em 1937, intitulado “Life in a Haitian Valley”. Na época de deu lançamento, “Life in a Haitian Valley” foi considerado como uma das representações mais precisas da prática do vodu haitiano, detalhando a vida e as práticas de vodu meticulosamente.[3: Tradução Livre: “Vida em um vale haitiano”]
Depois da Segunda Guerra Mundial, Herskovits defendeu publicamente a independência africana e também atacou os políticos americanos por visualizar a África como um objeto de estratégia de Guerra Fria, em uma encruzilhada sobre o antirracismo.
 Em 1941, Herskovits chega ao Brasil, onde realizou estudos na cidade de Salvador na Bahia, tendo como centro de análise a cultura afro-brasileira com enfoque na questão religiosa, onde o candomblé foi seu objeto de estudo, onde o terreiro de Gantois tornou-se um ponto de encontro transnacional dos estudos afro-brasileiros.
Herskovits era influente entre os antropólogos e cientistas sociais, como Arthur Ramos e Edson Carneiro. Devido ao seu estudo da família negra, que era uma preocupação dos intelectuais do Norte. Tanto Herskovits quanto Turner estavam convencidos de que o passado africano oferecia o tipo de grandeza cultural necessária para a luta dos negros por liberdade nos Estados Unidos. Melville, assim como Frazer e Turner, vislumbravam-se com as relações inter-raciais brasileiras.
“O Problema do Relativismo cultural”[4: HERSKOVITS, Melville Jean. O Problema do Relativismo Cultural. Disponível em: < http://docs11.minhateca.com.br/411347994,BR,0,0,livro---antropologia-i---antropologia-cultural---cap.-v---problema-do-relativismo-cultural---herskovits.pdf >, acesso em 17 de abril de 2018]
A análise de diferentes culturas deveria ocorrer a traves do exame dos aspectos econômicos, políticos, sociais, familiares, entre outros. Qualquer fato exposto a uma cultura diferente e não analisado dentro de seu contexto, acaba sofrendo certo tipo de pré-conceito e de estranhamento, por já existirem diferentes pensamentos formados sobre o mesmo. Mas também há como chegar a maneiras diferentes de aceitação e visão do fato quando se é integrado a uma nova realidade, à realidade a qual o fato pertence, e, assim, começa-se a entender um sistema novo -e a explicação do fato estranhado está dentro desse conjunto.
O princípio do relativismo cultural se apoia na gama de estudos obtido através de uma saída de campo em que tem como base não priorizar os valores de um ponto de vista, como os conceitos ocidentais, mas busca-se relativizar a cultura. As análises de determinado grupo se baseiam na experiência do estudo e a experiência é acrescentada ao processo de endoculturação do próprio indivíduo.
A cultura é flexível, a mudança é pregada e aceitável, por vezes esperada, nos moldes de sua realidade. Herskovits sustenta que nenhuma cultura desde suas raízes é a mesma, nenhuma cultura não sofreu alteração alguma seja em sua estrutura econômica, social, tecnológica e que, sendo assim, o que se pode fazer é observar a mudança como algo necessário e esperado até pela grande possibilidade de mudanças que o mundo oferece. Os estereótipos construídos, as modas, os moldes das relações interpessoais, as convenções sociais, os costumes são a marca do contato de indivíduos que acabam criando marcos de referência que se concretizam e se incorporam na formação de valores de um sistema. Um exemplo é a questão do parentesco. A mesma é muito significativa e vários antropólogos e livros de antropologia ressaltam a complexidade dessa estrutura. Alguns ignoram o título de “primos” e se reconhecem somente como irmãos, o casamento entre eles é considerado um ultraje. Outros desconsideram a linhagem do pai ou da mãe como parentes, vice-versa. A definição do normal e anormal, aceitável ou não aceitável é completamente relativa e não se pode julgar sem conhecer os pilares centrais e mínimos de determinada cultura.
Fatos que são considerados psicopatológicos ou anormais devem ser vistos como moldes da cultura de um povo e, em geral, conduzidas por aprendizado e disciplina de um grupo. A definição do que é normal e anormal depende dos valores criados e repassados de geração a geração assim como danças, cultos ou rituais que pertencem a um grupo.
Nas avaliações culturais o primeiro “sentimento” que acompanhamos é o etnocentrismo, que é natural na maior parte dos indivíduos atuando de uma maneira dual. O etnocentrismo nada mais é do que o sentimento criado pelo individuo de que a sua maneira de viver, seus valores, cultura, estrutura organizacional é preterível a outras. Esse fator opera de maneira fundamental para a integração social e o fortalecimento individual como o ego, mas também pode gerar preconceito e exclusão com povos que possuam uma cultura diferenciada com estruturas diferentes da que se é acostumada.
O etnocentrismo é tão comum nas diversas “épocas” que é presente até mesmo nos mitos dos povos ágrafos que desde cedo já buscavam a diferenciação dos seus grupos para os demais grupos. Entretanto, a pretensão de afirmar que a nossa cultura é elevada ou mais desenvolvida do que a dos povos ágrafos foi formada e concretizada durante séculos de reafirmação e do controle das máquinas pelo povo Europeu, o que os deu um status de soberanos e superiores diante de todos os outros povos.

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