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TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Psicopatologia Profª Fernanda Romano Estruturas segundo a Psicanálise • Neurose • Psicose • Perversão Psicose - Psicopatologia • Presença de alucinações, delírios, ou de um número limitado de várias anormalidades de comportamento, tais como excitação e hiperatividade grosseiras, retardo psicomotor marcate e comportamento catatônico. • Sintomas positivos • Neurose – Transtornos de Personalidade – Transtornos de Ansiedade – Transtornos Somatoformes e Dissociativos • Sensopercepção • Pensamento • Juízo de realidade Ansiedade • Um sinal de alerta, que permite ao indivíduo ficar atento a um perigo iminente e tomar as medidas necessárias para lidar com a ameaça. • Ex: ator ensaiar para peça • Reação normal: sensação desagradável, de apreensão, acompanhada por várias sensações físicas: mal estar epigástrico, aperto no tórax, palpitações, sudorese excessiva, cefaleia, súbita necessidade de evacuar, inquietação, etc. Sentimento útil!! • Ansiedade Medo Sensação vaga e difusa, e leva-nos a enfrentar as situações agradáveis ou não, com sucesso. Também uma reação normal, porém ligado a uma situação ou objeto específico que apresenta perigo, real ou imaginário, e nos leva a evitá-lo. • Ex: assalto – todos evitamos as situações vulneráveis Ansiedade Ansiedade anormal ou patológica • Quais os critérios que pode ser utilizados para determinar se a resposta de ansiedade de um indivíduo é anormal? Pode ser considerada anormal ou patológica se: É desproporcional em relação à situação que está criando Interfere no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes Ana Maria testemunhou um sério aciente de carro há quatro semanas, quando estava no trânsito dirigindo seu carro, e desde então se recusa a dirigir mesmo até o mercado a poucos quilômetros de sua casa. Quando pode, seu marido compra-lhe o que quer que precise. Devido à ansiedade associada ao fato de dirigir seu carro, Ana Maria se viu forçada a pedir demissão de seu trabaçho no banco, no município próximo, por falta de transporte. Transtornos de Ansiedade • Uma vez que é vantajoso responder com ansiedade a certas situações ameaçadoras, podemos falar de ansiedade normal, constrastando com a ansiedade anormal ou patológica. Transtorno do pânico Agorafobia Transtorno de Ansiedade Generalizada Transtorno de misto de Ansiedade e depressão T.E.P.T. Fobias específicas T.O.C. Fobia Social Transtorno do pânico • Os aspectos essenciais são ataques de ansiedade aguda e grave, recorrentes (ataques do pânico), os quais não estã restritos a qualquer situação ou conjunto de circunstâncias específicos. • Principalmente o primeiro ataque é imprevisível e espontâneo. Atinge um máximo em torno de dez minutos, raramente ultrapassa os trinta minutos. Transtorno do pânico Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno do Pânico (F41) Vários ataques graves de ansiedade autonômica – ataques de pânico – devem ter ocorrido em cerca de um mês: • Em circunstâncias em que não há perigo; • Sem estarem confinados a situações conhecidas ou previsíveis; • Com relativa ausência de sintomas ansiosos entre os ataques. Transtorno do pânico Pelo menos 4 dos fatores devem estar presentes • Desrealização (sentimento de falta de realidade) ou despersonalização (sentimento de estar dissociado de si mesmo) • Suores • Tremor • Sensação de fanta de fôlego ou sufocamento • Sensação de engasgo, asfixia • Dor ou desconforto no tórax • Náuseas ou desconforto abdominal • Sensação de estar com vertigem, instabilidade, aturdimento ou que vai desmaiar • Palpitações, aceleração da frequência cardíaca • Medo de perder o controle ou de enlouquecer • Medo de morrer • Ondas de calor ou de frio • Parestesias (sensações de dormência ou formigamento) Agorafobia • Medo de lugares abertos. Na prática clínica designa medo de sair de casa ou de situações nas quais o socorro imediato não é possível. • É uma complicação frequente no transtorno do pânico, no qual todas as situações temidas têm em comum o medo de passar mal e não ter socorro fácil ou imediato. • É o mais incapacitante dos transtórnos fóbicos, sendo que alguns pacientes tornam-se totalmente confinados ao lar. • A maioria é do sexo feminino. O início se dá usualmente no começo da vida adulta. Agorafobia Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Agorafobia (F40.0) • Os sintomas psicológicos e autonômicos devem ser primariamente manifestações de ansiedade e não secundários a outros sintomas, tais como delírios ou pensamentos obsessivos. • A ansiedade deve estar restrita a pelo menos duas das seguintes situações: multidões, lugares públicos, viajar para lomge de casa e viajar sozinho. • A evitação da situação fóbica deve ser ou estar sendo um aspecto proeminente Transtorno de ansiedade generalizada • É um transtorno crônico de ansiedade, caracterizado por preocupações irrealistas ou excessivas, com diversos sintomas somáticos. • O aspecto essencial é a ansiedade generalizada e persisitente. Não é restrita a uma situação ambiental ou objeto específico, ela é “livremente flutuante”. • O sentimento de nervosismo é acompanhado de quixas somáticas, como tremores, tensão muscular, sudorese excessiva, sensação de cabeça leve, palpitações, tonturas e desconforto digestivo. • Alguns receios podem estar presentes, como o medo de adoecer, de que alguma coisa negativa aconteça com familiares, problemas econômicos, etc. Transtorno de ansiedade generalizada Os sintomas devem ocorrer durante os últimos 6 meses, no mínimo, e causar desconforto clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes • Ansiedade e preocupação excessiva sobre diversos eventos que o indíviduo sente dificuldade em controlar • Inquietação, agitação ou nervosismo • Sentir-se facilmente fatigado • Dificuldade de conscentração ou com a mente “dando um branco” • Irritabilidade • Tensão muscular • Problemas de sono (dificuldade em conciliar o sono ou em permanecer dormindo, ou com sono agitado e não reparador) Transtorno de ansiedade generalizada Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno de Ansiedade Generalizada (F41.1) O paciente deve ter sintomas primários de ansiedade na maioria dos dias, por pelo menos várias semanas, e usualmente por vários meses. Esses sintomas devem usualmente envolver elementos de: • Apreensão (preocupações sobre desgraças futuras, sentir-se “no limite”, dificuldade de conscentração, etc.); • Tensão motora (movimentação inquieta, cefaleias tensionais, tremores, incampacidade de relaxar); • Hiperatividade autonômica (sensação de cabeça leve, sudorese, taquicardia ou taquipneia, desconforto epigástrico, tonturas, boca seca, etc.) Transtorno misto de ansiedade e depressão • Esse diagnóstico deve ser usado quando ambos os sintomas, de ansiedade e de depressão, estão presentes, porém nenhum deles, considerado separadamente, é grave o suficiente para justificar um diagnóstico. • Pessoas com essa mistura de sintomas, comparativamente leves, são frequentemente vistas em cuidados primários, porém existe maior número de casos entre a população geral, os quais nunca vêm à atenção médica ou psiquiátrica. • O diagnóstico de transtorno misto de ansiedade e depressão é de exclusão Transtorno misto de ansiedade e depressão Diretrizes diagnósticas da CID-10 para Transtorno Misto de Ansiedade e Depressão (F41.2) • Há sintomas de ansiedade e depressão presentes, porém nenhum conjuntode sintomas, considerado separadamente, justifica outro diagnóstico • Sintomas autonômicos estão presentes Fobia • Uma fobia é caracterizada por medo excessivo, imensurável, de um objeto ou situação; • Comportamento de esquiva em relação ao objeto em questão; • Ausência de sintomas ansiosos quando longe da situação fóbica. Fobia Social • É o medo excessivo de situações nas quais o indivíduo pode fazer algo embaraçoso ou ser negativamente avaliado pelas outras pessoas. • Medo patológico de comer, beber, tremer, enrubecer, falar, escrever, enfim, de agir de forma ridícula na presença de outras pessoas. • Inicia-se na adolescência, afetando igualmemente homens e mulheres. Fobia Social • Fobia circunscrita – restrita a apenas um tipo de situação. Ex: a pessoa teme escrever na frente de outros, mas no restante das situações sociais não apresenta qualquer tipo de inibição exagerada. • Fobia generalizada – caracteriza-se pelo temor a todas ou quase todas as situações sociais. A esquiva é marcante, e em casos extremos pode resultar em isolamento social. • Ansiedade antecipatória Fobia Social Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Fobia Social (F40.1) • Os sintomas psicológicos, comportamentais ou autômicos devem ser primariamente manifestações de ansiedade e não secundários a outros sintomas, tais como delírios ou pensamentos obsessivos. • A ansiedade deve ser restrita ou predominar em situações sociais • A evitação das situações fóbicas deve ser um aspecto proeminente Fobias específicas • A característica essencial desse transtorno é o medo marcante, persistente e excessivo ou irracional quando na presença de, ou antecipação do encontro com o objeto ou situação específica. • Ocorrem geralmente em conjunto com outros transtornos de ansiedade, porém raramente são o foco da atenção clínica nessa situação. O tratamento geralmente é voltado ao diagnóstico primário que normalmente produz maior angústia e nterfere mais no funcionamento do que a fobia específica. Fobias específicas • A pessoa fóbica pode ser mais (ou menos) ansiosa do que qualquer outra até ser exposta ao objeto ou situação que causa a fobia. • A exposição a estímulos fóbicos produz sintomas avassaladores de pânico, incluindo palpitações, suores, vertigem e dificuldade de respirar. Os sintomas podem ocorrer em resposta ao fato de o indivíduo simplesmente imaginar o estímulo fóbico. • A pessoa reconhece que seu medo é excessivo e irracional, mas se sente impotente para mudar, embora ocasionalmente o indivíduo possa enfrentar o estímulo fóbico quando experimenta ansiedade em grau intenso. Fóbias específicas Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Fobias Específicas (F40.2) • Os sintomas psicológicos ou autonômicos devem ser manifestações primárias de ansiedade e não secundários a outros sintomas, tais como delírio ou pensamento obsessivo. • A ansiedade deve estar restrita à presença do objeto ou situação fóbica determinada (animais, altura, trovão, escuridão, voar, espaços fechados, sangue, etc.) • A situação fóbica é evitada sempre que possível. Classificação de fobias específicas CLASSIFICAÇÃO MEDO CLASSIFICAÇÃO MEDO Acrofobia Altura Herpetofobia Répteis Ailurofobia Gatos Homofobia Homossexualidade Algofobia Dor Misofobia Contaminação Antofobia Flores Murofobia Ratos Antropofobia Pessoas Nictofobia Escuridão Aquafobia Água Numerofobia Números Aracnofobia Aranha Ocofobia Veículos Astrafobia Relâmpagos Ofidiofobia Cobras Belonofobia Agulhas e alfinetes Pirofobia Fogo Brontofobia Trovões Siderodromofobia Estrada de ferro Claustrofobia Lugares fechados Tafofobia Ser enterrado vivo Cinofobia Cães Tanatofobia Morte Dementofobia Insanidade Tricofobia Pelos, cabelo Equinofobia Cavalos Triscaidecafobia Número 13 Escolecifobia Vermes Xenofobia Estrangeiros Gamofobia Casamento Zoofobia Animais Transtorno Obsessivo Compulsivo • Característica essencial são pensamentos obsessivos e atos compulsivos recorrentes. • Graves o suficiente para consumir tempo ou causar angústica ou comprometimento significativo. • O indivíduo reconhece o comportamento como excessivo ou irracional, mas, devido à sensação de alívio da angústia que promove, ele se sente compelido a continuar. • As compusões mais comuns incluem lavar ou limpar, contar, verificar, solicitar ou exigir garantias, ações repetitivas e organização. Transtorno Obsessivo Compulsivo Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno Obsessivo Compulsivo (F42) • Os sintomas obsessivos, atos compulsivos ou ambos devem estar presentes na maioria dos dias por pelo menos duas semanas consecutivas e ser fonte de ansiedade ou de interferência com as atividades. • Os sintomas devem ser reconhecidos como pensamentos ou impulsos do próprio indivíduo. • Deve haver pelo menos um pensamento ou ato que ainda é resistido, sem sucesso, ainda que possam estar presentes outros aos quais o paciente não resiste mais. • O pensamento de execução do ato não deve ser em si mesmo prazeroso. • Os pensamentos, imagens ou impulsos devem ser desagradavelmente repetidos. Transtorno de estresse pós traumático • Esse transtorno se desenvolve em pessoas que experimentaram estresse físico ou emocional de magnitude suficientemente traumática para qualquer pessoa. • Ex: experiências de guerra, catástrofes naturais, estupro, acidentes sérios, etc. • Fatores predisponentes, como traços de personalidade ou presença de outros transtornos mentais, podem facilitar o aparecimento do transtorno ou agravar o seu curso, mas não são necessários nem suficientes para explicar a sua ocorrência. Transtorno de estresse pós traumático • Os aspectos característicos são: reexperiência do trauma através de sonhos e pensamentos em vigília (flash back); torpor emocional para outras experiências relacionadas; sintomas físicos de ansiedade, depressão e dificuldades cognitivas. • A ansiedade e a depressão estão comumente associadas, e a ideação suicida pode ocorrer. • O início do quadro segue o trauma com um período de latência que pode variar de poucas semanas a meses, raramente excedendo seis meses. • O quadro é flutuante e a recuperação ocorre na maioria dos casos. Transtorno de estresse pós traumático Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno de Estresse Pós Traumático (F43.1) • Repetidas revivescências do trauma sob forma de memórias intrusas (flash back) ou sonhos. • Medo e evitação de indicativos que relembrem ao paciente o trauma original • Ansiedade e depressão estão comumente associadas aos sintomas. • O início segue ao trauma com um períodop de latência que pode variar poucas semanas a meses (mas raramente excede seis meses). • Pode apresentar curso crônico Transtornos Somatoformes • Os transtornos somatoformes são diferentes quadros que apresentam queixas físicas para as quais não se consegue encontrar uma explicação anatomopatológica adequada. • Muitas vezes os termos “histeria” e “hipocondria” são utilizados. • São classificados como distúrbios mentais porque os processos fisiopatológicos não são demonstráveis nem compreensíveis por procedimentos laboratoriais e há uma forte suposição ou evidência de que fatores psicológicos sejam a causa principal dos sintomas. Transtornos Somatoformes • Atualmente está bem documentado que uma grande parte dos clientes em clínicas ambulatoriais e consultórios médicos não apresenta doença orgânica que necessite de tratamento médico. • É provável que muitos desses clientes tenham transtornos somatoformes, mas que não percebem a si mesmos como portadores de um distúrbio psiquiátricoe, portanto, não buscam tratamento em consultórios psiquiátricos. Transtorno de somatização • É caracterizada por sintomas físicos múltiplos, recorrentes e frequentemente mutáveis. • Os sintomas não podem ser explicados medicamente, estando associado a sofrimeito psicológico com busca constante de ajuda médica. • É 20 vezes mais comum em mulheres que nos homens, e usualmente começa no início da idade adulta. • Os paciente apresentam inúmeras queixas somáticas e uma história médica longa, vaga, circunstancial e complicada. • Os sintomas mais comuns são: nauseas, vômitos, deglutição difícil, dispineia, flatulência, dores, vertigem… Transtorno de somatização Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno de Somatização (F45.0) • Pelo menos dois anos de sintomas físicos múltiplos e variáveis para os quais nenhuma explicação adequada foi encontrada. • Recusa persistente de aceitar a informação ou o reasseguramento de diversos médicos de que não há explicação física para os sintomas. • Certo grau de comprometimento do funcionamento social e familiar atribuível à natureza dos sintomas e ao comportamento resultante. Somatização: É o processo por meio do qual as necessidades psicológicas são expressas na forma de sintomas físicos. Acredita-se que a somatização esteja associada à ansiedade reprimida. Transtorno Doloroso • É a presença de dor grave e prolongada, para a qual não há nenhuma explicação médica. A avaliação apropriada não revela qualquer patologia orgânica ou mecanismo fisiopatológico que justifiquem a dor. • As queixas mais frequentes são a lombalgia, a cefaleia, a dor facial atípica e a dor pélvica crônica. • As causas desse transtorno persumivelmente são psicológicas, embora as evidências possam não estar aparentes. A dor tem significados inconscientes, que se originam de experiências da primeira e segunda infância. • Pode funcionar como método de obter amor, punição por maus tratos, expiar culpas o aliviar um sentimento intenso de maldade. Transtorno Doloroso Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno Doloroso Somatoforme Persistente (F45.4) • Doe persistente, grave e angustiante, a qual não pode ser plenamente explicada por um processo fisiológico ou por um transtorno físico. • Há associação a conflito emocional ou a problemas psicossociais. Transtorno Hipocondríaco • É a presença de uma preocupação persistente com a própria saúde ou com a possibilidade de ter uma ou mais doenças físicas graves. • Caracteriza-se pelas queixas somáticas e preocupações persistentes constantes com sua aparência física. • Sensações físicas normais ou banais são interpretadas como anormais e angustiantes, e a atenção é focalizada em apenas um ou dois órgãos do sistema do corpo. • As queixas mais comuns são dor e sintomas relativos aos sistemas cardiovascular e gastrintestinal. • Muitas vezes é acompanhada por sintomas de depressão ou ansiedade. Transtorno Hipocondríaco Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno Hipocondríaco (F45.2) Os seguintes critérios devem estar presentes: • Crença persistente na presença de pelo menos uma doença física séria causando o sintoma ou sintomas apresentados, ainda que investigações e exames repetidos não tenham identificado qualquer explicação física adequada, ou uma preocupação persistente com uma suposta deformidade ou desfiguramento. • Recusa persistente de aceitar a informação ou reasseguramento de vários médicos diferentes de que não há nenhuma doença ou anormalidade física causando os sintomas. Transtorno Dismórfico Corporal • Há uma excessiva preocupação com algum “defeito” imaginado na aparência em uma pessoam com aparência normal. Embora leves anomalias possam estar presentes, a preocupação é desproporcional. • O paciente está convencido de que esta anormalidade é óbvia para os outros. Existe um persistente sentimento subjetivo de anormalidade corporal. • Esta anormalidade percebida é constante e específica, não mudando ou se alterando com outras queixas. • A queixa é da natureza de ideias sobrevalentes, não delirantes. Ocorre uma procura por cirurgia corretiva, com objetivo primário de melhorar a aparência. Transtorno Dismórfico Corporal • Não é classificado na CID-10 independentemente. Os pacientes com os sintomas de preocupação excessiva com um defeito imaginário da aparência são classificados como hipocondríacos. Critérios Diagnósticos para Transtorno Dismórfico Corporal (APA) A) Preocupação com um defeito imaginário na aparência. Se existe uma pequena anomalia presente, a preocupação da pessoa é marcadamente excessiva. B) A preocupação causa comprometimento no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes. C) A preocupação não é mais bem explicada pela presença de outro transtorno mental (instatisfação com a forma e o tamanho do corpo, como em casos de anorexia nervosa). Transtornos Dissociativos • São definidos como uma alteração nas funções integradas de consciência, memória e identidade ou percepção. (Também recebia o nome de “neurose histérica”). • As respostas dissociativas acontece quando a ansiedade atinge níveis insuportáveis e a personalidade se torna desorganizada. • Os mecanismos de defesa que normalmente governam consciência, memória e identidade se rompem e o comportamento passa a ocorrer com pouca ou nenhuma participação da personalidade consciente. Amnésia Dissociativa • Caracteriza-se pela perda de memória parcial, seletiva ou completa, usualmente para eventos recentes e importantes, a qual não é decorrente de transtorno mental orgânico e é extensa demais para ser explicada por esquecimento normal ou fadiga. • O início é súbito e a capacidade para apreender novas informações é retida. O término também é abrupto. • É centrada em eventos traumáticos, como acidentes ou perdas inesperadas. • A recuperação é completa, com poucas recorrências. Recuperada a memória, recomenda-se psicoterapia para ajudar o paciente a lidar com as emoções associadas. Amnésia Dissociativa • A amnésia pode assumir várias formas: • 1- Amnésia localizada • Incapacidade de lembrar qualquer incidente associado ao evento traumático por um período específico após a ocorrência (em geral entre algumas horas e poucos dias). • Exemplo: Indivíduo não consegue se lembrar do que ocorreu no acidente de automóvel e dos eventos ocorridos durante certo tempo depois do acidente (poucas horas ou poucos dias). • 2- Amnésia seletiva • Incapacidade de se lembrar apenas de determinados incidentes associados ao evento traumático por um tempo específico. • Exemplo: O indivíduo não pode ser capaz de lembrar-se de eventos que resultaram no impacto, mas se recorda de estar sendo levado pela ambulância. Amnésia Dissociativa • 3- Amnésia contínua • Incapacidade de se lembrar de eventos que ocorrerem após um tempo específico até o momento presente. • Exemplo: Indivíduo não consegue se lembrar de eventos associados ao acidente de automóvel e de nada que ocorreu desde então. Ele não consegue formar novas memórias, embora aparentemente esteja alerta e consciente. • 4- Amnésia generalizada • É o raro fenômeno de não ser capaz de se lembrar de nada que aconteceu durantre toda a sua vida, incluindo a identidade pessoal do indivíduo. • 5- Amnésia sistematizada • O indivíduo não consegue se lembrar de eventos que se relacionam com uma categoria específica de informação (p. ex: a própria família) ou uma pessoa ou evento particular. Amnésia Dissociativa Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Amnésia Dissociativa (F44.0) • Amnésia parcial ou completa para eventos recentes que sãode natureza traumática ou estressante. • Ausência de transtornos mentais orgânicos, intoxicação ou fadiga excessiva Fuga Dissociativa • Apresenta como traço marcante o deslocamento súbito, inesperado da própria casa ou do lugar habitual de trabalho e a incapacidade de recordar o passado. • Tem todos os aspectos da amnésia dissociativa. • Um indivíduo em estado de fuga não consegue se lembrar de sua identidade pessoal e frequentemente assume uma nova identidade. • O indivíduo em estado de fuga não parece se comportar de maneira fora do comum para observadores independentes. O contato com outras pessoas é mínimo, a identidade assumida pode tanto ser simples e incompleta como complexa e elaborada. Fuga Dissociativa • O transtorno é raro. O fator motivador essencial parece ser o desejo de se afastar de experiências emocionalmente dolorosas. Pacientes com trantornos de personalidade (borderline, histriônico e esquizoide) estão mais predispostos. • Pacientes com fuga dissociativa são frequentemente recolhidos por policiais quando encotrados vagando em condições confusas e perigosas após emergirem da fuga em um ambiente familiar. • Em geral são levados ao pronto socorro. Durante o exame são capazes de fornecer detalhes de sua situação de vida anterior, mas não possuem memória do início do estado de fuga. Fuga Dissociativa Diretrizes Diagnósticas de CID-10 para Fuga Dissociativa (F44.1) • Presença dos critérios de Amnésia Dissociativa • Percurso propositado para além dos limites cotidianos usuais • Manutenção dos cuidados básicos consigo mesmo e da interação social simples com estranhos. Transtorno de Personalidade Múltipla • Transtorno de dissociação de identidade (TDI) para o DSM. • O aspecto essencial é a existência aparente de duas ou mais personalidades distintas dentro de um indivíduo, com apenas uma delas evidenciand-se a cada momento. • É raro e há controvérsia sobre seu aspecto iatrogênico (reação adversa dada por uso de medicamento que provoca algum tipo de "alergia“) e cultural. • Costuma ser considerado o mais grave transtorno dissociativo. Transtorno de Personalidade Múltipla • Na forma mais usual, uma personalidade é dominante, mas nenhuma tem acesso às memórias da outra e ambas são alheias à existência da outra. • A transição de uma personalidade para outra é súbita. As personalidades podem ser de sexo oposto, de raças e idades diferentes. A personalidade subordinada mais comum é a infantil. • Com frequência, os pacientes com personalidade múltipla apresentam transtorno de personalidade. Transtorno de Personalidade Múltipla Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno de Personalidade Múltipla (F44.81) • Existência aparente de duas ou mais personalidades diferentes dentro de um indivíduo, com apenas uma delas evidenciando-se a cada momento. • Cada personalidade é completa, com suas memórias, comportamento e preferências. Transtornos Conversivos • Para o DSM é um tipo de trantorno somatoforme • Para o CID-10 é dissociativo • Envolve uma perda ou alteração do funcionamento corporal que não pode ser explicada por qualquer alteração fisiopatológica. • O conflito psicológico está no inconsciente e o sintoma físico não está sob controle voluntário. Síndrome de despersonalização • Caracteriza-se pela queixa de que sua atividade mental ou seu corpo, o ambiente (desrealização) ou ambos estão alterados em sua qualidade, parecendo irreais, remotos ou atomatizados. • Há uma aceitação de que isto é uma alteração subjetiva e espontânea, não imposta por forças externas ou outras pessoas. • Podem sentir que não estão mais produzindo o seu próprio pensamento, imaginação ou lembranças; seus movimentos e comportamento não são deles próprios. • Às vezes parece faltar cor e vida ao ambiente, parecendo um palco artificial onde as pessoas estão representando papeis inventados. Síndrome de despersonalização Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Síndrome de Despersonalização (F48.1) Deve haver o primeiro e/ou o segundo critério, mais o terceiro e/ou quarto critério: • Despersonalização: o indivíduo sente que seus próprios sentimentos e/ou experiências estão separados, distantes, não são seus, perderam-se. • Desrealização: objetos, pessoas e/ou ambiente parecem irreais, distantes, artificiais, descoloridos, sem vida. • Uma aceitação de que a síndrome é uma alteração subjetiva e espontânea. • Sensório claro e ausência de estado confusional tóxico ou epilepsia.
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