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Transtornos de Ansiedade e Somatoformes

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TRANSTORNOS DE 
ANSIEDADE 
Psicopatologia
Profª Fernanda Romano
Estruturas segundo a Psicanálise
• Neurose
• Psicose
• Perversão
Psicose - Psicopatologia
• Presença de alucinações, delírios, ou de um número
limitado de várias anormalidades de comportamento, tais
como excitação e hiperatividade grosseiras, retardo
psicomotor marcate e comportamento catatônico.
• Sintomas positivos
• Neurose – Transtornos de Personalidade
– Transtornos de Ansiedade
– Transtornos Somatoformes e Dissociativos
• Sensopercepção
• Pensamento
• Juízo de realidade
Ansiedade
• Um sinal de alerta, que permite ao indivíduo ficar atento a 
um perigo iminente e tomar as medidas necessárias para 
lidar com a ameaça.
• Ex: ator  ensaiar para peça
• Reação normal: sensação desagradável, de apreensão,
acompanhada por várias sensações físicas: mal estar
epigástrico, aperto no tórax, palpitações, sudorese
excessiva, cefaleia, súbita necessidade de evacuar,
inquietação, etc.
Sentimento útil!!
• Ansiedade Medo
Sensação vaga e difusa, e leva-nos a enfrentar 
as situações agradáveis ou não, com sucesso. 
Também uma reação normal,
porém ligado a uma situação ou objeto específico que
apresenta perigo, real ou imaginário, e nos leva a evitá-lo.
• Ex: assalto – todos evitamos as situações vulneráveis
Ansiedade
Ansiedade anormal ou patológica
• Quais os critérios que pode ser utilizados para determinar 
se a resposta de ansiedade de um indivíduo é anormal?
Pode ser considerada anormal ou patológica se:
É desproporcional em relação à 
situação que está criando
Interfere no funcionamento social, 
ocupacional ou em outras áreas 
importantes
Ana Maria testemunhou um sério
aciente de carro há quatro semanas,
quando estava no trânsito dirigindo seu
carro, e desde então se recusa a dirigir
mesmo até o mercado a poucos
quilômetros de sua casa. Quando pode,
seu marido compra-lhe o que quer que
precise.
Devido à ansiedade associada ao fato
de dirigir seu carro, Ana Maria se viu
forçada a pedir demissão de seu
trabaçho no banco, no município
próximo, por falta de transporte.
Transtornos de Ansiedade
• Uma vez que é vantajoso responder com ansiedade a
certas situações ameaçadoras, podemos falar de
ansiedade normal, constrastando com a ansiedade
anormal ou patológica.
Transtorno do pânico
Agorafobia
Transtorno de Ansiedade 
Generalizada
Transtorno de misto de 
Ansiedade e depressão
T.E.P.T.
Fobias específicas
T.O.C.
Fobia Social
Transtorno do pânico
• Os aspectos essenciais são ataques de ansiedade aguda
e grave, recorrentes (ataques do pânico), os quais não
estã restritos a qualquer situação ou conjunto de
circunstâncias específicos.
• Principalmente o primeiro ataque é imprevisível e
espontâneo. Atinge um máximo em torno de dez minutos,
raramente ultrapassa os trinta minutos.
Transtorno do pânico
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno do Pânico (F41)
Vários ataques graves de ansiedade autonômica – ataques de pânico – devem 
ter ocorrido em cerca de um mês:
• Em circunstâncias em que não há perigo;
• Sem estarem confinados a situações conhecidas ou previsíveis;
• Com relativa ausência de sintomas ansiosos entre os ataques.
Transtorno do pânico
Pelo menos 4 dos fatores devem estar presentes
• Desrealização (sentimento de falta de realidade) ou despersonalização 
(sentimento de estar dissociado de si mesmo)
• Suores • Tremor
• Sensação de fanta de fôlego ou 
sufocamento
• Sensação de engasgo, asfixia
• Dor ou desconforto no tórax • Náuseas ou desconforto abdominal
• Sensação de estar com vertigem, 
instabilidade, aturdimento ou que 
vai desmaiar
• Palpitações, aceleração da 
frequência cardíaca
• Medo de perder o controle ou de 
enlouquecer
• Medo de morrer
• Ondas de calor ou de frio • Parestesias (sensações de 
dormência ou formigamento)
Agorafobia
• Medo de lugares abertos. Na prática clínica designa
medo de sair de casa ou de situações nas quais o
socorro imediato não é possível.
• É uma complicação frequente no transtorno do pânico, no
qual todas as situações temidas têm em comum o medo
de passar mal e não ter socorro fácil ou imediato.
• É o mais incapacitante dos transtórnos fóbicos, sendo
que alguns pacientes tornam-se totalmente confinados ao
lar.
• A maioria é do sexo feminino. O início se dá usualmente
no começo da vida adulta.
Agorafobia
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Agorafobia (F40.0)
• Os sintomas psicológicos e autonômicos devem ser primariamente
manifestações de ansiedade e não secundários a outros sintomas, tais
como delírios ou pensamentos obsessivos.
• A ansiedade deve estar restrita a pelo menos duas das seguintes situações:
multidões, lugares públicos, viajar para lomge de casa e viajar sozinho.
• A evitação da situação fóbica deve ser ou estar sendo um aspecto
proeminente
Transtorno de ansiedade generalizada
• É um transtorno crônico de ansiedade, caracterizado por
preocupações irrealistas ou excessivas, com diversos
sintomas somáticos.
• O aspecto essencial é a ansiedade generalizada e
persisitente. Não é restrita a uma situação ambiental ou
objeto específico, ela é “livremente flutuante”.
• O sentimento de nervosismo é acompanhado de quixas
somáticas, como tremores, tensão muscular, sudorese
excessiva, sensação de cabeça leve, palpitações,
tonturas e desconforto digestivo.
• Alguns receios podem estar presentes, como o medo de
adoecer, de que alguma coisa negativa aconteça com
familiares, problemas econômicos, etc.
Transtorno de ansiedade generalizada
Os sintomas devem ocorrer durante os últimos 6 meses, no mínimo, e 
causar desconforto clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes
• Ansiedade e preocupação excessiva sobre diversos eventos que o indíviduo 
sente dificuldade em controlar
• Inquietação, agitação ou nervosismo
• Sentir-se facilmente fatigado
• Dificuldade de conscentração ou com a mente “dando um branco”
• Irritabilidade
• Tensão muscular
• Problemas de sono (dificuldade em conciliar o sono ou em permanecer 
dormindo, ou com sono agitado e não reparador)
Transtorno de ansiedade generalizada
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno de Ansiedade 
Generalizada (F41.1)
O paciente deve ter sintomas primários de ansiedade na maioria dos dias, por 
pelo menos várias semanas, e usualmente por vários meses.
Esses sintomas devem usualmente envolver elementos de:
• Apreensão (preocupações sobre desgraças futuras, sentir-se “no limite”, 
dificuldade de conscentração, etc.);
• Tensão motora (movimentação inquieta, cefaleias tensionais, tremores, 
incampacidade de relaxar);
• Hiperatividade autonômica (sensação de cabeça leve, sudorese, taquicardia 
ou taquipneia, desconforto epigástrico, tonturas, boca seca, etc.)
Transtorno misto de ansiedade e 
depressão
• Esse diagnóstico deve ser usado quando ambos os
sintomas, de ansiedade e de depressão, estão presentes,
porém nenhum deles, considerado separadamente, é
grave o suficiente para justificar um diagnóstico.
• Pessoas com essa mistura de sintomas,
comparativamente leves, são frequentemente vistas em
cuidados primários, porém existe maior número de casos
entre a população geral, os quais nunca vêm à atenção
médica ou psiquiátrica.
• O diagnóstico de transtorno misto de ansiedade e
depressão é de exclusão
Transtorno misto de ansiedade e 
depressão
Diretrizes diagnósticas da CID-10 para Transtorno Misto de Ansiedade e 
Depressão (F41.2)
• Há sintomas de ansiedade e depressão presentes, porém nenhum conjuntode sintomas, considerado separadamente, justifica outro diagnóstico
• Sintomas autonômicos estão presentes
Fobia
• Uma fobia é caracterizada por medo excessivo,
imensurável, de um objeto ou situação;
• Comportamento de esquiva em relação ao objeto em
questão;
• Ausência de sintomas ansiosos quando longe da situação
fóbica.
Fobia Social
• É o medo excessivo de situações nas quais o indivíduo
pode fazer algo embaraçoso ou ser negativamente
avaliado pelas outras pessoas.
• Medo patológico de comer, beber, tremer, enrubecer,
falar, escrever, enfim, de agir de forma ridícula na
presença de outras pessoas.
• Inicia-se na adolescência, afetando igualmemente
homens e mulheres.
Fobia Social
• Fobia circunscrita – restrita a apenas um tipo de situação.
Ex: a pessoa teme escrever na frente de outros, mas no
restante das situações sociais não apresenta qualquer
tipo de inibição exagerada.
• Fobia generalizada – caracteriza-se pelo temor a todas
ou quase todas as situações sociais. A esquiva é
marcante, e em casos extremos pode resultar em
isolamento social.
• Ansiedade antecipatória
Fobia Social
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Fobia Social (F40.1)
• Os sintomas psicológicos, comportamentais ou autômicos devem ser 
primariamente manifestações de ansiedade e não secundários a outros 
sintomas, tais como delírios ou pensamentos obsessivos.
• A ansiedade deve ser restrita ou predominar em situações sociais
• A evitação das situações fóbicas deve ser um aspecto proeminente
Fobias específicas
• A característica essencial desse transtorno é o medo
marcante, persistente e excessivo ou irracional quando
na presença de, ou antecipação do encontro com o
objeto ou situação específica.
• Ocorrem geralmente em conjunto com outros transtornos
de ansiedade, porém raramente são o foco da atenção
clínica nessa situação. O tratamento geralmente é
voltado ao diagnóstico primário que normalmente produz
maior angústia e nterfere mais no funcionamento do que
a fobia específica.
Fobias específicas
• A pessoa fóbica pode ser mais (ou menos) ansiosa do
que qualquer outra até ser exposta ao objeto ou situação
que causa a fobia.
• A exposição a estímulos fóbicos produz sintomas
avassaladores de pânico, incluindo palpitações, suores,
vertigem e dificuldade de respirar. Os sintomas podem
ocorrer em resposta ao fato de o indivíduo simplesmente
imaginar o estímulo fóbico.
• A pessoa reconhece que seu medo é excessivo e
irracional, mas se sente impotente para mudar, embora
ocasionalmente o indivíduo possa enfrentar o estímulo
fóbico quando experimenta ansiedade em grau intenso.
Fóbias específicas
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Fobias Específicas (F40.2)
• Os sintomas psicológicos ou autonômicos devem ser manifestações 
primárias de ansiedade e não secundários a outros sintomas, tais como 
delírio ou pensamento obsessivo.
• A ansiedade deve estar restrita à presença do objeto ou situação fóbica 
determinada (animais, altura, trovão, escuridão, voar, espaços fechados, 
sangue, etc.)
• A situação fóbica é evitada sempre que possível.
Classificação de fobias específicas
CLASSIFICAÇÃO MEDO CLASSIFICAÇÃO MEDO
Acrofobia Altura Herpetofobia Répteis
Ailurofobia Gatos Homofobia Homossexualidade
Algofobia Dor Misofobia Contaminação
Antofobia Flores Murofobia Ratos
Antropofobia Pessoas Nictofobia Escuridão
Aquafobia Água Numerofobia Números
Aracnofobia Aranha Ocofobia Veículos
Astrafobia Relâmpagos Ofidiofobia Cobras
Belonofobia Agulhas e alfinetes Pirofobia Fogo
Brontofobia Trovões Siderodromofobia Estrada de ferro
Claustrofobia Lugares fechados Tafofobia Ser enterrado vivo
Cinofobia Cães Tanatofobia Morte
Dementofobia Insanidade Tricofobia Pelos, cabelo
Equinofobia Cavalos Triscaidecafobia Número 13
Escolecifobia Vermes Xenofobia Estrangeiros
Gamofobia Casamento Zoofobia Animais
Transtorno Obsessivo Compulsivo
• Característica essencial são pensamentos obsessivos e
atos compulsivos recorrentes.
• Graves o suficiente para consumir tempo ou causar
angústica ou comprometimento significativo.
• O indivíduo reconhece o comportamento como excessivo
ou irracional, mas, devido à sensação de alívio da
angústia que promove, ele se sente compelido a
continuar.
• As compusões mais comuns incluem lavar ou limpar,
contar, verificar, solicitar ou exigir garantias, ações
repetitivas e organização.
Transtorno Obsessivo Compulsivo
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno Obsessivo Compulsivo 
(F42)
• Os sintomas obsessivos, atos compulsivos ou ambos devem estar
presentes na maioria dos dias por pelo menos duas semanas consecutivas
e ser fonte de ansiedade ou de interferência com as atividades.
• Os sintomas devem ser reconhecidos como pensamentos ou impulsos do
próprio indivíduo.
• Deve haver pelo menos um pensamento ou ato que ainda é resistido, sem
sucesso, ainda que possam estar presentes outros aos quais o paciente
não resiste mais.
• O pensamento de execução do ato não deve ser em si mesmo prazeroso.
• Os pensamentos, imagens ou impulsos devem ser desagradavelmente
repetidos.
Transtorno de estresse pós traumático
• Esse transtorno se desenvolve em pessoas que
experimentaram estresse físico ou emocional de
magnitude suficientemente traumática para qualquer
pessoa.
• Ex: experiências de guerra, catástrofes naturais, estupro,
acidentes sérios, etc.
• Fatores predisponentes, como traços de personalidade
ou presença de outros transtornos mentais, podem
facilitar o aparecimento do transtorno ou agravar o seu
curso, mas não são necessários nem suficientes para
explicar a sua ocorrência.
Transtorno de estresse pós traumático
• Os aspectos característicos são: reexperiência do trauma
através de sonhos e pensamentos em vigília (flash back);
torpor emocional para outras experiências relacionadas;
sintomas físicos de ansiedade, depressão e dificuldades
cognitivas.
• A ansiedade e a depressão estão comumente
associadas, e a ideação suicida pode ocorrer.
• O início do quadro segue o trauma com um período de
latência que pode variar de poucas semanas a meses,
raramente excedendo seis meses.
• O quadro é flutuante e a recuperação ocorre na maioria
dos casos.
Transtorno de estresse pós traumático
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno de Estresse Pós 
Traumático (F43.1)
• Repetidas revivescências do trauma sob forma de memórias intrusas (flash 
back) ou sonhos.
• Medo e evitação de indicativos que relembrem ao paciente o trauma original
• Ansiedade e depressão estão comumente associadas aos sintomas.
• O início segue ao trauma com um períodop de latência que pode variar
poucas semanas a meses (mas raramente excede seis meses).
• Pode apresentar curso crônico
Transtornos Somatoformes 
• Os transtornos somatoformes são diferentes quadros que
apresentam queixas físicas para as quais não se
consegue encontrar uma explicação anatomopatológica
adequada.
• Muitas vezes os termos “histeria” e “hipocondria” são
utilizados.
• São classificados como distúrbios mentais porque os
processos fisiopatológicos não são demonstráveis nem
compreensíveis por procedimentos laboratoriais e há uma
forte suposição ou evidência de que fatores psicológicos
sejam a causa principal dos sintomas.
Transtornos Somatoformes 
• Atualmente está bem documentado que uma grande
parte dos clientes em clínicas ambulatoriais e
consultórios médicos não apresenta doença orgânica que
necessite de tratamento médico.
• É provável que muitos desses clientes tenham
transtornos somatoformes, mas que não percebem a si
mesmos como portadores de um distúrbio psiquiátricoe,
portanto, não buscam tratamento em consultórios
psiquiátricos.
Transtorno de somatização
• É caracterizada por sintomas físicos múltiplos,
recorrentes e frequentemente mutáveis.
• Os sintomas não podem ser explicados medicamente,
estando associado a sofrimeito psicológico com busca
constante de ajuda médica.
• É 20 vezes mais comum em mulheres que nos homens, e
usualmente começa no início da idade adulta.
• Os paciente apresentam inúmeras queixas somáticas e
uma história médica longa, vaga, circunstancial e
complicada.
• Os sintomas mais comuns são: nauseas, vômitos,
deglutição difícil, dispineia, flatulência, dores, vertigem…
Transtorno de somatização
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno de Somatização (F45.0)
• Pelo menos dois anos de sintomas físicos múltiplos e variáveis para os
quais nenhuma explicação adequada foi encontrada.
• Recusa persistente de aceitar a informação ou o reasseguramento de
diversos médicos de que não há explicação física para os sintomas.
• Certo grau de comprometimento do funcionamento social e familiar
atribuível à natureza dos sintomas e ao comportamento resultante.
Somatização:
É o processo por meio do qual as necessidades
psicológicas são expressas na forma de sintomas físicos.
Acredita-se que a somatização esteja associada à
ansiedade reprimida.
Transtorno Doloroso
• É a presença de dor grave e prolongada, para a qual não há
nenhuma explicação médica. A avaliação apropriada não
revela qualquer patologia orgânica ou mecanismo
fisiopatológico que justifiquem a dor.
• As queixas mais frequentes são a lombalgia, a cefaleia, a
dor facial atípica e a dor pélvica crônica.
• As causas desse transtorno persumivelmente são
psicológicas, embora as evidências possam não estar
aparentes. A dor tem significados inconscientes, que se
originam de experiências da primeira e segunda infância.
• Pode funcionar como método de obter amor, punição por
maus tratos, expiar culpas o aliviar um sentimento intenso
de maldade.
Transtorno Doloroso
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno Doloroso 
Somatoforme Persistente (F45.4)
• Doe persistente, grave e angustiante, a qual não pode ser plenamente 
explicada por um processo fisiológico ou por um transtorno físico.
• Há associação a conflito emocional ou a problemas psicossociais.
Transtorno Hipocondríaco
• É a presença de uma preocupação persistente com a
própria saúde ou com a possibilidade de ter uma ou mais
doenças físicas graves.
• Caracteriza-se pelas queixas somáticas e preocupações
persistentes constantes com sua aparência física.
• Sensações físicas normais ou banais são interpretadas
como anormais e angustiantes, e a atenção é focalizada
em apenas um ou dois órgãos do sistema do corpo.
• As queixas mais comuns são dor e sintomas relativos aos
sistemas cardiovascular e gastrintestinal.
• Muitas vezes é acompanhada por sintomas de depressão
ou ansiedade.
Transtorno Hipocondríaco
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno Hipocondríaco (F45.2)
Os seguintes critérios devem estar presentes:
• Crença persistente na presença de pelo menos uma doença física séria
causando o sintoma ou sintomas apresentados, ainda que investigações e
exames repetidos não tenham identificado qualquer explicação física
adequada, ou uma preocupação persistente com uma suposta deformidade
ou desfiguramento.
• Recusa persistente de aceitar a informação ou reasseguramento de vários
médicos diferentes de que não há nenhuma doença ou anormalidade física
causando os sintomas.
Transtorno Dismórfico Corporal
• Há uma excessiva preocupação com algum “defeito”
imaginado na aparência em uma pessoam com aparência
normal. Embora leves anomalias possam estar
presentes, a preocupação é desproporcional.
• O paciente está convencido de que esta anormalidade é
óbvia para os outros. Existe um persistente sentimento
subjetivo de anormalidade corporal.
• Esta anormalidade percebida é constante e específica,
não mudando ou se alterando com outras queixas.
• A queixa é da natureza de ideias sobrevalentes, não
delirantes. Ocorre uma procura por cirurgia corretiva, com
objetivo primário de melhorar a aparência.
Transtorno Dismórfico Corporal
• Não é classificado na CID-10 independentemente. Os
pacientes com os sintomas de preocupação excessiva
com um defeito imaginário da aparência são classificados
como hipocondríacos.
Critérios Diagnósticos para Transtorno Dismórfico Corporal (APA)
A) Preocupação com um defeito imaginário na aparência. Se existe uma
pequena anomalia presente, a preocupação da pessoa é marcadamente
excessiva.
B) A preocupação causa comprometimento no funcionamento social,
ocupacional ou em outras áreas importantes.
C) A preocupação não é mais bem explicada pela presença de outro
transtorno mental (instatisfação com a forma e o tamanho do corpo, como
em casos de anorexia nervosa).
Transtornos Dissociativos
• São definidos como uma alteração nas funções
integradas de consciência, memória e identidade ou
percepção. (Também recebia o nome de “neurose
histérica”).
• As respostas dissociativas acontece quando a ansiedade
atinge níveis insuportáveis e a personalidade se torna
desorganizada.
• Os mecanismos de defesa que normalmente governam
consciência, memória e identidade se rompem e o
comportamento passa a ocorrer com pouca ou nenhuma
participação da personalidade consciente.
Amnésia Dissociativa
• Caracteriza-se pela perda de memória parcial, seletiva ou
completa, usualmente para eventos recentes e
importantes, a qual não é decorrente de transtorno
mental orgânico e é extensa demais para ser explicada
por esquecimento normal ou fadiga.
• O início é súbito e a capacidade para apreender novas
informações é retida. O término também é abrupto.
• É centrada em eventos traumáticos, como acidentes ou
perdas inesperadas.
• A recuperação é completa, com poucas recorrências.
Recuperada a memória, recomenda-se psicoterapia para
ajudar o paciente a lidar com as emoções associadas.
Amnésia Dissociativa
• A amnésia pode assumir várias formas:
• 1- Amnésia localizada
• Incapacidade de lembrar qualquer incidente associado ao evento
traumático por um período específico após a ocorrência (em geral
entre algumas horas e poucos dias).
• Exemplo: Indivíduo não consegue se lembrar do que ocorreu no
acidente de automóvel e dos eventos ocorridos durante certo
tempo depois do acidente (poucas horas ou poucos dias).
• 2- Amnésia seletiva
• Incapacidade de se lembrar apenas de determinados incidentes
associados ao evento traumático por um tempo específico.
• Exemplo: O indivíduo não pode ser capaz de lembrar-se de
eventos que resultaram no impacto, mas se recorda de estar
sendo levado pela ambulância.
Amnésia Dissociativa
• 3- Amnésia contínua
• Incapacidade de se lembrar de eventos que ocorrerem após um
tempo específico até o momento presente.
• Exemplo: Indivíduo não consegue se lembrar de eventos
associados ao acidente de automóvel e de nada que ocorreu
desde então. Ele não consegue formar novas memórias, embora
aparentemente esteja alerta e consciente.
• 4- Amnésia generalizada
• É o raro fenômeno de não ser capaz de se lembrar de nada que
aconteceu durantre toda a sua vida, incluindo a identidade pessoal
do indivíduo.
• 5- Amnésia sistematizada
• O indivíduo não consegue se lembrar de eventos que se
relacionam com uma categoria específica de informação (p. ex: a
própria família) ou uma pessoa ou evento particular.
Amnésia Dissociativa
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Amnésia Dissociativa (F44.0)
• Amnésia parcial ou completa para eventos recentes que sãode natureza 
traumática ou estressante.
• Ausência de transtornos mentais orgânicos, intoxicação ou fadiga excessiva
Fuga Dissociativa
• Apresenta como traço marcante o deslocamento súbito,
inesperado da própria casa ou do lugar habitual de
trabalho e a incapacidade de recordar o passado.
• Tem todos os aspectos da amnésia dissociativa.
• Um indivíduo em estado de fuga não consegue se
lembrar de sua identidade pessoal e frequentemente
assume uma nova identidade.
• O indivíduo em estado de fuga não parece se comportar
de maneira fora do comum para observadores
independentes. O contato com outras pessoas é mínimo,
a identidade assumida pode tanto ser simples e
incompleta como complexa e elaborada.
Fuga Dissociativa
• O transtorno é raro. O fator motivador essencial parece
ser o desejo de se afastar de experiências
emocionalmente dolorosas. Pacientes com trantornos de
personalidade (borderline, histriônico e esquizoide) estão
mais predispostos.
• Pacientes com fuga dissociativa são frequentemente
recolhidos por policiais quando encotrados vagando em
condições confusas e perigosas após emergirem da fuga
em um ambiente familiar.
• Em geral são levados ao pronto socorro. Durante o
exame são capazes de fornecer detalhes de sua situação
de vida anterior, mas não possuem memória do início do
estado de fuga.
Fuga Dissociativa
Diretrizes Diagnósticas de CID-10 para Fuga Dissociativa (F44.1)
• Presença dos critérios de Amnésia Dissociativa
• Percurso propositado para além dos limites cotidianos usuais
• Manutenção dos cuidados básicos consigo mesmo e da interação social
simples com estranhos.
Transtorno de Personalidade Múltipla
• Transtorno de dissociação de identidade (TDI) para o
DSM.
• O aspecto essencial é a existência aparente de duas ou
mais personalidades distintas dentro de um indivíduo,
com apenas uma delas evidenciand-se a cada momento.
• É raro e há controvérsia sobre seu aspecto iatrogênico
(reação adversa dada por uso de medicamento que
provoca algum tipo de "alergia“) e cultural.
• Costuma ser considerado o mais grave transtorno
dissociativo.
Transtorno de Personalidade Múltipla
• Na forma mais usual, uma personalidade é dominante,
mas nenhuma tem acesso às memórias da outra e
ambas são alheias à existência da outra.
• A transição de uma personalidade para outra é súbita. As
personalidades podem ser de sexo oposto, de raças e
idades diferentes. A personalidade subordinada mais
comum é a infantil.
• Com frequência, os pacientes com personalidade múltipla
apresentam transtorno de personalidade.
Transtorno de Personalidade Múltipla
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno de Personalidade 
Múltipla (F44.81)
• Existência aparente de duas ou mais personalidades diferentes dentro de 
um indivíduo, com apenas uma delas evidenciando-se a cada momento.
• Cada personalidade é completa, com suas memórias, comportamento e 
preferências.
Transtornos Conversivos
• Para o DSM é um tipo de trantorno somatoforme
• Para o CID-10 é dissociativo
• Envolve uma perda ou alteração do funcionamento
corporal que não pode ser explicada por qualquer
alteração fisiopatológica.
• O conflito psicológico está no inconsciente e o sintoma
físico não está sob controle voluntário.
Síndrome de despersonalização
• Caracteriza-se pela queixa de que sua atividade mental
ou seu corpo, o ambiente (desrealização) ou ambos
estão alterados em sua qualidade, parecendo irreais,
remotos ou atomatizados.
• Há uma aceitação de que isto é uma alteração subjetiva e
espontânea, não imposta por forças externas ou outras
pessoas.
• Podem sentir que não estão mais produzindo o seu
próprio pensamento, imaginação ou lembranças; seus
movimentos e comportamento não são deles próprios.
• Às vezes parece faltar cor e vida ao ambiente, parecendo
um palco artificial onde as pessoas estão representando
papeis inventados.
Síndrome de despersonalização
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Síndrome de Despersonalização 
(F48.1)
Deve haver o primeiro e/ou o segundo critério, mais o terceiro e/ou quarto 
critério:
• Despersonalização: o indivíduo sente que seus próprios sentimentos e/ou 
experiências estão separados, distantes, não são seus, perderam-se.
• Desrealização: objetos, pessoas e/ou ambiente parecem irreais, distantes,
artificiais, descoloridos, sem vida.
• Uma aceitação de que a síndrome é uma alteração subjetiva e espontânea.
• Sensório claro e ausência de estado confusional tóxico ou epilepsia.

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