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Dayane e Jocilene 2018 Sr.Getúlio, 55 anos, branco, casado, arquiteto, morador de presidente prudente, hipertenso, diabético procurou a santa casa queixando-se que a alguns dias notou a presença de um edema no membro inferior esquerdo, dor, calor, rubor (vermelhidão) e rigidez da musculatura. Relatou também que sente dores no peito ao respirar e a sensação de falta de ar. Disse ao médico que passa a maior parte do tempo sentado e nega alergia. Faz o uso prolongado de Losartana (50mg 1x ao dia) e Metformina (850 mg 2x ao dia). Devido a situação relatada pelo paciente o médico solicitou alguns exames: Sinais Vitais: Pressão arterial – 140x80 mmHg, Frequência Cardíaca – 140 bpm, Frequência Respiratória – 30 ipm. Exame Cardíaco: Ritmo cardíaco irrregular Exame Membros Inferiores: palpação, identificou Membro inferior direito com edema até joelho, doloroso, com hiperemia e empastamento. Ausência de varizes e circulação colateral. Achados clínicos: dor torácica, dor pleurítica, dispnéia, taquipnéia, tosse, hemoptise / hemoptóicos, taquicardia, febre, cianose. Diagnóstico Diferencial: Celulite; Síndrome pós-flebite/insuficiência venosa; Estiramento muscular; Lesão de torção esquerda da perna; Edema da perna em membro paralisado; Linfagite, obstrução linfática. Exame de Imagem: Ultrassom com Doppler:de membro inferior esquerdo com veia femoral comum incompressível, sem fluxo ao Doppleer com trombo em sua luz indicando alguns coágulos. Teste do dímero D : 690/ng (positivo) angio tc tórax(positivo) Ecocardiograma (positivo) Diagnóstico: Trombose Venosa Profunda do membro inferior esquerdo com agravamento para embolia pulmonar aguda. TRATAMENTO: o médico solicitou o tratamento com o uso de Heparina Não Fracionada (HNF) por via subcutânea, com doses de 17.500U a cada 12h durante 7 dias, dose fixa de HNF subcutânea coincidindo com o tempo necessário para se alcançar adequada anticoagulação com o uso de anticoagulantes orais associado aos antagonistas da vitamina K desde o primeiro dia de tratamento, até que o RNI (relação de normatização internacional) esteja no nível terapêutico, entre 2 e 3, por dois dias consecutivor e solicitou um retorno. Discussão: trombose venosa profunda (TVP), que é a doença mais importante que acomete as veias periféricas, caracteriza-se pela formação de trombos dentro de veias profundas, com obstrução parcial ou oclusão, sendo mais comum nos membros inferiores – em 80 a 95% dos casos. Embolia pulmonar, também conhecida como tromboembolismo pulmonar (TEP), é o bloqueio da artéria pulmonar ou de um de seus ramos. Geralmente, ocorre quando um trombo venoso (sangue coagulado de uma veia) se desloca de seu local de formação e viaja, ou emboliza, para o fornecimento sanguíneo arterial de um dos pulmões. Referencias 1.Lourenço DM. Alterações da hemostasia que propiciam o tromboembolismo venoso. Cir Vasc Angiol 1998;14:9-15. 2.Maffei FHA. Doenças vasculares periféricas. Trombose venosa profunda dos membros inferiores: incidência, patologia, fisiopatologia e diagnóstico. 2ª ed. Botucatu: Médici; 1995. p. 842. 3.Maffei FHA. Epidemiologia da trombose venosa profunda e de suas complicações no Brasil. Cir Vasc Angiol 1998;14:5-8. 4.Maffei FHA, Guerra CCG, Mesquita KC. Trombose venosa profunda no Brasil, retrato atual e proposições para desenvolvimento de profilaxia. São Paulo: Rhodia Pharma; 1997. 5.Anderson FA, Wheeler HB, Goldberg, RJ, et al. A population based perspective of the hospital incidence and case fatality rates of deep vein thrombosis and pulmonary embolism. Ach Intern Med 1991;151:933-8. *
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