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O SERVIÇO SOCIAL E A EDUCAÇÃO NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO NA CIDADE DE ESPERANTINÓPOLIS/MA

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO MEMORIAL ADELAIDE FRANCO – FEMAF
BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
JOÃO ISRAEL DA SILVA AZEVEDO
JONAIRA DE ALCÂNTARA CARMO MONTEIRO
O SERVIÇO SOCIAL E A EDUCAÇÃO NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO NA CIDADE DE ESPERANTINÓPOLIS/MA
Esperantinópolis/MA
2017
JOÃO ISRAEL DA SILVA AZEVEDO
JONAIRA DE ALCÂNTARA CARMO MONTEIRO
O SERVIÇO SOCIAL E A EDUCAÇÃO NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO NA CIDADE DE ESPERANTINÓPOLIS/MA
Projeto de Pesquisa apresentado à Faculdade de Educação Memorial Adelaide Franco – FEMAF, na disciplina de Metodologia do Trabalho Científico, para obtenção de notas.
Profª. Mestranda Ligiéria Alves dos Santos
Esperantinópolis/MA
2017
1 PROBLEMA DE PESQUISA
Ao analisarmos as características da política de educação no Brasil identificamos que, os reflexos da alarmante desigualdade social gerada pelo sistema capitalista, também podem ser identificados no processo educacional das escolas. Tal consideração leva-nos a refletixão de que como se dá a intervenção do assistente social na área educacional, partindo da identificação de demandas provenientes das refrações da questão social, apresentadas nas escolas que justificam a importância da presença desse profissional também no âmbito educacional.
Neste cenário merece destaque o papel do Assistente Social, no qual é o profissional que lida com as múltiplas expressões da questão social. O papel do Assistente Social consiste em apoiar e promover a superação das contradições e dificuldades individuais e coletivas, bem como contribuir para uma gestão escolar participativa e efetiva. O papel do profissional do Serviço Social está na defesa dos direitos e da oferta de acesso a políticas públicas de qualidade, tais como, a educação.
2 OBJETIVOS
Geral
Demonstrar o trabalho do Assistente Social na educação de forma a constituir um trabalho que, ultrapassando a lógica do modelo simples de atendimento, possa alcançar uma reflexão na perspectiva interdisciplinar.
2.2 Específicos
 Estimular a vivência e o aprendizado do processo democrático no interior da escola e com a comunidade;
Analisar como a questão social vem interferindo no contexto escolar, destacando a participação do assistente social neste espaço de formação e sobretudo como se deu o processo de inserção do assistente social na política de educação no município de Esperantnópolis-MA;
.Ampliação do conhecimento
3 JUSTIFICATIVA
A educação, tida como um direito garantido por lei, nem sempre é acessível a todas as camadas da sociedade de forma igualitária. Verificam-se contradições e distorções acerca do acesso e permanência da população no banco escolar, principalmente quando falamos de população carente.
A escola hoje se vê com o desafio de lidar com especificidades que existem não é de hoje, porém antes ficavam camufladas, vindo a emergir num contexto de abertura e do novo discurso de uma escola inclusiva e democrática que contemple os diversos atores que nela se inserem, os alunos.
No contexto escolar o êxito do aluno deve ser entendido como algo além da aquisição do conhecimento científico e tecnológico. Essa mudança de paradigma implica em dar maior atenção às necessidades demandadas por esse aluno e ainda, exige um maior conhecimento desses aspectos por parte dos professores.
Considerando que a escola é um lugar onde emergem vários conflitos, pro se tratar de um espaço comum a seres únicos, e em fase de desenvolvimento, deve-se lançar um olhar diferenciado a ela, no sentido de aproximar-se das questões que cada aluno traz consigo. Isso significa reservar um maior tempo no sentido de possibilitar a esse aluno que ele externalize seus anseios, medos, suas habilidades, proporcionando uma maior interação entre o meio onde vive e o espaço agora frequentado denominado escola.
“Educação e Serviço Social são áreas afins, cada qual com sua especificidade, que se complementam na busca por objetivos comuns e projetos político – pedagógico pautados sob a lógica na igualdade e da comunicação entre escola, família, comunidade e sociedade” (SOUZA, 2005, p. 39).
O significado político da inserção do serviço social na política de educação vincula-se à trajetória histórica dessa profissão e a seu acúmulo teórico e político em relação ao campo das políticas sociais, podendo contribuir para a necessária articulação de forças sociais na luta pela educação pública, de qualidade e como direito social.
O Assistente Social é um profissional que lida com as questões sociais e, na educação não é diferente já que este profissional vai contribuir para o fortalecimento da Gestão Escolar assegurando o direito à educação, a formação de cidadãos, envolvendo a família na escola e trazendo temáticas preventivas sobre: Violência, drogas, alcoolismo que pode ser realizadas oficinas que fortaleça a gestão democrática e participativa para que todos os envolvidos tenham autonomia e cidadania.
A nossa educação esta defasada e necessita ser traçado uma nova estratégia para melhor desempenho da Instituição, professores, discentes e todos os demais que estão envolvidos nesse ciclo da gestão escolar, sendo que todos precisam olhar as necessidades das demandas que uma escola publica tem, por falta de preparação, estruturas e as desigualdades sociais que existem. Dessa forma o Assistente Social inserido no contexto escolar vai mudar o cenário envolvendo todos os sujeitos na construção de uma nova política educacional que atenda a essas novas demandas.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
Pode-se afirmar que o papel fundamental da Educação é o acesso ao conhecimento para que as pessoas tenham possibilidade de participar das políticas e lutar pela igualdade de direitos. No campo da Educação o Serviço Social trabalha com as expressões da Questão Social, na luta pela igualdade e ampliação da defesa dos direitos sociais.Na área da educação o Assistente social através de seu olhar diferenciado, apresenta-se como um aliado dentre os diversos atores institucionais na área educacional na busca por uma educação de qualidade e que possibilite o acesso democrático a ela como também que permita a esse aluno a sua permanência na escola.
Cabe ao assistente social não só diagnosticar, mas propor alternativas para as problemáticas sociais vividas por muitas crianças. Dentre essas problemáticas destacamos a evasão escolar que se caracteriza hoje como um grande nó a ser desfeito pelos profissionais que atuam na escola. O serviço Social na educação ainda encontra um desafio que é o de construir uma prática de qualidade no meio educacional em favor da igualdade e da justiça social. A escola por sua vez encontra o desafio de contornar a grande demanda por vagas que nem sempre são proporcionais aos números disponíveis na rede pública.
A inclusão do Serviço Social na área da educação surgiu somente no século XX nos Estados Unidos, na tentativa de aproximar as escolas das famílias e das crianças.
No início do século XX professores e pedagogos constataram a necessidade de se atender a criança individualmente para melhorar a sua adaptação na Instituição Escolar. Entre 1916 – 1917 o Serviço Social começou a se desenvolver no âmbito escolar em algumas cidades dos Estados Unidos. A atuação era realizada por uma equipe de visitadores que tinham a função de aproximar a escola das famílias. (SOUZA, 2002 p.52).
No Brasil, de acordo com dados oficiais e regulamentados por Lei, os Estados pioneiros foram Pernambuco em 1949 e Rio de Janeiro em 1956. 
O caráter pioneiro do Serviço Social Escolar teve origem no Brasil a partir da sua incorporação ao Regulamento do Ensino Primário da SE/PEC (Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco) em 1949. (SOUZA, 2002 p.53).
Na tentativa de nacionalizar essa atuação do Serviço Social Escolar, a LDB nº 4027/61, configurou em seu artigo 91 a atuação do assistentesocial nas escolas, sob orientação dos respectivos diretores, através de serviços que atenderiam ao tratamento dos casos individuais à aplicação de técnicas de grupo e à organização social da comunidade.
A contribuição do Serviço Social surgiu do interesse em compreender os problemas do aluno o seu contexto social, então apenas o seu problema observado na escola pela professora, investigando assim sua origem, que muitas vezes estava relacionado à família.
O Serviço Social Escolar é um método pelo qual o Assistente Social, através do uso de princípios e técnicas promove um melhor relacionamento entre a escola, família e o melhor, visando o seu desenvolvimento e capacidade de vida em comum e a procura coletiva de fins sociais elevados e desejáveis. (FALEIROS, 1986 p.47).
O trabalho multidisciplinar é uma característica marcante do Serviço Social, devido a sua articulação principalmente com os profissionais de pedagogia, psicologia, dentre outras presentes na área educacional.
A proposta que se coloca hoje, ao Assistente Social no trabalho escolar, refere-se ao trabalho em conjunto, ou seja que partilhe suas atividades uma equipe multiprofissional, tendo como perspectiva o trabalho do indivíduo como um todo. (VALADÃO, SANTOS, 1993 p.52).
O Serviço Social insere-se no contexto escolar como resultado da união de uma categoria, mas ainda por necessidade face ao contexto social político e econômico que presenciamos.
A presença do assistente social no âmbito escolar facilita, sobretudo aos filhos de famílias mais carentes, e mesmo a estas, ao acesso aos serviços sociais e assistenciais, através de programas, informações e encaminhamentos realizados a partir da própria instituição que frequentam cotidianamente.
A formação educacional da criança e do adolescente não se realiza somente na sala de sula, mas abrange um conjunto de atividades que, desempenhadas pela escola, proporcionará a eles a esperança de uma vida adulta satisfatória como pessoas e cidadãos. Cabe ao Assistente social realizar uma atuação pautada na ética, com posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços, tido como um dos princípios fundamentais a serem seguidos pelo assistente social.
No âmbito do ensino superior, a assistência aqui explicitada é aquela inserida no campo dos direitos, da universalização dos acessos, das ações pró-permanência de qualidade, e da responsabilidade estatal com a educação, isto é, a democratização do ensino superior público, gratuito e de qualidade. Apesar das dificuldades com relação a implementação e execução das ações de assistência estudantil, em especial a falta de recursos financeiros para ampliar o número de bolsas, é inegável a sua relevância dentro da universidade por todos os aspectos
Sendo também inegável a importância de um profissional que identifique as necessidades desses alunos – destacando a figura do Assistente Social, como o profissional que irá viabilizar a igualdade de condições para promover o ingresso, a permanência e conclusão destes alunos, numa perspectiva de autonomia, direitos e cidadania plena.
Como analisa Iamamoto (1999a): o Serviço Social dispõe de uma dimensão prático-interventiva situada em um processo coletivo de trabalho, partilhado com outras categorias de profissionais que, juntos, contribuem na obtenção dos resultados ou produtos pretendidos.
A perspectiva de defender o Assistente Social com um perfil de “Educador Social”, é que Compreende-se, hoje, que o Educador Social, mesmo apresentando características semelhantes ao do Assistente Social, tem suas particularidades e espaços de trabalho que lhe é peculiar. O termo Educador Social é tomado a partir de uma concepção mais ampliada, não restringindo a ação desse profissional aos processos educativos meramente escolares (mas, também, não escolar).
O Educador Social tem atuação nas ruas, em creches, asilos, com jovens, dependentes químicos, moradores de rua, idosos, etc., buscando apoiá-los a compreender o seu papel na sociedade e despertar suas potencialidades de cidadão, portanto, incluídos numa cultura mais ampla. Nessa perspectiva, esse profissional é formado enquanto um “agente de mudança”: de mentes, de atitudes, de posturas frente ao outro e ao meio social. Assim, o Assistente Social, mesmo apresentando características de um Educador Social e atuando em espaços semelhantes a este, não pode ser tratado como tal, por ser um profissional com traços particulares e legais que, historicamente, são definidos pelo Código de Ética Profissional e pela Lei de Regulamentação da Profissão que o institucionaliza e o regulamenta.
A educação como instância possibilitadora da transformação social, tão bem difundida e defendida por Paulo Freire em suas obras, deve ser pensada não como a chave das transformações do mundo, mas como possibilidade de se exercitar a prática da liberdade e de se interrogar sobre o amanhã. (FREIRE, 2006, 2005, 2001).
Quem se propõe a atuar no campo da Educação Escolar deve conhecer e compreender os direcionadores legais que regulamentam a sua prática, o seu exercício junto à sujeitos de diferentes classes, sexo, habilidades e potencialidades, os quais configuram a identidade profissional. Como descreve Nahra (2001), referindo-se especificamente ao Código de Ética, “Códigos de Ética não devem existir ‘pra bonito’ ou para serem utilizados como estratégias de marketing. Códigos de Ética devem ser efetivamente seguidos pela categoria, devem efetivamente orientar a prática dos profissionais.” (NAHRA, 2001, p. 33).
O Assistente Social é simbolizado como o responsável para cuidar dos desajustes da sociedade e da escola, o solucionador dos conflitos que ninguém consegue resolver, para compreender e ajudar as famílias o que, consequentemente, contribui para a manutenção da “ordem” da comunidade escolar. O Assistente Social, no seu exercício profissional, também produz saber, portanto, se forma e aprende na prática, sendo essa uma experiência que mobiliza informações, conhecimentos, novas aprendizagens e saberes. Essa identidade atribuída por outros, e que o Assistente Social reproduz, é característica também de como o profissional se assume, reflete as suas competências e atribuições para atuar em diferentes áreas e processos de trabalho.
O Assistente Social no campo educacional não se insere como o solucionador (o salvador) das problemáticas sociais que fazem parte desse universo, mas, como um mediador das diversas políticas sociais que incidirão sobre este campo (ALMEIDA, 2005, p. 61).
 No entanto, a não compreensão dessa questão, a não formalização do que compete, do que precisa saber o Assistente Social para intervir nesse campo é um dos fatores para a pouca atuação, ou mesmo, visualização da sua necessária contribuição na Educação Escolar, tendo em vista que é a delimitação de um conjunto de saberes que, também, define o perfil, o status, a qualificação do profissional e, consequentemente, a sua inserção nas áreas de trabalho.
O Assistente Social é de suma importância no âmbito escolar para que o mesmo trabalhe junto à equipe multidisciplinar, com professores, supervisores, psicólogos. Para levar este ponto em consideração devemos levar a opinião de Gonçalves (2009), que diz a inserção do Assistente Social em uma instituição escolar deve conciliar o seu saber com as experiências que lhe são trazidas pelos estudantes e com os conhecimentos de professores, pedagogos, zeladores e demais funcionários, avaliando e revendo sua prática profissional.
Os principais objetivos do trabalho do Assistente Social atuando na educação é garantir a qualidade da educação mantendo os direitos sociais dos alunos nas escolas. Consiste ainda em identificar e propor alternativas de enfrentamento aos fatores sociais, políticos, econômicos e culturais, de forma a cooperar com a efetivação da educação como um direito para a conquista da cidadania. 
É preciso pensar a dimensão pedagógica e educativa do Serviço Social, voltada a um trabalho desenvolvido pelosprofissionais na perspectiva de desmistificar e desvelar a realidade produtora e reprodutora de desigualdades, visando à autonomia, à participação e à emancipação dos indivíduos sociais (PIANA, 2009)
A atividade profissional de Assistente Social no campo específico da educação encontra-se ainda em processo de afirmação, contrariamente ao que se verifica em outras áreas de intervenção em que esta se reforça e ganha visibilidade, como sejam nas áreas da segurança social, poder local, saúde e justiça. 
Dificilmente, no imediato, se conseguem reparar situações instaladas há vários anos e que, não raras as vezes são transversais a várias gerações dentro do mesmo agregado familiar. Alunos e suas famílias encontram-se integrados dentro de um sistema que se relaciona entre si. Neste sentido, um ou vários fatores externos à escola poderão operar como constrangimento ao sucesso escolar da criança/jovem.
O Assistente Social, em conjunto com outros profissionais e estruturas sociais, é quem está habilitado a realizar um diagnóstico social facilitador da interação e comunicação entre os diversos parceiros e, como tal, deverá ser reconhecido como parte integrante do processo de intervenção e educação. A família, no contexto educacional, apresenta-se também ela como veículo de inclusão ou exclusão consoante os fatores de risco ou proteção a que os menores se encontram submetidos. 
O desafio é re-descobrir alternativas e possibilidades para o trabalho profissional no cenário atual; traçar horizontes para a formulação de propostas que façam frente à questão social e que sejam solidárias com o modo de vida daqueles que a vivenciam, não só como vítimas, mas como sujeitos que lutam pela preservação e conquista da sua vida, da sua humanidade. Essa discussão é parte dos rumos perseguidos pelo trabalho profissional contemporâneo (IAMAMOTO, 1998, p.75)
É imprescindível a presença do Assistente Social em contexto escolar na medida em que a sua formação científica o habilita para a compreensão das grandes mudanças sociais contemporâneas e seus reflexos na vida das famílias e das populações. A abordagem feita pelo Assistente Social é, necessariamente, distinta da utilizada por outros atores sociais. Tal não significa que o Assistente Social tenha um papel de maior relevância que os demais profissionais. Não obstante, é detentor de saberes próprios inerentes à capacidade de compreensão da realidade social que o habilitam a fazer uma análise social das situações e a dar resposta às mesmas. 
Amaro (1997) reflete que Educadores e Assistentes Sociais compartilham desafios semelhantes, e tem na escola como ponto de encontro para enfrentá-los. Tem-se a necessidade de fazer algo em torno dos problemas sociais que repercutem e implicam de forma negativa no desempenho do aluno e leva o educador pedagógico a recorrer ao Assistente Social.
Uma pesquisa exploratória, de natureza bibliográfica sobre a questão: haverá uma dimensão educativa a ser ocupada pelo Assistente Social no espaço escolar? O estudo se propôs a identificar o espaço e necessidades do trabalho do Assistente Social na escola.
Revelou-se com o estudo que o profissional de Serviço Social ao atuar na área da Educação Escolar deve e pode ocupar um espaço na comunidade escolar mais ampla. Assim, ele deve estar habilitado para desenvolver estratégias de atuação não apenas a determinados perfis de educandos (carentes, desassistidos) e suas famílias, mas, também, contribuindo com a formação social dos educadores, na elaboração e operacionalização de ações conjuntas do Projeto Político-Pedagógico, decifrando a realidade social onde a escola se insere, “[...] tendo em vista a adequação do projeto educacional a essa realidade e participar de ações desencadeadas a partir da escola ampliando os limites de sua ação à família e à comunidade.” (ARIAS; SILVA, 1998, p. 68).
Tratar da prática educativa do Assistente Social pressupõe a operacionalização de metodologias e de conhecimentos específicos que propiciem a compreensão e indagação do cenário real em seus vieses econômico, cultural e político. Além disso, torna-se fundamental familiarizar-se com aspectos relacionados às percepções e motivações da população ou público com o qual se irá trabalhar.
A dimensão educativa da sua prática caracteriza-se no espaço escolar não apenas pela sua base epistemológica, mas, principalmente, pela possibilidade deste profissional trabalhar as características individuais, articuladas no coletivo dos sujeitos usuários dos Serviços Sociais. Assim como analisa Iamamoto (1999a): o Serviço Social dispõe de uma dimensão prático-interventiva situada em um processo coletivo de trabalho, partilhado com outras categorias de profissionais que, juntos, contribuem na obtenção dos resultados ou produtos pretendidos.
Acredita-se que a inserção do Assistente Social no campo da Educação Escolar possibilita-o ampliar seus referenciais teóricos e metodológicos, bem como implicá-lo, qualificadamente, em mais uma frente de inserção profissional. Assim, o Serviço Social e a Educação, juntos e formalmente constituídos como áreas de conhecimento e campos de saberes, podem melhor enfrentar os históricos desafios em prol da melhoria da qualidade de vida, da garantia dos direitos humanos, da valorização dos sujeitos sociais como ser pensante, criativo, participativo, construtivo e transformador do seu meio.
5 METODOLOGIA
Acreditamos que ao introduzir ações de acompanhamento social nas escolas da rede pública de Minas Gerais, abrem-se novas possibilidades de atendimento as necessidades dos educandos. Abrir a escola à comunidade, realizar trabalhos preventivos contra a evasão, a violência, o alcoolismo e as drogas, identificar formas de atendimento às demandas sócio-econômicas das crianças e de seus familiares e envolver a família na educação são algumas das ações que devem ganhar impulso com a implementação da lei e contratação de corpo técnico adequado e a atuação dos profissionais de Serviço Social é uma estratégia na defesa dos direitos da população atendida. A inserção do Assistente Social na Política Pública de Educação impõe à categoria o desafio de construir uma intervenção qualificada, que tenha como um dos princípios éticos fundamentais o posicionamento em favor da eqüidade e justiça social, assegurando a universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática.
A escola, como um dos principais equipamentos sociais, tem sido desafiada cotidianamente em articular o conhecimento que é trabalhado no contexto escolar com a realidade social do aluno, ou seja, seus problemas e necessidades sociais. Neste sentido, se torna essencial e fundamental que a escola comece a conhecer a realidade social dos seus alunos, podendo também encurtar a distância que a separa do universo familiar. O assistente social deverá trabalhar com ações educativas e não só com soluções de problemas, entendendo que a educação se constitui em uma política social que tem como compromisso garantir os direitos sociais, conseqüentemente podendo apresentar uma ampliação do conceito de educação impregnado na sociedade atual.
Uma pesquisa exploratória, de natureza bibliográfica sobre a questão: haverá uma dimensão educativa a ser ocupada pelo Assistente Social no espaço escolar? O estudo se propôs a identificar o espaço e necessidades do trabalho do Assistente Social na escola.
Revelou-se com o estudo que o profissional de Serviço Social ao atuar na área da Educação Escolar deve e pode ocupar um espaço na comunidade escolar mais ampla. Assim, ele deve estar habilitado para desenvolver estratégias de atuação não apenas a determinados perfis de educandos (carentes, desassistidos) e suas famílias, mas, também, contribuindo com a formação social dos educadores, na elaboração e operacionalização de ações conjuntas do Projeto Político-Pedagógico, decifrando a realidade social onde a escola se insere, “[...] tendo em vista a adequação do projetoeducacional a essa realidade e participar de ações desencadeadas a partir da escola ampliando os limites de sua ação à família e à comunidade.” (ARIAS; SILVA, 1998, p. 68).
Tratar da prática educativa do Assistente Social pressupõe a operacionalização de metodologias e de conhecimentos específicos que propiciem a compreensão e indagação do cenário real em seus vieses econômico, cultural e político. Além disso, torna-se fundamental familiarizar-se com aspectos relacionados às percepções e motivações da população ou público com o qual se irá trabalhar.
A dimensão educativa da sua prática caracteriza-se no espaço escolar não apenas pela sua base epistemológica, mas, principalmente, pela possibilidade deste profissional trabalhar as características individuais, articuladas no coletivo dos sujeitos usuários dos Serviços Sociais. Assim como analisa Iamamoto (1999a): o Serviço Social dispõe de uma dimensão prático-interventiva situada em um processo coletivo de trabalho, partilhado com outras categorias de profissionais que, juntos, contribuem na obtenção dos resultados ou produtos pretendidos.
Acredita-se que a inserção do Assistente Social no campo da Educação Escolar possibilita-o ampliar seus referenciais teóricos e metodológicos, bem como implicá-lo, qualificadamente, em mais uma frente de inserção profissional. Assim, o Serviço Social e a Educação, juntos e formalmente constituídos como áreas de conhecimento e campos de saberes, podem melhor enfrentar os históricos desafios em prol da melhoria da qualidade de vida, da garantia dos direitos humanos, da valorização dos sujeitos sociais como ser pensante, criativo, participativo, construtivo e transformador do seu meio.
6 CRONOGRAMA
	ATIVIDADES
	MESES
	
	NOVEMBRO
	DEZEMBRO
	
	17
	22
	26
	30
	02
	03
	04
	06
	Produção do Projeto
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	Revisão bibliográfica dos pressupostos teóricos
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	
	Leituras e fichamentos de bibliografia selecionada
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	
	Análise dos dados primários e caracterização do objeto de pesquisa
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	Entrega do Projeto impresso
	
	
	
	
	
	
	
	X
REFERÊNCIAS
ARIAS, Eidinê Corsi; SILVA, Helena Almeida S. Serviço Social Escolar – uma experiência junto ao ensino público. Cadernos de Serviço Social, Campinas, n. 12, [s.p.], 1998.
SOUZA, Paulo Nathanael P. SILVA, Eurípedes Brito. Como Entender e Aplicar a nova LDB: Lei nº 9.394/96. São Paulo; Pioneira, 1997.
VALADÃO, Claudia Regina; SANTOS , Regina de Fátima Mendes dos. Família e escola: visando seus discursos. Franca. 1997. ( Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de História, Direito e Serviço Social, UNESP, Campus
de Franca, para obtenção de título de Bacharel em História).
FALEIROS, Ivana Aparecida Marchetti. Uma proposta de trabalho a nível de Serviço Social escolar. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Serviço Social) apresentado à Faculdade de História, Direito e Serviço Social, UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Franca, SP, 1986
IAMAMOTO. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1999a.
FREIRE, Paulo. A educação na cidade. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP, 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
NAHRA, Cínara. Um olhar filosófico sobre o Código de Ética do Assistente Social. In: MUSTAFÁ, Alexandra Monteiro (org.). Código de ética do Serviço Social.
GONÇALVES, Amanda Boza. A prática cotidiana do assistente social na escola privada. 2009. 150f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social e Política Social) - Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2009.
ALMEIDA. A educação como direito social e a inserção dos Assistentes Sociais em estabelecimentos educacionais. Cartilha – O Serviço Social e a Política Pública de Educação. Minas Gerais, 2005.
PIANA, M. C. A construção do perfil do assistente social no cenário educacional [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.
AMARO, Sarita Teresinha Alves. Serviço Social na escola: o encontro da realidade com a educação. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1997.
BRASIL. Lei 8.069/90. Estatuto da Criança e do Adolescente. ECA. Porto Alegre: CRESS, 2000.
CFESS. Serviço Social na Educação. Grupo de estudos sobre o Serviço Social na Educação. Brasília: 2001.
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 7. ed. São Paulo: Cortez, 1998.
SOUZA, Iris de lima. Serviço Social e Educação: uma questão em debate. In: Revista Interface, natal, V.2 N.1; 1995.

Outros materiais