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TCC a importancia do serviço social na educação

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RESUMO
Este trabalho de Conclusão de Curso visa discursar sobre a importância do assistente social no âmbito educacional. O assistente social é o responsável por orientar os diretores, coordenadores, professores, pais e alunos a seguirem e cumprirem um papel social importante para a escola, respeitando e entendendo os direitos que cada um possui e suas responsabilidades no meio educacional, tornando a família e a escola mais próximas, para que juntos possam contribuir na formação de novos cidadãos. O surgimento da escola no Brasil e no mundo é uma questão social, na educação veremos também a política educacional brasileira e por fim, a educação como estratégia de inclusão e mudança. Através dessa pesquisa será visto a importância do serviço social e da educação juntas e suas contribuições à sociedade, uma vez que é fundamental que os assistentes sociais estejam sempre em parceria com a família e escola para desenvolver a vida escolar e social dos alunos a fim de torná-los cidadãos e conhecedores dos seus direitos. A introdução do serviço social na educação e sua contribuição é um tema com ampla importância na administração educativa.
Palavras-chave: Escola. Educação. Serviço social. Políticas Públicas.
SUMÁRIO
11.
INTRODUÇÃO
31
DESENVOLVIMENTO
41.1
A LEI DE DIRETRIZES E BASES
61.1.1
A INSERÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO
81.1.1.1
DESAFIOS DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO:
101.1.1.2
AS DEMANDAS DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO
152
CONCLUSÃO
17REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NO ÂMBITO EDUCACIONAL
 O presente artigo analisa a importância do Assistente Social no âmbito educacional. A educação formal é um direito social garantido pela Constituição Federal de 1988, sendo descrita em seu artigo 205 como um “direito de todos e dever do Estado e da família” (Brasil, 2010, p.1036).
 O ser humano é um ser social e desde o nascimento vive e convive com seus iguais, o primeiro lugar onde a criança realiza seus contatos com outros indivíduos, é na família. Justamente por ter fundamental importância e influência no desenvolvimento e na vida de seus membros a família é um dos principais focos do trabalho do assistente social.
 Assim, quando chega á idade escolar, a criança continua seu aprendizado no que diz respeito a convivência social, todavia, a criança e o adolescente, trazem consigo uma bagagem, uma realidade de vida de sua família ou comunidade onde está inserido, e isso não pode se tornar um obstáculo para que o papel educacional e social seja cumprido com excelência. 
 Para que a escola possa exercer e cumprir seu papel, ela deve desenvolver o senso critico do estudante, necessita estar em sintonia não só com a realidade do estudante, como também da comunidade em qual está inserido. 
 Necessita assim, respeitar a realidade social, cultural e econômica dos estudantes e, partindo dela, a ação de conceder a participação da família no projeto sócio pedagógico da escola.
 Nesse aspecto ao inserir o Assistente Social neste campo, nos impõe o desafio de construir uma abordagem qualificada para que possa contribuir para dar respostas às expectativas da comunidade escolar.
 Nessa direção, para a elaboração desse artigo, realizei estudos de pesquisas já realizados de vários autores, com suas referencias preservadas. Afim, de conhecer as políticas públicas em educação, apresentar a importância do assistente social na educação e descrever possíveis direções do assistente social no contexto escolar. Portanto, refletir sobre a contribuição do Serviço Social no âmbito educacional, especificamente na escola.
 O interesse para essa temática surgiu da necessidade de compreender as atribuições e competências do assistente social no âmbito educacional, uma vez que sou servidora em uma escola pública e observo o cotidiano escolar e seus desdobramentos. 
1 DESENVOLVIMENTO
UM BREVE HISTORICO 
 A declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) coloca a educação formal como um direito de todos. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 é o principal marco, colocando o acesso á educação como um direito social, e conforme descreve em seu artigo 205.
ART. 205 “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". (BRASIL, 1998)
 Para que a educação pudesse chegar a ser como a que vemos hoje, um longo caminho foi percorrido. Trazendo um pouco da história, na Revolução de 1930, como podemos observar levou muitos dos reformadores educacionais para cargos no novo Estado. 
 Em 1932, o Manifesto dos pioneiros, em relação á Educação Nova já trazia concepções tais como: A educação como instrumento de democracia, devendo ela ser pública, obrigatória e gratuita, leiga e sem segregações.
 “O manifesto dos Pioneiros”, assim em 1932 o manifesto acrescentou que:
A laicidade, gratuidade, obrigatoriedade e coeducação são outros tantos princípios em que assenta a escola unificada e que decorrem tanto da subordinação à finalidade biológica da educação de todos os fins particulares e parciais (de classes, grupos ou crenças), como do reconhecimento do direito biológico que cada ser humano tem à educação. A laicidade, que coloca o ambiente escolar acima de crenças e disputas religiosas, alheia a todo o dogmatismo sectário, subtrai o educando, respeitando-lhe a integridade da personalidade em formação, à pressão perturbadora da escola quando utilizada como instrumento de propaganda de seitas e doutrinas. A gratuidade extensiva a todas as instituições oficiais de educação é um princípio igualitário que torna a educação, em qualquer dos seus graus, acessível não a uma minoria, por privilégio econômico, mas a todos os cidadãos que tenham vontade e estejam em condições de recebê-la. Aliás, o Estado não pode tornar o ensino obrigatório sem torná-lo gratuito. A obrigatoriedade que, por falta de escola, ainda não passou do papel, nem em relação ao ensino primário, e se deve estender progressivamente até uma idade conciliável com o trabalho produtivo, isto é, até aos 18, é mais necessária ainda “na sociedade moderna em que o industrialismo e o desejo de exploração humana sacrificam e violentam a criança e o jovem”, cuja educação é frequentemente impedida ou mutilada pela ignorância dos pais ou responsáveis e pelas contingências econômicas (AZEVEDO et al., 1960b, p. 115).
 Já na ditadura do estado novo (1937-1945) retirou-se a obrigatoriedade do Estado quanto à educação, criando um sistema dual, em que escolas diferenciadas eram destinadas ás elites e classes trabalhadoras – essa última tinha como opção o ensino profissionalizante. O ensino dava acesso restrito ao ensino superior, o que garantia essa como possibilidade apenas para os que cursassem o ensino médio regular.
 Outros anacronismos do campo da política educacional foram os fins da verba orçamentária específica para a educação na Constituição, em que também desaparecia a exigência de concurso público para a contratação de professores para o ensino oficial. 
No Brasil, a dificuldade de escolarização e do sucesso acadêmico é permeada por inúmeras variáveis, que incluem desde a formação do professor até as condições econômicas do país. A maioria das crianças brasileiras não tem se beneficiado do sistema escolar, de modo que os motivos deste não aproveitamento podem ser vistos através da evasão escolar nas camadas menos favorecidas de nossa sociedade. OAKLAND (1992) relata que no Brasil o impacto da educação sobre a formação do indivíduo deve incluir a atitude sobre o valor da educação atribuído pela própria sociedade. (DOROTEU, 2003, P.01)
1.1 A LEI DE DIRETRIZES E BASES
 Os títulos que dirigem a educação nacional estão detalhados na LDB 9394/96, em que seu conteúdo abrange desde a igualdade de condições para o acesso e permanênciana escola, até a vinculação com o trabalho e as práticas sociais, passando por outros aspectos importantes.
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB, lei de nº 9.394/96. É uma legislação com a função de organizar a estrutura da educação brasileira, influencia diretamente na formação escolar e acadêmica. Assim a LDB traz em seu texto um rumo que a educação Brasileira deve seguir. Com o advento da LDB, inúmeras transformações foram introduzidas causando mudanças e ampliando o conceito de Educação. Isso porque a LDB tomou forma com o debate de questões acadêmicas e sociais das últimas décadas.
 O sistema educacional, as famílias, as escolas, os professores e os próprios alunos nada podem fazer diante de um fator sociocultural desvantajoso. O desamparo precoce da escola deve ser visto a partir da sua perspectiva multidimensional e interativa, em que as condições sociais, os costumes da família, a organização do sistema educacional, o funcionamento das escolas, a prática docente em sala de aula e a disposição do aluno para a aprendizagem ocupam um papel importante. Cada um deles não é um fator avulso, mas está em conjunto com os demais.
 É evidente a ligação do direito á educação na LDB, na constituição vem em primeiro como dever do Estado, na LDB a ordem de dever inverteu-se sendo primeira de responsabilidade da família. O art. 3º trata dos princípios da educação nacional veja: 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018) (BRASIL, 1996).
 O plano Decenal de “Educação para Todos”, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização dos Profissionais do Magistério (FUNDEF) e a proposta governamental de Plano Nacional de Educação (PNE) apregoam uma trajetória de acirradas disputas societárias, mas revelam, também, legislações que acabaram sendo elaboradas de acordo com as diretrizes. Destacamos, a Conferência Mundial sobre a Educação para todos realizada em. 
 A partir de 2001 a legislação brasileira passou a exigir a criação de conselhos de Acompanhamento e Controle Social (CACS), o que ocorreu em relação aos programas da área da educação como PNAE, o PNATE e o programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para a Educação de Jovens e Adultos (PEJA). Designou-se, uma diversidade de conselhos na esfera local sem contar com o próprio Conselho Municipal de Educação.
1.1.1 A INSERÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO
 Compreendemos que o Assistente Social possui competências e atribuições diferenciadas dos pedagogos que já atuam nas escolas, com a possibilidade de realizar visitas domiciliares, encaminhamentos e articulação com rede de serviços do município. 
 O Serviço Social é uma profissão que atua na realidade social através do atendimento de inúmeras demandas, elaboração de pesquisa e construção de propostas que visam o atendimento às necessidades sociais da população, nas áreas de Assistência Social, saúde, educação, habitação, etc., como um direito do cidadão e não como um favor ou simples ajuda. (SOARES, 2003, p.52).
 A escola é um espaço institucional e legítimo de promoção da educação, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a educação deve estar vinculada “ao mundo do trabalho e a prática social”, ressaltando, também, que o artigo 1º estabelece que:
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais (BRASIL, 1996).
 Diante disso, considera-se que a escola se constitui um dos espaços de intervenção do Assistente Social, já que este profissional é habilitado para atuar no enfrentamento das demandas sociais através do acompanhamento social das famílias, do fortalecimento dos vínculos das mesmas e do desenvolvimento de suas potencialidades a fim de alcançarem a emancipação social (FALEIROS, 2010).
 Para que o direito a educação seja plenamente assegurado muitas transformações devem ocorrer na área social, já que a realidade do Brasil é de um país desigual, essa desigualdade é fator decisivo para a fragilidade dos processos escolares. 
Frente a esta situação, o estudante chega muitas vezes à escola apresentando comportamentos agressivos, irritado, inquieto e às vezes chega a brigar na escola, perdendo a concentração nas aulas, ou torna-se distante, retraído e, assim, o seu aprendizado torna-se difícil, ocasionando muitas vezes na evasão escolar. (Oliveira, 2016)
 Com isso, entendesse que é necessário que o estado realiza políticas de intervenção para melhorar a educação, pois percebesse que muitos direitos são violados, e o que é pior, alguns dessas violações tem passado despercebido, pois muitas vezes não tem um profissional para atender essa demanda.
 Portanto, o Assistente Social, é um profissional capacitado para realizar essa demanda, pois ele é um profissional preparado para trabalhar no ambiente escolar, sendo assim, ao identificar que o Assistente Social é uma profissional capacidade para trabalhar dentro da escolar, se faz necessário ressaltar que os princípios éticos da profissão permitem destacar:
Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes – autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; Defesa intransigente dos direitos humanos […]; Ampliação e consolidação da cidadania […]; Posicionamento em favor da equidade de justiça social […]; Empenho na eliminação de todas as formas de preconceitos […] e Exercício do Serviço Social sem discriminar, nem discriminar por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física (CFESS,1993, p. 23).
 Nesse sentido, percebesse que o Serviço Social estabelece critérios e caminhos a serem seguidos e que são necessários para o bom funcionamento das escolas, ressaltando que o Assistente Social está apto para também criar estratégias com o intuito de desenvolver nos alunos habilidades para que os mesmos criem formas de enfrentamento dos conflitos que eles vivenciam.
 Para melhor entender a importância do assistente social dentro da escolar, se faz necessário citar o Código de ética do assistente social, que nos mostra claramente o papel do profissional dentro da escola.
[...] a contribuição do Serviço Social consiste em identificar os fatores sociais, culturais e econômicos que mais afligem o campo educacional no atual contexto, tais como: evasão escolar, o baixo rendimento escolar, atitudes e comportamentos agressivos de risco, etc. Estas constituem-se em questões de grande complexidade e que precisam necessariamente de intervenção conjunta, seja por diferentes profissionais (educadores, assistentes sociais, psicólogos, dentre outros) pela família consequentemente uma ação mais efetiva. (CFESS, 2001 p.12)
1.1.1.1 DESAFIOS DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO:
 A escola é o espaço social daeducação, do ensino e da aprendizagem, logo, o processo educacional é uma frequente troca de conhecimentos, onde visa desenvolver os potenciais e habilidade das pessoas que ali frequenta, desse modo, a escola precisa estar ampara por um profissional que respeite a realidade social. 
 Sendo assim, o serviço social, através dos profissionais da área, e com a experiência desses profissionais com o meio social engrandece as possibilidades de a escola firmar uma relação mais consistente com a comunidade entorno dela, fortalecendo vínculos e, possivelmente, garantindo o êxito de suas ações mediante a necessidade de formação de cidadãos e cidadãs que atuarão para o possível bem da sociedade.
A educação contemporânea tem assumido ao longo do tempo um papel cada vez maior no que consiste nas responsabilidades para com a formação dos alunos e alunas que são atendidos cotidianamente nos espaços institucionais. (CRUZ, FREITAS E OLIVEIRA, 2013)
 Os modos de pensar dos novos alunos são revolucionários. Então, a escola precisa também ser um meio de revolução na vida do aluno.
 O assistente social compreende que, problemas comportamentais dos alunos, cada criança tem seu tempo, refletindo em baixo nível de aprendizagem e até mesmo na evasão escolar desse aluno, na sua grande maioria, esses casos não são em decorrência de uma situação proveniente daquele momento, há toda uma bagagem por trás daquele desfecho, que deve ser investigado, possibilitando ao assistente social, em parceria com os gestores, professores (as), outros trabalhadores e membros da comunidade escolar, levantar debates e buscar estratégias para dar respostas qualificadas às demandas apresentadas, trabalhando na efetivação dos direitos sociais dos atores da escola.
 Almeida expõe que;
Para pensarmos a importância da educação no âmbito da formação profissional, partimos, portanto, de um princípio muito caro aos assistentes sociais, muito embora não lhe seja exclusivo, que é o da luta em defesa e da ampliação dos direitos sociais e humanos. Este tem sido o norte da mobilização e organização dos assistentes sociais nas últimas décadas e que se materializa em um projeto profissional construído coletivamente, sintonizado e articulado aos movimentos, empreendidos por outras categorias profissionais e por várias forças sociais, voltados para a construção de formas de solidariedade e participação política que denunciem e enfrentem as desigualdades sociais, sobretudo, o atual modo de organização da produção e distribuição da riqueza social que as reproduzem de forma cada vez mais ampliada. (Almeida, 2012, p.93.)
 A política de educação também enfrenta sérias limitações impostas pelo baixo repasse de verbas, a sociedade sofre com o sucateamento de um serviço que é essencial para a formação de sujeitos, que poderão vir a serem futuros atores no processo de transformação da sociedade brasileira, diminuindo o abismo existente entre as classes sociais.
 Toda a realidade escola impacta direta e indiretamente, na vida das dos profissionais que trabalham dentro da escola, sendo eles professores, gestores, secretariado, e demais funcionários, assim os desafios do assistente social dentro do ambiente escolar, diversos profissionais já atuantes no âmbito escolar, possam articular projetos que promovam a inclusão social, a consolidação de escolas democráticas, bem como viabilizar a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem e na mediação das relações sociais institucionais. Almeida enfatiza que: 
Pensamos, assim, a educação em seu significado mais amplo, envolvendo os processos sócios institucionais, as relações sociais, familiares e comunitárias que fundam uma educação cidadã, articuladora de diferentes dimensões da vida social e constitutiva de novas formas de sociabilidade, nas quais o acesso aos direitos sociais e o reconhecimento e efetivação dos direitos humanos são cruciais. Nesta perspectiva, a educação não pode ser tomada apenas em seu sentido estrito, apenas como política pública, muito embora ela cumpra um papel de suma importância na trajetória das conquistas e mudanças sociais. (ALMEIDA, 2012.p.94).
1.1.1.2 AS DEMANDAS DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO
 A vivência escolar tem se modificado ao passar dos anos, e novas demandas surgindo para os profissionais. Os conflitos, as situações de violência, problemas com drogas, evasão escolar, baixo rendimento escolar.
 Os objetivos da prática do profissional do Serviço Social são: 
-Contribuir para o ingresso, regresso, permanência e sucesso da criança e adolescente na escola;
- Favorecer a relação família-escola-comunidade ampliando o espaço de participação;
 - Ampliar a visão social dos sujeitos envolvidos coma educação, decodificando as questões sociais; 
- Proporcionar articulação entre educação e as demais políticas sociais e organizações do terceiro setor, estabelecendo parcerias, facilitando o acesso da comunidade escolar aos seus direitos (MARTINS, 1999 apud ALMEIDA, 2011, p.23)
 Na escola, o perfil do assistente social deve ser profissional, limitando em promover o encontro da educação com a realidade do aluno, da família e da comunidade. O mesmo necessita trabalhar com abordagens educativas e não só solução de problemas, mostrando que a educação se constrói em uma política social que tem o compromisso de garantir os direitos sociais. A prática do serviço social na escola se consolida nas seguintes atribuições:
· Melhorar as condições de vida e sobrevivência dos alunos e famílias; 
· Favorecer a abertura de canais de interferência dos sujeitos nos processos decisórios da escola;
· Ampliar o acesso a informações e conhecimentos, a cerca do social na comunidade escolar;
· Estimular a vivência e o aprendizado do processo democrático no interior da escola e com a comunidade;
· Fortalecer as ações coletivas;
· Efetivas pesquisas que possam contribuir com a análise da realidade social dos alunos e de suas famílias;
· Maximizar a utilização dos recursos da comunidade; 
· Contribuir com a formação profissional de novos assistentes sociais, disponibilizando campo de estágio.
 A escola, enquanto equipamento social necessita estar preparado para as mais diferentes formas de manifestação de exclusão social, incluindo desde questões de violência, discriminação por etnia, gênero, sexo, classe social. Etc. Reprovações e evasão escolar, que pode ser gerada pela necessidade do aluno trabalhar para ajudar no sustento da família. E, nesse contexto, se depara com o fracasso escolar, pois a escola atual necessita estar alerta á realidade do aluno. 
 Diante a precariedade de outras políticas, a instituição escolar tem exposto o papel de trazer soluções para diversas demandas, deixando em lugar secundário sua função de promover conhecimentos científicos, históricos, de linguagem, matemáticos, culturais, etc. Em uma reflexão atualizada, Arroyo restitui este mesmo debate, mostrando sua importância ao afirmar que a escola tem se tornado um lugar de improvisação e emergencialíssimos, na qual as probabilidades a aprendizagem efetiva estão fragilizadas. 
 São situações e inúmeros problemas que procedem de uma realidade social, política, econômica e cultural que vem se constituindo ao longo dos decênios, com o aumento dos meios de comunicação em massa e o progresso tecnológico, que alavancou a produção, abater os custos e ampliar o gasto para diversos segmentos sociais; modernidade que de maneira suposta livraria as pessoas de uma visão mágica ou religiosa do mundo, faz tradições e das hierarquias que imobilizariam a ascensão social, com a ciência deparando como a única possibilidade de alcançar a verdade e o saber, e assim, o desenvolvimento econômico, social e cultural.
 O assistente social tem estado mais atuando no setor da garantia do acesso, da permanência e da valorização da gestão democrática, bem como no desempenho de programas sociais ligados ou associados ás instituições educacionais (Bolsa Família,as cotas nas universidades, assistência estudantil, contra turno, por exemplo).
 Com base na experiência profissional incluímos também importante papel na construção de análises mais totalizantes em torno das expressões da questão social nos espaços educacionais, de maneira à de indagar a percepção dos sujeitos que ali operam e formam sobre a família contemporânea, sobre as condições de prática dos estudantes, suas condições de vida e trabalho, sua percepção sobre a escola e suas condições de permanência nesse ambiente.
 O assistente social, como um profissional busca como seu objeto de interferência as necessidades sociais, precisa intervir na questão social. Tais esclarecimentos rebatem no campo de trabalho como uma decorrência do sistema baseado ao capitalismo, aparece no sujeito individual e/ou coletivo em situação de vulnerabilidade social e pessoal. É no âmbito da família que se deparam o maior número de questões, e é nela também que deve estar a ação do assistente social.
 É indispensável, pois, problematizar e desnaturalizar as configurações de discriminação, abonar os direitos dos cidadãos e possibilitando a sua autonomia, como está previsto no projeto ético-político profissional. Para isso, a articulação com o Estado e organizações que apresentam o mesmo objetivo diante desta situação, torna-se imprescindível na busca de ações políticas que garantam a efetivação dos direitos. Em meio as atribuições do assistente social, encontra-se a tarefa de lutar pela participação social, emancipação, autonomia (ética, política, moral, cultural), desenvolvimento dos sujeitos sociais e, principalmente, pela ampliação dos direitos sociais e da cidadania, encarregando assim nas potencialidades dos usuários, marchando sempre na busca da liberdade política, econômica e cultural.
 Compete ao profissional buscar a desmistificação dos conceitos de família, presentes na sociedade, e agir interventivamente nas suas demandas, buscando possibilitar a sua emancipação e autodesenvolvimento para que possa efetivar a sua função social. Com base no exposto, vale analisar que a atuação do assistente social junto às famílias pode ser determinante na resolução de problemáticas, auxiliando também na sua vinculação com a família e com a escola para potencializar os ensejos de desenvolvimento das crianças e dos adolescentes. 
 Por isso, abordaremos, a seguir, o papel do Serviço Social na instituição escolar na resolução das problemáticas sociais que atingem ao contexto escolar e demandam por ações conjuntas e eficazes, solicita especialmente dos profissionais do Serviço Social, a procura de estratégias que assegurem o ingresso, regresso, permanência e sucesso da criança e adolescente na escola; beneficiem a relação família-escola-comunidade, estendendo o espaço de participação desta na escola, abarcando a mesma no processo educativo ; oportunizem a ampliação da visão social dos sujeitos envolvidos com a educação, decodificando as questões sociais; proporcionem a articulação entre educação e as demais políticas sociais e organizações do terceiro setor , formando parcerias, promovendo o acesso da comunidade escolar aos seus direitos. 
É de extrema importância que o profissional do Serviço Social, inserido na escola, saiba trabalhar com programas visando à prevenção e não dispender o seu tempo meramente com a efervescência dos problemas sociais. Na escola, o assistente social deve ser o profissional que precisa se preocupar em promover o encontro da educação com a realidade social do aluno, da família e da comunidade, a qual ele esteja inserido. [.. . ] Acredita-se que uma das maiores contribuições que o Serviço Social pode fazer na área educacional é a aproximação da família no contexto escolar. É intervindo na família, através de ações ou de trabalhos de grupo com os pais, que se mostra a importância da relação escola - aluno-família. O assistente social poderá diagnosticar os fatores sociais, culturais e econômicos que determinam a problemática social no
campo educacional e, consequentemente, trabalhar com um método preventivo destes, no intuito de evitar que o ciclo se repita novamente.(SANTOS, 2011, p.02).
 A escola sendo, lugar de ensino para todos os grupos sociais, garantida em suas condições mínimas de existência pelo Estado, reprodutora da cultura universal aglomerada pela experiência humana sobre a Terra e disseminada em todos os países do planeta, não possui mais do que 150 anos, ou seja, um século e meio. É uma prova educacional do final do século XIX, tempo em que as relações capitalistas de produção, amadurecidas pelo ritmo da industrialização e tendo em vista a mais-valia, exigiam, por um lado, conhecimento técnico padronizado da mão-de-obra e, por outro, controle ideológico das massas de trabalhadores. 
2 CONCLUSÃO
 O assistente social, no seu processo de formação profissional, adquire conhecimentos teóricos e éticos que dão sustentação às metodologias operativas que se tornam ferramentas de trabalho, tais como a acolhida, a escuta qualificada que possibilitam a compreensão da dimensão micro. No entanto, tais conhecimentos adquiridos o habilitam também ao trânsito pelas questões macroestruturais, configuradas na questão social e suas expressões na vida das pessoas/famílias. Não existe duvidas que as escolas da rede pública do município tenham urgência e precisão em ter no seu quadro de funcionários o profissional do Serviço Social. No mais a possibilidade de contribuir com a realização de diagnósticos sociais recomendando possíveis alternativas à problemática vivida por muitas crianças e adolescentes, este profissional também poderá harmonizar o devido encaminhamento a redes de proteção social que, se devidamente articuladas, cooperam para a efetivação da cidadania, na qual está propagando o direito à educação. 
 Já que a Educação é um processo de atuação de uma comunidade sobre o desenvolvimento do indivíduo afim de que ele possa operar em uma sociedade acabada para a busca da aceitação dos objetivos coletivos. Para tal educação, devemos meditar o homem no Plano físico e intelectual consciente das possibilidades e limitações, capaz de compreender e refletir sobre a realidade do mundo que o abraça, devendo avaliar seu papel de transformação social como uma sociedade que exceda nos dias atuais a economia e a política, buscando solidariedade entre as pessoas, respeitando as diferenças individuais de cada um. 
 Deste modo, é respeitável reforçar o quão essencial é a instituição escolar e o quão vital esta pode ser na construção de um projeto de uma nação imperante, democrática, que prepara seus pilares econômicos na valorização do conhecimento, da ciência e na procura do combate à desigualdade. Assim sendo, educar é um artifício amplo e complicado, que excede os muros escolares;
 O lugar do assistente social na educação é especifico, assim como é em qualquer área de atuação onde ele esteja inserido, pois a ação do profissional está no desafio do século, a Interdisciplinaridade, pois no que diz respeito aos estudos, passamos anos separando, fragmentando o que nos dias atuais clama por uma ação conjunta.
 A contribuição do assistente social na educação é importante, pois dentre outros fatores o assistente social pode levar uma escola que trabalha de forma não democrática a ser uma escola democrática e inclusiva, pois acreditamos que o caminho para uma educação inclusiva é necessário a tornar democrática, é que toda a comunidade escolar entenda o sentido de democracia e de inclusão.
 Assim a contribuição do profissional na área de educação esta na perspectiva de ampliação da rede de proteção social, para a organização em rede das demandas de saúde, assistência social, habitação, segurança, emprego, renda, dentre outras dimensões que vêm pressionando o interior desses espaços.
 Portanto, construir e efetivar postos para que a rede seja construí- da, consolidadae que através dela não percamos mais vidas. Vidas de estudantes, de pais, mães, professores e gestores.
 Por fim, para a educação tornar se inclusiva a mesma tem que romper com as barreiras e estigmas tradicionais, para a atuação do Assistente Social seja de fato plena e atenda o aluno na sua integralidade.
REFERÊNCIAS
FREIRE e CÂNDIDO, Abraão dos S. Sandra da S. UMA ANÁLISE DA ORIGEM DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL. Revista eletrônica da FJAV, 2013. 
 ABRANCHES, Mônica. O Trabalho do Serviço Social na educação: democratizando as relações pela conquista da cidadania. Disponível em: http://www.cress-mg.org.br/arquivos/servico_social_educacao.pdf. Acesso em: 20 de Março de 2020. 
ALMEIDA, N.L.T. Serviço Social e Política Educacional: um breve balanço dos avanços e desafios desta relação. Disponível em: www.cress-mg.org.br. Acesso em: 22 de Março de 2020.
IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
AMARO, Sarita Teresinha Alves. Serviço Social na escola: O encontro da realidade com a educação. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1997. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm acesso em: 20 de Abril de 2020. 
BRASIL, Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996, que “fixa di retrizes e bases da educação nacional”. Diário Oficial da União. N. 248, de 23/12 /96.
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE sERVIÇO SOCIAL
aureni ferreira rodrigues 
5015603041
A IMPORTâNCIA DO assistente SOCIAL No âmbito EDUCAcional
Dourados 
2020
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Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social para a disciplina de Trabalho de Conclusão de curso II.
Prof. Josi da Costa Greffe
Dourados 
2020

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