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1/ A PRESSÃO NUM PONTO DE UM LÍQUIDO EM EQUILÍBRIO Adriana Sousa Sant’Anna, Diovani de Paula Delunardo, Gustavo Christ das Chagas eCarlos Alberto Santos Lopes Faculdade Estácio de Sá – Campus Vitória/ES Física Teórica e Experimental II – Turma nº 3025 - Profº Jean Silva Moreira Resumo O presente relatório é baseado na segunda aula prática da disciplina de Física Teórica e Experimental II do curso de Engenharia da Faculdade Estácio de Sá, ministrada pelo ProfºJean Silva Moreira, e realizada em 14 de março de 2018. Os experimentos tiveram como objetivo verificar o que acontece quando se aplica pressão num ponto de um líquido em equilíbrio, aplicação do Teorema de Stevin, inclusive as relações entre a pressão interna e a profundidade, peso específico e massa específica do líquido. Palavras-chaves Hidrostática. Pressão. Líquido em Equilíbrio. Teorema de Stevin. 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O princípio fundamental da Hidrostática é o Teorema de Stevin. Simon Stevin foi um físico e matemático belga que concentrou suas pesquisas nos campos da estática e da hidrostática, no final do século 16, e desenvolveu estudos também no campo da geometria vetorial. Entre outras coisas, ele demonstrou, experimentalmente, que a pressão exercida por um fluido depende exclusivamente da sua altura. O Teorema de Stevin está relacionado com verificações que podemos fazer sobre a pressão atmosférica e a pressão nos líquidos. Como sabemos, dos estudos no campo da hidrostática, quando consideramos um líquido qualquer que está em equilíbrio, temos grandezas importantes a observar, tais como: massa específica (densidade), aceleração gravitacional local (g) e altura da coluna de líquido (h). O Teorema de Stevin diz que: "A diferença entre as pressões em dois pontos considerados no seio de um líquido em equilíbrio (pressão no ponto mais profundo e a pressão no ponto menos profundo) vale o produto da massa especifica do líquido pelo módulo da aceleração da gravidade do local onde é feita a observação, pela diferença entre as profundidades consideradas." 2/ Simbolicamente: p .g.(h h )pA − B = d B − A ou p .g . Δh Δ = d p . Δh Δ = μ Sendo: : variação da pressão hidrostática (Pa)p Δ : massa específica (Kg/m³)μ d : densidade (Kg/m³) g : aceleração da gravidade (m/s²) : variação da altura da coluna de líquido (m)h Δ A partir do Teorema de Stevin podemos concluir: A pressão aumenta com a profundidade. Para pontos situados na superfície livre, a pressão correspondente é igual à exercida pelo gás ou ar sobre ela. Se a superfície livre estiver ao ar atmosférico, a pressão correspondente será a pressão atmosférica, patm .Na figura abaixo se tem o gráfico da pressão p em função da profundidade h. ● Pontos situados em um mesmo líquido e em uma mesma horizontal ficam submetidos à mesma pressão. ● A superfície livre dos líquidos em equilíbrio é horizontal 3/ 2. METODOLOGIA Para os experimentos foram utilizados os seguintes materiais: - 01 painel manométrico; - 01 tampão; - 01 escala submersível; - 01 escala milimetrada acoplável ao painel; - 01 tripé com sapatas niveladoras amortecedoras antiderrapantes; - 01 haste de sustentação; - 01 seringa descartável de 10 ml; - 01 prolongador para seringa; - Água; - 01 termômetro; - 01 copo de Becker; 3. EXPERIMENTOS E RESULTADOS Os objetivos do experimento são: reconhecer e operar com um manômetro de tubo aberto, usando a água como líquido manométrico; reconhecer e utilizar convenientemente o conhecimento de que “a pressão manométrica indicada num ponto situado a uma profundidade de “h”, de um líquido em equilíbrio, é igual ao produto do peso específico pela profundidade do ponto”; mencionar que a pressão num ponto situado a uma profundidade “h”, de um líquido em equilíbrio, é igual à pressão que atua sobre a superfície livre do líquido mais o produto do peso específico pela profundidade do ponto”; e, reconhecer que: “Dois pontos situados no mesmo nível de um líquido em equilíbrio suportam pressões iguais”. Para iniciar o experimento foi feita a montagem do equipamento e a calibragem. Com a escala a aproximadamente 10 mm da mesa e com as extremidades abertas do manômetro foi medidas as posições y e y’ do líquido manométrico e ambas ficaram em 20mm. Depois se colocou o tampão em uma das extremidades e a diferença ficou de apenas 2mm entre as posições y e y’. O que ocorreu foi que atuou diretamente sobre a 4/ superfície y (aberta) a pressão atmosférica de 1,01 Pa alterando as posições no manômetro e tirando-as do equilíbrio. Suposições propostas: 1 - Supondo que a superfície y’ suba 5mm, os mesmos 5mm descem em y, no caso o desnível manométrico ∆h é de 5mm. 2 – Supondo que o tubo do manômetro tem um desnível de 4 mm para 7,5 mm na superfície y’, o ∆h é de 3,5 mm que é o quanto o líquido manométrico subiu. Depois das suposições propostas, continuamos o experimento utilizando o béquer com água e o posicionando de modo que a escala submersível fique na posição zero da escala, e anotamos os resultados a cada 5 mm que baixávamos a escala no béquer com água. Uma das extremidades do manômetro permaneceu com o tampão. Foi feita também a medição da temperatura ambiente. Com os dados obtidos, realizamos as atividades propostas no roteiro, a primeira é completar a tabela com o cálculo da pressão manométrica, utilizando os dados obtidos e a fórmula ., . ∆h (P m = 9 8 Nm²) Tabela 1 Temperatura durante as medições = 27 ºC Profundidade no copo de Becker Dados manométricos h1 h2 ∆h P manométrica = , . ∆h (P m = 9 8 Nm²) (numericamente em milímetros) 10 mh1 = x −3 20 20 0 0 10 mh2 = x −3 21 19 2 19,6 10 mh3 = x −3 22 18 4 39,2 10 mh4 = x −3 24 16 8 78,4 10 mh5 = x −3 26 14 12 117,6 Gráfico 1 - pressão manométrica versus a profundidade h do ponto P m 5/ 4. APLICAÇÃO – QUESTÕES PROPOSTAS a) Deslizando o copo Becker sobre a mesa com a extremidade do manômetro imersa em sua massa líquida, verifique a validade da seguinte afirmação: “Dois pontos situados no mesmo nível de um líquido em equilíbrio suportam pressões iguais”. Resposta: b) Justifique através da expressão a validade da afirmação P m .g .h P = 0 + anterior. Resposta: c) Usando a expressão geral, determine a pressão absoluta que deverá atuar num ponto a 15 metros de profundidade, na água, sabendo-se que a pressão que atua sobre a superfície livre, deste líquido, vale 15 (N/m2). Resposta: d) Qual a diferença de pressão sofrida por um mergulhador ao passar de um nível localizado a dois metros de profundidade para outro a cinco metros abaixo da superfície livre da água em que se encontra? Resposta: 6/ 5. DISCUSSÕES E CONCLUSÃO Os experimentos apresentados cumpriram com o objetivo de fixar as teorias passadas, além de proporcionar o aprendizado e maior contato com a Hidrostática e seu princípio fundamental,o Teorema de Stevin. Assim, concluímos que: ● Ao término do experimento, constatamos que a pressão que atua no painel, é a atmosférica, mesmo utilizando o tampão para fechar uma das extremidades, a outra permaneceu aberta, sofrendo assim ação dessa pressão. ● A diferença de pressão entre dois pontos, situados em alturas diferentes, no interior de um líquido homogêneo em equilíbrio, é a pressão hidrostática exercida pela coluna líquida entre os dois pontos. ● A pressão aumenta com a profundidade. Para pontos situados na superfície livre, a pressão correspondente é igual à exercida pelo gás ou ar sobre ela. Se a superfície livre estiver ao ar atmosférico, a pressão correspondente será a pressão atmosférica, . .patm ● Dois pontos situados no mesmo nível de um líquido em equilíbrio suportam pressões iguais, pois não há variação na profundidade. 6. REFERÊNCIAS ● HALLYDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER J. Fundamentos de Física, Vol. 2: gravitação, ondas e termodinâmica. 8° Edição. Rio de Janeiro, LTC, 2011. ● WIKIPÉDIA: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_de_Stevin> ● UOL EDUCAÇÃO PESQUISA ESCOLAR: < https://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/lei-de-stevin-teoria-e-aplicacoes.ht m> ● TODA MATÉRIA < https://www.todamateria.com.br/teorema-de-stevin/>
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