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Prof. Dr. Jair Rodrigues Garcia Junior - UNOESTE, 2016. Curso de Educação Física Bioquímica Aplicada à Educação Física Quinta aula (13 e 16 set 2016) Energia para as reações celulares Na natureza existem diferentes formas de energia: elétrica, luminosa, térmica, atômica, mecânica e química. Há possibilidade de conversões de uma forma de energia em outra. A energia mecânica de um rio ou do vento, por exemplo, pode ser convertida em energia elétrica. A energia elétrica pode ser convertida em energia luminosa ou térmica. Em nosso corpo temos a energia elétrica, térmica, mecânica e química. A conversão é sempre de química para elétrica, térmica ou mecânica. Portanto, a energia fundamental para a célula é a química. A fonte primária de energia química para as células é a molécula de adenosina trifosfato (ATP). A energia química do ATP serve basicamente para a célula realizar: (1) reações químicas, (2) transporte de íons para dentro e para fora e (3) contração (nas células musculares). Representação simplificada da molécula de ATP: Adenosina – P ~ P ~ P As duas últimas ligações entre os fosfatos (P) possuem energia e, quando essas ligações são cindidas (quebradas), a energia é liberada para as funções acima mencionadas. O mais comum é que apenas a última ligação seja quebrada. As moléculas de ATP disponíveis nas células são utilizadas o tempo todo, o que pode dar a idéia que o estoque de ATP seja bastante grande. Porém, o estoque é pequeno (25 mmol/Kg tecido) e suficiente para apenas 3-5 segundos de atividade celular. Felizmente, a maior parte do tempo, as células têm a capacidade de repor imediatamente e proporcionalmente o ATP que é quebrado. Mesmo porque, o ATP celular nunca pode se esgotar. A energia para reposição do ATP tem origem em cinco substratos (ou combustíveis) energéticos: fosfocreatina (PC), glicose, ácidos graxos (AG), aminoácidos (AA) e corpos cetônicos (CC). Estes combustíveis tem origem nos alimentos, reservas corporais ou produção pelo corpo, enquanto os corpos cetônicos podem ser produzidos apenas pelo corpo. Para “extrair” a energia dos substratos e transferir para a molécula de ATP existem as vias metabólicas de produção de energia (de ressíntese do ATP) anaeróbias e aeróbia. As vias anaeróbias não dependem de O2 e utilizam apenas dois substratos: fosfocreatina e glicose. A via aeróbia depende do O2 e utiliza como substratos: glicose, ácidos graxos, aminoácidos e corpos cetônicos (Quadro). Características Dependência de oxigênio Substrato(s) Capacidade Potência Vias anaeróbias - Fosfocreatina Não Fosfocreatina Baixa Alta - Glicólise Não Glicose Baixa Média Via aeróbia - Fosforilação oxidativa Sim Glicose, ácidos graxos, aminoácidos e corpos cetônicos Alta Baixa Utilize as informações acima e explicações da aula para responder as questões. 17. Quais as formas de energia encontradas no corpo? Qual é a forma de energia fundamental para as células? 18. A necessidade de ATP ao longo de um dia é muito grande, porém o estoque de ATP é pequeno. Como as células obtêm a grande quantidade de ATP que necessitam? 19. Quais são as vias metabólicas de ressíntese de ATP e quais os substratos energéticos utilizados por cada uma delas? 20. Quantos são e quais são os substratos energéticos?
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