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Aula 00 princípios orçamentarios

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CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
 
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Aula 0 
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
É com enorme satisfação que início este novo curso de Administração 
Financeira e Orçamentária (AFO) para Auditor Federal de Controle 
Externo (AFCE) do Tribunal de Contas da União (TCU) e cada vez mais feliz 
por integrar esta renomada equipe de professores do Ponto dos Concursos! A 
cada curso estou mais motivado em transmitir conhecimentos a estudantes das 
mais diversas regiões deste país! Sei que muitas vezes as aulas virtuais são as 
únicas formas de acesso ao ensino de excelência que o aluno dispõe. Outros 
optam por este tão efetivo método de ensino porque conhecem a capacidade 
do material elaborado pelo Ponto. Porém, mais importante ainda que um 
professor motivado são estudantes motivados! O aluno é sempre o centro do 
processo e é ele capaz de fazer a diferença. A razão de ser da existência do 
professor é o aluno. 
 
Já começo falando do novo estilo do curso: Teoria + Exercícios + Discursiva. 
 
Teoria: veremos todo o conteúdo de AFO para TCU baseado no último edital 
do concurso para auditoria governamental, sendo ao mesmo tempo abrangente 
e objetivo, com exercícios comentados e contextualizados com a matéria. 
 
Exercícios propostos: questões de concursos anteriores preferencialmente 
do CESPE para que o estudante tenha mais oportunidades de se exercitar. 
Nesses exercícios não existirão comentários, porém serão acompanhados dos 
respectivos gabaritos. 
 
Discursiva: temos uma peculiaridade, já que tradicionalmente a prova 
discursiva do TCU ocorre concomitantemente à prova objetiva, diferentemente 
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dos demais concursos onde acontece uma convocação posterior para a prova 
aberta, motivo pelo qual se optou por esse novo formato de curso. Em resumo, 
serão propostos três temas durante o curso e assim cada aluno poderá enviar 
até três textos em word para correção individual por meio do sistema do 
Ponto dos Concursos. 
 
Atenção: não serão aceitos textos em outros formatos, apenas em Word. 
Também não serão apreciados textos enviados fora da data divulgada na aula 
respectiva (sete dias) ou por outros meios, como por e-mail. Ainda, não haverá 
correções de português, logo as redações não terão notas, porém a ideia é que 
o estudante tenha uma visão do professor de AFO para que melhore seu texto 
e tenha capacidade de desenvolver da melhor forma possível seu conteúdo. 
 
Sempre haverá ao final de cada aula uma lista das questões apresentadas na 
aula, com seus respectivos gabaritos, caso o estudante opte por tentar resolvê-
las antes da leitura. Haverá ainda ao final um resumo, o que eu chamarei de 
“Memento do Concurseiro”. “Importei” o termo das atividades militares, pois lá 
o memento é um pequeno lembrete aos comandantes ou instrutores dos 
principais pontos de um determinado assunto, por exemplo, um tipo de 
manobra militar. Aqui terá função semelhante, o memento será um lembrete 
ao estudante dos principais pontos da aula. Reforço que nossa preparação 
será para colocar o aluno em condições de deslanchar em diversos concursos 
que cobrem Administração Financeira e Orçamentária, apesar de se basear 
integralmente do edital do TCU. Além do concurso para o TCU, por exemplo, 
temos os atrativos concursos para as diversas agências reguladoras, onde a 
remuneração aumentou substantivamente, para agente e escrivão da Polícia 
Federal, Analista de Planejamento e Orçamento, Especialista em Políticas 
Públicas e Gestão Governamental (EPPGG), Analista do Banco Central, 
Auditor e Analista da Receita Federal e para vários outros. 
 
Voltando à aula demonstrativa, esta tem o intuito de apresentar ao estudante 
como será a metodologia de nosso curso, bem como o conhecimento do perfil 
do professor. Já adianto que gosto de elaborar as aulas buscando sempre a 
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aproximação com o aluno, para que você que está lendo consiga imaginar que 
o professor está próximo, falando com você. 
 
Meu nome é Antônio Sérgio Mendes Júnior. Para que me conheçam melhor, 
minha experiência em concursos começou quando eu tinha 17 anos. Fui 12° 
lugar no concurso público nacional para ingresso na Escola Preparatória de 
Cadetes do Exército. Cursei, a seguir, a Academia Militar das Agulhas Negras, 
concluindo meu curso de Ciências Militares em 4° lugar, com ênfase em 
Intendência (Logística e Administração). Lá tive meus primeiros contatos com 
administração pública, orçamento e execução financeira. Como Oficial do 
Exército, desempenhei, entre outras diversas funções tipicamente militares, as 
funções de Pregoeiro e de Membro da Comissão Permanente de Licitações e 
Contratos, nas quais tive contato constante com a ponta da linha do gasto 
público, que é a Execução Financeira. 
Comecei a estudar em 2006 visando à Receita Federal, buscando um novo 
horizonte, e como o concurso não saía, procurei novas frentes. Surgiu o 
concurso para meu cargo atual, analisei o edital e as funções desempenhadas, 
quando vislumbrei que tal cargo era muito mais voltado para minhas 
preferências pessoais. Até então nem sabia que ele existia! Mesmo mudando o 
foco em cima da hora, sem ter estudado algumas matérias, obtive a aprovação, 
a qual consegui muito em função do conhecimento de Administração 
Financeira e Orçamentária (AFO) que sempre tem um peso significativo nesta 
prova. Por isso considero AFO tão importante. 
 
Quanto a meu concurso, hoje estou realmente realizado como Analista de 
Planejamento e Orçamento (APO) do Ministério do Planejamento, Orçamento e 
Gestão. Estou lotado na Secretaria de Orçamento Federal (SOF), onde convivo 
diariamente com esse assunto fascinante que é o Orçamento, chave da nossa 
matéria. 
 
A minha experiência anterior como Pregoeiro e em Licitações me ajudou e 
ajuda até hoje a ter uma visão mais completa do emprego do dinheiro público, 
pois agora estou do outro lado, o da alocação dos recursos. Assim, 
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compreendo todas as dificuldades e anseios daqueles que efetivamente 
“gastam”. 
 
Sou pós-graduando em Orçamento Público pelo Instituto Serzedello Corrêa do 
Tribunal de Contas da União (ISC/TCU), onde é realizado o curso de formação 
dos aprovados no concurso para o TCU. Espero ter a satisfação de encontrar 
você nos corredores do ISC durante o seu curso de formação. Tive também a 
oportunidade de aprofundar os conhecimentos no curso de Planejamento e 
Orçamento da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), com a carga 
de 518 horas. Minha turma foi privilegiada, pois tive aula com o “papa” do 
Orçamento Mundial Allen Schick, que prestava consultoria ao Brasil e foi 
convidado pela ENAP. Procurei durante o curso também aprender o máximo 
com grandes mestres em Orçamento Publico,como Giacomoni, Pagnussat, 
Fabiano Core e de outras áreas, como a Administração Pública de Fernando 
Abrúcio, as Políticas Públicas de Paulo Calmon e a economia de Leda Paulani. 
Tive aulas também com a cúpula da SOF e da SPI, quando pude ter uma visão 
mais gerencial do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal. Podem ter 
certeza que a abordagem de nossas aulas será bem diferente de um curso 
como o da ENAP, pois o nosso foco é a aprovação no concurso, com bastante 
objetividade. No entanto, para o professor, é muito importante essa aquisição 
de conhecimentos mais sólidos, para propiciar ao estudante aulas com 
informações de mais qualidade. 
 
Assim, numa divisão mais didática que o edital, buscando ser o mais completo 
e objetivo possível, serão 10 aulas (0 a 9), desenvolvidas da seguinte forma: 
• Aula 0 – Princípios Orçamentários 
• Aula 1 - Orçamento na constituição de 1988: Plano Plurianual (PPA), Lei 
de Diretrizes Orçamentárias (LDO): objetivos, Anexos de Metas Fiscais, 
Anexos de Riscos Fiscais. Lei Orçamentária Anual (LOA). 
• Aula 2 - Ciclo orçamentário: elaboração da proposta, discussão, votação 
e aprovação da lei de orçamento. 
• Aula 3 - Funções do Governo. Falhas de mercado e produção de bens 
públicos. Políticas econômicas governamentais (alocativa, distributiva e 
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estabilizadora). Federalismo Fiscal. Orçamento público: conceitos. 
Evolução conceitual do orçamento público. Orçamento-Programa: 
fundamentos e técnicas. 
• Aula 4 - Créditos Adicionais. 1° Tema da Discursiva. 
• Aula 5 - Gestão organizacional das finanças públicas: sistema de 
planejamento e orçamento e de programação financeira constantes da 
Lei n° 10.180/2001. Decreto nº. 2829/98. Plano Plurianual (PPA): 
estrutura, base legal, objetivos, conteúdo, tipos de programas. 
• Aula 6 - Classificações orçamentárias: Classificação da receita pública: 
institucional, por categorias econômicas, por fontes. Dívida Ativa. 2° 
Tema da Discursiva. 
• Aula 7 - Classificações orçamentárias: Classificação da despesa 
pública: institucional, funcional, programática, pela natureza. 
• Aula 8 - Execução orçamentária e financeira: estágios e execução da 
despesa pública e da receita pública. Programação de desembolso e 
mecanismos retificadores do orçamento. Critérios para limitação de 
empenho. Conta Única do Tesouro Nacional: conceito e previsão legal. 
Restos a Pagar. Despesas de Exercícios Anteriores. 3° Tema da 
Discursiva. 
• Aula 9 - Tópicos selecionados da Lei Complementar n° 101/2000: 
princípios, conceitos, planejamento, renúncia de receitas, geração de 
despesas, transferências voluntárias, destinação de recursos para o 
setor privado, transparência da gestão fiscal, prestação de contas e 
fiscalização da gestão fiscal. 
 
Quanto ao tema Orçamento público no Brasil: Títulos I, IV, V e VI da Lei 
n° 4320/64; está contextualizado pelas aulas da seguinte forma. Título I 
(Princípios Orçamentários, Receitas e Despesas), IV (Restos a Pagar, 
Despesas de Exercícios Anteriores e Dívida Ativa), V (Crédito Adicionais) e VI 
(Estágios da Receita e da Despesa). 
 
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O conteúdo das aulas não será rígido. Poderá haver alterações de acordo com 
o desenvolvimento do curso, já que o edital de 2010 ainda não foi publicado. 
 
Estou ministrando este curso on-line porque realmente acredito em sua 
efetividade. Sou natural de Juiz de Fora – MG e estava morando e trabalhando 
lá. Embora seja uma cidade de porte médio (mais de 500 mil habitantes), os 
cursinhos preparatórios de lá, apesar de bons, praticamente só ofereciam 
cursos para Escolas Militares, Receita Federal, Polícia Federal e alguns 
tribunais. Se hoje sou Analista de Planejamento e Orçamento, devo muito aos 
cursos on-line. 
 
E quanto a você estudante? Quer mudar de vida? Quer ser reconhecido 
profissionalmente? Está se sentindo subempregado? Quer respirar novos 
ares? Quer se tornar um Auditor Federal de Controle Externo? 
 
Como motivação, separei algumas frases: 
 
"A transformação pessoal requer substituição de velhos hábitos por novos." 
(W.A Peterson) 
 
"A única coisa que se coloca entre um homem e o que ele quer na vida é 
normalmente meramente a vontade de tentar e a fé para acreditar que aquilo é 
possível”. (Richard M. Devos) 
 
"Consulte não a seus medos mas a suas esperanças e sonhos. Pense não 
sobre suas frustrações, mas sobre seu potencial não usado. Preocupe-se não 
com o que você tentou e falhou, mas com aquilo que ainda é possível a você 
fazer." 
(Papa João XXIII) 
 
"Duas coisas que aprendi são que você é tão poderoso e forte quanto você se 
permite ser, e que a parte mais difícil de qualquer empreendimento é dar o 
primeiro passo, tomar a primeira decisão." (Robyn Davidson) 
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"Entusiasmo é a inspiração de qualquer coisa importante. Sem ele, nenhum 
homem deve ser temido; e com ele, nenhum homem deve ser desprezado." 
(Christian Nevell Bovee) 
 
"Grandes resultados requerem grandes ambições." (Heráclito) 
 
Venha comigo nesta empreitada! Busque seus objetivos! 
 
E é claro! Nosso edital está próximo! Não vamos perder tempo! 
 
Nesta aula demonstrativa estudaremos os Princípios orçamentários, os quais 
são premissas, linhas norteadoras a serem observadas na concepção e 
execução da lei orçamentária. Visam a aumentar a consistência e estabilidade 
do sistema orçamentário. Por isso são as bases nas quais se deve orientar o 
processo orçamentário e são impositivos nos orçamentos públicos. 
 
Atenção: É um assunto importante para a compreensão geral da matéria e 
também é muito cobrado em concurso! 
 
Veremos que alguns princípios são explícitos, por estarem incorporados à 
legislação, principalmente na Constituição Federal de 1988 (CF/88) e na 
Lei 4320/64. Outros são implícitos, porque são definidos apenas pela Doutrina, 
mas também são importantes para fins de elaboração, execução e controle do 
orçamento público. 
 
Princípio da Unidade 
 
Segundo este princípio, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas 
um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em cada 
exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos paralelos. 
Está consagrado na Lei 4320/64: 
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Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de 
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
 
Princípio da Universalidade 
 
O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes 
da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. 
Está também na Lei 4320/64: 
Art. 2° A Lei do Orçamento conteráa discriminação da receita e despesa de 
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de 
operações de crédito autorizadas em lei. 
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos 
órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio 
deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2°. 
 
O § 5º do art.165 se refere à Universalidade, quando o constituinte determina 
a abrangência da LOA: 
§ 5° A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
Atenção: o § 5º do art.165 pode se referir tanto ao princípio da Universalidade 
como ao princípio da Unidade (ou Totalidade), pois os orçamentos fiscal, de 
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investimentos e da seguridade social são partes integrantes do todo e estão 
compreendidos numa mesma Lei Orçamentária. 
 
Os examinadores normalmente tentam confundir os dois princípios nas provas. 
Cuidado! Para ser compatível com os dois princípios, o orçamento uno deve 
conter todas as receitas e despesas do Estado. 
• Um hipotético orçamento uno que não contemplar todas as receitas e 
despesas estará de acordo apenas com a Unidade; 
• Se for mais de um orçamento contendo todas as receitas e despesas, 
eles estarão de acordo apenas com a Universalidade. 
 
Princípio da Anualidade ou Periodicidade 
 
O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano, 
consoante nossa Constituição: 
 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
 
É conhecido também como princípio da periodicidade, numa abordagem que 
o orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. No Brasil, ele 
coincide com o ano civil, segundo a Lei 4320/64: 
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. 
 
Vários artigos da Constituição remetem à anualidade, como o § 1º do art. 167: 
“Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade”. 
 
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A Lei 4320/64 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio da 
unidade. A anualidade não está relacionada ao ano civil, mas com o exercício 
financeiro e o período de 12 meses. 
 
Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos 
quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos 
seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término deste exercício 
financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de 
exceções ao princípio da anualidade. 
 
Atenção: Anualidade é princípio orçamentário, porém anterioridade não é. Em 
várias provas é exigido que o candidato saiba que o princípio constitucional 
da anterioridade é princípio tributário e não orçamentário. 
 
Caiu na prova: 
(FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/AL – 2008) A doutrina não 
considera princípio orçamentário o princípio da: 
(A) legalidade. 
(B) exclusividade. 
(C) unidade. 
(D) programação. 
(E) anterioridade. 
 
O princípio constitucional da anterioridade é princípio tributário e não 
orçamentário. Veremos nos próximos tópicos os princípios orçamentários da 
legalidade, exclusividade e programação. 
Resposta: Letra E 
 
Princípio da Totalidade 
 
Surgiu após uma remodelação pela doutrina do princípio da unidade, de forma 
que abrangesse as novas situações. Foi construído, então, para possibilitar a 
coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer 
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consolidação. A Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o 
princípio da totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a 
seguinte: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de 
investimentos das estatais. 
 
É importante destacar que autores como José Afonso da Silva possuem o 
seguinte ponto de vista: "o princípio da unidade orçamentária, na concepção 
de orçamento-programa, não se preocupa com a unidade documental; ao 
contrário, desdenhando-a, postula que tais documentos se subordinem a uma 
unidade de orientação política, numa hierarquização dos objetivos a serem 
atingidos e na uniformidade de estrutura do sistema integrado”. Tem-se 
também a síntese de Ricardo Lobo Torres, "o orçamento é uno. O princípio da 
unidade não significa a existência de um único documento, mas a 
integração finalística e a harmonização entre os diversos orçamentos". 
 
Assim, o princípio da unidade ou da totalidade não necessariamente significa 
um documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento 
tornou o orçamento necessariamente multi-documental, em virtude da 
aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com 
datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo. 
Em que pese tais documentos serem distintos, devem obrigatoriamente ser 
compatibilizados entre si. 
 
Princípio da Unidade de Tesouraria (ou de Caixa): 
 
É o princípio que respalda a Conta única do Tesouro. Todas as receitas 
devem ser recolhidas em uma única conta. O objetivo é apresentar todas as 
receitas e despesas numa só conta, a fim de confrontar os totais e apurar o 
resultado: equilíbrio, déficit ou superávit. 
 
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Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao 
princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para 
criação de caixas especiais. 
 
O art. 164 da CF/88 determina o destino das disponibilidades: 
§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco 
central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou 
entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em 
instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
 
Relembro que a Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, conhecida 
como Lei de ResponsabilidadeFiscal (LRF), é a lei que estabelece normas 
de finanças públicas voltadas para a gestão fiscal. Ela traz uma observação 
importante ao princípio da unidade de caixa, pois em seu artigo 43 
estabelece que as disponibilidades de caixa relativas à Previdência Social 
deverão ser separadas das demais disponibilidades do ente público: 
 
§ 1o As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral 
e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a 
que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em 
conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas 
condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e 
prudência financeira. 
 
Para não deixar dúvidas, segundo a LRF, são entes da Federação: a União, 
cada Estado, o Distrito Federal e cada Município. 
 
Princípio do Orçamento Bruto 
 
Existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitas ao Ente Público. 
Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas. 
Por exemplo, quando o Governo paga salários, realiza despesas. No entanto, a 
partir de determinado valor, começa incidir sobre a remuneração o Imposto de 
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Renda, que é uma receita para o Governo, descontada diretamente pela fonte 
pagadora. Assim, ao pagar o salário de um servidor, é efetuada uma despesa 
(salário) que ao mesmo tempo gera uma receita (Imposto de Renda). 
 
O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam 
incluídas no orçamento nos seus montantes líquidos. Também está na Lei 
4320/64: 
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos 
seus totais, vedadas quaisquer deduções. 
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra 
incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a 
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber. 
 
No nosso exemplo, considere uma carreira de alto escalão do Executivo, que 
tem como subsídio inicial R$ 12.500,00. Subtraindo os descontos de Imposto 
de Renda e Previdência, o líquido gira em torno de R$ 9.000,00. Na lei 
orçamentária, segundo o princípio do orçamento bruto, deverão constar 
todos esses itens, de receitas de despesas, e não somente a despesa líquida 
da União de R$ 9.000,00. 
 
Caiu na prova: 
(FGV - Auditor Substituto de Conselheiro – TCM/RJ – 2008) O princípio do 
orçamento bruto tem como escopo impedir que se incluam na lei orçamentária, 
quanto a determinado serviço público, os saldos: 
(A) positivos. 
(B) negativos. 
(C) positivos contábeis. 
(D) negativos contábeis. 
(E) positivos ou negativos. 
 
Não importa se o saldo líquido será positivo ou negativo, o princípio do 
orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes líquidos e determina 
a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais. 
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Resposta: Letra E 
 
Princípio da Exclusividade 
 
Surgiu para evitar que o Orçamento fosse utilizado para aprovação de matérias 
sem nenhuma pertinência com o conteúdo orçamentário, em virtude da 
celeridade do seu processo. 
Determina que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à 
previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as 
autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por 
antecipação de receita orçamentária (ARO). Por exemplo, o orçamento não 
pode conter matéria de direito penal. 
 
Possui previsão na nossa Constituição, no art. 165: 
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da 
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização 
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de 
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
 
E também na Lei 4320/64: 
Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: 
 I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas 
as disposições do artigo 43; 
 II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de 
crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. 
 
Em resumo, este princípio significa que: 
Princípio da Exclusividade 
Regra: Lei Orçamentária deve conter apenas previsão de receita e fixação de despesas. 
No entanto, admitem-se autorizações para: 
• Créditos suplementares e apenas este; 
• e operações de crédito, mesmo que por antecipação de receita. 
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Esse inciso I do art. 7º da Lei 4320/64 faz menção ao art. 43, que trata do tema 
créditos adicionais. Já a LRF define operação de crédito como compromisso 
financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite 
de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores 
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e 
outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos 
financeiros. 
 
Esse inciso II do art. 7º da Lei 4320/64 foi parcialmente prejudicado e deve ter 
sua leitura combinada com a LRF, por ser esta mais restritiva. 
Segundo o art. 38 da LRF, a operação de crédito por antecipação de receita 
destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro. 
Apenas poderá ser realizada a partir do décimo dia do início do exercício e 
deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de 
dezembro de cada ano. 
 
Também não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a 
taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa 
básica financeira, ou à que vier a esta substituir. É ainda proibida enquanto 
existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada e no 
último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. 
 
Por hora, entenda que a operação de crédito se assemelha a um empréstimo 
que o ente contrai para aumentar suas receitas e cobrir suas despesas. Agora, 
basta guardar que as exceções ao princípio da exclusividade são créditos 
suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO. 
 
Caiu na prova: 
(CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) A autorização para 
um órgão público realizar licitações não pode ser incluída na lei orçamentária 
anual em observância ao princípio da exclusividade. 
 
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O princípio da exclusividade determina que a lei orçamentária não poderá 
conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. 
Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de 
crédito, inclusive por ARO. Logo, a lei orçamentária não pode tratar de 
licitações. 
Resposta: Certa 
 
Princípio doEquilíbrio Orçamentário 
 
Esse princípio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão 
superiores à previsão das receitas. 
 
A LRF determina que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) trate do 
equilíbrio entre Receitas e Despesas: 
Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 
da Constituição e: 
 I - disporá também sobre: 
 a) equilíbrio entre receitas e despesas. 
 
O art. 9º da LRF também trata do equilíbrio das finanças públicas. Determina 
que “se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá 
não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal 
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público 
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias 
subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os 
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias”. 
 
A Constituição de 1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit 
orçamentário, caso em que as receitas sejam menores que as despesas. 
Assim, o princípio do equilíbrio não tem hierarquia constitucional. Mas 
contabilmente o orçamento sempre estará equilibrado, pois tal déficit 
aparece normalmente nas operações de crédito que, pelo art. 3º da 
Lei 4320/64, também devem constar do orçamento. 
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Deve-se ressaltar que há limites para essas operações de crédito. A regra de 
ouro, que será estudada no capítulo sobre despesas públicas, veda a 
realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de 
capital. Por agora, o estudante deve entender que a regra de ouro objetiva 
evitar que a Administração Pública se endivide para cobrir despesas de 
custeio, que são aquelas do dia-a-dia do órgão. A Administração deve se 
endividar apenas para a realização de investimentos. 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) Constata-se 
que os princípios orçamentários do equilíbrio e da unidade foram respeitados 
quando ocorrem, respectivamente: 
a) as despesas correntes liquidadas não ultrapassam as receitas correntes 
arrecadadas e a Lei Orçamentária Anual disciplinou todas modificações na 
legislação tributária necessárias à execução do orçamento. 
b) as despesas correntes foram pagas sem a realização de operações de 
crédito e as despesas de capital foram cobertas com receitas correntes. 
c) a arrecadação total foi suficiente para cobrir todas as despesas liquidadas e 
a distribuição dos gastos durante os meses do exercício manteve-se bem 
distribuída. 
d) as receitas de capital não ultrapassaram as despesas de capital e todas as 
despesas realizadas foram autorizadas em lei. 
e) todas as despesas autorizadas no exercício não ultrapassam o valor das 
receitas estimadas e cada ente da federação apresenta um único orçamento no 
exercício. 
 
O princípio do equilíbrio orçamentário visa assegurar que as despesas 
autorizadas não serão superiores à previsão das receitas. Já o princípio da 
unidade determina que o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas 
um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em cada 
exercício financeiro 
Resposta: Letra E 
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Princípio da não-afetação (ou não-vinculação) das receitas 
 
Esse princípio dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada 
ou comprometida para atender a certos e determinados gastos. Está na 
Constituição Federal: 
 
Art. 167. São vedados: 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se 
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços 
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de 
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no 
art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo. 
 
Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade 
do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas 
despesas obrigatórias. 
 
Exceções ao princípio da não-vinculação: 
Repartição constitucional dos impostos; 
Destinação de recursos para a Saúde; 
Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; 
Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; 
Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; 
Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta (Art. 167, §4°) 
 
Importante: caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de 
sua vinculação, mesmo que em outro exercício financeiro. Veja o art. 8º da 
LRF: 
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Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica 
serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, 
ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
 
Atenção! O princípio veda a vinculação de impostos e não de tributos. Os 
examinadores gostam desta troca. 
 
A Constituição pode vincular outros impostos? Sim, por emenda constitucional 
podem ser vinculados outros impostos, mas por lei complementar, ordinária ou 
qualquer dispositivo infraconstitucional não pode. 
Apenas os impostos não podem ser vinculados por lei infraconstitucional. 
 
Princípio da Publicidade 
 
O art. 37 da Constituição cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela 
Administração Pública, que são Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, 
Publicidade e Eficiência. 
Esse princípio também é orçamentário, pois é a garantia de acesso a qualquer 
interessado às informações necessárias ao exercício da fiscalização sobre a 
utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. 
Determina que é condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais 
de comunicação para conhecimento público. 
 
Caiu na prova: 
(CESGRANRIO - Analista – Banco Central do Brasil – 2010) Sobre os 
princípios orçamentários, analise os itens a seguir. 
I - A inclusão de dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa na lei orçamentária anual fere o princípio da universalidade. 
II - O princípio da unidade estabelece que o montante da despesa não deve 
ultrapassar a receita prevista para o período. 
III - A vedação da apropriação de receitas de impostos a despesas específicas, 
salvo as exceções constitucionais, caracteriza o denominado princípio da não 
afetação das receitas. 
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IV - O princípio da publicidade prescreve que o conteúdo orçamentário deve 
ser divulgado por meiode veículos oficiais de comunicação, para o 
conhecimento público e para a eficácia de sua validade. 
Estão corretos APENAS os itens: 
(A) I e III. 
(B) II e III. 
(C) II e IV. 
(D) III e IV. 
(E) I, II e III. 
 
I) Errado. A inclusão de dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação 
da despesa na lei orçamentária anual fere o princípio da exclusividade, salvo 
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
II) Errado. O princípio do equilíbrio estabelece que o montante da despesa 
não deve ultrapassar a receita prevista para o período 
III) Correto. O princípio da não-afetação dispõe que nenhuma receita de 
impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e 
determinados gastos, salvo as exceções constitucionais. 
IV) Correto. O princípio da publicidade garante o acesso a qualquer interessado 
às informações necessárias ao exercício da fiscalização sobre a utilização dos 
recursos arrecadados dos contribuintes. Determina que é condição de eficácia 
do ato a divulgação em veículos oficiais de comunicação para conhecimento 
público. 
 
Logo, os itens III e IV estão corretos. 
Resposta: Letra D 
 
Princípio da Quantificação dos Créditos Orçamentários 
 
Está consubstanciado no inciso VII do art. 167 da CF/88, o qual veda a 
concessão ou utilização de créditos ilimitados: 
Art. 167. São vedados: 
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VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
 
Assim, não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções. 
 
Princípio da Especificação (ou Especialização ou Discriminação) 
 
Este princípio determina que as receitas e despesas devam ser discriminadas, 
demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar 
a função de acompanhamento e controle do gasto público, evitando a chamada 
“ação guarda-chuva”, que é aquela ação genérica, mal especificada, com 
demasiada flexibilidade. 
 
O princípio veda as autorizações de despesas globais. A Lei 4320/64 cita que: 
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a 
atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de 
terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 
20 e seu parágrafo único. 
 
As exceções do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho, 
como os programas de proteção à testemunha, que se tivessem especificação 
detalhada, perderiam sua finalidade. São também chamados de investimentos 
em regime de execução especial. 
 
O § 4º do art. 5º da LRF estabelece a vedação de consignação de crédito 
orçamentário com finalidade imprecisa, exigindo a especificação da despesa. 
Esse artigo apresenta a outra exceção ao nosso princípio, que é a reserva de 
contingência (art. 5º, III da LRF). 
 
A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de 
créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas, 
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com 
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. 
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Exemplo: despesas decorrentes de uma calamidade pública, como uma 
enchente de grandes proporções. 
 
Atenção! As exceções dos programas especiais de trabalho e reserva de 
contingência são quanto à dotação global, pois não necessitam de 
discriminação. Não confunda com dotação ilimitada, que é aquela sem valores 
definidos. 
 
Exemplo: recursos para o programa de proteção a testemunha. Dotação 
ilimitada seria não definir o valor no orçamento ou colocar que se pode gastar 
o quanto for necessário. Não é permitido, sem exceções. Já dotação global 
seria colocar dotação limitada, R$ 20 milhões para o programa, porém sem 
detalhamento. Também a regra seria não ser permitido, porém admite 
exceções, como nesse programa, pois com um detalhamento poderia haver 
risco de morte para as testemunhas. 
 
Atenção de novo: não confundir Orçamento Bruto com Discriminação. 
 
O princípio da discriminação (ou especialização ou especificação) 
determina que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando 
a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de 
acompanhamento e controle do gasto público. 
Já o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes 
líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não 
importando se o saldo liquido será positivo ou negativo. Por exemplo, a 
apuração e a divulgação dos dados da arrecadação líquida, sem a indicação 
das deduções previamente efetuadas a título de restituições, fere o princípio do 
orçamento bruto. 
 
Princípio da proibição do Estorno 
 
O Princípio da Proibição do Estorno determina que o administrador público 
não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. Quando 
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houver insuficiência ou carência de recursos, deve o Poder Executivo recorrer 
à abertura de crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou 
transferência, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo. Veja 
o dispositivo constitucional: 
Art. 167. São vedados: 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia 
autorização legislativa. 
 
Os termos remanejamento, transposição e transferência são relacionados pela 
Constituição Federal às situações de destinação de recursos de uma categoria 
de programação para outra ou de um órgão para outro. Foram introduzidos na 
CF/88 em substituição à expressão estorno de verba, utilizada em constituições 
anteriores para indicar a mesma proibição. Essa é a origem do princípio da 
proibição do estorno. 
 
A doutrina considera que são conceitos que devem ser definidos em lei 
complementar, portanto não poderiam ser definidos por lei ordinária ou outro 
instrumento infra-legal. Outros doutrinadores consideram que não há distinção 
entre os termos. 
 
Por categoria de programação deve-se entender a função, a subfunção, o 
programa, o projeto/atividade/operação especial e as categorias econômicas 
de despesas. 
 
Princípio da Legalidade 
 
Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais 
são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo 
Congresso Nacional. 
O art. 5º da Constituição determina em seu inciso II que “ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. 
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O art. 37 cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração 
Pública, que são Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidadee 
Eficiência. 
Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo. 
O respaldo ao princípio da legalidade orçamentária também está na 
Constituição: 
 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão 
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum. 
 
Em matéria orçamentária, a Administração Pública subordina-se às prescrições 
legais. Logo, legalidade também é princípio orçamentário. 
 
Princípio da Programação 
 
O orçamento deve expressar as realizações e objetivos da forma programada, 
planejada. Esse princípio dispõe que o orçamento deve ter o conteúdo e a 
forma de programação. 
 
Logo em seu § 1º do art.1º, a LRF determina que a responsabilidade na gestão 
fiscal pressupõe a ação planejada e transparente. No seu art. 8º reforça o 
princípio, pois determina que até trinta dias após a publicação dos orçamentos, 
o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de 
execução mensal de desembolso. 
 
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O princípio da programação vincula as normas orçamentárias à consecução e 
à finalidade do Plano Plurianual e aos programas nacionais, regionais e 
setoriais de desenvolvimento. 
 
Princípio da Clareza 
 
O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e 
compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse, 
precisam manipulá-lo. 
Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e 
completa. Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para 
tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração. 
 
(CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) A inclusão do serviço da 
dívida no orçamento público, na década de 80 do século passado, é compatível 
com vários princípios orçamentários, entre os quais, pelo menos, a 
universalidade, o equilíbrio e a clareza. 
 
Na década de 80 o orçamento Fiscal era sempre equilibrado e era aprovado 
pelo Legislativo. O orçamento monetário e o das Empresas Estatais eram 
deficitários, sem controle e, além do mais, não eram votados. Como o déficit 
público e os subsídios mais importantes estavam no orçamento monetário, o 
Legislativo encontrava-se, praticamente, alijado das decisões mais relevantes 
em relação à política fiscal e monetária do País. O orçamento monetário era 
elaborado pelo Banco Central e aprovado pelo executivo por decreto, sem o 
Congresso. Assim, a inclusão do serviço da dívida no orçamento público, com 
a extinção do orçamento monetário, é compatível com vários princípios 
orçamentários, como a universalidade (todas as receitas e despesas no 
orçamento), o equilíbrio (despesa fixada não superior à receita estimada) e a 
clareza (expresso de forma clara, coordenada e completa). 
Resposta: Certa. 
 
 
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E aqui terminamos nossa aula demonstrativa. 
Conforme combinamos, segue ao final de cada aula o “memento do 
concurseiro”, a lista de questões apresentadas nesta aula, as questões de 
concursos anteriores e o gabarito delas. Lembro que o memento é apenas um 
lembrete dos principais pontos da aula. Logo, é uma diretriz para o 
estudante, porém recomendo que você o complemente de acordo com suas 
necessidades e não deixe de constantemente consultar o conteúdo das aulas. 
Não se prenda apenas ao memento. 
 
Na aula 1 trataremos do assunto Orçamento na Constituição de 1988: Plano 
Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária 
Anual (LOA). 
 
Espero você na Aula 1! 
 
Forte abraço! 
 
Sérgio Mendes 
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MEMENTO AULA 0 
PRINCÍPIOS DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
Unidade 
O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um 
para cada ente da federação em cada exercício financeiro. 
Universalidade 
O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, 
seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. 
Anualidade O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano. 
Totalidade Coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. 
Unidade de 
Caixa (ou de 
Tesouraria) 
Regra: Todas as receitas devem ser recolhidas em uma única conta. 
Obs 1: disponibilidades de caixa relativas à Previdência Social deverão ser separadas das 
demais disponibilidades do ente público. 
Obs 2: Respalda a Conta única do Tesouro, a qual é mantida junto ao Banco Central do 
Brasil e sua operacionalização será efetuada por intermédio do Banco do Brasil, ou, 
excepcionalmente, por outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda.
Orçamento 
Bruto 
Todas as receitas e despesas constarão da lei orçamentária pelos seus totais, vedadas 
quaisquer deduções. 
Exclusividade 
Regra: Orçamento deve conter apenas previsão de receita e fixação de despesas 
Exceção: autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por 
antecipação de receita orçamentária (ARO). 
Especificação 
(ou 
Discriminação 
ou 
Especialização) 
Regra: receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação 
dos recursos. 
Exceção: programas especiais de trabalho ou em regime de execução especial e reserva 
de contingência. As exceções são quanto à dotação global. Não são admitidas dotações 
ilimitadas, sem exceções. 
Proibição do 
Estorno 
São vedados a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização 
legislativa. 
Quantificação 
dos Créditos 
Orçamentários 
É vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
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Publicidade 
É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de comunicação para 
conhecimento público. 
Legalidade 
Orçamentária 
Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo. Os 
projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e aos créditos adicionais serão apreciados 
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
Programação 
O orçamento deve expressar as realizações e objetivos da forma programada, planejada. 
Vincula as normas orçamentárias à consecução e à finalidade do PPA e aos programas 
nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento. 
Equilíbrio Visa a assegurar que as despesas não serão superiores à previsão das receitas. 
Não-afetação(ou Não-
vinculação) de 
Receitas 
Regra: É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. 
Exceções: 
a) Repartição constitucional dos impostos; 
b) Destinação de recursos para a Saúde; 
c) Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; 
d) Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; 
e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; 
f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta. 
Obs: Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados 
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso 
daquele em que ocorrer o ingresso. 
Clareza O orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa. 
 
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I) QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 
 
1) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/AL – 2008) A doutrina não 
considera princípio orçamentário o princípio da: 
(A) legalidade. 
(B) exclusividade. 
(C) unidade. 
(D) programação. 
(E) anterioridade. 
 
2) (FGV - Auditor Substituto de Conselheiro – TCM/RJ – 2008) O princípio do 
orçamento bruto tem como escopo impedir que se incluam na lei orçamentária, 
quanto a determinado serviço público, os saldos: 
(A) positivos. 
(B) negativos. 
(C) positivos contábeis. 
(D) negativos contábeis. 
(E) positivos ou negativos. 
 
3) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) A autorização 
para um órgão público realizar licitações não pode ser incluída na lei 
orçamentária anual em observância ao princípio da exclusividade. 
 
4) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) Constata-se 
que os princípios orçamentários do equilíbrio e da unidade foram respeitados 
quando ocorrem, respectivamente: 
a) as despesas correntes liquidadas não ultrapassam as receitas correntes 
arrecadadas e a Lei Orçamentária Anual disciplinou todas modificações na 
legislação tributária necessárias à execução do orçamento. 
b) as despesas correntes foram pagas sem a realização de operações de 
crédito e as despesas de capital foram cobertas com receitas correntes. 
c) a arrecadação total foi suficiente para cobrir todas as despesas liquidadas e 
a distribuição dos gastos durante os meses do exercício manteve-se bem 
distribuída. 
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d) as receitas de capital não ultrapassaram as despesas de capital e todas as 
despesas realizadas foram autorizadas em lei. 
e) todas as despesas autorizadas no exercício não ultrapassam o valor das 
receitas estimadas e cada ente da federação apresenta um único orçamento no 
exercício. 
 
5) (CESGRANRIO - Analista – Banco Central do Brasil – 2010) Sobre os 
princípios orçamentários, analise os itens a seguir. 
I - A inclusão de dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa na lei orçamentária anual fere o princípio da universalidade. 
II - O princípio da unidade estabelece que o montante da despesa não deve 
ultrapassar a receita prevista para o período. 
III - A vedação da apropriação de receitas de impostos a despesas específicas, 
salvo as exceções constitucionais, caracteriza o denominado princípio da não 
afetação das receitas. 
IV - O princípio da publicidade prescreve que o conteúdo orçamentário deve 
ser divulgado por meio de veículos oficiais de comunicação, para o 
conhecimento público e para a eficácia de sua validade. 
Estão corretos APENAS os itens: 
(A) I e III. 
(B) II e III. 
(C) II e IV. 
(D) III e IV. 
(E) I, II e III. 
 
6) (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) A inclusão do serviço 
da dívida no orçamento público, na década de 80 do século passado, é 
compatível com vários princípios orçamentários, entre os quais, pelo menos, a 
universalidade, o equilíbrio e a clareza. 
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II) QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 
 
1) (CESPE - Analista Ambiental - Administração e Planejamento - MMA - 2008) 
A apuração e a divulgação dos dados da arrecadação líquida, sem a indicação 
das deduções previamente efetuadas a título de restituições, fere o princípio da 
discriminação. 
 
2) (CESPE – Analista Administrativo - ANTAQ – 2009) Prevista na lei 
orçamentária anual, a autorização para abertura de créditos suplementares é 
uma das exceções de cumprimento do princípio do orçamento bruto. 
 
3) (CESPE – TFCE - TCU – 2009) A lei orçamentária anual não deve conter 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação de despesa, admitindo-
se, contudo, preceito relativo à autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
 
4) (CESPE – AFCE – TCU – 2009) Em que pese o princípio da não vinculação 
da receita de impostos a órgão, fundo ou despesas, a Constituição Federal de 
1988 (CF) não veda tal vinculação na prestação de garantais às operações de 
crédito por antecipação de receita. 
 
5) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Segundo o princípio da anualidade, 
as previsões de receita e despesa devem fazer referência, sempre, a um 
período limitado de tempo. 
 
6) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se o Poder 
Executivo Federal promover a transposição de recursos de uma categoria de 
programação orçamentária para outra, ainda que com autorização legislativa, 
incorrerá em violação de norma constitucional. 
 
7) (CESPE – AFCE – TCU – 2009) A única hipótese de autorização para 
abertura de créditos ilimitados decorre de delegação feita pelo Congresso 
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Nacional ao presidente da República, sob a forma de resolução, que fixará 
prazo para essa delegação. 
 
8) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) A CF prevê 
várias hipóteses que constituem exceções ao princípio orçamentário da não-
afetação das receitas. 
 
9) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Segundo o princípio da 
universalidade, as despesas devem ser classificadas de forma detalhada, para 
facilitar sua análise e compreensão. 
 
10) (CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Considere-
se que a proposta orçamentária traga embutido um deficit a ser coberto com o 
excesso de arrecadação que venha a ser obtido com o crescimento econômico 
e com o melhor desempenho da administração tributária. Nessa situação, é 
correto afirmar que o princípio orçamentário fundamentalmente violado foi o da 
universalidade. 
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GABARITO I 
1 2 3 4 56 
E E C E D C 
 
 
 
 
 
GABARITO II 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E E C C C E E C E E

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