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Teoria e questões Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha www.exponencialconcursos.com.br Administração Financeira e Orçamentária Teoria e Questões Prof. Daniel Façanha Teoria e questões Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha www.exponencialconcursos.com.br Olá Cidadão (ã) Sejam bem-vindos ao Exponencial concursos. Sou Prof. Daniel Façanha, e ministrarei o curso juntamente com o Prof. Ricardo Miorin. Ficarei responsável pelo material em pdf e o Prof. Ricardo com os vídeos. Meu objetivo é ir direto ao ponto nas nossas explicações teóricas com auxílio de esquemas, quadros, figuras, mapas mentais, etc. para que você possa visualizar de uma forma diferenciada o conteúdo explorado. Tudo isso, alinhado com a sua dedicação e consistência nos estudos, em especial, ao tempo dedicado para resolver muitas, muitas e muitas questões de concurso, para você ter um ótimo desempenho em sua prova. Além do benefício da assimilação, quanto mais exercícios você fizer, mais rápido você tende a fazê-los. Tempo é um recurso escasso em qualquer prova, então, mesmo que você já conheça de antemão a teoria de todo o curso, treine os exercícios para aumentar sua agilidade em resolvê-los. Destaco que diante de qualquer dúvida na teoria ou nas questões, estaremos à disposição no fórum para sanar seus questionamentos o mais prontamente possível. Sou formado em engenharia eletrônica pela Universidade Federal de Pernambuco. Atualmente exerço o cargo de Analista de Controle Externo (equivalente a auditor) no Tribunal de Contas do Estado do Ceará desde 2013! Sou mestre na administração e controladoria pela Universidade Federal do Ceará. Anteriormente exerci o cargo de Analista de Controle Interno da Controladoria Geral do Estado de Pernambuco. APRESENTAÇÃO Prof. Daniel Façanha AFO/CASP @profdanielfacanha https://t.me/afodanielfacanha ou @afodanielfacanha Teoria Prof. Daniel Façanha Aula demonstrativa Curso: Administração Financeira e Orçamentária Professores: Daniel Façanha e Ricardo Miorin Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 3 de 4 www.exponencialconcursos.com.br Olá Cidadão (ã) Bem-vindo ao curso regular on-line preparatório para a disciplina de Administração Financeira e Orçamentária para os concursos das áreas fiscal, controle, tribunais e específicos para contadores. Utilizaremos questões das principais bancas (CESPE, FCC, FGV, VUNESP, dentre outras). É o curso ideal para quem quer se preparar de forma antecipada e sem O presente curso será bastante abrangente. Os principais assuntos de Administração Financeira e Orçamentária serão abordados, totalizando cerca de 12 aulas de conteúdo e oito aulas contendo a resolução de provas mais recentes de cada área por banca. Canal no Telegram Temos nosso canal no telegram (inscreva-se no @afodanielfacanha) e nosso perfil no Instagram (@profdanielfacanha). Contêm conosco! Se surgirem dúvidas, algum conceito que não tenha ficado claro, não hesitem em nos procurar no fórum. Estamos combinados? Bons estudos! Prof. Daniel Façanha APRESENTAÇÃO DO CURSO REGULAR Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 4 de 4 www.exponencialconcursos.com.br Aula Conteúdo 00 Orçamento público: conceito, princípios orçamentários, características e elementos básicos do orçamento tradicional, orçamento de base zero, orçamento de desempenho e orçamento-programa 01 PPA (Plano Plurianual) e LDO (Lei de Diretrizes Orc ̧amentárias). 02 Lei Orc ̧amentária Anual – LOA. Métodos, técnicas e instrumentos do orçamento público. Créditos adicionais 03 Ciclo Orçamentário. Processo orçamentário. Controle e avaliação da execução orçamentária. Programação financeira. Descentralização de créditos e de recursos. 04 Despesa pública. Conceito e classificações. Estágios. 05 Receita pública: Conceito. Diversas formas de classificação da receita pública. Estágios da receita. Fontes de receita. Reconhecimento da receita pública 06 Restos a Pagar. Despesas de Exercício anteriores. Dívida Ativa 07 Dívida pública. Espécies de dívida pública. Extinção da dívida pública. Principais indicadores de endividamento. Crédito público. Classificação dos empréstimos. Condições para obtenção dos empréstimos. Fases e etapas dos empréstimos. Garantias. Amortização e conversão dos empréstimos 08 LRF I: princípios, objetivos, efeitos no planejamento e no processo orçamentário. Renúncia de receita. Geração de despesas. Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado – DOCC. Contingenciamento. 09 LRF II: Transferências. Transferências Voluntárias 10 LRF III - Mecanismos de transparência fiscal. Relatórios de gestão fiscal e resumido da execução orçamentária. Prestações de Contas e respectivo parecer técnico Transparência e fiscalização, Relatórios Fiscais 11 LRF IV - Limites de pessoal e da dívida 12 LRF V – BACEN, Regra de Ouro, Vedações, Disposições Finais. 13 Sistema Constitucional de Precatórios aplicado ao Direito FInanceiro 14 Provas Comentadas – Área Fiscal FCC Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 5 de 4 www.exponencialconcursos.com.br Aula Conteúdo 15 Provas Comentadas – Área Fiscal CESPE 16 Provas Comentadas – Área Fiscal FGV 17 Provas Comentadas – Área Fiscal FUNESP 18 Provas Comentadas – Área Controle FCC 19 Provas Comentadas – Área Controle CESPE 20 Provas Comentadas – Área Controle FGV 21 Provas Comentadas – Área Controle FUNESP Teoria Prof. Daniel Façanha Aula demonstrativa Curso: Administração Financeira e Orçamentária Professores: Daniel Façanha Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 3 de 28 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1 – Conceito e objetivos ..................................................................................................................... 4 2 - Evolução e tipos de orçamento ..................................................................................................... 8 3 – Objetivos da Política Orçamentária ............................................................................................ 13 4 – Princípios orçamentários ............................................................................................................ 14 5 – Instrumentos de planejamento orçamentário ........................................................................... 22 6 – Finanças na Constituição Federal – aspectos introdutórios ....................................................... 23 Referencial Bibliográfico .................................................................................................................. 29 Aula – Orçamento Público: Conceito, Princípios Orçamentários. Orçamento Público no Brasil. Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 4 de 28 www.exponencialconcursos.com.br O estudo de AFO/Orçamento Público está relacionado ao estudo do Direito Financeiro. O Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a atividade financeira do estado (AFE). A atividade financeira é exercida pelo Estado visando ao bem comum da coletividade. Ela está vinculada à arrecadação de recursos destinados à satisfação de necessidade públicas básicas inseridas na ordem jurídico-constitucional, atendidas mediante a prestação de serviços públicos, a intervenção no domínio econômico, o exercício regular do poder de polícia e o fomento às atividades de interesse social. Outra coisa interessante é que o Direito Financeiro tem estreia relação com a Ciência das Finanças, mas não se confundem. Enquanto a ciência estuda as atividades financeiras do estado em seu sentido teórico e especulativo, o direito estuda seu aspecto jurídico.Há também uma diferença entre Direito Financeiro e Direito Tributário. O primeiro lida com receitas públicas tributárias e não tributárias. Já o segundo lida somente com receitas tributárias. Atividades do Estado em prol da sociedade prestação de serviços públicos intervenção no domínio econômico exercício regular do poder de polícia fomento às atividades de interesse social 1 – Conceito e objetivos Direito Financeiro Ciência das Finanças Direito Tributário Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 5 de 28 www.exponencialconcursos.com.br As fontes do Direito Financeiro se dividem em Fontes Principais e Secundárias: É necessário saber que a CF/88 veda a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a “planos plurianuais, diretrizes orc ̧amentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3o”, que permite a sua admissão para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. Embora seja tema alusivo ao direito constitucional, não é demais saber que o direito financeiro, ao lado do direito tributário, está dentro da competência concorrente da União, dos estados e do Distrito Federal, conforme art. 24 da CF/88. Havendo competência concorrente, os entes poderão legislar sobre questões específicas da matéria ou plenamente, no caso de ausência de norma federal. Conforme lição de Aliomar Baleiro citada por Valdecir Pascoal, a AFE consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades públicas, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras pessoas de direito público Desta forma, a atividade financeira do Estado abrange a receita pública (obtenção de recursos), o crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de recursos) e a despesa pública (dispêndio de recursos). Fontes Principais •Constituição Federal •Leis Complementares = Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) •Leis ordinárias = PPA, LDO, LOA •Jurisprudência Fontes Secundárias •Decretos •Atos normativos = Resoluções dos Tribunais de Contas •Decisões administrativas •Decisões Judiciais Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 6 de 28 www.exponencialconcursos.com.br Mas afinal, o que é orçamento público? É um instrumento de planejamento governamental em que constam as despesas da administração pública para um ano, em equilíbrio com a arrecadação das receitas previstas. É o documento onde o governo reúne todas as receitas arrecadadas e programa o que de fato vai ser feito com esses recursos. É onde aloca, por exemplo, os recursos destinados a hospitais, manutenção das estradas, construção de escolas e pagamento de professores. Não lembra um pouco o nosso orçamento? Mas, por se tratar da máquina pública, é um pouco mais complexo. Para Giacomoni, “de acordo com o modelo de integração entre planejamento e orçamento, o orçamento anual constitui-se em instrumento, de curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de médio prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais em que estão definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos e as políticas básicas”. Aqui já vemos como o autor está alinhado ao conceito de Orçamento-Programa que veremos logo à frente. Já para Aliomar Baleeiro, “o orçamento público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê̂ e o Poder Legislativo autoriza, por certo período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela politica econômica ou geral do País, assim como a arrecadação das receitas já́ criadas em lei”. Seja qual for a definição utilizada, o orçamento público possui inúmeros aspectos (objetivos): político, jurídico, econômico, financeiro, administrativo e de planejamento. Direito Público Direito Financeiro Receita pública Obtenção de Recursos Crédito público Criação de Recursos Orçamento público Gestão de Recursos Despesa pública Dispêndio de Recursos Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 7 de 28 www.exponencialconcursos.com.br Do Direito Administrativo, podemos dizer que uma lei pode ser classificada em sentido formal e matéria. A lei em sentido formal refere-se ao seu rito, sua formalidade... A lei deverá cumprir certas formalidades para que tenha os seus efeitos jurídicos já que deverá ter certos requisitos quanto a sua iniciativa, a sua forma e a sua aprovação no poder legislativo por exemplo. Já a lei em sentido material é quando a norma possui caráter geral e abstrato que disciplina as relações jurídicas entre os sujeitos de direito. O caráter geral está relacionado à aplicação do normativo a um número indeterminado de indivíduos não conhecidos. O legislador não pode saber com exatidão os sujeitos que serão atingidos pela norma. Assim, em relação à natureza jurídica do orçamento, a maioria dos doutrinadores entende que ele é uma lei no que se refere ao aspecto formal, já que passa por todo o processo legislativo, mas não é lei em sentido material. O STF segue essa linha ao afirmar que “o orçamento é lei formal que apenas prevê receitas e autoriza o gasto, sem criar direitos subjetivos e sem modificar as leis tributárias e financeiras”. Além disso, é uma lei temporária, Aspectos do orçamento Político embate entre as diversas forças políticas na sociedade Jurídico lei formal aprovada pelo Poder Legislativo Econômico instrumento de cumprimento das funções econômicas do Estado. Funções: alocativa, distributiva e estabilizadora Financeiro estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da arrecadação de tributos, bem como da saída de recursos provocada pelos gastos governamentais Administrativo ou gerencial administração, controle e a avaliação dos recursos utilizados De planejamento orienta a ação do Estado no longo prazo Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 8 de 28 www.exponencialconcursos.com.br com vigência limitada de um ano; especial, por ter um processo legislativo diferenciado; e ordinária, por não exigir quórum qualificado para sua aprovação. (CESPE - MDIC/2014) A função política do orçamento diz respeito ao estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da arrecadação de tributos, bem como da saída de recursos provocada pelos gastos governamentais. Comentários: Dá para perceber que inverteram os conceitos, não é? A função apresentada pela questão define bem a função financeira do orçamento público. A função política se refere ao trabalho político que é feito na autorização das despesas pelo Congresso Nacional. Resposta: Errada. O conceito de orçamento vem sofrendo significativas mudanças ao longo do tempo, em decorrência da evolução de suas funções. São as chamadas técnicas orçamentárias. O orçamento tradicional ou clássico surgiu inicialmente na Inglaterra, cuja ênfase se dava nos seus aspectos político e jurídico, uma vez que servia de instrumento de controle do Poder Legislativo sobre os gastos do Poder Executivo. Além de político e jurídico, esse orçamento tinha os aspectos econômico e social como secundários. Seu foco era o objeto do gasto (detalhamento da despesa) ou item da despesa (controle dos gastos públicos), classificadas por unidades administrativas. Sua elaboração era empírica, com base no ano anterior. No Brasil, a prática orçamentária federal antecedente à Lei no 4.320, de 1964, baseava-se na técnica tradicional de orc ̧amentação. Essa técnica clássica produz um orçamento que se restringe à previsão da receita e à autorização de despesas. Não se verifica uma preocupação primária Natureza jurídica do orçamento Lei em sentidoformal Não é Lei em sentido material Lei temporária Lei especial Lei ordinária 2 - Evolução e tipos de orçamento Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 9 de 28 www.exponencialconcursos.com.br com o atendimento das necessidades bem formuladas da coletividade ou da própria administração pública. Nem mesmo ficam claros os objetivos econômicos e sociais que motivaram a elaboração da peça orçamentária. O orçamento de desempenho ou funcional ou de realizações surgiu no pós-guerra e passou a dar ênfase no resultado (desempenho organizacional). Procurava-se saber o que o governo fazia e não só o que ele comprava. Dessa forma, além de apresentar o objeto do gasto, agregou as ações desenvolvidas (programa de trabalho). No entanto, ele ainda não se vinculava à função planejamento. O orçamento-programa ou orçamento moderno é o nosso orçamento atual. Ele tem o planejamento como premissa das ações a serem implementadas. Estabelece objetivos e metas; identificação de programas, projetos e atividades; previsão de custos e medidas de desempenho. A CF/88 recuperou a figura do planejamento na Administração Pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento por meio da criação do Plano Plurianual (PPL) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Essa técnica orçamentária foi introduzida na esfera federal pelo Decreto-Lei no 200, de 23 de fevereiro de 1967. Contudo, o marco legal que cristalizou a adoção do orçamento-programa no Brasil foi a Portaria da Secretaria de Planejamento e Coordenação da Presidência da República nº 9, de janeiro de 1974, que instituiu a classificação funcional-programática. São vantagens do orçamento-programa: • Melhor planejamento de trabalho; • Maior precisão na elaboração dos orçamentos; • Maior determinação das responsabilidades; • Maior oportunidade para a relação dos custos; • Maior compreensão do conteúdo orçamentário por parte do Executivo, do Legislativo e da população em geral; • Facilidade para identificação de duplicação de funções; • Melhor controle da execução do programa; • Identificação dos gastos e realizações por programa e sua comparação em termos absolutos e relativos; • Apresentação dos objetivos e dos resultados da instituição e do inter- relacionamento entre custos e programas; • Ênfase no que a instituição realiza e não no que ela gasta. Em sua elaboração, o orc ̧amento-programa tem uma lógica que o distingue de outros modelos. Essa lógica pode ser traduzida em fases que, ao serem cumpridas, dão a esse modelo toda a sua peculiaridade. Veja no quadro a seguir: Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 10 de 28 www.exponencialconcursos.com.br Orc ̧amento-programa Fases Características Determinação da situação Identificação dos problemas existentes Diagnóstico da situação Identificação das causas que concorrem para o surgimento dos problemas Apresentação das soluções Identificação das alternativas viáveis para solucionar os problemas Estabelecimento das prioridades Ordenamento das soluções encontradas Definição dos objetivos Estabelecimento do que se pretende fazer e o que se conseguirá com isso Determinação das tarefas Identificação das ações necessárias para atingir os objetivos Determinação dos recursos Arrolamento dos meios, sejam recursos humanos, materiais, técnicos, institucionais ou serviços de terceiros necessários Determinação dos meios financeiros Expressão monetária dos recursos alocados O orçamento base-zero tem como principal característica o não-direito adquirido em relação ao orçamento anterior. O que isso quer dizer? Quer dizer que todo exercício (ano) deve haver um reexame critico dos gastos governamentais, com justificativa para todos os recursos solicitados. É como se estivesse mesmo partindo do zero. Analisa, revê̂ e avalia todas as despesas propostas e não apenas as das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já́ existente. Foi utilizado no estado da Geórgia, nos EUA, em 1969. O orçamento incremental apenas atualiza e corrige os valores das receitas e das despesas (variações de preço) em relação ao ano anterior. Orçamento elaborado através de ajustes marginais nos seus itens de receita e despesa. Por fim, o orçamento participativo convoca os cidadãos a participarem de sua formulação. O orçamento participativo incorpora a população ao processo decisório da elaboração orçamentária, seja por meio de lideranças da sociedade civil, audiências públicas ou por outras formas de consulta direta à sociedade. Trata-se de ouvir de forma direta as comunidades para a definição das ações do governo, para resolução dos problemas por elas considerados prioritários. Alguns municípios brasileiros o adotam como experiência, como é o caso de Belo Horizonte e Porto Alegre. Recentemente, o Distrito Federal também vem dando abertura para a participação popular. Em relação ao Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 11 de 28 www.exponencialconcursos.com.br governo federal, há bastante resistência à sua implantação devido ao excesso de vinculações orçamentárias (transferências e gastos obrigatórios), no entanto, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2016 está disponível para consulta pública na internet, o que já pode caracterizar um começo. Segue um mapa mental sobre cada espécie evolutiva do orçamento: Por serem objetos de constantes questões de prova, vou fazer agora uma comparação mais detalhada entre Orçamento Tradicional e Orçamento- Programa: Orçamento tradicional Orçamento-programa O processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação O orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização A alocação de recursos visa à aquisição de meios A alocação de recursos visa à consecução de objetos e metas As decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista as necessidades das unidades organizacionais As decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista as avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis Na elaboração do orçamento são consideradas as necessidades financeiras das unidades organizacionais Na elaboração do orçamento são considerados todos os custos dos programas, inclusive além do exercício Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 12 de 28 www.exponencialconcursos.com.br Orçamento tradicional Orçamento-programa Ênfase aos aspectos contábeis de gestão Ênfase nos aspectos administrativos e de planejamento Critérios de classificação: unidades administrativas e elementos Critério de classificação: funcional- programático Não existem sistemas de acompanhamento e medição do trabalho e dos resultados Utilização de indicadores e padrões de medição do trabalho e dos resultados O controle avalia a honestidade dos agentes governamentais e a legalidade no cumprimento do orçamento O controle avalia a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais (CESPE - MJ/2013) O orçamento público, como instrumento de planejamento e de controle da administração pública, possibilita a comparação entre diversas funções e programas de governo entre si, além de facilitar o exame da função total do governo e de seu custo em relação ao setor privado da economia. Comentários: O orçamento público atual (moderno), conhecido como orçamento-programa, é um instrumento de planejamento e de controle da administração pública, focado nas realizações. Resposta correta. (CESPE - TJ STJ/Administrativa/2015) No Brasil, a Constituição Federal de 1988 atribuiu ao Poder Executivo a prerrogativa de executar o orçamento, razão pela qual se utiliza no país a denominação técnica orçamento executivo. Comentários: Essa questão fica de complemento ao que estudamos ao longo da aula. Existem3 tipos de orçamento público: • Legislativo: elaboração, votação e aprovação são competências do Poder Legislativo, cabendo ao Poder Executivo sua mera execução. É utilizado em países parlamentaristas. • Executivo: elaboração, votação e aprovação são competências do Poder Executivo. É utilizado em países absolutistas. • Misto: elaboração e execução ficam a cargo do Poder Executivo. Ao Poder Legislativo cabe sua votação e controle. É o modelo da maioria dos países, inclusive o Brasil. Resposta: Errada. Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 13 de 28 www.exponencialconcursos.com.br Feijó e autores (2013), destacam que os objetivos fundamentais das políticas públicas no Brasil são ampliar a renda e reduzir a desigualdade social. Para alcançar esses objetivos, a política orçamentária teria como objetivos gerais: a) Corrigir as imperfeições do mercador ou atenuar os seus efeitos; b) Manter a estabilidade econômica e social; c) Fomentar o crescimento econômico; d) Melhorar a distribuição de renda; e) Universalizar o acesso aos bens e serviços produzidos pelo setor público ou pelo privado; e f) Assegurar o cumprimento das funções elementares do Estado , como justiça, segurança. Assim, para os autores, os objetivos da política orçamentária são alcançados em razão da capacidade do Estado de influenciar a economia por meio da recombinação dos recursos arrecadados no momento da realização da despesa pública. Ao aplicar os recursos arrecadados em prograçãs e ações que respeitem os objetivos da política orçamentária, o Estado estará exercendo seu poder regulamentador junto ao mercado em benéficio da sociedade. Além disso, na visão de Texeira (2014), os objetivos da política orçamentária consistem em corrigir as falhas de mercado e as distorções, visando manter a estabilidade, melhorar a distribuição de renda, e alocar recursos com mais eficiência nos gastos. Texeira enfatiza que o orçamento também visa a regular o mercado e coibir abusos, reduzir as falhas e as externalidades negativas (fatores adversos causados pela produção, como poluição, problemas urbanos, etc.), proporcionar o acesso de todos aos produtos, construir obras públicas, assegurar o cumprimento das funções elementares do Estado como justiça, segurança, saúde, educação etc. (UECE-CEV / CGE - CE / Auditoria Governamental de Processos com Foco em Riscos / 2013) Ao elaborar a programação de gastos e receitas contidas em seu orçamento, o Governo Federal procura alcançar três objetivos. Assinale a opção que NÃO constitui objetivo da política orçamentária, segundo a Teoria das Finanças Públicas. a) Manter a estabilização econômica. 3 – Objetivos da Política Orçamentária Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 14 de 28 www.exponencialconcursos.com.br b) Manter a estabilização da dívida ativa. c) Promover ajustes na alocação de recursos. d) Promover ajustes na distribuição de renda. Comentários: a) Correta. Objetivo: Manter a estabilidade econômica e social; b) Errada. Dívida Ativa é um ativo o qual o ente federado tem um direito sobre cidadão ou empressa que deixou de cumprir suas obrigações com o governo. Ex: Deixou de pagar determinado tributo. c) Correta. Objetivo: Corrigir as imperfeições do mercador ou atenuar os seus efeitos; d) Correta. Objetivo: Melhorar a distribuição de renda; Resposta Letra B. O orçamento deve ser elaborado de acordo com algumas regras básicas, chamadas princípios orçamentários. Esses princípios não têm caráter absoluto, uma vez que estão sujeitos a transformações naturais decorrentes do próprio processo evolutivo do orçamento público. Eles integram a Constituição Federal, a doutrina e a legislação infraconstitucional. Vou colocar aqui alguns pontos que merecem destaque nas questões sobre o assunto. Lei 4.320/64: O artigo 2 da Lei 4.320/64 trás a seguinte redação: “Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade”. ➢ UNIDADE OU TOTALIDADE: O orçamento deve ser uno, isto é, cada unidade governamental deve possuir um único orçamento. O que isso quer dizer? Quer dizer que o Estado do RJ tem um orçamento, o Município do Rio de Janeiro tem outro e a União tem o seu. Todas as receitas e despesas devem estar contidas numa só lei orçamentária. O fato de a Lei Orçamentária (LOA) ser composta de orçamento fiscal, orçamento de investimentos e orçamento da seguridade social (três peças) não desvirtua esse princípio 4 – Princípios orçamentários Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 15 de 28 www.exponencialconcursos.com.br (veremos essa composição mais à frente). É um dos instrumentos para alcance da transparência e do controle. ➢ UNIVERSALIDADE: O orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado, tanto da administração direta, quanto da indireta, com exceção das empresas estatais não-dependentes. ➢ ANUALIDADE OU PERIODICIDADE: Esse princípio está expresso na Lei 4.320/64, além disto, é necessário verificar o seu art. 34: “Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil”. O orçamento deve ter vigência de um período anual. Há algumas exceções que serão vistas depois, como os créditos especiais e extraordinários. Também não estamos falando do Plano Plurianual, que tem vigência superior, mas sim da LOA, ok? ATENÇÃO PESSOAL! Foi publicada a Emenda Constitucional nº 102/2019, a qual modificou art. 165 da CF. Dentre as modificações, temos um novo paragrafo conforme destacamos abaixo: § 14. A lei orçamentária anual PODERÁ conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento. Tal modificação causou várias interpretações sobre a matéria e dúvidas quanto a uma possível revogação do disposto no art. 34 da Lei Federal 4.320/64 conforme aqui estudado. Toda vez que há mudanças como esta, os projetos de emendas ou de leis podem esclarecer sobre o conteúdo da norma. E é o caso. Vejamos o que diz o parecer da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal (SF/19203.00215-75) [...] No tocante às leis orçamentárias anuais, reforçando o caráter de planejamento do orçamento público, é permitido a elas conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com especificação dos investimentos plurianuais e os em andamento. Ressalte-se que esse dispositivo amplia o entendimento do consagrado princípio orçamentário da exclusividade, insculpido no § 8º do art. 165 da Constituição. Ademais, vale notar que, enquanto a lei orçamentária fixa a despesa para o exercício a que se refere, para os dois Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 16 de 28 www.exponencialconcursos.com.br exercícios financeiros ela trará uma previsão (sem caráter vinculante) de despesas, com detalhamento dos investimentos. [...] (pag. 5 e 6); [...] Com isso, o novo sistema orçamentário traz para o orçamento anual e a respectiva lei de diretrizes orçamentárias a previsão e a orientação dos investimentos, incluindo os planos plurianuais. [...] (pag. 5 e 6); Fonte: Parecer http://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=7994707 Desta maneira, continua valendo o princípio da anualidade expresso na Lei nº 4.320/64, isto é, não haverá dotações que extrapolem o período ao qual se referem na Lei Orçamentária Anual. A mudança está na inserção da previsão plurianual de investimentos no corpo dessa lei, não havendo qualquer influência sobre a fixação das despesas e nem sobre as metas fiscais. Tranquilo? Com cara que vai cair na prova! Seguimos em frente! (QUADRIX / CFO-DF / Administrador/ 2020) No que se refere ao orçamento público, julgue o item. O princípio da universalidade estabelece a necessidade de todas as receitas e despesas estarem previstas na lei orçamentária anual. Comentários: Relembrando, pelo PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE , o orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado, tanto da administração direta, quanto da indireta, com exceção das empresas estatais não-dependentes. ➢ DISCRIMINAÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO OU ESPECIFICAÇÃO: Consta na Lei 4.320/64, artigo 5º: “Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único”. Esse princípio tem a transparência dos gastos públicos como pano de fundo, já que dita a regra de que todas as dotações devem ser especificadas. Essa discriminação de despesas deve ser feita no mínimo por elementos. Isso a gente vai entender melhor quando estudarmos as despesas públicas, mas por enquanto, guardem essa informação. Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 17 de 28 www.exponencialconcursos.com.br Quanto às ressalvas citadas no art.5º da Lei, tratam-se de dotações globais para programas especiais de trabalho e a reserva de contingência, que não tem destinação certa (atende despesas imprevistas). ➢ ORÇAMENTO BRUTO = Todas as receitas e despesas do orçamento constarão pelos seus totais, vedadas deduções. Ou seja, não deve haver importâncias líquidas na LOA. Está previsto na Lei 4.320/64, artigo 6: “Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções”. Constituição Federal CF/88 e demais: ➢ LEGALIDADE: Consta do art. 37 da CF, como princípio da Administração Pública: Princípios Expressos Lei 4.320/64 Unidade - Orçamento uno para cada ente - Todas as receitas e despesas devem estar contempladas - Comporta a existência de orçamento fiscal, da seguridade social e de investimentos na LOA Universalidade - Todas as receitas e despesas Exceto: empresas estatais não- dependentes Anualidade - 1 período anual (coincidirá com o ano civil) Exceto: plano plurianual Exceto: créditos especiais e extraordinários Discriminação ou Especialização - Dotações sempre especificadas - Despesas discriminadas no mínimo por elementos Exceto: - programas especiais de trabalho - Reserva de Contingência Orçamento Bruto - Valores totais (brutos) - Não entram valores líquidos (vedado dedução) Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 18 de 28 www.exponencialconcursos.com.br “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:”. O orçamento é uma lei ordinária, aprovada pelo Poder Legislativo, sob rito especial, com iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo. Não pode haver despesa sem autorização legislativa. Da mesma forma, a arrecadação de receitas é realizada de acordo com a lei. Para fazer cumprir esse princípio, uma série de sanções foram previstas, desde a tipificação como crime pelo Código Penal, passando por improbidade administrativa e crime de responsabilidade, no caso de algumas autoridades. ➢ EXCLUSIVIDADE: Princípio disposto na CF, art. 165. A LOA não pode conter dispositivo estranho à fixação das despesas e à previsão das receitas, ou seja, só pode conter matéria orçamentária. Esse princípio tem o objetivo de evitar que outros temas tenham tramitação legislativa mais célere, característica das leis orçamentárias. Exceções: autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, mesmo que por antecipação de receita. Essas exceções constam no art. 7 da Lei 4.320/64: “A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: I -Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43; II -Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa”. Destaca-se também, conforme já comentado nesta aula, que, em função da Emenda Constitucional nº 102/2019, é permitido conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos investimentos plurianuais e os em andamento. Desta maneira, amplia-se o entendimento do princípio orçamentário da exclusividade previsto no § 8º do art. 165 da Constituição. ➢ NÃO AFETAÇÃO OU NÃO VINCULAÇÃO: Segundo o art. 167 da CF: “São vedados: IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa...”. Atentem para a palavra negritada! Falamos em impostos e não tributos ok? Imposto é tipo de tributo, mas existem outros (taxas, contribuições de melhorais, etc.). Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 19 de 28 www.exponencialconcursos.com.br Ainda assim, há exceções constitucionais que permitem a vinculação de impostos (reserva ou comprometimento): IR, IPVA, ICMS, IPI, destinação de recursos para o ensino, para a saúde, para a administração tributária e para prestação de garantia às operações de crédito por antecipação de receita. ➢ EQUILÍBRIO: O total da despesa não pode ultrapassar o da receita prevista para o exercício financeiro. Busca-se também o equilíbrio na execução do orçamento, fundamental para o controle dos gastos públicos. Outra vertente desse princípio é o equilíbrio regional. O texto constitucional determina que os orçamentos fiscal e de investimento das empresas estatais terão entre as suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. Outro dispositivo que se preocupa com o equilíbrio é o estabelecimento de critérios de rateio dos fundos de participação (transferências constitucionais), que deve promover o equilíbrio socioeconômico entre Estados e Municípios. Além disso, um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, como vocês certamente estudaram em Direito Constitucional, é a redução das desigualdades regionais. ➢ UNIFORMIDADE: Os orçamentos devem ser elaborados de forma uniforme, de modo a permitir sua comparação com outros exercícios financeiros. ➢ CLAREZA OU INTELIGIBILIDADE: O orçamento deve ser de fácil compreensão, objetivo e claro. Esse princípio também tem a transparência como pano de fundo. ➢ PROGRAMAÇÃO: Trata-se de um princípio moderno, ligado ao orçamento-programa. Ele faz a interligação entre as funções de planejamento e de gerência, ou seja, o orçamento viabiliza o planejamento governamental, por meio dos programas. Fiquem de olho nesse princípio porque ele é o novo queridinho das bancas. (CESPE - AFT/MTE/2013) A evolução ocorrida nas funções do orçamento, que deixou de ser um mero instrumento de autorização para se tornar ferramenta de auxílio efetivo da administração, gerou um novo princípio, o da programação. Comentários: Esse princípio está descrito no livro Orçamento Público de Giacomoni. E é justamente isso, o orçamento moderno traduz, por meio de programas, o modo como alcançar os objetivos e metas previamente definidos, auxiliando a Administração. Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 20 de 28 www.exponencialconcursos.com.br Resposta correta. (CESPE / STJ – Técnico Judiciário – Área Administrativa / 2018) A respeito das técnicas, dos princípios e do ciclo orçamentários, julgue os itens a seguir. A publicação do orçamento em diário oficial é o ato que garante o cumprimento do princípio orçamentário da clareza. Comentários: O Princípio da Clareza é definido por Sanches(2004) da seguinte maneira: Princípio orçamentário clássico segundo o qual a Lei Orçamentária deve ser estruturada por meio de categorias e elementos que facilitem sua compreensão até mesmo por pessoas de limitado conhecimento técnico no campo das finanças públicas. A publicação do orçamento em diário oficial está de acordo com o disposto no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP 7ª edição sobre o Princípio da Transparência: Aplica-se também ao orçamento público, pelas disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da LRF, que determinam ao governo, por exemplo: divulgar o orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a execução da despesa. Gabarito: Errado. ➢ PUBLICIDADE: A LOA, bem como qualquer lei, deve ser publicada nos meios oficiais de comunicação (Diário Oficial). A Lei 4.320/64, citada algumas vezes acima, institui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. Abrange toda a administração direta (Poderes Executivo, Legislativo e Judicário), autárquica e fundacional de todos os entes federativos já elencados. Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista de todos esses entes, quando utilizam recursos de orçamento público para despesas com pessoal, com custeio geral ou custeio de capital (empresas estatais dependentes), também utilizam a norma. Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 21 de 28 www.exponencialconcursos.com.br (CESPE / CGE-CE / Auditor de Controle Interno / 2019) A lei orçamentária anual (LOA) estabelece a previsão de receitas, idealizada a partir de parâmetros históricos associados a outros fatores, e também a fixação de despesas para o período relativo a um exercício financeiro, sendo vetada a inclusão de matéria diversa. Essa exigência decorre do princípio orçamentário da: a) exclusividade. b) legalidade. c) não afetação da receita. Prinícipios pela CF/88 e demais Legalidade - Princípio da Administração Pública - Orçamento como lei ordinária formal Não pode haver receitas e despesas em desacordo com a lei Exclusividade SOMENTE matéria orçamentária, além das previsões de despesa e receita de exercícios seguintes Exceto: autorização para créditos suplementares Exceto: contratação de operações de crédito, mesmo por antecipação de receita Não afetação ou não vinculação Impostos não devem ser vinculados. Outros tributos podem Exceto: alguns impostos (IR, IPVA, ICMS, IPI) Exceto: Saúde, educação e administração tributária e garantia a operações de crédito Equilíbrio - Despesas sempre menores ou iguais às receitas. - Controle dos gastos públicos - Equilíbrio regional Uniformidade Elaborados de forma uniforme, de modo a permitir sua comparação entre os exercícios Clareza ou Inteligibilidade Fácil compreensão, objetivo, claro. Transparência Programação Interligação entre as funções de planejamento e de gerência (o orçamento viabiliza o planejamento governamental, por meio dos programas) Publicidade Meios oficiais de comunicação (Diário Oficial) Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 22 de 28 www.exponencialconcursos.com.br d) discriminação. e) unidade. Comentários: O principio da exclusividade fala que a LOA não pode conter dispositivo estranho à fixação das despesas e à previsão das receitas, ou seja, só pode conter matéria orçamentária. Exceções: autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, mesmo que por antecipação de receita. Gabarito: Letra A Como vimos anteriormente, o direito financeiro diz respeito à atividade financeira do Estado. Esta, por sua vez, se constitui na arrecadação de recursos e na utilização do produto dessa arrecadação em favor da sociedade, na forma de bens e serviços públicos. Para que o Estado obtenha e gaste esses recursos, ele deve executar um orçamento: a Lei Orçamentária Anual (LOA), elaborada e executada com base em algumas normas, tais como: A CF/88, em seu art. 165, prevê 3 leis orçamentárias, além disso, seu § 5º divide a LOA em 3 orçamentos: Normas que norteiam o orçamento público CF/88 = arts. 165 a 169 Lei 4.320/64 LRF = Lei de Resposabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000) Portarias e Decretos 5 – Instrumentos de planejamento orçamentário Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 23 de 28 www.exponencialconcursos.com.br O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da CF/1988, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o Orc ̧amento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, que não se confunde com o PPA, que possui quatro anos de duração. Na próxima aula estudaremos em detalhes cada peça orçamentária citada, portanto não fiquem preocupados. Vamos começar com a CF/88, no seu art. 165, §9º: “§ 9º Cabe à lei complementar: I–dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos; III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório”. A CF/88 já anunciava, desde seu nascimento, a necessidade de edição de uma Lei Complementar sobre finanças públicas. No entanto, até os dias de hoje, tal lei ainda não foi editada. Muita gente acha que é a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, mas isso não é verdade, porque o seu objetivo CF/88 art. 165 PPA = Plano Plurianual LDO = Lei de Diretrizes Orçamentárias LOA = Lei Orçamentária Anual Orçamento Fiscal Orçamento de investimentos Orçamento da Seguridade Social 6 – Finanças na Constituição Federal – aspectos introdutórios Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 24 de 28 www.exponencialconcursos.com.br é instituir normas de responsabilidade na gestão dos recursos públicos e não normas gerais de finanças. Dessa formas, ainda é a “velhinha” Lei 4.320/64 que cumpre esse papel, de forma agora precária. Não obstante essa distinção de objetivos, as duas leis estão intrinsecamente ligadas e, se existir algum dispositivo conflitante, deve prevalecer o contido na Lei de Responsabilidade Fiscal, que além de ser Lei Complementar, é a mais recente. A Lei 4.320/64 foi recepcionada pela atual CF com status de Lei Complementar, embora não o seja originalmente. É ela quem hoje cumpre o papel dos incisos I e II do §9º do art. 165 da CF, citado acima. Atualmente, ela é complementada pelas LDOs, leis ordinárias, no lugar da Lei Complementar preconizada pela CF/88. Os prazos do ciclo orçamentário deveriam também ser regulados por essa tal Lei Complementar. Na sua ausência, eles ainda são regulados pelo Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, o ADCT da CF/88. Quanto a disposição sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, ainda não foi editada uma lei complementar sobre a matéria. A Emenda Constitucional nº 100/219 incluiu tal dispositivo. Segue um mapa mental para memorizar a matéria! Outros artigos importantes em relação às normas gerais de Finanças Públicas na CF/88são: “Art. 163. Lei complementar disporá sobre: I - finanças públicas; II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; III - concessão de garantias pelas entidades públicas; Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 25 de 28 www.exponencialconcursos.com.br IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional”. Assuntos para Lei Complementar em Finanças Públicas Finanças públicas Dívida pública externa e interna Concessão de garantias pelas entidades públicas Emissão e resgate de títulos da dívida pública Fiscalização financeira da administração pública Operações de câmbio Compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União “Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. § 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. § 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. § 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei”. De quem é a competência exclusiva para emitir moeda? É do Banco Central do Brasil. Voltaremos a falar sobre isso, mas aí vão algumas observações sobre o Bacen: Não pode conceder empréstimos ao Tesouro Nacional ou outras entidades, somente financeiras. Pode comprar e vender títulos do Tesouro para fazer política monetária, mas não pode emitir títulos (proibição pela LRF). Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 26 de 28 www.exponencialconcursos.com.br É guardião das disponibilidades de caixa da União. Agora veremos algumas vedações em matéria orçamentária, trazidas pela CF/88. Algumas retomaremos ao longo do curso, outras não. “Art. 167. São vedados: I - o início de programas ou projetos não incluídos na LOA; II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 27 de 28 www.exponencialconcursos.com.br para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201”. XII - na forma estabelecida na lei complementar de que trata o § 22 do art. 40, a utilização de recursos de regime próprio de previdência social, incluídos os valores integrantes dos fundos previstos no art. 249, para a realização de despesas distintas do pagamento dos benefícios previdenciários do respectivo fundo vinculado àquele regime e das despesas necessárias à sua organização e ao seu funcionamento;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) XIII - a transferência voluntária de recursos, a concessão de avais, as garantias e as subvenções pela União e a concessão de empréstimos e de financiamentos por instituições financeiras federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na hipótese de descumprimento das regras gerais de organização e de funcionamento de regime próprio de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 28 de 28 www.exponencialconcursos.com.br Vedações constitucionais Início de programas ou projetos não incluídos na LOA Despesas / obrigações que excedam os créditos orçamentários e adicionais Operações de crédito que excedam as despesas de capital (REGRA DE OURO) Vinculação de receita de impostos (PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO) Crédito suplementar e especial sem autorização legal e sem fontes de recursos (CRÉDITOS ADICIONAIS) Transferencias de recursos de uma categoria p/ outra ou entre órgãos, sem lei Créditos ilimitados Usar o orçamento fiscal e da seguridade p/ cobrir empresas, fundos e fundações Instituição de fundos sem lei Transferências voluntárias e concessão de empréstimos - p/ pagamento de despesas c/ pessoal de outros entes - p/ entes que descumprirem regras gerais do RPPS Utilização de recursos de RPPS, incluídos os valores integrantes dos fundos, para despesas distintas do pgto de benefícios previdênciários Teoria Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 29 de 28 www.exponencialconcursos.com.br FURTADO, Fabio. Administração Financeira e Orçamentária para Concursos. 1.ed. Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2009. GIACOMONI, James. Orçamento Público. 17.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2017. MATIAS-PEREIRA, José. Finanças Públicas: A Política Orçamentária no Brasil. 4.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009. PALUDO, Augustinho. Orçamento Público, AFO e LRF. 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo: Teoria e Jurisprudência e 400 questões. 9. Ed. Editora Gen, 2015. Claudiano M. Albuquerque, Márcio Medeiros, Paulo Henrique Feijó. Gestão de Finanças Públicas – Volume I - AFO - Fundamentos e Prática de Planejamento, Orçamento e a Administração Financeira com Responsabilidade Fiscal. 2013. Teixeira, Alex Fabiane. Gestão de recursos. Brasília: ENAP, 2014. Referencial Bibliográfico Curso: Resumex – PrincipiosOrçamentário Professor: Daniel Façanha Resumex Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 2 de 9 www.exponencialconcursos.com.br • Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a atividade financeira do estado. A atividade financeira é exercida pelo Estado visando ao bem comum da coletividade. • • • Atividades do Estado em prol da sociedade prestação de serviços públicos intervenção no domínio econômico exercício regular do poder de polícia fomento às atividades de interesse social Fontes Principais •Constituição Federal •LC = Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) •Leis ordinárias = PPA, LDO, LOA •Jurisprudência Fontes Secundárias •Decretos •Atos normativos = Resoluções dos Tribunais de Contas •Decisões administrativas •Decisões Judiciais Direito Público Direito Financeiro Receita pública Obtenção de Recursos Crédito público Criação de Recursos Orçament o público Gestão de Recursos Despesa pública Dispêndio de Recursos Direito Financeiro Ciência das Finanças Direito Tributário Resumex Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 3 de 9 www.exponencialconcursos.com.br Natureza jurídica do orçamento Evolução e tipos de orçamento Orçamento tradicional ou clássico ✓ ênfase se dava nos seus aspectos político e jurídico ✓ Instrumento de controle do Poder Legislativo sobre os gastos do Poder Executivo. ✓ Foco era o objeto do gasto (detalhamento da despesa) ou item da despesa (controle dos gastos públicos), classificadas por unidades administrativas. ✓ Baseava-se na técnica tradicional de orc ̧amentação que se restringe à previsão da receita e à autorização de despesas. Orçamento de desempenho ou funcional ou de realizações Aspectos do orçamento Político embate entre as diversas forças políticas na sociedade Jurídico lei formal aprovada pelo Poder Legislativo Econômico instrumento de cumprimento das funções econômicas do Estado. Funções: alocativa, distributiva e estabilizadora Financeiro estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da arrecadação de tributos, bem como da saída de recursos provocada pelos gastos governamentais Administrativo ou gerencial administração, controle e a avaliação dos recursos utilizados De planejamento orienta a ação do Estado no longo prazo Natureza jurídica do orçamento Lei em sentido formal Não é Lei em sentido material Lei temporária Lei especial Lei ordinária Resumex Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 4 de 9 www.exponencialconcursos.com.br ✓ ênfase no resultado (desempenho organizacional). ✓ Procurava-se saber o que o governo fazia e não só o que ele comprava. ✓ Ainda não se vinculava à função planejamento. Orçamento-programa Fases Características Determinação da situação Identificação dos problemas existentes Diagnóstico da situação Identificação das causas que concorrem para o surgimento dos problemas Apresentação das soluções Identificação das alternativas viáveis para solucionar os problemas Estabelecimento das prioridades Ordenamento das soluções encontradas Definição dos objetivos Estabelecimento do que se pretende fazer e o que se conseguirá com isso Determinação das tarefas Identificação das ações necessárias para atingir os objetivos Determinação dos recursos Arrolamento dos meios, sejam recursos humanos, materiais, técnicos, institucionais ou serviços de terceiros necessários Determinação dos meios financeiros Expressão monetária dos recursos alocados Espécies do orçamento: Tradicional •ênfase política e jurídica •instrumento de controle • aspectos econômicos são secundários • objeto do gasto • unidades administrativas Desempenho • ênfase no resultado • programas de trabalho • desvinculado do planejamento Orçamento- programa • planejamento governamental • objetivos e metas • programas, projetos e atividades • medidas de desempenho • previsão de custos Base zero • sem direito adquirido • reexame crítico • justificativas extensas • Pacotes de decisão Incremental • atualiza e corrige • em relação ao ano anterior Participativo • participação popular • cidadania • experiências municipais Resumex Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 5 de 9 www.exponencialconcursos.com.br Orçamento Tradicional X Orçamento-Programa: Orçamento tradicional Orçamento-programa O processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação O orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização A alocação de recursos visa à aquisição de meios A alocação de recursos visa à consecução de objetos e metas As decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista as necessidades das unidades organizacionais As decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista as avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis Na elaboração do orçamento são consideradas as necessidades financeiras das unidades organizacionais Na elaboração do orçamento são considerados todos os custos dos programas, inclusive além do exercício Ênfase aos aspectos contábeis de gestão Ênfase nos aspectos administrativos e de planejamento Critérios de classificação: unidades administrativas e elementos Critério de classificação: funcional-programático Não existem sistemas de acompanhamento e medição do trabalho e dos resultados Utilização de indicadores e padrões de medição do trabalho e dos resultados O controle avalia a honestidade dos agentes governamentais e a legalidade no cumprimento do orçamento O controle avalia a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais Princípios Expressos Lei 4.320/64 Unidade - Orçamento uno para cada ente - Todas as receitas e despesas devem estar contempladas - Comporta a existência de orçamento fiscal, da seguridade social e de investimentos na LOA Universalidade - Todas as receitas e despesas Exceto: empresas estatais não-dependentes Anualidade - 1 período anual (coincidirá com o ano civil) Exceto: plano plurianual Exceto: créditos especiais e extraordinários Discriminação ou Especialização - Dotações sempre especificadas - Despesas discriminadas no mínimo por elementos Exceto: - programas especiais de trabalho - Reserva de Contingência Orçamento Bruto - Valores totais (brutos) - Não entram valores líquidos (vedado dedução) Resumex Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 2 de 9 www.exponencialconcursos.com.br Prinícipios pela CF/88 e demais Legalidade - Princípio da Administração Pública - Orçamento como lei ordinária formal Não pode haver receitas e despesas em desacordo com a lei Exclusividade SOMENTE matéria orçamentária, além das previsões de despesa e receita de exercícios seguintes. Exceto: autorização para créditos suplementares Exceto: contratação de operações de crédito, mesmo por antecipação de receita Não afetação ou não vinculação Impostos não devem ser vinculados. Outros tributos podem Exceto: alguns impostos (IR, IPVA, ICMS, IPI) Exceto: Saúde, educação e administração tributária e garantia a operações de crédito Equilíbrio - Despesas sempre menores ou iguais às receitas. - Controle dos gastos públicos - Equilíbrio regional Uniformidade Elaborados de forma uniforme, de modo a permitir sua comparação entre os exercícios Clareza ou Inteligibilidade Fácil compreensão, objetivo, claro. Transparência Programação Interligação entre as funções de planejamento e de gerência (o orçamento viabiliza o planejamento governamental, por meio dos programas) Publicidade Meios oficiais de comunicação (Diário Oficial) Resumex Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 2 de 9 www.exponencialconcursos.com.brINSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO Normas que norteiam o orçamento público CF/88 = arts. 165 a 169 Lei 4.320/64 LRF Portarias e Decretos CF/88 art. 165 PPA LDO LOA Orçamento Fiscal Orçamento de investimentos Orçamento da Seguridade Social Resumex Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 3 de 9 www.exponencialconcursos.com.br Cabe à lei complementar: Assuntos para Lei Complementar em Finanças Públicas Finanças públicas Dívida pública externa e interna Concessão de garantias pelas entidades públicas Emissão e resgate de títulos da dívida pública Fiscalização financeira da administração pública Operações de câmbio Compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União V E D A Ç Õ E S C O N S T I T U C I O N A I S Início de programas ou projetos não incluídos na LOA Despesas / obrigações que excedam os créditos orçamentários e adicionais Operações de crédito que excedam as despesas de capital (REGRA DE OURO) Vinculação de receita de impostos (PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO) Crédito suplementar e especial sem autorização legal e sem fontes de recursos (CRÉDITOS ADICIONAIS) Transferencias de recursos de uma categoria p/ outra ou entre órgãos, sem lei Créditos ilimitados Usar o orçamento fiscal e da seguridade p/ cobrir empresas, fundos e fundações Instituição de fundos sem lei Transf. voluntárias e concessão de empréstimos - p/ pagto de despesas c/ pessoal de outros entes - p/ entes que descumprirem regras gerais do RPPS Utilização de recursos de RPPS, incluídos os valores integrantes dos fundos, para despesas distintas do pgto de benefícios previdênciários Resumex Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 2 de 9 www.exponencialconcursos.com.br FURTADO, Fabio. Administração Financeira e Orçamentária para Concursos. 1.ed. Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2009. GIACOMONI, James. Orçamento Público. 17.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2017. MATIAS-PEREIRA, José. Finanças Públicas: A Política Orçamentária no Brasil. 4.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009. PALUDO, Augustinho. Orçamento Público, AFO e LRF. 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo: Teoria e Jurisprudência e 400 questões. 9. Ed. Editora Gen, 2015. Claudiano M. Albuquerque, Márcio Medeiros, Paulo Henrique Feijó. Gestão de Finanças Públicas – Volume I - AFO - Fundamentos e Prática de Planejamento, Orçamento e a Administração Financeira com Responsabilidade Fiscal. 2013. Referencial Bibliográfico Aula demonstrativa Curso: Administração Orçamentária e Financeira Professor: Daniel Façanha Teoria e Questões comentadas Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 2 de 61 www.exponencialconcursos.com.br Olá pessoal. Segue aqui uma bateria de questões para vocês praticarem o que foi estudado na teoria. Se surgirem dúvidas, algum conceito que não tenha ficado claro, não hesitem em nos procurar no fórum. Estamos combinados? Bons estudos! Daniel Façanha APRESENTAÇÃO Teoria e Questões comentadas Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 3 de 61 www.exponencialconcursos.com.br 1. (FCC - AJ TST/Administrativa/2012) A determinação legal para que o governo, dentre outros, divulgue o orçamento público de forma ampla à sociedade, de acordo com a Lei Complementar no 101/2000 − Lei de Responsabilidade Fiscal − LRF, atende ao princípio da: a) legalidade. b) impessoalidade. c) clareza. d) transparência. e) universalidade. Resolução: É tão bom quando vemos uma questão direta assim, não é? Transparência é princípio da administração pública e também se aplica ao orçamento público. Por que não? Além disso, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estudaremos mais à frente, também cita a transparência nos art. 48 e 49. Gabarito: Letra D. 2. (FCC - AJ TRT6/Administrativa/Contabilidade/2012) A Assembleia Legislativa do Estado Aldeia de Ouro aprovou o aumento de salário dos seus funcionários na Lei Orçamentária Anual de 2012. Foi desrespeitado o princípio orçamentário: a) da exclusividade. b) da universalidade. c) da unidade. d) do equilíbrio. e) da igualdade. Resolução: Segundo o princípio da exclusividade, a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Isso evita a tramitação especial de leis orçamentarias com assuntos estranhos ao orçamento. Já pensou se cada ente pudesse simplesmente aprovar aumento para seus servidores por meio da LOA? Questões que envolvem aumento salarial de servidores devem ser tratados em leis específicas para esse assunto, certo? Não vou comentar os outros itens porque são excludentes. Gabarito: Letra A. Orçamento Público: Conceito, Princípios Orçamentários. Orçamento Público no Brasil. Teoria e Questões comentadas Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 4 de 61 www.exponencialconcursos.com.br 3. (FCC - AJ TRE SP/Administrativa/2012) Em relação ao Orçamento Público, considere: I. A Lei Orçamentária Anual fixará despesas a serem realizadas em um período de um ano, inclusive aquelas a serem executadas pelas empresas de economia mista. II. A receita relativa ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) deve constar no orçamento dos governos estaduais pela diferença entre seu valor bruto e o valor da parte que deve ser transferida para os governos municipais. III. As despesas com Educação e Saúde devem compor o Orçamento Fiscal e o Orçamento da Seguridade Social, respectivamente. IV. A Lei Orçamentária Anual poderá conter dispositivo para a autorização de contratação de operações de crédito, em caso de insuficiência momentânea de caixa durante o exercício financeiro. Está correto o que consta APENAS em: a) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV. Resolução: O item I pode trazer alguma confusão. De qualquer forma, vamos estudar melhor a LOA depois e acredito que ficará mais claro. Normalmente as empresas públicas e sociedades de economia mistas fazem parte da LOA (administração indireta), mas são excluídas nos casos em que a União somente tem participação acionaria ou em que somente fornecem bens ou serviços. Portanto, nem todas as empresas públicas e sociedades de economia mistas são abrangidas pela LOA. O item II fere o princípio do orçamento bruto, no qual todas as receitas e despesas do orçamento constarão pelos seus totais, vedadas deduções. O item III define corretamente os 3 tipos de orçamentos que estão contidos na LOA, apenas citados nessa aula, mas que serão melhor explorados na próxima: orçamento fiscal (onde se insere a educação), orçamento de investimentos e orçamento da seguridade social (saúde, assistência social e previdência social). O item IV descreve o princípio da exclusividade, por meio de uma exceção, que seria o dispositivo que autoriza operações de crédito, mesmo que por antecipação de receita. Está correto e consta no nosso quadro resumo sobre princípios. Teoria e Questões comentadas Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 5 de 61 www.exponencialconcursos.com.br Gabarito: Letra E. 4. (FCC - AJ TJ/PE/Contador/2012) O instrumento de gestão em que se registra o ato pelo qual o poder legislativo autoriza ao poder executivo, por certo período de tempo e, em pormenores, as receitas a serem arrecadadas, e fixa as despesas a serem realizadas no exercício financeiro vindouro, objetivando a continuidade, eficácia, eficiência, efetividade e a economicidade dos serviços prestados à sociedade, denomina-se orçamento: a) estático. b) público. c) financeiro. d) operacional. e) flexível. Resolução: Questão simples, que traz uma das muitas definições de orçamento público. Vejam o que diz o professorCaldas Furtado: “Em uma democracia, pode-se dizer, em síntese, que orçamento público é o instrumento através do qual os cidadãos, por intermédio de lei aprovada por seus representantes no Parlamento, fixam a despesa e preveem a receita para o período de um ano, a partir da determinação dos serviços públicos que serão prestados pelo Estado e dos demais objetivos da política orçamentária, bem como da definição de quais, e de que forma, setores da sociedade financiarão a atividade estatal”. Gabarito: Letra B. 5. (FCC - PGE BA/Administrativo/2013) O exercício financeiro, período de tempo ao qual a previsão das receitas e a fixação das despesas aprovadas na Lei Orçamentária Anual irão se referir, atende ao princípio orçamentário da: a) unidade. b) transparência. c) universalidade. d) temporalidade. e) anualidade. Resolução: Questão de nível bem fácil, feita para pegar o preguiçoso que não lê todas as alternativas. O princípio referido no enunciado é a anualidade e não temporalidade, certo? Nada mais a complementar nessa questão. Gabarito: Letra E. Teoria e Questões comentadas Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 6 de 61 www.exponencialconcursos.com.br 6. (FCC – ADP/DPE SP/Contador/2013) Sobre os princípios orçamentários, é correto afirmar que o princípio: a) da exclusividade representou o fim às chamadas caudas orçamentárias que serviam para nomeações, promoções e abertura de créditos adicionais suplementares. b) da unidade determina que receitas e despesas devem aparecer no orçamento de maneira discriminada, no mínimo, por elementos de despesa. c) do orçamento bruto determina que deve existir somente uma Lei Orçamentária Anual, sendo proibida a existência de orçamentos paralelos. d) da não-afetação das receitas veda vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela Constituição Federal de 1988. e) da universalidade determina que a lei orçamentária deve ser divulgada por mecanismos oficiais de comunicação e de divulgação para garantir amplo conhecimento público. Resolução: A letra A está errada porque a abertura de créditos suplementares é exceção ao princípio da exclusividade, ou seja, tais créditos podem constar na LOA (olhem lá no quadro-resumo). A letra B está errada porque define o princípio da discriminação e não da unidade. A letra C está errada porque descreve o princípio da unidade e não do orçamento bruto. A letra D está correta na definição do princípio da não-afetação e é o gabarito. A letra E trata do princípio da publicidade e não da universalidade. Gabarito: Letra D. 7. (FCC - AJ TRT19/Administrativa/2014) O princípio orçamentário da especificação, também denominado discriminação ou especialização, veda a consignação na Lei Orçamentária Anual − LOA de dotações globais destinadas a atender indiferentemente as despesas com pessoal, transferências ou quaisquer outras. Alguns tipos de dotação de despesa, todavia, podem ser previstos de forma global, como é o caso da destinada a: a) licitações. b) convênios. c) encargos sociais. d) reserva de contingência. Teoria e Questões comentadas Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 7 de 61 www.exponencialconcursos.com.br e) aposentadoria. Resolução: A reserva de contingência pode ser incluída na LOA, na forma de dotação global, pelo simples fato de não se saber, com antecedência, no que ela será usada (passivos contingentes). Aí não tem como especificar, não é? Todos os outros itens não podem ter dotação global, devem ser discriminados (especializados). Gabarito: Letra D. 8. (FCC - APE (TCE-RS)/Ciências Contábeis/2014) É uma característica do Orçamento Programa: a) ênfase no alcance das metas. b) ênfase no objeto de gasto. c) ênfase no desempenho organizacional. d) principal critério de classificação é o institucional. e) principal critério de classificação é o funcional-programático. Resolução: Orçamento-programa é o tipo de orçamento que constitui um plano de trabalho do governo, expresso em um conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para sua execução, visando o alcance de objetivos definidos, dentro de uma programação. Assim, o principal critério de classificação desse orçamento é o funcional-programático. Gabarito: Letra E. 9. (FCC - AJ TRT16/Administrativa/"Sem Especialidade"/2014) O quadro abaixo exibe as substanciais diferenças entre o Orçamento-Programa e o Orçamento-Tradicional: Orçamento-Programa Orçamento-Tradicional I. Finalidade Ênfase no que o Governo compra, nas coisas por ele adquiridas. Ênfase nas ações que o Governo realiza e nos meios reais que utiliza II. Relação com o planejamento Constitui-se em um dos instrumentos do Planejamento. Normalmente não reflete ações planejadas. III. Identificação de Objetivos Compatibiliza os objetivos e as metas com os planos de curto e médio prazo. Compatibiliza os objetivos e as metas com os planos de médio e longo prazo. IV. Processo de Elaboração Base em diretrizes e prioridades. Estimativa real de recursos e cálculo real das necessidades. Revisa todos os percentuais dos Quantitativos Financeiros anteriores para a Receita e Despesa V. Forma de Controle Ênfase no controle financeiro legal e formal Ênfase nas relações físicas. As diferenças estão retratadas corretamente APENAS em a) II, III e V. b) I, II e IV. Teoria e Questões comentadas Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 8 de 61 www.exponencialconcursos.com.br c) I e III. d) II, IV e V. e) II e IV. Resolução: Item I – Inverteu as finalidades. Item II – Boa definição da relação com o planejamento. Item III – Inverteu os conceitos. Item IV – Boa definição do processo de elaboração. Item V – Quem se preocupa com o controle financeiro é o orçamento tradicional. Gabarito: Letra E. 10. (FCC - AJ TRT2/Administrativa/2014) A inclusão de dispositivos que autorizam a criação de cargos públicos na Lei Orçamentária Anual é vedada porque fere o princípio orçamentário a) da universalidade. b) do orçamento bruto. c) da publicidade. d) da exclusividade. e) da unidade. Resolução: A Lei Orçamentária não deve conter dispositivo estranho à previsão de receita e à fixação da despesa. Criação de cargos públicos tem a ver com isso? Não! Então esse tema não pode estar lá. Trata-se do princípio da exclusividade. Gabarito: Letra D. 11. (FCC - AJ TRT19/Administrativa/Contabilidade/2014) Os débitos de tesouraria compõem a dívida flutuante e são resultantes de operações de crédito por antecipação da receita orçamentária (ARO). A previsão desse tipo de operação de crédito na Lei Orçamentária Anual − LOA configura exceção ao princípio orçamentário da a) Unidade. b) Universalidade. c) Anualidade. d) Exclusividade. e) Discriminação. Resolução: A Lei Orçamentária não deve conter dispositivo estranho à previsão de receita e à fixação da despesa, com exceção da autorização para abertura de créditos suplementares e a autorização para contratação de Teoria e Questões comentadas Prof. Daniel Façanha Prof. Daniel Façanha 9 de 61 www.exponencialconcursos.com.br operacoes de crédito, ainda que por antecipação de receita. Esse é o princípio da exclusividade. Gabarito: Letra D. 12. (FCC - Ass Jur (TCE-PI)/2014) Constituem, respectivamente, exceções legais aos princípios da unidade de caixa, da exclusividade orçamentária e o da não afetação de receitas: a) a conta bancária dos convênios, a prévia autorização para créditos especiais e a realização de atividades da administração tributária. b) a conta específica do fundo municipal de saúde, a autorização para reformas administrativas e a vinculação de impostos para o fundo do idoso. c) os fundos especiais, a licença orçamentária
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