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Teoria e questões 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Administração Financeira e Orçamentária 
Teoria e Questões 
Prof. Daniel Façanha 
Teoria e questões 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Olá Cidadão (ã) 
Sejam bem-vindos ao Exponencial concursos. Sou Prof. Daniel 
Façanha, e ministrarei o curso juntamente com o Prof. Ricardo Miorin. Ficarei 
responsável pelo material em pdf e o Prof. Ricardo com os vídeos. 
Meu objetivo é ir direto ao ponto nas nossas explicações teóricas com 
auxílio de esquemas, quadros, figuras, mapas mentais, etc. para que você possa 
visualizar de uma forma diferenciada o conteúdo explorado. 
Tudo isso, alinhado com a sua dedicação e consistência nos estudos, em 
especial, ao tempo dedicado para resolver muitas, muitas e muitas questões de 
concurso, para você ter um ótimo desempenho em sua prova. 
Além do benefício da assimilação, quanto mais exercícios você fizer, 
mais rápido você tende a fazê-los. Tempo é um recurso escasso em qualquer 
prova, então, mesmo que você já conheça de antemão a teoria de todo o curso, 
treine os exercícios para aumentar sua agilidade em resolvê-los. 
Destaco que diante de qualquer dúvida na teoria ou nas questões, 
estaremos à disposição no fórum para sanar seus questionamentos o 
mais prontamente possível. 
Sou formado em engenharia eletrônica pela 
Universidade Federal de Pernambuco. Atualmente 
exerço o cargo de Analista de Controle Externo 
(equivalente a auditor) no Tribunal de Contas do 
Estado do Ceará desde 2013! Sou mestre na 
administração e controladoria pela Universidade Federal 
do Ceará. Anteriormente exerci o cargo de Analista de 
Controle Interno da Controladoria Geral do Estado de 
Pernambuco. 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
Prof. Daniel Façanha AFO/CASP 
@profdanielfacanha 
https://t.me/afodanielfacanha ou @afodanielfacanha 
 
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula demonstrativa 
Curso: Administração Financeira e Orçamentária 
Professores: Daniel Façanha e Ricardo Miorin 
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 3 de 4 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Olá Cidadão (ã) 
Bem-vindo ao curso regular on-line preparatório para a disciplina de 
Administração Financeira e Orçamentária para os concursos das áreas 
fiscal, controle, tribunais e específicos para contadores. Utilizaremos 
questões das principais bancas (CESPE, FCC, FGV, VUNESP, dentre outras). É o 
curso ideal para quem quer se preparar de forma antecipada e sem 
O presente curso será bastante abrangente. Os principais assuntos de 
Administração Financeira e Orçamentária serão abordados, totalizando cerca de 
12 aulas de conteúdo e oito aulas contendo a resolução de provas mais recentes 
de cada área por banca. 
Canal no Telegram 
Temos nosso canal no telegram (inscreva-se no 
@afodanielfacanha) e nosso perfil no Instagram (@profdanielfacanha). 
Contêm conosco! Se surgirem dúvidas, algum conceito que não tenha 
ficado claro, não hesitem em nos procurar no fórum. Estamos combinados? 
Bons estudos! 
Prof. Daniel Façanha
APRESENTAÇÃO DO CURSO REGULAR 
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 4 de 4 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Aula Conteúdo 
00 
Orçamento público: conceito, princípios orçamentários, características e 
elementos básicos do orçamento tradicional, orçamento de base zero, 
orçamento de desempenho e orçamento-programa 
01 PPA (Plano Plurianual) e LDO (Lei de Diretrizes Orc ̧amentárias). 
02 Lei Orc ̧amentária Anual – LOA. Métodos, técnicas e instrumentos do 
orçamento público. Créditos adicionais 
03 
Ciclo Orçamentário. Processo orçamentário. Controle e avaliação da 
execução orçamentária. Programação financeira. Descentralização de 
créditos e de recursos. 
04 Despesa pública. Conceito e classificações. Estágios. 
05 
Receita pública: Conceito. Diversas formas de classificação da receita 
pública. Estágios da receita. Fontes de receita. Reconhecimento da receita 
pública 
06 Restos a Pagar. Despesas de Exercício anteriores. Dívida Ativa 
07 
Dívida pública. Espécies de dívida pública. Extinção da dívida pública. 
Principais indicadores de endividamento. Crédito público. Classificação dos 
empréstimos. Condições para obtenção dos empréstimos. Fases e etapas 
dos empréstimos. Garantias. Amortização e conversão dos empréstimos 
08 
LRF I: princípios, objetivos, efeitos no planejamento e no processo 
orçamentário. Renúncia de receita. Geração de despesas. Despesas 
Obrigatórias de Caráter Continuado – DOCC. Contingenciamento. 
09 LRF II: Transferências. Transferências Voluntárias 
10 
LRF III - Mecanismos de transparência fiscal. Relatórios de gestão fiscal e 
resumido da execução orçamentária. Prestações de Contas e respectivo 
parecer técnico Transparência e fiscalização, Relatórios Fiscais 
11 LRF IV - Limites de pessoal e da dívida 
12 LRF V – BACEN, Regra de Ouro, Vedações, Disposições Finais. 
13 Sistema Constitucional de Precatórios aplicado ao Direito FInanceiro 
14 Provas Comentadas – Área Fiscal FCC 
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 5 de 4 
www.exponencialconcursos.com.br 
Aula Conteúdo 
15 Provas Comentadas – Área Fiscal CESPE 
16 Provas Comentadas – Área Fiscal FGV 
17 Provas Comentadas – Área Fiscal FUNESP 
18 Provas Comentadas – Área Controle FCC 
19 Provas Comentadas – Área Controle CESPE 
20 Provas Comentadas – Área Controle FGV 
21 Provas Comentadas – Área Controle FUNESP 
 
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula demonstrativa 
Curso: Administração Financeira e Orçamentária 
Professores: Daniel Façanha 
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 3 de 28 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
1 – Conceito e objetivos ..................................................................................................................... 4 
2 - Evolução e tipos de orçamento ..................................................................................................... 8 
3 – Objetivos da Política Orçamentária ............................................................................................ 13 
4 – Princípios orçamentários ............................................................................................................ 14 
5 – Instrumentos de planejamento orçamentário ........................................................................... 22 
6 – Finanças na Constituição Federal – aspectos introdutórios ....................................................... 23 
Referencial Bibliográfico .................................................................................................................. 29 
 
 
 
Aula – Orçamento Público: Conceito, Princípios Orçamentários. Orçamento 
Público no Brasil. 
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 4 de 28 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
O estudo de AFO/Orçamento Público está relacionado ao estudo do Direito 
Financeiro. O Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a 
atividade financeira do estado (AFE). A atividade financeira é exercida pelo 
Estado visando ao bem comum da coletividade. Ela está vinculada à arrecadação 
de recursos destinados à satisfação de necessidade públicas básicas inseridas 
na ordem jurídico-constitucional, atendidas mediante a prestação de serviços 
públicos, a intervenção no domínio econômico, o exercício regular do poder de 
polícia e o fomento às atividades de interesse social. 
 
 
 
Outra coisa interessante é que o Direito Financeiro tem estreia relação 
com a Ciência das Finanças, mas não se confundem. Enquanto a ciência 
estuda as atividades financeiras do estado em seu sentido teórico e 
especulativo, o direito estuda seu aspecto jurídico.Há também uma diferença 
entre Direito Financeiro e Direito Tributário. O primeiro lida com receitas 
públicas tributárias e não tributárias. Já o segundo lida somente com receitas 
tributárias. 
 
 
 
Atividades do 
Estado em prol 
da sociedade
prestação de 
serviços públicos
intervenção no 
domínio econômico
exercício regular do 
poder de polícia
fomento às 
atividades de 
interesse social
1 – Conceito e objetivos 
Direito 
Financeiro 
Ciência das 
Finanças 
Direito 
Tributário 
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 5 de 28 
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As fontes do Direito Financeiro se dividem em Fontes Principais e 
Secundárias: 
 
É necessário saber que a CF/88 veda a edição de medidas provisórias 
sobre matéria relativa a “planos plurianuais, diretrizes orc ̧amentárias, 
orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 
167, § 3o”, que permite a sua admissão para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna 
ou calamidade pública. 
Embora seja tema alusivo ao direito constitucional, não é demais saber 
que o direito financeiro, ao lado do direito tributário, está dentro da 
competência concorrente da União, dos estados e do Distrito Federal, 
conforme art. 24 da CF/88. Havendo competência concorrente, os entes 
poderão legislar sobre questões específicas da matéria ou plenamente, no caso 
de ausência de norma federal. 
Conforme lição de Aliomar Baleiro citada por Valdecir Pascoal, a AFE 
consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às 
necessidades públicas, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras 
pessoas de direito público 
Desta forma, a atividade financeira do Estado abrange a receita pública 
(obtenção de recursos), o crédito público (criação de recursos), o orçamento 
público (gestão de recursos) e a despesa pública (dispêndio de recursos). 
Fontes Principais
•Constituição Federal
•Leis Complementares = Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)
•Leis ordinárias = PPA, LDO, LOA
•Jurisprudência 
Fontes Secundárias
•Decretos
•Atos normativos = Resoluções dos Tribunais de Contas
•Decisões administrativas
•Decisões Judiciais
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 6 de 28 
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Mas afinal, o que é orçamento público? É um instrumento de 
planejamento governamental em que constam as despesas da 
administração pública para um ano, em equilíbrio com a arrecadação das 
receitas previstas. É o documento onde o governo reúne todas as receitas 
arrecadadas e programa o que de fato vai ser feito com esses recursos. É onde 
aloca, por exemplo, os recursos destinados a hospitais, manutenção das 
estradas, construção de escolas e pagamento de professores. Não lembra um 
pouco o nosso orçamento? Mas, por se tratar da máquina pública, é um pouco 
mais complexo. 
Para Giacomoni, “de acordo com o modelo de integração entre 
planejamento e orçamento, o orçamento anual constitui-se em instrumento, de 
curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de médio 
prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais 
em que estão definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos 
e as políticas básicas”. Aqui já vemos como o autor está alinhado ao conceito 
de Orçamento-Programa que veremos logo à frente. 
Já para Aliomar Baleeiro, “o orçamento público é o ato pelo qual o Poder 
Executivo prevê̂ e o Poder Legislativo autoriza, por certo período de tempo, a 
execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e 
outros fins adotados pela politica econômica ou geral do País, assim como a 
arrecadação das receitas já́ criadas em lei”. 
Seja qual for a definição utilizada, o orçamento público possui inúmeros 
aspectos (objetivos): político, jurídico, econômico, financeiro, administrativo 
e de planejamento. 
Direito Público
Direito Financeiro
Receita
pública
Obtenção
de Recursos
Crédito
público
Criação de 
Recursos
Orçamento
público
Gestão de 
Recursos
Despesa
pública
Dispêndio
de Recursos
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Do Direito Administrativo, podemos dizer que uma lei pode ser 
classificada em sentido formal e matéria. A lei em sentido formal refere-se ao 
seu rito, sua formalidade... A lei deverá cumprir certas formalidades para que 
tenha os seus efeitos jurídicos já que deverá ter certos requisitos quanto a sua 
iniciativa, a sua forma e a sua aprovação no poder legislativo por exemplo. 
Já a lei em sentido material é quando a norma possui caráter geral e 
abstrato que disciplina as relações jurídicas entre os sujeitos de direito. O 
caráter geral está relacionado à aplicação do normativo a um número 
indeterminado de indivíduos não conhecidos. O legislador não pode saber com 
exatidão os sujeitos que serão atingidos pela norma. 
Assim, em relação à natureza jurídica do orçamento, a maioria dos 
doutrinadores entende que ele é uma lei no que se refere ao aspecto formal, já 
que passa por todo o processo legislativo, mas não é lei em sentido material. 
O STF segue essa linha ao afirmar que “o orçamento é lei formal que 
apenas prevê receitas e autoriza o gasto, sem criar direitos subjetivos e sem 
modificar as leis tributárias e financeiras”. Além disso, é uma lei temporária, 
Aspectos do 
orçamento
Político
embate entre as diversas forças 
políticas na sociedade
Jurídico
lei formal aprovada pelo Poder 
Legislativo
Econômico
instrumento de cumprimento 
das funções econômicas do 
Estado. 
Funções: alocativa, 
distributiva e estabilizadora
Financeiro
estabelecimento do fluxo de 
entrada de recursos obtidos por 
meio da arrecadação de 
tributos, bem como da saída de 
recursos provocada pelos 
gastos governamentais
Administrativo ou 
gerencial
administração, controle e a 
avaliação dos recursos 
utilizados
De planejamento
orienta a ação do Estado no 
longo prazo
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 8 de 28 
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com vigência limitada de um ano; especial, por ter um processo legislativo 
diferenciado; e ordinária, por não exigir quórum qualificado para sua aprovação. 
 
 (CESPE - MDIC/2014) A função política do orçamento diz 
respeito ao estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio 
da arrecadação de tributos, bem como da saída de recursos provocada pelos 
gastos governamentais. 
Comentários: Dá para perceber que inverteram os conceitos, não é? A função 
apresentada pela questão define bem a função financeira do orçamento público. 
A função política se refere ao trabalho político que é feito na autorização das 
despesas pelo Congresso Nacional. 
Resposta: Errada. 
 
 
 O conceito de orçamento vem sofrendo significativas mudanças ao longo 
do tempo, em decorrência da evolução de suas funções. São as chamadas 
técnicas orçamentárias. 
 O orçamento tradicional ou clássico surgiu inicialmente na Inglaterra, 
cuja ênfase se dava nos seus aspectos político e jurídico, uma vez que 
servia de instrumento de controle do Poder Legislativo sobre os gastos do 
Poder Executivo. Além de político e jurídico, esse orçamento tinha os aspectos 
econômico e social como secundários. Seu foco era o objeto do gasto 
(detalhamento da despesa) ou item da despesa (controle dos gastos públicos), 
classificadas por unidades administrativas. Sua elaboração era empírica, 
com base no ano anterior. No Brasil, a prática orçamentária federal antecedente 
à Lei no 4.320, de 1964, baseava-se na técnica tradicional de orc ̧amentação. 
Essa técnica clássica produz um orçamento que se restringe à previsão da 
receita e à autorização de despesas. Não se verifica uma preocupação primária 
Natureza jurídica do 
orçamento
Lei em sentidoformal
Não é Lei em sentido 
material
Lei temporária
Lei especial
Lei ordinária
2 - Evolução e tipos de orçamento 
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 9 de 28 
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com o atendimento das necessidades bem formuladas da coletividade ou da 
própria administração pública. Nem mesmo ficam claros os objetivos econômicos 
e sociais que motivaram a elaboração da peça orçamentária. 
 O orçamento de desempenho ou funcional ou de realizações surgiu 
no pós-guerra e passou a dar ênfase no resultado (desempenho 
organizacional). Procurava-se saber o que o governo fazia e não só o que ele 
comprava. Dessa forma, além de apresentar o objeto do gasto, agregou as 
ações desenvolvidas (programa de trabalho). No entanto, ele ainda não se 
vinculava à função planejamento. 
 O orçamento-programa ou orçamento moderno é o nosso 
orçamento atual. Ele tem o planejamento como premissa das ações a serem 
implementadas. Estabelece objetivos e metas; identificação de programas, 
projetos e atividades; previsão de custos e medidas de desempenho. A CF/88 
recuperou a figura do planejamento na Administração Pública brasileira, com a 
integração entre plano e orçamento por meio da criação do Plano Plurianual (PPL) 
e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Essa técnica orçamentária foi 
introduzida na esfera federal pelo Decreto-Lei no 200, de 23 de fevereiro de 
1967. Contudo, o marco legal que cristalizou a adoção do orçamento-programa 
no Brasil foi a Portaria da Secretaria de Planejamento e Coordenação da 
Presidência da República nº 9, de janeiro de 1974, que instituiu a classificação 
funcional-programática. São vantagens do orçamento-programa: 
• Melhor planejamento de trabalho; 
• Maior precisão na elaboração dos orçamentos; 
• Maior determinação das responsabilidades; 
• Maior oportunidade para a relação dos custos; 
• Maior compreensão do conteúdo orçamentário por parte do Executivo, do 
Legislativo e da população em geral; 
• Facilidade para identificação de duplicação de funções; 
• Melhor controle da execução do programa; 
• Identificação dos gastos e realizações por programa e sua comparação 
em termos absolutos e relativos; 
• Apresentação dos objetivos e dos resultados da instituição e do inter-
relacionamento entre custos e programas; 
• Ênfase no que a instituição realiza e não no que ela gasta. 
 
Em sua elaboração, o orc ̧amento-programa tem uma lógica que o 
distingue de outros modelos. Essa lógica pode ser traduzida em fases que, ao 
serem cumpridas, dão a esse modelo toda a sua peculiaridade. Veja no quadro 
a seguir: 
 
 
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
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Orc ̧amento-programa 
Fases Características 
Determinação da situação Identificação dos problemas existentes 
Diagnóstico da situação Identificação das causas que concorrem 
para o surgimento dos problemas 
Apresentação das soluções Identificação das alternativas viáveis 
para solucionar os problemas 
Estabelecimento das prioridades Ordenamento das soluções encontradas 
Definição dos objetivos Estabelecimento do que se pretende 
fazer e o que se conseguirá com isso 
Determinação das tarefas Identificação das ações necessárias para 
atingir os objetivos 
Determinação dos recursos Arrolamento dos meios, sejam recursos 
humanos, materiais, técnicos, 
institucionais ou serviços de terceiros 
necessários 
Determinação dos meios financeiros Expressão monetária dos recursos 
alocados 
 
O orçamento base-zero tem como principal característica o não-direito 
adquirido em relação ao orçamento anterior. O que isso quer dizer? Quer dizer 
que todo exercício (ano) deve haver um reexame critico dos gastos 
governamentais, com justificativa para todos os recursos solicitados. É como se 
estivesse mesmo partindo do zero. Analisa, revê̂ e avalia todas as despesas 
propostas e não apenas as das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já́ 
existente. Foi utilizado no estado da Geórgia, nos EUA, em 1969. 
 O orçamento incremental apenas atualiza e corrige os valores das 
receitas e das despesas (variações de preço) em relação ao ano anterior. 
Orçamento elaborado através de ajustes marginais nos seus itens de receita e 
despesa. 
Por fim, o orçamento participativo convoca os cidadãos a participarem 
de sua formulação. O orçamento participativo incorpora a população ao 
processo decisório da elaboração orçamentária, seja por meio de lideranças da 
sociedade civil, audiências públicas ou por outras formas de consulta direta à 
sociedade. Trata-se de ouvir de forma direta as comunidades para a definição 
das ações do governo, para resolução dos problemas por elas considerados 
prioritários. Alguns municípios brasileiros o adotam como experiência, como é 
o caso de Belo Horizonte e Porto Alegre. Recentemente, o Distrito Federal 
também vem dando abertura para a participação popular. Em relação ao 
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 11 de 28 
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governo federal, há bastante resistência à sua implantação devido ao excesso 
de vinculações orçamentárias (transferências e gastos obrigatórios), no 
entanto, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2016 está disponível para 
consulta pública na internet, o que já pode caracterizar um começo. 
Segue um mapa mental sobre cada espécie evolutiva do orçamento: 
 
 
 
Por serem objetos de constantes questões de prova, vou fazer agora uma 
comparação mais detalhada entre Orçamento Tradicional e Orçamento-
Programa: 
 
Orçamento tradicional Orçamento-programa 
O processo orçamentário é dissociado 
dos processos de planejamento e 
programação 
O orçamento é o elo entre o 
planejamento e as funções executivas da 
organização 
A alocação de recursos visa à aquisição 
de meios 
A alocação de recursos visa à 
consecução de objetos e metas 
As decisões orçamentárias são tomadas 
tendo em vista as necessidades das 
unidades organizacionais 
As decisões orçamentárias são tomadas 
tendo em vista as avaliações e análises 
técnicas das alternativas possíveis 
Na elaboração do orçamento são 
consideradas as necessidades 
financeiras das unidades 
organizacionais 
Na elaboração do orçamento são 
considerados todos os custos dos 
programas, inclusive além do exercício 
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 12 de 28 
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Orçamento tradicional Orçamento-programa 
Ênfase aos aspectos contábeis de 
gestão 
Ênfase nos aspectos administrativos e 
de planejamento 
Critérios de classificação: unidades 
administrativas e elementos 
Critério de classificação: funcional-
programático 
Não existem sistemas de 
acompanhamento e medição do 
trabalho e dos resultados 
Utilização de indicadores e padrões de 
medição do trabalho e dos resultados 
O controle avalia a honestidade dos 
agentes governamentais e a legalidade 
no cumprimento do orçamento 
O controle avalia a eficiência, a 
eficácia e a efetividade das ações 
governamentais 
 
 (CESPE - MJ/2013) O orçamento público, como instrumento 
de planejamento e de controle da administração pública, possibilita a 
comparação entre diversas funções e programas de governo entre si, além de 
facilitar o exame da função total do governo e de seu custo em relação ao setor 
privado da economia. 
Comentários: O orçamento público atual (moderno), conhecido como 
orçamento-programa, é um instrumento de planejamento e de controle da 
administração pública, focado nas realizações. 
Resposta correta. 
 (CESPE - TJ STJ/Administrativa/2015) No Brasil, a 
Constituição Federal de 1988 atribuiu ao Poder Executivo a prerrogativa de 
executar o orçamento, razão pela qual se utiliza no país a denominação técnica 
orçamento executivo. 
Comentários: Essa questão fica de complemento ao que estudamos ao longo 
da aula. Existem3 tipos de orçamento público: 
• Legislativo: elaboração, votação e aprovação são competências do Poder 
Legislativo, cabendo ao Poder Executivo sua mera execução. É utilizado 
em países parlamentaristas. 
• Executivo: elaboração, votação e aprovação são competências do Poder 
Executivo. É utilizado em países absolutistas. 
• Misto: elaboração e execução ficam a cargo do Poder Executivo. Ao Poder 
Legislativo cabe sua votação e controle. É o modelo da maioria dos países, 
inclusive o Brasil. 
Resposta: Errada. 
Teoria 
Prof. Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 13 de 28 
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 Feijó e autores (2013), destacam que os objetivos fundamentais das 
políticas públicas no Brasil são ampliar a renda e reduzir a desigualdade social. 
 Para alcançar esses objetivos, a política orçamentária teria como 
objetivos gerais: 
a) Corrigir as imperfeições do mercador ou atenuar os seus efeitos; 
b) Manter a estabilidade econômica e social; 
c) Fomentar o crescimento econômico; 
d) Melhorar a distribuição de renda; 
e) Universalizar o acesso aos bens e serviços produzidos pelo setor 
público ou pelo privado; e 
f) Assegurar o cumprimento das funções elementares do Estado , 
como justiça, segurança. 
Assim, para os autores, os objetivos da política orçamentária são 
alcançados em razão da capacidade do Estado de influenciar a economia 
por meio da recombinação dos recursos arrecadados no momento da 
realização da despesa pública. Ao aplicar os recursos arrecadados em 
prograçãs e ações que respeitem os objetivos da política orçamentária, o Estado 
estará exercendo seu poder regulamentador junto ao mercado em benéficio da 
sociedade. 
Além disso, na visão de Texeira (2014), os objetivos da política 
orçamentária consistem em corrigir as falhas de mercado e as distorções, 
visando manter a estabilidade, melhorar a distribuição de renda, e alocar 
recursos com mais eficiência nos gastos. 
Texeira enfatiza que o orçamento também visa a regular o mercado e 
coibir abusos, reduzir as falhas e as externalidades negativas (fatores adversos 
causados pela produção, como poluição, problemas urbanos, etc.), proporcionar 
o acesso de todos aos produtos, construir obras públicas, assegurar o 
cumprimento das funções elementares do Estado como justiça, segurança, 
saúde, educação etc. 
 
 (UECE-CEV / CGE - CE / Auditoria Governamental de 
Processos com Foco em Riscos / 2013) Ao elaborar a programação de 
gastos e receitas contidas em seu orçamento, o Governo Federal procura 
alcançar três objetivos. Assinale a opção que NÃO constitui objetivo da política 
orçamentária, segundo a Teoria das Finanças Públicas. 
a) Manter a estabilização econômica. 
3 – Objetivos da Política Orçamentária 
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b) Manter a estabilização da dívida ativa. 
c) Promover ajustes na alocação de recursos. 
d) Promover ajustes na distribuição de renda. 
 
Comentários: 
a) Correta. Objetivo: Manter a estabilidade econômica e social; 
b) Errada. Dívida Ativa é um ativo o qual o ente federado tem um direito sobre 
cidadão ou empressa que deixou de cumprir suas obrigações com o governo. 
Ex: Deixou de pagar determinado tributo. 
c) Correta. Objetivo: Corrigir as imperfeições do mercador ou atenuar os seus 
efeitos; 
d) Correta. Objetivo: Melhorar a distribuição de renda; 
 
Resposta Letra B. 
 
 
 O orçamento deve ser elaborado de acordo com algumas regras 
básicas, chamadas princípios orçamentários. Esses princípios não têm caráter 
absoluto, uma vez que estão sujeitos a transformações naturais decorrentes 
do próprio processo evolutivo do orçamento público. Eles integram a 
Constituição Federal, a doutrina e a legislação infraconstitucional. Vou colocar 
aqui alguns pontos que merecem destaque nas questões sobre o assunto. 
 
 Lei 4.320/64: 
O artigo 2 da Lei 4.320/64 trás a seguinte redação: 
“Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e 
despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o 
programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de 
unidade, universalidade e anualidade”. 
 
➢ UNIDADE OU TOTALIDADE: O orçamento deve ser uno, isto é, cada 
unidade governamental deve possuir um único orçamento. O que isso 
quer dizer? Quer dizer que o Estado do RJ tem um orçamento, o Município do 
Rio de Janeiro tem outro e a União tem o seu. Todas as receitas e despesas 
devem estar contidas numa só lei orçamentária. O fato de a Lei Orçamentária 
(LOA) ser composta de orçamento fiscal, orçamento de investimentos e 
orçamento da seguridade social (três peças) não desvirtua esse princípio 
4 – Princípios orçamentários 
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(veremos essa composição mais à frente). É um dos instrumentos para alcance 
da transparência e do controle. 
 
➢ UNIVERSALIDADE: O orçamento deve conter todas as receitas e todas 
as despesas do Estado, tanto da administração direta, quanto da indireta, com 
exceção das empresas estatais não-dependentes. 
 
➢ ANUALIDADE OU PERIODICIDADE: Esse princípio está expresso na 
Lei 4.320/64, além disto, é necessário verificar o seu art. 34: 
“Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil”. 
O orçamento deve ter vigência de um período anual. Há algumas 
exceções que serão vistas depois, como os créditos especiais e extraordinários. 
Também não estamos falando do Plano Plurianual, que tem vigência superior, 
mas sim da LOA, ok? 
 
ATENÇÃO PESSOAL! 
 
Foi publicada a Emenda Constitucional nº 102/2019, a qual modificou art. 
165 da CF. Dentre as modificações, temos um novo paragrafo conforme 
destacamos abaixo: 
§ 14. A lei orçamentária anual PODERÁ conter 
previsões de despesas para exercícios seguintes, com 
a especificação dos investimentos plurianuais e 
daqueles em andamento. 
Tal modificação causou várias interpretações sobre a matéria e dúvidas 
quanto a uma possível revogação do disposto no art. 34 da Lei Federal 4.320/64 
conforme aqui estudado. 
Toda vez que há mudanças como esta, os projetos de emendas ou de leis 
podem esclarecer sobre o conteúdo da norma. E é o caso. Vejamos o que diz o 
parecer da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal 
(SF/19203.00215-75) 
[...] No tocante às leis orçamentárias anuais, reforçando o caráter de 
planejamento do orçamento público, é permitido a elas conter 
previsões de despesas para exercícios seguintes, com especificação 
dos investimentos plurianuais e os em andamento. Ressalte-se que 
esse dispositivo amplia o entendimento do consagrado princípio 
orçamentário da exclusividade, insculpido no § 8º do art. 165 da 
Constituição. Ademais, vale notar que, enquanto a lei orçamentária 
fixa a despesa para o exercício a que se refere, para os dois 
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exercícios financeiros ela trará uma previsão (sem caráter 
vinculante) de despesas, com detalhamento dos 
investimentos. [...] (pag. 5 e 6); 
[...] Com isso, o novo sistema orçamentário traz para o orçamento 
anual e a respectiva lei de diretrizes orçamentárias a previsão e a 
orientação dos investimentos, incluindo os planos plurianuais. [...] 
(pag. 5 e 6); 
Fonte: Parecer http://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=7994707 
Desta maneira, continua valendo o princípio da anualidade 
expresso na Lei nº 4.320/64, isto é, não haverá dotações que extrapolem o 
período ao qual se referem na Lei Orçamentária Anual. A mudança está na 
inserção da previsão plurianual de investimentos no corpo dessa lei, não 
havendo qualquer influência sobre a fixação das despesas e nem sobre as metas 
fiscais. 
Tranquilo? Com cara que vai cair na prova! Seguimos em frente! 
 (QUADRIX / CFO-DF / Administrador/ 2020) No que se 
refere ao orçamento público, julgue o item. 
O princípio da universalidade estabelece a necessidade de todas as receitas e 
despesas estarem previstas na lei orçamentária anual. 
 
Comentários: Relembrando, pelo PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE , o 
orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado, tanto 
da administração direta, quanto da indireta, com exceção das empresas estatais 
não-dependentes. 
 
➢ DISCRIMINAÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO OU ESPECIFICAÇÃO: 
Consta na Lei 4.320/64, artigo 5º: 
“Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais 
destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, 
material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, 
ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único”. 
Esse princípio tem a transparência dos gastos públicos como pano 
de fundo, já que dita a regra de que todas as dotações devem ser especificadas. 
Essa discriminação de despesas deve ser feita no mínimo por elementos. Isso 
a gente vai entender melhor quando estudarmos as despesas públicas, mas por 
enquanto, guardem essa informação. 
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Quanto às ressalvas citadas no art.5º da Lei, tratam-se de dotações 
globais para programas especiais de trabalho e a reserva de contingência, que 
não tem destinação certa (atende despesas imprevistas). 
 
➢ ORÇAMENTO BRUTO = Todas as receitas e despesas do orçamento 
constarão pelos seus totais, vedadas deduções. Ou seja, não deve haver 
importâncias líquidas na LOA. Está previsto na Lei 4.320/64, artigo 6: 
“Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de 
Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções”. 
 
 
 
 Constituição Federal CF/88 e demais: 
 
➢ LEGALIDADE: Consta do art. 37 da CF, como princípio da Administração 
Pública: 
Princípios 
Expressos 
Lei 
4.320/64
Unidade
- Orçamento uno para cada ente
- Todas as receitas e despesas 
devem estar contempladas
- Comporta a existência de 
orçamento fiscal, da seguridade 
social e de investimentos na LOA 
Universalidade
- Todas as receitas e despesas
Exceto: empresas estatais não-
dependentes
Anualidade
- 1 período anual (coincidirá com 
o ano civil)
Exceto: plano plurianual
Exceto: créditos especiais e 
extraordinários
Discriminação 
ou 
Especialização
- Dotações sempre
especificadas
- Despesas discriminadas no 
mínimo por elementos
Exceto: - programas especiais de 
trabalho
- Reserva de Contingência
Orçamento 
Bruto
- Valores totais (brutos)
- Não entram valores líquidos 
(vedado dedução)
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“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:”. 
O orçamento é uma lei ordinária, aprovada pelo Poder Legislativo, sob 
rito especial, com iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo. Não pode 
haver despesa sem autorização legislativa. Da mesma forma, a arrecadação de 
receitas é realizada de acordo com a lei. Para fazer cumprir esse princípio, uma 
série de sanções foram previstas, desde a tipificação como crime pelo Código 
Penal, passando por improbidade administrativa e crime de responsabilidade, 
no caso de algumas autoridades. 
 
➢ EXCLUSIVIDADE: Princípio disposto na CF, art. 165. A LOA não pode 
conter dispositivo estranho à fixação das despesas e à previsão das receitas, ou 
seja, só pode conter matéria orçamentária. Esse princípio tem o objetivo de 
evitar que outros temas tenham tramitação legislativa mais célere, 
característica das leis orçamentárias. 
Exceções: autorização para abertura de créditos suplementares e contratação 
de operações de crédito, mesmo que por antecipação de receita. Essas exceções 
constam no art. 7 da Lei 4.320/64: 
“A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: 
I -Abrir créditos suplementares até determinada importância 
obedecidas as disposições do artigo 43; 
II -Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de 
crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de 
caixa”. 
 Destaca-se também, conforme já comentado nesta aula, que, em função 
da Emenda Constitucional nº 102/2019, é permitido conter previsões de 
despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos investimentos 
plurianuais e os em andamento. Desta maneira, amplia-se o entendimento do 
princípio orçamentário da exclusividade previsto no § 8º do art. 165 da 
Constituição. 
 
➢ NÃO AFETAÇÃO OU NÃO VINCULAÇÃO: Segundo o art. 167 da CF: 
“São vedados: 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou 
despesa...”. 
Atentem para a palavra negritada! Falamos em impostos e não tributos 
ok? Imposto é tipo de tributo, mas existem outros (taxas, contribuições de 
melhorais, etc.). 
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Ainda assim, há exceções constitucionais que permitem a vinculação de 
impostos (reserva ou comprometimento): IR, IPVA, ICMS, IPI, destinação de 
recursos para o ensino, para a saúde, para a administração tributária e para 
prestação de garantia às operações de crédito por antecipação de receita. 
 
➢ EQUILÍBRIO: O total da despesa não pode ultrapassar o da receita 
prevista para o exercício financeiro. Busca-se também o equilíbrio na execução 
do orçamento, fundamental para o controle dos gastos públicos. Outra vertente 
desse princípio é o equilíbrio regional. O texto constitucional determina que os 
orçamentos fiscal e de investimento das empresas estatais terão entre as suas 
funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério 
populacional. Outro dispositivo que se preocupa com o equilíbrio é o 
estabelecimento de critérios de rateio dos fundos de participação 
(transferências constitucionais), que deve promover o equilíbrio socioeconômico 
entre Estados e Municípios. Além disso, um dos objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil, como vocês certamente estudaram em Direito 
Constitucional, é a redução das desigualdades regionais. 
 
➢ UNIFORMIDADE: Os orçamentos devem ser elaborados de forma 
uniforme, de modo a permitir sua comparação com outros exercícios 
financeiros. 
 
➢ CLAREZA OU INTELIGIBILIDADE: O orçamento deve ser de fácil 
compreensão, objetivo e claro. Esse princípio também tem a transparência 
como pano de fundo. 
 
➢ PROGRAMAÇÃO: Trata-se de um princípio moderno, ligado ao 
orçamento-programa. Ele faz a interligação entre as funções de 
planejamento e de gerência, ou seja, o orçamento viabiliza o planejamento 
governamental, por meio dos programas. Fiquem de olho nesse princípio porque 
ele é o novo queridinho das bancas. 
 
 (CESPE - AFT/MTE/2013) A evolução ocorrida nas funções 
do orçamento, que deixou de ser um mero instrumento de autorização para se 
tornar ferramenta de auxílio efetivo da administração, gerou um novo princípio, 
o da programação. 
Comentários: Esse princípio está descrito no livro Orçamento Público de 
Giacomoni. E é justamente isso, o orçamento moderno traduz, por meio de 
programas, o modo como alcançar os objetivos e metas previamente definidos, 
auxiliando a Administração. 
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Resposta correta. 
 (CESPE / STJ – Técnico Judiciário – Área Administrativa 
/ 2018) A respeito das técnicas, dos princípios e do ciclo orçamentários, julgue 
os itens a seguir. 
A publicação do orçamento em diário oficial é o ato que garante o cumprimento 
do princípio orçamentário da clareza. 
Comentários: O Princípio da Clareza é definido por Sanches(2004) da seguinte 
maneira: 
Princípio orçamentário clássico segundo o qual a Lei Orçamentária deve ser 
estruturada por meio de categorias e elementos que facilitem sua compreensão 
até mesmo por pessoas de limitado conhecimento técnico no campo das 
finanças públicas. 
A publicação do orçamento em diário oficial está de acordo com o disposto no 
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP 7ª edição sobre o 
Princípio da Transparência: 
Aplica-se também ao orçamento público, pelas disposições contidas nos arts. 
48, 48-A e 49 da LRF, que determinam ao governo, por exemplo: divulgar o 
orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a 
execução orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, 
informações sobre a arrecadação da receita e a execução da despesa. 
Gabarito: Errado. 
 
➢ PUBLICIDADE: A LOA, bem como qualquer lei, deve ser publicada nos 
meios oficiais de comunicação (Diário Oficial). 
 
 A Lei 4.320/64, citada algumas vezes acima, institui normas gerais de 
direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da 
União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. Abrange toda a 
administração direta (Poderes Executivo, Legislativo e Judicário), autárquica e 
fundacional de todos os entes federativos já elencados. Empresas Públicas e 
Sociedades de Economia Mista de todos esses entes, quando utilizam 
recursos de orçamento público para despesas com pessoal, com custeio 
geral ou custeio de capital (empresas estatais dependentes), também 
utilizam a norma. 
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 (CESPE / CGE-CE / Auditor de Controle Interno / 2019) 
A lei orçamentária anual (LOA) estabelece a previsão de receitas, idealizada a 
partir de parâmetros históricos associados a outros fatores, e também a fixação 
de despesas para o período relativo a um exercício financeiro, sendo vetada a 
inclusão de matéria diversa. Essa exigência decorre do princípio orçamentário 
da: 
a) exclusividade. 
b) legalidade. 
c) não afetação da receita. 
Prinícipios 
pela CF/88 e 
demais
Legalidade
- Princípio da Administração Pública
- Orçamento como lei ordinária formal
Não pode haver receitas e despesas em 
desacordo com a lei
Exclusividade
SOMENTE matéria orçamentária, além das 
previsões de despesa e receita de 
exercícios seguintes
Exceto: autorização para créditos 
suplementares
Exceto: contratação de operações de 
crédito, mesmo por antecipação de receita
Não afetação ou 
não vinculação
Impostos não devem ser vinculados. 
Outros tributos podem
Exceto: alguns impostos (IR, IPVA, ICMS, 
IPI)
Exceto: Saúde, educação e administração 
tributária e garantia a operações de crédito
Equilíbrio
- Despesas sempre menores ou iguais às 
receitas.
- Controle dos gastos públicos
- Equilíbrio regional 
Uniformidade
Elaborados de forma uniforme, de modo a 
permitir sua comparação entre os 
exercícios
Clareza ou 
Inteligibilidade
Fácil compreensão, objetivo, claro. 
Transparência
Programação
Interligação entre as funções de 
planejamento e de gerência (o orçamento
viabiliza o planejamento governamental, 
por meio dos programas)
Publicidade
Meios oficiais de comunicação
(Diário Oficial)
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d) discriminação. 
e) unidade. 
Comentários: 
O principio da exclusividade fala que a LOA não pode conter dispositivo 
estranho à fixação das despesas e à previsão das receitas, ou seja, só pode 
conter matéria orçamentária. Exceções: autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, mesmo que por 
antecipação de receita. 
Gabarito: Letra A 
 
 
 Como vimos anteriormente, o direito financeiro diz respeito à atividade 
financeira do Estado. Esta, por sua vez, se constitui na arrecadação de recursos 
e na utilização do produto dessa arrecadação em favor da sociedade, na forma 
de bens e serviços públicos. Para que o Estado obtenha e gaste esses recursos, 
ele deve executar um orçamento: a Lei Orçamentária Anual (LOA), 
elaborada e executada com base em algumas normas, tais como: 
 
 
 A CF/88, em seu art. 165, prevê 3 leis orçamentárias, além disso, seu § 
5º divide a LOA em 3 orçamentos: 
Normas 
que 
norteiam o 
orçamento 
público
CF/88 = arts. 
165 a 169
Lei 4.320/64
LRF = Lei de 
Resposabilidade 
Fiscal 
(Lei Complementar 
101/2000)
Portarias e 
Decretos
5 – Instrumentos de planejamento orçamentário 
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O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA 
e da CF/1988, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como 
o Orc ̧amento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, que 
não se confunde com o PPA, que possui quatro anos de duração. 
Na próxima aula estudaremos em detalhes cada peça orçamentária 
citada, portanto não fiquem preocupados. 
 
 
 Vamos começar com a CF/88, no seu art. 165, §9º: 
 “§ 9º Cabe à lei complementar: 
I–dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a 
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes 
orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da 
administração direta e indireta, bem como condições para a 
instituição e funcionamento de fundos; 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de 
procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos 
legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das 
programações de caráter obrigatório”. 
 A CF/88 já anunciava, desde seu nascimento, a necessidade de edição de 
uma Lei Complementar sobre finanças públicas. No entanto, até os dias de hoje, 
tal lei ainda não foi editada. Muita gente acha que é a Lei de 
Responsabilidade Fiscal - LRF, mas isso não é verdade, porque o seu objetivo 
CF/88 
art. 165
PPA = Plano 
Plurianual LDO = Lei de 
Diretrizes 
Orçamentárias
LOA = Lei 
Orçamentária 
Anual 
Orçamento 
Fiscal
Orçamento 
de 
investimentos
Orçamento 
da 
Seguridade 
Social
6 – Finanças na Constituição Federal – aspectos introdutórios 
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é instituir normas de responsabilidade na gestão dos recursos públicos e não 
normas gerais de finanças. Dessa formas, ainda é a “velhinha” Lei 4.320/64 que 
cumpre esse papel, de forma agora precária. 
 Não obstante essa distinção de objetivos, as duas leis estão 
intrinsecamente ligadas e, se existir algum dispositivo conflitante, deve 
prevalecer o contido na Lei de Responsabilidade Fiscal, que além de ser Lei 
Complementar, é a mais recente. 
 A Lei 4.320/64 foi recepcionada pela atual CF com status de Lei 
Complementar, embora não o seja originalmente. É ela quem hoje cumpre o 
papel dos incisos I e II do §9º do art. 165 da CF, citado acima. Atualmente, ela 
é complementada pelas LDOs, leis ordinárias, no lugar da Lei Complementar 
preconizada pela CF/88. 
 Os prazos do ciclo orçamentário deveriam também ser regulados por essa 
tal Lei Complementar. Na sua ausência, eles ainda são regulados pelo Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias, o ADCT da CF/88. 
Quanto a disposição sobre critérios para a execução equitativa, além de 
procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e 
técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de 
caráter obrigatório, ainda não foi editada uma lei complementar sobre a 
matéria. A Emenda Constitucional nº 100/219 incluiu tal dispositivo. 
Segue um mapa mental para memorizar a matéria! 
 
 
 
Outros artigos importantes em relação às normas gerais de Finanças 
Públicas na CF/88são: 
“Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, 
fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
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IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da 
União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito 
da União, resguardadas as características e condições operacionais 
plenas das voltadas ao desenvolvimento regional”. 
 
Assuntos para Lei Complementar em Finanças Públicas 
Finanças públicas 
Dívida pública externa e interna 
Concessão de garantias pelas entidades públicas 
Emissão e resgate de títulos da dívida pública 
Fiscalização financeira da administração pública 
Operações de câmbio 
Compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União 
 
“Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida 
exclusivamente pelo banco central. 
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, 
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade 
que não seja instituição financeira. 
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do 
Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a 
taxa de juros. 
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no 
banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e 
dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os 
casos previstos em lei”. 
 
De quem é a competência exclusiva para emitir moeda? É do Banco 
Central do Brasil. Voltaremos a falar sobre isso, mas aí vão algumas 
observações sobre o Bacen: 
 Não pode conceder empréstimos ao Tesouro Nacional ou outras 
entidades, somente financeiras. 
 Pode comprar e vender títulos do Tesouro para fazer política monetária, 
mas não pode emitir títulos (proibição pela LRF). 
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 É guardião das disponibilidades de caixa da União. 
 
 Agora veremos algumas vedações em matéria orçamentária, trazidas 
pela CF/88. Algumas retomaremos ao longo do curso, outras não. 
 
“Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na LOA; 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações 
diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; 
III - a realização de operações de créditos que excedam o 
montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas 
mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade 
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou 
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação 
dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a 
destinação de recursos para as ações e serviços públicos de 
saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como 
determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, 
XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o 
disposto no § 4º deste artigo; 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia 
autorização legislativa e sem indicação dos recursos 
correspondentes; 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de 
recursos de uma categoria de programação para outra ou de um 
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de 
recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir 
necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, 
inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia 
autorização legislativa. 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de 
empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos 
Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, 
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para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e 
pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições 
sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de 
despesas distintas do pagamento de benefícios do regime 
geral de previdência social de que trata o art. 201”. 
XII - na forma estabelecida na lei complementar de que trata o 
§ 22 do art. 40, a utilização de recursos de regime próprio de 
previdência social, incluídos os valores integrantes dos fundos 
previstos no art. 249, para a realização de despesas distintas 
do pagamento dos benefícios previdenciários do respectivo 
fundo vinculado àquele regime e das despesas necessárias à sua 
organização e ao seu funcionamento;(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
XIII - a transferência voluntária de recursos, a concessão de 
avais, as garantias e as subvenções pela União e a concessão de 
empréstimos e de financiamentos por instituições financeiras 
federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
na hipótese de descumprimento das regras gerais de 
organização e de funcionamento de regime próprio de 
previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019) 
 
Teoria 
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Vedações 
constitucionais
Início de programas ou projetos não incluídos na LOA
Despesas / obrigações que excedam os créditos orçamentários 
e adicionais
Operações de crédito que excedam as despesas de capital 
(REGRA DE OURO)
Vinculação de receita de impostos (PRINCÍPIO DA NÃO 
VINCULAÇÃO)
Crédito suplementar e especial sem autorização legal e sem 
fontes de recursos (CRÉDITOS ADICIONAIS)
Transferencias de recursos de uma categoria p/ outra ou entre 
órgãos, sem lei
Créditos ilimitados 
Usar o orçamento fiscal e da seguridade p/ cobrir empresas, 
fundos e fundações
Instituição de fundos sem lei
Transferências voluntárias e concessão de empréstimos 
- p/ pagamento de despesas c/ pessoal de outros entes
- p/ entes que descumprirem regras gerais do RPPS
Utilização de recursos de RPPS, incluídos os valores 
integrantes dos fundos, para despesas distintas do pgto de 
benefícios previdênciários
Teoria 
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FURTADO, Fabio. Administração Financeira e Orçamentária para 
Concursos. 1.ed. Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2009. 
GIACOMONI, James. Orçamento Público. 17.ed. São Paulo: Editora Atlas, 
2017. 
MATIAS-PEREIRA, José. Finanças Públicas: A Política Orçamentária no Brasil. 
4.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009. 
PALUDO, Augustinho. Orçamento Público, AFO e LRF. 7.ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier 
PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo: Teoria e 
Jurisprudência e 400 questões. 9. Ed. Editora Gen, 2015. 
Claudiano M. Albuquerque, Márcio Medeiros, Paulo Henrique Feijó. Gestão de 
Finanças Públicas – Volume I - AFO - Fundamentos e Prática de Planejamento, 
Orçamento e a Administração Financeira com Responsabilidade Fiscal. 2013. 
Teixeira, Alex Fabiane. Gestão de recursos. Brasília: ENAP, 2014. 
Referencial Bibliográfico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso: Resumex – PrincipiosOrçamentário 
Professor: Daniel Façanha 
Resumex 
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• Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina 
a atividade financeira do estado. A atividade financeira é 
exercida pelo Estado visando ao bem comum da coletividade. 
• 
 
 
 
• 
• 
 
 
 
Atividades do 
Estado em prol 
da sociedade
prestação de 
serviços públicos
intervenção no 
domínio 
econômico
exercício regular 
do poder de polícia
fomento às 
atividades de 
interesse social
Fontes Principais
•Constituição Federal
•LC = Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)
•Leis ordinárias = PPA, LDO, LOA
•Jurisprudência 
Fontes Secundárias
•Decretos
•Atos normativos = Resoluções dos Tribunais de Contas
•Decisões administrativas
•Decisões Judiciais
Direito 
Público
Direito 
Financeiro
Receita
pública
Obtenção
de 
Recursos
Crédito
público
Criação
de 
Recursos
Orçament
o público
Gestão de 
Recursos
Despesa
pública
Dispêndio
de 
Recursos
Direito 
Financeiro 
Ciência das 
Finanças 
Direito 
Tributário 
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Natureza jurídica do orçamento 
 
Evolução e tipos de orçamento 
Orçamento tradicional ou clássico 
✓ ênfase se dava nos seus aspectos político e jurídico 
✓ Instrumento de controle do Poder Legislativo sobre 
os gastos do Poder Executivo. 
✓ Foco era o objeto do gasto (detalhamento da despesa) 
ou item da despesa (controle dos gastos públicos), 
classificadas por unidades administrativas. 
✓ Baseava-se na técnica tradicional de orc ̧amentação que 
se restringe à previsão da receita e à autorização de 
despesas. 
Orçamento de desempenho ou funcional ou de 
realizações 
Aspectos 
do 
orçamento
Político
embate entre as 
diversas forças 
políticas na sociedade
Jurídico
lei formal aprovada 
pelo Poder Legislativo
Econômico
instrumento de 
cumprimento das 
funções econômicas 
do Estado. 
Funções: alocativa, 
distributiva e 
estabilizadora
Financeiro
estabelecimento do 
fluxo de entrada de 
recursos obtidos por 
meio da arrecadação 
de tributos, bem como 
da saída de recursos 
provocada pelos 
gastos 
governamentais
Administrativo 
ou gerencial
administração, controle 
e a avaliação dos 
recursos utilizados
De 
planejamento
orienta a ação do 
Estado no longo prazo
Natureza jurídica do 
orçamento
Lei em sentido formal
Não é Lei em sentido 
material
Lei temporária
Lei especial
Lei ordinária
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✓ ênfase no resultado (desempenho 
organizacional). 
✓ Procurava-se saber o que o governo fazia e não só o 
que ele comprava. 
✓ Ainda não se vinculava à função planejamento. 
Orçamento-programa 
Fases Características 
Determinação da 
situação 
Identificação dos problemas 
existentes 
Diagnóstico da situação 
Identificação das causas que 
concorrem para o surgimento dos 
problemas 
Apresentação das 
soluções 
Identificação das alternativas 
viáveis para solucionar os 
problemas 
Estabelecimento das 
prioridades 
Ordenamento das soluções 
encontradas 
Definição dos objetivos 
Estabelecimento do que se 
pretende fazer e o que se 
conseguirá com isso 
Determinação das tarefas 
Identificação das ações necessárias 
para atingir os objetivos 
Determinação dos 
recursos 
Arrolamento dos meios, sejam 
recursos humanos, materiais, 
técnicos, institucionais ou serviços 
de terceiros necessários 
Determinação dos meios 
financeiros 
Expressão monetária dos recursos 
alocados 
Espécies do orçamento: 
 
 
 
 
Tradicional
•ênfase política e 
jurídica
•instrumento de 
controle
• aspectos 
econômicos são 
secundários
• objeto do gasto
• unidades 
administrativas
Desempenho
• ênfase no 
resultado
• programas de 
trabalho
• desvinculado 
do 
planejamento
Orçamento-
programa
• planejamento
governamental
• objetivos e 
metas
• programas, 
projetos e 
atividades
• medidas de 
desempenho
• previsão de 
custos
Base zero
• sem direito
adquirido
• reexame
crítico 
• justificativas 
extensas
• Pacotes de 
decisão
Incremental
• atualiza e 
corrige
• em relação ao 
ano anterior
Participativo
• participação
popular
• cidadania
• experiências 
municipais
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Orçamento Tradicional X Orçamento-Programa: 
Orçamento tradicional Orçamento-programa 
O processo orçamentário é 
dissociado dos processos de 
planejamento e programação 
O orçamento é o elo entre o 
planejamento e as funções 
executivas da organização 
A alocação de recursos visa à 
aquisição de meios 
A alocação de recursos visa à 
consecução de objetos e metas 
As decisões orçamentárias são 
tomadas tendo em vista as 
necessidades das unidades 
organizacionais 
As decisões orçamentárias são 
tomadas tendo em vista as 
avaliações e análises técnicas 
das alternativas possíveis 
Na elaboração do orçamento 
são consideradas as 
necessidades financeiras das 
unidades organizacionais 
Na elaboração do orçamento 
são considerados todos os 
custos dos programas, 
inclusive além do exercício 
Ênfase aos aspectos contábeis 
de gestão 
Ênfase nos aspectos 
administrativos e de 
planejamento 
Critérios de classificação: 
unidades administrativas e 
elementos 
Critério de classificação: 
funcional-programático 
Não existem sistemas de 
acompanhamento e medição do 
trabalho e dos resultados 
Utilização de indicadores e 
padrões de medição do 
trabalho e dos resultados 
O controle avalia a honestidade 
dos agentes governamentais e a 
legalidade no cumprimento do 
orçamento 
O controle avalia a eficiência, a 
eficácia e a efetividade das 
ações governamentais 
 
 
Princípios 
Expressos 
Lei 
4.320/64
Unidade
- Orçamento uno para
cada ente
- Todas as receitas e 
despesas devem estar 
contempladas
- Comporta a existência de 
orçamento fiscal, da 
seguridade social e de 
investimentos na LOA 
Universalidade
- Todas as receitas e 
despesas
Exceto: empresas estatais 
não-dependentes
Anualidade
- 1 período anual 
(coincidirá com o ano civil)
Exceto: plano plurianual
Exceto: créditos especiais e 
extraordinários
Discriminação 
ou 
Especialização
- Dotações sempre
especificadas
- Despesas discriminadas no 
mínimo por elementos
Exceto: - programas 
especiais de trabalho
- Reserva de Contingência
Orçamento 
Bruto
- Valores totais (brutos)
- Não entram valores 
líquidos (vedado dedução)
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Prinícipios pela 
CF/88 e demais
Legalidade
- Princípio da Administração Pública
- Orçamento como lei ordinária formal
Não pode haver receitas e despesas em desacordo com a lei
Exclusividade
SOMENTE matéria orçamentária, além das previsões de despesa e receita de exercícios 
seguintes.
Exceto: autorização para créditos suplementares
Exceto: contratação de operações de crédito, mesmo por antecipação de receita
Não afetação ou não 
vinculação
Impostos não devem ser vinculados. Outros tributos podem
Exceto: alguns impostos (IR, IPVA, ICMS, IPI)
Exceto: Saúde, educação e administração tributária e garantia a operações de crédito
Equilíbrio
- Despesas sempre menores ou iguais às receitas.
- Controle dos gastos públicos
- Equilíbrio regional 
Uniformidade
Elaborados de forma uniforme, de modo a permitir sua comparação entre os 
exercícios
Clareza ou 
Inteligibilidade
Fácil compreensão, objetivo, claro. Transparência
Programação
Interligação entre as funções de planejamento e de gerência (o orçamento viabiliza o 
planejamento governamental, por meio dos programas)
Publicidade
Meios oficiais de comunicação
(Diário Oficial)
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www.exponencialconcursos.com.brINSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO 
 
 
 
Normas 
que 
norteiam 
o 
orçamento 
público
CF/88 = arts. 
165 a 169
Lei 4.320/64 LRF
Portarias e 
Decretos
CF/88 
art. 165
PPA
LDO
LOA
Orçamento 
Fiscal
Orçamento de 
investimentos
Orçamento da 
Seguridade 
Social
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Cabe à lei complementar: 
 
 
 
 
Assuntos para Lei Complementar em Finanças 
Públicas 
Finanças públicas 
Dívida pública externa e interna 
Concessão de garantias pelas entidades públicas 
Emissão e resgate de títulos da dívida pública 
Fiscalização financeira da administração pública 
Operações de câmbio 
Compatibilização das funções das instituições oficiais de 
crédito da União 
 
 
 
V
E
D
A
Ç
Õ
E
S
 C
O
N
S
T
I
T
U
C
I
O
N
A
I
S
Início de programas ou projetos não incluídos na LOA
Despesas / obrigações que excedam os créditos 
orçamentários e adicionais
Operações de crédito que excedam as despesas de 
capital (REGRA DE OURO)
Vinculação de receita de impostos (PRINCÍPIO DA 
NÃO VINCULAÇÃO)
Crédito suplementar e especial sem autorização legal 
e sem fontes de recursos (CRÉDITOS ADICIONAIS)
Transferencias de recursos de uma categoria p/ outra 
ou entre órgãos, sem lei
Créditos ilimitados 
Usar o orçamento fiscal e da seguridade p/ cobrir 
empresas, fundos e fundações
Instituição de fundos sem lei
Transf. voluntárias e concessão de empréstimos 
- p/ pagto de despesas c/ pessoal de outros entes
- p/ entes que descumprirem regras gerais do RPPS
Utilização de recursos de RPPS, incluídos os valores 
integrantes dos fundos, para despesas distintas do 
pgto de benefícios previdênciários
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FURTADO, Fabio. Administração Financeira e Orçamentária para 
Concursos. 1.ed. Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2009. 
GIACOMONI, James. Orçamento Público. 17.ed. São Paulo: Editora Atlas, 
2017. 
MATIAS-PEREIRA, José. Finanças Públicas: A Política Orçamentária no Brasil. 
4.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009. 
PALUDO, Augustinho. Orçamento Público, AFO e LRF. 7.ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier 
PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo: Teoria e 
Jurisprudência e 400 questões. 9. Ed. Editora Gen, 2015. 
Claudiano M. Albuquerque, Márcio Medeiros, Paulo Henrique Feijó. Gestão de 
Finanças Públicas – Volume I - AFO - Fundamentos e Prática de Planejamento, 
Orçamento e a Administração Financeira com Responsabilidade Fiscal. 2013. 
Referencial Bibliográfico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula demonstrativa 
Curso: Administração Orçamentária e Financeira 
Professor: Daniel Façanha 
Teoria e Questões comentadas 
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Olá pessoal. Segue aqui uma bateria de questões para vocês praticarem 
o que foi estudado na teoria. Se surgirem dúvidas, algum conceito que não 
tenha ficado claro, não hesitem em nos procurar no fórum. Estamos 
combinados? 
 
Bons estudos! 
 
Daniel Façanha 
 
APRESENTAÇÃO 
Teoria e Questões comentadas 
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1. (FCC - AJ TST/Administrativa/2012) A determinação legal para que o 
governo, dentre outros, divulgue o orçamento público de forma ampla à 
sociedade, de acordo com a Lei Complementar no 101/2000 − Lei de 
Responsabilidade Fiscal − LRF, atende ao princípio da: 
a) legalidade. 
b) impessoalidade. 
c) clareza. 
d) transparência. 
e) universalidade. 
Resolução: É tão bom quando vemos uma questão direta assim, não é? 
Transparência é princípio da administração pública e também se aplica ao 
orçamento público. Por que não? Além disso, a Lei de Responsabilidade Fiscal 
(LRF), que estudaremos mais à frente, também cita a transparência nos art. 
48 e 49. 
Gabarito: Letra D. 
 
2. (FCC - AJ TRT6/Administrativa/Contabilidade/2012) A Assembleia 
Legislativa do Estado Aldeia de Ouro aprovou o aumento de salário dos seus 
funcionários na Lei Orçamentária Anual de 2012. Foi desrespeitado o princípio 
orçamentário: 
a) da exclusividade. 
b) da universalidade. 
c) da unidade. 
d) do equilíbrio. 
e) da igualdade. 
Resolução: Segundo o princípio da exclusividade, a LOA não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Isso evita a 
tramitação especial de leis orçamentarias com assuntos estranhos ao 
orçamento. Já pensou se cada ente pudesse simplesmente aprovar aumento 
para seus servidores por meio da LOA? Questões que envolvem aumento 
salarial de servidores devem ser tratados em leis específicas para esse 
assunto, certo? Não vou comentar os outros itens porque são excludentes. 
Gabarito: Letra A. 
 
Orçamento Público: Conceito, Princípios Orçamentários. Orçamento 
Público no Brasil. 
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3. (FCC - AJ TRE SP/Administrativa/2012) Em relação ao Orçamento 
Público, considere: 
I. A Lei Orçamentária Anual fixará despesas a serem realizadas em um período 
de um ano, inclusive aquelas a serem executadas pelas empresas de 
economia mista. 
II. A receita relativa ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores 
(IPVA) deve constar no orçamento dos governos estaduais pela diferença 
entre seu valor bruto e o valor da parte que deve ser transferida para os 
governos municipais. 
III. As despesas com Educação e Saúde devem compor o Orçamento Fiscal e o 
Orçamento da Seguridade Social, respectivamente. 
IV. A Lei Orçamentária Anual poderá conter dispositivo para a autorização de 
contratação de operações de crédito, em caso de insuficiência momentânea de 
caixa durante o exercício financeiro. 
Está correto o que consta APENAS em: 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
Resolução: 
O item I pode trazer alguma confusão. De qualquer forma, vamos estudar 
melhor a LOA depois e acredito que ficará mais claro. Normalmente as 
empresas públicas e sociedades de economia mistas fazem parte da LOA 
(administração indireta), mas são excluídas nos casos em que a União 
somente tem participação acionaria ou em que somente fornecem bens ou 
serviços. Portanto, nem todas as empresas públicas e sociedades de economia 
mistas são abrangidas pela LOA. 
O item II fere o princípio do orçamento bruto, no qual todas as receitas e 
despesas do orçamento constarão pelos seus totais, vedadas deduções. 
 O item III define corretamente os 3 tipos de orçamentos que estão contidos 
na LOA, apenas citados nessa aula, mas que serão melhor explorados na 
próxima: orçamento fiscal (onde se insere a educação), orçamento de 
investimentos e orçamento da seguridade social (saúde, assistência social e 
previdência social). 
 O item IV descreve o princípio da exclusividade, por meio de uma exceção, 
que seria o dispositivo que autoriza operações de crédito, mesmo que por 
antecipação de receita. Está correto e consta no nosso quadro resumo sobre 
princípios. 
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Gabarito: Letra E. 
 
4. (FCC - AJ TJ/PE/Contador/2012) O instrumento de gestão em que se 
registra o ato pelo qual o poder legislativo autoriza ao poder executivo, por 
certo período de tempo e, em pormenores, as receitas a serem arrecadadas, e 
fixa as despesas a serem realizadas no exercício financeiro vindouro, 
objetivando a continuidade, eficácia, eficiência, efetividade e a economicidade 
dos serviços prestados à sociedade, denomina-se orçamento: 
a) estático. 
b) público. 
c) financeiro. 
d) operacional. 
e) flexível. 
Resolução: Questão simples, que traz uma das muitas definições de 
orçamento público. Vejam o que diz o professorCaldas Furtado: “Em uma 
democracia, pode-se dizer, em síntese, que orçamento público é o 
instrumento através do qual os cidadãos, por intermédio de lei aprovada por 
seus representantes no Parlamento, fixam a despesa e preveem a receita para 
o período de um ano, a partir da determinação dos serviços públicos que serão 
prestados pelo Estado e dos demais objetivos da política orçamentária, bem 
como da definição de quais, e de que forma, setores da sociedade financiarão 
a atividade estatal”. 
Gabarito: Letra B. 
 
5. (FCC - PGE BA/Administrativo/2013) O exercício financeiro, período de 
tempo ao qual a previsão das receitas e a fixação das despesas aprovadas na 
Lei Orçamentária Anual irão se referir, atende ao princípio orçamentário da: 
a) unidade. 
b) transparência. 
c) universalidade. 
d) temporalidade. 
e) anualidade. 
Resolução: Questão de nível bem fácil, feita para pegar o preguiçoso que não 
lê todas as alternativas. O princípio referido no enunciado é a anualidade e 
não temporalidade, certo? Nada mais a complementar nessa questão. 
Gabarito: Letra E. 
 
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6. (FCC – ADP/DPE SP/Contador/2013) Sobre os princípios 
orçamentários, é correto afirmar que o princípio: 
a) da exclusividade representou o fim às chamadas caudas orçamentárias que 
serviam para nomeações, promoções e abertura de créditos adicionais 
suplementares. 
b) da unidade determina que receitas e despesas devem aparecer no 
orçamento de maneira discriminada, no mínimo, por elementos de despesa. 
c) do orçamento bruto determina que deve existir somente uma Lei 
Orçamentária Anual, sendo proibida a existência de orçamentos paralelos. 
d) da não-afetação das receitas veda vinculação da receita de impostos a 
órgão, fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela Constituição 
Federal de 1988. 
e) da universalidade determina que a lei orçamentária deve ser divulgada por 
mecanismos oficiais de comunicação e de divulgação para garantir amplo 
conhecimento público. 
Resolução: 
A letra A está errada porque a abertura de créditos suplementares é exceção 
ao princípio da exclusividade, ou seja, tais créditos podem constar na LOA 
(olhem lá no quadro-resumo). 
A letra B está errada porque define o princípio da discriminação e não da 
unidade. 
A letra C está errada porque descreve o princípio da unidade e não do 
orçamento bruto. 
A letra D está correta na definição do princípio da não-afetação e é o 
gabarito. 
A letra E trata do princípio da publicidade e não da universalidade. 
Gabarito: Letra D. 
 
7. (FCC - AJ TRT19/Administrativa/2014) O princípio orçamentário da 
especificação, também denominado discriminação ou especialização, veda a 
consignação na Lei Orçamentária Anual − LOA de dotações globais destinadas 
a atender indiferentemente as despesas com pessoal, transferências ou 
quaisquer outras. Alguns tipos de dotação de despesa, todavia, podem ser 
previstos de forma global, como é o caso da destinada a: 
a) licitações. 
b) convênios. 
c) encargos sociais. 
d) reserva de contingência. 
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e) aposentadoria. 
Resolução: A reserva de contingência pode ser incluída na LOA, na forma de 
dotação global, pelo simples fato de não se saber, com antecedência, no que 
ela será usada (passivos contingentes). Aí não tem como especificar, não é? 
Todos os outros itens não podem ter dotação global, devem ser discriminados 
(especializados). 
Gabarito: Letra D. 
 
8. (FCC - APE (TCE-RS)/Ciências Contábeis/2014) É uma característica 
do Orçamento Programa: 
a) ênfase no alcance das metas. 
b) ênfase no objeto de gasto. 
c) ênfase no desempenho organizacional. 
d) principal critério de classificação é o institucional. 
e) principal critério de classificação é o funcional-programático. 
Resolução: Orçamento-programa é o tipo de orçamento que constitui um 
plano de trabalho do governo, expresso em um conjunto de ações a realizar e 
pela identificação dos recursos necessários para sua execução, visando o 
alcance de objetivos definidos, dentro de uma programação. Assim, o principal 
critério de classificação desse orçamento é o funcional-programático. 
Gabarito: Letra E. 
 
9. (FCC - AJ TRT16/Administrativa/"Sem Especialidade"/2014) O 
quadro abaixo exibe as substanciais diferenças entre o Orçamento-Programa e 
o Orçamento-Tradicional: 
 Orçamento-Programa Orçamento-Tradicional 
I. Finalidade 
Ênfase no que o Governo compra, nas 
coisas por ele adquiridas. 
Ênfase nas ações que o Governo realiza e 
nos meios reais que utiliza 
II. Relação com o 
planejamento 
Constitui-se em um dos instrumentos do 
Planejamento. 
Normalmente não reflete ações 
planejadas. 
III. Identificação 
de Objetivos 
Compatibiliza os objetivos e as metas 
com os planos de curto e médio prazo. 
Compatibiliza os objetivos e as metas 
com os planos de médio e longo prazo. 
IV. Processo de 
Elaboração 
Base em diretrizes e prioridades. 
Estimativa real de recursos e cálculo real 
das necessidades. 
Revisa todos os percentuais dos 
Quantitativos Financeiros anteriores para 
a Receita e Despesa 
V. Forma de 
Controle 
Ênfase no controle financeiro legal e 
formal 
Ênfase nas relações físicas. 
As diferenças estão retratadas corretamente APENAS em 
a) II, III e V. 
b) I, II e IV. 
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c) I e III. 
d) II, IV e V. 
e) II e IV. 
Resolução: 
Item I – Inverteu as finalidades. 
Item II – Boa definição da relação com o planejamento. 
Item III – Inverteu os conceitos. 
Item IV – Boa definição do processo de elaboração. 
Item V – Quem se preocupa com o controle financeiro é o orçamento 
tradicional. 
Gabarito: Letra E. 
 
10. (FCC - AJ TRT2/Administrativa/2014) A inclusão de dispositivos que 
autorizam a criação de cargos públicos na Lei Orçamentária Anual é vedada 
porque fere o princípio orçamentário 
a) da universalidade. 
b) do orçamento bruto. 
c) da publicidade. 
d) da exclusividade. 
e) da unidade. 
Resolução: A Lei Orçamentária não deve conter dispositivo estranho à 
previsão de receita e à fixação da despesa. Criação de cargos públicos tem a 
ver com isso? Não! Então esse tema não pode estar lá. Trata-se do princípio 
da exclusividade. 
Gabarito: Letra D. 
 
11. (FCC - AJ TRT19/Administrativa/Contabilidade/2014) Os débitos de 
tesouraria compõem a dívida flutuante e são resultantes de operações de 
crédito por antecipação da receita orçamentária (ARO). A previsão desse tipo 
de operação de crédito na Lei Orçamentária Anual − LOA configura exceção ao 
princípio orçamentário da 
a) Unidade. 
b) Universalidade. 
c) Anualidade. 
d) Exclusividade. 
e) Discriminação. 
Resolução: A Lei Orçamentária não deve conter dispositivo estranho à 
previsão de receita e à fixação da despesa, com exceção da autorização para 
abertura de créditos suplementares e a autorização para contratação de 
Teoria e Questões comentadas 
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operacoes de crédito, ainda que por antecipação de receita. Esse é o princípio 
da exclusividade. 
Gabarito: Letra D. 
 
12. (FCC - Ass Jur (TCE-PI)/2014) Constituem, respectivamente, exceções 
legais aos princípios da unidade de caixa, da exclusividade orçamentária e o 
da não afetação de receitas: 
a) a conta bancária dos convênios, a prévia autorização para créditos especiais 
e a realização de atividades da administração tributária. 
b) a conta específica do fundo municipal de saúde, a autorização para 
reformas administrativas e a vinculação de impostos para o fundo do idoso. 
c) os fundos especiais, a licença orçamentária

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