Buscar

Aula 09 RP, DEA e LRF

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 9 
RESTOS A PAGAR, DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES, 
TÓPICOS SELECIONADOS DA LRF E 3° SIMULADO 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
É a nossa última aula. Espero de vocês animação e força de vontade nos 
estudos! Sei que não é fácil conciliar a vida cotidiana com a gama de matérias 
que se tem que estudar para um concurso. No final este sacrifício seu e de 
todos que estão a seu redor será muito recompensador. Todos nós já somos 
privilegiados simplesmente porque sabemos ler e porque temos objetivos na 
vida. E, por meio do estudo de cada aula, estamos subindo mais um degrau 
para alcançá-los. 
“Estou agradecido. 
Primeiro porque nunca fui roubado antes. 
Segundo porque, apesar de terem levado minha carteira, eles não me tiraram a 
vida. 
Terceiro, porque, apesar de terem levado tudo, não perdi muita coisa. 
E, quarto, porque não fui eu quem roubei”. 
(Matthew Henr) 
Nesta aula trataremos de temas importantes para o concurso do TCU. Na 
primeira parte trataremos de Restos a Pagar e de Despesas de Exercícios 
Anteriores. Na segunda parte, abordaremos os temas Gestão Fiscal e 
Transparência, Geração de Despesa, Despesa Obrigatória de Caráter 
Continuado, Renúncia de Receitas, Destinação de Recursos Públicos para o 
Setor Privado, Transferências e Prestação de Contas. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 2
Ao final da aula trataremos das discursivas. Todas as redações recebidas 
foram corrigidas e enviadas. Se algum aluno não recebeu favor avisar no e-
mail sergiomendes@pontodosconcursos.com.br. 
PARTE I – RESTOS A PAGAR E 
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 
1. RESTOS A PAGAR 
Depois que é feito o empenho tendo como base a dotação orçamentária à 
respectiva despesa, tem-se início o cumprimento do contrato, convênio ou 
determinação legal. 
O próximo passo é a liquidação da despesa, a qual consiste na verificação do 
direito do credor com base nos títulos e documentos comprobatórios do 
respectivo crédito, tendo por finalidade apurar a origem e o objeto do que se 
deve pagar, a importância exata, e a quem se deve pagar para extinguir a 
obrigação. 
No entanto, se a despesa não for paga até o término do exercício financeiro, 
dia 31 de dezembro, o crédito poderá ser inscrito em "restos a pagar", com o 
pagamento a realizar-se no exercício subsequente. 
Consideram-se Restos a Pagar (RAP) ou resíduos passivos as despesas 
empenhadas mas não pagas dentro do exercício financeiro, logo, até o dia 31 
de dezembro. 
Consoante o art. 92 da Lei 4320/64, os Restos a Pagar, excluídos os serviços 
da dívida, constituem-se em modalidade de dívida pública flutuante e são 
registradas por exercício e por credor, distinguindo-se as despesas 
processadas das não processadas. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 3
O entendimento dos estágios da despesa é importante porque o art. 36 da 
Lei 4320/64 distingue as despesas em processadas e não processadas. As 
despesas processadas referem-se a empenhos executados e liquidados, 
prontos para o pagamento; as despesas não processadas são os empenhos 
de contratos e convênios em plena execução, logo não existe ainda direito 
líquido e certo do credor. Por exemplo, caso a administração pública assine 
contrato com um laboratório para o fornecimento de vacinas contra a paralisia 
infantil e, ao final do exercício, ainda não se saiba o número exato de crianças 
que serão vacinadas, tal despesa não poderá ser liquidada e será considerada 
não-processada, pois ficará pendente a verificação do direito liquido e certo do 
credor e da importância exata a pagar. Enquanto não ocorrer a verificação do 
implemento da condição prevista, não haverá o reconhecimento da liquidez do 
direito do credor, não podendo o empenho ser considerado liquidado. Assim, 
para pagamento no ano subsequente, a despesa será inscrita em restos a 
pagar não-processados. 
Ressalto que a despesa pública deve passar pelos estágios da execução: 
empenho, liquidação e pagamento. Assim, o pagamento dos restos a pagar 
não-processados, o qual passou apenas pelo estágio do empenho, também só 
poderá ocorrer após a sua regular liquidação. 
Os empenhos referentes a despesas já liquidadas e não pagas, assim como os 
empenhos não-anulados, serão automaticamente inscritos em Restos a Pagar 
no encerramento do exercício pelo valor devido ou, se não conhecido, pelo 
valor estimado, desde que satisfaça às condições estabelecidas para empenho 
e liquidação da despesa, pois se referem a encargos incorridos no próprio 
exercício. Isso ocorre devido ao regime de competência das despesas, já que 
devem ser contabilizadas no exercício em que foram geradas. 
No caso de estimativa, são possíveis duas situações: 
• Valor real > valor inscrito em RAP: a diferença será empenhada à 
conta de despesas de exercícios anteriores. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 4
• Valor real < valor inscrito em RAP: o saldo existente será cancelado. 
Os valores inscritos em Restos a Pagar deverão ser pagos durante o exercício 
financeiro subsequente, ou seja, até 31 de dezembro do ano seguinte à 
realização do empenho. 
Após esta data, os saldos remanescentes serão automaticamente cancelados, 
pois a reinscrição de empenhos em Restos a pagar é vedada. Os Restos a 
Pagar com prescrição interrompida, os quais são aqueles cuja inscrição tenha 
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor, poderão ser pagos à 
conta de despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria própria. 
Segundo o art. 70 do Decreto 93.872/86, o qual é baseado na legislação civil, 
prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar. 
Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurianual, que não 
tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último 
ano de vigência do crédito. Ou seja, durante os outros anos, só serão inscritos 
em restos a pagar os créditos plurianuais liquidados. 
Exemplo: determinado crédito adicional especial com vigência plurianual teve 
no 1° ano: 
Empenhado: R$ 100 mil; 
Liquidado: R$ 80 mil; 
Pagos: R$ 50 mil. 
Assim, apenas R$ 30 mil serão inscritos em restos a pagar no 1° ano, porque 
os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurianual, que não 
tenham sido liquidados, só serão computados como restos a pagar no último 
ano de vigência do crédito. 
Relembrando o Decreto 93.872/86: 
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 
31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando: 
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele 
estabelecida; 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 5
II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a 
liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o 
cumprimento da obrigação assumida pelo credor; 
III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; 
IV - corresponder a compromissos assumidos no exterior. 
Se a anulação ocorrer no próprio exercício, reverte-se à dotação a importânciade despesa anulada. Quando a anulação ocorrer após o encerramento deste, 
considerar-se-á receita orçamentária do ano em que se efetivar. 
Atenção: Conforme Parecer nº 401/2000 da Procuradoria-Geral da Fazenda 
Nacional, o cancelamento de restos a pagar processados (aqueles 
empenhados e liquidados) caracteriza forma de enriquecimento ilícito, tendo 
em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer 
e a administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar sob 
pena de estar descumprindo o princípio da moralidade que rege a 
Administração Pública, previsto no art. 37 da CF/88. Assim, os restos a pagar 
processados não podem ser cancelados. 
Vamos elaborar um quadro sobre os empenhos inscritos em Restos a Pagar: 
QUADRO INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR 
Os empenhos referentes a despesas já liquidadas e não pagas, assim como os empenhos não-
anulados, serão automaticamente inscritos em Restos a Pagar no encerramento do exercício pelo 
valor devido ou, se não conhecido, pelo valor estimado. 
O empenho da despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos 
os fins, salvo quando: 
Vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida; 
Vencido o prazo do item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou seja de 
interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor; 
Se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; 
Corresponder a compromissos assumidos no exterior. 
 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 6
Ainda consoante o Decreto 93.872/86: 
Art. 15. Os restos a pagar constituirão item específico da programação 
financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro do limite de saques 
fixado. 
As despesas extraorçamentárias são aquelas que não contam da Lei 
Orçamentária e decorrem da contrapartida da receita extraorçamentária. 
Provêm da obrigação de devolver o valor arrecadado transitoriamente, como os 
valores de depósitos e cauções, de pagamentos de restos a pagar e de 
resgate de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária. 
Se uma despesa foi empenhada em um exercício e somente foi paga no 
exercício seguinte, ela deve ser contabilizada como pertencente ao exercício 
do empenho. Assim, os Restos a Pagar serão contabilizados como despesas 
extraorçamentárias, já que o empenho foi efetuado dentro do orçamento do 
exercício anterior. 
Importante: na Contabilidade Pública, na estrutura do balanço financeiro, os 
Restos a Pagar são classificados como receitas extraorçamentárias, para que 
na contrapartida, quando forem pagos, sejam classificados como despesas
extraorçamentárias. 
Logo, os Restos a Pagar são constituídos por recursos correspondentes a 
exercícios financeiros já encerrados. No entanto, integram a programação 
financeira do exercício em curso. 
Atenção: Restos a Pagar são despesas extraorçamentárias e integram a 
programação financeira do exercício em curso. 
De acordo com o art. 71 da CF/88, o Tribunal de Contas da União tem o dever 
de elaborar relatório e emitir parecer prévio sobre as contas prestadas 
anualmente pelo Presidente da República, cabendo, exclusivamente, ao 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 7
Congresso Nacional, julgar as contas prestadas e apreciar os relatórios sobre a 
execução dos planos de governo, conforme inciso IX do art. 49 da CF/88. 
Os Restos a Pagar têm tido uma atenção crescente e relevante nos relatórios 
apresentados pelo TCU, conforme se comprova no relatório apresentado sobre 
contas do governo da república, relativas ao exercício de 2008. O TCU 
ressalva a manutenção de volume expressivo de restos a pagar não-
processados, inscritos ou revalidados no exercício de 2007, o que 
compromete a programação financeira e o planejamento governamental nos 
exercícios seguintes. O TCU tem mostrado preocupação com o 
acompanhamento e o controle das contas referentes a restos a pagar, em 
virtude do expressivo volume de recursos do governo federal inscritos nessa 
rubrica nos últimos exercícios financeiros, devido ao contingenciamento de 
dotações orçamentárias, promovendo sua descompressão quase ao final do 
exercício. 
No entanto, como a descompressão ocorre no final do exercício financeiro, 
grande parte das despesas ainda não terão passado pelo estágio da liquidação 
ao término do exercício, devendo ser inscritas em restos a pagar não-
processados. 
O importante é o estudante ter o conhecimento que há um número excessivo 
de despesas inscritas em Restos a Pagar a cada ano, principalmente em 
Restos a Pagar não-processados. 
E para evitar abusos em fim de mandato, a LRF determina: 
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos 
dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não 
possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem 
pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa 
para este efeito. 
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão 
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do 
exercício. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 8
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público observa que, embora a 
Lei de Responsabilidade Fiscal não aborde o mérito do que pode ou não ser 
inscrito em restos a pagar, veda contrair obrigação no último ano do mandato 
do governante sem que exista a respectiva cobertura financeira, desta forma, 
eliminado as heranças fiscais. 
Caiu na prova: 
(ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Quando do pagamento de 
Restos a Pagar referente a uma despesa qualquer, empenhada pelo valor 
estimado, verificou-se que o valor real a ser pago era superior ao valor inscrito. 
Nesse caso, a diferença a maior deverá ser: 
a) empenhada à conta do orçamento vigente, para ser paga no exercício 
subsequente. 
b) inscrita em Restos a Pagar do exercício vigente. 
c) empenhada à conta de Despesas de Exercícios Anteriores. 
d) inscrita em Restos a Pagar do exercício da inscrição original. 
e) empenhada e paga à conta do orçamento do exercício da inscrição original. 
No caso de estimativa, são possíveis duas situações: 
• Valor real > valor inscrito em RAP: a diferença será empenhada à 
conta de despesas de exercícios anteriores. 
• Valor real < valor inscrito em RAP: o saldo existente será cancelado. 
Logo, quando do pagamento de Restos a Pagar referente a uma despesa 
qualquer, empenhada pelo valor estimado, verificar-se que o valor real a ser 
pago é superior ao valor inscrito, a diferença a maior deverá ser empenhada à 
conta de Despesas de Exercícios Anteriores. 
Resposta: Letra C 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 9
2. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 
As Despesas de Exercícios Anteriores são dívidas resultantes de 
compromissos gerados em exercícios financeiros anteriores àqueles em que 
ocorrerão os pagamentos. 
Segundo o art. 37 da Lei 4320/64, as Despesas de Exercícios Anteriores são 
as despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento 
respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, 
que não setenham processado na época própria, bem como os Restos a 
Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o 
encerramento do exercício correspondente. Poderão ser pagos à conta de 
dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, 
obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. 
Vamos destrinchar o artigo 37 da Lei 4320/64: 
• Despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o 
orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo 
suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época 
própria: ao final de um exercício, determinada despesa pode não ter 
sido processada, porque o empenho pode ter sido considerado 
insubsistente e anulado. No entanto, o credor havia, dentro do prazo 
estabelecido, cumprido sua obrigação. Nesse caso, quando o 
pagamento vier a ser reclamado, a despesa poderá ser empenhada 
novamente em Despesas de Exercícios Anteriores. 
• Restos a Pagar com prescrição interrompida: os valores inscritos em 
Restos a Pagar deverão ser pagos durante o exercício financeiro 
subsequente, ou seja, até 31 de dezembro do ano seguinte à realização 
do empenho. Após esta data, os saldos remanescentes serão 
automaticamente cancelados, pois a reinscrição de empenhos em 
Restos a pagar é vedada. Porém o direito do credor prescreve apenas 
em 5 anos. Os Restos a Pagar com prescrição interrompida, os quais 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 10
são aqueles cuja inscrição tenha sido cancelada, mas ainda vigente o 
direito do credor, poderão ser pagos à conta de despesas de exercícios 
anteriores, respeitada a categoria própria. 
• Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício 
correspondente: alguns compromissos podem ser reconhecidos pela 
autoridade competente após o fim do exercício financeiro em que foram 
gerados, ainda que não tenha saldo na dotação própria ou que a 
dotação não tenha sido prevista. Como exemplo, é o que ocorrerá se a 
administração pública reconhecer dívida correspondente a vários anos 
de diferenças em gratificações de servidores públicos em atividade. As 
despesas decorrentes da decisão referentes aos anos anteriores 
deverão ir à conta de despesas de exercícios anteriores, classificadas 
como despesas correntes; as dos meses do exercício financeiro corrente 
serão pagas no elemento de despesa próprio. 
Para o pagamento das despesas de exercícios anteriores, a despesa deve ser 
empenhada novamente, comprometendo, desse modo, o orçamento vigente à 
época do efetivo pagamento. Assim, há necessidade de nova autorização 
orçamentária. 
Importante: as Despesas de Exercícios Anteriores são despesas 
orçamentárias, pois seu pagamento ocorre à custa do Orçamento vigente. 
As dívidas de exercícios anteriores, que dependam de requerimento do 
favorecido, prescrevem em cinco anos, contados da data do ato ou fato que 
tiver dado origem ao respectivo direito. 
Ainda, segundo o § 1º do art. 22 do Decreto 93.872/86, o reconhecimento da 
obrigação de pagamento de despesas de exercícios anteriores cabe à 
autoridade competente para empenhar a despesa. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 11
Atenção: As despesas de exercícios anteriores não se confundem com restos a 
pagar, já que sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos 
anulados ou cancelados. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) Se, em 31 de dezembro, 
uma autarquia tiver indicações de que determinado serviço, contratado durante 
o exercício, já tenha sido prestado, mas o direito adquirido pelo credor ainda 
esteja em fase de verificação pelos órgãos técnicos, a despesa deverá ser 
considerada não liquidada, passível de inscrição em restos a pagar. 
Enquanto não ocorrer a verificação do implemento da condição prevista, não 
haverá o reconhecimento da liquidez do direito do credor, não podendo o 
empenho ser considerado liquidado. Define-se, assim, como uma despesa 
passível de inscrição em Restos a Pagar não-processados. Trata-se de 
despesas legalmente empenhadas, com indicações de que determinado 
serviço, contratado durante o exercício, já tenha sido prestado. Como não 
ocorreu a verificação dos órgãos técnicos sobre o recebimento de serviços no 
exercício de emissão do empenho, a despesa não foi liquidada e nem paga até 
31 de dezembro do mesmo exercício, sendo assim passível de inscrição em 
restos a pagar não-processados. 
Resposta: Certa. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 12
PARTE II – TÓPICOS SELECIONADOS DA LRF
1. GESTÃO FISCAL E TRANSPARÊNCIA 
A LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a 
responsabilidade na gestão fiscal, a qual pressupõe ação planejada e 
transparente, em que se previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar 
o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de 
resultados entre receitas e despesas e à obediência a limites e condições no 
que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da 
seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de 
crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição 
em Restos a Pagar. 
As disposições da LRF obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios. Nas referências à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, estão compreendidos o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste 
abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; 
bem como as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, 
fundações e empresas estatais dependentes. Ainda, a Estados entende-se 
considerado o Distrito Federal; e a Tribunais de Contas estão incluídos: 
Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, 
Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município. 
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a 
instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da 
competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada a 
realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal 
determinação no que se refere aos impostos. Assim, apesar dos requisitos 
essenciais da responsabilidade na gestão fiscal contemplarem os tributos, a 
vedação quanto as transferências voluntárias se refere apenas aos impostos. 
Adauto
Highlight
Adauto
Highlight
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 13
Ressalto que tal vedação não alcança as transferências voluntárias destinadas 
a ações de educação, saúde e assistência social. 
Caiu na prova: 
(CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) A Lei 
de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n° 101, de 04/05/2000), que 
estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na 
gestão fiscal, não se aplica: 
(A) a entidades da Administração Indireta dotadas de personalidade jurídica de 
direito privado. 
(B) a empresas públicas e sociedades de economia mista. 
(C) a empresas estatais independentes. 
(D) aos Poderes Judiciário e Legislativo. 
(E) ao Poder Judiciário e ao Ministério Público que se submetem ao controle do 
CNJ e do CNMP. 
As disposições da LRF obrigam a União, os Estados,o Distrito Federal e os 
Municípios. Nas referências à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, estão compreendidos o Poder Executivo, o Poder Legislativo, 
neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o 
Ministério Público; bem como as respectivas administrações diretas, 
fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes. Ainda, a 
Estados entende-se considerado o Distrito Federal; e a Tribunais de Contas 
estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, 
quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do 
Município. 
Logo, a LRF não se aplica às empresas estatais independentes. 
Resposta: Letra C 
Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da gestão fiscal, 
aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de 
acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 14
prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da 
Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões 
simplificadas desses documentos. 
A transparência será assegurada também mediante: 
• Incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, 
durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de 
diretrizes orçamentárias e orçamentos; 
• Liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em 
tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução 
orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. Os 
entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica 
o acesso a informações, quanto à despesa, referentes a todos os atos 
praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da 
despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima 
dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem 
fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária 
do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório 
realizado; e quanto à receita, referentes ao lançamento e o recebimento 
de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos 
extraordinários. 
• Adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que 
atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder 
Executivo da União. 
As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, 
durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico 
responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e 
instituições da sociedade. 
Caiu na prova: 
(ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) São instrumentos de transparência da 
gestão fiscal, exceto: 
a) os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 15
b) as prestações de contas. 
c) o relatório resumido da execução orçamentária, divulgado em versão 
simplificada. 
d) os limites da dívida pública. 
e) o incentivo à participação popular, mesmo durante a fase de elaboração e de 
discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
Os limites da dívida pública não são instrumentos de transparência da gestão 
fiscal. 
Resposta: Letra D 
2. GERAÇÃO DE DESPESA 
A geração de despesa se refere ao aumento de despesa por meio de criação, 
expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental. 
Consoante o art. 16 da LRF, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação 
governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: 
I – estimativa, com as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, do 
impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e 
nos dois subsequentes; 
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação 
orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com 
o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. 
O referido artigo ainda define despesa adequada com a LOA e despesa 
compatível com PPA e LDO. 
• Adequada com a LOA: a despesa objeto de dotação específica e 
suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que 
somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, 
previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites 
estabelecidos para o exercício; 
Adauto
Highlight
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 16
• Compatível com PPA e LDO: a despesa que se conforme com as 
diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos 
e não infrinja qualquer de suas disposições. 
Tais normas constituem condição prévia para empenho e licitação de serviços, 
fornecimento de bens ou execução de obras; bem como para desapropriação 
de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art. 182 da CF/88. A geração de 
despesas ou assunção de obrigações que não atendam o disposto nos arts. 16 
e 17 da LRF serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao 
patrimônio público. 
Ressalva-se dessas determinações a despesa considerada irrelevante, de 
acordo com o que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. 
3. DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO 
Algumas despesas são consideradas com maior potencial para causar danos 
ao equilíbrio das contas públicas do que outras. Para essas, a LRF estabeleceu 
regras mais rígidas para que se realizem ou sejam aumentadas, especialmente 
aquelas que se prolongarem por mais de dois exercícios, como as despesas 
obrigatórias de caráter continuado. 
Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a 
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo 
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um 
período superior a dois exercícios. Por exemplo, o aumento da remuneração de 
servidores públicos. 
Muita atenção que nos remeteremos várias vezes ao art. 17 da LRF, o qual 
ainda determina que são exigências para criação ou aumento das despesas 
obrigatórias de caráter continuado: 
Adauto
Highlight
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 17
• Atos que criarem as despesas ou as aumentarem deverão ser instruídos 
com estimativas do impacto orçamentário-financeiro, no exercício que 
deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; 
• Demonstração da origem dos recursos para seu custeio; 
• Comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não afetará as 
metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO; 
• Compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, pelo 
aumento permanente de receita ou pela redução permanente de 
despesa. 
Considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de 
alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou 
contribuição. Já a prorrogação de despesa criada por prazo determinado 
considera-se aumento da despesa. 
A despesa obrigatória de caráter continuado não será executada antes da 
implementação das medidas referidas, as quais integrarão o instrumento que a 
criar ou aumentar. Logo, o administrador público deverá implementar essas 
medidas antes da criação ou aumento das despesas obrigatórias de caráter 
continuado.No entanto, as despesas destinadas ao serviço da dívida e ao 
reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da 
CF/88 estão excluídas dessas regras. Tal inciso versa sobre a revisão geral 
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices da remuneração dos 
servidores e do subsídio de membro de Poder, de detentor de mandato eletivo, 
de Ministros de Estado e de Secretários Estaduais e Municipais. 
Caiu na prova: 
(FGV – Analista de Controle Interno/PE - 2008) Com relação à despesa 
pública, analise as afirmativas a seguir: 
I. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada 
de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixe para o ente a 
obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 18
II. Não é considerada aumento de despesa a prorrogação da despesa criada 
de acordo com as regras da LC 101/2000, ainda que por prazo determinado. 
III. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que 
acarrete aumento da despesa serão acompanhados, entre outras exigências, 
pela estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva 
entrar em vigor e nos dois subsequentes. 
Assinale: 
(A) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
I) Correto. É o conceito de despesa obrigatória de caráter continuado do art. 17 
da LRF. 
II) Errado. Considera-se aumento permanente de receita o proveniente da 
elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de 
tributo ou contribuição. Já a prorrogação de despesa criada por prazo 
determinado considera-se aumento da despesa. 
III) Correto. Atos que criarem as despesas ou as aumentarem deverão ser 
instruídos com estimativas do impacto orçamentário-financeiro, no exercício 
que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes. 
Logo, os itens I e III estão corretos. 
Resposta: Letra D 
4. RENÚNCIA DE RECEITAS 
A renúncia de receitas compreende anistia, remissão, subsídio, crédito 
presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota 
ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de 
tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento 
diferenciado. 
Adauto
Highlight
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 19
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público: 
• Anistia: é o benefício que visa excluir o crédito tributário na parte 
relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por 
infrações cometidas por este anteriormente à vigência da lei que a 
concedeu. A anistia não abrange o crédito tributário já em cobrança, em 
débito para com a Fazenda, cuja incidência também já havia ocorrido. 
• Remissão: é o perdão da dívida, que se dá em determinadas 
circunstâncias previstas na lei, tais como valor diminuto da dívida, 
situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver o débito, 
inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não 
compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber, 
erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, equidade, etc. Não 
implica em perdoar a conduta ilícita, concretizada na infração penal, nem 
em perdoar a sanção aplicada ao contribuinte. Contudo, não se 
considera renúncia de receita o cancelamento de débito cujo montante 
seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança. 
• Subsídio: é um incentivo do Estado a determinadas situações de 
interesse público. Por exemplo, para aquisição de casa própria para a 
população de renda mensal inferior a três salários mínimos. 
• Crédito presumido: é aquele que representa o montante do imposto 
cobrado na operação anterior e objetiva neutralizar o efeito de 
recuperação dos impostos não-cumulativos, pelo qual o Estado se 
apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da 
mercadoria. É o caso dos créditos referentes a mercadorias e serviços 
que venham a ser objeto de operações e prestações destinadas ao 
exterior. Todavia, não é considerada renúncia de receita o crédito real 
ou tributário do ICMS previsto na legislação instituidora do tributo. 
• Isenção: é a espécie mais usual de renúncia e define-se como a 
dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido. 
• Redução da base de cálculo: é o incentivo fiscal através do qual a lei 
modifica para menos sua base tributável por meio da exclusão de 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 20
qualquer de seus elementos constitutivos. Pode ocorrer isoladamente ou 
associada a uma redução de alíquota, expressa na aplicação de um 
percentual de redução. 
Ainda, outras situações podem caracterizar renúncia de receitas e não apenas 
as listadas, já que o conceito compreende também outros benefícios que 
correspondam a tratamento diferenciado. Por exemplo, segundo o art. 146 da 
CF/88, cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de 
legislação tributária, especialmente sobre adequado tratamento tributário ao ato 
cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
Segundo o art. 14 da LRF, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício 
de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar 
acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício 
em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na 
lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes 
condições: 
• Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na 
estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12 
(estudamos em previsões da Receita) e de que não afetará as metas de 
resultados fiscais previstas no anexo próprio da LDO; ou 
• Estar acompanhada de medidas de compensação, no período 
mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação 
de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de 
tributo ou contribuição. Neste caso, o benefício só entrará em vigor 
quando implementadas as medidas citadas. 
Cuidado: a LRF é taxativa, logo medidas como diminuição de despesas ou 
aumento de fiscalização contra a sonegação não são medidas de 
compensação. 
O disposto acima não se aplica às alterações das alíquotas dos impostos de 
importação de produtos estrangeiros (II), de exportação, para o exterior, de 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 21
produtos nacionais ou nacionalizados (IE), de produtos industrializados (IPI), de 
operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários (IOF) e ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao 
dos respectivos custos de cobrança. 
Caiu na prova: 
(FCC – APOFP/SP – 2010) A Lei de Responsabilidade Fiscal disciplina a 
renúncia de receitas. Não se considera renúncia de receita: 
(A) a imunidade. 
(B) a remissão. 
(C) a anistia. 
(D) o crédito presumido. 
(E) a isenção em caráter não geral. 
A renúncia de receitas compreende anistia,remissão, subsídio, crédito 
presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de 
alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada 
de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a 
tratamento diferenciado. 
Logo, a imunidade não é considerada renúncia de receita. 
Resposta: Letra A 
5. DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR 
PRIVADO 
Segundo o art. 26 da LRF, a destinação de recursos para, direta ou 
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas 
jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento 
ou em seus créditos adicionais. Tal regra se aplica a toda a administração 
indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais, exceto, no exercício 
Adauto
Highlight
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 22
de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do 
Brasil. 
 
Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e 
refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição de 
dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou 
aumento de capital. 
Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, 
inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema 
Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de 
recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário. Isso 
significa que o Poder Executivo não pode socorrer os bancos sem passar pelo 
parlamento. No entanto, tal vedação não proíbe o Banco Central do Brasil de 
conceder às instituições financeiras operações de redesconto e de 
empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias. 
6. TRANSFERÊNCIAS 
6.1 Considerações Iniciais 
Compreendem a entrega de recursos de um ente transferidor a outro 
beneficiário ou recebedor. Podem ser voluntárias ou obrigatórias, as quais são 
decorrentes de determinação constitucional ou legal. 
Atenção: as transferências intergovernamentais ocorrem entre esferas distintas 
de governo, não guardando relação, portanto, com as operações 
intraorçamentárias. 
6.2 Transferências Obrigatórias 
São operações especiais de transferências intergovernamentais que são 
arrecadadas por um ente, mas devem ser transferidas a outros entes por 
Adauto
Highlight
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 23
disposição constitucional ou legal. Exemplos de transferências constitucionais: 
Fundo de Participação dos Municípios - FPM, Fundo de Compensação pela 
Exportação de Produtos Industrializados – FPEX. Exemplos de transferências 
Legais: transferências da Lei Complementar nº 87/96 (Lei Kandir), 
transferências do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), 
como as destinadas ao Apoio ao Transporte Escolar para a Educação Básica. 
6.3 Transferências Voluntárias 
6.3.1 Conceito e Exigências 
São operações especiais em que ocorre a entrega de recursos correntes ou de 
capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou 
assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal 
ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. 
São exigências para a realização de transferência voluntária, além das 
estabelecidas na LDO: 
a) Existência de dotação específica; 
b) Observância do disposto no inciso X do art. 167 da CF, o qual veda a 
transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive 
por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas 
instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, 
inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
c) Comprovação, por parte do beneficiário, de: 
• Que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e 
financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à 
prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos; 
• Cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde; 
• Observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de 
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição 
em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal; 
• Previsão orçamentária de contrapartida. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 24
É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da 
pactuada. Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências 
voluntárias constantes da LRF, excetuam-se aquelas relativas a ações de 
educação, saúde e assistência social. 
6.3.2 Transferências Voluntárias e Descentralização 
A execução de despesas mediante descentralização a outro ente da 
Federação processar-se-á de acordo com os mesmos procedimentos adotados 
para as transferências voluntárias, ou seja, empenho, liquidação e pagamento 
na unidade descentralizadora do crédito orçamentário e inclusão na receita e 
na despesa do ente recebedor dos recursos objeto da descentralização, 
identificando-se como recursos de convênios ou similares. 
No entanto, ao contrário das transferências voluntárias realizadas aos demais 
entes da Federação que, via de regra, devem ser classificadas como 
operações especiais, as descentralizações de créditos orçamentários devem 
ocorrer em projetos ou atividades. Assim, nas transferências voluntárias 
devem ser utilizados os elementos de despesas típicos destas, 41-
Contribuições e 42-Auxílios, enquanto nas descentralizações devem ser 
usados os elementos denominados típicos de gastos, como 30 - Material de 
Consumo, 39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica, 51 - Obras e 
Instalações, 52 - Material Permanente, etc. 
6.3.3 Convênios 
O convênio é o principal instrumento de transferência utilizado pela 
Administração Federal para descentralizar obrigações em cooperação com 
Estados, Municípios ou iniciativa privada. É o instrumento que disciplina os 
compromissos que devem reger as relações de dois ou mais participantes que 
tenham interesse em atingir um objetivo comum, mediante a formação de 
uma parceria. Assim, o convênio formaliza um acordo de vontades entre 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 25
entidades do setor público e, ocasionalmente, entre entidades do setor público 
e instituições do setor privado, com vistas à realização de programas de 
trabalho ou de eventos de interesse recíproco, em regime de mútua 
cooperação. 
Um dos artigos mais importantes relacionados aos convênios é o art. 116 da 
Lei 8.666/93, a qual regulamenta o art. 37, inciso XXI, da CF/88, institui normas 
para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. 
O art. 116 determina que se apliquem as disposições da Lei 8.666/93, no que 
couberem, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres 
celebrados por órgãos e entidades da Administração. 
A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da 
Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano de 
trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no 
mínimo, as seguintes informações: 
I - identificação do objetoa ser executado; 
II - metas a serem atingidas; 
III - etapas ou fases de execução; 
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros; 
V - cronograma de desembolso; 
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão 
das etapas ou fases programadas; 
VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de 
que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão 
devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair 
sobre a entidade ou órgão descentralizador. 
Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador dará ciência do mesmo à 
Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva. As parcelas do 
convênio serão liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicação 
aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o 
saneamento das impropriedades ocorrentes: 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 26
• Quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da 
parcela anteriormente recebida, na forma da legislação aplicável, 
inclusive mediante procedimentos de fiscalização local, realizados 
periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou 
pelo órgão competente do sistema de controle interno da Administração 
Pública; 
• Quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, 
atrasos não justificados no cumprimento das etapas ou fases 
programadas, práticas atentatórias aos princípios fundamentais de 
Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na 
execução do convênio, ou o inadimplemento do executor com relação a 
outras cláusulas conveniais básicas; 
• Quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas 
pelo partícipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo 
sistema de controle interno. 
A aplicação de saldos de convênio, enquanto não utilizados, varia com a 
previsão de sua utilização. Serão obrigatoriamente aplicados: 
• Com previsão de seu uso igual ou superior a um mês: em cadernetas 
de poupança de instituição financeira oficial. 
• Com previsão de uso em prazos menores que um mês: em fundo de 
aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto 
lastreada em títulos da dívida pública. 
As receitas financeiras auferidas com tais rendimentos serão obrigatoriamente 
computadas a crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de 
sua finalidade, devendo constar de demonstrativo específico que integrará as 
prestações de contas do ajuste. 
Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo ou 
ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das 
receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 27
entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo improrrogável de 30 
(trinta) dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas 
especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão 
ou entidade titular dos recursos. 
Caiu na prova: 
(ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) A respeito dos 
recursos transferidos mediante convênios, enquanto não utilizados, é correto 
afirmar: 
a) a aplicação no mercado financeiro está condicionada à autorização formal 
do concedente e os rendimentos devem ser aplicados no objeto do convênio. 
b) a aplicação somente é permitida em operações de mercado aberto 
lastreadas em títulos da dívida pública e os rendimentos devem ser aplicados 
no objeto do convênio. 
c) os rendimentos da aplicação poderão, a critério das partes, ser aplicados em 
outro objeto correlato desde que o valor não exceda o valor desse objeto. 
d) por se tratar de recursos destinados ao cumprimento de políticas públicas, a 
sua aplicação no mercado financeiro é vedada por lei. 
e) devem ser aplicados em caderneta de poupança de instituições financeiras 
públicas, se a previsão de seu uso for igual ou superior a um mês. 
A aplicação de saldos de convênio, enquanto não utilizados, varia com a 
previsão de sua utilização. Serão obrigatoriamente aplicados: 
• Com previsão de seu uso igual ou superior a um mês: em cadernetas 
de poupança de instituição financeira oficial. 
• Com previsão de uso em prazos menores que um mês: em fundo de 
aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto 
lastreada em títulos da dívida pública. 
a) Errada. Possuem aplicações obrigatórias de acordo com a previsão de uso, 
não necessitando de autorização formal do concedente. 
b) Errada. A aplicação varia com sua previsão de uso. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 28
c) Errada. As receitas financeiras auferidas com tais rendimentos serão 
obrigatoriamente computadas a crédito do convênio e aplicadas, 
exclusivamente, no objeto de sua finalidade, devendo constar de 
demonstrativo específico que integrará as prestações de contas do ajuste. 
d) Errada. Possuem aplicações obrigatórias no mercado financeiro de acordo 
com a previsão de uso. 
e) Correta. Serão obrigatoriamente aplicados, com previsão de seu uso igual 
ou superior a um mês: em cadernetas de poupança de instituição financeira 
oficial. 
Resposta: Letra E 
7. PRESTAÇÕES DE CONTAS 
A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em relação 
à previsão, destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das 
receitas e combate à sonegação, as ações de recuperação de créditos nas 
instâncias administrativa e judicial, bem como as demais medidas para 
incremento das receitas tributárias e de contribuições. 
As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas 
próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e 
do Chefe do Ministério Público, receberão parecer prévio, separadamente, do 
respectivo Tribunal de Contas. Será dada ampla divulgação dos resultados da 
apreciação das contas, julgadas ou tomadas. 
As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito: 
• da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos 
Tribunais Superiores, consolidando as dos respectivos tribunais; 
• dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando 
as dos demais tribunais. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 29
Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas no 
prazo de sessenta dias do recebimento, se outro não estiver estabelecido nas 
constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais. O parecer sobre as 
contas dos Tribunais de Contas será proferido no mesmo prazo pela comissão 
mista de Orçamento ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e 
municipais. 
No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham menos de 
duzentos mil habitantes o prazo será de cento e oitenta dias. 
Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso enquanto existirem contas de 
Poder, ou órgão, pendentes de parecer prévio. 
Seguem agora o memento, as questões comentadas e depois o 3° simulado 
referente a esta aula. Serão mais 30 questões de concursos anteriores 
somente do CESPE e apenas dos últimos dois anos. 
Ao final, trataremos das questões discursivas.CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 30
MEMENTO AULA 9 
RESTOS A PAGAR 
Consideram-se Restos a Pagar ou resíduos passivos as despesas empenhadas mas não pagas dentro do 
exercício financeiro. 
São despesas extraorçamentárias e integram a programação financeira do exercício em curso. 
Os Restos a Pagar, excluídos os serviços da dívida, constituem-se em modalidade de dívida pública 
flutuante e são registradas por exercício e por credor, distinguindo-se: 
• Despesas processadas: referem-se a empenhos executados e liquidados, prontos para o pagamento; 
• Despesas não-processadas: empenhos em plena execução, logo não existe ainda direito líquido e 
certo do credor. 
Na Contabilidade Pública, na estrutura do balanço financeiro, os Restos a Pagar são classificados como 
receitas extraorçamentárias, para que na contrapartida, quando forem pagos, sejam classificados como 
despesas extraorçamentárias. 
Os valores inscritos em Restos a Pagar deverão ser pagos durante o exercício financeiro subsequente, ou seja, 
até 31/12 do ano seguinte à realização do empenho. Após esta data, os saldos remanescentes serão 
automaticamente cancelados, pois a reinscrição de empenhos em Restos a pagar é vedada. 
Segundo a LRF, é vedado ao titular de Poder ou órgão, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, 
contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a 
serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Na 
determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar 
até o final do exercício. 
Os empenhos referentes a despesas já liquidadas e não pagas, assim como os empenhos não-anulados, serão 
automaticamente inscritos em Restos a Pagar no encerramento do exercício pelo valor devido ou, se não 
conhecido, pelo valor estimado. 
Os Restos a Pagar processados não podem ser cancelados. 
O empenho da despesa não liquidada será considerado anulado em 31/12 salvo quando: 
Vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida; 
Vencido o prazo do item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou seja de interesse da 
Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor; 
Se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 31
Corresponder a compromissos assumidos no exterior. 
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 
As Despesas de Exercícios Anteriores são dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios 
financeiros anteriores àqueles em que ocorrerão os pagamentos. 
Poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, 
obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. 
São despesas orçamentárias, pois seu pagamento ocorre à custa do Orçamento vigente. 
São as despesas relativas a: 
• Exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo 
suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, 
• Restos a Pagar com prescrição interrompida; 
• Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente. 
As dívidas de exercícios anteriores, que dependam de requerimento do favorecido, prescrevem em cinco 
anos, contados da data do ato ou fato que tiver dado origem ao respectivo direito. 
GESTÃO FISCAL E INSTRUMENTOS DE TRANSPARÊNCIA 
A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e 
corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de 
resultados entre receitas e despesas e à obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, 
geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações 
de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. 
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva 
arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada 
a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal determinação no que se refere aos 
impostos. Tal vedação não alcança as transferências voluntárias destinadas a ações de educação, saúde e 
assistência social. 
São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em 
meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações 
de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de 
Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. 
A transparência será assegurada também mediante: 
Incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e 
discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 32
Liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações 
pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. 
Adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de 
qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União. 
GERAÇÃO DE DESPESA 
Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou 
assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17 da LRF. 
Consoante o art. 16, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete 
aumento da despesa será acompanhado de: 
I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois 
subsequentes; 
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a 
LOA e compatibilidade com o PPA e com a LDO. 
Despesa adequada com a LOA e compatível com PPA e LDO 
Despesa adequada com a LOA: a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida 
por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, 
previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício; 
Despesa compatível com PPA e LDO: a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e 
metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições. 
DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO 
São as despesas correntes derivadas de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para 
o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. 
São exigências para criação ou aumento das despesas obrigatórias de caráter continuado: 
• Atos que criarem as despesas ou as aumentarem deverão ser instruídos com estimativas do impacto 
orçamentário-financeiro, no exercício que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; 
• Demonstração da origem dos recursos para seu custeio; 
• Comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não afetará as metas de resultados fiscais 
previstas no anexo de metas fiscais da LDO; 
• Compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodosseguintes, pelo aumento permanente de 
receita ou pela redução permanente de despesa. 
Não será executada antes da implementação das medidas referidas, as quais integrarão o instrumento que a 
criar ou aumentar. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 33
As destinadas ao serviço da dívida e ao reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o 
inciso X do art. 37 da CF/88 estão excluídas dessas regras. 
Considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de 
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. Já a prorrogação de despesa criada por prazo 
determinado considera-se aumento da despesa. 
DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO 
Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as 
respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em 
constituição ou aumento de capital. 
A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de 
pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na LDO e estar 
prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. Tal regra se aplica a toda a administração indireta, 
inclusive fundações públicas e empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as 
instituições financeiras e o Banco Central do Brasil. 
TRANSFERÊNCIAS 
Obrigatórias: são operações especiais de transferências intergovernamentais que são arrecadadas por um 
ente, mas devem ser transferidas a outros entes por disposição constitucional ou legal. 
Voluntárias: são operações especiais em que ocorre a entrega de recursos correntes ou de capital a outro 
ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação 
constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. 
São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na LDO: 
Existência de dotação específica; 
Observância do disposto no inciso X do art. 167 da CF/88, o qual veda a transferência voluntária de recursos 
e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e 
suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Comprovação, por parte do beneficiário, de: 
• Que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente 
transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos; 
• Cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde; 
• Observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por 
antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal; 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 34
• Previsão orçamentária de contrapartida. 
É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada. Para fins da aplicação das 
sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes da LRF, excetuam-se aquelas relativas a ações 
de educação, saúde e assistência social. 
Convênios 
É o instrumento que disciplina os compromissos que devem reger as relações de dois ou mais participantes 
que tenham interesse em atingir um objetivo comum, mediante a formação de uma parceria. 
A aplicação de saldos de convênio, enquanto não utilizados, varia com a previsão de sua utilização. Serão 
obrigatoriamente aplicados: 
Com previsão de seu uso > ou = um mês: em cadernetas de poupança de instituição financeira oficial. 
Com previsão de uso < um mês: em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado 
aberto lastreada em títulos da dívida pública. 
As receitas financeiras auferidas com tais rendimentos serão obrigatoriamente computadas a crédito do 
convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de sua finalidade, devendo constar de demonstrativo 
específico que integrará as prestações de contas do ajuste. 
RENÚNCIA DE RECEITAS 
Compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, 
alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou 
contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. 
A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de 
receita deverá: 
Estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua 
vigência e nos dois seguintes; atender ao disposto na LDO e a pelo menos uma das seguintes condições: 
• Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei 
orçamentária, na forma do art. 12 da LRF e de que não afetará as metas de resultados fiscais 
previstas no anexo próprio da LDO. 
• Estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado, por meio do aumento de 
receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de 
tributo ou contribuição. Neste caso, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as 
medidas citadas. 
O disposto acima não se aplica às alterações das alíquotas de II, IE, IPI, IOF e ao cancelamento de débito 
cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 35
QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 
1) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Quando do pagamento de 
Restos a Pagar referente a uma despesa qualquer, empenhada pelo valor 
estimado, verificou-se que o valor real a ser pago era superior ao valor inscrito. 
Nesse caso, a diferença a maior deverá ser: 
a) empenhada à conta do orçamento vigente, para ser paga no exercício 
subsequente. 
b) inscrita em Restos a Pagar do exercício vigente. 
c) empenhada à conta de Despesas de Exercícios Anteriores. 
d) inscrita em Restos a Pagar do exercício da inscrição original. 
e) empenhada e paga à conta do orçamento do exercício da inscrição original. 
2) (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) Se, em 31 de 
dezembro, uma autarquia tiver indicações de que determinado serviço, 
contratado durante o exercício, já tenha sido prestado, mas o direito adquirido 
pelo credor ainda esteja em fase de verificação pelos órgãos técnicos, a 
despesa deverá ser considerada não liquidada, passível de inscrição em restos 
a pagar. 
3) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) A 
Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n° 101, de 04/05/2000), que 
estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na 
gestão fiscal, não se aplica: 
(A) a entidades da Administração Indireta dotadas de personalidade jurídica de 
direito privado. 
(B) a empresas públicas e sociedades de economia mista. 
(C) a empresas estatais independentes. 
(D) aos Poderes Judiciário e Legislativo. 
(E) ao Poder Judiciário e ao Ministério Público que se submetem ao controle do 
CNJ e do CNMP. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 36
4) (ESAF – Procurador– TCE/GO - 2007) São instrumentos de transparência 
da gestão fiscal, exceto: 
a) os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias. 
b) as prestações de contas. 
c) o relatório resumido da execução orçamentária, divulgado em versão 
simplificada. 
d) os limites da dívida pública. 
e) o incentivo à participação popular, mesmo durante a fase de elaboração e de 
discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
5) (FGV – Analista de Controle Interno/PE - 2008) Com relação à despesa 
pública, analise as afirmativas a seguir: 
I. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada 
de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixe para o ente a 
obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. 
II. Não é considerada aumento de despesa a prorrogação da despesa criada 
de acordo com as regras da LC 101/2000, ainda que por prazo determinado. 
III. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que 
acarrete aumento da despesa serão acompanhados, entre outras exigências, 
pela estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva 
entrar em vigor e nos dois subsequentes. 
Assinale: 
(A) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
6) (FCC – APOFP/SP – 2010) A Lei de Responsabilidade Fiscal disciplina a 
renúncia de receitas. Não se considera renúncia de receita: 
(A) a imunidade. 
(B) a remissão. 
(C) a anistia. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 37
(D) o crédito presumido. 
(E) a isenção em caráter não geral. 
7) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) A respeito 
dos recursos transferidos mediante convênios, enquanto não utilizados, é 
correto afirmar: 
a) a aplicação no mercado financeiro está condicionada à autorização formal 
do concedente e os rendimentos devem ser aplicados no objeto do convênio. 
b) a aplicação somente é permitida em operações de mercado aberto 
lastreadas em títulos da dívida pública e os rendimentos devem ser aplicados 
no objeto do convênio. 
c) os rendimentos da aplicação poderão, a critério das partes, ser aplicados em 
outro objeto correlato desde que o valor não exceda o valor desse objeto. 
d) por se tratar de recursos destinados ao cumprimento de políticas públicas, a 
sua aplicação no mercado financeiro é vedada por lei. 
e) devem ser aplicados em caderneta de poupança de instituições financeiras 
públicas, se a previsão de seu uso for igual ou superior a um mês. 
GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 
C C C D D A E 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 38
TERCEIRO SIMULADO
1) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) De acordo com a LRF, a 
contratação de serviços, por meio de licitação, que acarrete aumento de 
despesa deve vir precedida de demonstrativo da estimativa do impacto 
orçamentáriofinanceiro apenas do exercício em que deva entrar em vigor a 
referida despesa, bem como da declaração de responsabilidade do ordenador 
de despesa. 
2) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) Os 
instrumentos de transparência, relativos a planejamento, execução e controle 
da gestão fiscal incluem o relatório resumido da execução orçamentária e o 
relatório de gestão fiscal. Além disso, durante os processos de elaboração e 
discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos deve haver 
incentivo à participação popular e realização de audiências públicas. 
3) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) 
Para firmar um convênio com o governo federal a fim de receber recursos para 
a realização de um projeto de assistência social que envolva somente recursos 
correntes, é suficiente que um Município comprove ter cumprido com os limites 
constitucionais relativos à educação e à saúde; ter observado os limites das 
dívidas consolidada e mobiliária e de despesa total com pessoal; e ter previsto, 
em seu orçamento, uma contrapartida para a despesa. 
4) (CESPE – Assessor Técnico de Controle e Administração – TCE/RN – 2009) 
É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não 
observe os requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal em 
relação aos impostos de sua competência constitucional. 
5) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) 
A LDO somente deve demonstrar, de forma regionalizada, o efeito decorrente 
de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, 
tributária e creditícia. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 39
6) (CESPE – AFCE - TCU - 2008) No mínimo sessenta dias antes do prazo 
final para a remessa da proposta do orçamento, o Poder Executivo deve 
colocar à disposição dos Poderes Legislativos e Judiciário, do TCU e do 
Ministério Público as estimativas das receitas para o exercício subsequente e 
as respectivas memórias de cálculos, devendo a concessão ou ampliação de 
benefício de natureza tributária, da qual decorra renúncia de receita, ser 
acompanhada de estimativa do impacto orçamentário financeiro no exercício 
de sua vigência. 
7) (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) As eventuais receitas 
financeiras auferidas com a aplicação dos recursos de convênios, enquanto 
não utilizadas nos respectivos objetos, serão devolvidas ou revertidas 
exclusivamente às atividades-fim dos órgãos e entidades beneficiárias. 
8) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) Se um incentivo ou 
benefício de natureza tributária do qual decorre renúncia da receita é ampliado, 
dispensa-se a estimativa do impacto orçamentário-financeiro, fornecida 
anteriormente, no momento da concessão. 
9) (CESPE – Administrador – Ministério dos Esportes - 2008) Para um 
município instituir um serviço permanente de atendimento telefônico, a fim de 
prestar informações turísticas locais, a prefeitura municipal deverá, antes, fazer 
uma estimativa do custo total do serviço para o ano em curso e para os dois 
anos seguintes, além de demonstrar que a despesa adicional será 
compensada pelo aumento permanente de receitas ou pela diminuição 
permanente de outras despesas. 
10) (CESPE – Agente e Escrivão – Polícia Federal – 2009) A despesa 
orçamentária que percorre os estágios de empenho e liquidação pode ser 
inscrita como restos a pagar, que não podem, nesse caso, ser cancelados. 
 
CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 40
11) (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) A inscrição em restos 
a pagar de despesas, ainda que não liquidadas, deve ser efetuada, por serem 
de competência do exercício, quando, prestado o serviço ou entregue o 
material até 31 de dezembro, ainda se esteja verificando o direito do credor, ou, 
então, o prazo para o cumprimento da obrigação assumida pelo credor estiver 
vigendo. 
12) (CESPE – TFCE - TCU – 2009) O atendimento de despesas de exercícios 
anteriores poderá ser feito mediante a reabertura de créditos adicionais, desde 
que aprovados nos quatro últimos meses do exercício

Continue navegando