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INTRODUÇÃO 
No dia 27 de Março de 2018, no laboratório de Patologia do Hospital Veterinário da Universidade de Marilia- UNIMAR, foi realizada uma aula prática pelos alunos do 5º termo B de Medicina Veterinária, da Universidade de Marília, com o auxílio da monitora Gabriela Brambilla e sob a supervisão da Prof. (a) Dr. Camila Dias Porto.
Foram aplicados os métodos ensinados sobre a técnica de necropsia com o auxílio dos instrumentos adequados, proporcionando o estudo aprofundado do defunto e seus conjuntos e a observação das características macroscópicas acometidas pelos animais post-mortem. 
O animal utilizado foi um macho, da raça canina, SRD, de pelagem marrom, porte grande, animal da zoonose. 
O exame metódico do animal morto pode ser denominado necropsia (do grego necros, que significa corpo morto, e opsis, que diz respeito à observação). A necropsia é um conjunto de procedimentos, organizado e hierarquizado, utilizado para examinar um cadáver na busca de informações que possibilitem conhecer as alterações que o levaram a morte, e podendo ser empregados aos procedimentos dessa natureza, realizados em cadáveres das diferentes espécies de animais (VIEIRA et al., 2002). 
A necropsia pode confirmar refutar, esclarecer, modificar ou estabelecer o diagnóstico. Numerosos erros podem ser evitados ou corrigidos se a necropsia for realizada (BARROS, 1998).
 É uma técnica de diagnóstico de valor inestimável a todo profissional que trabalha com saúde animal. Há vários tipos de técnicas de necropsia, não sendo o mesmo procedimento que se aplica a um cadáver de pequeno porte para um cadáver de grande porte, ele deve ter em conta aspectos como: autorização do proprietário; determinar se a morte ocorreu de forma natural, sempre deve ser realizado por um patologista (FILLA et al., 2016).
O melhor momento para a realização da necropsia é imediatamente logo após a morte do animal. Entretanto, quando isso não é possível, é importante analisar os fatores que induzem as alterações post-mortem, tendo em vista que a matéria orgânica morta é submetida a uma contínua transformação até chegar a uma dissolução ou liquefação (SANTOS, 1986). 
A necropsia pode ser completa ou parcial. Na completa se realiza o exame cuidadoso de todos os órgãos para estabelecer, após estudo, a enfermidade principal, a causa mortis e os achados relacionados. Na parcial a secção é realizada em parte do cadáver para verificar ou não determinada lesão. Necropsia cosmética ou estética compreende o procedimento completo ou parcial, com desfiguração mínima do cadáver, que é recomposto, suturado e preparado para a devolução ao proprietário após a realização do exame. Já a verificação de óbito (VO) é a necropsia completa ou parcial que se realiza com o único objetivo de estabelecer a causa mortis (MOURA et al., 2015).
Este exame é realizado a partir da utilização de uma sequência de técnicas, estas, que variam de acordo com cada profissional. Existem vários tipos de necropsia, entre eles estão: 
Necropsia completa: avaliação de todos os conjuntos do monobloco;
Necropsia incompleta: avaliação de um sistema ou conjunto em específico;
Necropsia forense: avaliação de todos os conjuntos do monobloco por um perito. 
OBJETIVO
O objetivo da aula prática foi realizar a associação do aprendizado teórico ao prático, na área de anatomia patológica; nesta aula foram abordadas as técnicas de necropsia de pequenos animais e todos os cuidados envolvidos nesta junto com a formação de um diagnóstico, diferenciando o que aconteceu em vida e post-mortem, sendo assim possível identificar as condições exatas que levaram o animal a óbito.
3. TÉCNICA DE NECROPSIA 
3.1 MATERIAIS
- Bacia com água;
- Barbante para fixar o cadáver à mesa;
- Costótomo;
- Enterótomo;
- Esponja; 
- Faca Magarefe;
- Faca Reta;
- Frasco com água;
- Frasco com fixador (formol à 10%);
- Formão;
- Martelo;
- Pinça Anatômica Dente de Rato;
- Pinça Anatômica sem Dente;
- Serra de Arco;
- Tábua;
- Tesoura Fina – Fina – Reta;
- Tesoura de Ponta Fina – Romba – Reta;
- Tesoura Romba – Curva;
3.1.1 PARAMENTAÇÃO 
- Luvas de látex; 
- Macacão; 
- Máscara (opcionais)
- Retirar anéis, relógios ou outros acessórios;
- Sapato fechado (botas de borracha); 
3.2 MÉTODOS
3.2.1 EXAME EXTERNO
É o primeiro processo da técnica de necropsia, onde o estado geral do animal deverá ser analisado, como raça, espécie, idade, peso, sexo, estado nutricional, marcas característica e rigidez. Além disso devemos analisar a pele do animal como a coloração, pigmentação, elasticidade, umidade, parasitas, lesões. Se for uma fêmea devemos nos atentarmos as mamas: número, falhas, defeitos; e no caso de machos, o escroto: número de testículos, tamanho e possíveis alterações.
3.2.2 POSICIONAMENTO
Recomenda-se que o cadáver fique posicionado com a cabeça à esquerda do necropsista, quando destro, para facilitar o processo. O animal posicionado em decúbito dorsal é amarrado junto à mesa, com barbantes posicionados acima das articulações do carpo e tarso, onde a fixação é realizada, primeiramente, no membro torácico direito e em seguida no membro pélvico esquerdo, aumentando a estabilização do animal à mesa, posteriormente é feita a fixação dos membros restantes, de forma que fiquem esticados o suficiente para realização eficaz da necropsia.
A posição do animal pode variar conforme a espécie e necessidade, sendo em regra gerais, as seguintes:
 • Cães, gatos e suínos jovens: decúbito dorsal.
 • Ruminantes: decúbito lateral esquerdo.
 • Equinos: decúbito lateral direito.
Fonte: www.evz.ufg.br
3.2.3 EXAME INTERNO
Com o auxílio da esponja, o cadáver deverá ser molhado, afim de que os pelos não danifiquem o corte da faca. Deverá ser realizada uma incisão mento – pubiana superficial com o auxílio da faca de magarefe. Se o cadáver for fêmea, a vulva deverá ser contornada, e se for macho, contornar e rebater o pênis junto à porção caudal do animal.
Com a faca de magarefe, realizar uma pequena incisão abdominal logo após a cartilagem Xifóide, nesta incisão deverão ser introduzidos os dedos médio e indicador, que servirão como guia para a faca de magarefe, e continuar a incisão muscular pela linha Alba até o púbis. Posteriormente deve-se seguir dissecando a pele e o subcutâneo da região submandibular até o púbis.
Antes de realizar a desarticulação das articulações costocondrais, deve-se suspender o plastrão e realizar uma pequena incisão no diafragma, afim de realizar o teste de pressão negativa do tórax.
Com o auxílio do costótomo, todas as articulações costocondrais deverão ser desarticuladas do ponto de fixação das costelas, e em seguida cortar os ramos caudal e cranial do púbis, guiando-se pela região dos forames obturador. Feito isso, púbis e o plastrão deverão ser retirados. Para a retirada do plastrão, deve-se cortar a porção semi circular ventral do diafragma com a faca de magarefe.
Ainda com a faca de magarefe, realizar duas incisões junto aos ramos laterais da mandíbula, seccionando a musculatura local. Com o dedo indicador, deve-se inverter e retirar a língua, e com uma incisão em “V” invertida, na inserção dos palatos, desarticular o osso hioide em qualquer um de seus ramos para dar início a remoção do monobloco.
Em seguida, a traqueia e o esôfago deverão ser retirados entre as fáscias musculares cervicais até o início da cavidade torácica, onde outra incisão em “V” invertido deverá ser realizada. Feito isso, o monobloco deve ser puxado para que ele se desprenda em toda a extensão torácica até o diafragma. O diafragma deverá ser seccionado na porção semi-circular dorsal, e realizar uma pequena incisão no rim direito, para que após a remoção total do monobloco, seja possível posicioná-lo de forma que o animal esteja em posição de estação, e então, continuar seccionando o conjunto abdominal paralelamente a coluna vertebral até a cavidade pélvica.
A cavidade pélvica, deverá ser contornadajunto com a genitália externa e anus, usando a abertura realizada anteriormente no púbis como guia, afim de que o monobloco seja inteiramente retirado do cadáver.
As articulações devem ser examinadas através de uma incisão da pele juntamente a região de união dos ossos, para que seja possível observá-la. Os linfonodos submandibulares, pré-escapulares e poplíteos deverão ser examinados através de uma incisão realizada em cima dos mesmos, e em seguida faz-se a avaliação da musculatura esquelética diferenciando as possíveis alterações cadavéricas das ante-mortém.
Posteriormente, a cabeça deverá ser retirada e para realizar este processo é necessário fazer a desarticulação da articulação atlanto occipital e em seguida deve-se descartar o cadáver. 
4. SEPARAÇÃO DO MONOBLOCO
O monobloco deverá ser posicionado em posição ventro dorsal (animal em posição de estação) e então iniciar a separação dos conjuntos.
Com auxílio de uma tesoura, deve-se realizar uma pequena abertura na porção cranial da artéria Aorta, seguindo até a bifurcação das renais. Feito isso, a Aorta deverá ser retirada
Em seguida, separa-se o primeiro conjunto que é constituído por: língua, faringe, laringe, tonsilas palatinas, traqueia, esôfago, pleura, pulmões e coração. O esôfago deverá ser seccionado na região do hilo diafragmático.
Invertendo a posição do monobloco, o segundo conjunto que é constituído pelo baço e epíplon deverá ser separado junto à curvatura maior do estomago, contornando o pâncreas.
O terceiro conjunto é composto pelos intestinos: duodeno, jejuno, íleo, ceco, colon e reto. Para realizar a separação deste conjunto, deve-se realizar uma dupla ligadura com barbante na região do duodeno logo após o pâncreas e no reto, realizando então a secção do pedículo mesentérico liberando o conjunto.
Para a separação do quarto conjunto que é constituído por: diafragma, estômago, pâncreas, fígado e vesícula biliar, deve-se localizar as glândulas adrenais e secciona-se os tecidos localizados acima delas. Este processo já irá realizar a separação do quinto conjunto que é constituído pelas glândulas adrenais, rins, ureteres e uretra, útero e vagina no caso das fêmeas ou próstata, pênis e testículos no caso dos machos.
Agora, dá-se início ao exame dos conjuntos, que deve ser realizado com o auxílio da faca reta.
4.1 Primeiro Conjunto
Iniciando pela língua, deve ser realizada uma incisão longitudinal por toda sua extensão, cortar a musculatura local e realizar o exame de laringe, faringe e tonsilas palatinas.
 O esôfago deve ser seccionado para examinar a mucosa do mesmo e verificar se há algum conteúdo dentro do mesmo. Em seguida, deve-se seccionar a traqueia abrindo toda a sua extensão através da porção membranosa até a carina traqueal e seus ramos bronquiais de cada lobo pulmonar.
Para o exame dos pulmões, deve-se realizar cortes transversais em toda a extensão dos lobos pulmonares, e examinar a superfície de corte
Para a realização do exame do coração deve-se primeiramente realizar uma incisão no saco pericárdico para que haja exposição do coração. Inicia-se a abertura com uma incisão da região do átrio direito, até a ponta da aurícula direita, seguindo com abertura do átrio até o ventrículo direito, margeando o septo intra ventricular até chegar na artéria pulmonar, inspecionando músculo e válvulas cardíacas. Este processo deverá ser repetido do lado esquerdo, até chegar na artéria Aorta. 
4.2 Segundo Conjunto
Deve-se realizar uma incisão esplênica longitudinal completa, examinando a superfície de corte com posterior inspeção do epíplon.
4.3 Terceiro Conjunto
Os intestinos devem ser posicionados em forma de “zig zag” em três curvas de intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo) e em seguida o intestino grosso. As alças devem ser abertas de forma alternadas, junto à porção mesentérica em toda a sua extensão, e realizar o exame do conteúdo e mucosas intestinais, de forma que quando necessário a realização de exame histopatológico dos intestinos, ainda possuam alças intestinas integras para envio do material para exame
4.4 Quarto Conjunto
	
Deve-se fazer uma incisão no duodeno até o piloro, seguido pela manobra de Virchow, que consiste em aplicar uma pequena pressão na vesícula biliar para verificar se há extravasamento da bile pelo esfíncter de Oddi, essa manobra deve ser realizada antes da abertura do estômago.
No estomago, deve-se fazer uma incisão da extensão do piloro até a cárdia através da curvatura maior, para realização do exame de mucosa e análise do conteúdo estomacal.
No fígado, deve-se realizar cortes transversais em toda extensão hepática para realizar o exame de toda superfície de corte.
A vesicular biliar deve ser aberta para examinar o conteúdo e mucosa.
No pâncreas, deve ser realizados cortes transversais para examinar a superfície de corte
4.5 Quinto Conjunto
Para realizar o exame dos rins, ele deve ser fixado com a esponja de modo que não deslize sobre a mesa, deve-se então realizar um corte sagital em ambos os rins com a faca, faz-se o exame da superfície de corte e em seguida retira as capsulas com auxílio da pinça dente de rato.
Nas adrenais, é realizado um corte longitudinal para realização do exame da superfície de corte.
A bexiga deve ser suspensa com a pinça dente de rato e abertura deve ser realizada junto à cicatriz do úraco, seguindo a abertura da uretra (vulva ou pênis) com a tesoura romba – reta.
4.6 Sexto Conjunto
A necropsia e finalizada com o exame do sistema nervoso central. Deve ser realizado uma incisão sagital da pele do crânio com a faca de magarefe, desde a região supra orbitária até a occipital, secciona-se e retira toda musculatura craniana, expondo a superfície óssea da calota craniana. Realizam-se então mais duas linhas de corte laterais, sempre seguindo a face interna dos occipitais, posiciona-se a serra transversalmente, dois dedos acima das orbitas oculares e serrar em sentido látero lateral fazendo com que as mesmas encontrem os cortes laterais.
Feito isso, a calota craniana e as meninges devem ser retiradas. O posicionamento do crânio deve ser invertido, posicionando os pares de nervos cranianos na base do encéfalo e retirar o cérebro inteiro da caixa craniana para avaliação do mesmo.
Para avaliação do encéfalo, são realizados cortes transversais em toda sua extensão.
Finaliza-se então o exame necroscópico. Quando julgar necessário, deve-se coletar material para análise histopatológica, e posteriormente descartando o material analisado.
Faz-se então a higienização dos materiais utilizados e da sala de necropsia.
5. ACHADOS DE NECROPSIA 
5.1 Exame Externo:
Animal de coloração marrom, porte grande, macho, não castrado, bom estado nutricional, apresentando mucosas congestas, presença de ectoparasitas (Rhipicephalus sanguineus), lesões crostosas em região radio-ulnar (lado esquerdo) e em ponta de orelha. 
Áreas alopécicas bilateral em membros anteriores na região medial e região sacral (cauda de rato), escoriação ocular do lado direito e linfonodomegalia generalizada. 
5.2 Exame Interno: 
Ao realizar a incisão da cavidade torácica e abdominal notou-se um aumento significativo dos linfonodos (Linfodenomegalia) e do baço (Esplenomegalia), observou-se também que o coração ocupava 3,5 espaços intercostais e o animal apresentava espuma na região traqueal. 
5.3 Exame dos Conjuntos:
1º CONJUNTO: 
Língua: Nada Digno de Nota ( NDN). 
Esôfago: Nada Digno de Nota ( NDN).
Traqueia: Presença de espuma compatível com Edema Pulmonar.
Tonsilas Palatinhas: Nada Digno de Nota (NDN)
Faringe e laringe: Nada Digno de Nota (NDN).
Pulmão: Enfisema Alveolar, Edema Pulmonar, Hipóstase do lado Direito, Atelectasia, Hemorragia e Teste de Docimásia Hidrostática Positiva. 
Pleura: Nada Digno de Nota (NDN).
Coração: Aumento significativo, estado coliquativo. 
2º CONJUNTO: 
Baço: Sugestivo de Hiperplasia de polpa branca, esplenomegalia, estado coliquativo. 
Epiplon: Nada Digno de Nota( NDN).
3º CONJUNTO:Intestinos: Fezes pastosas esverdeadas com conteúdo mucoso, enterite catarral.
4º CONJUNTO:
Manobra de Virchow positiva
Estômago: Gastrite, pregas muito acentuadas, hiperemia, edema.
Fígado: Nada Digno de Nota (NDN) 
Vesícula Biliar: Nada Digno de Nota( NDN).
Pâncreas: Nada Digno de Nota( NDN).
Diafragma: Nada Digno de Nota( NDN).
5º CONJUNTO: 
Rins: Congestos, Embebição Hemoglobínica e estado coliquativo.
Adrenais: Nada Digno de Nota (NDN).
Bexiga: cheia, urina de coloração amarelada e odor fétido 
Próstata: Nada Digno de Nota (NDN).
Uretra: Presença de Urolitiase do tipo Struvita, uma das supostas causas para a retenção da urina, e odor forte. O animal apresentava uma Uremia pós- renal devido os urolitos se encontrarem na uretra.
6º CONJUNTO: 
Cérebro: Estado coliquativo.
6. PROCESSO PRINCIPAL
 
SUGESTIVO PARA LEISHMANIOSE 
A leishmaniose é uma doença crônica não contagiosa, causada por protozoários do gênero Leishmania que tem em seu ciclo hospedeiros vertebrados e invertebrados. No Brasil a leishmaniose visceral canina (LVC) é transmitida através da picada do popularmente conhecido mosquito-palha, que pertence à família dos flebotomídeos, ao gênero Lutzomyia e a espécie Lutzomyia longipalpis. Essa enfermidade pode se apresentar de diferentes formas: Leishmaniose tegumentar (LT); Leishmaniose visceral (LV); e leishmaniose dérmica pós-calazar (LDPC).
Os flebótomos ingerem macrófagos infectados por amastigotas durante o repasto sanguíneo, possibilitando assim a liberação de amastigotas em seu intestino e ocasionando sucessivas divisões até ocorrer a transformação em promastigotas (nectomonas). Essas promastigotas migram para o esôfago e faringe onde sofrem nova mudança para promastigotas metacíclicas infectantes, que no ato de um novo repasto acaba ganhando a corrente sanguínea do hospedeiro mamífero. Essas formas infectantes liberadas na epiderme do vertebrado é fagocitada por células do sistema mononuclear fagocitário, ocorrendo assim adentro dos macrófagos diferenciação em amastigotas e a sua multiplicação. Com a multiplicação do agente e o rompimento dos macrófagos, ocorre a disseminação hematogênica e linfática, até atingirem os linfonodos, baço e a medula óssea.
A manifestação clinica inicial é uma resposta inflamatória no local da picada do flebótomo, podendo apresentar alopecia, ulceração e crostas na lesão. Além disso, os animais infectados podem ter proliferação sistêmica do parasita, atingindo tanto órgãos linfoides quanto nâo-linfóides, podendo ocasionar também linfoadenomegalia, hepatomegalia, vômito, anorexia, icterícia, esplenomegalia, onicogrifose, ceratoconjuntivite, febre, uremia, dermatite, artrite ulcerativa, despigmentação nasal, epistaxe, queratite e uveíte.
O tratamento para leishmaniose é algo recente e que vem sendo estudado cada vez mais, tendo como principal protocolo o uso de Antimoniato de n-metilglucamina 50mg/kg, duas vezes ao dia durante 30 dias e de via subcutânea, associado ao alopurinol 10 a 20mg/kg, duas vezes ao dia por tempo indeterminado por via oral. Outro protocolo de tratamento utilizado recentemente é o uso de Anfotericina B 0,6mg/kg, intravenosa, diluído em 100ml de dextrose a 5%, duas vezes por semana no período de oito semanas, associado ao alopurinol 10 a 20mg/kg, duas vezes ao dia por tempo indeterminado por via oral. 
A prevenção continua sendo a melhor forma para combater essa patologia, sendo realizado o controle dos vetores por meio de uma higiene sanitária adequada, utilização de coleiras repelentes impedindo a aproximação dos mosquitos e aplicação de vacinas para imunoprofilaxia.
7. CAUSA MORTIS
EUTANÁSIA 
Os desafios são muitos e o controle da eutanásia é um tema complexo. A própria origem do termo nos remete a dúvidas. Pois, se considerarmos que a eutanásia - palavra de origem grega, na qual eu = bom e thanatos = morte - a sua tradução seria a boa morte ou morte sem sofrimento.
Considerando que a eutanásia nos animais é um procedimento clínico necessário e que compete privativamente ao Médico Veterinário a sua implementação, a classe Médico-Veterinária vem buscando formas de uniformizar seus procedimentos, sempre observando a diversidade das espécies envolvidas e a multiplicidade dos métodos aplicados.
Partindo da premissa de que os animais submetidos à eutanásia são seres sencientes, portanto, capazes de sentir, interpretar e responder a estímulos dolorosos e ao sofrimento há a necessidade imperiosa de se estabelecer diretrizes e normas que garantam o atendimento aos princípios de bem-estar animal e o respeito aos parâmetros éticos.
O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 16, alínea “f”, da Lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968, instituiu normas reguladoras de procedimentos relativos à eutanásia em animais, mediante a publicação da Resolução nº 714, em 20 de junho de 2002. Essa Resolução do CFMV que “dispõe sobre procedimentos e métodos de eutanásia em animais, e dá outras providências”, traz no artigo 15 os métodos considerados inaceitáveis, sendo esses, sabidamente incapazes de produzir morte humanitária e/ou oferecerem riscos iminentes ao operador, público presente e/ou meio ambiente.
Diante da origem do termo, já comentada neste texto, surgiu um conceito clássico no qual a “eutanásia é indicada quando o animal seja portador de uma doença incurável e esteja em sofrimento”. Porém, esse conceito não contempla todas as situações nas quais a eutanásia se torna necessária. Para um entendimento mais amplo, o termo eutanásia pode ser considerado como “a indução da cessação da vida animal, por meio de método tecnicamente aceitável e cientificamente comprovado, observando sempre os princípios éticos”. 
O executor da eutanásia deve ser capaz de identificar o momento da morte do animal através de indicadores que caracterizam esta:
- ausência de movimentos torácicos e sinais de respiração;
- ausência de batimentos cardíacos e pulso;
- perda da coloração das membranas mucosas;
- perda do reflexo corneal;
- perda do brilho e umidade das córneas e rigor mortis.
A confirmação desses indicadores é essencial antes do despojo ou utilização do animal para procedimentos cruentos. O descarte do animal e seus dejetos, após a verificação da morte, devem seguir as normas previstas na legislação em vigor no País. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão responsável pela normatização e fiscalização destes procedimentos. Casos de eutanásia em animais com suspeita ou confirmação de doenças de notificação compulsória, a exemplo da raiva, devem ser imediatamente comunicados às autoridades sanitárias.
Em cães usam-se Barbitúricos ou outros anestésicos gerais injetáveis; anestésicos inalatórios seguidos de outro procedimento para assegurar a morte; anestesia geral prévia seguida de cloreto de potássio ou seguida de bloqueador neuromuscular e cloreto de potássio. Há um rápido aparecimento de efeitos e a perda da consciência induzida por barbitúricos é quase imediata. Outra vantagem é o custo, sendo esses medicamentos os mais baratos quando comparados a outros agentes empregados na eutanásia. Dentre os barbitúricos, aqueles de curta e ultracurta ação são os mais utilizados para tal. A aplicação de medicação pré-anestésica (MPA), antes dos barbitúricos, pode reduzir em até 30% a dosagem necessária para induzir à morte.
Os barbitúricos são classificados como depressores gerais do sistema nervoso central, produzindo depressão central gradativa que se inicia no córtex até atingir o centro cardiorrespiratório bulbar.
8. CONCLUSÃO 
A aula prática permitiu melhor entendimentos e treinamento da técnica. Com isso foi possível melhor aprendizado e conhecimento de novas alterações que surgiram no decorrer dos procedimentos, além de exames que podem ser realizados para maiores conclusões dos achados. Por fim a compreensão da importância da técnica para o profissional em seu dia adia e para conclusão de casos onde houve morte do animal foi firmada para todos os presentes
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
FILLA, K. et al. Projeto de Ensino: Guia Ilustrado de Necrópsia em Cães. Rio Grande do Sul, 2p. 2016.
MCGAVIN, M.D; ZACHARY, J.F. Bases da patologia em veterinária. Rio de Janeiro. Editora Elsevier, 2009, 1476p.
PEIXOTO, P. V.; BARROS, C. S. L. A importância da necropsia em medicina veterinária. Pesquisa Veterinária Brasileira. v. 18. n. 3-4 Rio de Janeiro. Julho. 1998.
SANTOS. J.A. Patologia Geral dos Animais Domésticos. 3 edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara S.A., 1986. 409p.
SANTOS. R.L; ALESSI. A.C.; Patologia Veterinária - 2ª Ed. 2016. Roca – Brasil VIEIRA. R.P. et al. Manual de Prática Veterinária. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.
SANTOS. R.L; ALESSI. A.C .Patologia Veterinária- 2. Ed.- Rio de janeiro: Roca, 2017. 390-393 p.
JERICÓ, MÁRCIA MARQUES. Tratado de medicina interna de cães e gatos.Márcia Marques Jericó; Kogika, Márcia Mery; Neto, João Pedro Andrade- 1. Ed- Rio de Janeiro: Roca, 2017. 718 – 731 p.
Spinosa, H.S.; Spinosa, F.N. Eutanásia. In: Spinosa, H.S.; Górniak, S.L.; Palermo-Neto, J. (Eds). Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária, 5ª ed. São Paulo: Manole, 2011. p. 762-767, 2011.
Guia Brasileiro de Boas Práticas em Eutanásia em Animais - Conceitos e Procedimentos Recomendados - Brasília, 2012.
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