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Classificação do solo

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Engenharia Civil – Mecânica dos Solos Aula 6 Prof°: Rafaela Baldí 2017/2
AULA 06 – CLASSIFICAÇÃO
DOS SOLOS
MECÂNICA 
DOS SOLOS
PROF.  RAFAELA  BALDI FERNANDES
rafaelacivil@yahoo.com.br
Engenharia Civil – Mecânica dos Solos Aula 6 Prof°: Rafaela Baldí 2017/2
• Introdução
• Classificação textural
• SUCS (sistema unificado de classificação dos solos)
• HBR
• MCT 
• Tátil Visual
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Tópicos
Engenharia Civil – Mecânica dos Solos Aula 6 Prof°: Rafaela Baldí 2017/2
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Introdução
• Classificar: necessário devido a infinidade de solos que existem na
natureza
• Indicação das características geotécnicas comuns de um
determinado grupo de solos a partir de ensaios simples de
identificação
• Necessário base de dados confiáveis
Base de estudo
• Sistema de Classificação Textural
• Sistema Unificado de Classificação dos Solos
• Sistema H.R.B.
• Sistema de Classificação dos Solos Tropicais (MCT)
• Classificação Táctil e Visual
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Classificação Textural
• Utiliza-se da curva granulométrica: define a distribuição do tamanho das
partículas do solo em função da escala do posicionamento dos quatro grupos,
que são os pedregulhos, areias, siltes e argilas.
• Não há uma escala única, em face das divergências existentes, mas as
diferenças entre elas não alteram, sensivelmente, o nome dado ao solo.
• Determina-se as porcentagens de cada fração do solo, que será adjetivado
pela fração imediatamente abaixo, em termos percentuais.
• Se duas frações, não predominantes, se equivalerem em termos
percentuais, o nome do solo continua ser o da fração predominante
adjetivado pelas duas outras. Por exemplo, se as frações silte e argila se
equivalessem, com leve predominância da fração silte, o solo passa a receber
o seguinte nome: silte argiloso. A cor do solo quando seco, e a compacidade
das areias ou a consistência das argilas, são duas informações que
normalmente acompanham a classificação textural.
Ex: argila arenosa, de cor vermelha e consistência mole
areia argilosa, fina, de cor amarela-vermelha, medianamente compacta
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Classificação Textural
Areias
As areias são solos cujas propriedades dominantes são devidas à sua 
parte constituída pelos grãos minerais de diâmetro máximo superior 
a 0,05mm e inferior a 4,8mm. 
São caracterizados pela sua textura, compacidade e forma dos grãos. 
Quanto à textura, a areia pode ser: 
grossa: grãos diâmetro máximo entre entre 2,00mm e 4,80mm
média: grãos diâmetro máximo entre 0,42mm e 2,00mm
fina: grãos diâmetro máximo entre 0,05mm e 0,42mm
Quanto à compacidade, a areia pode ser: ((ver SPT)
fofa (pouco compactada)
medianamente compacta 
compacta
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Classificação Textural
Argilas
• Apresentam características marcantes de plasticidade; quando úmido,
molda-se facilmente em diferentes formas; quando seco, apresenta coesão
bastante para constituir torrões dificilmente desagregáveis por pressão dos
dedos.
• Propriedades dominantes são devidas à sua parte constituída pelos grãos
minerais de diâmetro máximo inferior a 0,005mm. São caracterizados pela
sua plasticidade, textura e consistência em seu estado e umidade naturais.
Quanto à textura, são identificadas quantitativamente pela sua distribuição 
granulométrica.
Quanto à consistência, podem ser subdivididas em: ((Ver SPT))
muito moles (vazas)
moles
médias 
rijas 
duras 
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Classificação Textural
Argilas
Os três grupos principais de minerais argílicos são as caolinitas, 
ilitas e montmorilonitas (expansivas!!)
As bentonitas são argilas muito finas, formadas, em sua maioria, 
pela alteração física de cinzas vulcânicas
- Descoberta em 1888, em Fort Benton (EUA)
- Predomina a montmorilonita, o que explica a sua tendência 
ao inchamento.
- Injeções de bentonita são usadas para vedação em 
barragens e escavações. 
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Classificação Textural
Pedregulhos e siltes
Pedregulhos
Os pedregulhos são solos cujas propriedades dominantes são devidas à sua
parte constituída pelos grãos minerais de diâmetro máximo superior a
4,8mm e inferior a 76mm. São caracterizados pela sua textura, compacidade
e forma dos grãos. (similar a areia)
Siltes
Os siltes são solos que apresentam apenas a coesão necessária para formar,
quando seco, torrões facilmente desagregáveis pela pressão dos dedos. Suas
propriedades dominantes são devidas à sua parte constituída pelos grãos
minerais de diâmetro máximo superior a 0,005mm e inferior a 0,05mm. São
caracterizados pela sua textura e compacidade.
Outros
-Matéria orgânica
-Fragmentos de conchas, etc..
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Classificação Textural
AREIAS ARGILAS
Sem  plasticidade Apresenta  plasticidade
Permeável Impermeável
Poucas  deformações Grandes  deformações
Índice  de  vazios  médio  a  baixo Alto  índice  de  vazios
Não  retém  água Retém  bastante  água
Baixa  superfície  específica Grande  superfície  específica
Não  se  expande Pode  ser  expansiva
Exemplo: 
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SUCS 
• Sistema Unificado de Classificação dos solos (ASTM), elaborado por
Casagrande
• Atualmente é largamente utilizado pelos geotécnicos que trabalham com
barragens de terra e em obras de terraplanagem
• Em linhas gerais, os solos são classificados, neste sistema, em três
grandes grupos:
a) Solos grossos: diâmetro maioria dos grãos é maior que 0,074mm (mais
que 50% em peso, dos seus grãos, são retidos na peneira n.200);
Pedregulhos – areias – solos pedregulhosos ou arenosos com
pouca quantidade de finos (silte e argila)
b) Solos finos: diâmetro da maioria dos grãos é menor que 0,074mm;
Siltes - argilas
c) Turfas: solos altamente orgânicos, geralmente fibrilares e
extremamente compressíveis
•
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SUCS 
• Cada tipo de solo é simbolizados por um par de letras, onde o prefixo é uma
das subdivisões ligada ao tipo de solo e o sufixo, às características
granulométricas e a plasticidade. Desta forma, como primeira letra, pode-se
ter:
G ........................ Pedregulho (do inglês Gravel)
S ..........................Areia (do inglês Sand)
M .........................Silte (do sueco Mo)
C .........................Argila (do inglês Clay)
O .........................Solo orgânico (do inglês Organic)
A segunda letra indica as características complementares do solo e
W ........................ Bem graduado (do inglês Well graded)
P ..........................Mal graduado (do inglês Poorly)
H .........................Alta compressibilidade (do inglês High compressibility)
L ..........................Baixa compressibilidade (do inglês Low compressibility)
Pt .........................Turfas (do inglês Organic)
Exemplos: 
CL – solo argiloso de baixa compressibilidade
SM – solo argiloso com certa quantidade de siltes (finos não plásticos)
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SUCS 
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SUCS 
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SUCS 
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H.B.R
• HBR (Highway Research Board) OU AASHO (American
Association State Highway Officials)
• Classificação fundamenta-sena granulometria, limite de liquidez e
índice de plasticidade dos solos, sendo proposta para ser utilizada
na área de estradas
• Dados tabelados por grupos e subgrupos
• Esse sistema de classificação se diferencia da classificação
unificada em três pontos:
• Considera a diferença entre solos granulares e finos a partir de
35% de percentual passante na peneira 200
• Considera os percentuais passantes das peneiras no 10 e no
40
• Não oferece parâmetros qualitativos de graduação e
compressibilidade
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H.B.R
• Índice de grupo (IG) : número inteiro variando de 0 a 20, define a
capacidade de suporte do terreno de fundação de um pavimento.
• Solos ótimos para IG = 0 e solos péssimos para IG = 20.
IG = 0,2 . a + 0,005 . a . c + 0,01 . b . D
a = porcentagem do solo que passa na peneira nº 200 menos 35%. Se o valor de “a” for
negativo, adota-se zero, e se for superior 40, adota-se este valor como limite máximo:
a = Pp,200 - 35% (0 - 40)
b = porcentagem do solo que passa na peneira nº 200 menos 15%. %. Se o valor de “b” for
negativo, adota-se zero, e se for superior 40, adota-se este valor como limite máximo:
b = Pp,200 - 15% (0 - 40)
c = valor do limite de liquidez menos 40%. Se o valor de “c” for negativo adota-se zero, e se
for superior a 20, adota-se este valor como limite máximo:
c = LL - 40% (0 - 20)
d = valor do índice de plasticidade menos 10%. Se o valor de “d” for negativo adota-se zero,
e se for superior a 20, adota-se este valor como limite máximo:
d = IP - 10% (0 - 20)
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H.B.R
Neste sistema, os solos com menos de 35% passando na peneira 200
(solos grossos ou granulares) são divididos nos grupos A-1a, A-1b, A-
2 e A-3. Os solos com percentual mínimo passante na peneira 200
igual a 35% (solos finos) são classificados em A-4, A-5, A-6 e A-7,
sendo:
A-1a – solos grossos, com menos de 50% passando na peneira no 10
(2,0mm), menos de 30% passando na peneira de no 40 (0,42mm) e
menos de 15% passando na peneira 200. O IP dos finos deve ser
menor do que 6. Correspondem aproximadamente aos pedregulhos
bem graduados, GW, do Sistema Unificado. Predominam
fragmentos de pedra ou pedregulho com ou sem ligante, bem
graduado de material fino
A-1b – solos grossos, com menos de 50% passando na peneira no 40
e menos de 25% na peneira 200, também com IP menor que 6.
Corresponde à areia bem graduada, SW, do Sistema Unificado.
Predomina areia média, com ou sem ligante, bem graduado
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H.B.R
A-2 – são areias em que os finos presentes constituem a característica
secundária. São subdivididos em A-2-4, A-2-5, A-2-6 e A-2-7, em função
dos índices de consistência. Os solos finos, a exemplo do Sistema
Unificado, são subdivididos só em função dos índices. O que distingue
um solo A-4 de um solo A-2-4 é apenas a porcentagem de finos. São
semelhantes aos solos A-1, porém menos graduados, ou são mais
susceptíveis às variações de volume decorrentes de mudanças no teor de
umidade
A-2-4 e A-2-5 – contêm vários materiais granulares, com 35% ou menos
passando na peneira 200, e com uma parte mínima passando na
peneira no 40, tendo características dos materiais dos solos A-4 (caso
A-2-4) ou A-5 (caso A-2-5). Inclui também pedregulhos com
porcentagem de silte ou índice de plasticidade acima dos limites dos
solos A-1, e areia fina com silte não plástico em porcentagem acima dos
limites dos solos A-3. A-2-6 e A-2-7 - contêm materiais semelhantes aos
dos solos A-2-4 e A-2-5, exceto a percentagem passando na peneira no
40, que contém argila plástica, tendo as características dos solos A-6
(caso A-2-6) ou A-7 (caso A-2-7)
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H.B.R
A-3 – areias finas, com mais de 50% passando na peneira de no 40 e
menos de 10% na peneira 200. São, portanto, areias finas mal
graduadas, com IP nulo. Correspondem às SP do Sistema Unificado.
São solos constituídos de areias e pedregulhos sem finos, capazes de
cimentá-los. Areia fina de praia ou de deserto, sem material siltoso
ou argiloso, inclui também areia fina mal graduada
A-4 – solos formados por siltes e argilas com graus variáveis de
plasticidade. Contém material siltoso não-plástico ou
moderadamente plástico, geralmente com 75%, ou mais, passando
na peneira 200. Pode conter eventualmente, misturas de material
siltoso e mais de 64% de areia e pedregulho
A-5 – contém material semelhante ao do solo A-4, sendo todavia, do
tipo diatomáceo ou micáceo e podendo ser altamente plástico, como
indica o seu alto índice de liquidez
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H.B.R
A-6 – contém argila, tendo normalmente 75% ou mais passando na 
peneira 200. Pode conter misturas de materiais argilosos e mais de 
64% de areia e pedregulho. Materiais deste tipo de solo têm 
normalmente alta variação de volume entre os estados úmido e seco
A-7 – contém material semelhante ao descrito para o solo A-6, 
tendo, entretanto, alto limite de liquidez, características dos solos A-
5, podendo ser elástico, bem como sofrer grande variação de volume
A-7-5 – contém materiais com moderado índice de plasticidade em 
relação ao limite de liquidez e podendo ser altamente plástico, bem 
como sofrer grande variação de volume.
A-7-6 – contém materiais com alto índice de plasticidade em relação 
ao limite de liquidez e sujeitos a excessivas variações de volume
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H.B.R
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M.C.T
• Utilizado para solos tropicais, proposto por Nogami e Villibor (1981)
• Divisão dos solos em lateríticos e não-lateríticos
• A cada uma das regiões foi associado um símbolo, duas letras, onde a
primeira letra “N” ou “L” indica o comportamento não laterítico ou laterítico
do solo e a segunda A, A’, G’, S’ completam a classificação
• No gráfico: solos coesivos estão localizados à direita e os não coesivos à
esquerda.
• O gráfico foi montado utilizando-se de variáveis extraídas dos resultados
do ensaio de MiniMCV (Mini - Moisture Condition Value) de forma que
todas as regiões tivessem a mesma área.
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M.C.T
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Classificação Tátil Visual
�ensaio de dilatância
�ensaio de plasticidade
�determinação da resistência seca do solo
�observações quanto à cor e cheiro (solos orgânicos)

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