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VERSÃO PARA IMPRESSÃO | Publicada em 23/04/2018 15:00 por FiscoNet A Medida Provisória nº 808, publicada em novembro de 2017, que promoveu ajustes na legislação, não foi aprovada pelo Congresso e perdeu a validade nessa segundafeira, dia 23/04. A Medida Provisória nº 808, publicada em novembro de 2017, que promoveu ajustes na legislação, não foi aprovada pelo Congresso e perdeu a validade nessa segundafeira, dia 23/04. A Casa Civil informou que o governo federal avalia regulamentar pontos da reforma trabalhista por meio de decreto, já que a medida provisória (MP) editada com esse objetivo não foi aprovada pelo Congresso Nacional e perdeu a validade. A medida foi resultado de um acordo entre o Palácio do Planalto e senadores. Quando a reforma trabalhista tramitou no Senado, o governo, para acelerar a aprovação, negociou com senadores para não fazerem alterações à matéria. Em troca, o Planalto, por meio de medida provisória, modificaria os pontos que geraram polêmica. Um desses pontos, por exemplo, trata da permissão para que grávidas e lactantes trabalhem em ambientes insalubres, desde que o risco seja considerado baixo por um médico. A MP determinou o afastamento da grávida de qualquer atividade insalubre durante a gestação. A gestante, contudo, poderia trabalhar em local insalubre em graus médio ou mínimo se, voluntariamente, ela apresentasse atestado de saúde emitido por médico da confiança dela autorizando a atividade. Além da jornada intermitente, estava prevista na MP a alteração de outros pontos, como a jornada 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso, a questão do trabalho da empregada gestante e lactante em ambientes insalubres e para contratação de autônomos. Também deixa de ser obrigatória a necessidade de acordo ou convenção coletiva para estabelecer a jornada conhecida como “12 por 36”, quando o empregado trabalha 12 horas num dia e descansa pelas próximas 36 horas: a Lei 13.467/17 permite a prática mediante acordo individual escrito. De acordo com a Casa Civil, técnicos do governo começaram a levantar quais pontos da reforma trabalhista poderão ser regulamentados por um decreto. Reuniões devem ser realizadas para iniciar as discussões entre “as áreas técnica, jurídica e legislativa”, explicou a pasta, e não há previsão para publicação de um eventual decreto. Relator da reforma trabalhista na Câmara, o deputado Rogério Marinho (PSDBRN) disse que um dos pontos que devem ser regulamentados pelo decreto é a jornada intermitente. A MP dizia que, quando a jornada não é fixa, o contrato tem de ser por escrito e registrado na carteira de trabalho. “O decreto pode regulamentar, deixar mais claro, a questão do trabalho intermitente”, afirmou. Segundo o deputado, os outros pontos que a MP alterava, e ficam sem regulamentação, devem ser analisados pelos tribunais superiores. Fonte: G1 e Conjur