Buscar

Resumo da AULA 6

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Filosofia da Educação / Aula 6: Filosofia Moderna – Parte II
Introdução
Nessa aula, você conhecerá um pouco do contexto do século XVII, preparado pelo humanismo do século XVI (Montaigne e outros).
Entenderá o pensamento e a contribuição de Descartes, que foi considerado o “pai” da Filosofia Moderna, assim como a modernidade da qual somos herdeiros até hoje.
René Descartes
Descartes (1596-1650) viveu em um tempo de profunda crise da sociedade, tempo de transição entre uma tradição que sobrevivia e outra que estava surgindo, resultando em uma nova visão de mundo. Ele acompanhou as grandes transformações de sua época, como:
O início das grandes navegações e a descobertas das Américas.
As teorias científicas de Copérnico e Galileu, que revolucionaram a maneira de se considerar o mundo físico.
A escolástica medieval, que estava longe de desaparecer.
A decadência do sistema feudal, substituído por uma nova ordem econômica baseada no comércio livre e no individualismo. 
A Reforma de Lutero, que abalou a autoridade universal da Igreja Católica no Ocidente, e a Contra Reforma, reação ao Protestantismo, que teve como consequência a Guerra dos Trinta Anos, na qual o próprio Descartes participou.
A arte retomando os valores da antiguidade clássica, impondo uma cultura leiga, às vezes, de inspiração pagã.
A obra de Descartes é uma longa reflexão e tomada de posição sobre o seu tempo.
A crença no poder crítico da razão humana individual é traço fundamental da modernidade de Descartes. A modernidade é ruptura com a tradição, a autoridade da fé pela razão humana, oposição às instituições.
O homem da época de Descartes viveu uma grande diversidade de experiências.
Devemos compreender o pensamento filosófico de Descartes como o resultado da reflexão sobre a experiência de vida.
É possível considerar Descartes como um dos iniciadores da modernidade, doravante, influenciará o desenvolvimento do pensamento filosófico.
Com Descartes, a necessidade de contextualização do pensamento e o sujeito pensante entram em cena:
“Terei a satisfação de mostrar os caminhos que segui e apresentar minha vida como em um quadro”. Descartes sempre escreveu na primeira pessoa do singular.
Descartes foi excelente aluno...
... sobretudo interessado pela Matemática; viajou por diversos países da Europa; descobriu sua vocação filosófica decidindo dedicar-se a “descobrir os fundamentos dessa ciência admirável”.
Ele considerou a Matemática como modelo de sua reflexão filosófica e, com isso, pretendia elabora uma matemática universal para todos os assuntos.
Você sabia?
Nesse tempo de conflitos, crises e incertezas, Galileu foi proibido de lecionar. Ao tomar conhecimento da condenação de Galileu, Descartes desistiu de publicar a sua obra – O tratado do mundo.
Em 1637, Descartes publicou, em francês, seus tratados científicos que têm como introdução o discurso do método. Descartes adquiriu fama e sua obra foi condenada.
Conheça o projeto filosófico de Descartes:
Racionalidade
Segundo Descartes, se no início do discurso do método, o bom senso (isto é, a racionalidade) é natural ao homem, o erro resulta na realidade de mau uso da razão.
Teoria científica
A finalidade do método é: por a razão no bom caminho. Portanto, o método visa o conhecimento, a elaboração de uma teoria científica. Este é o sentido das regras que Descartes formula.
Utilizando esse método, saberemos como usar da intuição.
As regras de Descartes se inspiram na geometria. São simples, mas devem ser seguidas à risca. Jamais devemos deixar de observá-las.
Regra 1: Jamais aceitar como exata coisa alguma que eu não conheça evidentemente. 
Regra 2: Dividir cada dificuldade a ser examinada em tantas partes quantas possíveis e necessárias para resolvê-las.
Regra 3: Impor ordem nos meus pensamentos, começando pelos assuntos mais simples de serem conhecidos.
Regra 4: Fazer para cada caso enumeração tão exatas que esteja certo de não ter esquecido nada, assim nunca se confundirá o falso com o verdadeiro, chegando ao verdadeiro conhecimento.
Verifique seus conhecimentos!
O conflito entre os dois modelos de ciência, o antigo e o moderno, fazia com que alguns pensadores céticos se perguntassem:
Será que as futuras gerações não descobririam as teorias da ciência nova também de forma errônea?
E você, o que acha?
GABARITO
Descartes assume a missão de fundamentar e legitimar essa ciência demonstrando de forma conclusiva que o homem pode conhecer o real de modo verdadeiro e definitivo. Portanto, Descartes negava o ceticismo. Descartes se propõe ainda a encontrar uma certeza básica, imune às dúvidas céticas. Então, era preciso encontrar o ponto de apoio, “ponto arquimediano”, que pudesse servir de ponto de partida seguro para o processo de conhecimento.
Na época de Descartes, havia uma crise generalizada da autoridade. Considerando tudo o que aprendeu até agora, responda, para Descartes a única alternativa possível seria:
Confiar na tradição | A própria razão humana
Conheça também o argumento do cogito de Descartes.
Cogito, ergo sum. (Penso, logo existo.).
Uma das mais célebres expressões filosóficas que existe. Com esse argumento, Descartes busca uma certeza imune ao questionamento cético.
Argumentação cartesiana
A etapa inicial da argumentação cartesiana é a formulação de uma dúvida metódica, colocando tudo em questão. Começa-se duvidando de tudo: senso comum, argumento de autoridade, testemunho dos sentidos, das informações da consciência, da realidade do exterior e do próprio corpo. A cadeia de dúvidas se interrompe diante do seu próprio ser que dúvida. Se duvido, penso: “Penso, logo existo”. 
Modificação do pensamento moderno
Assim, Descartes introduz uma grande modificação no pensamento moderno: a crença na autonomia do pensamento, a ideia de que a razão bem dirigida basta para encontrar a verdade sem precisar dos livros e dos “dogmas”. 
A busca pela verdade
Para Descartes, o espírito humano tem em si os meios de alcançar a verdade, se souber cultivar sua independência e conduzir-se com método. A certeza é possível porque o espírito humano já possui ideias gerais, claras e distintas que são inatas (inerentes à capacidade de pensar), portanto, não estão sujeitas ao erro. A primeira ideia inata é o cogito pelo qual nos descobrimos como seres pensamentos.
Atenção
Enquanto o racionalismo de Descartes prioriza a razão, o filósofo Francis Bacon insiste na necessidade da experiência.
Mesmo hoje, o argumento do cogito e suas consequência suscitam grandes interesses.
O objetivo de Descartes, contudo, é fundamental para a possibilidade do conhecimento científico. É necessário, portanto, encontrar um caminho de superação desse idealismo radical, no qual a única realidade certa é a existência do puro pensamento.
No entanto, é fundamental encontrar uma ponte entre o pensamento subjetivo e a realidade objetiva. 
Verifique seus conhecimentos!
Marque a alternativa incorreta.
( ) A crença no poder crítico da razão humana individual é traço fundamental da modernidade de Descartes.
( ) O pensamento filosófico de Descartes deve ser compreendido como o resultado da reflexão sobre a experiência de vida.
( ) Descartes introduz uma grande modificação no pensamento moderno: “ a crença na autonomia do pensamento, a ideia de que a razão bem dirigida basta para encontrar a verdade sem precisar dos livros e dos “dogmas”.
( ) Enquanto o racionalismo de Francis Bacon prioriza a razão, o filósofo Descartes insiste na necessidade da experiência.

Continue navegando