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TRJ Slide 16 Coisas e Bens

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TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
SLIDE 16
COISAS 
E 
BENS
ARTIGOS 79 A 103 DO CC
Bem é tudo aquilo que é útil às pessoas.
Coisa, para o Direito, é todo bem econômico, dotado de existência autônoma, e capaz de ser subordinado ao domínio das pessoas.
Conclui-se que coisa, neste sentido, é sinônimo de bem. Mas nem todo bem será coisa. Assim, não são coisas os bens chamados jurídicos, como a vida, a liberdade, a saúde etc. 
CONCEITO 
CLASSIFICAÇÃO
Vários são os critérios para classificar as coisas e bens:
 
PRIMEIRA CLASSE: bens considerados em si mesmos;
SEGUNDA CLASSE: bens reciprocamente considerados;
TERCEIRA CLASSE: bens considerados em relação às pessoas que deles se utilizam;
QUARTA CLASSE: bens que se acham dentro e fora do comércio.
PRIMEIRA CLASSE
BENS CONSIDERADOS EM SI MESMO
Bens Móveis: são bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem que tal movimento ou remoção altere sua substância essencial ou sua destinação econômico-social. 
Semoventes: são aqueles que têm movimento próprio. É espécie de bens móveis. São os animais.
BENS MÓVEIS, SEMOVENTES E IMÓVEIS
ESPÉCIES:
Bens Móveis por Natureza: carros, cadeiras, animais.
Bens Móveis por força de lei: eletricidade e os direitos autorais.
Bens Móveis por antecipação: árvores para cortes (lenha), pedras, metais, etc (verificar sempre a destinação econômica).
* Exceções navios e aviões (são bens imóveis por ter registros próprios e passíveis de contrair hipotecas)!!!!!
BENS MÓVEIS, SEMOVENTES E IMÓVEIS
Bens Imóveis: Bens imóveis são aqueles que não podem ser removidos sem que sua essência se destrua. 
4 ESPÉCIES :
Bens Imóveis por Natureza: São o solo e suas adjacências naturais, compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo; tudo aquilo que é empregado ao solo sem a interferência do ser humano.
Bens Imóveis por Acessão Física: É tudo aquilo que o homem
incorpora permanentemente ao solo, como sementes e edifícios.
 
BENS MÓVEIS, SEMOVENTES E IMÓVEIS
Bens Imóveis por Acessão Intelectual: É tudo aquilo que se mantém intencionalmente no imóvel para sua exploração, aformoseamento ou comodidade. Esses bens só são considerados imóveis enquanto ligados ao imóvel. Dessa forma, uma máquina agrícola, enquanto estiver sendo usada pelo fazendeiro na exploração da fazenda, é considerada imóvel, mas no momento em que ele a venda, será considerada bem móvel.
* Consequência: pode ser comercializado sem outorga uxória.
BENS MÓVEIS, SEMOVENTES E IMÓVEIS
Bens Imóveis por Força de Lei. São aqueles que, por sua própria natureza, não se podem classificar como móveis. Nessa categoria se incluem os direitos reais sobre imóveis, como a hipoteca, e as ações que os asseguram, além do direito à sucessão aberta. Vale dizer que a herança será considerada imóvel ainda que constituída apenas de bens móveis.
* A Lei considera, ainda, imóveis as edificações que forem separadas do solo com a finalidade de serem levadas para outro local, desde que conservem a sua unidade. Da mesma forma, não perdem o caráter de imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
BENS MÓVEIS, SEMOVENTES E IMÓVEIS
Corpóreos são bens possuidores de existência física, como uma mesa, um carro, um alfinete ou um navio (contratos de compra e venda). 
Incorpóreos são bens abstratos, que não possuem existência física, como os direitos autorais, a hipoteca, a vida, a saúde, etc (contrato de cessão de direitos).
BENS 
CORPÓREOS E INCORPÓREOS
Fungíveis: são bens que podem ser substituídos por outro da mesma espécie, qualidade e quantidade, como os alimentos em geral ou dinheiro.
Infungíveis: são bens que não podem ser substituídos por outro da mesma espécie, qualidade e quantidade, como um animal reprodutor, uma obra artística de família, uma casa etc.
BENS 
FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS
ESPÉCIES DE INFUNGÍVEIS:
Bens Infungíveis por natureza: aqueles bens infungíveis que o são em sua própria essência, como um terreno, uma casa, um animal reprodutor. 
Bens Infungíveis por convenção: são aqueles bens que por sua natureza são fungíveis, mas foram considerados infungíveis pelas partes interessadas. Ex: vídeos locadoras e automóveis.
BENS 
FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS
Consumíveis: são bens móveis cujo uso importa destruição de sua substância. Em outras palavras, os bens consumíveis desaparecem com o consumo, deixam de existir. 
É o caso dos alimentos, cosméticos etc. Mas não é o caso de roupas e sapatos, por não deixarem de existir com o uso.
O Código Civil diz serem consumíveis os bens móveis cujo uso importe destruição imediata de sua substância. 
E o sabonete?
Consumíveis por força de lei: venda de vestuário.
BENS 
CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS
Inconsumíveis: são bens móveis que admitem uso reiterado, sem destruição de sua substância (ex.: liquidificador, batedeira, televisão, rádio, etc.).
BENS 
CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS
Bens Duráveis e Bens Não Duráveis: são bens que duram mais ou menos tempo. 
Os Bens Duráveis: só podem sê-lo por natureza, como um livro, uma obra de arte, ou automóvel e por convenção. Estes, os por convenção, são bens não duráveis por natureza, mas que se convencionaram duráveis. Uma garrafa de vinho de colecionador, que não se destina ao consumo, seria um bom exemplo.
BENS 
DURÁVEIS E NÃO DURÁVEIS
Bens Perecíveis: são os bens que pere­cem rapidamente no tempo, se não forem observadas condições especiais de armazenamento, embalagem etc. Exemplos seriam peças de carne, leite e outros. 
Bens Imperecíveis: são aqueles bens que não perecem rapidamente no tempo, independentemente de condições especiais de acondicionamento, armazenagem etc. Como exemplo, poderíamos citar uma caneta, um livro, um sabonete, dentre outros.
BENS 
PERECÍVEIS E IMPERECÍVEIS
Bens Divisíveis: são os bens que se podem fracionar em porções distintas, formando, cada qual, todo perfeito, sem que tal fracionamento importe em alteração de sua substância, diminuição considerável de seu valor ou prejuízo para o uso a que se destinam. Como exemplo, nada melhor do que um terreno. Se o dividirmos ao meio, teremos dois terrenos que conservam sua substância e não perdem seu valor econômico.
BENS 
DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS
Bens Indivisíveis: são os bens que se não podem partir sem que seja alterada sua substância ou seu valor econômico, como um automóvel. Se o dividirmos ao meio, não teremos dois automóveis com a mesma substância e com a mesma relevância econômica.
3 ESPÉCIES: 
Bens Indivisíveis por Natureza: são aqueles que não podem ser fracionados sem se destruir ou sem alteração considerável de seu valor. Ex: automóvel ou animal reprodutor. 
BENS 
DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS
Bens Indivisíveis por Convenção: são aqueles bens que por natureza são divisíveis, mas que as partes convencionam indivisíveis. Ex: ações societárias.
Bens Indivisíveis por força de lei: como exemplo, temos os imóveis urbanos que não podem ser divididos aquém de certa metragem; partes comuns de um condomínio (telhado e escadas) ou herança até sua partilha.
BENS 
DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS
Bens Singulares: são os individualizados, como um livro ou um apartamento.
Bens Coletivos: são aqueles bens considerados em seu conjunto. Podem constituir universalidades de fato, quando uma pluralidade de bens, pertencentes a uma pessoa, tiver destinação unitária, como uma biblioteca ou uma coleção de selos; ou universalidades de direito, quando um conjunto de bens recebe do ordenamento jurídico um tratamento unitário, como uma herança.
BENS 
SINGULARES E COLETIVOS
PRIMEIRA CLASSE
BENS CONSIDERADOS EM SI MESMO
ARTIGOS 79 A 91 DO CC
LEITURA E INTERPRETAÇÃO
			
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
LIVRO II
DOS BENS
TÍTULO ÚNICO
Das Diferentes Classes de Bens
CAPÍTULO I
Dos Bens Considerados em Si Mesmos
Seção I
Dos Bens Imóveis
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
Seção II
Dos Bens Móveis
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
Seção III
Dos Bens Fungíveis e Consumíveis
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.
Seção IV
Dos Bens Divisíveis
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.
Seção V
Dos Bens Singulares e Coletivos
SEGUNDA CLASSE
BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
Principal: é o bem que existe por si mesmo, abstrata ou concretamente, como a vida ou um terreno. Não depende de nenhum outro para existir.
Acessório: é o bem cuja existência depende do principal. Os bens acessórios não existem por si mesmos. Uma casa, por exemplo, é acessória do solo, que é principal em relação a ela. Esta não existe sem aquele.
Mas a casa será principal em relação a suas portas e janelas, que serão acessórios dela.
BENS 
PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS
Os bens acessórios podem ser:
I) Imobiliários ou Mobiliários.
São bens acessórios imobiliários, por serem acessórios do solo:
a) os produtos orgânicos ou inorgânicos da superfície;
b) os minerais contidos no subsolo;
c) as obras de aderência permanente, feitas acima ou abaixo da superfície.
São acessórios mobiliários a portinhola de um cofre, a capa de um livro, o pavio de uma vela, os faróis de um carro etc.
BENS 
PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS
As Pertenças conservam sua identidade, individualidade e autonomia, os bens acessórios formam parte constitutiva do principal, sem o qual não existem. O principal absorve-lhe a individualidade e autonomia. Uma porta só será porta enquanto estiver presa ao imóvel. O mesmo não ocorre com um sofá ou um lustre. Assim, a porta é bem acessório do imóvel, enquanto o sofá não o é, embora seja imóvel por acessão intelectual, enquanto permanecer integrado ao imóvel como mobília de uso. 
Exemplo de pertenças de bens móveis: toca-fitas de carro
*Lembrete: as pertenças, muito embora sejam bens acessórios, em regra, não seguem o destino do bem principal!
BENS 
PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS
Os bens acessórios podem ser:
II) Produtos e Frutos, enquanto vinculados ao principal.
Desvinculados que sejam, perdem a condição de acessórios, ganhando autonomia. Por isso mesmo, o Código estabeleceu a regra de que os frutos e produtos podem ser objeto de negócio autônomo, mesmo antes de se separarem do principal. O leite pode ser vendido, mesmo antes da ordenha.
BENS 
PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS
Frutos: são as utilidades produzidas, periodicamente, por uma coisa. Podem ser NATURAIS, como os filhotes de um animal, os frutos de uma árvore, o leite de uma vaca etc.; INDUSTRIAIS, como os laticínios em relação ao leite e ao homem, a produção de uma fábrica em relação à matéria-prima e ao ho­mem etc.; ou CIVIS, assim entendidos os salários, juros, lucros e alugueres.
Produtos: são as utilidades que se extraem de uma coisa, diminuindo-lhe a quantidade, como as pedras de uma pedreira. São recursos não renováveis.
BENS 
PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS
Os bens acessórios podem ser:
III) BENFEITORIAS:
Benfeitoria: é toda obra ou despesa realizada em coisa móvel ou imóvel, com o fito de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la. 
Podem elas se incor­porar tanto a bens móveis quanto a imóveis.
BENS 
PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS
3 ESPÉCIES:
Benfeitoria Necessária: é a benfeitoria que for realizada para conservar a coisa, im­pedindo que se deteriore ou pereça.
Benfeitoria Útil: é a que se realiza para otimizar o uso da coisa, aumen­tando-o ou facilitando-o.
Benfeitoria Voluptuária: deve-se entender as de mero deleite, re­creio, aformoseamento, que não otimizem o uso habitual da coisa, ainda que a tornem mais agradável ou aumentem-lhe o valor.
BENS 
PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS
Não se consideram benfeitorias as acessões imobiliárias, sejam físicas ou intelectuais. Dessa forma não se amoldam ao conceito as plantações e edificações. Tampouco se reputam benfeitorias a pintura em relação à tela, a escultura em relação à matéria-prima, nem os escritos ou outros trabalhos gráficos em relação ao material sobre o qual sejam feitos.
BENS 
PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS
SEGUNDA CLASSE
BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
ARTIGOS 92 A 97 DO CC
LEITURA E INTERPRETAÇÃO
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
CAPÍTULO II
Dos Bens Reciprocamente Considerados
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
TERCEIRA CLASSE
BENS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO À PESSOA
Serão públicos ou privados, de acordo com quem seja o titular do direito subjetivo sobre eles.
Bens públicos: são os pertencentes às pessoas jurídicas de Direito Público interno.
Bens particulares: são os pertencentes às pessoas de Direito Privado, sejam naturais ou jurídicas.
BENS 
PÚBLICOS E PARTICULARES
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; (destinados à utilização pelo público em geral).
BENS PÚBLICOS
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual,territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
BENS PÚBLICOS
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. (constituem o patrimônio disponível do Estado).
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
BENS PÚBLICOS
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Lembrem-se da DESAFETAÇÃO!!!
BENS PÚBLICOS
QUARTA CLASSE
BENS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO A SUA COMERCIABILIDADE
BENS NO COMÉRCIO E FORA DO COMÉRCIO 
BEM DE FAMÍLIA
Bens no comércio: os bens que se acham no comércio podem ser alienados e adquiridos livremente.
Bens fora do comércio: são os que não podem ser apropriados nem alienados.
*Comércio é a circulação econômica. É a troca de bens.
BENS NO COMÉRCIO 
E FORA DO COMÉRCIO 
3 ESPÉCIES DE BENS FORA DO COMÉRCIO 
a) Os insuscetíveis de apropriação por natureza: são os bens que pertencem a todos, como ar, a água corrente, a luz do sol.
b) Bens legalmente inalienáveis ou indisponíveis: são os que a lei proíbe a alienação, como herança de pessoa viva, os benefícios previdenciários, os bens públicos, etc. 
c) Bens inalienáveis por vontade humana: são os bens gravados com a cláusula de inalienabilidade, temporária ou vitalícia. É estabelecida em doação ou testamento; ou ainda resulta da instituição do bem de família.
BENS NO COMÉRCIO 
E FORA DO COMÉRCIO 
O bem de família é o instituto que permite, mediante escritura pública, que o chefe de família separe do seu patrimônio, com fim de protegê-la, um prédio urbano ou rural de valor ilimitado, observadas as disposições legais pertinentes, com a cláusula de não ser executável por dívida, salvo decorrente de impostos ou despesas de condomínio, destinando-o ao domicílio da família, enquanto viverem os cônjuges, o prédio não entra no inventário. 
Está regulado nos artigos 1711 a 1722 do Código Civil e na Lei 8009/90, que dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. 
O exercício desse direito pelo chefe de família pressupõe a inexistência de dívidas, no ato de instituição, cujo pagamento possa ser prejudicado.
O imóvel escolhido fica a salvo da execução por dívidas posteriores ao ato, mas não pode ser alienado, ou ter outro destino, sem anuência dos interessados.
A respectiva escritura pública deverá registrar-se no competente registro geral de imóveis, e publicar-se, pela imprensa, para completa e geral ciência.
BEM DE FAMÍLIA

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