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Seminário Empresarial

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Seminário Empresarial
Conceito de Recuperação Judicial: é uma medida jurídica legal utilizada para tentar evitar a falência de uma empresa. ... A recuperação judicial está prevista no capítulo três da chamada “Lei de Falências e Recuperação de Empresas – LFRE (Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005).
Pressupostos: Para se obter a recuperação judicial em juízo é necessário que o devedor obedeça alguns pressupostos, como dispõe o art. 48
Meios de Recuperação: A lei elenca meios dos mais variados, desde a concessão de prazos e condições especiais para pagamento da dívida a emissão de valores mobiliários, que podem ser utilizados pela empresa em recuperação judicial para a recuperação financeirada empresa e consequente pagamento de todos os credores.Elencadas no art. 50
Do pedido e do processamento da recuperação judicial: 
PEDIDO E PROCESSAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL
PETIÇÃO INICIAL
O meio pelo qual se realiza um pedido de recuperação judicial é através de um documento denominado na linguagem jurídica de petição inicial, também conhecida como:  peça vestibular, peça autoral, peça prefacial, peça preambular, peça exordial, peça isagógica, peça introdutória, petitório inaugural, peça pórtica.
A petição inicial é a peça processual que instaura o processo jurídico, levando ao Juiz-Estado os fatos constitutivos do direito, também chamados de causa de pedir, os fundamentos jurídicos e o pedido.
As regras, critérios, procedimentos em relação a petição inicial estão definidos no Código de Processo Civil Brasileiro no artigo 282, o qual estabelece os requisitos fundamentais para que a petição inicial seja apta ao acolhimento e deferida pelo Juiz.
Além dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido, constarão: o Juiz ou Tribunal a que se dirige o Autor; os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu; requerer a prestação jurisdicional, detalhando o pedido e declinar o valor da causa; e, por fim, deve requerer a citação do réu para que, não apresentando defesa, ocorram os efeitos da revelia, o que a mesma ocorre quando o réu não venha a se manifestar no processo que está sendo proposto contra ele.
PETIÇÃO INICIAL NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Além de ser observado e cumprido com as regras gerais que estão definidas no Código de Processo Civil no artigo 282, na Lei de Recuperação Empresarial, a petição inicial de recuperação judicial será instruída com:
a) a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões da crise econômico-financeira;
b) as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de:
        a) balanço patrimonial;
        b) demonstração de resultados acumulados;
        c) demonstração do resultado desde o último exercício social;
        d) relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção.
E ainda:
a)  a relação nominal completa dos credores, inclusive aqueles por obrigação de fazer ou de dar, com a indicação do endereço de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente;
b) a relação integral dos empregados, em que constem as respectivas funções, salários, indenizações e outras parcelas a que têm direito, com o correspondente mês de competência, e a discriminação dos valores pendentes de pagamento;
c) certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas, o ato constitutivo atualizado e as atas de nomeação dos atuais administradores;
d)  a relação dos bens particulares dos sócios controladores e dos administradores do devedor;
e)  os extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais aplicações financeiras de qualquer modalidade, inclusive em fundos de investimento ou em bolsas de valores, emitidos pelas respectivas instituições financeiras;
f) certidões dos cartórios de protestos situados na comarca do domicílio ou sede do devedor e naquelas onde possui filial;
g) a relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais em que este figure como parte, inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativa dos respectivos valores demandados.
Destaque-se que os documentos de escrituração contábil e demais relatórios auxiliares, na forma e no suporte previstos em lei, permanecerão à disposição do juízo, do administrador judicial e, mediante autorização judicial, de qualquer interessado.
No caso das microempresas e empresas de pequeno porte na petição inicial, poderão apresentar livros e escrituração contábil simplificados nos termos da legislação específica. Veja também: Plano de Recuperação Judicial - Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.
O Juiz poderá determinar o depósito em cartório os documentos ou de cópia destes, de escrituração contábil e demais relatórios, bem como os livros e escrituração contábil simplificada apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno porte.
PROCESSAMENTO
Estando a petição inicial devidamente instruída com a documentação ora exigida, o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato: a) nomeará o administrador judicial, b) determinará a dispensa da apresentação de certidões negativas para que o devedor exerça suas atividades, exceto para contratação com o Poder Público ou para recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,  c) ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor,  permanecendo os respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas as ações ação que demandar quantia ilíquida, ações de natureza trabalhista, ações de natureza de execução fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, e as relativas a créditos; d) determinará ao devedor a apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição de seus administradores; e) ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento.
EXPEDIÇÃO DE EDITAL
O juiz ordenará a expedição de edital, para publicação no órgão oficial, que conterá:
a) o resumo do pedido do devedor e da decisão que defere o processamento da recuperação judicial;
b) a relação nominal de credores, em que se discrimine o valor atualizado e a classificação de cada crédito;
c) a advertência acerca dos prazos para habilitação dos créditos, (os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados). e para que os credores apresentem objeção ao plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor, o que terão o prazo de 30 (trinta) dias para fazer isto.
DEFERIMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Deferido o processamento da recuperação judicial, os credores poderão, a qualquer tempo, requerer a convocação de assembleia-geral para a constituição do Comitê de Credores ou substituição de seus membros, e ainda  o que se houver credores que representem no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) do valor total dos créditos de uma determinada classe poderão requerer ao juiz a convocação de assembleia-geral.
No caso da suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor,  caberá ao devedor comunicar a suspensão aos juízos competentes.
DESISTÊNCIA DO PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
O devedor não poderá desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de seu processamento, salvo se obtiver aprovação da desistência na assembleia-geral de credores.
APRESENTAÇÃO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência.Veja detalhes no tópico Plano de Recuperação Judicial.
Plano de recuperação judicial: 
O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência, e deverá conter:
1 – discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados, conforme o art. 50 da Lei 11.101/2005, e seu resumo;
2– demonstração de sua viabilidade econômica; e
3 – laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, subscrito por profissional legalmente habilitado ou empresa especializada.
O juiz ordenará a publicação de edital contendo aviso aos credores sobre o recebimento do plano de recuperação e fixando o prazo para a manifestação de eventuais objeções, observado o art. 55 da Lei 11.101/2005.
O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido de recuperação judicial.
O plano não poderá, ainda, prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de recuperação judicial.
Procedimento de Recuperação Judicial: A finalidade do procedimento de recuperação judicial, para o devedor, do ponto de vista estritamente jurídico é obter a NOVAÇÃO das dívidas, ou seja, acordar um valor diferente do que foi inicialmente acordado. Deve-se apresentar o plano de pagamento em 60 dias. Se não apresentar o plano neste prazo, a falência é decretada.
Convolação da RC em Falência: Convolação, em direito, consiste em se passar de um estado civil para outro. Portanto, a convolação da recuperação judicial em falência consiste na rejeição da primeira para o estado de falência, pelos motivos expressos na lei.
O objetivo da recuperação judicial é viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
Entretanto, o devedor, empresário, sociedade empresária, microempresas, e empresas de pequeno porte,  deverão cumprir com todas as exigências e procedimentos que a Lei de Recuperação Empresarial define, e em caso do não cumprimento das normas e regras ali estabelecidas, ocorrerá a decretação da falência pelo Juiz.
Conforme está previsto na Lei de Recuperação Empresarial - Lei 11.101/2005, no artigo 73 e incisos, o juiz decretará a falência: a) por deliberação da assembleia geral de credores; b) pela não apresentação pelo devedor do plano de recuperação; c) quando houver sido rejeitado o plano de recuperação; e d) por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação.
Segunda Parte Seminário:
a) segundo a legislação brasileira o que se entende por Recuperação Judicial?
Resposta: é uma medida jurídica legal utilizada para tentar evitar a falência de uma empresa.
b) qual a importância da recuperação judicial no momento de crise econômico
-financeira de um país? 
Resposta: Em um contexto de crise econômica e situação deficitária das contas públicas, de forma geral, é necessário assegurar soluções que viabilizem o equilíbrio financeiro das empresas. Entre as possibilidades a serem consideradas, deve-se destacar a recuperação judicial, como forma de preservar a atividade econômica do negócio.
A Lei nº 11.101/2005, que estabelece a recuperação judicial no Brasil, permitiu que fossem deferidos, nos últimos dez anos, mais de 6.200 pedidos. Cerca de 50% destes casos foram solicitados nos últimos dois anos, evidenciando o período de recessão pelo qual o país foi atingido. Embora seja um instrumento importante para empresas do middle market, a recuperação judicial também se mostrou uma solução viável para grandes corporações. É o caso, por exemplo, da OAS, Schahin, OGX, Oi e PDG.
Quando proposto, o plano de recuperação deve conter um panorama da empresa e do mercado onde ela atua, apresentando a lista de todos os credores com as quais a companhia se relaciona e com uma definição de classe de cada credor e valor. Além de premissas e metas que possibilitem projeções futuras dos resultados, o projeto deve ainda incluir um cronograma de pagamento da dívida com valores, prazos e parcelas.
 A aprovação de um plano de recuperação judicial passa pela Assembleia Geral de Credores (AGC) e tem sua aplicação acompanhada pelo Administrador Judicial (AJ), figura designada logo no início do processo pelo juiz responsável pela sua condução. Este modelo visa oferecer segurança e transparência aos envolvidos.
 A grande vantagem da recuperação judicial é que a gestão da companhia pode colocar em prática um plano de ação, com respaldo jurídico, cujo objetivo é o retorno sustentável ao pleno funcionamento da empresa. É possível organizar o pagamento de dívidas com carências, manter a atividade, voltar a negociar com os fornecedores, ter condições de continuar pagando os salários, voltar a vender de forma competitiva, ou seja, a empresa tem condições de pensar novamente no futuro.
Em um mercado carente de opções de financiamento, que se depara hoje com cerca de 14 milhões de trabalhadores desempregados, podemos afirmar que a recuperação judicial tem contribuído de forma importante para uma melhor perspectiva econômica do país. A recuperação judicial é fundamental para a continuação do negócio, a manutenção de emprego e proteção aos direitos dos credores. 
O artigo foi escrito por Mauro Johashi, que é sócio da área de Advisory da BDO.
No entanto não é só a recuperação judicial de empresas que possui importância fundamental para o bom funcionamento da economia e para a superação da crise. Também a falência é instrumento legal essencial para que os mesmos valores sejam tutelados. Vale dizer, na falência busca-se tutelar também os mesmos benefícios econômicos e sociais protegidos na recuperação judicial da empresa. Apenas os meios são diversos, na medida em que na recuperação judicial lida-se com uma empresa em crise, mas viável e, portanto, passível de ter suas atividades preservadas. Já na falência, tem-se uma empresa em crise e inviável, sem condições de continuar em funcionamento. Nesse sentido, na falência, a preservação daqueles benefícios econômicos e sociais não será feita pela preservação do que não merece ser preservado, mas sim pela criação de oportunidades de mercado para outras empresas saudáveis e pela realocação de bens de atividades improdutivas para atividades produtivas. Existem empresas que entram em crise porque perderam viabilidade econômica. Em relação a essas empresas, o Estado não deve agir para tentar salvá-las, quando os agentes de mercado (incluindo aqui os consumidores) já atestaram que elas não são mais capazes de gerar os benefícios econômicos e sociais que se espera de seu funcionamento (bons produtos, serviços competitivos, geração de empregos, recolhimento de tributos, dentre outros). Manter em funcionamento de forma artificial empresas inviáveis não atende ao interesse social. Ao contrário, atuar no sentido de tentar salvar empresas inviáveis causa imenso prejuízo social, na medida em que, por exemplo, outras empresas saudáveis poderão falir por não terem condições de competir com empresas que só existem em função da ajuda judicial.
Empresas inviáveis devem falir e isso não é ruim. Ao contrário do que muitos poderiam pensar, a falência é instrumento de saneamento da economia, retirando do mercado empresas inviáveis e abrindo a possibilidade para que outras empresas possam ocupar o espaço deixado pelas falidas, produzindo os benefícios econômicos e sociais delas esperados.
A decretação da quebra de uma empresa inviável retira do mercado um agente defeituoso, que ocupava injustificadamenteo espaço que poderia ser ocupado por outra empresa capaz de produzir bons produtos, prestar bons serviços, gerar um maior número de empregos (com mais qualidade) e recolher tributos em volume mais expressivo.
Portanto, pode-se concluir que um sistema de falência rápido e eficaz também é essencial para que o Brasil supere o momento de crise econômica. Não só a recuperação judicial de empresas existe em função do princípio da preservação da empresa. Na falência, esse mesmo princípio é tutelado, não pela preservação da atividade inviável, mas sim pela preservação das atividades empresariais que surgirão em função da retirada do mercado daquela empresa falida, com o reaproveitamento de seus ativos antes vinculados a atividades improdutivas.
c) quais os meios que a empresa pode utilizar como forma de recuperar a empresa em crise financeira? 
Resposta: Artigo 50 da lei nº 11.101
d) quais os procedimentos que devem ser tomados pela empresa que deseja utilizar-se do instituto da RJ?
Resposta: Deverá ser elaborada uma petição inicial conforme as regras do artigo 51 da lei. Devendo ser elaborada um plano de recuperação judicial no prazo improrrogável de 60 dias sob pena de convolação em falência. Cabe ressaltar que esse plano deve ser verdadeiro e com reais intenções de recuperar a empresa. O que é vista muitas das vezes são empresários maquiando os planos o que são verdadeiras fraude contra credores.
e) quais os resultados esperados pela empresa que se utiliza da RJ como meio de enfrentar a crise financeira?
pessoas que, por força de normas, estão impedidas de fazer parte das empresas.
Resposta: As decisões empresariais são tomadas em ambientes de incertezas, não havendo possibilidade de proteção total dos riscos inerentes à atividade, pois os contratos são incompletos e há assimetria de informações.
A dificuldade das empresas brasileiras no desempenho de suas atividades sempre existiu, seja pelas características do próprio mercado, também em razão dos elevados juros cobrados, seja pela ausência de apoio do Estado.
Em tempos de crise econômica, como a que se atravessa, o problema que já era grande se torna uma enorme dificuldade, podendo, se não tratado adequadamente, levar ao encerramento da atividade empresarial.
As interferências na realidade do mercado, em razão da escassez do crédito e o encolhimento da economia, afetam as estruturas empresariais, colocando em risco todo o mercado, deflagrando a necessidade de recuperação de certas empresas urgentemente.
Neste cenário, a legislação brasileira, através da Lei de Recuperação de Empresas – Lei nº 11.101/2005, reconhece a necessidade de preservação da empresa, que visa recuperar empreendimentos produtivos, que atravessam momentos de dificuldades, seja por motivos globais, como a crise econômica, ou por razões específicas do próprio mercado.  
A Lei funciona como um minimizador dos impactos das incertezas no mundo dos negócios e sinaliza aos agentes do mercado a forma como serão resolvidos os conflitos quando uma empresa se encontra em uma situação de insolvência, buscando sanear a economia.
No mesmo sentido da Legislação empresarial de outros Países, como França, Alemanha, Portugal e Estados Unidos, visa dar maior proteção aos direitos dos credores, com a preservação da empresa como ente produtivo e preservação do empreendedor como fator social de geração de empregos.
Para melhor entendimento, cita-se os princípios que nortearam a criação da Lei de Recuperação de Empresas, que são, dentre outros:
- preservação da empresa;
- separação dos conceitos de empresa e de empresário;
- recuperação de empresas efetivamente recuperáveis;
- retirar do mercado empresas não recuperáveis;
- proteção ao trabalhador;
- redução do custo do crédito no Brasil;
- segurança jurídica;
- participação ativa dos credores.
Na prática, permite-se à empresa em dificuldade, através da elaboração de um plano de recuperação judicial de empresa, buscar a reestruturação de seus negócios. O plano de recuperação deve consistir basicamente em:
- Histórico da Empresa
- Análise dos Aspectos Internos
- Pontos Fortes – Pontos Fracos – Estratégias para reduzir pontos fracos
- Análise macroeconômica (aborda política monetária , cambial , tributária)
- Análise campo de atuação (comparação da vocação com o campo de atuação mostrando se a empresa está focada em atividades de alto custo e baixa produtividade - necessidade de terceirizar setores)
- Índices Econômicos – financeiros (Fornecendo a visão de um aspecto específico da situação ou do desempenho da empresa)
- Fluxos de Caixa (Apresentação do Fluxo de Caixa Projetado antes e após as amortizações – pagamentos aos credores)
- Reestruturação da Empresa (Apresentar propostas de gestão financeira com a finalidade de promover o saneamento e posteriormente o desenvolvimento da empresa)
-  Conclusão do Plano com sua apresentação, implantação e acompanhamento de resultados.
Na recuperação da empresa, os objetivos são, dentre outros:
- concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas;
– cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente;
– alteração do controle societário;
– aumento de capital social;
– trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados;
– redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva;
– dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou de terceiro;
– constituição de sociedade de credores;
– venda parcial dos bens;
– equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica;
– usufruto da empresa;
– administração compartilhada;
Atualmente, diante das considerações expostas, a maior parte das empresas que buscam a recuperação pelas vias legais encontram amparo na possibilidade de elaborar um plano em que obtenham concessão de prazos para pagamento de suas obrigações vencidas ou vincendas. Vale esclarecer, que há créditos que não se submetem às suspensões, tais como débitos fiscais e com garantia real, conforme descrito na Lei.
Vale citar que, de acordo com legislação, a recuperação pode ser judicial ou extrajudicial, bem como ser feita por meio de plano especial para micro e pequenas empresas.
Na recuperação extrajudicial o procedimento é mais simplificado, basicamente, há uma reunião entre credores e devedores, onde se realiza um acordo que deve ser homologado no Judiciário. Com características também especiais, a recuperação judicial para micro e pequenas empresas procura propiciar simplicidade ao empresário com redução dos custos operacionais, objetivando recuperar a micro e pequena empresa.
Na recuperação judicial, ocorre o acompanhamento das atividades empresariais por um administrador judicial de confiança do Juiz. Será designada assembléia de credores para aprovação do plano de recuperação, nas formas descritas detalhadamente na Lei de Recuperação e Falências. Em caso de descumprimento do plano de recuperação pelo devedor, será decretada sua falência.
Desta forma, considerando o suscinto relato sobre a Lei que regula a recuperação de empresas e falências no Brasil, pode-se concluir que suas formas e benefícios são instrumentos eficazes a empresas que atravessam crise econômica financeira, com a escassez do crédito, como a que se enfrenta na atualidade.  
Portanto, exige-se destas empresas um tratamento específico e particular na revisão de seu planejamento empresarial, com a elaboração de um diagnóstico para identificação dos pontos fortes e fracos e, se for o caso, pleitear sua recuperação da forma ideal, antes queseja tarde demais.
É fato que gestores, diretores e demais profissionais do corpo diretivo da empresa deverão ter bases sólidas de conhecimento, para recuperar a empresa, cada qual em sua especialidade, capazes de interagir com o novo cenário econômico mundial, devendo agregar valor no ato da prestação de serviço, pois, se isso não acontecer, estão fazendo parte do problema e não da solução.
 
Impostos cobrados no Brasil para empresa:
Existem muitos impostos que são cobrados de micro, pequenas, médias e grandes empresas, sejam eles municipais, estaduais ou federais. O seu contador poderá explicar melhor quais você deverá pagar pelo seu empreendimento. Porém, apresentamos os principais deles para que você já fique familiarizado com as siglas quando elas lhes forem apresentadas.
COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
CPP – Contribuição Previdenciária Patronal
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
IRPJ – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica
ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
PIS – Programa de Integração Social
Escolha o regime de tributação correto para a sua empresa
Simples Nacional: Esse é o menos burocrático de todos eles e é recomendado para negócios que faturam até R$ 3,6 milhões por ano – micro e pequenas empresas. Aqui, são reunidos os principais impostos e taxas e a arrecadação varia entre 16% a 22%, dependendo do faturamento do empreendimento.
Lucro presumido: Nesse regime de tributação, IRPJ e CSLL são calculados usando a margem de lucro presumida da atividade da empresa. Por exemplo: comércios presumem um faturamento médio de 8%, enquanto serviços são bem mais do que isso: 32%. Ele pode ser aplicado em empresas que faturam até R$ 78 milhões de reais por ano.
Lucro real: O cálculo dos impostos (IRPJ e CSLL) é feito em cima do faturamento real da empresa que deve ser comprovado pelo contador. Ele é opcional para empreendimentos que faturam até R$ 78 milhões por ano e, para negócios que ganham acima disso, ele é obrigatório. Tanto aqui como no Lucro Presumido os demais impostos são calculados separadamente.

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