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ina, assinaram nesta quarta-feira (12.11.2014) em Pequim um acordo para a luta contra a mudança climática, que incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera.
A iniciativa constitui o primeiro anúncio de corte das emissões de gases poluentes por parte da China e mais um pelos EUA.
Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020.
Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora isso possa começar antes. Segundo o presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis.
Estados Unidos e China representam juntos 45% das emissões planetárias de CO2, um dos gases apontado como culpado pela mudança climática. A União Europeia representa 11%. No mês passado, o bloco se comprometeu a reduzir em pelo menos 40% as emissões até 2030, na comparação com os níveis de 1990.
Disponível em <http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/11/eua-e-china-anunciam-acordo-para-reduzir-emissao-de-gases-poluentes.html>.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. O comprometimento da China em reduzir as emissões de poluentes até 2030 significa que a poluição proveniente do país continuará em crescente aumento por mais uma década.
II. Apesar da importância do acordo entre Estados Unidos e China, a União Europeia será responsável por um corte maior nos volumes de gases poluentes emitidos do que o corte dos dois países, uma vez que reduzirá 40% das emissões.
III. Se Estados Unidos e China, juntos, cumprirem a meta de cortar 28% da emissão dos gases poluentes, eles serão responsáveis por 27% das emissões planetárias em 2025.
Assinale a alternativa correta.
	Resposta Selecionada:
a. 
Nenhuma afirmativa está correta.
Pergunta 4
0 em 1 pontos
	
	
	
	
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. A charge e o texto indicam a impossibilidade de um mundo fora do alcance do capital internacional, já que a base material por meio da qual se produz a história humana impede críticas ao discurso hegemônico da globalização.
II. A charge revela a globalização como fábula, uma vez que o fluxo de mercadorias e de capital não altera a vida das comunidades rurais e a realidade é ignorada pelos seus habitantes.
III. A charge enaltece o progresso que a globalização promove, o que descaracteriza seu caráter perverso, descrito no texto de Milton Santos.
IV. O foco do texto é apregoar os benefícios da globalização, que permite produção em alta velocidade e circulação contínua das informações, com extraordinário progresso das ciências e das técnicas.
Com base na leitura, assinale a alternativa certa.
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
a. 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
	
	
	
Pergunta 5
1 em 1 pontos
	
	
	
	Literatura: Mário de Andrade e a cultura brasileira.
Leia a notícia e o poema a seguir.
O paulista Mário de Andrade, autor de "Macunaíma" e "Amar, Verbo Intransitivo", será o homenageado da 13ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que acontece entre os dias 1º e 5 de julho
A homenagem ao poeta, romancista, agitador e gestor cultural acontece no ano em que completam 70 anos de sua morte e, portanto, no ano que antecede a queda de sua obra em domínio público.
“O nome de Mário sempre vem à baila, sempre esteve na mira da Flip. Neste ano, além de uma efeméride – os 70 anos de morte – que, no caso dele, pode ter o peso de uma verdadeira revisão da obra, de novas leituras e perspectivas para compreender sua obra, pesou a ligação da obra dele com projetos que a Casa Azul, que faz a Flip, está desenvolvendo, por exemplo, no Museu do Território", diz o curador da Flip, Paulo Werneck.
Ele lembra que a Flip deve muito a Mário de Andrade, inclusive porque "Paraty está preservada porque Mário criou o Sphan [Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] no final dos anos 30. Hoje Paraty é candidata a patrimônio da humanidade da Unesco e abriga a Flip, que deve muito à Semana de Arte Moderna, por exemplo".
Entre os temas de interesse do autor e que podem pautar o debate nesta edição, estão a cultura popular e a indústria cultural, o patrimônio material e imaterial, a língua falada e escrita e a cultura indígena – além, é claro, da literatura.
Transformações
O diretor geral da Flip, Mauro Munhoz, diz que a obra de Mário "reverbera de maneira ainda mais intensa numa cidade como Paraty, que ainda vive em seu dia a dia os dilemas culturais da modernização."
Dois autores cujas obras são ligadas a Mário de Andrade, o artista Odilon Moraes, que ilustrou "Será o Benedito!" (Cosac Naify), e a escritora Luciana Sandroni, que assina a biografia "O Mário que Não é de Andrade" (Companhia das Letrinhas), estão confirmados para a Flipinha.
A Nova Fronteira, que detém até o final do ano os direitos exclusivos da obra literária do modernista, planeja uma edição do romance inédito "Café", preparado pela equipe do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB/USP), além de um volume de contos e crônicas e uma versão em HQ de "Macunaíma".
Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/01/1576130-mario-de-andrade-sera-o-autor-homenageado-da-13-edicao-da-flip.shtml>.
Quando eu morrer quero ficar
(Mário de Andrade)
Quando eu morrer quero ficar, 
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade, 
Saudade. 
Meus pés enterrem na rua Aurora, 
No Paissandu deixem meu sexo, 
Na Lopes Chaves a cabeça 
Esqueçam. 
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano: 
Um coração vivo e um defunto 
Bem juntos.
Escondam no Correio o ouvido 
Direito, o esquerdo nos Telégrafos, 
Quero saber da vida alheia, 
Sereia.
O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade. 
Saudade...
Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...
As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.
Disponível em <http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/mario01.htm>.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas.
I. O poema revela o desejo do poeta de morrer e ter seu corpo fragmentado, em um ritual de automutilação.
II. De acordo com a notícia, vários aspectos da obra de Mário de Andrade serão temas de debate na Flip, que será realizada em Paraty, cidade muito retratada nos poemas do autor.
III. O poema revela a identificação do autor com a cidade de São Paulo e a distribuição de seu corpo está ligada às experiências subjetivas do poeta.
IV. De acordo com a notícia, a homenagem a Mário de Andrade na Flip tem como objetivo fazer a revisão e a releitura de seus textos, uma vez que a editora detentora dos direitos autorais, até o momento, não tem contribuído para a divulgação de suas obras.
Está correto o que se afirma somente em:
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
e. 
III.
	
	
	
Pergunta 6
1 em 1 pontos
	
	
	
	Sustentabilidade: energia eólica.
Leia o texto a seguir.
                                     Energia eólica no Brasil
No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de água nas barragens hidrelétricas do país, causando uma grave escassez de energia. A crise, que devastou a economia do país e levou ao racionamento de energia elétrica, ressaltou a necessidade urgente do país em diversificar suas fontes de energia.
(...) A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 1992. Dez anos depois, o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis, como eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).
(...) Desde a criação do Proinfa, a produção de energia eólica no Brasil aumentou de 22MW em 2003 para cerca de 1000MW em 2011 (quantidade suficiente para abasteceruma cidade de cerca de 400 mil residências).
(...) Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para gerar cerca de 140GW.
O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro, coincidindo com os meses de menor intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em que falta chuva é exatamente quando venta mais! Isso coloca o vento como uma grande fonte suplementar à energia gerada por hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica do país. Durante esse período podem-se preservar as bacias hidrográficas fechando ou minimizando o uso das hidrelétricas. O melhor exemplo disto é na região do Rio São Francisco. Por essa razão, esse tipo de energia é excelente contra a baixa pluviosidade e a distribuição geográfica dos recursos hídricos existentes no país.
A maior parte dos parques eólicos se concentra nas regiões nordeste e sul do Brasil. No entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração desse tipo de energia.
Disponível em <http://evolucaoenergiaeolica.wordpress.com/energia-eolica-no-brasil/>.
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.
I. De acordo com o texto, a energia eólica é uma alternativa viável para atender à demanda de cidades com até 400 mil habitantes.
II. Em 2011, a energia eólica gerada no Brasil foi de menos de 1% do potencial eólico do país.
III. De 2003 a 2011, a produção de energia eólica cresceu 978%.
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
b. 
Apenas a afirmativa II está correta.
	
	
	
Pergunta 7
0 em 1 pontos
	
	
	
	Sociedade brasileira: corrupção.
Leia o texto e a charge a seguir.
Corrupção no Brasil: das colônias a todas as esferas da política e do mercado
O Brasil sofre com a corrupção desde antes de ganhar este nome. Junto com as caravelas, chegou e se desenvolveu também a prática que ajuda a manter o status da elite e as amarras do povo, sempre à mercê dos mais diversos esquemas, em uma herança corruptora passada de geração a geração. Talvez o país nunca tenha a real dimensão dos crimes praticados, que garantiriam manchetes muito mais arrepiantes do que as que costumam escandalizar a sociedade brasileira. E as relações promíscuas não se limitam ao poder público, na esfera privada também é comum. O Jornal do Brasil levanta alguns casos para ilustrar a quincentenária pilhagem do bem público.
Apesar de não ser de exclusividade do Brasil, a corrupção teve um desenrolar específico nestas terras. Como a Corte precisava convencer pessoas a trabalharem em um desconhecido Brasil, oferecia privilégios em funções desempenhadas sem vigilância e definição de papéis, para garantir a ocupação das terras e a criação de instituições. Práticas de corrupção passaram a permear diversos níveis do funcionalismo público, passando do governador, dos tabeliães e dos oficiais de justiça para chegar até os cargos mais baixos da Câmara - funcionários que tinham a prática de favorecer ou prejudicar comerciantes, sob pagamento de propina, por exemplo, indicam documentos históricos. Vide também o tráfico de escravos africanos, que era visto sem maiores problemas apesar de denúncias de autoridades internacionais.
A corrupção se tornava frequente até nos locais em que a Coroa prestava maior atenção, como no litoral do país, mas em locais menos notados, como Minas Gerais e Goiás, devido à distância e às dificuldades de transporte, as coisas aconteciam de forma ainda pior. A Coroa, inclusive, estimulava que os fidalgos fizessem o que quisessem para mandar e garantir a posse de territórios.
A corrupção eleitoral e a relacionada a obras públicas surgiram logo com a proclamação da Independência, em 1822. Visconde de Mauá, por exemplo, que fundou a indústria naval brasileira em 1846, ao construir estaleiros da Companhia Ponta da Areia, em Niterói, recebeu licença para a exploração de cabo submarino e a transferiu a uma companhia inglesa da qual se tornou diretor. Projetos de grande porte para o país recém-liberto do império se tornavam fonte de dinheiro fácil para grupos oligárquicos.
Mais à frente, com a proclamação da República em 1889, veio a Política dos Governadores, a influência dos coronéis e o voto de cabresto. Acabava o "voto censitário", que definia renda mínima para qualificar o eleitor, mas vinham outras formas de controlar quem poderia chegar ao poder. Entre 1894 e 1930, o país teve o governo de presidentes civis ligados ao setor agrário, que controlavam as eleições mantendo-se no poder de maneira alternada.
O professor e autor de livros didáticos de história Roberto Catelli Jr., no artigo A República do Voto, relata que, como o voto não era obrigatório nem secreto, o coronel oferecia dinheiro, roupas e chapéus para que os eleitores comparecessem às urnas, e os capangas verificavam o preenchimento da cédula. Ao apurar os votos, eleitores eram inventados e atas com resultados eram adulteradas. Ainda havia a Comissão de Verificação de Poderes, para criar argumentos para não empossar candidatos da oposição (degola) e diplomar representantes da oligarquia. Muitos outros casos foram surgindo ao longo do século seguinte, como o caso de corrupção eleitoral que levou Getúlio Vargas ao seu primeiro ciclo de poder e os casos de corrupção e desvio de verbas na construção de Brasília no governo JK. Da ditadura, também não faltam histórias.
Disponível em <http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/12/14/corrupcao-no-brasil-das-colonias-a-todas-as-esferas-da-politica-e-do-mercado/>. Acesso em 14 ago. 2015 (com adaptações).
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
a. 
I e IV.
	
	
	
Pergunta 8
0 em 1 pontos
	
	
	
	Preconceito: xenofobia.
Com base no texto a seguir, analise as afirmativas.
                                          O vírus letal da xenofobia
                                                    Eliane Brum
Uma epidemia, como Albert Camus sabia tão bem, revela toda a doença de uma sociedade. A doença que esteve sempre lá, respirando nas sombras (ou nem tão nas sombras assim), manifesta sua face horrenda. Foi assim no Brasil na semana passada. Era uma suspeita de ebola, fato suficiente, pela letalidade do vírus, para exigir o máximo de seriedade das autoridades de saúde, como aconteceu. Descobrimos, porém, a deformação causada por um vírus que nos consome há muito mais tempo, o da xenofobia. E, como o outro, o “estrangeiro”, a “ameaça”, era africano da Guiné, exacerbada por uma herança escravocrata jamais superada. O racismo no Brasil não é passado, mas vida cotidiana conjugada no presente. A peste não está fora, mas dentro de nós.
Foi ela, a peste dentro de nós, que levou à violação dos direitos mais básicos do homem sobre o qual pesava uma suspeita de ebola. Contrariando a lei e a ética, seu nome foi exposto. Seu rosto foi exposto. O documento em que pedia refúgio foi exposto. Ele não foi tratado como um homem, mas como o rato que traz a peste para essa Oran chamada Brasil. Deste crime, parte da imprensa, se tiver vergonha, se envergonhará.
Ainda existe a espera de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa se der negativo ou positivo, devemos desculpas.
Não sei se há desamparo maior do que alcançar a fronteira de um país distante, nessa solidão abissal. E pedir refúgio, essa palavra-conceito tão nobre, ao mesmo tempo tão delicada. E então se sentir mal, e cada um há de saber como a fragilidade da carne nos escava. Corrói mesmo aqueles que têm o melhor plano de saúde num país desigual. Ele, desabitado da língua, era desterrado também do corpo. Para alcançar o que viveu o homem desconhecido, porque o que se revelou dele não é ele, mas nós, é preciso vê-lo como um homem, não como um rato que carrega um vírus. Para alcançá-lo, é preciso vestir o homem. Mas só um humano pode vestir um humano.
E logo ouviu-se o clamor. Não é hora de fechar as fronteiras?, cobrou-se das autoridades. Que os ratos fiquem do lado de fora, onde sempre estiveram. Que osratos apodreçam e morram. Para os ratos não há solidariedade nem compaixão. Parece que nada se aprendeu com a Aids, com aquele momento de vergonha eterna em que os gays foram escolhidos como culpados, o preconceito mascarado como necessária medida sanitária.
E quem são os ratos, segundo parte dos brasileiros? Há sempre muitos, demais, nas redes sociais, dispostos a despejar suas vísceras em praça pública. No Facebook, desde que a suspeita foi divulgada, comprovou-se que uma das palavras mais associadas ao ebola era “preto”. “Ebola é coisa de preto”, desmascarou-se um no Twitter. “Alguém me diz por que esses pretos da África têm que vir para o Brasil com essa desgraça de bactéria (sic) de ebola”, vomitou outro. “Graças ao ebola, agora eu taco fogo em qualquer preto que passa aqui na frente”, defecou um terceiro. Acreditam falar, nem percebem que guincham.
“Descrever uma epidemia é uma forma magistral de revelar as diversas formas de totalitarismo que maculam uma sociedade. Neste quesito, os brasileiros não economizaram. A divulgação, por meios de comunicação que atingem dezenas de milhões de pessoas, da foto de um homem negro, vindo da África, como suspeito de ebola, foi a apoteose do fantasma do estrangeiro como portador da doença”, afirmou a esta coluna Deisy Ventura, professora de direito internacional da Universidade de São Paulo, pesquisadora das relações entre direito e saúde, autora do livro Direito e Saúde Global – O caso da pandemia de gripe A (H1N1). “Veja que este fantasma é mobilizado em relação aos pobres, sobretudo negros, nunca em relação aos estrangeiros ricos e brancos. O escravagismo, terrível doença da sociedade brasileira, associa-se ao desejo conjuntural de dizer: este governo não deveria ter deixado essas pessoas entrarem. É uma espécie de lamento: tanto se esforçaram as elites para branquear este país, e agora querem preteá-lo?”
A África desponta, de novo e sempre, como o grande outro. Todo um continente povoado por nuances e diversidades reduzido à homogeneidade da ignorância – a um fora. Como disse um imigrante de Burkina Faso à repórter Fabiana Cambricoli, do jornal O Estado de S. Paulo: “Os brasileiros não sabem que Burkina Faso é longe dos países que têm ebola. Acham que é tudo a mesma coisa porque somos negros”. Ele e dezenas de imigrantes de diversos países da África estão sendo hostilizados e expulsos de lugares públicos na cidade de Cascavel, no Paraná, onde o primeiro caso suspeito foi identificado. Tornaram-se “os caras com ebola”, apontados na rua “como os negros que trouxeram o vírus para o Brasil”.
O ebola não parece ser um problema quando está na África, contido entre fronteiras. Lá é destino. O ebola só é problema, como escreveu o pesquisador francês Bruno Canard, porque o vírus saiu do lugar em que o Ocidente gostaria que ele ficasse. “A militarização da resposta ao ebola, que com a anuência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em setembro último, passou da Organização Mundial da Saúde a uma Missão da ONU, revela que a grande preocupação da comunidade internacional não é a erradicação da doença, mas a sua contenção geográfica”, reforça Deisy Ventura.
(...)
Para o homem que alcançou o Brasil em busca de refúgio e teve sua dignidade violada na exposição de seu nome, rosto e documentos, ainda existe a espera de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa se der negativo ou positivo, devemos desculpas. Devemos reparação, ainda que saibamos que a reparação total é uma impossibilidade, e que essa marca pública já o assinala. Não é uma oportunidade para ele, é para nós.
É preciso reconhecer o rato que respira em nós para termos alguma chance de nos tornarmos mais parecidos com um humano.
Disponível em <http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/13/opinion/1413206886_964834.html>.
I. Metaforicamente, a xenofobia é uma peste que se espalha na sociedade, alimentada por postagens em redes sociais.
II. A xenofobia manifesta-se, no Brasil, contra o estrangeiro em geral, pois somos um povo ainda culturalmente atrasado.
III. O ódio e o preconceito são, geralmente, dirigidos a grupos socialmente excluídos ou desprivilegiados.
De acordo com o texto, é correto o que se afirma em:
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
c. 
II, apenas.
	
	
	
Pergunta 9
0 em 1 pontos
	
	
	
	
Marcondes Filho (1986) descreve a prática sensacionalista como nutriente psíquico, desviante ideológico e descarga de pulsões instintivas. Caracteriza sensacionalismo como “o grau mais radical da mercantilização da informação: tudo o que se vende é aparência e, na verdade, vende-se aquilo que a informação interna não irá desenvolver melhor do que a manchete. Esta está carregada de apelos às carências psíquicas das pessoas e explora-as de forma sádica, caluniadora e ridicularizadora. (...) No jornalismo sensacionalista, as notícias funcionam como pseudoalimentos às carências do espírito. (...) O jornalismo sensacionalista extrai do fato, da notícia, a sua carga emotiva e apelativa e a enaltece. Fabrica uma nova notícia que a partir daí passa a se vender por si mesma.”
Disponível em <http://www.wejconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2013/04/Danilo-Angrimani-Sobrinho-Espreme-que-sai-sangue.pdf>.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as asserções e assinale a alternativa correta.
I. A reação do personagem diante da televisão revela uma visão antagônica àquela apresentada por Marcondes Filho sobre o sensacionalismo.
                                           PORQUE
II. De acordo com Marcondes Filho, as notícias sensacionalistas suprem as carências de informação dos receptores, uma vez que são comprometidas com os elementos factuais essenciais.
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
a. 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
	
	
	
Pergunta 10
0 em 1 pontos
	
	
	
	Sociedade contemporânea: racionalidade técnica e problemas sociais.
Leia o texto de Antonio Candido e analise as afirmativas a seguir.
(...) em comparação a eras passadas, chegamos a um máximo de racionalidade técnica e de domínio sobre a natureza. Isso permite imaginar a possibilidade de resolver grande número de problemas materiais do homem, quem sabe inclusive o da alimentação. No entanto, a irracionalidade do comportamento é também máxima, servida frequentemente pelos mesmos meios que deveriam realizar os desígnios da racionalidade. Assim, com a energia atômica podemos ao mesmo tempo gerar força criadora e destruir a vida pela guerra; com o incrível progresso industrial aumentamos o conforto até alcançar níveis nunca sonhados, mas excluímos dele as grandes massas que condenamos à miséria (...)
                                                                   CANDIDO, Antonio. Direito à Literatura in: Vários Escritos.
I. O autor considera irracionais as tecnologias modernas.
II. O autor destaca as contradições materiais do nosso tempo, afirmando que a racionalidade técnica não implica o fim das desigualdades sociais.
III. O autor afirma que a racionalidade técnica, com o domínio sobre a natureza, é suficiente para resolver os problemas da humanidade.
IV. O autor enaltece a evolução tecnológica, uma vez que ela melhora as condições de vida da população, possibilitando confortos nunca antes imaginados.
Está correto o que se afirma somente em:
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
c. 
III e IV.
	
	
	
Pergunta 1
1 em 1 pontos
	
	
	
	Radiação ionizante: riscos à saúde.
Leia o texto a seguir.
                    Detectados 26 casos de câncer de tireoide em crianças de Fukushima.
                   Outros 32 menores de idade da cidade apresentaram sintomas da doença.
                   Ainda é cedo para saber se casos estão relacionados ao acidente nuclear.
                                                                Da EFE
Os últimos exames médicos detectaram 26 casos de crianças com câncer de tireoide na cidade de Fukushima, no Japão, embora seja cedo para saber se estão relacionadoscom a crise nuclear.
O comitê encarregado de realizar os testes regulares em Fukushima analisou, desde outubro de 2011 até o momento, cerca de 226 mil moradores na região, segundo informou nesta quinta-feira (14) o jornal "Japan Times".
Além dos casos de câncer de tireoide já diagnosticados, outros 32 menores de idade da cidade apresentaram sintomas da doença. O número é superior ao apresentado em agosto, quando o estudo detectou 18 casos de crianças diagnosticadas com a doença e outros 25 casos suspeitos.
Um grupo de especialistas locais disse que é cedo demais para determinar que esses casos estejam ligados à catástrofe nuclear, visto que o câncer de tireoide se desenvolve com "grande lentidão".
O iodo radioativo tende a se acumular nas glândulas tireoides, provocando a doença, que afeta especialmente crianças pequenas.
O número de crianças afetadas por câncer de tireoide entre os 10 e 14 anos em Fukushima é consideravelmente maior que o da média do país, embora esses dados não sejam facilmente comparáveis, porque não foi feito nenhum estudo tão exaustivo em outras áreas do Japão.
Após o desastre de Chernobyl, foram diagnosticados mais de 6 mil casos de crianças com câncer da tireoide, atribuído principalmente ao consumo de leite contaminado, de acordo com o Comitê Científico das Nações Unidas.
Fukushima ampliará o número de pessoas que participarão do próximo estudo, que será realizado em abril do ano que vem a fim de examinar a saúde das pessoas nascidas depois do tsunami do dia 11 de março de 2011.
Disponível em <http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/11/detectados-26-casos-de-cancer-de-tireoide-em-criancas-de-fukushima.html>.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. A pesquisa, de acordo com o texto, comprova a relação entre o aumento de casos de câncer e a catástrofe nuclear ocorrida na região, uma vez que o número de pessoas doentes em Fukushima é maior do que a média do Japão.
II. As crianças não desenvolvem câncer de tireoide e, portanto, isso é um indicador de que a contaminação nuclear desencadeou a doença tanto em Fukushima quanto em Chernobyl.
III. O fato de o número de crianças detectadas com câncer de tireoide ter aumentado nos dois últimos estudos indica que não há relação entre a doença e a catástrofe nuclear, uma vez que a radioatividade vai diminuindo com o tempo.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
a. 
Nenhuma afirmativa está correta.
	
	
	
Pergunta 2
1 em 1 pontos
	
	
	
	Literatura: Mário de Andrade e a cultura brasileira.
Leia a notícia e o poema a seguir.
O paulista Mário de Andrade, autor de "Macunaíma" e "Amar, Verbo Intransitivo", será o homenageado da 13ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que acontece entre os dias 1º e 5 de julho
A homenagem ao poeta, romancista, agitador e gestor cultural acontece no ano em que completam 70 anos de sua morte e, portanto, no ano que antecede a queda de sua obra em domínio público.
“O nome de Mário sempre vem à baila, sempre esteve na mira da Flip. Neste ano, além de uma efeméride – os 70 anos de morte – que, no caso dele, pode ter o peso de uma verdadeira revisão da obra, de novas leituras e perspectivas para compreender sua obra, pesou a ligação da obra dele com projetos que a Casa Azul, que faz a Flip, está desenvolvendo, por exemplo, no Museu do Território", diz o curador da Flip, Paulo Werneck.
Ele lembra que a Flip deve muito a Mário de Andrade, inclusive porque "Paraty está preservada porque Mário criou o Sphan [Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] no final dos anos 30. Hoje Paraty é candidata a patrimônio da humanidade da Unesco e abriga a Flip, que deve muito à Semana de Arte Moderna, por exemplo".
Entre os temas de interesse do autor e que podem pautar o debate nesta edição, estão a cultura popular e a indústria cultural, o patrimônio material e imaterial, a língua falada e escrita e a cultura indígena – além, é claro, da literatura.
Transformações
O diretor geral da Flip, Mauro Munhoz, diz que a obra de Mário "reverbera de maneira ainda mais intensa numa cidade como Paraty, que ainda vive em seu dia a dia os dilemas culturais da modernização."
Dois autores cujas obras são ligadas a Mário de Andrade, o artista Odilon Moraes, que ilustrou "Será o Benedito!" (Cosac Naify), e a escritora Luciana Sandroni, que assina a biografia "O Mário que Não é de Andrade" (Companhia das Letrinhas), estão confirmados para a Flipinha.
A Nova Fronteira, que detém até o final do ano os direitos exclusivos da obra literária do modernista, planeja uma edição do romance inédito "Café", preparado pela equipe do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB/USP), além de um volume de contos e crônicas e uma versão em HQ de "Macunaíma".
Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/01/1576130-mario-de-andrade-sera-o-autor-homenageado-da-13-edicao-da-flip.shtml>.
Quando eu morrer quero ficar
(Mário de Andrade)
Quando eu morrer quero ficar, 
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade, 
Saudade. 
Meus pés enterrem na rua Aurora, 
No Paissandu deixem meu sexo, 
Na Lopes Chaves a cabeça 
Esqueçam. 
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano: 
Um coração vivo e um defunto 
Bem juntos.
Escondam no Correio o ouvido 
Direito, o esquerdo nos Telégrafos, 
Quero saber da vida alheia, 
Sereia.
O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade. 
Saudade...
Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...
As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.
Disponível em <http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/mario01.htm>.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas.
I. O poema revela o desejo do poeta de morrer e ter seu corpo fragmentado, em um ritual de automutilação.
II. De acordo com a notícia, vários aspectos da obra de Mário de Andrade serão temas de debate na Flip, que será realizada em Paraty, cidade muito retratada nos poemas do autor.
III. O poema revela a identificação do autor com a cidade de São Paulo e a distribuição de seu corpo está ligada às experiências subjetivas do poeta.
IV. De acordo com a notícia, a homenagem a Mário de Andrade na Flip tem como objetivo fazer a revisão e a releitura de seus textos, uma vez que a editora detentora dos direitos autorais, até o momento, não tem contribuído para a divulgação de suas obras.
Está correto o que se afirma somente em:
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
e. 
III.
	
	
	
Pergunta 3
0 em 1 pontos
	
	
	
	
Marcondes Filho (1986) descreve a prática sensacionalista como nutriente psíquico, desviante ideológico e descarga de pulsões instintivas. Caracteriza sensacionalismo como “o grau mais radical da mercantilização da informação: tudo o que se vende é aparência e, na verdade, vende-se aquilo que a informação interna não irá desenvolver melhor do que a manchete. Esta está carregada de apelos às carências psíquicas das pessoas e explora-as de forma sádica, caluniadora e ridicularizadora. (...) No jornalismo sensacionalista, as notícias funcionam como pseudoalimentos às carências do espírito. (...) O jornalismo sensacionalista extrai do fato, da notícia, a sua carga emotiva e apelativa e a enaltece. Fabrica uma nova notícia que a partir daí passa a se vender por si mesma.”
Disponível em <http://www.wejconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2013/04/Danilo-Angrimani-Sobrinho-Espreme-que-sai-sangue.pdf>.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as asserções e assinale a alternativa correta.
I. A reação do personagem diante da televisão revela uma visão antagônica àquela apresentada por Marcondes Filho sobre o sensacionalismo.
                                           PORQUE
II. De acordo com Marcondes Filho, as notícias sensacionalistas suprem as carências de informação dos receptores, uma vez que são comprometidascom os elementos factuais essenciais.
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
d. 
A asserção I é falsa e a II é verdadeira.
	
	
	
Pergunta 4
1 em 1 pontos
	
	
	
	Sustentabilidade: energia eólica.
Leia o texto a seguir.
                                     Energia eólica no Brasil
No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de água nas barragens hidrelétricas do país, causando uma grave escassez de energia. A crise, que devastou a economia do país e levou ao racionamento de energia elétrica, ressaltou a necessidade urgente do país em diversificar suas fontes de energia.
(...) A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 1992. Dez anos depois, o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis, como eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).
(...) Desde a criação do Proinfa, a produção de energia eólica no Brasil aumentou de 22MW em 2003 para cerca de 1000MW em 2011 (quantidade suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 400 mil residências).
(...) Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para gerar cerca de 140GW.
O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro, coincidindo com os meses de menor intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em que falta chuva é exatamente quando venta mais! Isso coloca o vento como uma grande fonte suplementar à energia gerada por hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica do país. Durante esse período podem-se preservar as bacias hidrográficas fechando ou minimizando o uso das hidrelétricas. O melhor exemplo disto é na região do Rio São Francisco. Por essa razão, esse tipo de energia é excelente contra a baixa pluviosidade e a distribuição geográfica dos recursos hídricos existentes no país.
A maior parte dos parques eólicos se concentra nas regiões nordeste e sul do Brasil. No entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração desse tipo de energia.
Disponível em <http://evolucaoenergiaeolica.wordpress.com/energia-eolica-no-brasil/>.
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.
I. De acordo com o texto, a energia eólica é uma alternativa viável para atender à demanda de cidades com até 400 mil habitantes.
II. Em 2011, a energia eólica gerada no Brasil foi de menos de 1% do potencial eólico do país.
III. De 2003 a 2011, a produção de energia eólica cresceu 978%.
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
b. 
Apenas a afirmativa II está correta.
	
	
	
Pergunta 5
1 em 1 pontos
	
	
	
	
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
b. 
II.
	
	
	
Pergunta 6
0 em 1 pontos
	
	
	
	Violência: violência policial.
Leia o texto a seguir.
                                    Tá lá mais um corpo estendido no chão
                                                       Flavio Moura.
Uma juíza de São Paulo mandou soltar o policial que matou o camelô Carlos Augusto Muniz Braga durante ação na Lapa, no último dia 18.
De acordo com a ordem de soltura, o assassinato se deveu ao fato de que o braço esquerdo do PM foi seguro “bruscamente”. E ainda à situação tensa em que ele se encontrava, cercado de “populares insatisfeitos com a polícia no local”.
O tumulto, no entender da juíza, justifica a necessidade de o policial “então encontrar-se armado”.
O vídeo circulou por todo canto.
O policial aponta por três minutos a arma em todas as direções. As pessoas em volta gritam “baixa a arma!”, enquanto dois colegas seus tentam imobilizar um vendedor de rua no chão.
O vendedor se recusara a entregar os CDs piratas que tinha na mão. A polícia partiu pra cima e a situação se criou.
Acuado, o assassino tira do bolso um spray de pimenta para dispersar o grupo ao redor. Ato contínuo, Carlos Augusto tenta tirar o spray de sua mão. É o que basta para ser executado.
Ele ainda correu por alguns metros com a bala na cabeça, antes de tombar no asfalto. Isso às 17h, numa rua movimentada de um bairro de classe média de São Paulo.
Não chega a surpreender a decisão da juíza (o nome da figura é Eliana Cassales Tosi de Melo e ela faz parte da 5a Vara do Júri do Foro Central Criminal de São Paulo). A lógica peculiar é praxe entre seus colegas. Basta lembrar o juiz que recentemente queria manter preso o manifestante Fabio Hideki, detido injustamente em manifestação durante a Copa do Mundo, por considerá-lo “esquerda caviar”.
O que assusta é a comoção relativamente branda em torno do episódio. Da declaração tosca do prefeito, “foi um ato isolado”, aos indignados de plantão das redes sociais, tudo se passou como se fosse mais um tropeço da polícia, entre tantos outros.
Fiquei pensando o que ocorreria se a cena fosse na Paulista, nas manifestações de junho do ano passado. E se a vítima fosse um jovem de classe média quebrando uma vitrine de loja ou banco (gesto a meu ver mais grave do que vender CD pirata). O governo estadual corria o risco de ser deposto.
Não custa lembrar que foi a violência policial o estopim para as manifestações de junho de 2013. As primeiras passeatas foram pequenas e reprovadas pela imprensa e pela maioria da população.
Quando vieram à tona as cenas de manifestantes feridos por balas de borracha, o cenário virou. Dali em diante, os editoriais deram razão aos manifestantes e a classe média ganhou as ruas em defesa do direito de protestar.
O episódio da semana passada me fez lembrar uma declaração do poeta Sergio Vaz, organizador dos saraus da Cooperifa. No documentário “Junho”, produzido pela TV Folha e bom retrato das manifestações do ano passado, ele pondera. “Bala de borracha? Se lá no meu bairro a polícia usasse bala de borracha meus amigos ainda estavam vivos.”
Com todo respeito aos feridos em junho de 2013, o que se deu com o camelô Carlos Augusto é motivo para alguns milhares de passeatas. 
A letalidade da polícia brasileira é quatro vezes maior que a dos EUA e 100 vezes maior que a inglesa. Se antes o Rio era o palco dos principais descalabros da corporação, esse posto agora parece ser ocupado por São Paulo.
Na véspera do assassinato na Lapa, a PM paulista transformou o centro da cidade num campo de guerra, com gás lacrimogêneo e barricadas em chamas para despejar 200 ocupantes de um prédio vazio.
Em apenas uma semana, a cidade viu repetir-se o despreparo e a truculência em duas regiões próximas. Se voltamos para trás no tempo, há exemplos a perder de vista.
O governador segue blindado e na liderança das intenções de voto para as próximas eleições. E o prefeito, que não tem responsabilidade direta pela ação da PM, poderia retificar sua frase infeliz.
Bem que a gente gostaria, mas o crime da semana passada não foi um ato isolado.
Disponível em <https://br.noticias.yahoo.com/blogs/flavio-moura/ta-la-mais-um-corpo-estendido-no-chao-030622918.html>.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. O autor mostra-se indignado com a banalização da morte, afirmando que as pessoas não se mobilizam diante da violência da polícia, seja ela contra ricos ou pobres.
II. O autor destaca que a violência policial contra os trabalhadores e contra os moradores de periferia, geralmente, não ganha grande repercussão na mídia e não estimula protestos populares.
III. O objetivo do texto é criticar a pirataria, que é crime e gera confrontos entre ambulantes e policiais, espalhando violência pela cidade.
IV. O texto critica a violência da polícia brasileira, mas defende a atuação repressiva diante de manifestações e crimes, uma vez que é esse o papel da instituição.
Está correto o que se afirma somente em:
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
c. 
I e IV.
	
	
	
Pergunta 7
0 em 1 pontos
	
	
	
	Meio ambiente: emissões de gases e efeito estufa.
Leia o texto a seguir.
          EUA e China anunciam acordo parareduzir emissão de gases poluentes
Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, assinaram nesta quarta-feira (12.11.2014) em Pequim um acordo para a luta contra a mudança climática, que incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera.
A iniciativa constitui o primeiro anúncio de corte das emissões de gases poluentes por parte da China e mais um pelos EUA.
Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020.
Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora isso possa começar antes. Segundo o presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis.
Estados Unidos e China representam juntos 45% das emissões planetárias de CO2, um dos gases apontado como culpado pela mudança climática. A União Europeia representa 11%. No mês passado, o bloco se comprometeu a reduzir em pelo menos 40% as emissões até 2030, na comparação com os níveis de 1990.
Disponível em <http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/11/eua-e-china-anunciam-acordo-para-reduzir-emissao-de-gases-poluentes.html>.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. O comprometimento da China em reduzir as emissões de poluentes até 2030 significa que a poluição proveniente do país continuará em crescente aumento por mais uma década.
II. Apesar da importância do acordo entre Estados Unidos e China, a União Europeia será responsável por um corte maior nos volumes de gases poluentes emitidos do que o corte dos dois países, uma vez que reduzirá 40% das emissões.
III. Se Estados Unidos e China, juntos, cumprirem a meta de cortar 28% da emissão dos gases poluentes, eles serão responsáveis por 27% das emissões planetárias em 2025.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
e. 
Apenas a afirmativa III está correta.
	
	
	
Pergunta 8
0 em 1 pontos
	
	
	
	Literatura: Manuel de Barros.
Considere o poema de Manoel de Barros, que morreu em 13 de novembro de 2014.
O apanhador de desperdícios
(Manuel de Barros)
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que as dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor os meus silêncios.
Disponível em <http://www.entreculturas.com.br/2010/10/manoel-de-barros-o-apanhador-de-desperdicios/>
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. O poeta descreve-se como um ser arcaico, não tecnológico, incapaz de compreender a vida contemporânea e de usar bem as palavras.
II. O poeta revela sua sensibilidade com seres animados e inanimados e com os fatos cotidianos, muitas vezes invertendo os valores do senso comum.
III. O poeta considera que desperdiçou a vida, não dando valor a coisas realmente importantes.
IV. Segundo o autor, as palavras no cotidiano estão desgastadas e, por isso, à poesia resta o silêncio da não comunicabilidade.
Está correto o que se afirma somente em:
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
b. 
II e IV.
	
	
	
Pergunta 9
0 em 1 pontos
	
	
	
	Preconceito: xenofobia.
Com base no texto a seguir, analise as afirmativas.
                                          O vírus letal da xenofobia
                                                    Eliane Brum
Uma epidemia, como Albert Camus sabia tão bem, revela toda a doença de uma sociedade. A doença que esteve sempre lá, respirando nas sombras (ou nem tão nas sombras assim), manifesta sua face horrenda. Foi assim no Brasil na semana passada. Era uma suspeita de ebola, fato suficiente, pela letalidade do vírus, para exigir o máximo de seriedade das autoridades de saúde, como aconteceu. Descobrimos, porém, a deformação causada por um vírus que nos consome há muito mais tempo, o da xenofobia. E, como o outro, o “estrangeiro”, a “ameaça”, era africano da Guiné, exacerbada por uma herança escravocrata jamais superada. O racismo no Brasil não é passado, mas vida cotidiana conjugada no presente. A peste não está fora, mas dentro de nós.
Foi ela, a peste dentro de nós, que levou à violação dos direitos mais básicos do homem sobre o qual pesava uma suspeita de ebola. Contrariando a lei e a ética, seu nome foi exposto. Seu rosto foi exposto. O documento em que pedia refúgio foi exposto. Ele não foi tratado como um homem, mas como o rato que traz a peste para essa Oran chamada Brasil. Deste crime, parte da imprensa, se tiver vergonha, se envergonhará.
Ainda existe a espera de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa se der negativo ou positivo, devemos desculpas.
Não sei se há desamparo maior do que alcançar a fronteira de um país distante, nessa solidão abissal. E pedir refúgio, essa palavra-conceito tão nobre, ao mesmo tempo tão delicada. E então se sentir mal, e cada um há de saber como a fragilidade da carne nos escava. Corrói mesmo aqueles que têm o melhor plano de saúde num país desigual. Ele, desabitado da língua, era desterrado também do corpo. Para alcançar o que viveu o homem desconhecido, porque o que se revelou dele não é ele, mas nós, é preciso vê-lo como um homem, não como um rato que carrega um vírus. Para alcançá-lo, é preciso vestir o homem. Mas só um humano pode vestir um humano.
E logo ouviu-se o clamor. Não é hora de fechar as fronteiras?, cobrou-se das autoridades. Que os ratos fiquem do lado de fora, onde sempre estiveram. Que os ratos apodreçam e morram. Para os ratos não há solidariedade nem compaixão. Parece que nada se aprendeu com a Aids, com aquele momento de vergonha eterna em que os gays foram escolhidos como culpados, o preconceito mascarado como necessária medida sanitária.
E quem são os ratos, segundo parte dos brasileiros? Há sempre muitos, demais, nas redes sociais, dispostos a despejar suas vísceras em praça pública. No Facebook, desde que a suspeita foi divulgada, comprovou-se que uma das palavras mais associadas ao ebola era “preto”. “Ebola é coisa de preto”, desmascarou-se um no Twitter. “Alguém me diz por que esses pretos da África têm que vir para o Brasil com essa desgraça de bactéria (sic) de ebola”, vomitou outro. “Graças ao ebola, agora eu taco fogo em qualquer preto que passa aqui na frente”, defecou um terceiro. Acreditam falar, nem percebem que guincham.
“Descrever uma epidemia é uma forma magistral de revelar as diversas formas de totalitarismo que maculam uma sociedade. Neste quesito, os brasileiros não economizaram. A divulgação, por meios de comunicação que atingem dezenas de milhões de pessoas, da foto de um homem negro, vindo da África, como suspeito de ebola, foi a apoteose do fantasma do estrangeiro como portador da doença”, afirmou a esta coluna Deisy Ventura, professora de direito internacional da Universidade de São Paulo, pesquisadora das relações entre direito e saúde, autora do livro Direito e Saúde Global – O caso da pandemia de gripe A (H1N1). “Veja que este fantasma é mobilizado em relação aos pobres, sobretudo negros, nunca em relação aos estrangeiros ricos e brancos. O escravagismo, terrível doença da sociedade brasileira, associa-se ao desejo conjuntural de dizer: este governo não deveria ter deixado essas pessoas entrarem. É uma espécie de lamento: tanto se esforçaram as elites para branquear este país, e agora querem preteá-lo?”
A África desponta, de novo e sempre, como o grande outro. Todo um continentepovoado por nuances e diversidades reduzido à homogeneidade da ignorância – a um fora. Como disse um imigrante de Burkina Faso à repórter Fabiana Cambricoli, do jornal O Estado de S. Paulo: “Os brasileiros não sabem que Burkina Faso é longe dos países que têm ebola. Acham que é tudo a mesma coisa porque somos negros”. Ele e dezenas de imigrantes de diversos países da África estão sendo hostilizados e expulsos de lugares públicos na cidade de Cascavel, no Paraná, onde o primeiro caso suspeito foi identificado. Tornaram-se “os caras com ebola”, apontados na rua “como os negros que trouxeram o vírus para o Brasil”.
O ebola não parece ser um problema quando está na África, contido entre fronteiras. Lá é destino. O ebola só é problema, como escreveu o pesquisador francês Bruno Canard, porque o vírus saiu do lugar em que o Ocidente gostaria que ele ficasse. “A militarização da resposta ao ebola, que com a anuência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em setembro último, passou da Organização Mundial da Saúde a uma Missão da ONU, revela que a grande preocupação da comunidade internacional não é a erradicação da doença, mas a sua contenção geográfica”, reforça Deisy Ventura.
(...)
Para o homem que alcançou o Brasil em busca de refúgio e teve sua dignidade violada na exposição de seu nome, rosto e documentos, ainda existe a espera de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa se der negativo ou positivo, devemos desculpas. Devemos reparação, ainda que saibamos que a reparação total é uma impossibilidade, e que essa marca pública já o assinala. Não é uma oportunidade para ele, é para nós.
É preciso reconhecer o rato que respira em nós para termos alguma chance de nos tornarmos mais parecidos com um humano.
Disponível em <http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/13/opinion/1413206886_964834.html>.
I. Metaforicamente, a xenofobia é uma peste que se espalha na sociedade, alimentada por postagens em redes sociais.
II. A xenofobia manifesta-se, no Brasil, contra o estrangeiro em geral, pois somos um povo ainda culturalmente atrasado.
III. O ódio e o preconceito são, geralmente, dirigidos a grupos socialmente excluídos ou desprivilegiados.
De acordo com o texto, é correto o que se afirma em:
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
a. 
I, II e III.
	
	
	
Pergunta 10
0 em 1 pontos
	
	
	
	
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. A charge e o texto indicam a impossibilidade de um mundo fora do alcance do capital internacional, já que a base material por meio da qual se produz a história humana impede críticas ao discurso hegemônico da globalização.
II. A charge revela a globalização como fábula, uma vez que o fluxo de mercadorias e de capital não altera a vida das comunidades rurais e a realidade é ignorada pelos seus habitantes.
III. A charge enaltece o progresso que a globalização promove, o que descaracteriza seu caráter perverso, descrito no texto de Milton Santos.
IV. O foco do texto é apregoar os benefícios da globalização, que permite produção em alta velocidade e circulação contínua das informações, com extraordinário progresso das ciências e das técnicas.
Com base na leitura, assinale a alternativa certa.
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
a. 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

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