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PENA RESTRITIVA DE DIREITOS Medidas Alternativas à Pena Privativa de Liberdade 1.1 Introdução. Desenvolvimento Histórico. A Penalogia e a falha da Pena Privativa de Liberdade. Hoje se tem como constatação indiscutível que o tratamento carcerário oferecido a uma grande parcela dos condenados é inadequado, não sendo o resultado produzido pela privação da liberdade o esperado pela sociedade. Ademais, a construção e a manutenção de estabelecimentos penais adequados ao cumprimento de tais penas, como não poderia deixar de ser, exigem gigantescos recursos, hoje inexistentes, que poderiam ser aplicados em aparelhos que melhor serviriam à população, tais como escolas e hospitais. Considerando tais riscos, juristas, sociólogos, cientistas políticos e a sociedade como um todo buscam soluções alternativas para os infratores que não colocam em risco a paz e a segurança da sociedade. Dentre tais soluções, evidentemente, estão as penas substitutivas do encarceramento. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • Nesse sentido, abordando os dilemas que o tema vêm provocando desde épocas mais remotas, evidencia MONTESQUIEU, em sua singular obra, "O Espírito das Leis", que: Os homens não precisam, absolutamente, ser levados pelos caminhos extremos; devem-se procurar os meios que a natureza nos oferece para conduzi- los. (...) É, entre nós, um grande erro aplicar o mesmo castigo ao que assalta estradas e ao que rouba e assassina. É evidente, para a segurança pública, que se deveria estabelecer alguma diferença na pena. • A mesma concepção é invocada por BECCARIA, in "Dos Delitos e das Penas": Os castigos têm por finalidade única obstar o culpado de tornar-se futuramente prejudicial à sociedade e afastar os seus concidadãos do caminho do crime. • Em outra passagem, o autor descreve as perigosas consequências que poderão vir à tona caso as penas sejam impostas de maneira desproporcional. Vejamos: Quanto mais terríveis forem os castigos, tanto mais cheio de audácia será o culpado em evitá-los. Praticará novos crimes, para subtrair-se à pena que mereceu pelo primeiro. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS •1.2 Penas Substitutivas - Código Penal - Também chamada de pena alternativa, a substituição da pena privativa de liberdade esta prevista no Código Penal, em seu artigo 44 •1.3 Penas Alternativas - Lei n. 9099/1995 - As penas alternativas são denominadas atualmente de Direito Penal Mínimo, pois buscam retribuir ao infrator uma pena proporcional ao delito cometido, com penas que sejam alternativas à prisão. Tratam-se, pois, de penas alternativas à prisão, que são concedidas para aqueles crimes considerados de menor potencial ofensivo. • Mas a terminologia "Pena Alternativa" é, no mínimo, inadequada, pois a expressão poderia deixar subentendido que o julgador poderá aplicar tanto a pena privativa de liberdade, quanto à pena restritiva de direitos, valendo-se do que considerar mais adequado, o que, na prática, não é verdade. • Uma vez condenado o réu, o juiz sempre aplicará a pena privativa de liberdade e, verificando o quantum da reprimenda e as circunstâncias exclusivas do caso, o magistrado a substituirá por uma pena restritiva de direitos PENA RESTRITIVA DE DIREITOS •2. Substituição de Pena – art. 44 do CP Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; II – o réu não for reincidente em crime doloso; III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. § 1o (VETADO) § 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. § 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. § 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. § 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS 2.1 Requisitos para a substituição - O artigo 44, do CP, traz os requisitos, TODOS CUMULATIVOS, que devem ser observa dos pelo Juiz para que possa substituir a pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. Requisitos objetivos – a) Crimes culposos e crimes dolosos com pena não superior a 4 anos e praticados sem violência ou grave ameaça à pessoa. – b) o réu não for reincidente em crime doloso; Requisitos subjetivos – c) a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • Os requisitos portanto são: • - Pena não superior a 4 anos • - Crime cometido sem violência ou grave ameaça • - Réu não for reincidente em crime doloso • - Suficiência da substituição levando em conta as condições, peculiaridades e culpabilidade do réu A substituição da pena é realizada na própria sentença condenatória, onde o juiz pode não concedê-la, devendo motivar sua decisão. Caso a pena condenatória seja igual ou inferior a 1 ano serão substituídas por uma prestação pecuniária ou uma restritiva de direitos. Se a pena for superior a 1 ano será substituída por uma prestação pecuniária e uma restritiva ou por 2 restritivas PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • 3. Penas Restritivas de Direito – art. 43 do CP • 3.1) prestação pecuniária – art. 45, §§1º e 2º • 3.2) perda de bens e valores – art. 45, §3º • 3.3) prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas – art. 46 • 3.4) interdição temporária de direitos – art. 47, 55, 56 e 92, todos do CP • 3.5) limitação de fim de semana – art. 48 PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • As penas restritivas de direito têm por características: • a) Autonomia - não podem ser cumuladas com as penas privativas de liberdade; não são meramente acessórias. • b) Substitutividade - primeiramente o juiz fixa a pena privativa de liberdade, e depois, na mesma sentença, substitui pela pena restritiva de direitos. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • 3.1 - Prestação Pecuniária – art. 45, §§1º e 2º - consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • OBS: ressalvado legislação especial, como na Lei drogas que direciona ao FUNAD (cuida da política antidrogas à art. 62, § 9, da Lei 11.343/96: Realizado o leilão, permanecerá depositada em conta judicial a quantia apurada, até o final da ação penal respectiva, quando será transferida ao Funad, juntamente com os valores de que trata o § 3o deste artigo. • Artigo 63, CPP à Ação civil quevisa a reparação dos danos à a pena de perdas de bens e valores não tem nada a ver com a reparação na esfera civil. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • 3.3) Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas – art. 46 - A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade. • Artigo 149 da LEP: Caberá ao juiz da execução: • I – designar a entidade ou programa comunitário ou estatal, devidamente credenciado ou convencionado, junto ao qual o condenado deverá trabalhar gratuitamente, de acordo com as suas aptidões; • II – determinar a intimação do condenado, cientificando-o da entidade, dias e horário em que deverá cumprir a pena; • III – alterar a forma de execução, a fim de ajustá-la às modificações ocorridas na jornada de trabalho. • PENA RESTRITIVA DE DIREITOS •3.4) Interdição temporária de direitos – art. 47, 55, 56 e 92, todos do CP) - Não há pena efetiva e sim suspensão da atividade de exercer algumas atividades. •3.5) Limitação de fim de semana – art. 48 • Art. 150 da LEP: A entidade beneficiada com a prestação de serviços encaminhará mensalmente, ao juiz da execução, relatório circunstanciado das atividades do condenado, bem como, a qualquer tempo, comunicação sobre ausência ou falta disciplinar. à Cabe ao juiz da execução; tem seu início na data do comparecimento. • Artigo 152, P.U, LEP: Nos casos de violência doméstica contra a mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação. • Fiscalização: Art. 153, LEP: O estabelecimento designado encaminhará, mensalmente, ao juiz da execução, relatório, bem assim comunicará, a qualquer tempo, a ausência ou falta disciplinar do condenado. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • 3.2) Perda de bens e valores – art. 45, §3º - consiste em retirar do agente o benefício que auferiu com o crime além de privá-lo da vantagem, diminuindo seu patrimônio e desestimulando a reiteração. Consequentemente, a atividade criminosa não ocasionará lucro, além de enfraquecer o poder econômico, servindo inclusive para desconstituir uma eventual estrutura já existente para o cometimento de ilícitos. • O que é arrecadado é direcionado ao fundo penitenciário nacional. à art. 45,§3º, CP (a perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar- se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto – o que for maior – o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em consequência da prática do crime). PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • 4. Duração das penas restritivas de direito: • Art. 55, CP – As penas restritivas de direitos referidas nos incisos III, IV, V e VI do Art. 43 terão a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída, ressalvado o disposto no § 4º do Art. 46. • Via de regra, irão durar o mesmo tempo da pena privativa de liberdade, as de prestação de serviço, interdição temporária e limitação de finais de semana. Já as outras não tem a mesma duração, pois são de caráter patrimonial/pecuniário PENA RESTRITIVA DE DIREITOS •5. Conversão da pena restritiva de direitos - art. 181, LEP – A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade nas hipóteses e na forma do art. 45 e seus incisos do Código Penal. •Em primeiro lugar irá se buscar a pena base (art. 59, CP), depois de encontrá-la vai se buscar as atenuantes e agravantes + causas de aumento ou diminuição da pena (art. 68, CP). Assim, chegará na pena definitiva. •Tanto a pena privativa de liberdade pode ser convertida em restritiva de direitos, que não deixa de ter caráter sancionador, como, também, pode converter a restritiva de direitos em privativa de liberdade. •Art. 51, LEP: Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que: I – descumprir, injustificadamente, a restrição imposta; II – retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta; III – inobservar os deveres previstos nos incisos II e V do Art. 39 desta Lei. • •Durante o cumprimento de uma pena restritiva de direitos, caso surja uma nova condenação, sendo anterior a restritiva de direitos, se aplica o art. 44, §5º, CP. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • 6. Questões Controvertidas • 6. a) A Substituição de Pena e os Crimes Hediondos e Equiparados • Para o Supremo Tribunal Federal, são inconstitucionais as proibições legais à conversão de pena privativa de liberdade em restritiva de direito. O entendimento foi reafirmado em Recurso Extraordinário julgado diretamente no Plenário Virtual. • Inclusive o Senado Federal promulgou a Resolução 5, em fevereiro de 2012, determinado a suspensão da expressão "vedada a conversão em penas restritivas de direitos", constante do artigo 33, parágrafo 4º, da Lei de Drogas. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • Declaração incidental de inconstitucionalidade da vedação à conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos nos crimes de tráfico de drogas • "Não há dúvida de que o descumprimento de qualquer dessas decisões importará, em maior ou menor intensidade, ofensa à autoridade das decisões da Suprema Corte, o que, numa interpretação literal e radical do art. 102, I, l da Constituição, permitiria a qualquer prejudicado, a intentar perante a Corte a ação de reclamação para 'garantia da autoridade de suas decisões'. Todavia, tudo recomenda que se confira interpretação estrita a essa competência, a exemplo do que já decidiu o Supremo Tribunal Federal em relação àquela prevista na letra f do mesmo dispositivo (para julgar originariamente 'as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta').(...) O mesmo sentido restritivo há de ser conferido à norma de competência sobre cabimento de reclamação. É que, considerando o vastíssimo elenco de decisões da Corte Suprema com eficácia expansiva, e a tendência de universalização dessa eficácia, a admissão incondicional de reclamação em caso de descumprimento de qualquer delas, transformará o Supremo Tribunal Federal em verdadeira Corte executiva, suprimindo instâncias locais e atraindo competências próprias das instâncias ordinárias. Em outras palavras, não se pode estabelecer sinonímia entre força expansiva e eficácia vinculante erga omnes a ponto de criar uma necessária relação de mútua dependência entre decisão com força expansiva e cabimento de reclamação. (...) Considerada apenas a situação jurídica existente à data da sua propositura, a presente reclamação não seria cabível. Ocorre, porém, que, no curso do seu julgamento, foi editada a Súmula Vinculante n. 26, do seguinte teor: (...). Assim, considerado esse fato superveniente - a edição de súmula vinculante, cujo descumprimento enseja a propositura de reclamação, fato esse que deve ser levado em consideração, nos termos do art. 462 do CPC - a solução que hoje se impõe é a de conhecer e deferir o pedido." (Rcl 4335, Voto do Ministro Teori Zavascki, Relator Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em 20.3.2014, DJe de 22.10.2014) PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • Tráfico de drogas "privilegiado": crime não equiparado ao hediondo • "O crime de tráfico privilegiado de drogas não tem natureza hedionda. Por conseguinte, não são exigíveis requisitos mais severos para o livramento condicional (Lei 11.343/2006, art. 44, parágrafo único) e tampouco incide a vedação à progressão de regime (Lei 8.072/1990, art. 2º, § 2º) para os casos em que aplicada a causa de diminuição prevista no art. 33, §4°, Lei 11.343/2006. Com base nessa orientação, o Plenário, por maioria, concedeu a ordem de 'habeas corpus' para afastar a natureza hedionda de tal delito."(HC 118533, Relatora Ministra Cármem Lúcia, Tribunal Pleno, julgamento em 23.6.2016, DJe de 19.9.2016) PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • 6.b) A Substituição de Pena e a Violência Doméstica • Artigo 17 da Lei Maria da Penha (É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa).: vedação à cesta básica e prestação pecuniária, mas pode, por exemplo, prestação comunitária. • Súmula 588 do STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS •Em se tratando de crimes dolosos, o art. 44, I, do CP, desautoriza a substituição da prisão por penas alternativas quando cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa. A doutrina passou a discutir se essa vedação abrangeria delitos violentos, mas de menor potencial ofensivo, como lesões corporais de natureza leve (art. 129, caput, CP), de constrangimento ilegal (art. 146, CP) e de ameaça (art. 147, CP). Concluiu a maioria que, apesar de serem dolosos e cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, deles não se poderia excluir o benefício da substituição, uma vez que, nos termos do artigo 61 da Lei nº 9.099/95, são considerados infrações penais de menor potencial ofensivo, fomentando-se a aplicação imediata de multa ou pena restritiva de direitos (interpretação sistemática). •Esse raciocínio, no entanto, não se aplica quando se está diante de violência contra a mulher no ambiente doméstico e familiar (violência de gênero). Nessas infrações, a Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha), no seu art. 41, expressamente vedou a aplicação da Lei nº 9.099/95. •Portanto, crimes e contravenções cometidos contra mulher no ambiente doméstico e familiar não merecem as medidas despenalizadores da Lei 9.099/95, ficando vedada, ainda, a substituição da pena privativa por restritiva quando praticados com violência ou grave ameaça à pessoa. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS •7. A Pena de Multa – art. 44, §2º e 49 do CP •7.1 Conceito. Natureza Jurídica •A pena de multa, também conhecida como pena pecuniária, é uma sanção penal (não é tributo), consistente na imposição ao condenado da obrigação de pagar ao fundo penitenciário determinada quantia em dinheiro, calculada na forma de dias-multa, atingindo o patrimônio do condenado. •A multa penal tem caráter pecuniário e é calculada de acordo com o sistema de dias-multa, que pode variar entre o mínimo de 10 e o máximo de 360 dias-multa. •A fixação da pena de multa pode ocorrer como sanção principal, alternativa ou cumulativa com apena corporal (prisão), podendo, também, ser aplicada como substituição à pena de prisão. A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias- multa. • PENA RESTRITIVA DE DIREITOS •7.2 Cabimento •A pena de multa, na lei penal, pode ser prevista como punição única, a exemplo do que ocorre na Lei de Contravenções Penais (Decreto-lei nº. 3688/41), ou pode ser cominada e aplicada cumulativamente com a pena privativa de liberdade, a exemplo do artigo 155 do Código Penal, quando trata do crime de furto, prevendo em seu preceito secundário a pena de reclusão de 1 a 4 anos e multa, ou ainda de forma alternativa, com a pena de prisão, a exemplo do crime de perigo de contágio venéreo, previsto no Art. 130, cominando pena de detenção, de três meses a um ano, ou multa. •Quando a multa é punição única ou nos casos em que ela encontra-se cumulada com a pena de prisão, ao magistrado, no caso de condenação, será obrigatória a sua aplicação, sob pena de ferir o princípio da legalidade ou da inderrogabilidade da pena. •Já nos casos em que a pena de multa estiver cominada de forma alternativa com a pena privativa de liberdade, o magistrado, terá uma discricionariedade regrada pelo art. 59, inc. I, do Código Penal, para escolher entre uma ou outra, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • 7.3 Sistemas de Cominação - Pagamento da pena de multa - Se decorridos 10 dias sem pagamento ou sem manifestação do condenado, será extraída certidão da sentença condenatória, que valerá como título executivo JUDICIAL, para fins d e execução. • 7.4 Execução - art. 51 do CP - transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhe as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive, no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. • 7.5 Suspensão da Multa - O art. 52 do Código Penal reza que é suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao condenado doença mental. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS • 7.6 – Prescrição da Multa - quanto à prescrição dessa modalidade de pena, é necessário esclarecer que cabível ambas as formas de prescrição: da pretensão punitiva e da pretensão executória, • Art. 114. A prescrição da pena de multa ocorrerá: I – em dois anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada; II – no mesmo prazo estabelecido para a prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada. Slide 1 PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS PENA RESTRITIVA DE DIREITOS
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