Buscar

DIREITO PENAL II - restritivas de direito

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Penas Alternativas Restritivas de Direitos Pecuniárias
• Prestação pecuniária
• Consiste na obrigação do condenado de pagar a
quantia de 1 até 360 salários mínimos para a vítima
ou para os seus herdeiros, ou ainda para instituição
com finalidade social.
• Quando o pagamento for para a vítima ou para os
herdeiros, esse valor será descontado da
indenização pelo dano ex delicto.
• O valor é fixado de acordo com o que o Juiz
entender necessário para a reprovação do delito,
levando-se em conta dois parâmetros: 1.º –
extensão do prejuízo; e 2.º – capacidade
econômica do agente. Caso o condenado não
pague a prestação pecuniária, essa pena é
convertida em pena privativa de liberdade. Se o
sujeito pagou parte da prestação pecuniária, essa
parte será aproveitada na conversão.
Prestação inominada
• O Juiz, em vez de fixar a prestação de um valor,
poderá fixar a prestação de qualquer coisa (ex.:
cesta básica).
Perda de bens e valores
• É um confisco dos bens do condenado em favor do
Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN). O
parâmetro para se calcular o confisco é o montante
do prejuízo causado ou a extensão do lucro da
vantagem obtida. A perda de bens e valores recai
sobre o patrimônio lícito do agente e nunca sobre
bens de origem ilícita.
• Produto: origem direta do crime. Readquirido
por meio de busca e apreensão.
• Proveito: origem indireta do crime. Readquirido
por meio de seqüestro.
Princípio da proporcionalidade da pena (art. 5.º, XLV,
da CF/88) - Princípio da personalidade (art. 5.º, XLV,
da CF/88)
• A pena não pode passar da pessoa do delinquente.
A Constituição prevê que a obrigação de reparar o
dano (natureza civil) e a decretação do perdimento
de bens podem ser estendidas aos sucessores, até
o limite do valor do patrimônio transferido.
• Cumpre mencionar que há uma posição doutrinária
que defende a possibilidade de penas de natureza
reparatória (exemplo: prestação pecuniária) serem
cobradas dos herdeiros, passando da pessoa do
condenado (posição mais rigorosa).
Penas Restritivas de Direitos em Sentido Estrito
• Prestação de serviços à comunidade
• É a obrigação do condenado de prestar serviços em
favor de entidades assistenciais, orfanatos, creches
etc., ou em favor de entidade pública, por 8 horas
semanais.
• Só poderá ser imposta quando a pena privativa
aplicada for superior a 6 meses.
• Não há remuneração, as tarefas são gratuitas.
• Se o sujeito for condenado à pena superior a um
ano, o Juiz poderá determinar que a prestação de
serviços seja diminuída até a metade da pena
aplicada (esse benefício não se aplica somente à
pena de prestação de serviços, mas a qualquer
pena restritiva de direitos).
Limitação de fim de semana
• O condenado deverá comparecer à Casa do
Albergado ou estabelecimento congênere e,
durante 5 horas no sábado e 5 horas no domingo,
deverá assistir a palestras. Não é utilizada, apesar
de disposta em lei.
Interdições temporárias de direitos
• Proibição do exercício de função pública ou de
mandato eletivo: é a chamada “pena específica”;
somente pode ser aplicada nos crimes cometidos no
exercício de função pública ou no mandato eletivo
(violando deveres inerentes à função).
• Proibição do exercício de profissão ou atividade
que dependa de habilitação especial ou licença do
Poder Público: também é uma pena específica, só
podendo ser aplicada aos crimes cometidos no
exercício da profissão ou atividade, que violem
deveres inerentes a ela.
• Suspensão da habilitação para dirigir veículo:
aplicada nos crimes de trânsito. Alguns autores
entendem que essa pena foi revogada pelo CTB.
• Proibição de frequentar determinados lugares.
DA PENA DE MULTA
Conceito
• A pena de multa consiste no pagamento ao Fundo
Penitenciário Nacional (FPN) de quantia fixada na
sentença penal condenatória. É a sentença,
arbitrada pelo juiz, quem vai dizer quanto o
individuo está condenado à pagar.
Características
• A multa é uma espécie de pena que tem natureza
pecuniária, isso porque acarreta na diminuição do
patrimônio do condenado.
• Pelo fato de o valor da condenação ser destinado
ao FPN (Fundo Penitenciário Nacional)
• está espécie de pena diferencia-se da prestação
pecuniária, que consiste, preferencialmente, no
pagamento à vítima como uma forma de amenizar
o dano sofrido.
Pena principal x pena substitutiva
• Pode funcionar, a pena de multa, ora como pena
principal – cominada expressamente no tipo penal -
ora como pena substitutiva – quando preencher os
requisitos previstos no art. 44 § 2º, do CP - isso porque
muitas vezes é prevista no próprio tipo penal.
Multa civil x multa penal
• A pena de multa por mais que seja pecuniária é de
natureza penal e vai aplicar o princípio da
intranscendência - a pena não pode passar da pessoa
do condenado.
• Por essa natureza penal, em caso de morte do agente
a multa fica extinta.
Sistema de cálculos e aplicação da pena de multa
• Dias-multa: primeiro o juiz vai fixar o número de
dias-multas a ser aplicada ao condenado que pode
variar de 10 a 360 dias.
• Esse valor de mínimo e máximo é fixado de acordo
com os mesmos critérios para fixação da pena.
• Já o valor do dia multa leva-se em conta a situação
econômica do réu, podendo o juiz arbitrar desde a
mínima, 1/30 do salário mínimo, até a máxima, 5
vezes o salário mínimo.
• Esse sistema permite que o juiz fixe um pena
elevada, ou seja a pena máxima, 1/30, poderá ser
aumentada até o triplo. Isso será feito quando o
juiz considerar que, em virtude da situação
econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no
máximo.
Competência para a execução da pena
• Divergência: parte da doutrina entende que como
a divida converte-se em divida de valor a
competência seria da fazenda publicada, outros
entendem que o cumprimento para execução cabe
ao Ministério Público.
• Prevalece na doutrina que a execução cabe a
Fazenda Pública realizar.
Impossibilidade de conversão da pena de multa
• A pena de multa, uma vez fixada, será considerada 
como divida de valor e não poderá ser convertida 
em pena privativa de liberdade.
• Para os fins de cobrança, a multa é considerada
dívida tributária;
• sua natureza, no entanto, continua sendo a de
pena e por esse motivo não pode passar da pessoa
do condenado (art. 5.º, XLV, da CF/88).
• Transitada em julgado a condenação, o Ministério
Público pede ao Juízo da execução penal a citação
do condenado para o pagamento da multa dentro
do prazo de 10 dias.
• Superado esse prazo sem o pagamento, é extraída
uma certidão pormenorizada do ocorrido,
remetendo-se esta para a Procuradoria Fiscal (cuja
função, no âmbito comum, é exercida pela
Procuradoria do Estado) para inscrição na dívida
ativa.
• A execução se processa perante a Vara da Fazenda
Pública.
• A prescrição passa a ser a da legislação tributária,
ou seja, o prazo da execução fiscal, que é de 5 anos.
As causas interruptivas e suspensivas da prescrição
também são as da legislação tributária (art. 51 do
CP).
• A possibilidade de substituição a pena privativa de
liberdade esta estabelecida no código penal em seu
art. 44 que elenca os requisitos necessários para a
substituição da pena.
• Façamos a analise desses requisitos:
1º requisitos objetivos:
a) quantidade de pena aplicada que não deve ser
superior a 4 anos, pode ser reclusão ou detenção
no crime doloso e no que tange o crime culposo
independe da pena aplicada.
b) natureza do crime cometido ( com privilégio o
crime culposo, pois independe da pena aplicada).
c) modalidade de execução: sem violência ou grave
ameaça a pessoa. Passa-se a considerar, não só o
desvalor do resultado, mas também o desvalor da
ação, pois nos crimes violentos, o seu autor não
merece o beneficio da substituição.
requisitos subjetivos:
a)réu não reincidente em crime doloso (art.44 inciso
II do CP);
b)Prognose (hipótese) de suficiência da substituição,
sendo critério de análise, a culpabilidade,
antecedentes, conduta social, personalidade do
agente e motivos e circunstâncias do fato (art.44
inciso III do CP )
• Uma vez condenadoo réu, o juiz analisa os
requisitos para a substituição da pena privativa de
liberdade por pena restritiva de direito, não sendo
possível a substituição o juiz passará para a análise
da possibilidade da suspensão condicional da pena
(art.77 inciso III do CP e 157 da LEP).
• A norma penal é composta em duas partes, o
preceito penal que contém o imperativo de
proibição ou comando e a sanção, que constitui a
ameaça de punição a quem violar as regras. Já em
relação às penas restritivas, foi adotado outro
sistema de cominação de penas, mais flexível e
sem alterar a estrutura geral do código penal.
• Se a pena aplicada não for superior a quatro anos
de prisão ou se o delito for culposo, estando
presentes os pressupostos, serão possíveis
teoricamente, uma pena restritiva de direitos, que
apesar de ser autônoma, é substitutiva (art.44
caput do CP) .
• Possibilitando ao juiz a escolher a pena mais
adequada, assim como a substituição de uma pena
de sérios efeitos negativos por outra menos
dessocializadora. Com a discricionariedade na
escolha da pena alternativa mais adequada ao
condenado, o juiz concretizará os limites na
sentença, correspondente à pena privativa de
liberdade de cada tipo penal, o limite de duração
das penas restritivas de direitos será o mesmo que
teria a pena privativa de liberdade substituída,
segundo art. 55 do CP, ressalvando o disposto do
art.46, §4 do CP, que se refere ao descumprimento
da restrição imposta.
Crimes hediondos
• Devemos observar a questão dos crimes hediondos,
lei n. 8.072/90 e a lei 9.714/98, a política criminal é
de exasperação e endurecimento dos regimes de
encarceramento, em pólo oposto está à política
criminal das penas alternativas, que satisfeitos os
requisitos, procura evitar o encarceramento, sendo
uma questão conflitante uma enfatiza e exaspera a
aplicação da pena privativa de liberdade e a outra
prioriza alternativas à pena privativa de liberdade.
• Contudo a partir da lei 9.714/98 as infrações
definidas como crime hediondo, que preencherem
os requisitos exigidos pelo art.44 do CP, admitem a
aplicação das penas restritivas de direitos, essa
substituição estará vedada quando a aplicação da
pena for superior a quatros anos ou o crime for
cometido com violência ou grave ameaça, como
por exemplo é o tráfico ilícito de entorpecentes
que não é em regra cometido com violência ou
grave ameaça.
• As leis 9.099/95 e a 9.714/98, adotam em princípio
a mesma política descarcerizadora e
despenizadora, ambos buscam evitar o
encarceramento do sentenciado, substituindo a
pena privativa de liberdade com a pena alternativa.
• Porém não atuam na mesma faixa de infrações e
de sanções, a lei 9.099/95 limita-se as infrações de
menor potencial ofensivo, ressalvada a hipótese de
seu art.89, cuja sanção não ultrapasse a dois anos
de privação de liberdade, independentemente de
sua forma de execução, em princípio, será
beneficiada pela lei ora já mencionada, no entanto
a lei 9.714/98, são para penas não superiores a
quatro anos, exige que o crime não seja cometido
com violência ou grave ameaça à pessoa (art.44,I,
do CP)
• O art.180 da LEP afirma que a pena privativa de
liberdade, não superior a dois anos, poderá ser
convertida em restritivas de direitos, desde que o
condenado esteja cumprindo em regime aberto,
tenha cumprido um quarto da pena, os
antecedentes e a personalidade do condenado
indiquem ser a conversão recomendável.
• Com o advento da lei 9.714/98, o prazo de dois anos
foi ampliado de maneira tácita para quatro anos,
respeitando assim a vontade do legislador. Vale
observar que neste caso à reincidência, umas das
circunstâncias transcritas no art.44, II do CP, não
sendo relevante, pois o mais importante, nesta
situação, não é a qualificação subjetiva do
condenado e sim o seu nível de recuperação social.
• Porém, mesmo se fosse reincidência em crime
doloso, e que o crime cometido seja de outra
natureza, poderia ainda o juiz, conforme o § 3° do
art. 44 do CP, caso a medida seja socialmente
recomendável, e a reincidência, não tenha operado
em virtude de prática do mesmo crime poderá
aplicar uma alternativa penal.
• Tais circunstâncias elencadas nos incisos I,II e III do
art.44 do CP, devem ser encontradas
simultaneamente, para que substitua a pena
privativa de liberdade por uma alternativa penal.
• A ausência de um destes requisitos por mais
idôneos que sejam os outros encontrados, poderá
impossibilitar a aplicação da pena substitutiva.
• Podemos verificar que a pena substitutiva é mais
um recurso para humanizar as penas e finalmente
atingir o objetivo ressocializador dos reclusos.

Continue navegando