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Barroco Brasil

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Barroco
no
Brasil
Barroco no Brasil
Exercícios da página 124
Por dentro do assunto
O Barroco brasileiro apresenta profundas diferenças regionais. O que justifica isso, já que se trata de um só país?
R.: A diferença consiste nas variedades culturais existentes no país.
Um dos elementos mais característicos das igrejas barrocas brasileiras são as talhas. Explique o que são.
R.: As talhas são ornamentos esculpidos em madeira, mármore, marfim ou pedra, elas aparecem em altares, arcos, tetos e janelas, recobrindo praticamente todo o interior da construção; elas podem ter motivos florais, figuras de anjos, espirais, enfim, formas que sugerem movimentam e quebram a monotonia das linhas retas. As talhas de madeira, som várias cores, são chamadas policromadas; as mais vistosas, porém, são as douradas, revestidas por uma fina película de ouro, e em algumas igrejas, a talha se combina com a pintura da igreja.
Em que região teve início uma arquitetura realmente brasileira, com características próprias?
R.: Na região mineira. O barroco mineiro merece destaque especial na História da Arte Brasileira. Em Minas Gerais o ciclo do ouro estimulou a criação artística e o sentimento nacionalista e o barroco revelou um de nossos maiores artistas: Aleijadinho.
No Barroco brasileiro destacam-se dois artistas: um do Rio de Janeiro; outro de Minas Gerais. Quem são eles?
R.: O artista que se destacou do Rio de Janeiro foi Valentim da Fonseca e Silva (Mestre Valentin); e de Mina Gerais foi Manuel da Costa Ataíde e Antônio Francisco de Lisboa (Aleijadinho).
“No anfiteatro de montanhas/ Os profetas do Aleijadinho/ Monumentalizam a paisagem./ As cúpulas brancas dos Passos/ E os cocares revirados das palmeiras/ são degraus da arte do meu país”. Esses versos são do escritor modernista Oswaldo de Andrade (1890 – 1954).
A que importante obra refere-se o poema?
R.: Refere-se às capelas que representam a via-crúcis, obra de Aleijadinho.
O poema apresenta uma interessante associação entre a arte e a natureza em estado selvagem. Selecione dois versos que comprovem isso.
R.: - “No anfiteatro de montanhas”.
 - “As cúpulas brancas dos Passos”.
O poeta fala de um “anfiteatro de montanhas”. Por que será que ele usou essa imagem? Para responder, releia no Capitulo 4 o item “A concepção arquitetônica do teatro” (página 38) e pesquise o relevo de Minas Gerais.
R.: Essa imagem foi usada porque provavelmente o lugar citado é rodeado de montanhas o que lembra muito o anfiteatro (ex: coliseu).
Reflexão sobre patrimônio histórico destruído
Pesquise no dicionário o significado dos termos incúria, vandalismo e depredação.
R.: Incúria: Falta de cuidado; desleixo, negligência.
 Vandalismo: Ação própria de vândalo. 2. Fig. Destruição do que é respeitável pelas suas tradições, antiguidade ou beleza.
 Depredação: Ação de depredar. (Depredar: Assolar, devastar. 2. Roubar, saquear.)
Que situações representam perigo para monumentos de valor histórico e cultural como as obras de Mestre Valentim existentes no Passeio público?
R.: As situações são varias, podemos citar a falta de educação das pessoas por lugares públicos ou que não são de seus interesses, outro fator é a falta segurança do local, sem segurança o local fica exposto para qualquer um que sem nenhum senso de moralidade pode ir e destruir o que vier pela frente.
De quem é a maior responsabilidade sobre danos como os ocorridos nas obras do Passeio Público: da população? Das autoridades? De ambos? Discuta com seus colegas.
R.: As responsabilidades são de ambos, pois a população deve prezar tudo o que é patrimônio histórico e também o que envolve as pessoas direto ou indiretamente (exemplo as coisas publicas que muitos destroem e não dão valor), e é responsabilidade do governo reforçar conscientização e segurança para que as pessoas não destruam o que é de todos.
Quais são as possíveis soluções para proteger locais como esse?
R.: Como dito na resposta anterior a melhor coisa a ser feita é conscientização para que as pessoas não quebrem esses estabelecimentos e segurança para melhorar esse índice de lugares destruídos.
Biografia dos Artistas
Valentim da Fonseca e Silva
Valentim da Fonseca e Silva, mais conhecido como Mestre Valentim (Serro, MG, c. 1745 — Rio de Janeiro 1813), foi um dos principais artistas do Brasil colonial, tendo atuado como escultor, entalhador e urbanista no Rio de Janeiro.
Mestre Valentim era mulato, filho de um fidalgo português e de uma africana. Alguns autores defendem que seu pai o levou a Portugal em 1748, onde teria aprendido escultura, versão que é historiograficamente controvertida.
De volta ao Brasil em 1770, estabeleceu uma oficina no centro do Rio de Janeiro e entrou para a Irmandade dos Pardos de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Realizou vários trabalhos de talha dourada para igrejas cariocas até a sua morte.
Durante o governo do vice-rei D. Luís de Vasconcelos e Sousa (1779-1790) foi encarregado das obras públicas da cidade, tendo projetado diversos chafarizes e o Passeio Público do Rio de Janeiro, primeiro parque público das Américas.
Faleceu em 1813 e foi sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito (Rio de Janeiro).
Em 1913 inaugurou-se um busto de Mestre Valentim no Passeio Público do Rio de Janeiro, sua obra mais emblemática.
Manuel da Costa Ataíde
Manuel da Costa Ataíde, mais conhecido como Mestre Ataíde, (Mariana, 18 de outubro de 1762 – idem, 2 de fevereiro de 1830), foi um pintor, dourador, encarnador, entalhador e professor brasileiro.
Foi um importante artista do barroco mineiro e teve uma grande influência sobre os pintores da sua região, através de numerosos alunos e seguidores, os quais, até à metade do século XIX, continuaram a fazer uso de seu método de composição, particularmente em trabalhos de perspectiva no teto de igrejas. Documentos da época fazem freqüentemente referências a ele como professor de pintura. Em 1818, Ataíde tentou, sem sucesso, obter permissão oficial para fundar uma escola de arte em Mariana, sua cidade natal.
No inventário de suas posses relacionam-se manuais técnicos e tratados teóricos como o de Andrea Pozzo - "Perspectivae Pictorum Architectorum" -, nos quais deve ter estudado a sua arte. Uma das características da sua expressão era artística era o emprego de cores vivas, principalmente o azul, a sua preferida. Em seus desenhos, os anjos, as madonas e os santos apresentam traços de povos africanos.
Foi contemporâneo e parceiro de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. No período de 1781 a 1818, encarnou e dourou as imagens de Aleijadinho para o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo.
Aleijadinho
Muitas dúvidas cercam a vida de Antônio Francisco Lisboa. Praticamente todos os dados sobre sua vida são derivados de uma biografia escrita em 1858 pelo jurista Rodrigo José Ferreira Bretas, 44 anos após a morte do Aleijadinho, baseando-se em documentos e depoimentos de pessoas que conheceram o artista.
O mais importante dos documentos em que se baseou Bretas foi uma Memória escrita em 1790 por um vereador da cidade de Mariana. Neste documento, cujo original se perdeu, é feito um amplo relatório acerca do estado das artes nas Minas Gerais, incluindo alguns dados sobre o Aleijadinho relacionados a sua formação artística e sua participação em algumas obras.
A data de nascimento do Aleijadinho é motivo de controvérsia. De acordo com o biógrafo Bretas, Antônio Francisco nasceu no ano de 1730 em Vila Rica (atual Ouro Preto) na frequesia de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, sendo filho de um afamado mestre-de-obras/arquiteto português, Manuel Francisco Lisboa, e sua escrava africana, Isabel (ou Izabel). O filho, nascido escravo, foi alforriado no batismo. A certidão de batismo encontrada por Bretas dá a data de 29 de agosto de 1730 para o nascimento de Antônio. As dúvidas derivam do fato deque o nome do pai que figura na certidão é Manuel Francisco da Costa, e não Lisboa, o que poderia ser devido a um erro do escrivão. Outra fonte de dúvidas é a certidão de óbito do Aleijadinho, datada de 18 de novembro de 1814, na qual consta que o artista faleceu aos 76 anos de idade. A confiar neste documento, ele deveria haver nascido em 1738.
Antônio Francisco não casou, mas teve um filho aos 47 anos, a quem chamou Manuel Francisco Lisboa, mesmo nome do avô. Teve também vários meio-irmãos, frutos do casamento do seu pai. Um destes meio-irmãos, padre Félix Antônio Lisboa, também foi escultor. Na descrição de Bretas, Antônio Francisco era "pardo escuro, tinha a voz forte, a fala arrebatada e o gênio agastado; a estatura era baixa, o corpo cheio e mal configurado, o rosto e a cabeça redondos, e esta volumosa; o cabelo preto e anelado, o da barba cerrado e basto; a testa larga, o nariz retangular e algum tanto pontiagudo, os beiços grossos, as orelhas grandes e o pescoço curto."
Segundo Bretas, Antônio Francisco sabia ler e escrever e poderia haver estudado latim. Sobre sua formação artística, a Memória do vereador de Mariana indica que Antônio Francisco teria recebido lições de seu pai e do desenhista e pintor português João Gomes Batista. Também Antônio Francisco Pombal, irmão do pai do Aleijadinho e portanto seu tio, era um afamado escultor e poderia ter participado da educação do jovem Antônio. Os críticos também apontam os escultores portugueses Francisco Xavier de Brito e José Coelho de Noronha como possíveis influências. Com Coelho de Noronha o Aleijadinho trabalhou efetivamente no início de sua carreira, cerca de 1758, nas obras de talha da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Caeté.
Alguns acreditam que Antônio Francisco poderia haver viajado ao Rio de Janeiro – então capital da colônia – na década de 1770, cuja fervilhante atividade artística também poderia ter influenciado o artista. Não há, porém, provas documentais de tal viagem. Outras fontes para o seu estilo podem ser a arte gótica e renascentista, pois ele teria tido contato com gravuras florentinas do século XV, identificadas como modelos para as vestes dos profetas de Congonhas[9]. Outros apontam uma possível inspiração para seus riscos arquitetônicos os desenhos de igrejas alemãs, e para suas esculturas modelos do Barroco europeu, especialmente o bávaro, divulgados através de gravuras. Note-se que em todo o Barroco mineiro, se desenvolvendo sob uma estrutura de ensino e produção de arte bastante precária e artesanal, essencialmente corporativa, a prática de aprendizado através do estudo de reproduções de grandes exemplares da arte européia foi um fenômeno de larga difusão entre os artistas, que nelas buscavam inspiração para seus próprios trabalhos.
A partir de 1777, o artista começou a sofrer os sintomas de uma misteriosa doença que lhe causou deformidades no corpo e que lhe valeram a alcunha de "Aleijadinho". Bretas diz que Antônio sofria dores horríveis e que eventualmente perdeu os dedos dos pés e teve de andar de joelhos. Também terminou por perder os dentes e os dedos das mãos, e suas deformidades teriam feito com que trabalhasse escondido por tendas para que as pessoas não o observassem. Seu escravo Maurício seria o responsável por atar a suas mãos os cinzéis com os quais esculpia[5]. Atualmente se debate que doença poderia ter causado esses problemas ao Aleijadinho, dividindo-se as opiniões entre sífilis, reumatismo, porfíria, hanseníase, lepra e poliomielite. É muito provável que os sintomas devastadores descritos por Bretas sejam um tanto exagerados, uma vez que seria muito difícil que com tamanhas mutilações o Aleijadinho pudesse ter esculpido suas últimas obras em Congonhas do Campo.
Ainda segundo Bretas, o Aleijadinho morreu pobre e esquecido. Nos últimos anos de sua vida viveu na casa de sua nora Joana, que cuidou-o até a morte, ocorrida em 1814. A certidão de óbito encontrada no arquivo da Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias diz o seguinte: "Aos dezoito de Novembro de mil oitocentos e quatorze, falleceo Antonio Francisco Lisboa, pardo solteiro de setenta e seis anos, com todos os Sacramentos encomendado Boa Morte e para clareza fiz passar este assento e que me assigno O Codjor José Como. De Moraes.".[

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