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Universidade Federal de Itajubá Instituto de Ciências Exatas – Departamento de Física e Química Movimento Unidimensional Lucas Raposo Carvalho 23872 Pedro Henrique S. Fiorin 23940 Viviane Roberti 23696 ITAJUBÁ 2012 Universidade Federal de Itajubá Instituto de Ciências Exatas – Departamento de Física e Química Lucas Raposo Carvalho 23872 Pedro Henrique S. Fiorin 23940 Viviane Roberti 23696 Movimento Unidimensional Relatório submetido ao Prof.ª Mateus, como requisito parcial para aprovação na disciplina de FIS 204 – Laboratório de Física I do curso de graduação em Química Bacharelado da Universidade Federal de Itajubá. ITAJUBÁ 2012 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS .................................................................... 4 1.1 OBJETIVOS.............................................................................................. 4 1.2 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 4 2. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................... 8 2.1 Materiais .................................................................................................. 8 2.2 Métodos ................................................................................................... 9 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................. 12 4. CONCLUSÃO ............................................................................................ 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 16 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 1.1 OBJETIVOS O objetivo deste trabalho foi determinar, através dos dados de deslocamento e tempo de deslocamento analisados, o movimento, se retilíneo uniforme ou retilíneo uniformemente variado. Analisados os movimentos, escrever as expressões gerais relativas a cada tipo de movimento realizado pelo carrinho no trilho de ar. Além disso, comparar os valores de velocidade e aceleração obtidos nos dois tipos de movimentos. 1.2 INTRODUÇÃO Neste trabalho, os experimentos realizados e os resultados obtidos tiveram como base uma vertente da física, a parte do movimento, no caso deste trabalho, o movimento retilíneo uniforme (MRU) e o movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV). No primeiro tipo de movimento, é dito que o vetor velocidade de um determinado corpo em MRU é constante, ou seja, a velocidade deste corpo não muda em intensidade, direção ou sentido. O fato do vetor velocidade não se alterar gera uma série de consequências, como o vetor aceleração do mesmo corpo se tornar nulo, e a resultante das forças aplicadas neste corpo também ser nula. Além disso, a velocidade em qualquer instante da trajetória é igual à velocidade média do corpo nessa mesma trajetória, pois a reta tangente à reta do gráfico espaço x tempo para o MRU é a própria reta gerada pelo gráfico. O gráfico espaço x tempo que caracteriza o movimento retilíneo uniforme é uma reta, como mostra o exemplo abaixo: X T0 No segundo tipo de movimento, é dito que o vetor velocidade de um determinado corpo em MRUV muda de uma maneira constante, seja um incremento ou um decremento conhecido, o que gera um vetor aceleração constante (e por consequência, um vetor de força resultante acompanhando o movimento), no caso do MRUV, em intensidade e direção, podendo variar de sentido. Essa variação de sentido inclui os movimentos acelerados e retardados. O gráfico espaço x tempo que caracteriza este tipo de movimento é uma curva, tendo em vista que o quociente entre essas duas grandezas varia, como mostra o exemplo abaixo: X T0 Neste tipo de movimento, a velocidade instantânea do corpo, que corresponde à reta tangente à reta gerada pelo gráfico, não coincide com a curva gerada por ele, portanto, a determinação da velocidade instantânea através do gráfico de espaço x tempo neste tipo de movimento está mostrada no exemplo abaixo: X T0 Algebricamente, a velocidade instantânea é expressada do seguinte modo: dt dx vv t 0 lim Ou seja, a derivada de x em relação a t em um ponto t0. No caso do movimento acelerado (Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado – MRUA) a aceleração tem o mesmo sentido da velocidade, ou seja, ela ajuda o movimento, como por exemplo, uma pessoa dirigindo um carro numa estrada. No movimento retardado (Movimento Retilíneo Uniformemente Retardado – MRUR) a aceleração tem o sentido oposto ao da velocidade, ou seja, ela atrapalha o movimento, como por exemplo, um elevador indo do primeiro para o terceiro andar, no momento que ele chega ao terceiro e está freando. As equações usadas em ambos os tipos de movimento citados, MRU e MRUV, envolvem basicamente três tipos de grandezas, espaço, velocidade, e aceleração, onde, para ambos os movimentos, as grandezas de velocidade média e aceleração média são calculadas do seguinte modo: • Velocidade Média: t S Vm Onde Vm é a Velocidade Média, ∆S é a variação de espaço e ∆t é a variação de tempo. • Aceleração Média: t V Am Onde Am é a Aceleração Média, ∆V é a variação de velocidade e ∆t é a variação de tempo. No caso do MRU, a velocidade em qualquer instante é igual à velocidade média, e substituindo, na equação de velocidade média, ∆S por S – S0 temos: vtSS 0 Onde S e S0 são os espaços final e inicial, respectivamente, v é a velocidade e t, que pode ser substituído por ∆t se necessário, é o tempo. No MRUV, a aceleração instantânea é igual à aceleração média, e de forma similar à equação da velocidade, substituindo ∆V por V – V0 temos: atVV 0 Onde V e V0 são as velocidades final e inicial respectivamente, a é a aceleração e t, que também pode ser substituído por ∆t se necessário, é o tempo. Integrando a equação acima temos: 2 2 00 at tvss Além dessa equação temos a útil equação de Torricelli: Savv 2 2 0 2 Onde, para ambos os casos, S e S0 são os espaços final e inicial, respectivamente, V e V0 são as velocidades final e inicial, respectivamente. a, t, que pode ser substituído por um ∆t e ∆S são aceleração, tempo e variação de espaço, respectivamente. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais Para a prática foram usados os seguintes equipamentos: • Trilho de ar: O trilho de ar era a trajetória a ser realizada pelo carrinho. Este contém orifícios na parte superior de toda a sua extensão, por onde sair ar, proveniente de uma bomba de ar acoplada na parte direita no trilho. O ar que sai pelos orifícios do trilho ajuda na suspensão do carrinho durante a trajetória, tornando o atrito quase nulo. • Trena TAJMA: Utilizada para obtenção de dados de distância mais confiáveis, dados como a distância entre as portas fotoelétricas e o comprimento total do sistema. Graduada em centímetros (cm), com faixa de operação de 0 a 200 cm. • Cronômetro CIDEPE – Modelo EQ228: Utilizado para medição de tempo de deslocamento, indo até a casa dos milisegundos (10-3 s), entre duas portas fotoelétricas. As portas fotoelétricas são sensores servem para marcar a passagem de tempo entre uma porta e outra: quando o carrinho intercepta o feixe de lazer da primeira porta o cronômetro dispara, e quandoo carrinho intercepta o segundo feixe o cronômetro para. • Paquímetro DIGIMESS. Os equipamentos ficaram dispostos seguindo a seguinte ilustração: Cronometro Disparador Trilho de Ar Portas Fotoelétricas Trena "Carrinho" h Bomba de Ar 2.2 Métodos • Analisando o movimento no trilho HORIZONTAL: O procedimento foi feito do seguinte modo: O “carrinho” (suporte de metal apropriado ao trilho, com 2 suportes de peso, um de cada lado. O peso usado, para ambos os movimentos, foi de 50 gramas) era colocado até o começo do trilho, esticando o elástico. Após isso, o carrinho era solto, de maneira mais uniforme possível durante as cinco medições de tempo para cada situação. Além disso, cada porta fotoelétrica ligada ao cronômetro era espaçada em 30 centímetros uma da outra na tabela 1, e 40 centímetros na tabela 2, com os instrumentos analógicos ou digitais a serem usados foram devidamente calibrados. Antes de soltar o carrinho pelo trilho, foi necessário zerar o cronômetro, e depois de soltá-lo pelo trilho, 5 dados de tempo foram coletados. Fazendo uso dos equipamentos, obteve-se, com os dados de espaço e tempo coletados, as tabelas 1 e 2. • Tabela 1: Movimento no trilho HORIZONTAL - Determinação de tempos no percurso com espaçamento de 30 cm. Movimento no trilho HORIZONTAL - Determinação de tempos no percurso com espaçamento de 30 cm. Passagem (s) Sa Sb Sc Sd t1 t2 t3 t4 t5 Onde Sa, Sb, Sc e Sd são 50, 80, 110 e 140 cm respectivamente. • Tabela 2: Movimento no trilho HORIZONTAL - Determinação de tempos no percurso com espaçamento de 40 cm. Movimento no trilho HORIZONTAL - Determinação de tempos no percurso com espaçamento de 40 cm. Passagem (s) Sa Sb Sc Sd t1 t2 t3 t4 t5 Onde Sa, Sb, Sc e Sd são 70, 110, 150 e 190 cm respectivamente. • Analisando utilizando o movimento no trilho INCLINADO: Utilizando os mesmos equipamentos usados na primeira parte do experimento (Movimento no trilho HORIZONTAL), obteve-se uma nova disposição destes equipamentos, onde o trilho se encontrava inclinado em relação à horizontal, onde o ângulo entre a mesa e a extremidade inicial do trilho é aumentado com a ajuda de uma placa de madeira colocada sob o pé do trilho de ar. Os sensores de posição do cronômetro continuavam separados por uma mesma distância NA HORIZONTAL. Vale ressaltar que a inclinação do trilho de ar foi feita de modo que a gravidade favorecesse o movimento, e não que atrapalhasse. Fazendo uso dos equipamentos conforme descrito acima, obteve-se novos valores de velocidade, espaço, aceleração e tempo, conforme a tabela 3, sendo importante considerar que o carrinho devia ser apenas liberado da sua posição, sem que o impulso fosse utilizado • Tabela 3: Movimento no trilho INCLINADO - Determinação de tempos no percurso com espaçamento de 30 cm. Movimento no trilho INCLINADO - Determinação de tempos no percurso com espaçamento de 30 cm. Passagem (s) Sa Sb Sc Sd t1 t2 t3 t4 t5 Onde Sa, Sb, Sc e Sd são 50, 80, 110 e 140 cm respectivamente. Os métodos usados nesta segunda parte do procedimento foram os mesmo usados na primeira, considerando calibração de instrumentos, modo de manuseio de insturmentos e espaçamento uniforme dos medidores de posição. Após coletar os dados de tempo para cada tabela sugerida, foram feitas mais três tabelas (Tabelas 3, 4 e 5), contendo os valores calculados de velocidade e aceleração em cada instante analisado, usando as equações mostradas em 1. Introdução, seguindo o seguinte modelo: Movimento no trilho X - Determinação dos valores de velocidade, aceleração, tempo e espaço com espaçamento de Y cm. n Posições <sn> (cm) Tempos <tn> (s) <sn>/<tn> (cm/s) <sn>/<tn>² (cm/s²) 1 2 3 4 5 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES • Tabela 3: Movimento no trilho HORIZONTAL - Determinação de tempos no percurso com espaçamento de 30 cm. Movimento no trilho HORIZONTAL - Determinação de tempos no percurso com espaçamento de 30 cm. Passagem (s) Sa Sb Sc Sd t1 0,885 1,698 2,457 3,164 t2 0,537 1,054 1,557 2,039 t3 0,46 0,908 1,346 1,768 t4 0,444 0,877 1,301 1,71 t5 0,441 0,872 1,294 1,701 • Tabela 4: Movimento no trilho HORIZONTAL - Determinação de tempos no percurso com espaçamento de 40 cm. Movimento no trilho HORIZONTAL - Determinação de tempos no percurso com espaçamento de 40 cm. Passagem (s) Sa Sb Sc Sd t1 0,588 1,182 1,776 2,370 t2 0,617 1,242 1,866 2,489 t3 0,589 1,187 1,784 2,382 t4 0,632 1,276 1,919 2,562 t5 0,608 1,219 1,832 2,445 • Tabela 5: Movimento no trilho INCLINADO - Determinação de tempos no percurso com espaçamento de 30 cm. Movimento no trilho INCLINADO - Determinação de tempos no percurso com espaçamento de 30 cm. Passagem (s) Sa Sb Sc Sd t1 0,389 0,696 0,969 1,213 t2 0,368 0,672 0,935 1,181 t3 0,359 0,658 0,917 1,161 t4 0,364 0,666 0,928 1,173 t5 0,360 0,659 0,919 1,163 • Tabela 6: Movimento no trilho horizontal - Determinação dos valores de velocidade, aceleração, tempo e espaço com espaçamento de 30 cm. Movimento no trilho horizontal - Determinação dos valores de velocidade, aceleração, tempo e espaço com espaçamento de 30 cm. N Posições <sn> (cm) Tempos <tn> (s) <sn>/<tn> (cm/s) <sn>/<tn>² (cm/s²) 1 20 0 0 0 2 50 0,553 54,24 0 3 80 1,082 55,45 0 4 110 1,591 56,56 0 5 140 2,074 57,85 0 • Tabela 7: Movimento no trilho horizontal - Determinação dos valores de velocidade, aceleração, tempo e espaço com espaçamento de 40 cm. Movimento no trilho horizontal - Determinação dos valores de velocidade, aceleração, tempo e espaço com espaçamento de 40 cm. n Posições <sn> (cm) Tempos <tn> (s) <sn>/<tn> (cm/s) <sn>/<tn>² (cm/s²) 1 30 0 0 0 2 70 0,607 65,89 0 3 110 1,221 65,52 0 4 150 1,835 65,39 0 5 190 2,449 65,33 0 • Tabela 8: Movimento no trilho inclinado - Determinação dos valores de velocidade, aceleração, tempo e espaço com espaçamento de 30 cm. Movimento no trilho INCLINADO - Determinação dos valores de velocidade, aceleração, tempo e espaço com espaçamento de 30 cm. N Posições <sn> (cm) Tempos <tn> (s) <sn>/<tn> (cm/s) <sn>/<tn>² (cm/s²) 1 20 0 0 0 2 50 0,368 81,52 26,43 3 80 0,67 89,55 26,58 4 110 0,933 96,46 26,27 5 140 1,178 101,86 22,04 Através dos dados obtidos, percebe-se a fidelidade desses com a teoria proposta para a realização do experimento, as velocidades se mantiveram constante durante os experimentos com MRU e variadas uniformemente com MRUV, de maneira positiva como era de esperar. Além disso, a aceleração se manteve constante no experimento de MRUV como era esperado. Eventuais “saltos” entre certos dados podem ser consequências de várias imperfeições do ambiente, dos alunos que estavam fazendo o experimento ou dos equipamentos. Por exemplo, uma eventual variação no fluxo de ar no trilho pode afetar na velocidade em ambos os casos de movimento, influenciando na precisão dos dados. 4. CONCLUSÃO Conclui-se que os movimentos retilíneos uniformes realmente consistem em velocidades uniformes para um determinado objeto durante uma determinada trajetória, até mesmo quando os tempos medidos são colocados em forma de média, diminuído a precisão desses dados. Além disso, conclui-se que movimentos uniformemente acelerados consistem em manter a aceleração do objeto constante,seja aumentando-a ou diminuindo-a, no caso deste experimento, aumentando-a de forma uniforme. Por fim, mesmo levando em consideração os eventuais erros que podem ser cometidos de análise devido a má interpretações de dados ou erros em aparelhos, é correto aplicar as fórmulas estudadas neste assunto de física para situações do cotidiano. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J. Fundamentos de Física 1: Mecânica. 4ed. São Paulo: LTC. • SERWAY, R., JEWETT, J. Princípios de Física, volume 1, Mecânica Clássica. São Paulo, 2005.
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