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redacao@tribunademinas.com.br { Geral } T R I B U N A D E M I N A S TERÇA-FEIRA - 28/10/2014 5 
Programação 
em honra a 
São Judas 
Considerado padroeiro das 
causas perdidas e dos desespe-
rados, São Judas Tadeu é cele-
brado hoje pelos católicos. Para 
homenagear o santo, várias co¬
munidades que levam o nome 
do padroeiro prepararam uma 
programação especial. 
Na Paróquia Santíssima 
Trindade, no Poço Rico, have¬
rá celebrações às 6h, 8h, 10h, 
meio-dia, 14h, 16h e 18h. Após 
a missa das 18h, a comunidade 
seguirá em procissão pelas ruas 
do bairro. Em seguida, haverá 
celebração solene presidida 
pelo arcebispo metropolitano 
dom Gil Antônio Moreira. 
Já na Paróquia São Pio X, no 
Bairro Arco Íris, às 19h30, fiéis 
saem em procissão pelas ruas 
do entorno. Em seguida, acon¬
tece uma missa festiva. Duran¬
te todo o dia, serão mantidas 
barraquinhas. 
Na Paróquia Nossa Senhora 
de Fátima, no Bairro São Ju¬
das Tadeu, as celebrações irão 
ocorrer ás 8h e 15h. Já ás 18h, 
devotos seguem em procissão 
em direção à capela em hora 
ao padroeiro, onde haverá 
missa festiva. 
Campanha 
de Natal 
para idosos 
A Comissão de Defesa dos 
Direitos dos Idosos da Câmara 
Municipal de Juiz de Fora vai 
lançar, no dia 18 de novembro, a 
campanha de Natal voltada para 
presentear os idosos de várias 
instituições da cidade. O lança¬
mento será realizado às 15h, no 
plenário da Câmara. As doações 
podem ser feitas até o dia 12 de 
dezembro, já que a entrega dos 
presentes será entre os dias 15 e 
19. A ideia é que os idosos rece¬
bam kits com roupas, produtos 
de higiene pessoal e cosméticos. 
Os interessados em participar 
poderão se dirigir ao Centro de 
Atenção ao Cidadão (CAC), lo¬
calizado no prédio do Legislati¬
vo, das 8h às 18h, e retirar os car¬
tões numerados, que possuem 
uma sugestão de presente. As 
entidades a serem beneficia¬
das serão: Abrigo Santa Helena, 
Fundação João de Freitas, Lar 
Luiza de Marilac, Hospital Ana 
Nery, Casa de Repouso Madre 
Maria de São Miguel. Este ano 
a campanha também vai bene¬
ficiar moradores de rua idosos, 
assistidos pelos programas da 
Prefeitura. 
GADGETS NA APRENDIZAGEM 
Filósofo defende limites 
no uso da tecnologia 
Especialista em cibercultura, francês Pierre Lévy ressalta que educação está em desenvolvimento constante 
-
Renata Carbogin e o filho Jose Felipe, 6 anos, 
têm um trato: primeiro o estudo, depois o game 
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JÚLIA PESSÔA 
Repórter 
Depois da escola, que acaba às 17h, o video-
game está liberado. Desde quea manhã seguin-
te seja dedicada aos estudos. É este o trato que 
a jornalista Renata Carbogin tem com o filho 
José Felipe, 6 anos. "É complicado fazer com 
que ele se interesse pelos deveres, porque as 
crianças desta geração, nos momentos de la¬
zer, têm acesso a vários aparelhos tecnológicos, 
que oferecem uma infinidade de coisas: jogos, 
vídeos..., e a escola ainda continua muito 'ana-
lógica'. São realidades diferentes e, muitas vezes, 
conflitantes", conta a mãe. Com um olho no ca-
derno e outro no Nintendo DS 3D (videogame 
portátil), José Felipe também reconhece a dis-
tância entre a maneira como se relaciona com 
os dispositivos eletrônicos em casa e na escola. 
"Tem aula de informática no colégio, mas nun¬
ca preciso usar o computador ou o tablet para 
fazer dever", conta ele. 
Em entrevista à Tribuna (por e-mail, reforçan¬
do o uso das mídias eletrônicas na vida pessoal 
e profissional da sociedade), o filósofo francês 
Pierre Lévy, especialista em cibercultura (e autor 
de livro homônimo) acredita que estamos viven¬
do o início de uma grande transformação cultu¬
ral, que impacta diretamente a maneira como o 
conhecimento é construído. "O fato de as infor¬
mações serem acessadas por meio de um smar-
tphone, de um tablet ou de um PC, ao invés de 
por uma folha de papel impressa, por uma tela 
de televisão ou de cinema ou por um telefone 
tradicional, é secundário. Para os jovens, o digital 
não representa uma nova mídia, mas sim a mídia 
'normal', a que eles conhecem, e é imediatamen¬
te disponível", observa Lévy. 
A naturalidade e a destreza com que José Felipe 
- que ainda está aprendendo a ler- maneja o ta-
blet corrobora com a visão do filósofo, demons¬
trando que as gerações mais jovens de fato têm 
uma relação distinta com os processos de apren¬
dizagem. Para a mãe do garoto, seria importante 
que as escolas incorporassem essa realidade às 
práticas pedagógicas, algo que ela procura fazer 
em casa. "São coisas simples, como perguntar a 
ele as letras que estão aparecendo no jogo, uma 
palavra em inglês que ele já aprendeu na aula, 
mas que permitem que a tecnologia trabalhe a 
favor da educação escolar", diz ela. 
Para Pierre Lévy, a iniciativa de Renata é fun¬
damental para que tecnologia e ensino/apren¬
dizado caminhem juntos, e a prática deve ser 
estendida aos professores. "A educação está em 
desenvolvimento constante. As novas formas de 
comunicação e as redes sociais, quando bem uti¬
lizadas, podem favorecer a aprendizagem coleti¬
va e a circulação das ideias. Hoje, se você é alfa¬
betizado, pode se comunicar com o mundo todo 
a um custo muito baixo, e também pode receber 
informações de qualquer lugar do planeta." Nes¬
te processo em contínuo andamento, com novas 
ferramentas disponíveis à construção do saber, 
os papéis dos pais, professores e dos próprios 
alunos também passam por transformações. 
USO MAIS 
EDUCATIVO DAS 
TECNOLOGIAS 
Como pais e professores podem contribuir, segundo Pierre Levy 
Se pais e professores nao soube-
rem usar e s s a s ferramentas, no 
sentido de usar para aprender, para 
explorar e colaborar, nao sera valido 
para a educação. So a ferramenta 
não resolve se voce nao sabe usar. 
Alem disso, so e possível ensinar 
aquilo que se domina 
o importante e não ficar sempre na 
mesma rede social ou nos mesmos sites, 
mas explorar diferentes ferramentas, 
funções, comunicações. A grande 
originalidade da internet e poder ofere-
cer todas as informações mterconec-
tadas e disponíveis a qualquer momento 
í Com meus alunos, costumo formar um 
grupo no Facebook, e, a cada semana, 
cada um tem que postar alguma coisa 
relacionada ao conteúdo da aula. Todos 
precisam ler e discutir o que o outro 
enviou. Se alguém repetir uma posta-
gem, leva uma nota ruim porque mostra 
! que nao prestou atenção nos outros 
Meus alunos ficam olhando para o 
celular também, mas eu proibo que eles 
j s e m os smartphones na aula. Entre- á Estabeleça 
regras no uso 
dos dispositivos 
eletrônicos 
tanto, ha momentos da aula em que 
digo: 'pronto, agora vocês podem olhar 
o celular'. E todos olham. Costumo r também passar um exercício nessa hora. Depois aviso que e hora de desligar os aparelhos. E uma disciplina que tem 
que ser ensinada desde a escola primária J | 
A As crianças devem começar desde cedo Regra 
de ouro: 
bom-senso 
a usar mídias interativas. Existem perigos: 
algumas imagens nao sao boas para crian-
ças, ha coisas muito violentas. Mas as novas 
mídias em si nao tem impacto negativo. 
O problema nao e a internet, e a falta de 
disciplina mental. Seria o mesmo que dizer que 
as estradas são mas porque matam gente. 
Nao, na verdade ha maus motoristas. E uma 
questão de bom-senso no uso da tecnologia 
Esclarecimentos sobre psoríase 
Para lembrar o Dia Mun¬
dial da Psoríase, comemorado 
amanhã, campanhas de es¬
clarecimento sobre a doença 
vêm sendo realizadas em vá¬
rias partes do país. A Socieda¬
de Brasileira de Dermatologia 
(SBD) promove a Campanha 
Nacional de Conscientização 
da Psoríase. Além de chamar 
a atenção para a data, a inicia¬
tiva tem por objetivo comba¬
ter o preconceito associado à 
doença e melhorar a qualida¬
de de vida dos pacientes, por 
meio do esclarecimento da 
população.Este ano, a cam¬
panha tem como tema: "Pso-
ríase: fere mais que a pele -
com tratamento é possível ter 
qualidade de vida." 
De acordo com informa¬
ções da SBD, a psoríase é 
uma doença imune-infla-
matória crônica da pele, que 
afeta aproximadamente 3% 
da população mundial. É 
frequente entre homens e 
mulheres, principalmente na 
faixa etária entre 20 e 40 anos. 
No entanto, pode também 
ser diagnosticada em outras 
fases da vida. Pesquisas cien¬
tíficas indicam que o fator ge¬
nético está envolvido em 30% 
dos casos. No entanto, estres¬
se emocional, traumas ou ir¬
ritações na pele, infecções na 
garganta, baixa umidade do 
ar ou alguns medicamentos 
podem dar início à doença ou 
aumentar as chances. 
Em Juiz de Fora, o Hospital 
SINTOMAS 
A doença se manifesta por lesões róseas ou 
avermelhadas recobertas por escamas esbranquiçadas 
Dor nas articulações 
(ou até mesmo artrite) 
Caspa severa no 
couro cabeludo 
Na maioria dos casos, 
as lesões aparecem em: 
> cotovelos, joelhos 
ou couro cabeludo 
> unhas 
> palma das mãos 
e plantas dos pés 
> por toda a pele 
Importante: A psoríase não pode ser adquirida pelo contato, mesmo 
íntimo, com qualquer portador da doença, independentemente do tipo 
Tratamento 
y Em casos mais avançados, são 
indicadas sessões de fototerapia 
(ultravioleta com ou sem remé-
dio), medicamentos de uso oral 
ou injetável 
y Após o diagnóstico do 
dermatologista, ele irá 
indicar o melhor 
tratamento 
_ ,$ .SPEOAlE 1 
mm 
S •m: 
, 5 
7-
2 2*. 
Box foi montado no Calçadão para orientar mulheres 
sobre como fazer o autoexame na hora do banho 
Ação contra o câncer de mama 
Normalmente, nos casos 
mais leves, são prescri-
tos medicamentos 
como pomadas, loções, 
xampus ou géis 
A psoríase não tem cura com-
pleta, mas, com o tratamento 
adequado, pode ser reduzida. 
Siga as orientações do derma-
tologista 
Fontes: site da Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase e HU da UFJF 
Universitário (HU) da UFJF 
possui um ambulatório de 
referência ao tratamento da 
psoríase, que atende pessoas 
da cidade e de regiões vizi¬
nhas. Atualmente, cerca de 
300 pacientes fazem acom¬
panhamento na instituição. 
Os atendimentos acontecem 
às sextas-feiras, das 8h ao 
meio-dia. Trata-se de uma 
doença crônica e não conta¬
giosa, porém tem tratamento 
e, seguindo as orientações de 
um dermatologista, pode ser 
controlada e reduzida. 
Mais uma ação da campanha Outubro Rosa 
foi promovida em Juiz de Fora. Ontem, das 10h 
ao meio-dia, o Conselho Municipal dos Direitos 
da Mulher promoveu um "chuveirão" no Cal-
çadão da Halfeld. A iniciativa também contou 
com a parceria da Ascomcer e do Sesc, com o 
objetivo de conscientizar as mulheres sobre a 
importância da prevenção e do diagnóstico pre¬
coce no combate ao câncer de mama. 
No local foi montado um box, como em ba¬
nheiros residenciais, onde as mulheres recebe¬
ram orientações das enfermeiras da Ascomcer, 
que mostraram como o autoexame deve ser 
realizado durante o banho. A iniciativa teve re¬
percussão, e diversas mulheres esperavam na 
fila para participar dos procedimentos com a 
equipe de enfermagem. 
Para a costureira Ângela Aparecida Peres Ser¬
ra, 52 anos, a ação foi de grande valia. "A en¬
fermeira me mostrou o jeito correto de fazer o 
autoexame. Além disso, foi possível esclarecer 
algumas dúvidas sobre dores que sinto nos 
seios, iniciadas após a menopausa. A partir de 
agora, sempre vou fazer o autoexame durante 
o banho e procurar um médico para realizar a 
mamografia", relatou. 
As mulheres que participaram do "chuvei-
rão" ainda foram contempladas com uma rosa 
e uma blusa da campanha. Panfletos informa¬
tivos também foram distribuídos aos pedestres. 
Outubro Rosa é um movimento realizado em 
vários países e cujo nome remete à cor do laço 
rosa que simboliza, mundialmente, a luta con¬
tra o câncer de mama.

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