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Profa Mariana Lacerda Proteínas II Proteínas O que é uma Proteína? Proteínas são macromoléculas constituídas por aminoácidos, seus blocos formadores A união de aminoácidos forma peptídeos e proteínas Todas as proteínas são construídas com 20 aminoácidos Todos os aminoácidos apresentam uma estrutura comum Aminoácidos um grupo amina (-NH2) um grupo carboxila (-COOH) um átomo de hidrogênio uma cadeia lateral variável (R) Os diferentes aminoácidos Os aminoácidos diferem entre si pela estrutura da cadeia lateral (R) Todos os aminoácidos comuns, exceto a glicina, possuem o carbono α ligado a quatro grupos diferentes: Um grupo carboxila, Um grupo amina Um átomo de hidrogênio Um grupo R Um átomo de carbono ligado a quatro grupos diferentes é considerado assimétrico e chamado de centro quiral. Aminoácidos Aminoácidos possuem 2 possíveis estereoisômeros (moléculas com as mesmas ligações químicas, mas com ≠ configurações), D ou L Os aminoácidos presentes nas proteínas são estereoisômeros L Glicina não tem isomeria óptica AMINOÁCIDOS Os diferentes aminoácidos A cadeia R pode ou não ter afinidade pela água As propriedades da cadeia R são importantes para a conformação das proteínas e para sua função Os diferentes aminoácidos Os aminoácidos são classificados de acordo com a polaridade do grupo R aminoácidos apolares (grupo R hidrofóbico) aminoácidos polares (grupo R hidrofílico) Aminoácidos apolares Apresentam grupos químicos de hidrocarbonetos apolares ou hidrocarbonetos modificados, exceto a glicina (que possui um átomo de hidrogênio como cadeia lateral). São hidrofóbicos Essa cadeia lateral não apresenta a capacidade de receber ou doar prótons, ou de participar em ligações iônicas ou formação de ligações de hidrogênio Grupo R apolares e alifáticos Interações hidrofóbicas Gly Estrutura mais simples Met Possui átomo de enxofre - tioéter Pro Iminoácido, menor flexibilidade estrutural • Aminoácidos apolares e hidrofóbicos (insolúveis em água) • Ala, Val, Leu, Iso tendem a se aglomerar entre si nas proteínas Grupo R aromáticos São relativamente apolares hidrofóbicos Tirosina pode formar ligações de hidrogênio Aminoácidos polares neutros Apresentam grupos químicos que tendem a formar ligações de hidrogênio Grupos R polares, não carregados Solubilidade intermediária em água Possuem grupos funcionais capaz de formar ligações de hidrogênio com a água Serina e treonina Grupos hidroxila Asparagina e glutamina Grupo amida Cisteína Grupo sulfidril Ligações dissulfeto Aminoácidos polares com carga positiva (Básicos) São aceptores de prótons. Em pH fisiológico as cadeias laterais encontram-se completamente ionizadas, com carga positiva. Característica básica (presença do grupo amina) Grupos R carregados Positivamente (básicos) Aminoácidos hidrofílicos Carga positiva Lisina, segundo grupo amina Arginina, grupo guanidina Histidina, grupo aromático imidazol Aminoácidos polares com carga negativa (Ácidos) São doadores de prótons. Contém grupo carboxila carregado negativamente (COO-) em pH neutro Característica ácida (presença do grupo carboxila) Grupos R carregados negativamente (ácidos) Aminoácidos ácidos Carga negativa Possuem segundo grupo ácido carboxílico Os aminoácidos podem agir como ácidos e como bases Doador de prótons Receptor de prótons Completamente protonado, pode liberar o próton da carboxila, depois pode liberar o próton da amina ficando completamente desprotonado Qualquer aminoácido, independente do seu grupo R, é uma espécie diprótica O CARATER ANFÓTERO DOS AMINOÁCIDOS Os aminoácidos são ANFÓTEROS, pois em solução aquosa, comportam-se como ácido e como base, formando íons dipolares O grupamento carboxila ioniza-se em solução aquosa liberando próton, adquirindo carga negativa O grupamento amina ioniza-se em solução aquosa aceitando próton, adquirindo carga positiva O CARATER ANFÓTERO DOS AMINOÁCIDOS Este comportamento depende do pH do meio aquoso em que o aminoácido se encontra Em meio ácido, os aminoácidos tendem a capturar hidrogênios, comportando-se como base e adquirindo carga positiva - ionizam em seus radicais amina Em meio básico, os aminoácidos tendem a doar hidrogênios, comportando-se como ácidos e adquirindo carga negativa - ionizam-se em seus radicais carboxila Os aminoácidos livres vão ter curvas de titulação características pI: ponto isoelétrico pH no qual a carga líquida da molécula é zero Para a glicina que não possui grupo R ionizáveis, o ponto isoelétrico é a média aritmética dos dois valores de pKa pI = (pK1 + pK2)/2 pI = (2,34 + 9,60)/2 = 5,97 Existem aminoácidos que tem grupamento R que também são carregados Existem aminoácidos que tem grupamento R que também são carregados CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS QUANTO AO DESTINO NO METABOLISMO ANIMAL Glucogênicos - podem ser transformados em glicose alanina, arginina, metionina, cisteina, cistina, histidina, treonina, valina Glucocetogênicos - podem ser transformados em glicose ou em corpos cetônicos fenilalanina, tirosina e triptofano, isoleucina e lisina Cetogênicos - podem ser transformados em corpos cetônicos leucina Algumas proteínas consistem em apenas uma única cadeia polipeptídica, e outras podem ser proteínas multissubunidade Proteínas multissubunidade São aquelas formadas por mais de uma cadeia polipeptídica mantidas por ligações não covalentes As cadeias polipeptídicas individuais em uma proteína multissubunidade podem ser idênticas ou diferentes Oligomérica - Quando apresenta ao menos duas subunidades idênticas. Ex. Hemoglobina - duas cadeias α idênticas e duas cadeias β idênticas As subunidades idênticas são denominadas Protômero. As sequências de aminoácidos fornecem importantes informações bioquímicas O conhecimento da sequência de aminoácidos em uma proteína pode oferecer ideias sobre sua estrutura tridimensional e função, localização celular e evolução A análise das informações disponíveis nos muitos e sempre crescentes bancos de dados biológicos, incluindo as sequências de genes e proteínas e as estruturas de macromoléculas, deram origem ao novo campo da bioinformática A função de cada proteína depende de sua estrutura tridimensional, que, por sua vez, é determinada em grande parte por sua estrutura primária Em um nível diferente de investigação, as sequências de proteínas estão começando a demonstrar como as proteínas evoluíram e, em última instância, como a vida evoluiu neste planeta Com o advento de projetos de genoma investigando organismos de bactérias a seres humanos, o número de sequências disponíveis está crescendo a uma velocidade enorme. Essa informação pode ser utilizada para traçar a história biológica Sequências proteicas são uma fonte rica de informação sobre a estrutura e a função da proteína, bem como sobre a evolução da vida na Terra Métodos sofisticados estão sendo desenvolvidos para rastrear a evolução, analisando as lentas mudanças resultantes nas sequências de aminoácidos de proteínas homólogas
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