Buscar

Produção Textual Interdisciplinar em Grupo - Estudo de viabilidade de um Frigorífico

Prévia do material em texto

ANHANGUERA EDUCACIONAL 
UNIDADE SANTO ANDRÉ 
 
 
 
ENGENHARIA CIVIL - 1º SEMESTRE 
 
 
 
Ednaldo Raposeiro – RA: 2589545471 
Ewerton Henrique de Oliveira – RA: 5419825520 
Jose Carlos Rodrigues Junior – RA: 5947506313 
Midian Miashiro da Silva – RA: 5419825555 
Renata Sampaio Valera – RA: 5419825684 
Rui Marchi – RA: 5419781032 
 
 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO 
Viabilidade da implantação de um frigorífico 
 
 
 
SANTO ANDRÉ 
2017 
1 
 
 
SITUAÇÃO GERADORA DE APRENDIZAGEM (SGA) 
 
Viabilidade da implantação de um frigorífico 
 
“Um grupo de investidores da Alemanha identificou uma oportunidade de 
negócio em uma cidade brasileira. A proposta é investir na exportação de miúdos de 
um frigorífico de carne suína e, para dar início à implementação dessa proposta, os 
investidores alemães contrataram a equipe X. Essa equipe será responsável por 
analisar a referida proposta”. 
 
INTRODUÇÃO: 
 
Analisando-se o texto da SGA, o grupo discutiu e estabeleceu os seguintes 
parâmetros para a elaboração desta produção textual: 
 A empresa a ser fundada será um frigorífico voltado à exportação, ou seja, 
uma instalação industrial que realiza o processamento e armazenagem de produtos 
de origem animal, cujo produto final será exportado para a Alemanha. 
Desta forma, não se inclui nas atividades da empresa o abate dos suínos, 
mas sim a compra dos miúdos diretamente dos abatedouros, seu adequado 
processamento, armazenagem e despacho. O transporte internacional também não 
competirá ao frigorífico e para isso será contratada empresa especializada às 
expensas do comprador. 
Tendo em vista que miúdos se deterioram muito mais facilmente que outros 
cortes de carnes a empresa não trabalhará com estoques parados, utilizando-se do 
sistema de logística conhecido como “Just in time”, no qual a matéria-prima chega 
ao local de utilização somente no momento exato em que for necessária, ou seja, os 
miúdos só serão comprados, processados e despachados após a encomenda do 
comprador para que não haja risco de deterioração. Ademais, este sistema logístico 
gera economia e exige um espaço bem menor na planta empresarial. 
2 
 
 
Analisando-se o mapa constante da figura 1 fornecido pela PTG, o grupo 
concluiu que o local de implementação do frigorífico é o vilarejo de Caraíva, na 
cidade de Porto Seguro, no estado da Bahia, na região nordeste do Brasil. 
Estabelecidos estes parâmetros, passa-se as respostas da produção textual 
propriamente dita. 
 
3 
 
 
1 - REALIZAR UMA COLETA DE DADOS QUE RESPONDA A SOLICITAÇÃO DO 
RELATÓRIO DA EMPRESA. 
 
1.1 – Descrição sobre o ambiente social em que o frigorífico está instalado 
 
De acordo com o mapa da localização, o frigorífico está instalado em 
Caraíva, na cidade de Porto Seguro, no estado da Bahia, ao Nordeste do Brasil. 
Caraíva é um dos distritos de Porto Seguro1. Trata-se de uma comunidade 
litorânea de cerca de 600 a 1000 habitantes2 - enquanto Porto Seguro possui 
população estimada em 2016 de 147.444 habitantes3. Caraíva é composta por 
população de pescadores artesanais, artesãos e indígenas. 
A comunidade é tombada como patrimônio histórico e se destina 
primordialmente ao turismo4. 
Caraíva é cercada pelo Rio Caraíva, pelo Mar e pelo Parque Nacional do 
Monte Paschoal, onde vive uma aldeia indígena5. 
As ruas de Caraíva são de terra e/ou cobertas de areia, não há trânsito 
automotor6, há muitas praias, imóveis históricos e o comércio é voltado para a área 
do turismo7. 
O controle do lixo é constante8, pois há muita preocupação com a natureza. 
O lugar não possui bancos e a maioria dos estabelecimentos comerciais não 
aceita cartão de débito ou de crédito9. 
 
1
 Fonte: <http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?codmun=292530>. Acesso em 
10/05/2017. 
2
 Fonte: <http://www.caraivabahia.com.br> e <https://goo.gl/UuYMKi>. Acesso em 25/04/2017. 
3
 Fonte: <https://goo.gl/2qGv8k>. Acesso em 10/05/2017. 
4
 Idem, Ibidem. 
5
 Fonte: <https://goo.gl/C1gIUy>. Acesso em 10/05/2017. >. Acesso em 10/05/2017. 
6
 Em vista da proibição legal de circulação de veículos automotores em todo o seu território (Lei 
Municipal nº 188 de 16/12/1994), a circulação deve ser feita a pé ou a cavalo. Fonte: 
<http://www.cmps.ba.gov.br/images/legislacao/leis1994/Lei_0188_1994.pdf>. Acesso em 28/04/2017. 
7
 Idem, Ibidem. 
8
 Fonte: <https://goo.gl/i2Mql4>. Acesso em 10/05/2017. 
9
Fonte: <https://goo.gl/i2Mql4>. Acesso em 10/05/2017. 
4 
 
 
Por ser uma comunidade tombada e que se vale da beleza da natureza que 
a circunda, dá suma importância para a preservação do meio ambiente, de modo 
que possui intensa proteção legal e governamental (Área de Proteção Ambiental – 
APA Caraíva/Trancoso; Zona de Reserva Extrativista Marinha – Resex; Patrimônio 
da Humanidade da UNESCO; Zona de Proteção Rigorosa do IPHAN; e zona de 
entorno do Parque Nacional e Histórico de Monte Pascoal10). 
A comunidade vivia exclusivamente da pesca até a década de 197011 e até 
hoje a pesca é muito presente no cotidiano do vilarejo. 
Em 1962, foi demarcado o Parque Nacional de Monte Pascoal, onde vive 
uma aldeia indígena12. A Vila de Caraíva fica no limite norte do Parque e, desta 
forma, tem grande convivência com a população indígena. 
A energia elétrica chegou ao vilarejo em 2007, mas não há postes na 
comunidade13. Toda a fiação elétrica é subterrânea. Deste modo, o vilarejo é 
iluminado pela luz natural durante o dia e a noite, não possui um aparato urbano 
atual e moderno. 
Caraíva é considerada hoje o vilarejo mais antigo do Brasil, sendo datada a 
sua fundação do ano de 153014. 
 
1.2 - Identificação das normas regulamentadoras e legislações aplicáveis às 
atividades de um frigorífico relacionadas à saúde e segurança do trabalho; 
 
A equipe X identificou as seguintes normas regulamentadoras e legislação 
aplicável ao projeto: 
 
 Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições Gerais 
 
10
Fonte:<http://www.caraiva.com.br/pt/breve-historico-sobre-caraiva>. Acesso em 10/05/2017. 
11
Fonte: <http://www.caraiva.com.br/breve-historico-sobre-caraiva>. Acesso em 10/05/2017. 
12
 Fonte: <http://www.caraiva.com.br/breve-historico-sobre-caraiva>. Acesso em 10/05/2017. 
13
 Fonte: <http://www.caraiva.com.br/breve-historico-sobre-caraiva/>. Acesso em 10/05/2017. 
14
 Fonte: <https://goo.gl/5aKSBK>. Acesso em 10/05/2017. 
5 
 
 
 Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
 Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes 
 Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual 
(EPI) 
 Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional (PCMSO) 
 Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de Prevenção de Riscos 
Ambientais 
 Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços 
em Eletricidade 
 Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas 
e Equipamentos 
 Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras, Vasos de Pressão e 
Tubulações. 
 Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres 
 Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas 
 Norma Regulamentadora Nº 17 – Ergonomia 
 Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios 
 Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em 
Espaços Confinados 
 Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura 
 Norma Regulamentadora n.º 36 - Segurança e Saúde no Trabalho emEmpresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados. 
 DECRETO-LEI N.º 5.452, de 1º de maio de 1943 – Consolidação das 
Leis Trabalhistas (CLT). 
 LEI Nº 1.283, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1950 – Dispõe sobre a 
inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal. 
 LEI Nº 7.889, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1989 – Dispõe sobre 
inspeção sanitária e industrial dos produtos de origem animal, e dá 
outras providências. 
6 
 
 
 DECRETO Nº 9.013, de 29 de março de 2017 – Regulamenta a Lei nº 
1.283, de 18 de dezembro de 1950, e a Lei nº 7.889, de 23 de 
novembro de 1989, que dispõem sobre a inspeção industrial e sanitária 
de produtos de origem animal. 
 
1.3 - Descrição do meio ambiente físico/natural da área em que o frigorífico 
está instalado (se há vegetação nativa, APP, rios próximos, tipo de solo, etc); 
 
O local escolhido pelos investidores alemães fica situado na comunidade de 
Caraíva, Distríto de Caraíva, Município de Porto Seguro, no estado da Bahia 
conforme mapa turístico a seguir: 
 
O Distrito de Caraíva está localizado dentro da Área de Proteção Ambiental 
(APA) Trancoso/Caraíva. Fica a 69 km da sede de Porto Seguro e a 740 km de 
Salvador e entre o Rio Caraíva, o oceano Atlântico e o parque nacional de Monte 
Pascoal (uma reserva indígena da etnia pataxós). Além de ser uma APA, também é 
uma Zona de Reserva Extrativista Marinha – Resex15. 
 
15
 Reservas Extrativistas (RESEX) são espaços territoriais protegidos cujo objetivo é a proteção dos 
meios de vida e a cultura de populações tradicionais, bem como assegurar o uso sustentável dos 
recursos naturais da área. O sustento destas populações se baseia no extrativismo e, de modo 
complementar, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. 
7 
 
 
A área em questão também faz parte da chamada Reserva de Mata 
Atlântica da Costa do Descobrimento e foi considerada Patrimônio Natural Mundial 
da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura 
(Unesco) em dezembro de 1999. Esta Reserva abriga os remanescentes mais 
preservados de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil. 16 
No local há disponibilidade de rede elétrica subterrânea, instalada no ano de 
200717. Os únicos meios de transporte são marítimo/fluviais, automóveis são 
proibidos no local18. As ruas do distrito são estreitas e cobertas de areia, não há 
pavimentação. 
Dentre a flora típica de mata atlântica, a área possui vegetação de restinga, 
sendo esta protegida pelo Código Municipal de Meio Ambiente de Porto Seguro (Lei 
Municipal nº 619/2005)19. 
 
Em ecologia, o termo Restinga é utilizado para definir 
diferentes formações vegetais que se estabelecem sobre solos 
arenosos na região da planície costeira. Esses ecossistemas são 
determinados fisicamente pelas condições edáficas (solo arenoso) e 
pela influência do mar e estão distribuídos ao longo do litoral 
brasileiro e por várias partes do mundo20. 
 
O Art. 69 do citado Código Municipal de Meio Ambiente estabelece que21: 
 
São áreas de preservação permanente, além daquelas 
definidas em legislação federal, estadual ou municipal: 
 
I - Os Manguezais, a vegetação de Restinga e os 
remanescentes de Mata Atlântica; 
 
(...) 
 
16
 Fonte: <http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2014/07/costa-do-descobrimento-abriga-
remanescentes-preservados-de-mata-atlantica>. Acesso em 10/05/2017. 
17
 Fonte: <http://www.caraiva.com.br/breve-historico-sobre-caraiva/>. Acesso em 10/05/2017. 
18
 Lei Municipal n° 188/1994. Fonte: <<http://www.cmps.ba.gov.br/images/legislacao 
/leis1994/Lei_0188_1994.pdf>. Acesso em 10/05/2017. 
19
 Lei Municipal nº 619/2005. Fonte: <http://www.cmps.ba.gov.br/images/legislacao/leis2005 
/Lei_0619_2005.pdf>. Acesso em 10/05/2017. 
20
 Fonte: <http://www.infoescola.com/biomas/restinga/>. Acesso em 10/05/2017. 
21
 Lei Municipal nº 619/2005. Fonte: <http://www.cmps.ba.gov.br/images/legislacao/ 
leis2005/Lei_0619_2005.pdf>. Acesso em 10/05/2017. 
8 
 
 
 
Desta forma, o local escolhido para implantação do frigorífico fica 
inteiramente dentro de área de Proteção Ambiental Permanente. 
O Solo do local escolhido é composto de cobertura detrítica tércio-
quaternária conforme mapa geológico simplificado emitido pelo SEI22 (Sistema 
Eletrônico de Informações do Ministério da Agricultura). 
 
 
22
 Fonte: <http://sistemas.agricultura.gov.br/sip/login.php?sigla_orgao_sistema=MAPA&sigla_ 
sistema=SEI>. Acesso em 10/05/2017. 
9 
 
 
Ainda quanto ao solo do local, segundo relatório de diagnóstico23 do meio 
físico realizado pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema)24 sobre 
a APA de Caraíva-Trancoso, temos que, em função das características 
geomorfológicas, Martin et alli (1980) dividiram a costa do Estado da Bahia em seis 
setores distintos, sendo que o setor VI se estende desde Ilhéus até o extremo sul do 
Estado da Bahia (abarcando a referida APA). Este setor é caracterizado pela 
presença dos sedimentos do Grupo Barreiras em contato direto ou próximos ao mar, 
por depósitos sedimentares Quartenários bem representativos, bem como pela 
presença de recifes de corais. 
Segundo o citado relatório: 
Do ponto de vista geomorfológico regional a área de estudo 
apresenta o compartimento de relevo identificado como "Depósitos 
Sedimentares" o qual inclui as chamadas regiões das Planícies 
Litorâneas e Piemonte Inumados. Essas regiões, por sua vez, 
incluem as Unidades Geomorfológicas Complexos Praiais, Aluviais e 
Estuarinos, Vales e Tabuleiros Costeiros25. 
 
Por fim, conforme Decreto Estadual nº 2.215/1993, a administração da APA 
Caraíva/Trancoso será exercida pela Empresa de Turismo da Bahia - BAHIATURSA, 
à qual caberá analisar e emitir pareceres para o licenciamento de empreendimentos 
na área; exercer a supervisão e a fiscalização das atividades a serem realizadas na 
área, respeitada a competência municipal.26 
 
1.4 - Estudo da certificação ambiental ISO 14001, visto que o frigorífico terá 
como foco a exportação de seus subprodutos. 
 
A ISO 14001 é uma ferramenta criada para ajudar empresas a priorizar, 
gerenciar e identificar seus riscos ambientais. A norma faz com que a empresa dê 
 
23
 Fonte: < http://www.inema.ba.gov.br/wp-content/uploads/2011/09/Diagn%C3%B3stico.pdf>. Acesso 
em 10/05/2017. 
24
 O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) é autarquia estadual do Governo do 
Estado da Bahia criado através da lei nº 12.212 de 4 de maio de 2011. 
25
 Fonte: < http://www.inema.ba.gov.br/wp-content/uploads/2011/09/Diagn%C3%B3stico.pdf>. Acesso 
em 10/05/2017. 
26
 BAHIA. Brasil - DECRETO Nº 2215 DE 14 DE JUNHO DE 1993 – Disponível em: 
<http://www.legislabahia.ba.gov.br/> Acesso em 10/05/2017. 
10 
 
 
um maior cuidado às questões mais relevantes do negócio. A ISO 14001 determina 
que as empresas se envolvam com a prevenção da poluição e com melhorias 
contínuas, como parte do ciclo normal de gestão empresarial. 
 Ela é baseada no ciclo PDCA do inglês "plan-do-check-act" (planejar, fazer, 
checar e agir) e utiliza terminologia e linguagem de gestão conhecida. 
A citada norma é ferramenta que permite melhorar, manter e Implementar 
um sistema de gestão ambiental para garantir concordância com a política ambiental 
e comprovar tal conformidade a terceiros.27 
O SGA deve ser apropriado à natureza, escala e impactos ambientais da 
organização e inclui a obrigação com a melhoria contínua, com a prevenção da 
poluição e manter-se de acordo com requisitos legais. Sua implantaçãodeve 
também ser comunicada aos funcionários, documentada e estar disponível à todos. 
O Planejamento da norma deve ser considerado como uma dinâmica e 
estabelecer tanto o foco da gestão de mudanças quanto só da gestão. Ela determina 
as áreas de aspectos ambientais, o que deve ser alcançado, de gestão, condições 
legais, programas de melhoria, metas e objetivos. Além disso, apresentar a 
necessidade de se aplicar a gestão ambiental a projetos relacionados a alterações 
nos produtos, serviços atividades. 
Os pilares do SGA, conforme a ISO 14001, são: 
 Planejamento de todas as atividades, produtos e processos. 
 Prevenção no lugar da correção. 
 Coordenação e integração dentre as partes (subsistemas). 
 Monitoramento contínuo 
 Estabelecimento de critérios. 
 Melhoria continua. 
 
 
27
 Fonte: <http://www.lrqa.com.br/Certificacao/ISO-14001-meio-ambiente/ >. Acesso em 10/05/2017. 
11 
 
 
 A ISO 14001 pauta-se no planejamento das tarefas, por isso aprova às 
diferentes dimensões do SGA, comprovando um desempenho ambiental adequado, 
por meio do controle de impactos ambientais em seus serviços, atividades e 
produtos. Não podemos deixar de notar também uma coerência na política alinhada 
nos objetivos ambientais no contexto da legislação que está cada vez mais exigente 
para a construção de um verdadeiro desenvolvimento sustentável. 
 
12 
 
 
2 - DESCREVER AS FUNÇÕES E OS POSTOS DE TRABALHOS NECESSÁRIOS; 
IDENTIFICAR OS RISCOS A SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR 
RELACIONADOS À CADA POSTO DE TRABALHO; IDENTIFICAR QUAIS NRS 
SÃO APLICÁVEIS À ATIVIDADE DE FRIGORÍFICO; CRIAR UM PROGRAMA DE 
GERENCIAMENTO DE RISCO (CONSIDERANDO QUE O FRIGORÍFICO TENHA 
UM QUADRO COM 700 FUNCIONÁRIOS, TRABALHANDO EM UM ÚNICO 
TURNO, COM JORNADAS DE 8 HORAS E 48 MINUTOS DIÁRIAS, DE SEGUNDA 
A SEXTA FOLGANDO AOS FINS DE SEMANA. 
 
2.1 - Análise dos aspectos de segurança do trabalho 
2.1.1 - Objetivo 
 
Desenvolver um Programa de Prevenção de Ricos Ambientais, com base 
nas normas regulamentadoras e leis pertinentes ao ramo de atividade da empresa, 
que defina as ações necessárias para controle e monitoração dos riscos ambientais 
existentes no local de trabalho, a fim de preservar a saúde e a integridade física dos 
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente 
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no 
ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos 
recursos naturais. 
2.1.2 – Obrigatoriedade Legal 
 
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais está baseado na Portaria 
N° 25, de 29 de dezembro de 1994, a qual dá nova redação à Norma 
Regulamentadora NR 9, instituída pela Portaria NO 3.214, de 8 de junho de 1978, 
Capítulo V do Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
2.1.3 - Responsabilidades 
 
Conforme a NR 9, são responsabilidades: 
Do empregador: estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do 
Programa de Prevenção de Ricos Ambientais como atividade permanente da 
empresa ou instituição. 
13 
 
 
Do empregado: colaborar e participar na implantação e execução do 
Programa de Prevenção de Ricos Ambientais, seguindo as orientações recebidas 
nos treinamentos oferecidos dentro do programa, informando ao seu superior 
hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar risco à saúde 
dos trabalhadores. 
2.1.4 - Articulação 
 
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é parte integrante do 
conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde 
e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas 
demais Normas Regulamentadoras, em especial com o Programa de Controle 
Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR 7. 
O PCMSO tem por objetivo realizar avaliações clínicas que permitam 
diagnosticar os agravos à saúde relacionados ao trabalho. 
O PPRA articula-se com o PCMSO de maneira a identificar os riscos que 
possam originar estes agravos diagnosticados e sugerir medidas para o seu controle 
ou eliminação. 
2.1.5 - Caracterização da empresa e ramo de atividade 
 
Empresa possuirá atuação centrada na armazenagem, preparação e 
exportação de miúdos suínos. 
Conforme NR 4, o grau de risco do Frigorífico é 3. 
Contará com um quadro de 700 funcionários diretos, distribuídos conforme 
tabela a seguir: 
 
 
 
14 
 
 
SETOR FUNÇÃO N° DE FUNCIONÁRIOS 
Administração 
Secretaria 5 
Encarregado de RH 1 
Auxiliar de RH 20 
Encarregado financeiro 1 
Contador 1 
Auxiliar de contabilidade 20 
Auxiliar Financeiro 20 
Analista de Custos 20 
Comercial 
Coordenador Comercial 1 
Comprador 20 
Vendedor 30 
Faturista 10 
Logística Motorista 10 
Recebimento 
Açougueiro 60 
Encarregado 1 
Câmara de 
Resfriamento 
Açougueiro 60 
Operador de 
Empilhadeira 
20 
Encarregado 1 
Câmara de 
Congelamento 
Açougueiro 50 
Operador de 
Empilhadeira 
20 
Encarregado 1 
Laboratório Açougueiro 30 
Inspeção Federal Auxiliar de Escritório 20 
Sala de Utilidades 
Encarregado 1 
Caldeirista 10 
Manutenção 
Coordenador de 
Manutenção 
1 
Eletricista 35 
Mecânico 35 
Encanador 20 
15 
 
 
ETE/ETA 
Auxiliar de Manutenção 20 
Auxiliar Técnico de 
Controle de Qualidade 
15 
Limpeza 
Encarregado de limpeza 6 
Auxiliar de Limpeza 70 
Almoxarifado Almoxarife 10 
Controle de Qualidade Inspetor de Qualidade 20 
Administração da 
Produção 
Supervisor de Produção 5 
Analista de PCP 20 
 
2.1.6 - SESMT 
 
Em função do grau de risco (3) e do número de funcionários do 
FRIGORÍFICO (700), se faz necessário o funcionamento de um SESMT (Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do trabalho), composto 
por 03 Técnicos em Segurança do Trabalho em período integral, 01 Engenheiro de 
Segurança do Trabalho e 01 Médico do trabalho em tempo parcial que poderá ser 
de empresa contratada. 
 
Grau 
de 
Risco 
Nº de 
empregados no 
estabelecimento 
50 
a 
100 
101 
a 
250 
251 
a 
500 
501 
a 
1.000 
1.001 
a 
2.000 
2.001 
a 
3.500 
3.501 
a 
5.000 
Acima de 
5.000 para 
cada grupo 
de 4.000 ou 
fração 
acima de 
2.000** 
3 
Técnico Seg. 
Trabalho 
- 1 2 3 4 6 8 3 
Engenheiro Seg. 
Trabalho 
- - - 1* 1 1 2 1 
Aux. 
Enfermagem 
- - - - 1 2 1 1 
16 
 
 
Trabalho 
Enfermeiro do 
Trabalho 
- - - - - - 1 - 
Médico do 
Trabalho 
- - - 1* 1 1 2 1 
(*) - Tempo parcial (mínimo de três horas) 
 
2.1.7 - CIPA 
 
Em função das atividades desenvolvidas e do número de funcionários do 
FRIGORÍFICO, se faz necessário o funcionamento de uma CIPA (Comissão Interna 
de Prevenção de Acidentes) para atender a NR 5. Esta CIPA deverá ser 
dimensionada da seguinte maneira, 06 membros efetivos e 05 membros suplentes. 
N° de 
Empregados no 
Estabelecimento 
Nº de Membros da 
CIPA 
 Efetivos Suplentes 
0 a 19 1 1 
20 a 29 1 1 
30 a 50 2 2 
51 a 80 2 2 
81 a 100 3 3 
101 a 120 4 3 
121 a 140 4 4 
301 a 500 5 4 
501 a 1.000 6 5 
1.001 a 2.500 7 6 
2.501 a 5.000 10 7 
5.001 a 10.000 11 9 
Acima de 10.000, 
para cada grupo de 
2.500 acrescentar 
2 1 
 
2.1.8 - Riscos Ambientais 
 
17 
 
 
A NR 9 conceitua riscos ambientais como sendo “os agentes físicos, 
químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua 
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição,são capazes de 
causar danos à saúde do trabalhador”. 
Os agentes que geram riscos ambientais são assim definidos: 
Agentes físicos são as diversas formas de energia a que possam estar 
expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, 
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não-ionizantes, bem como o 
infrassom e o ultrassom. Constantes na NR 15 – Atividades e Operações Insalubres, 
Anexos Nº 1 a 10. 
Agentes químicos são as substâncias, compostos ou produtos que possam 
penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, 
neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, 
possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por 
ingestão. Constantes na NR 15, Anexos Nº 11 a 13. 
Agentes biológicos são as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, 
protozoários, vírus, entre outros. Constantes na NR 15, Anexo Nº 14. A NR 15 diz 
que são consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem: - 
- Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos Nº 1, 2, 3, 5, 11 e 12; 
Nas atividades mencionadas nos Anexos Nº 6, 13 e 14; 
Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes 
dos Anexos Nº 7, 8, 9 e 10. O exercício do trabalho em condições de insalubridade 
assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo 
da região, equivalente a: 
- 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo; 
- 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio; 
- 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo; 
18 
 
 
No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas 
considerado aquele de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo 
vedada a percepção cumulativa. A eliminação ou neutralização da insalubridade 
determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo. Podem-se citar, 
ainda, dois outros agentes ambientais, que poderão estar presentes no documento-
base do PPRA, tendo em vista sua finalidade de prevenção: 
Agentes ergonômicos: são considerados aqueles cuja relação do trabalho 
com o homem causa desconforto ao mesmo, podendo causar danos à sua saúde, 
tais como esforço físico intenso, postura inadequada, ritmos excessivos, monotonia 
e repetibilidade e outros fatores que possam levar ao stress físico e/ou psíquico. 
Constam na NR 17 – Ergonomia. 
Riscos de acidentes: considerados os equipamentos, dispositivos, 
ferramentas, produtos, instalações, proteções e outras situações de risco que 
possam contribuir para a ocorrência de acidentes durante a execução do trabalho 
devido ao uso, disposição ou construção incorreta. Contudo, a Portaria No 3.731/90, 
que retificou a Portaria No 3.435/90, revogou o Anexo N° 4 da NR 15, tornando o 
agente ergonômico, como ocorrem a nível internacional, não mais caracterizador de 
atividade desenvolvida sob condições insalubres, a partir de 23 de fevereiro de 
1991. Os riscos de acidentes, também chamados de riscos mecânicos, igualmente 
não são considerados agente caracterizador de atividade insalubre. Deve-se 
esclarecer, ainda, que são consideradas atividades e operações perigosas aquelas 
constantes dos Anexos N° 1 e 2 da NR 16 – Atividades e operações perigosas, 
relacionadas com inflamáveis, explosivos e eletricidade. O exercício do trabalho em 
condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 
30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de 
gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. 
 
2.1.9 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI 
 
A norma que aponta qual o tipo de EPI a utilizar, de acordo com os agentes 
ambientais presentes no ambiente de trabalho é a NR-6 – Equipamento de Proteção 
19 
 
 
Individual – EPI. Esta Norma determina, ainda, as obrigações do empregador, que 
são: 
- Adquirir o tipo adequado de EPI à atividade do empregado; 
- Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo Ministério do Trabalho 
e de empresa cadastradas no DNSST – Departamento Nacional de Segurança e 
Saúde do Trabalhador; 
- Treinar o trabalhador sobre o uso adequado do EPI; 
- Tornar obrigatório o seu uso; 
- Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado; 
- Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica do EPI; 
- Comunicar ao Ministério do Trabalho qualquer irregularidade observada no 
EPI. 
Determina também as obrigações do empregado, que são: 
- Observar as normas de segurança do trabalho, 
- Usar o EPI fornecido pela empresa para a finalidade a que se destina, 
- Responsabilizar-se por sua guarda e conservação, 
- Comunicar a área de segurança diretamente, ou ao encarregado, quando o 
EPI se tornar impróprio para uso. 
 
2.2 - Resultado da análise dos riscos ambientais e medidas preventivas 
 
A seguir, a análise dos riscos ambientais para os 700 empregados que irão 
compor o quadro do frigorífico, distribuídos em 15 setores. Os resultados serão 
demonstrados por setor e função desenvolvida. 
20 
 
 
 
2.2.1 – Administração 
2.2.1.1 – Funções 
Secretária 
Encarregado de RH 
Auxiliar de RH 
Encarregado Financeiro 
Contador 
Auxiliar de Contabilidade 
Auxiliar Financeiro 
Analista de Custos 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Mesa, Computador, materiais de escritório. 
 
Riscos Ambientais 
Nas análises realizadas para o setor Administrativo da empresa, não foram 
identificados riscos Físicos, Químicos ou Biológicos para o exercício das funções. 
 
2.2.2 – Comercial 
2.2.2.1 – Funções 
Coordenador Comercial 
Comprador 
Vendedor 
Faturista 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Mesa, Computador, materiais de escritório. 
 
Riscos Ambientais 
Nas análises realizadas para o setor Administrativo da empresa, não foram 
identificados riscos Físicos, Químicos ou Biológicos para o exercício das funções. 
 
21 
 
 
2.2.3 – Logística 
2.2.3.1 – Função 
Motorista 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Ônibus 
 
Riscos Ambientais 
Nas análises realizadas para o setor de Logística da empresa, não foram 
identificados riscos Físicos, Químicos ou Biológicos para o exercício da função. 
 
2.2.4 – Recebimento 
2.2.4.1 – Função 
Açougueiro 
Encarregado 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Faca 
 
Riscos Ambientais presentes 
Nas análises realizadas para o setor de Recebimento da empresa, foram 
identificados riscos Físicos e Biológicos para o exercício da função, a saber: 
Risco Agente 
Ameaça a 
saúde 
Fonte Recomendações 
Físico 
Ruído acima de 
90 dB (NR 15 – 
Anexo 1) 
Perda Auditiva 
Induzida por 
Ruído 
Movimentação 
de esteiras e 
ruído de fundo 
Manter o fornecimento e 
tornar obrigatório o uso de 
protetor auricular 
Biológico 
Bactérias, 
Parasitas e Vírus 
(NR 15 – Anexo 
14) 
Podem causar 
doenças infecto-
contagiosas 
Manuseio de 
carne e sangue 
animal 
Manter o fornecimento 
de luvas, botas e aventais 
impermeáveis 
 
2.2.5 – Câmara de Resfriamento 
2.2.5.1 – Função 
Açougueiro 
22 
 
 
Operador de Empilhadeira 
Encarregado 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Faca, Paleteira elétrica, Balança 
 
Riscos Ambientais presentes 
Nas análises realizadas para o setor de Recebimento da empresa, foram 
identificados riscos Físicos e Biológicos para o exercício da função, a saber: 
Risco Agente 
Ameaça a 
saúde 
Fonte Recomendações 
Físico 
Ruído acima 
de 90 dB (NR15 – Anexo 1) 
Perda 
Auditiva 
Induzida por 
Ruído 
Movimentaç
ão de esteiras 
e ruído de 
fundo 
Manter o 
fornecimento e tornar 
obrigatório o uso de 
protetor auricular 
Físico 
Frio (-18°C a 
-35°C; 
NR 15 – 
Anexo 9) 
Problemas de 
circulação 
sanguínea, 
pneumonia e 
necrose das 
extremidades 
Atividades 
realizadas no 
interior de 
câmaras frias 
Manter o 
fornecimento e tornar 
obrigatório o uso de 
calças, jaquetas e 
botas especiais para 
temperaturas 
negativas 
Biológico 
Bactérias, 
Parasitas e 
Vírus (NR 15 – 
Anexo 14) 
Podem 
causar 
doenças 
infecto-
contagiosas 
Manuseio de 
carne e 
sangue 
animal 
Manter o 
fornecimento de 
luvas, botas e 
aventais 
impermeáveis 
 
2.2.6 – Câmara de Congelamento 
2.2.6.1 – Função 
Açougueiro 
Operador de Empilhadeira 
Encarregado 
 
23 
 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Faca, Paleteira elétrica, Balança 
 
Riscos Ambientais presentes 
Nas análises realizadas para o setor de Recebimento da empresa, foram 
identificados riscos Físicos e Biológicos para o exercício da função, a saber: 
Risco Agente 
Ameaça a 
saúde 
Fonte Recomendações 
Físico 
Ruído acima 
de 90 dB (NR 
15 – Anexo 1) 
Perda 
Auditiva 
Induzida por 
Ruído 
Movimentaç
ão de esteiras 
e ruído de 
fundo 
Manter o 
fornecimento e tornar 
obrigatório o uso de 
protetor auricular 
Físico 
Frio (-18°C a 
-35°C; 
NR 15 – 
Anexo 9) 
Problemas de 
circulação 
sanguínea, 
pneumonia e 
necrose das 
extremidades 
Atividades 
realizadas no 
interior de 
câmaras frias 
Manter o 
fornecimento e tornar 
obrigatório o uso de 
calças, jaquetas e 
botas especiais para 
temperaturas 
negativas 
Biológico 
Bactérias, 
Parasitas e 
Vírus (NR 15 – 
Anexo 14) 
Podem 
causar 
doenças 
infecto-
contagiosas 
Manuseio de 
carne e 
sangue 
animal 
Manter o 
fornecimento de 
luvas, botas e 
aventais 
impermeáveis 
 
2.2.7 – Laboratório 
2.2.7.1 – Função 
Açougueiro 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Computador, Materiais de escritório em geral 
 
Riscos Ambientais presentes 
24 
 
 
Nas análises realizadas para o setor de Laboratório, foram identificados 
riscos Físicos para o exercício da função, a saber: 
Risco Agente 
Ameaça a 
saúde 
Fonte Recomendações 
Físico 
Ruído acima 
de 90 dB (NR 
15 – Anexo 1) 
Perda 
Auditiva 
Induzida por 
Ruído 
Movimentaç
ão de esteiras 
e ruído de 
fundo 
Manter o 
fornecimento e tornar 
obrigatório o uso de 
protetor auricular 
Físico 
Frio (-18°C a 
-35°C; 
NR 15 – 
Anexo 9) 
Problemas de 
circulação 
sanguínea, 
pneumonia e 
necrose das 
extremidades 
Atividades 
realizadas no 
interior de 
câmaras frias 
Manter o 
fornecimento e tornar 
obrigatório o uso de 
calças, jaquetas e 
botas especiais para 
temperaturas 
negativas 
 
2.2.8 – Inspeção Federal 
2.2.8.1 – Função 
Auxiliar de Escritório 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Mesa, Computador, materiais de escritório. 
 
Riscos Ambientais 
Nas análises realizadas para o setor Inspeção Federal, não foram 
identificados riscos Físicos para o exercício das funções. 
 
2.2.9 – Sala de Utilidades 
2.2.9.1 – Função 
Encarregado 
Caldeirista 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Caldeira, ferramentas manuais e computador 
25 
 
 
 
Riscos Ambientais 
Nas análises realizadas para o setor Sala de Utilidades, foram identificados 
riscos Físicos para o exercício das funções. 
Risco Agente 
Ameaça a 
saúde 
Fonte Recomendações 
Físico 
Ruído acima 
de 90 dB (NR 
15 – Anexo 1) 
Perda 
Auditiva 
Induzida por 
Ruído 
Movimentaç
ão de esteiras 
e ruído de 
fundo 
Manter o 
fornecimento e tornar 
obrigatório o uso de 
protetor auricular 
Físico 
Calor (NR 15 
– Anexo 3) 
Desidratação
, Fadiga, 
queimaduras e 
câimbras 
Atividades 
executadas 
em Caldeiras 
ou nas 
proximidades 
Manter períodos de 
trabalho e repouso 
fora do posto de 
trabalho, isolamento 
térmico das fontes de 
calor, ingestão de 
líquido, uso de calças, 
luvas e botas 
especiais. 
 
 
 
 
2.2.10 - Manutenção 
2.2.10.1 – Função 
Coordenador de Manutenção 
Eletricista 
Mecânico 
Encanador 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Máquina de solda elétrica, Furadeira de bancada, serra policorte, 
esmerilhadeira manual e ferramentas manuais em geral. 
 
26 
 
 
Riscos Ambientais 
Nas análises realizadas para o setor Manutenção, foram identificados riscos 
Físicos e Químicos para o exercício das funções. 
Risco Agente 
Ameaça a 
saúde 
Fonte Recomendações 
Físico 
Ruído acima 
de 90 dB (NR 
15 – Anexo 1) 
Perda 
Auditiva 
Induzida por 
Ruído 
Ferramentas 
rotativas 
elétricas 
Manter o 
fornecimento e tornar 
obrigatório o uso de 
protetor auricular 
Físico 
Radiações 
não ionizantes 
NR 15 (Anexo 
7) 
Causa 
queimadura da 
retina, câncer 
de pele e 
esterilidade 
Atividades 
executadas 
com máquina 
de solda 
Fornecer e tornar 
obrigatório o uso de 
máscara de solda, 
luvas, avental e 
perneira de raspa de 
couro. 
Químico 
Fumos 
Metálicos 
NR-15 
(Anexo 13) 
Gastrite, 
Bronquite 
crônica, 
intoxicações 
Atividades 
executadas 
com máquina 
de solda 
Fornecer e tornar 
obrigatório o uso de 
proteção respiratória 
com filtro químico 
contra fumos de 
solda. 
Químico 
Óleos 
lubrificantes e 
graxas NR 15 
(Anexo 13) 
Pode causar 
dermatoses e 
dermatites de 
contato. 
Manutenção 
preventiva e 
corretiva de 
motores e 
máquinas 
utilizadas. 
Fornecer e tornar 
obrigatório o uso de 
luvas de PVC ou 
cremes de proteção, 
botinas e avental 
impermeável. 
 
Recomendações adicionais: Especialmente para os Eletricistas deve-se 
observar a norma regulamentadora NR 10 que trata dos riscos e ações protetivas 
para trabalhos com eletricidade. 
 
27 
 
 
 2.2.11 – ETE / ETA 
2.2.11.1 – Função 
Auxiliar de Manutenção 
Auxiliar Técnico de Controle de Qualidade 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Funil, recipiente dosador, Sulfato de Alumínio, Bicarbonato de sódio, 
Hipoclorito de Sódio, Painel de Controle e ferramentas manuais em geral. 
 
Riscos Ambientais 
Nas análises realizadas para o setor Sala de Utilidades, foram identificados 
riscos Físicos, Químicos ou Biológicos para o exercício das funções. 
 
Risco Agente 
Ameaça a 
saúde 
Fonte Recomendações 
Químico 
Álcalis 
Cáusticos 
NR-15 
(Anexo 13) 
Podem causar 
dermatites e 
dermatoses. 
Produtos 
químicos 
diversos 
Fornecer e tornar 
obrigatório uso de 
luvas de látex ou de 
PVC, óculos de 
proteção e calçados 
impermeáveis 
Biológico 
Bactérias, 
Parasitas e 
Vírus. 
NR-15 
(Anexo 14) 
Podem causar 
uma série de 
doenças 
infecto-
contagiosas. 
Exposição a 
microrganismos 
e parasitas 
infecciosos 
vivos devido ao 
contato com os 
materiais 
colocados e 
extraídos dos 
tanques de 
decantação. 
Fornecer e tornar 
obrigatório o uso de 
luvas de látex, botas 
e aventais 
impermeáveis. 
 
28 
 
 
2.2.12– Limpeza 
2.2.12.1 – Função 
Encarregado de limpeza 
Auxiliar de limpeza 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Balde, vassoura, rodo, esponja, produtos de limpeza 
 
Riscos Ambientais 
Nas análises realizadas para o setor Limpeza, foram identificados riscos 
Químicos para o exercício das funções. 
Risco Agente 
Ameaça a 
saúde 
Fonte Recomendações 
Químico 
Álcalis 
Cáusticos 
NR-15 
(Anexo 13) 
Podem 
causar 
dermatites e 
dermatoses. 
Produtos 
químicos 
diversos 
Fornecer e tornar 
obrigatório uso de 
luvas de látex ou de 
PVC, óculos de 
proteção e calçados 
impermeáveis 
 
 
2.2.13 – Almoxarifado 
2.2.13.1 – Função 
Almoxarife 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Computador, equipamentos e materiais de escritório em geral. 
 
Riscos Ambientais 
Nas análises realizadas para o setor Almoxarifado, não foram identificados 
riscos Físicos, Químicos ou Biológicos para o exercício da função. 
 
29 
 
 
2.2.14 – Controle de Qualidade 
2.2.15 – Função 
Inspetor de Qualidade 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Computador, equipamentos e materiais de escritório em geral. 
 
Riscos Ambientais 
Nas análises realizadas para o setor Controle de Qualidade, não foram 
identificados riscos Físicos, Químicos ou Biológicos para o exercício da função. 
 
2.2.15 – Administração da Produção 
2.2.15.1 – Função 
Supervisor de Produção 
Analista de PCP 
 
Materiais, equipamentos e produtos empregados: 
Computador, equipamentos e materiais de escritório em geral. 
 
Riscos Ambientais 
Nas análises realizadas para o setor Administração de Produção, foram 
identificados riscos Físicos para o exercício das funções. 
 
Risco Agente 
Ameaça a 
saúde 
Fonte Recomendações 
Físico 
Ruído acima 
de 90 dB (NR 
15 – Anexo 1) 
Perda 
Auditiva 
Induzida por 
Ruído 
Ferramentas 
rotativas 
elétricas 
Manter o 
fornecimento e tornar 
obrigatório o uso de 
protetor auricular 
 
 
2.3 – Normas regulamentadoras aplicáveis à atividade de frigorífico 
 
30 
 
 
Por fim, a equipe X identificou as seguintes normas regulamentadoras 
aplicáveis ao frigorífico: 
 
 Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições Gerais 
 Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
 Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes 
 Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual 
(EPI) 
 Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional (PCMSO) 
 Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de Prevenção de Riscos 
Ambientais 
 Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços 
em Eletricidade 
 Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas 
e Equipamentos 
 Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras, Vasos de Pressão e 
Tubulações. 
 Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres 
 Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas 
 Norma Regulamentadora Nº 17 – Ergonomia 
 Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios 
 Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em 
Espaços Confinados 
 Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura 
 Norma Regulamentadora n.º 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em 
Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados. 
 
 
31 
 
 
2.4 – Programa de Gerenciamento de Risco (considerando que o frigorífico 
tenha um quadro com 700 funcionários, trabalhando em um único turno, com 
jornadas de 8 horas e 48 minutos diárias, de segunda a sexta folgando aos fins 
de semana). 
 
2.4.1. Objetivo 
 
Por tratar-se de uma análise de viabilidade de empreendimento, esse Plano 
de Gerenciamento de Risco (PGR) pretende tratar os cenários acidentais e suas 
conseqüências, a aplicação de sistemáticas, procedimentos e práticas voltadas à 
redução, controle e monitoramento dos riscos das atividades, de uma perspectiva 
teórica, sendo necessária uma revisão completa do cenário real após realização do 
projeto. 
Dentro deste contexto e considerando os objetivos anteriormente 
mencionados, os resultados esperados com o presente PGR podem ser resumidos 
em: 
 Assegurar o total cumprimento da legislação pertinente, relativa à 
segurança, meio ambiente e saúde, num processo de total 
transparência perante as autoridades e comunidades circunvizinhas às 
instalações; 
 Desenvolver suas atividades de forma preventiva, com vista a proteger 
a vida humana, o patrimônio e o meio ambiente; 
 Assegurar elevados padrões ambientais, de segurança, saúde de seus 
colaboradores e comunidades circunvizinhas, eventualmente expostas 
aos riscos decorrentes de suas atividades; 
 Incluir nos planos e metas da empresa os aspectos e ações 
relacionadas com a saúde, a segurança e o meio ambiente, com vistas 
ao pleno gerenciamento de seus riscos, dentro de um processo de 
melhoria contínua. 
 
2.4.2. Legislação 
 Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições Gerais 
 Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
32 
 
 
 Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes 
 Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual 
(EPI) 
 Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional (PCMSO) 
 Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de Prevenção de Riscos 
Ambientais 
 Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços 
em Eletricidade 
 Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas 
e Equipamentos 
 Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras, Vasos de Pressão e 
Tubulações. 
 Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres 
 Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas 
 Norma Regulamentadora Nº 17 – Ergonomia 
 Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios 
 Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em 
Espaços Confinados 
 Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura 
 Norma Regulamentadora n.º 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em 
Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados 
 
2.4.3. Levantamento dos riscos ambientais 
 Os riscos aos trabalhadores identificados na análise são: 
 Perda Auditiva Induzida por Ruído; 
 Doenças infecto-contagiosas; 
 Problemas de circulação sanguínea, pneumonia e necrose das 
extremidades; 
 Desidratação, Fadiga, queimaduras e câimbras; 
 Queimadura da retina, câncer de pele e esterilidade; 
 Gastrite, Bronquite crônica, intoxicações; 
33 
 
 
 Dermatoses e dermatites de contato. 
 
2.4.4. Levantamento das atmosferas explosivas 
Não foram identificadas áreas com risco de explosão no projeto proposto. 
Uma nova análise deverá ser realizada após a conclusão do projeto. 
 
2.4.5. Levantamento de locais que possuem deficiência de oxigênio e ventilação 
O setor de Utilidades apresenta equipamentos como Caldeiras e Vasos de 
Pressão que, quando da ocasião da manutenção periódica e certificação (NR 13), 
demandará pessoal capacitado e habilitado para trabalhos em espaço confinado 
(NR 33). 
 
2.4.6. Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 
Os Equipamentos de Proteção Individual necessários para controle dos 
riscos identificados são: 
 Protetor auricular; 
 Luvas, Botas e Aventais impermeáveis; 
 Calças, Jaquetas e Botas especiais para temperaturasnegativas; 
 Luvas de látex ou de PVC, óculos de proteção e calçados 
impermeáveis; 
 Máscara de solda, luvas, avental e perneira de raspa de couro; 
 Proteção respiratória com filtro químico contra fumos de solda. 
 
2.4.7. Análise e investigação de acidentes de trabalho 
Todo acidente de trabalho deverá ter suas causas investigadas por um 
grupo multidisciplinar, incluindo minimamente o SESMT, CIPA e os gestores 
responsáveis pelos processos. Contramedidas deverão ser implementadas a fim de 
eliminar, prevenir ou controlar o risco de recorrência. 
 
2.4.8. Organização do trabalho e ergonomia 
Um profissional especializado em postura deverá ser contratado para 
adequar e monitorar os postos de trabalho com o objetivo de evitar doenças 
causadas por esforço repetitivo ou por má postura. 
 
34 
 
 
2.4.9. Levantamento de riscos dos trabalhos realizados em altura 
As tarefas realizadas em altura acima de dois metros sem que haja escadas, 
passarelas ou estruturas fixas deverão ser submetidas à análise do SESMT para 
definição de medidas e dispositivos que eliminem, previnam ou controlem o risco de 
quedas. O Trabalhador que for executar a tarefa deverá ter seus sinais vitais 
verificados por um profissional da saúde, com o objetivo de prevenir mal súbito 
durante a execução da tarefa. 
 
2.4.10. Levantamento de riscos existentes na utilização de máquinas, veículos, 
equipamentos 
Além dos EPIs necessários, a empresa deverá garantir que todos os 
equipamentos tenham os dispositivos de segurança conforme NR 12, e o 
trabalhador ao iniciar seu turno deverá executar testes de funcionalidade dos 
mesmos. Os operadores de empilhadeiras e Paleteiras Elétricas deverão ser 
capacitados e habilitados para exercer seu trabalho. Deverá ser observado o uso de 
óculos de segurança e cinto de segurança durante transito com esses veículos. 
 
2.4.11. Levantamento de riscos nos trabalhos com energia elétrica 
Todos os Eletricistas deverão ser capacitados e habilitados e passar por 
treinamento em NR 10 e, para os profissionais que forem responsáveis por 
Subestações primárias e Secundárias, também será exigido treinamento em 
Sistemas Elétricos de Potência – SEP, com reciclagens previstas na norma. 
As subestações deverão possuir controle eletrônico de acesso. 
 
2.4.12. Estudo de plano de emergência 
O projeto deverá apresentar pontos de fuga, pontos de acesso de 
ambulância, plano de evacuação do prédio, brigada de incêndio (conforme NR 23) e 
dispositivos de combate a incêndio. 
 
35 
 
 
3 - IDENTIFICAR OS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS QUE PODERÃO 
SER GERADOS PELO FRIGORÍFICO, CLASSIFICANDO ESSES IMPACTOS 
IDENTIFICADOS. 
 
A Equipe x identificou os seguintes aspectos ambientais: 
 
 Consumo de água 
 Consumo de energia 
 Geração de efluentes 
 Geração de resíduos líquidos 
 Geração de resíduos sólidos 
 Geração de resíduos gasosos 
 
A equipe x concluiu que dos aspectos citados acima, apenas os quatro 
últimos podem gerar impactos ambientais, sendo eles: 
 Poluição do Rio Caraíva pelo descarte inadequado de efluentes e 
resíduos líquidos, causando a falência da vida subaquática do rio e da 
costa marítima próxima, de modo a prejudicar a colônia de pescadores 
artesanais do vilarejo. Este impacto pode ser classificado como 
negativo, de magnitude 5 (Muito alto), direto, local, de longo prazo, 
temporário28, e parcialmente reversível. 
 Contaminação da terra e do lençol freático pelo descarte irregular ou 
inadequado dos resíduos sólidos orgânicos oriundos da atividade 
produtiva, decorrendo a degradação da flora ao redor da empresa. 
Este impacto pode ser classificado como negativo, de magnitude 5 
(Muito alto), direto, regional, de longo prazo, permanente29, e 
irreversível. 
 Emissão de gases nocivos da frota de veículos da empresa. Este 
impacto pode ser classificado como negativo, de magnitude 2 (Baixo 
 
28
 Enquanto durar o descarte inadequado e seus efeitos. 
29
 Não se sabe quanto tempo este tipo de contaminação pode perdurar. 
36 
 
 
impacto), direto, estratégico30, de longo prazo, permanente, e 
irreversível. 
 
 
30
 Impacto de importância coletiva, nacional ou internacional. 
37 
 
 
4 - IDENTIFICAR, DE ACORDO COM CADA ETAPA DO PROCESSO 
PRODUTIVO, OS TIPOS DE RESÍDUOS QUE SERÃO GERADOS PELA 
ATIVIDADE (SÓLIDOS, LÍQUIDOS, GASOSO). 
 
O processo da empresa possui as seguintes etapas: 
 Recebimento das encomendas; 
 Compra dos miúdos dos matadouros de suínos; 
 Processamento destes miúdos, que incluem sua limpeza e preparo 
para empacotamento e congelamento; 
 Exportação do produto final. 
 
A primeira e segunda etapa são consideradas fases de escritório, os 
resíduos gerados nessas fases correspondem à produção de esgoto pelo uso 
convencional dos banheiros e pias e lixo convencional, principalmente sucata, 
oriunda do descarte nos escritórios, tais como papéis, plásticos etc... 
Na terceira etapa, a fase industrial propriamente dita, são gerados resíduos 
orgânicos líquidos e sólidos oriundos da limpeza dos miúdos de suínos. 
Por fim, na última etapa, a fase de transporte, são gerados resíduos gasosos 
oriundos dos caminhões frigoríficos que transportarão o produto final até sua entrega 
à transportadora especializada em exportação. 
 
38 
 
 
5 - ELABORAR A POLÍTICA AMBIENTAL E IDENTIFICAR AS LEGISLAÇÕES 
AMBIENTAIS A SEREM CONSIDERADAS NO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO 
AMBIENTAL. 
 
Tendo em vista que Caraíva é uma comunidade que possui uma intensa 
proteção ambiental, a política ambiental mais adequada para a empresa será de 
impacto zero. 
Neste sentido, Impacto Ambiental é: 
(...) qualquer alteração nas características naturais de dada 
região, de um ambiente ou bioma/ecossistema, que afeta de maneira 
negativa as propriedades físicas, químicas e biológicas do ambiente, 
podendo causar problemas a curto, médio e longo prazo.31 
 
Desta forma, podemos considerar que uma política de impacto zero é aquela 
que rejeita todo e qualquer impacto ambiental negativo. 
Portanto a equipe X desenvolveu estratégias para que a empresa não gere 
qualquer impacto negativo no ambiente em que for instalada conforme será mais 
bem abordado no próximo item. 
Por fim, a equipe X identificou as seguintes legislações ambientais a serem 
consideradas no processo de certificação ambiental32: 
 ISO 14001: trata dos principais requisitos para as empresas 
identificarem, controlarem e monitorarem seus aspectos ambientais, 
através de um sistema de gestão ambiental (MILAGRE, 2008); 
 ISO 14004: complementa a ISO 14001 provendo diretrizes adicionais 
para implantação de um sistema de gestão ambiental; 
 ISO 14031: guia para avaliação de desempenho ambiental; 
 ISO 14020: conjunto de normas que tratam de selos ambientais; 
 ISO 14040: conjunto de normas para conduzir análises de ciclo de vida 
de produtos e serviços; 
 
31
 FERREIRA, Gustavo Henrique Cepolini. Gestão ambiental. Londrina: Editora e Distribuidora 
Educacional S.A., 2015, p. 34. 
32
 Fonte: <https://www.usp.br/mudarfuturo/cms/?p=212>. Acesso em 10/05/2017. 
39 
 
 
 ISO 14064: contabilização e verificação de emissões de gases de 
efeito estufa para suportar projetos de redução de emissões; 
 ISO 14065: complementa a ISO 14064 especificando os requisitos para 
certificar ou reconhecer instituições que farão validação ou verificação 
da norma ISO 14064 ou outras especificações importantes; 
 ISO 14063: trata de comunicação ambientalpor parte das empresas 
(ISO, s.d.). 
 
 
40 
 
 
6 - PROPOR MEDIDAS MITIGATÓRIAS E COMPENSATÓRIAS PARA OS 
IMPACTOS GERADOS E CORRETA DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS. 
 
6.1 - Energia elétrica 
 
Apesar de existir energia elétrica no local, a Equipe X optou pela utilização 
de painéis solares e pequenos geradores eólicos para produzir a energia elétrica de 
que o frigorífico necessita para seu funcionamento, utilizando a rede elétrica 
convencional apenas de forma suplementar e alternativa à produção própria. O 
Investimento realizado na instalação da geração de energia própria se pagará entre 
4 e 9 anos33 em decorrência da economia em consumo da rede convencional. 
Ainda para minimizar o gasto energético, toda a planta do frigorífico será 
equipada com lâmpadas de Moser34, e nos locais onde forem inviáveis este tipo de 
lâmpadas, optar-se-á pela utilização de lâmpadas LED. 
 
6.2 - Consumo de água e descarte de resíduos líquidos. 
 
A equipe X optou também pela construção de duas caixas d’água, duas 
cisternas e instalação de um efetivo sistema de captação de águas pluviais e um 
eficiente sistema de captação, tratamento e reuso de resíduos líquidos. Uma das 
cisternas será abastecida com a água oriunda do sistema de captação pluvial e a 
outra será abastecida pelo sistema de reuso de resíduos líquidos do frigorífico. 
 
O sistema de captação pluvial depositará toda a água coletada na primeira 
cisterna, a água lá alocada será bombeada para um sistema de filtros eliminando 
assim todas as partículas físicas e, após, a água filtrada será submetida à 
tratamento com ozônio e radiação ultravioleta tornando a água 100% potável. Após 
o tratamento, a água será bombeada para a primeira caixa d’água do frigorífico, esta 
caixa d’água será abastecida também pela rede de água convencional e será 
destinada prioritariamente para o consumo humano. 
 
33
 Fonte: <http://www.portalsolar.com.br/perguntas-frequentes--energia-solar.html>. Acesso em 
10/05/2017. 
34
 Fonte: <http://www.bluelux.com.br/lampada-de-moser/>. Acesso em 10/05/2017. 
41 
 
 
 
O sistema de captação, tratamento e reuso de resíduos líquidos será 
composto por um sistema de ralos que captará toda a água utilizada na produção do 
frigorífico advinda da limpeza do local e do uso convencional dos banheiros e 
esgotamento da empresa como um todo. Como não há sistema de esgotamento 
sanitário em Caraíva, o frigorífico tratará 100% de seus resíduos líquidos. Para tanto 
a equipe X considera que os resíduos líquidos produzidos são orgânicos, oriundos 
da limpeza de sangue e vísceras de suínos e do esgotamento convencional da 
empresa contendo excretas humanas, além disso todo o material de limpeza 
utilizado na empresa deverá ser necessariamente biodegradável. 
 
Assim, a água com resíduos captada pelo sistema de ralos será depositada 
em um sistema de filtros, o material retido nestes filtros será enviado à local 
adequado, junto com os demais resíduos orgânicos sólidos. A água filtrada seguirá 
para a estação de tratamento orgânica que utiliza algas e plantas para a 
decomposição e absorção dos demais materiais orgânicos resultantes da etapa 
anterior, a estação de tratamento será composta por tanques interconectados numa 
sequência que favorece a depuração da água35, este sistema é inspirado na estação 
de tratamento de esgoto da ecovila de Findhorn na Escócia36. 
 
Em cada tanque há um ecossistema diferente composto por 
bactérias, algas, micro organismos, plantas, caracóis e peixes que se 
alimentam da sujeira, quebrando suas moléculas . A água que 
resulta desse processo, depois de passar por todos os tanques, está 
limpa (embora não potável) podendo ser devolvida ao mar ou 
reutilizada para regar plantas, lavar roupa e diversas outras 
finalidades. Não são utilizados produtos químicos e o custo é 
relativamente baixo.37 
 
No caso do frigorífico, a água oriunda da estação de tratamento será 
novamente filtrada e depositada na segunda cisterna. Esta água já filtrada será 
submetida à tratamento com ozônio e radiação ultravioleta. Após o tratamento, a 
água será bombeada para a segunda caixa d’água do frigorífico. Esta água será 
 
35
 Fonte: <https://stelacramer.wordpress.com/2012/08/28/a-maquina-viva-na-ecovila-living-machine-
in-the-ecovillage-post-041/>. Acesso em 10/05/2017. 
36
 Fonte: <https://www.findhorn.org/portugues/>. Acesso em 10/05/2017. 
37
 Fonte: <https://stelacramer.wordpress.com/2012/08/28/a-maquina-viva-na-ecovila-living-machine-
in-the-ecovillage-post-041/>. Acesso em 10/05/2017. 
42 
 
 
utilizada na limpeza da empresa, nos banheiros e outras atividades que não 
envolvam o consumo humano. 
 
 
6.3 - Resíduos sólidos 
 
Caraíva está inserida em uma APA, portanto a produção de resíduos deve 
ser mínima, quiçá inexistente. A própria população locas é extremamente ecológica 
e consciente. 
 
Segundo o site oficial do vilarejo38: 
 
Todas as casas de Caraíva possuem fossa séptica e nada é 
jogado no rio. Fazer a compostagem do lixo orgânico também é uma 
prática comum, assim como reciclar materiais diversos. 
 
Caraíva consegue assim se manter em estado diferente de 
outras Vilas e cidades turísticas. Natureza preservada, lixo cuidado e 
conscientização de nativos e visitantes quando a importância de se 
preservar o lugar. 
 
Desta forma, a equipe X decidiu implantar uma política de lixo zero, onde 
100% de seus resíduos sólidos obteriam destinação certa e adequada. 
 
Constatou-se que os resíduos produzidos são principalmente os rejeitos 
orgânicos do processamento de miúdos de suínos, outros materiais recicláveis 
decorrentes da atividade, tais como plásticos e EPIs velhos descartados, e o 
material reciclável oriundo das atividades de escritório. 
 
Após estudo das NBRs 10.004/2004 e 10.005/2004, a equipe X classificou 
os resíduos do frigorífico como Resíduos Industriais, Classe II – A, ou seja, são 
resíduos provenientes de atividade empresarial, não perigosos, e não inertes, tendo 
propriedades tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em 
água. 
 
 
38
 Fonte: <http://www.caraiva.com.br/meio-ambiente/>. Acesso em 10/05/2017. 
43 
 
 
Diante da natureza produtiva da empresa, haverá produção de grande 
quantidade de resíduos orgânicos, tornando inviável a técnica de compostagem, 
assim, a equipe X optou por destinar tais resíduos39 à uma empresa de fabricação 
de fertilizantes naturais, que utilizará os resíduos como matéria prima, desta forma, 
além de dar destinação correta aos resíduos orgânicos sólidos, a empresa também 
lucrará com sua venda. 
 
Quanto aos demais resíduos sólidos, por se tratar basicamente de materiais 
recicláveis, serão igualmente vendidos como sucata para cooperativas de 
reciclagem, novamente gerando lucro para a empresa. 
 
6.4 – Resíduos gasosos 
 
Infelizmente o Brasil não possui à venda no mercado nacional veículos de 
carga que sejam 100% livres de emissão de gases nocivos, como veículos elétricos, 
ou movidos à combustão de hidrogênio, portanto, neste ponto, não há como mitigar 
100% dos impactos como feito com os outros aspectos ambientais identificados. 
 
Todavia, a empresa se compromete a manter sua frota de veículos sempre 
revisados para que emitam o mínimo possível de gases poluentes. 
 
 
 
39
 Que compreendem o refugo da atividade produtiva, mais os resíduos retidos nos filtros do sistema 
de captação, tratamento e reuso de resíduos líquidos. 
447 - PROPOR PROJETOS AMBIENTAIS. 
 
Como a empresa pretende contratar a população local para a execução dos 
serviços e esta possui uma alta consciência ecológica40, não há necessidade de 
grande investimento em políticas de conscientização local, mas a equipe X achou 
por bem investir na capacitação da comunidade com instrução técnica mais 
aprofundada acerca dos temas que envolvem a gestão ambiental, para que o local 
permaneça sempre preservado, esta capacitação será feita por meio de cursos 
gratuitos voltados à comunidade. 
Além da capacitação, a empresa pretende auxiliar na criação de uma 
cooperativa de coleta seletiva, para que a população ribeirinha possa ainda auferir 
lucro com a venda de sucata gerada na região. Esta cooperativa contaria ainda com 
um centro de artesanato, para que os artesãos locais pudessem utilizar a sucata em 
suas artes e vender estas aos turistas da região. 
Por fim, tendo em vista se tratar de uma região turística, a empresa pretende 
auxiliar as autoridades locais na conscientização dos turistas em relação à 
conservação do patrimônio ecológico local. 
 
 
40
 Fonte: <http://www.caraiva.com.br/meio-ambiente/>. Acesso em 10/05/2017. 
45 
 
 
8 - APRESENTAR AOS ALEMÃES QUAL BANCO OFERECE O MELHOR 
INVESTIMENTO, CONSIDERANDO QUE O VALOR PAGO SOBRE A TAXA DE 
JUROS SIMPLES DEVE SER O MENOR POSSÍVEL, APRESENTANDO TAMBÉM, 
O VALOR DE CADA PARCELA DESTE FINANCIAMENTO. 
 
De acordo com dados fornecidos na tabela 1, devemos apresentar os 
cálculos referentes ao empréstimo de seiscentos mil reais, com as instituições 
financeiras A, B, C e D, de modo a evidenciarmos aquela que apresente a operação 
mais vantajosa para o nosso cliente. 
 
 
BANCO A BANCO B BANCO C BANCO D 
TAXA DE JUROS AO ANO (a.a.) 6,80% 11,60% 9,60% 5,90% 
Nº DE PARCELAS EM MESES 180 108 144 240 
 
 
Para a realização desses cálculos precisamos transformar os períodos, de 
meses para anos, no intuito de trabalharmos com unidades compatíveis. Bastando, 
para isso, dividirmos a quantidade de meses por 12, chegando ao período 
correspondente em anos. Realizando esta adequação, a Tabela 1 ficará com o 
seguinte aspecto: 
 
 
BANCO A BANCO B BANCO C BANCO D 
TAXA DE JUROS AO ANO (a.a.) 6,80% 11,60% 9,60% 5,90% 
PRAZO (em meses) 180 108 144 240 
PRAZO (em anos) 15 9 12 20 
 
 
As fórmulas para calcularmos os juros simples, o montante, e o valor da 
mensalidade são: 
 
i) 
ii) 
iii) 
Tabela 1 – Dados fornecidos originalmente. 
Tabela 2 – Adequação dos dados da Tabela 1 
46 
 
 
Faremos a seguir, os cálculos dos juros simples e montantes, além de 
apresentarmos os valores das mensalidades que cada operação de empréstimo nos 
fornecerá. 
 
8.1 – Cálculos referentes ao financiamento com o Banco A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.2 – Cálculos referentes ao financiamento com o Banco B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
 
 
 
8.3 – Cálculos referentes ao financiamento com o Banco C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.4 – Cálculos referentes ao financiamento com o Banco D. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
 
 
8.5 – Apresentação dos valores das mensalidades dos financiamentos. 
 
Realizados os cálculos dos financiamentos junto aos bancos A, B, C e D, 
obtivemos os seguintes resultados que estão dispostos na Tabela 3. 
 
BANCO A BANCO B BANCO C BANCO D 
TAXA DE JUROS (a.a.) 6,80% 11,60% 9,60% 5,90% 
PRAZO (em meses) 180 108 144 240 
PRAZO (em anos) 15 9 12 20 
MONTANTE R$ 1.212.000,00 R$ 1.226.400,00 R$ 1.291.200,00 R$ 1.308.000,00 
MENSALIDADE R$ 6.733,33 R$ 11.355,55 R$ 8.966,66 R$ 6.450,00 
 
 
 
 
 
Podemos constatar que o banco A apresenta o financiamento mais 
vantajoso frente aos demais. Sendo que este gerará 180 parcelas de R$ 6.733,33, e 
um montante de R$ 1.212.000,00. 
Tabela 3 – Agrupamento dos cálculos dos financiamentos 
Gráfico 1 – Análise gráfica dos empréstimos bancários. 
49 
 
 
9. CONCLUSÃO 
 
Após análise criteriosa de todos os aspectos inerentes à implantação do 
frigorífico nos moldes desejados pelos investidores alemães, a Equipe X concluiu 
pela inviabilidade do projeto. 
A implantação da empresa na comunidade de Caraíva seria impossível, pois 
a comunidade é, cumulativamente, uma zona de reserva extrativista (RESEX), uma 
área de proteção ambiental permanente (APA) e todo o vilarejo é tombado como 
patrimônio histórico e cultural. 
Desta forma, seria ilegal a implantação de uma empresa em um local como 
esse por serem proibidas novas construções e por descaracterizar a cultura 
extrativista local afrontando a Lei nº 9985/200041, além disso, inexistem terrenos 
disponíveis no local que comportem a construção de uma planta industrial sem que 
se cause um grande impacto socioambiental na comunidade. Assim, a Empresa de 
Turismo da Bahia - BAHIATURSA, à qual caberá analisar e emitir pareceres para o 
licenciamento de empreendimentos na área, jamais concederia tal licenciamento, 
mesmo com a elaborada política de impacto ambiental zero adotada pela equipe X. 
Por fim, do ponto de vista logístico, o local também não favorece, pois 
Caraíva fica a 06 (seis) horas de distância do porto mais próximo (Porto de Ilhéus) e 
a 10 (dez) horas de distância do aeroporto internacional mais próximo (Aeroporto de 
Salvador), o que é terrível para uma empresa voltada à exportação de produtos 
altamente perecíveis. Ademais, o acesso à comunidade se dá apenas por barcos e é 
proibido o acesso de veículos automotores na comunidade de Caraíva, tornando 
inviável o escoamento do produto final. 
Diante dos fatores elencados, como já dito, a Equipe X concluiu pela 
inviabilidade da implantação de um frigorífico na comunidade de Caraíva, cidade de 
Porto Seguro, estado da Bahia. 
 
41
 Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. 
50 
 
 
Neste sentido, a equipe estudou outras possibilidades e sugere aos 
investidores alemães que o frigorífico seja instalado no pólo industrial de 
Sertãozinho, na cidade de Mauá, estado de São Paulo. 
A equipe identificou a possibilidade de compra de uma planta industrial já 
estabelecida na Rua Girassol, 168, no Loteamento Industrial Coral, em Mauá – SP, 
pertencente a outro frigorífico que pretende sair do local. 
A localização é privilegiada já que possui fácil acesso ao Rodoanel Mário 
Covas, consequentemente, ao Porto de Santos pelas Rodovias Anchieta e 
Imigrantes, viabilizando o escoamento da produção para o mercado externo 
imediatamente após a produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Município de Mauá-SP, de acordo com o IBGE (2016), tem população 
estimada em cerca de 458.000 pessoas. Uma característica importante para a 
implantação do frigorífico uma vez que o mesmo pretende contratar cerca de 700 
funcionários com prioridade para a mão-de-obra local. 
 O Loteamento Industrial Coral oferece estrutura ideal para a implantação 
deste empreendimento, pois conta com empresas de armazenagem, transporte e 
logística, como a udLOG e a Transportes e Logística Mauá. Além de empresas 
que podem fornecer maquinários e insumos. 
51 
 
 
No mais, a equipe X aguarda o posicionamento dos investidores alemães 
para que um novo estudo de viabilidade seja feita no local indicado.

Continue navegando