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Conceito, Fontes e Princípios do Direito Administrativo

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Super Apostila Nota11 
Cap. 01 – CONCEITO, 
FONTES E PRINCÍPIOS DO 
DIREITO 
ADMINISTRATIVO. 
 
Prof. Gustavo Knoplock 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 2 
 
Sumário 
1. Introdução e objetivos dessa apostila. ............................................. 2 
2. Conceito e fontes do Direito Administrativo. ..................................... 3 
2.1 Conceito do Direito Administrativo. .................................................. 3 
2.2 Fontes do Direito Administrativo. .................................................... 7 
3. Sistema Inglês x Francês de Jurisdição. ........................................... 9 
4. Administração Pública – sentidos .................................................... 11 
4.1 Sentidos subjetivo e objetivo ......................................................... 11 
4.2 Sentidos amplo e estrito ............................................................... 11 
5. Princípios da Administração Pública ................................................ 13 
6. Administração Pública – Princípios Constitucionais expressos ............. 15 
7. Administração Pública – Princípios Constitucionais implícitos .............. 24 
8. Regime Jurídico-Administrativo. ..................................................... 37 
9. DICA DE OURO. ........................................................................... 39 
10. Principais pontos a serem fixados ................................................... 39 
11. Lista das questões que resolvemos. ................................................ 43 
 
 
1. Introdução e objetivos dessa apostila 
 
Esse material vai tratar do Conceito, Noções Introdutórias e Princípios da 
Administração Pública, assunto regularmente cobrado nos principais 
concursos públicos. 
Mas, antes disso, quero bater um papo inicial com você para apresentar o 
objetivo desse material. 
O Direito Administrativo é conhecido por ser o ramo não codificado do 
Direito; isso quer dizer que, enquanto o Direito Civil e o Direito Penal, por 
exemplo, podem ser condensados no Código Civil e no Código Penal, 
respectivamente, e o Direito Constitucional está amparado no texto da 
Constituição Federal, o Direito Administrativo não possui um “Código de 
Direito Administrativo”. 
O estudo do Direito Administrativo exige a leitura de inúmeras leis 
esparsas, além de depender muito de entendimentos doutrinários (muitas 
das vezes conflitantes) e da jurisprudência do STF e do STJ. 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 3 
 
Resultado disso é a quantidade infinita de livros e matérias sobre Direito 
Administrativo que, a pretexto de procurar esmiuçar cada assunto específico 
da matéria, acabam por cansar e confundir os alunos que se preparam para 
concursos públicos, levando-os ao desespero!!! 
Nesse material, quero aplicar a experiência que adquiri ao longo de quase 
duas décadas em sala de aula, como professor, e como autor de livros 
dedicados ao Direito Administrativo, para trazer um novo conceito no 
estudo da matéria. 
Minha intenção é criar algo que aumente o resultado do seu estudo, ou 
seja, consiga ser ao mesmo tempo COMPLETO, CLARO, SUCINTO, PRECISO 
e EXTREMAMENTE OBJETIVO, com o objetivo de maximizar a absorção do 
conhecimento e evitar que você precise gastar tempo fazendo resumos e 
revisões dispendiosas. 
Ou seja, queremos que ele seja o grande apoio para a proposta do Nota11 
de lhe deixar pronto para GABARITAR a prova em um tempo até 10X 
mais rápido que os materiais e métodos tradicionais do mercado. 
Vários tópicos dessa apostila foram retirados e/ou baseados no meu livro 
Manual de Direito Administrativo – Editora Método – Grupo GEN, que 
aborda detalhadamente cada tema do estudo do Direito Administrativo. 
Minha intenção com o presente material, no entanto, é outra: ser mais 
DIRETO e OBJETIVO, sem perder CONTEÚDO. 
Mais do que um objetivo, isso é um verdadeiro DESAFIO, que agora vamos 
passar a encarar juntos... Vamos lá?!!! 
 
P.S. – Tenha atenção aos grifos. O que está negritado sempre será algo 
importante! 
 
2. Conceito e fontes do Direito Administrativo 
 
2.1. Conceito do Direito Administrativo 
Nível de concurso: Todos! 
 
Os doutrinadores pátrios divergem quanto ao conceito do Direito 
Administrativo. Para o nosso objetivo, é importante termos em mente os 
seguintes elementos essenciais: 
 Ramo do direito público; 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 4 
 
 Que estuda o conjunto de princípios e normas que regulam o 
exercício da função administrativa (do Estado). 
 
O direito é dividido em dois grandes ramos: Direito Público e Direito 
Privado. 
O ramo do direito privado é aquele que se preocupa em estudar as 
relações existentes entre pessoas que se encontram niveladas em direitos e 
obrigações; o direito privado é o “direito dos iguais”. 
Quando uma pessoa contrata outra para lhe dar aulas particulares, por 
exemplo, ambos (aluno e professor) têm os mesmos direitos. Assim, caso o 
aluno não pague, o professor não estará obrigado a dar mais aulas, da 
mesma maneira que, se o professor não der aulas, o aluno não é obrigado a 
lhe pagar. 
O direito civil e o direito empresarial são ramos do direito privado. 
O ramo do direito público, ao contrário, é caracterizado pela desigualdade 
entre as partes. Quando o Poder Público determina a desapropriação do 
imóvel de um particular, por exemplo, o particular tem direito a receber o 
valor justo pelo imóvel, mas não tem o direito de alegar não ter interesse 
em desocupar o imóvel. 
Nesse caso, o Poder Público irá se sobrepor ao particular, uma vez que o 
Poder Público representa a coletividade, que tem interesse na 
desapropriação do imóvel particular para a construção de um hospital 
público, por exemplo. 
Nesse sentido é que dizemos, portanto, que o direito administrativo é 
ramo do direito público, uma vez que trata da estruturação da 
Administração, que pode se sobrepor aos interesses dos particulares. 
A definição de direito administrativo varia de autor para autor, não havendo 
consenso sobre uma única definição. 
Além disso, houve uma evolução sobre a melhor definição a adotar, com o 
passar dos tempos, até chegarmos aos dias atuais, dependo dos critérios 
adotados em cada época. 
Os principais critérios utilizados foram os seguintes: 
 
Critério das relações jurídicas: 
Procurou definir o Direito Administrativo como o ramo do direito que trata 
das relações entre o Poder Público e os administrados. É insatisfatório uma 
vez que todos os outros ramos de direito público, como o Direito 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 5 
 
Constitucional e o Direito Tributário, tratam de relações entre o Estado e o 
particular. 
 
Critério da distinção entre atividade jurídica e social do Estado: 
Procurou definir o Direito Administrativo distinguindo dois sentidos diversos 
para a Administração Pública, quais sejam, os sentidos objetivo e subjetivo. 
Em sentido subjetivo, estaremos analisando os sujeitos que compõem a 
Administração, que exercem as atividades, que são os órgãos públicos. 
Em sentido objetivo, estaremos analisando o objeto, a matéria, a atividade 
exercida pela Administração, que é a atividade jurídica não contenciosa 
(significando dizer que a Administração pode aplicar o direito, mas não pode 
julgar questões em caráter definitivo; assim, a Administração pode aplicarum auto de infração e pode mesmo julgar um recurso administrativo contra 
essa autuação, mas esse julgamento não é definitivo, uma vez que apenas 
o Poder Judiciário pode julgar ações em caráter definitivo). 
É o conceito adotado por José Cretella Júnior, segundo o qual o Direito 
Administrativo é o “ramo do direito público interno que regula a atividade 
jurídica não contenciosa do Estado e a constituição dos órgãos e meios de 
sua ação em geral”. 
 
Critério teleológico: 
O termo “teleológico” retrata um adjetivo que serve para relacionar um fato 
à sua causa; em sentido jurídico, a interpretação teleológica de uma lei é a 
forma de interpretar a lei buscando-se compreender a finalidade para a qual 
aquela lei foi editada. 
Nesse sentido, portanto, o Direito Administrativo seria o ramo do direito que 
se preocupa em regular as atividades do Poder Público voltadas para atingir 
seu fim de interesse público. 
O problema é que o direito constitucional, o tributário, e outros, além do 
direito administrativo, também se preocupam com o fim de interesse 
público. 
 
Critério negativo: 
O critério negativo, ou residual, foi apenas uma evolução do critério 
teleológico a fim de deixar claro que o Direito Administrativo serviria para 
estudar as atividades do Poder Público voltadas para atingir seu fim de 
interesse público, excluindo-se as funções legislativa e judicial. 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 6 
 
Critério da hierarquia entre os órgãos: 
Esse critério procurou separar os campos de estudo das disciplinas de 
Direito Administrativo e Direito Constitucional, seguindo o entendimento de 
que os órgãos hierarquicamente superiores, aqueles de primeiro escalão, 
deveriam ser estudados pelo ramo do Direito Constitucional, cabendo ao 
Direito Administrativo estudar apenas os órgãos de menor nível hierárquico, 
aqueles incumbidos apenas de funções de execução. 
Sabemos que esse entendimento atualmente não mais se sustenta, uma 
vez os órgãos de mais altos níveis hierárquicos (tais como o STF e o 
Congresso Nacional) são estudados pelo Direito Administrativo no que se 
refere às suas funções puramente administrativas (uma vez que as funções 
judicial e legislativa são de fato objeto de estudo do Direito Constitucional). 
 
Critério do Poder Executivo: 
Esse critério, que procurou restringir o Direito Administrativo à atuação do 
Poder Executivo, é claramente insatisfatório uma vez que não é só o Poder 
Executivo que exerce funções administrativas. 
Assim, por exemplo, os atos relativos à vida funcional dos servidores dos 
Poderes Legislativo e Judiciário, da mesma forma que os do Poder 
Executivo, serão objeto do Direito Administrativo. 
 
Critério da Administração Pública: 
Esse critério, de certa forma mais simples e lógico que os anteriores, é o 
atualmente adotado pela maior parte da doutrina, segundo o qual o Direito 
Administrativo é o conjunto de princípios que regem a atuação da 
Administração Pública. 
 
Veja como isso está sendo cobrado 
 
1 (IBFC/TÉCNICO - MPE-SP) Conceituando o Direito Administrativo, 
como sendo o conjunto de princípios que disciplinam a atividade jurídica 
não contenciosa do Estado e a constituição dos órgãos e meios de sua 
atuação, está se adotando o critério: 
a) Do órgão. 
b) Das relações sociais do Estado. 
c) Da Administração Pública. 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 7 
 
d) Da atividade social. 
e) Da distinção entre atividade jurídica e social do Estado. 
 
Comentário: 
Como a definição citou a atividade do Estado e os seus órgãos, foi baseada 
no critério que faz a distinção entre a atividade jurídica e a social do Estado 
(letra E). 
 
2 (IBFC/DIREITO - SEPLAG-MG) “Direito Administrativo é o sistema de 
princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o cumprimento 
de seus fins.” O conceito citado no enunciado adotou o critério: 
a) Da Escola do Serviço Público. 
b) Das Relações Jurídicas. 
c) Do Poder Executivo. 
d) Teleológico. 
 
Comentário: 
O critério que busca o cumprimento dos fins do Estado é o critério 
teleológico, preocupado em avaliar a finalidade da atuação estatal. 
Gabarito letra D. 
 
2.2. Fontes do Direito Administrativo 
Nível de concurso: Todos! 
 
Costuma-se dizer que o Direito Administrativo é o ramo do Direito que não 
é codificado. O Direito Civil é baseado no Código Civil, o Direito Penal no 
Código Penal e assim por diante; o próprio Direito Constitucional é baseado 
na Constituição Federal. 
Não há um Código de Direito Administrativo, e assim, as suas normas 
encontram-se espalhadas em diversas leis específicas, como licitações e 
contratos, processo administrativo, estatutos, etc. Não é difícil encontrar 
temas de Direito Administrativo que não se encontram em lei alguma, e 
ainda, leis que dispõem coisas totalmente impróprias, que são criticadas 
com veemência pela doutrina. 
 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 8 
 
Assim, as FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO são: 
LEI 
DOUTRINA 
JURISPRUDÊNCIA 
COSTUMES 
 
Devemos entender a palavra LEI em sentido amplo, abrangendo desde a 
Constituição Federal até as leis complementares e ordinárias e demais 
normas. 
Além disso, o Direito Administrativo se baseia na DOUTRINA, que é o 
entendimento abalizado dos doutos na matéria, tais como os mestres Hely 
Lopes Meirelles, Celso Antônio Bandeira de Mello, Maria Sylvia Zanella Di 
Pietro e Carvalhinho. 
A JURISPRUDÊNCIA é o conjunto de decisões judiciais reiteradas de um 
Tribunal a respeito de determinada matéria. 
Cada Tribunal possui sua própria jurisprudência, mas, para fins de concurso 
público, é importante conhecer os casos mais importantes da jurisprudência 
do STF e do STJ. 
A jurisprudência do STF não vincula, ou seja, não obriga que os demais 
Tribunais e juízes inferiores julguem diferente, uma vez que não há 
hierarquia na função judicial. Assim, por exemplo, ainda que haja 
jurisprudência do STF no sentido de que a cor dos uniformes é “verde”, um 
juízo inferior pode entender que a cor é “azul”. 
As exceções se resumem às hipóteses de súmulas vinculantes e às 
matérias de repercussão geral. 
 
CUIDADO!!! 
As SÚMULAS DO STF são decisões do STF que não vinculam, não 
obrigam os demais juízos. 
As SÚMULAS VINCULANTES DO STF são decisões do STF que vinculam, 
obrigam os demais juízos, que não poderão julgar de forma diferente. 
 
Assim, se houver súmula vinculante dizendo que a cor é verde, nenhum juiz 
poderá decidir por outra cor. 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 9 
 
No caso da repercussão geral, o STF primeiro tem que decidir se a 
“questão a respeito da cor dos uniformes” é ou não relevante. Se entender 
que sim, irá declarar que aquele tema tem repercussão geral e, ao decidir 
que a cor é verde, comunicará a todos os demais juízos. 
A partir daí, após cada julgamento em que o juiz decidir igual ao STF 
(verde), não caberá mais recurso daquela decisão. Se o juiz decidir que a 
cor é azul, aí sim caberia recurso podendo-se chegar ao STF. 
Esses institutos, aqui tratados de forma rápida, por se referir à função 
judicial (e não administrativa) do Estado, devem ser estudados em Direito 
Constitucional. 
Como dito anteriormente, é comum haver uma lei dizendo uma coisa X 
enquanto a doutrina defende a coisa Y. E na prova, você responde X ou Y? 
Bom, o ideal é que essas contradiçõesnão fossem cobradas em prova, mas 
são! 
A melhor saída é responder X, ou seja, é melhor responder o que está 
previsto na LEI, que é a fonte primária do Direito Administrativo, até 
porque, se não for esse o gabarito, é muito fácil apresentar recurso 
fundamentado na lei. 
Só devemos responder de acordo com a doutrina ou jurisprudência se a 
questão exigir isso, da seguinte maneira: “De acordo com a doutrina 
majoritária, podemos afirmar que...” ou então “Conforme a jurisprudência 
do STF, assinale a alternativa correta”. 
Além de tudo que foi dito, o COSTUME, ou seja, a praxe administrativa, 
ainda é muito respeitada e observada pela Administração (embora cada dia 
menos). 
 
3. Sistema Inglês x Francês de Jurisdição 
Nível de concurso: Principais concursos! 
 
No Brasil, seguimos o sistema inglês, onde a jurisdição é una, haja vista 
que cabe ao Poder Judiciário dar a última palavra às questões nas quais a 
administração é parte, lembremo-nos do art. 5º, XXXV: a lei não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. 
Alguns países adotam o sistema francês, ou sistema do contencioso 
administrativo, pelo qual as matérias administrativas não são levadas ao 
Judiciário. Elas são decididas, de forma definitiva, pela própria 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 10 
 
Administração, por meio de seus conselhos e tribunais administrativos, sem 
possibilidade de recurso ao Judiciário. 
O “contencioso administrativo” é, portanto, uma decisão administrativa 
definitiva e irreformável, não admitida em nosso sistema por impedir o 
acesso ao Judiciário, ou seja, por ferir o princípio da inafastabilidade do 
controle judicial. 
Ou seja: 
 
 SISTEMA DO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO: 
 
 Matéria administrativa → Administração Pública 
 Demais matérias → Poder Judiciário 
 
 SISTEMA DE JURISDIÇÃO UNA (BRASIL): 
 
 Matéria administrativa 
 Poder Judiciário 
Demais matérias 
 
Quadro esquemático retirado do livro Manual de Direito Administrativo – 
Grupo GEN – Prof. Gustavo Mello Knoplock 
 
Veja como está fácil… 
 
3 (ESAF/ANALISTA TÉCNICO - SUSEP) O sistema adotado, no 
ordenamento jurídico brasileiro, de controle judicial de legalidade, dos atos 
da Administração Pública, é 
a) o da chamada jurisdição única. 
b) o do chamado contencioso administrativo. 
c) o de que os atos de gestão estão excluídos da apreciação judicial. 
d) o do necessário exaurimento das instâncias administrativas, para o 
exercício do controle jurisdicional. 
e) o da justiça administrativa, excludente da judicial. 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 11 
 
Comentário 
O Brasil não adota o sistema do contencioso administrativo (sistema 
francês), mas sim o sistema de jurisdição única, ou una (sistema inglês), 
uma vez que as decisões administrativas são passíveis de alteração pelo 
Poder Judiciário. Gabarito: letra A 
 
4. Administração Pública - sentidos 
 
4.1. Sentidos subjetivo e objetivo 
Nível de concurso: Todos! 
 
 Subjetivo, formal ou orgânico – como o próprio nome sugere, tem 
como ponto de partida o conjunto de sujeitos (agentes, órgãos e 
entidades) responsáveis pela execução da função administrativa do 
Estado; 
 Objetivo, material ou funcional – este leva em conta o objeto da 
Administração (as próprias funções, atividades) da Administração 
Pública. Melhor dizendo, trata-se do conjunto de atividades da 
Administração para chegar aos seus fins. Enquadram-se nestas 
atividades de fomento, polícia administrativa, serviço público e 
intervenção administrativa. 
 
SENTIDOS: 
SUBJETIVO, FORMAL, ORGÂNICO: 
 Agentes, órgãos e entidades 
OBJETIVO, MATERIAL, FUNCIONAL: 
 Funções, atividades administrativas 
 
4.2. Sentidos amplo e estrito 
Nível de concurso: Todos! 
 
 Estrito – engloba apenas os órgãos puramente administrativos, 
incumbidos de realizar as atividades administrativas em sentido 
estrito, tais como a prestação de serviços públicos; 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 12 
 
 Amplo – inclui ainda os órgãos governamentais responsáveis por 
funções políticas, de governo, tal como a indicação de um nome pelo 
Presidente da República, ao Senado Federal, para ocupar o cargo de 
Procurador Geral da República. 
 
SENTIDOS: 
ESTRITO: abrange apenas os órgãos e funções administrativos. 
AMPLO: abrange ainda os órgãos de governo em suas funções políticas. 
 
Já sabemos que o Poder Judiciário e o Poder Legislativo integram a 
Administração apenas quando realizarem funções administrativas, portanto, 
a Administração não inclui as funções legislativa e jurisdicional, mas há 
ainda uma quarta função mista que é a função política, pela qual, por 
exemplo, são traçadas as metas de governo. 
Administração em sentido amplo inclui essa função política, além da função 
administrativa, enquanto que, em sentido estrito, só a função 
administrativa propriamente dita. 
 
 
Função Legislativa 
 
Função Jurisdicional 
 
Função Administrativa  Administração Pública Administração 
(sentido estrito) Pública 
Função Política (sentido amplo) 
 
 
Quadro esquemático retirado do livro Manual de Direito Administrativo – 
Grupo GEN – Prof. Gustavo Mello Knoplock 
 
Isso está sendo cobrado assim 
 
4 (ESAF/ATRFB – MIN. FAZENDA) A expressão Administração Pública, 
em sentido estrito, compreende, sob o aspecto subjetivo, apenas os órgãos 
administrativos e, sob o aspecto objetivo, apenas a função administrativa, 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 13 
 
excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a 
função política. 
 
Comentário 
Essa afirmativa foi considerada correta, misturando-se os dois critérios. O 
mais difícil foi, sem dúvidas, a interpretação da afirmativa. Vamos colocar 
em outra ordem, para facilitar: 
Em sentido estrito, Administração Pública compreende: 
 Em sentido subjetivo: os órgãos administrativos (excluindo-se os 
órgãos governamentais, que seria em sentido amplo). 
 Em sentido objetivo: a função administrativa (excluindo-se a função 
política, que seria em sentido amplo). 
 
5. Princípios da Administração Pública 
Nível de concurso: Todos! 
 
Os princípios são as regras que a Administração Pública deve seguir. Eu 
acho que esse é o assunto mais importante do Direito Administrativo, uma 
vez que todos os demais assuntos estão direta ou indiretamente 
relacionados a esse tema. 
As LEIS devem ser elaboradas pelo Poder Legislativo sempre de acordo com 
os princípios, ou seja, os princípios são na verdade anteriores à lei. Os 
princípios demonstram a “regra do jogo”, mostram como a atuação da 
Administração deve ser, o que em tese ela deve procurar fazer e aquilo que 
ela não deve fazer. 
Entendendo-se bem os princípios (sem procurar apenas decorá-los), você 
poderá acertar questões de concurso relativas, por exemplo, a Licitações e 
Contratos, sem conhecer a lei específica que trata desse tema, apenas 
raciocinando e eliminando alternativas na prova apenas com o raciocínio, 
imaginando que determinadas atuações devem ser proibidas por aquela lei 
porque ferem princípios da Administração. E isso é verdade! 
Bom, os princípios que veremos servem para demonstrar, antes de tudo, 
que a Administração não se coloca no mesmo nível que o particular, que as 
regras aplicáveisà Administração não são as mesmas regras que se aplicam 
aos particulares, ou seja, as regras de Direito Público são diferentes das 
regras de Direito Privado. 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 14 
 
Veremos que vários desses princípios servem para mostrar que a 
Administração Pública tem vantagens, prerrogativas, privilégios que não se 
estendem aos particulares, colocando a Administração em posição de 
supremacia em relação aos particulares, ou seja, alguns princípios conferem 
prerrogativas à Administração. 
Por outro lado, alguns outros princípios servem justamente para o contrário, 
para mostrar que a Administração não pode fazer o que ela quiser e bem 
entender, ou seja, que a Administração deve respeitar determinados 
direitos dos particulares, então, alguns princípios servem para conferir 
sujeições, limitações à atuação da Administração. 
Os princípios que conferem sujeições à atuação da Administração se 
aplicam a toda a Administração Pública, uma vez que toda ela deve 
respeitar esses limites, no entanto, os princípios que conferem 
prerrogativas só se aplicam às pessoas jurídicas de Direito Público, pois só 
essas gozam de privilégios. 
Por exemplo, a seleção de pessoal para a Administração exige a realização 
de concurso público, essa regra é uma imposição à Administração, uma 
sujeição, portanto, TODA a Administração, Direta ou Indireta está obrigada 
a fazer concurso. 
A possibilidade de se desapropriar um imóvel de um particular para a 
realização de uma obra, por exemplo, é uma prerrogativa, uma regra de 
Direito Público e, portanto, somente pessoas jurídicas de Direito Público 
podem desapropriar. 
 
Então: 
 
PRERROGATIVAS ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTARQUIAS E 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS (SOMENTE 
PESSOAS DE DIREITO PÚBLICO); 
 
SUJEIÇÕES TODA A ADMINISTRAÇÃO, DIRETA E 
INDIRETA. 
 
Além disso, os princípios são divididos em dois grandes grupos: os 
princípios constitucionais expressos e os princípios implícitos (ou 
reconhecidos). 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 15 
 
Como o nome está dizendo, os princípios constitucionais expressos são 
aqueles que aparecem expressamente previstos na CF, em seu artigo 37 
caput. Assim, dispõe a Constituição que TODA a Administração deve 
obediência aos princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, 
Publicidade e Eficiência (a fórmula LIMPE). 
Os princípios implícitos são aqueles que não aparecem expressamente 
previstos na CF, assim, por exemplo, veremos que a Administração deve 
obediência ao princípio da razoabilidade, mas esse termo não aparece 
expressamente em nenhum lugar da Constituição, por isso é implícito. 
 
6. Administração Pública – Princípios Constitucionais expressos 
Nível de concurso: Todos! 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte (...). 
Os princípios expressos não representam prerrogativas da Administração, e 
sim SUJEIÇÕES impostas a ela, uma vez que a Administração tem o dever 
de agir conforme a lei, de forma impessoal, moral, pública e eficiente e, 
assim sendo, esses princípios expressos, por demonstrar sujeições, se 
aplicam a toda a Administração, Direta e Indireta. 
As iniciais destes princípios formam um mnemônico muito utilizado: o 
LIMPE. Vamos entender cada um dos princípios: 
 
LEGALIDADE: o agente público só pode fazer aquilo que estiver previsto 
em LEI. 
Os particulares podem fazer tudo aquilo que não for proibido em lei, mas os 
agentes públicos, de maneira diversa, só podem fazer o que estiver 
previsto na lei. 
A diferença é que se não houver nenhuma lei falando se algo pode ou não 
ser feito, o particular poderá fazer à vontade, pois não é proibido, mas o 
agente público, em seu serviço, não poderá fazer aquilo pois não está 
previsto em lei. 
O princípio da legalidade pode ser entendido, portanto, em dois sentidos 
diversos: 
Prof. Gustavo Knoplock 
www.nota11.com.br 16 
 
1- Para o cidadão - legalidade é poder fazer tudo aquilo que a lei não 
proíba. 
2- Para o agente público - legalidade é poder fazer somente aquilo que 
a lei permite ou autoriza. 
O princípio da legalidade é, assim, muito mais restrito para o agente 
público do que para o particular. Nesse sentido é que a doutrina vem 
apelidando de princípio da restritividade o princípio da legalidade 
administrativa. 
Mais amplo do que o princípio da legalidade (agir conforme a lei) é o 
princípio da juridicidade, que contempla a lei e os demais instrumentos 
normativos, tais como Constituição, tratados, costumes, decretos, princípios 
gerais, costumes etc. 
 
Veja como isso está sendo cobrado 
 
5 (ESAF / ANALISTA TÉCNICO - SUSEP) A legalidade, como princípio 
básico da Administração Pública, especificamente, consiste mais em que, a 
autoridade administrativa só pode praticar atos, quando 
a) autorizados ou permitidos em lei. 
b) não vedados em lei. 
c) indicada sua fundamentação. 
d) tenha competência para tanto. 
e) objetivam interesse público. 
 
Comentário 
A letra C demonstra o princípio da motivação, uma vez que a Administração 
deve indicar a fundamentação, ou seja, os motivos de seus atos. 
A letra D apenas demonstra que os atos só podem ser praticados por quem 
possua competência para tal, o que não retrata o princípio da legalidade. 
A letra E apresenta o princípio da impessoalidade, ou finalidade, que deve 
ser sempre o interesse público. 
As letras A e B tratam do princípio da legalidade. A letra B retrata o 
princípio da legalidade voltada para os particulares em geral, que podem 
fazer tudo aquilo que a lei não veda, de acordo com a Constituição federal 
artigo 5º II: 
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Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei, ou seja, o particular pode fazer tudo o que não seja 
proibido em lei. 
Para os agentes públicos, o princípio da legalidade tem conceito diferente, 
uma vez que esses só podem fazer aquilo que estiver previsto em lei. O 
princípio da legalidade para o agente público é mais restrito do que para o 
particular, razão pela qual alguns doutrinadores têm se referido a isso como 
o princípio da restritividade, que, em suma, é a aplicação do princípio da 
legalidade ao serviço público. 
Assim sendo, o agente só pode fazer o que estiver autorizado, permitido, 
previsto, determinado, expresso em lei. Gabarito: letra A 
 
IMPESSOALIDADE: o agente público deve trabalhar agindo sempre de 
forma a querer beneficiar a coletividade, buscando a finalidade que é o 
interesse público, não podendo nunca agir buscando uma finalidade 
pessoal, ou seja, fazer ou deixar de fazer alguma coisa visando se 
beneficiar, beneficiar algum amigo ou prejudicar um inimigo. 
Quando um político manda colocar o nome dele em uma escola municipal 
não está pensando no interesse público, está agindo de forma pessoal, 
buscando se promover. 
Essa atuação é expressamente proibida pelo artigo 37 § 1º da Constituição 
Federal. 
Como os atos dos agentes públicos são imputados aos órgãos que eles 
estão vinculados, é necessário que sejam realizados com impessoalidade. 
Assim, o agente público é apenas a forma de exteriorizar a vontade da 
administração, um meroexecutor do ato, não podendo deixar que aspectos 
subjetivos, pessoais, influenciem na sua execução. 
O agente público deve ser impessoal ao praticar o ato, não pode agir de 
forma a se beneficiar, beneficiar um amigo ou prejudicar um inimigo de 
forma pessoal. 
O agente deve buscar sempre a finalidade de interesse público, e nunca a 
finalidade pessoal, razão pela qual o princípio da impessoalidade tem sido 
definido pela doutrina majoritária como equivalente ao princípio da 
finalidade. 
Esse princípio veda a promoção pessoal do administrador, de forma a 
impedir que o administrador, aproveitando-se da propaganda do governo, 
busque sua autopromoção. 
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Para dar efetividade a este princípio, prescreve o art. 37, §1º: “A 
publicidade (propaganda) dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo 
ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou 
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores 
públicos”. 
 
Tranquilo… 
 
6 (ESAF / AGENTE EXECUTIVO - SUSEP) O princípio constitucional do 
Direito Administrativo, cuja observância forçosa, na prática dos atos 
administrativos, importa assegurar que, o seu resultado, efetivamente, 
atinja o seu fim legal, de interesse público, é o da 
a) legalidade. 
b) publicidade. 
c) impessoalidade. 
d) razoabilidade. 
e) moralidade. 
 
Comentário 
O “fim”, ou seja, a finalidade de todo ato administrativo deve ser sempre 
o interesse público, ou, senão, a finalidade buscada pelo agente será 
pessoal, estará agindo em seu próprio benefício, para favorecer algum 
amigo ou prejudicar um inimigo. 
O princípio que obriga que o resultado dos atos seja o seu fim legal de 
interesse público é o princípio da finalidade, sinônimo de impessoalidade. 
Muitos alunos marcaram, nessa questão, o princípio da legalidade pelo fato 
de a banca ter colocado (de propósito, a fim de confundir o candidato) que 
o resultado do ato deva atingir “o seu fim legal de interesse público”. O 
resultado de toda atuação da Administração deve ter sempre como fim o 
interesse público, conforme determina a lei, uma vez que, obviamente, a lei 
não poderá estabelecer uma finalidade que seja pessoal. 
O mais importante no enunciado é que o agente deve buscar aquele 
resultado de interesse público (princípio da finalidade) e não que o agente 
deve buscar o resultado estabelecido em lei (e daí imaginar-se a 
legalidade). 
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O enunciado retrata o princípio da impessoalidade. Gabarito: letra C 
 
7 (ESAF / ANALISTA – CVM) Analise os itens a seguir, relacionados aos 
princípios que norteiam a atividade da Administração Pública, e marque com 
V se a assertiva for verdadeira e com F se for falsa. 
( ) Segundo o princípio da impessoalidade, a atuação do administrador 
público deve objetivar a realização do interesse público. 
 
Comentário 
A afirmativa está correta. Conforme já comentado, de acordo com o 
princípio da finalidade ou impessoalidade, a atuação do administrador 
público deve visar sempre o interesse público. A finalidade deve ser pública, 
nunca pessoal. 
 
MORALIDADE: o agente público deve atuar de forma moral. Assim, 
determinada atuação pode não ser ilegal, mas ser imoral. 
A moralidade anda junto com a impessoalidade, assim, quando um fiscal 
pede propina para não multar um estabelecimento, essa atuação é pessoal 
e imoral. 
Ao administrador público não basta cumprir o que está na lei, deve-se guiar 
por padrões éticos de conduta e zelo pelo alcance do interesse público. 
Aqui cabe observar que a moralidade administrativa difere da moral 
comum, pois exige respeito a padrões éticos, de boa-fé, decoro, lealdade, 
honestidade e probidade incorporados pela prática diária ao conceito de boa 
administração. 
Como exemplo de esforço para reforçar a moralidade administrativa no 
Brasil foi a edição da Súmula Vinculante nº 13, que vedou o nepotismo na 
administração pública. 
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da 
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica 
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função 
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a 
Constituição Federal”. 
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Encerrando, importante sabermos alguns instrumentos que o sistema 
jurídico disponibiliza para proteger a moralidade administrativa: Ação 
Popular (art. 5º, LVIII da CF); Ação Civil Pública de Improbidade 
Administrativa (Lei 8.429/92); Controle externo exercido pelos Tribunais de 
Contas. 
 
PUBLICIDADE: a atuação da Administração deve ser pública e 
transparente, ou seja, a Administração não deve agir às escuras, de forma 
escondida, sigilosa. 
A Administração tem o dever de dar publicidade de seus atos, assim, por 
exemplo, quando contrata uma empresa para lhe prestar serviço, deve dar 
transparência a essa contratação, informando quem foi a empresa 
contratada, o valor da contratação e etc. 
Este princípio consiste na obrigação da administração de tornar público atos 
administrativos, está estreitamente ligado ao dever de transparência na 
atuação administrativa. 
Importante ainda ressaltar que publicidade não se confunde com 
publicação. 
Pelo princípio da publicidade exige-se a transparência, a obrigação de 
demonstração da atuação administrativa e de prestação das informações de 
interesse da sociedade, vedando a prática de condutas sigilosas. 
A publicação se refere à divulgação dos atos no diário oficial. Nem tudo 
deve ser publicado no diário oficial, mas, ainda assim, deve estar à 
disposição da população. 
Os atos normativos, e aqueles que sejam de interesse de toda a população 
normalmente devem ser divulgados, mas outros dispensam a publicação, 
ainda que não dispensem a publicidade. 
Por fim, como todos os demais princípios, o da publicidade não é absoluto, a 
própria Constituição nos mostra duas exceções: 
a) a segurança do Estado, da sociedade (art. 5º, XXXIII); 
b) a intimidade dos envolvidos (art. 5º, X). 
 
A fim de regulamentar o princípio constitucional da publicidade foi editada, 
em 2011, a Lei nº 12.527, apelidada de “lei de acesso à informação” 
trazendo importantes dispositivos: 
Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a 
assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem 
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ser executados em conformidade com os princípios básicos da 
administração pública e com as seguintes diretrizes: 
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como 
exceção; 
II - divulgação de informações de interesse público, 
independentemente de solicitações; 
Ressalta a lei em seu artigo 8º que “é dever dos órgãos e entidades 
públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em 
local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de 
interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas”. 
Para isso, deverão ser utilizados“todos os meios e instrumentos legítimos 
de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede 
mundial de computadores”, estando dispensados da divulgação pela 
internet apenas os Municípios com população de até 10.000 habitantes. 
Qualquer interessado poderá apresentar aos órgãos públicos pedido de 
acesso a informações, desde que o pedido contenha a identificação do 
requerente, de forma a afastar o pedido feito de forma anônima, não 
podendo a Administração exigir que o requerente exponha os motivos pelos 
quais solicita a informação, nem fazer quaisquer exigências que inviabilizem 
a solicitação. 
A regra, portanto, é a publicidade, sendo o sigilo a exceção, admitida 
apenas em se tratando de informações sigilosas e informações 
pessoais. 
A informação sigilosa (aquela imprescindível à segurança) poderá ser 
classificada como “reservada”, “secreta” ou “ultrassecreta” e, assim, admitir 
restrição de acesso por até 5 anos, 15 anos ou 25 anos, respectivamente, a 
partir do que a informação tornar-se-á automaticamente de acesso público. 
Devemos ter em mente que só é admissível a classificação de uma 
informação em determinado grau de sigilo em situações excepcionais que 
justifiquem a medida, levando-se em conta o risco para a sociedade, e 
sempre a partir de decisões fundamentadas. 
Dispõe a lei que as informações pessoais relativas à intimidade, vida 
privada, honra e imagem das pessoas serão de acesso restrito pelo prazo 
máximo de até 100 anos, mas que poderão ser divulgadas antes disso 
diante de “previsão legal”. 
 
 
 
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Veja como isso está sendo cobrado 
 
8 (ESAF / AGENTE EXECUTIVO – CVM) O dever da Administração de dar 
transparência aos seus atos denomina-se: 
a) legalidade 
b) motivação 
c) publicidade 
d) eficiência 
e) moralidade 
 
Comentário 
Essa é moleza! O princípio da publicidade tem exatamente esse contexto, o 
da transparência dos atos da Administração, o que não significa que todos 
os atos administrativos devam ser publicados no Diário Oficial. Mesmo os 
atos que não são publicados no Diário Oficial devem ser públicos e 
transparentes. Gabarito: letra C 
 
EFICIÊNCIA: esse princípio foi acrescentado ao artigo 37 caput da CF 
apenas na reforma administrativa feita pela emenda constitucional nº 19, 
em 1998. 
Muito bem, o “carro chefe” da emenda foi justamente a inclusão desse 
princípio constitucional. A partir dali, a Administração passou a ser obrigada 
a atuar com eficiência, prestando serviços públicos de qualidade, modernos, 
rápidos e mais baratos, ou seja, com o melhor custo/benefício para a 
população. 
O princípio da eficiência mudou a cara da Administração Pública, que passou 
a adotar um modelo de administração mais preocupada com resultados e 
com a busca pela qualidade, pela satisfação de seus “clientes” (os 
administrados). 
Em outras palavras, a Administração Pública passou a adotar o modelo de 
administração gerencial. 
Antes da Reforma Administrativa, adotava-se um modelo de 
administração burocrática, apenas preocupada em realizar aquilo que 
estivesse previsto em lei, mas nunca com a qualidade do que se estava 
realizando. 
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Em decorrência disso, os servidores públicos passaram a ser obrigados a 
trabalhar sério, mostrando eficiência. 
Assim, houve alteração também no artigo 41 da CF passando a prever 
(somente após essa emenda constitucional, em 1998) que os servidores 
passariam a ser avaliados, passando a haver a verificação da eficiência 
deles. 
Com isso, para os servidores ainda não estáveis, foi acrescentado ao 
artigo 41 o § 4º, dizendo que a estabilidade só seria adquirida, após 3 anos 
de serviço, se os mesmos fossem aprovados em uma avaliação especial 
de desempenho, feita durante esse período, medindo-se a eficiência de 
cada um. 
Para os servidores estáveis (após os 3 anos de serviço), também foi 
acrescentado o inciso III ao § 1º do artigo 41, passando a prever que esses 
servidores já estáveis também passarão por uma avaliação periódica de 
desempenho, e, caso sejam considerados ineficientes, perderão seus 
cargos. 
O problema é que essa avaliação ainda depende da edição de uma Lei 
Complementar que dirá como será feita essa avaliação. 
Na prática, como até hoje essa Lei Complementar não foi editada, não há 
ainda essa avaliação e, por consequência, nenhum servidor estável pode, 
atualmente, perder seu cargo por ineficiência. 
 
 
Veja como isso está sendo cobrado 
 
9 (ESAF / PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA – PGM 
FORTALEZA) O princípio constitucional da eficiência vincula-se à noção de 
administração: 
a) patrimonialista 
b) descentralizada 
c) gerencial 
d) burocrática 
e) informatizada 
 
 
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Comentário 
Como já vimos, esse princípio, introduzido pela Reforma Administrativa, 
serviu para exigir a qualidade dos serviços prestados pela Administração, o 
que até então, em tese, não era exigido pelo texto constitucional. 
Inaugurou-se o modelo de administração gerencial no serviço público 
brasileiro. Gabarito: letra C 
 
7. Administração Pública – Princípios Constitucionais implícitos 
Nível de concurso: Todos! 
 
A lista de princípios constitucionais expressos é TAXATIVA, ou seja, são 
apenas aqueles previstos no artigo 37 caput da CF: LIMPE. 
A lista apresentada a seguir para os denominados princípios constitucionais 
implícitos, ou reconhecidos, é apenas EXEMPLIFICATIVA, uma vez que há 
uma infinidade de princípios reconhecidos pela doutrina. Vamos procurar 
apresentar aqueles mais relevantes: 
Vale lembrar que, segundo doutrina majoritária, todos os princípios têm a 
mesma relevância na atuação da administração. 
 
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO: Quando 
houver conflito de interesses entre o interesse do Estado e o do particular, 
deve prevalecer o interesse estatal, o interesse público. 
É o que ocorre, por exemplo, em se tratando das desapropriações. Quando 
o Estado decreta a desapropriação de um imóvel particular para a 
construção de um hospital público, por exemplo, ainda que o proprietário 
não tenha interesse em desocupar o imóvel, ele será forçado a isso. 
Uma vez que esse princípio retrata bem uma regra de Direito Público, o 
Estado aqui se coloca em posição de superioridade em relação ao particular, 
uma vez que representa o interesse público, o interesse de toda a 
coletividade, que deve se sobrepor ao interesse individual. 
Como esse princípio demonstra uma prerrogativa, somente se aplica às 
pessoas jurídicas de Direito Público, ou seja, à Administração Direta, 
autárquica e fundacional. 
 
 
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INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO: Nenhum agente 
público pode dispor da coisa pública, ou seja, uma autoridade pública não 
pode lidar com a coisa pública, com os bens e interesses do Estado como se 
fossem de sua propriedade. 
Assim, por exemplo, quando a lei permite que um Deputado Federal nomeie 
10 pessoas para ocuparem cargos em comissão de assessores 
parlamentares, sem a necessidade de concurso público (uma vez que os 
cargos em comissão são de livre nomeação), deve-se entender que essas 
pessoas atuarão assessorando as funções parlamentares do Deputado. 
Caso seja constatado quealgum desses assessores exerce funções 
particulares para o Deputado, por exemplo, ao levar os filhos do 
parlamentar à escola ou trabalhar como empregado doméstico na residência 
do Deputado, tal fato estará ferindo o princípio da indisponibilidade do 
interesse público. 
Como esse princípio denota uma sujeição, é aplicável a TODA a 
Administração Pública. 
 
Segundo o renomado administrativista Celso Antônio Bandeira de Mello, 
esses dois princípios são os mais importantes, dos quais decorrem todos os 
demais. 
 
Veja como isso está sendo cobrado 
 
10 (ESAF / AFRF – MIN. FAZENDA) O estudo do regime jurídico-
administrativo tem em Celso Antônio Bandeira de Mello o seu principal autor 
e formulador. Para o citado jurista, o regime jurídico-administrativo é 
construído, fundamentalmente, sobre dois princípios básicos, dos quais os 
demais decorrem. Para ele, estes princípios são: 
a) indisponibilidade do interesse público pela Administração e supremacia 
do interesse público sobre o particular. 
b) legalidade e supremacia do interesse público. 
c) igualdade dos administrados em face da Administração e controle 
jurisdicional dos atos administrativos. 
d) obrigatoriedade do desempenho da atividade pública e finalidade pública 
dos atos da Administração. 
e) legalidade e finalidade. 
 
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Comentário 
Essa questão é bem literal, retirada do livro do referido autor. De acordo 
com o professor, e boa parte da doutrina, os princípios mais importantes 
são os dois primeiros princípios comentados nesse material, quais sejam, a 
supremacia do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade do 
interesse público. 
O primeiro (supremacia) serve para demonstrar a máxima prerrogativa da 
Administração (das pessoas de Direito Público) e o segundo 
(indisponibilidade) demonstra uma sujeição, uma restrição imposta aos 
agentes públicos. 
Assim, se apresenta a gangorra das prerrogativas e sujeições da 
Administração. Serve, em suma, para mostrar que o agente público (em 
nome da Administração) pode MAIS do que o particular, mas NÃO PODE 
TUDO! Ele não pode agir da maneira que quiser e bem entender, como se a 
coisa pública estivesse à sua disposição. Gabarito: letra A 
 
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE: Presume-se que todos os atos 
realizados pela Administração sejam legítimos, ou seja, que tenham sido 
editados de acordo com os princípios que regem a Administração. 
Nada impede que o particular consiga provar que determinada atuação da 
Administração é ilegal, imoral, pessoal, desproporcional… 
Essa presunção é relativa, presunção juris tantum, vez que admitem prova 
em contrário (a presunção de legitimidade não é absoluta, ou juris et de 
jure, que seria aquela em que não se admitiria nenhuma contestação ou 
prova em contrário). 
 
ESPECIALIDADE: Serve de fundamento para que a Administração pratique 
a descentralização, criando entidades da Administração Indireta que terão 
independência e autonomia e serão especializadas naquela função. 
 
TUTELA: Ou controle, permitindo que as atuações da Administração sejam 
fiscalizadas e controladas por outra estrutura externa. Isso ocorre, por 
exemplo, quando o Poder Judiciário e/ou o Poder Legislativo, de forma 
externa, fiscalizam e controlam as atuações da Administração. 
 
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AUTOTUTELA: Ou autocontrole, permitindo que a Administração Direta 
controle os seus próprios atos, internamente, podendo anular os atos ilegais 
e revogar os atos que entender inconvenientes. 
O princípio da autotutela, também chamado de princípio da 
sindicabilidade, decorre diretamente controle interno que a administração 
deve exercer sobre seus próprios atos, sem a necessidade de recorrer ao 
Poder Judiciário. Tal determinação tem previsão legal expressa na Lei 
9.784/99: 
“Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados 
de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos”. 
Veja que se o ato for ilegal a administração tem o dever de anular. 
Já a revogação ocorrerá quando o ato for válido, no entanto se tornou 
inoportuno ou inconveniente para a administração, lembre-se que tal 
hipótese é uma faculdade para administração. 
 
HIERARQUIA: Relação de coordenação e subordinação entre os órgãos e 
entre os agentes. 
 
CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO: O serviço público não pode ser 
interrompido. As necessidades da coletividade não podem deixar de ser 
atendidas. 
Em consequência desse princípio ocorrem a restrição ao direito de greve 
nos serviços públicos (que, de acordo com o artigo 37 VII da Constituição, 
dependem de regulamentação por lei específica) e a impossibilidade, para o 
contratado, de invocar plenamente a exceptio non adimpleti contractus 
contra a Administração pública. 
O artigo 37 VII da CF, que prevê o direito de greve no serviço público nos 
termos e limites definidos em lei específica é uma norma constitucional 
de eficácia limitada. 
Uma vez que essa lei específica até o momento não foi editada, durante 
muitos anos entendeu o STF que a greve no serviço público estaria vedada. 
Depois de inúmeros mandados de injunção apresentados em defesa dos 
servidores, no entanto, o STF alterou seu posicionamento e declarou que 
enquanto não for editada a lei específica de greve no serviço público, os 
servidores podem realizar a greve desde que atendam os requisitos da lei 
de greve aplicável à iniciativa privada no que couber. 
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Essa última ressalva significa dizer que a lei de greve da iniciativa privada 
não se aplica indistintamente a todos os servidores. 
Segundo o STF, a greve continua vedada (enquanto não for editada a lei 
específica de greve no serviço público) para os servidores da área de 
segurança pública, saúde e atividades da administração da Justiça, além de 
fiscais de rendas. 
A exceptio non adimpleti contractus é a “exceção do contrato não 
cumprido”, se refere à permissão dada a uma das partes em um contrato 
privado para deixar de cumprir com seus deveres assumidos, em função de 
a outra parte não ter honrado com a sua contrapartida. 
Ao contrário do que ocorre em um contrato privado, nos contratos 
administrativos, ainda que a administração pública deixe de honrar com 
suas obrigações, não realizando os pagamentos devidos, o contratado não 
pode interromper imediatamente a prestação dos serviços (de acordo com a 
lei 8666/93, isso só poderá ocorrer após 90 dias de atraso de pagamento). 
 
Veja como isso está sendo cobrado 
 
11 (ESAF / ANALISTA – CVM) Analise os itens a seguir, relacionados aos 
princípios que norteiam a atividade da Administração Pública, e marque com 
V se a assertiva for verdadeira e com F se for falsa. 
( ) As restrições ao direito de greve do servidor público decorrem do 
princípio da continuidade das atividades da Administração Pública. 
 
Comentário 
A afirmativa está correta, e é muito fácil... 
Como já comentado anteriormente, a restrição (mas não a proibição 
absoluta) do direito de greve decorre da necessidade de continuidade do 
serviço público. 
 
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE: Necessidade de adequação 
entre meios e fins imposta à Administração, sendo vedada a imposição de 
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquela estritamente 
necessária ao atendimento do interessepúblico e devendo ser observadas 
as formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados. 
Quando a Administração interfere na órbita privada dos particulares, ou 
seja, quando a Administração faz alguma imposição ao particular (que, a 
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princípio, não está disposto a cumprir), proíbe que ele faça algo, aplica a ele 
alguma punição, faz a ele alguma exigência, alguma restrição, alguma 
condição para que ele possa exercer um direito, entre outras intervenções, 
a Administração deve atuar de forma razoável e proporcional. 
A Administração não pode fazer imposições, restrições, exigências que não 
sejam razoáveis, que não tenham fundamento, bom senso, e que sejam 
desproporcionais, desnecessárias, excessivas. 
Assim, por exemplo, a exigência de testes físicos de corridas e saltos é 
perfeitamente razoável e proporcional em um concurso para agente da 
Polícia Federal, mas é completamente irrazoável e desproporcional em um 
concurso para merendeira de escola. 
 
Está muito fácil… 
 
12(ESAF / ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – MPOG) A 
observância da adequação e da exigibilidade, por parte do agente público, 
constitui fundamento do seguinte princípio da Administração Pública: 
a) Publicidade. 
b) Moralidade. 
c) Legalidade. 
d) Proporcionalidade. 
e) Impessoalidade. 
 
Comentário 
A exigibilidade significa a “possibilidade de exigir”. Assim, quando a 
Administração exige algo ao particular, deve observar o princípio da 
razoabilidade e da proporcionalidade. 
Dessa forma, a possibilidade de se exigir testes físicos em um concurso 
público deve observar a razoabilidade. A exigência desses testes em um 
concurso pode ser proporcional às atribuições daquele cargo, mas ser 
desproporcional em relação a outro cargo. 
Deve, assim, haver uma “adequação” entre as exigências feitas no concurso 
e as atribuições do cargo, razão pela qual o gabarito é a letra D. 
 
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13 (ESAF / AGENTE EXECUTIVO – CVM) O princípio da Administração 
Pública que se fundamenta na ideia de que as restrições à liberdade ou 
propriedade privadas somente são legítimas quando forem necessárias e 
indispensáveis ao atendimento do interesse público denomina-se: 
a) legalidade. 
b) publicidade. 
c) proporcionalidade. 
d) moralidade. 
e) eficiência. 
 
Comentário 
O enunciado utilizou duas palavras chaves, que sempre são usadas pelas 
bancas quando se referem ao princípio da razoabilidade e 
proporcionalidade: “restrições” e, principalmente, o termo “necessárias”. 
Quando a Administração faz alguma restrição, ou toma uma medida 
restritiva em nível acima do que seria o “necessário” e suficiente para o 
caso, estará ferindo o princípio da razoabilidade e proporcionalidade. 
Gabarito: letra C 
 
14 (ESAF / AFRF – MIN. FAZENDA) Tratando-se de poder de polícia, 
sabe-se que podem ocorrer excessos na sua execução material, por meio de 
intensidade da medida maior que a necessária para a compulsão do 
obrigado ou pela extensão da medida ser maior que a necessária para a 
obtenção dos resultados licitamente desejados. 
Para limitar tais excessos, impõe-se observar, especialmente, o seguinte 
princípio: 
a) legalidade 
b) finalidade 
c) proporcionalidade 
d) moralidade 
e) contraditório 
 
 
 
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Comentário 
Quanto mais você estuda e resolve questões, mais você verifica que o 
assunto é simples e que a aprovação em concurso público não é nenhum 
“bicho de sete cabeças”. Essa questão usou, mais uma vez, a palavra 
“necessária”... 
Quando a Administração exerce o seu poder de polícia (que será estudado 
no capítulo relativo aos poderes da Administração), por exemplo, quando 
um fiscal de vigilância sanitária autua ou interdita um estabelecimento, essa 
sanção deve ser proporcional à irregularidade constatada. 
Deve haver razoabilidade na atuação, não se admitindo medidas maiores 
que as “necessárias”. 
Assim sendo, a razoabilidade e proporcionalidade são os princípios a serem 
observados, de forma a limitar a discricionariedade presente no poder de 
polícia. Gabarito: letra C 
 
MOTIVAÇÃO: É na verdade uma decorrência do princípio da publicidade, 
significando dizer que a Administração deve motivar os seus atos, 
mostrando claramente os motivos pelos quais está agindo de determinada 
maneira. 
A Lei nº 9.784/1999, em seu artigo 50, define que nos atos ali enumerados 
(uma lista que engloba, na prática, qualquer atuação administrativa) a 
motivação, a demonstração dos motivos daquele ato é obrigatória. 
Esse artigo é MUITO IMPORTANTE PARA CONCURSOS! 
A motivação dos atos administrativos que possam prejudicar particulares é 
a regra geral, diretamente relacionada ao direito de ampla defesa contra 
eventual ato ilegal. 
 
SEGURANÇA JURÍDICA: Veda a aplicação retroativa de nova 
interpretação de lei. 
É comum, na esfera administrativa, haver mudança de interpretação de 
determinadas normas legais, com a consequente mudança de orientação, 
em caráter normativo, afetando situações já reconhecidas e consolidadas na 
vigência de orientação anterior. 
Essa possibilidade de mudança de orientação é inevitável, porém gera 
insegurança jurídica, pois os interessados nunca sabem quando a sua 
situação será passível de contestação pela própria Administração Pública. 
Daí a regra que veda a aplicação retroativa. 
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Isso não impede que a Administração anule atos ilegais, isto sim com 
aplicação retroativa, já que atos ilegais não geram direitos. 
A Administração precisa, portanto, respeitar os particulares que de boa-fé 
interagem com a Administração, que não devem ser pegos de surpresa. 
 
Veja como isso está sendo cobrado nas provas 
 
15 (ESAF / ANALISTA – CVM) Analise os itens a seguir, relacionados aos 
princípios que norteiam a atividade da Administração Pública, e marque com 
V se a assertiva for verdadeira e com F se for falsa. 
( ) A estipulação legal de prazo decadencial para a Administração anular 
seus atos é contrária ao princípio da segurança jurídica. 
 
Comentário 
A afirmativa está errada. A Lei nº 9.784/1999 dispõe, em seu artigo 54, que 
“o direito da Administração de anular os atos administrativos de que 
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, 
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé”. 
Imagine, por exemplo, que a Administração tenha promovido um servidor 
da classe 1 para a classe 2 e que, tempos depois, seja verificado que aquela 
promoção foi feita de forma irregular. A promoção poderá ser anulada? 
Depende da situação… 
Se a promoção tiver ocorrido em decorrência de algum documento falso 
apresentado pelo servidor (que, assim, agiu de má-fé), a promoção será 
anulada. 
Se a promoção tiver ocorrido por um engano, uma falha da própria 
Administração, sem a participação do servidor (que, assim, agiu de boa-fé), 
a anulação só poderá ocorrer no prazo de até 5 anos após a promoção. 
Esse prazo máximo para que a Administração possa rever o ato decorre do 
princípio da segurança jurídica, que serve para proteger os particulares 
de boa-fé. 
 
INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JUDICIAL: Não se pode impedir o 
acesso de ninguém ao Poder Judiciário, logo, pode haver o controle judicialsobre a Administração. 
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Esse princípio constitucional, em verdade, não é específico do Direito 
Administrativo, uma vez que se aplica de forma ampla e geral a todos, da 
Administração Pública ou não. 
Costumamos nos referir a esse princípio aqui apenas para lembrar que ele 
também é aplicável à Administração. 
Significa a “impossibilidade de se afastar” alguém do Controle Judicial, ou 
seja, não se pode impedir que qualquer pessoa recorra ao Judiciário quando 
quiser, inclusive contra a própria Administração. 
No Brasil existe a possibilidade de que um particular que se sinta 
prejudicado por um ato da Administração, como por exemplo uma multa a 
ele aplicada, possa recorrer administrativamente perante a própria 
Administração, para que esta reveja sua atuação (fundada na autotutela). 
Caso esse recurso administrativo seja indeferido, nada impede que o 
particular vá ao Judiciário contra aquela multa aplicada a fim de que o 
Poder Judiciário anule a multa aplicada (tutela), uma vez que o Poder 
Judiciário sempre poderá desfazer a decisão administrativa, pois somente o 
Judiciário decide qualquer matéria, sejam matérias administrativas ou 
outras matérias, de forma definitiva. 
Isso representa o sistema de jurisdição única, ou una, que é o sistema 
inglês, adotado no Brasil. 
Alguns países adotam o sistema francês, ou sistema do contencioso 
administrativo, pelo qual as matérias administrativas não são levadas ao 
Judiciário. Elas são decididas, de forma definitiva, pela própria 
Administração, por meio de seus conselhos e tribunais administrativos, sem 
possibilidade de recurso ao Judiciário. 
O “contencioso administrativo” é, portanto, uma decisão administrativa 
definitiva e irreformável, não admitida em nosso sistema por impedir o 
acesso ao Judiciário, ou seja, por ferir o princípio da inafastabilidade do 
controle judicial. 
Além disso, cabe assinalar que os recursos administrativos são uma 
faculdade, ou seja, um particular pode, a qualquer tempo, ingressar com 
uma ação judicial em face da Administração Pública sem a necessidade de 
recorrer administrativamente ou antes de esgotar a via administrativa. 
 
RESPONSABILIZAÇÃO: Para evitar a arbitrariedade do Estado, ele pode 
ser responsabilizado por danos a terceiros, por atos ilícitos, etc. 
 
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ISONOMIA: Veda o tratamento desigual entre pessoas que estejam na 
mesma situação. “Tratar os iguais igualmente e os desiguais 
desigualmente”. 
 
Veja como é tranquilo 
 
16 (ESAF / ANALISTA – CVM) Analise os itens a seguir, relacionados aos 
princípios que norteiam a atividade da Administração Pública, e marque com 
V se a assertiva for verdadeira e com F se for falsa. 
( ) Em razão do princípio da isonomia, é vedada a adoção de quaisquer 
discriminações positivas pela Administração Pública. 
 
Comentário 
Como eu sempre digo, o aluno não pode deixar de observar as expressões 
muito determinantes utilizadas nas provas, tais como “sempre”, “nunca”, 
“todos”, “absolutamente”, “sem exceções”... 
Quando a questão afirmar que “o time tal nunca foi rebaixado”, você tem 
que se perguntar: “ele já foi rebaixado alguma vez?”. Se você lembrar de 
uma única vez, ainda que isso tenha ocorrido há muitos anos, a afirmativa 
está errada. 
A afirmativa “A Administração deve obediência ao princípio da publicidade” 
está correta, conforme artigo 37 caput da CF. 
A afirmativa “A Administração sempre deve obediência ao princípio da 
publicidade” está errada, uma vez que há exceções. 
A questão da prova está errada por causa da palavra “quaisquer”. 
A princípio, todos devem ser tratados igualmente pela Administração, mas 
nem sempre. 
Sabemos que nem todas as pessoas são iguais, e, portanto, há a 
necessidade de tratamentos diferentes para pessoas diferentes. Assim é, 
por exemplo, que a CF assegura que algumas vagas em concursos públicos 
serão reservadas para os portadores de deficiência. 
Isso significa dizer, então, que há tratamentos diferentes em situações 
diferentes, sem que se possa alegar que está havendo aí uma discriminação 
no acesso aos cargos públicos. 
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Resumindo, o princípio da isonomia não veda a adoção de algumas 
“discriminações positivas”, o estabelecimento de regras diferenciadas, em 
alguns casos. 
 
AUTOEXECUTORIEDADE: Esse princípio retrata um atributo importante 
dos atos administrativos, que será estudado naquele capítulo. 
Significa dizer que a Administração tem a “possibilidade de auto-executar”, 
ou seja, a Administração, por meio de seus agentes, pode executar seus 
próprios atos sem a necessidade de recorrer previamente ao Judiciário para 
lhe pedir autorização. 
Assim é que, por exemplo, quando um fiscal de vigilância sanitária se 
depara com uma situação grave em um restaurante, pode imediatamente 
interditar o estabelecimento e apreender as mercadorias impróprias para 
consumo. 
O fiscal, ou seja, a Administração, não vai ao Judiciário solicitar ordem 
judicial de interdição do estabelecimento. A Administração pode, se 
entender que é necessário, interditar o estabelecimento imediatamente sem 
ordem judicial. 
Veremos no capítulo de atos administrativos que esse princípio, 
obviamente, admite exceções. 
 
Veja como isso está sendo cobrado 
 
17 (ESAF / FISCAL DE RENDAS - SMFRJ) Referente aos princípios da 
Administração Pública, assinale a opção correta. 
a) Tendo em vista o caráter restritivo da medida, é necessária lei formal 
para coibir a prática de nepotismo no âmbito da Administração Pública, 
tornando-se inviável, assim, sustentar tal óbice com base na aplicação 
direta dos princípios previstos no art. 37, caput, da Constituição Federal. 
b) Entre os princípios da Administração Pública previstos expressamente na 
Constituição Federal, encontram-se os da publicidade e da eficácia. 
c) É viável impedir, excepcionalmente, o desfazimento de um ato, a 
princípio, contrário ao Ordenamento Jurídico, com base no princípio da 
segurança jurídica. 
d) O princípio da autotutela consiste na obrigatoriedade de o agente 
público, independentemente da sua vontade, sempre defender o ato 
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administrativo quando impugnado judicialmente, em face da 
indisponibilidade do interesse defendido. 
e) O devido processo legal não é preceito a ser observado na esfera 
administrativa, mas apenas no âmbito judicial. 
Comentário 
A letra A está errada. O nepotismo se refere à conhecida prática pela qual 
as autoridades públicas nomeiam seus parentes, sem concurso, para 
integrar os quadros da Administração Pública, recebendo boas 
remunerações para, em regra, nada produzir. 
O nepotismo fere os princípios da impessoalidade e da moralidade, logo, é 
vedado pela CF, ainda que não haja lei formal nesse sentido. 
Ainda assim, o STF editou a súmula vinculante nº 13, conhecida como 
súmula anti-nepotismo, de forma a impedir a nomeação de cônjuges e 
parentes até o terceiro grau, nos seguintes termos: 
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da 
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica 
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de funçãogratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a 
Constituição Federal. 
O erro da letra B é que a eficiência (e não eficácia) é princípio expresso. 
A letra C está correta. Se a Administração constata que determinado ato 
administrativo por ela editado é “contrário ao Ordenamento Jurídico”, ou 
seja, é ilegal, deverá em regra invalidar esse ato. Excepcionalmente, poderá 
a Administração não desfazer aquele ato, mantendo-o, a fim de não trazer 
prejuízo ao particular de boa-fé, com base no princípio da segurança 
jurídica. 
Dessa forma, poderá a Administração convalidar o ato ilegítimo a fim de 
não prejudicar os particulares. Esse assunto será visto em detalhes no 
capítulo relativo aos atos administrativos. 
A letra D está errada pois, pelo princípio da autotutela, o agente público 
deve invalidar um ato da própria Administração quando verificar que o 
mesmo foi editado de forma irregular (inclusive de acordo com o princípio 
da moralidade), e não, como afirma a questão, sempre defender aquele 
ato que está sendo contestado. 
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A opção E também está errada. O princípio do devido processo legal 
significa que um particular não pode ser prejudicado pelo Poder Público sem 
que sejam seguidos os trâmites legais, assegurando-se ao particular vários 
direitos, como acompanhar o processo, se defender, contestar, etc. 
O devido processo legal deve ser observado tanto no âmbito judicial como 
no âmbito administrativo. 
 
8. Regime Jurídico Administrativo 
Nível de concurso: Principais concursos! 
 
É o conjunto de normas e princípios que regem a relação entre a 
Administração e o administrado conferindo poderes maiores, privilégios à 
Administração Pública, colocando-a em uma posição superior, o que não 
seria aceito em uma relação entre particulares, regida pelo direito privado. 
São exemplos dessas prerrogativas da Administração a auto-
executoriedade, o poder de expropriar, de aplicar sanções contratuais, 
impor medidas de polícia... 
Além dessas prerrogativas, há princípios que, de forma diferente, servem 
para estabelecer as restrições a serem respeitadas pela Administração. 
São exemplos dessas restrições a obrigatoriedade de realizar concurso 
público, licitação pública, prestação de contas, motivação dos seus atos... 
É importante que se diga que nem sempre a Administração submete-se a 
regime jurídico de direito público. 
Às vezes ela se submeterá a regime jurídico de direito privado, como, por 
exemplo, é estabelecido no artigo 173 § 1º da CRFB, determinando que a 
lei estabelecerá regime jurídico próprio das empresas privadas às empresas 
públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade 
econômica. 
Entretanto, mesmo aqui a Administração não perderá todos os seus 
privilégios, sendo o regime privado parcialmente derrogado pelo regime 
público. 
 
CUIDADO!!! 
Não podemos confundir as expressões regime jurídico-administrativo e 
regime jurídico da Administração. 
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O regime jurídico-administrativo é usado em sentido estrito, para se 
referir apenas às regras de direito público, às normas que servem para dar 
vantagens, prerrogativas, privilégios à Administração, colocando-a numa 
relação vertical em relação ao particular. 
O regime jurídico da Administração é usado em sentido amplo, de 
forma a se referir a ambos os regimes (direito público e direito privado) 
aplicáveis à Administração Pública. 
 
 
 
 
Regime jurídico Regime 
da Administração jurídico-administrativo 
 
 
 
 
 
 
Veja como isso está sendo cobrado 
 
18 (ESAF / ATRFB – MIN. FAZENDA) Marque certo ou errado. 
A expressão regime jurídico da Administração Pública é utilizada para 
designar, em sentido amplo, os regimes de direito público e de direito 
privado a que pode submeter-se a Administração Pública. 
 
Comentário 
A afirmativa está certa. Repare que a questão se referiu ao regime jurídico 
da Administração (e não ao regime jurídico-administrativo) e se preocupou 
ainda em ressaltar que a expressão é utilizada em sentido amplo. 
Nesse sentido (amplo), estaremos nos referindo ao regime jurídico da 
Administração, que engloba ambos os regimes aplicáveis à Administração. 
 
 
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9. DICA DE OURO 
 
Agora que acabamos o conteúdo da apostila, é ESSENCIAL que você 
vá até este capítulo no sistema Nota11 de fichas interativas e 
pratique! 
As fichas são neurologicamente formuladas para que esses pontos 
nunca mais saiam da sua cabeça... 
Esse será o grande diferencial para que você consiga estar pronto 
para gabaritar a prova em um tempo até 10X mais rápido que nos 
materiais e métodos disponíveis no mercado. 
 
10.Principais pontos a serem fixados 
 
Direito Administrativo (critérios): 
 Critério das relações jurídicas: 
Trata das relações entre o Estado e o particular 
 Critério da distinção entre atividade jurídica e social do Estado: 
Apresenta duas características: a atividade jurídica não 
contenciosa do Estado e a constituição dos órgãos 
 Critério teleológico: 
É o que visa cumprir a finalidade do Estado 
 Critério negativo ou residual: 
É o que visa cumprir a finalidade do Estado excluindo as 
funções legislativa e judicial 
 Critério da hierarquia entre os órgãos: 
Direito Administrativo é aquele que estuda os órgãos 
inferiores; Direito Constitucional estuda os órgãos superiores. 
 Critério do Poder Executivo: 
Que se identifica com o Poder Executivo 
 Critério da Administração Pública: 
Princípios que regem a atuação da Administração 
 
Direito Administrativo (pelo critério da Administração Pública): 
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 Ramo do direito público; 
 Que estuda o conjunto de princípios e normas que regulam o 
exercício da função administrativa do Estado, visando alcançar o 
interesse público. 
 
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
LEI 
DOUTRINA 
JURISPRUDÊNCIA 
COSTUMES 
 
SISTEMAS ADMINISTRATIVOS, ou SISTEMAS DE JURISDIÇÃO: 
 SISTEMA DO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO: 
 
 Matéria administrativa → Administração Pública 
 Demais matérias → Poder Judiciário 
 
 SISTEMA DE JURISDIÇÃO UNA (BRASIL): 
 
 Matéria administrativa 
 Poder Judiciário 
Demais matérias 
 
 
ADMINISTRAÇÃO (SENTIDOS): 
 
SUBJETIVO, FORMAL, ORGÂNICO: 
 Agentes, órgãos e entidades 
OBJETIVO, MATERIAL, FUNCIONAL: 
 Funções, atividades administrativas 
 
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ESTRITO: Abrange apenas os órgãos e funções administrativos. 
 
AMPLO: Abrange ainda os órgãos de governo em suas funções 
políticas. 
 
 
Função Legislativa 
 
Função Jurisdicional 
 
Função Administrativa  Administração Pública Administração 
(sentido estrito) Pública 
Função Política (sentido amplo) 
 
 
 
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO: 
Conjunto de princípios que conferem prerrogativas e aplicam sujeições 
ao Poder Público. 
 
PRERROGATIVAS ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTARQUIAS E 
FUNDAÇÕES

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