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Abcesso Hepático

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Gastro Cirúrgica - Aula 29 - Abcesso Hepático
- Anatomia baseia-se na anatomia vascular funcional, que permite uma ressecção mais regrada
- Descrita pela 1ª vez por Cantlie em 1898
- Difundida por Couinaud em 1957
- Seu peso varia de 1200 a 1600g
- Cápsula de Glisson
- Ligamentos: Falciforme; Redondo; Triangulares D e E; Gastro-hepático ; Hepato-cólico; Hepatorrenal.
- Classificação de Couinaud o fígado é dividido, de acordo com as ramificações portais, em:
2 lobos
4 setores
8 segmentos
ABSCESSO PIOGÊNICO
- Coleções purulentas isoladas ou múltiplas dentro do parênquima hepático
- Incomuns e inespecíficas, levam a um elevado risco de morte
- Incidência vem aumentando:
Maior detecção pelo aperfeiçoamento dos métodos;
Aumento do número procedimentos intervencionistas (EDA, radiologia intervencionista, CPER, próteses no colédoco);
- Epidemiologia vem mudando
Cresce nos idosos (aumento dos procedimentos invasivos);
Diminui jovens (menos infecções);
- Costuma ser único e localizar-se no lobo direito: 		*Mas pode se localizar em qualquer lugar do fígado
Fluxo direcional VMS;
Drena ceco e cólon ascendente (amebíase intestinal);
Veia porta D > E e curso retilíneo;
- Classificados de acordo com a via que o patógeno chega ao fígado:
Biliar: mais comuns (33-50%), obstruções na via biliar;
Hematogênica (veia porta): era a mais comum até melhor controle das infecções, sendo mais comum em diverticulite, DII (doença intestinal inflamatória), apendicite;
Traumática ou por contiguidade: empiema de vesicula, abscesso renal, empiema pleural. Traume hepático faz hematoma e acaba se contaminando;
Indeterminado: não consegue estabelecer evento desencadeante;
Etiologia
- Etiologia polimicrobiana, principalmente gram –.
- Escherichia coli e Klebsiela pneumoniae são as mais comuns.
- Streptococcus viridans (G+) está relacionado a endocardite e infecções cavidade oral.
- Anaeróbios são menos comuns.
Diagnóstico
- Difícil e necessário alto grau de suspeita;
- Apresentação clínica é variada;
- Sinais e sintomas que chamam atenção para doenças hepatobiliares estão ausentes em até 50% dos casos:
Icterícia
Dor no hipocôndio direito Ausente em
Hepatomegalia 50% dos indivíduos
- Achados mais frequentes são: Febre; Calafrios; Mal estar; Anorexia.
- Laboratório com:
Leucocitose com ou sem desvio;
Anemia; *Pelo processo infeccioso
Elevação de transaminases; *Pelo processo infeccioso no parênquima hepático
Hiperbilirrubinemia mista;
Elevação de fosfatase alcalina maior que gama GT;
- Exames de imagem são fundamentais para o diagnóstico:
US abdominal (permite a drenagem percutânea)
TC de abdome com contraste
Tratamento:
- Antibioticoterapia sistêmica, por 4 semanas:
Voltada principalmente para microbiota intestinal (G- e anaeróbios);
Cefalosporina de 3ª ou 4ª geração (Cefepime, Ceftriaxone, Ceftazidima);
Fluoroquinolonas (Ciprofloxacino);
Carbapenêmicos (imipenem, Meropenem);
Metronidazol (cobre E. histolytica);
- Drenagem de coleções percutânea ou cirúrgica:
Coleções maiores de 5cm;
Sinais de sepse;
Piora com tratamento conservador;
- Identificar o foco!!! 
- Amostra do material para cultura e antibiograma
ABSCESSO AMEBIANO
- Causado pela Entamoeba histolytica.
- Parasitose extremamente comum, mas uma minoria terá manifestações digestivas.
- Mais raro são as manifestações extraintestinais, sendo a mais comum e grave o abscesso hepático amebiano.
- Icterícia e dor em HD (+- 50% dos casos).
- Hepatomegalia.
- Dor constante que piora com a palpação.
- Febre frequente, com possibilidade de calafrios e sudorese colangite.
*Impossível diferenciar do abscesso piogênico pela clínica e imagem.
- De modo semelhante o abscesso amebiano costuma ser único e localizar-se no lobo direito.
- Laboratório com leucocitose, elevação de transaminases e enzimas canaliculares.
- Aspirado do abscesso tem 20% e fezes 30% de presença de E. histolytica.
- Sorologia para E. histolytica por hemaglutinação indireta e imunofluorescência (sensibilidade 90%).
Tratamento com:
- Metronidazol 750mg 3X ao dia por 10 dias ou Metronidazol 500mg 4X ao dia por 10 dias.
- Raro a necessidade de esvaziamento ou cirurgia, reservadas para abscessos grandes.

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