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Constituição de 1824

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Aula 27 de Abril
Com a Independência do Brasil, Dom Pedro I organizou uma assembleia constituinte em 1823, com representantes enviados das províncias brasileiras com o objetivo de produzir um documento político e jurídico que fundasse um novo Estado brasileiro, substituindo várias das regras e dos institutos do estado português antigo. Havia uma percepção generalizada de que no tocante a vários aspectos do estado português no antigo regime, havia uma incompatibilidade daquele velho estado português com a série de princípios e transformações do estado em curso. A partir de 1823, surge essa iniciativa de criar uma nova constituição para formar um novo estado brasileiro, mas, lamentavelmente, essa iniciativa começa a sair dos trilhos. Nessas reuniões das assembleias, as propostas políticas em debates estavam avançando para territórios até então não imaginados (por exemplo: estavam discutindo sobre a abolição da escravidão) – acaba pressionando Pedro para mandar dissolver a assembleia. Então essa assembleia é dissolvida e resolve criar uma nova constituição com poucas pessoas (Constituição de 1824)
ART. 45, 90 A 95 – Participação política no império.
Nessas regras, quem eram as pessoas excluídas para participar dos processos políticos¿
- Pobres; Criminosos; Critério Religioso; Idade; Nacionalidade; Gênero; Estado de Liberdade; Posição Familiar.
Viabiliza eleições indiretas, porque as pessoas que podem votas vão eleger pessoas que vao eleger os deputados e senadores. Sendo então, duas eleições: 1- Eleições Gerais; 2- Assembleia Paroquial.
- Assembleia Paroquial – Possui esse nome porque é realizado dentro da paroquia, porque a igreja é quem controla o registro publuco de nascimento e orbito. Então para organizar as eleições essa informação é útil para saber quantas pessoas vão votar.
Quem pode votar¿ Art. 92
- São excluídos menores de 25 anos, salvo os casados, militares, bacharéis e religiosos de ordem sacras.
- São excluídos os filhos famílias (diferente de pater famílias: é um patriarca daquela família, o qual se concentra o patrimônio e a representação daquela família perante a sociedade), todo o resto da família, fora o pater famílias. (Filho, mulher, escravo – Dependência familiar, dependência econômica) = UM VOTO POR FAMILIA – quem vota é o pater familias
- Exclui os criados para servir (empregados domésticos, escravos)
- Exclui Religiosos que vivem em comunidade fechada.
- Censitário - Necessidade de ter no mínimo 100 mil réis.
As pessoas que conseguiam preencher essas características tinham a possibilidade de votar – Afunilava bastante nessas assembleias paroquiais. – Elegem os eleitores de província: São eles que vão indicar deputados e senadores.
Critérios para ser um eleitor de província: Todos que podem votar na assembleia paroquial, exceto os que não tiverem 200 mil réis, os libertos, os criminosos pronunciados em queréla.
Art 95 – Trata dos deputados. Todos os que podem ser eleitores, também podem ser nomeados para serem deputados, exceto: os que não tiverem 400 mil réis, estrangeiros naturalizados e os que não professarem a religião do estado, ou seja, a fé católica.
Art. 45 – Para ser Senador: Cidadão brasileiro, + 40 anos, 800 mil réis, pessoa de saber
PARA SER SENADOR, NÃO PRECISAVA ACUMULAR OS REQUISITOS PARA SER PROVINCIA NEM DEPUTADO. MAS PARA SER DEPUTADO, VOCÊ TINHA QUE TER OS CRITERIOS DE DEPUTADO, PROVINCIA E DE CIDADAO. PARA SER ELEITOR DE PROVINCIA TINHA QUE TER O DE CIDADAO, E SENADOR ERA INDEPENDENTE DE TODOS
ART. 101 – Trata do Poder Moderado.
 Não é uma espécie de superpoder, controlador dos outros. Ele pode interferir nos outros propósitos para manter o equilíbrio entre eles.
- Inciso 1 ao 5: Interfere no Poder Legislativo
- Inciso 6: Interfere no Poder Executivo
- Inciso 7 ao 9: Interfere no Poder Judiciário
ART. 102 – Trata do poder Executivo 
O poder executivo é responsável por escolher e apontar os funcionários públicos e magistrados (Não existia concurso público na época).
Como o poder executivo e a burocracia da igreja estão entrelaçados. Porque o imperador chega a nomear os bispos e os demais cargos. E no exercício de controle político e religioso, o imperador se auto instituiu o Beneplácito (Art. 14, Inc. XIV), que é a aprovação das regras de direito canônico para que elas pudessem entrar em vigor no Brasil. O Beneplácito competia com o imperador no poder executivo.
ART. 151 – Trata do Poder Judiciário 
Poder Judiciário independente
Esse poder, declarado independente, não vai ser alvo de interferências direitas por parte da coroa e do poder executivo. 
AUDIO 18 A 19’30’’ MINUTOS
Presença do júri. – Não existia no antigo regime, nem nas Ordenações Filipinas. O júri veio importado do direito inglês.
O júri não deu muito certo no Brasil, porque, na Inglaterra, surgiu para democratizar a justiça. E aqui no Brasil, não se dá dessa forma. – Na Inglaterra, quem julgavam os casos dos barões eram os juízes da coroa. Os barões exigiam que nos processos houvesse a participação dos seus pares, para que não fosse julgado de forma tendenciosa. O membro dos juris, no brasil, eram escolhidos pela lista de quem podia votar. Ou seja, era um extrato social muito especifico de quem ia participar do júri. No período do império, o perfil social que eram julgados, eram pessoas pobres, livres que viviam as margens da sociedade, escravos. Os membros do júri, que pertenciam à esse extrato não tinham empatia com as pessoas que eram levadas à corte. Não eram julgadas pelos seus pares, e sim meus pelos inimigos. – Selecionou socialmente quem podia fazer parte do juri
ART. 152 – Diferença entre jurados e juízes 
Júri: Examina as provas e decide os fatos.
Juiz: Aplica o direito ao fato que o júri decidiu.
ART. 154 – Suspensão dos juízes 
Em caso de abusos, queixas
O poder moderador não podia demitir os juízes, apenas o judiciário poderia.
ART. 158 
As relações continuaram a existir 
Foram criadas outras relações para dar conta da população brasileira
As relações, que são tribunais de segunda e última instância, não é o mais forte, mas sim o que dava a última palavra.
ART. 163 
Contradição com o artigo 156
Supremo Tribunal de Justiça – não é um tribunal de vértice (tribunais que estão no topo da hierarquia que dão a última palavra).
STJ – É um tribunal de cassação: Cancelavam e reencaminham o processo para que outra pessoa julgue, ressurgiam decisões dos órgãos anteriores. 34 MINUTOS DO AUDIO.
Esse novo julgamento não pode ser igual ao antes de ser cassado. NÃO PODE TER A MESMA ARGUMENTAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO.
Recurso de Revista
O STJ se limitava a cassar decisões em dois casos: 
Injustiça Notória – Quando há um erro na aplicação da norma jurídica ao caso.
Nulidade Manifesta – Um erro processual que tinha tanta gravidade que causava a anulação da decisão.

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