Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Controle da Erosão em Estradas não Pavimentadas Prof. Dr. Thiago Woiciechowski Alunos: Damaris Vera, Rodrigo Figueiredo Aquidauana – MS 2017 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL 1. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA NO BRASIL E SUA FUNÇÃO SOCIOECONÔMICA 2. EROSÃO EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 3. PRÁTICAS PARA O CONTROLE DA EROSÃO 4. ASPECTOS RELATIVOS AO PLANEJAMENTO E CONSTRUÇÃO 5. ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS ESTRADAS 6. SISTEMAS DE DRENAGEM PARA ESTRADAS 7. MODELAGEM HIDROLÓGICA ASSOCIADA AO ESTUDO DE ESTRADAS OBJETIVOS DA APRESENTAÇÃO 2 Distribuição Geográfica das Estradas no Brasil e sua Função Socioeconômica • Chamadas de estradas vicinais • Ajuda reduzir o êxodo rural • Interfere no custo final da produção Presença de estradas em condições favoráveis • Melhores condições de vida para a população rural • Melhor rendimento econômico 3 Extensão de rodovias pavimentadas e não pavimentadas por região do Brasil 12,02% 87,98% 9,14% 90,86% 11,16% 88,84% 10,57% 89,43% 6,80% 93,20% Estradas pavimentadas Estradas não pavimentadas 9.57 90.43 Brasil Pavimentada Não pavimentada 4 Erosão em Estradas Não Pavimentadas • Principal fator de degradação: Erosão hídrica • Estradas não pavimentadas são mais frágeis Construção de estradas Retirada da cobertura vegetal e a compactação do solo Reduz a infiltração da água Aumenta a propensão de escoamento superficial Visando diminuir o seu custo de manutenção, é necessário realizar o dimensionamento correto do sistema de drenagem 5 Práticas para o Controle da Erosão em Estradas Não Pavimentadas Sistemas com segmentos de terraços Implantação de camalhões ou segmentos de terraços partindo da estrada (em cota superior) adentrando nas áreas agrícolas (em cota inferior), permitindo que água seja conduzida lentamente e infiltrada em áreas marginais. 6 Segmento de terraços GRIEBELER et al., 2009 Integrado ao sistema de terraceamento Nesse sistema, á água é direcionada à área de cultivo para ser retida pelo sistema de terraceamento, o qual deverá ser dimensionado prevendo o escoamento adicional. 7 Terraços GRIEBELER et al., 2009 Bacias de retenção de enxurradas Escavação de bacias nas áreas marginais às estradas para permitir a captação e armazenamento da água escoada nessas e possibilitar a posterior infiltração 8 Bacias de sedimentação GRIEBELER et al., 2009 Aspectos Relativos ao Planejamento e Construção de Estradas não pavimentadas • Localização • Forma de utilização • Finalidade e interesse regional • Condições topográficas e estruturais do terreno • Recursos disponíveis para a sua construção Objetivo principal do projeto de uma estrada • Menor custo • Maior segurança para o tráfego • Maior resistência a degradação 9 • Ligação de dois pontos com a menor distância possível; • Alocada sobre divisores de águas; • Critérios de mínimo impacto sobre o meio ambiente; • O solo é o material de construção. Quando a localização das estradas são bem planejadas as práticas de conservação do solo tornam-se mais eficientes. 10 Elementos geométricos das estradas Recomenda-se valores de declividade transversal de 2% a 8% A) Abaulamento do leito Forma convexa que se dá à seção transversal da estrada para que a água da chuva não permaneça sobre ela B) Declividade C) Talude Área de corte, externa à estrada que contribui para o escoamento superficial AB C 11 D) Superelevação nas curvas Em curvas os perfis podem apresentar elevação em um lado da pista Além de garantir a capacidade de escoamento, a forma geométrica dos canais de drenagem de estradas deve ser adequada, de modo a oferecer segurança ao tráfego E) Superlargura nas curvas Alteração na largura da pista 12 D E 13 Sistemas de drenagem para estradas Deverá ser dimensionado de acordo com • Vazão esperada • Capacidade erosiva do escoamento • Tipo do material dos drenos Existem dois métodos para projetos de canais erodíveis Velocidade máxima permissível Tensão máxima de cisalhamento 14 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 Velocidade máxima permissível 15 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Tensão máxima de cisalhamento 16 Modelagem hidrológica associada ao estudo de estradas Griebeler, em 2002, desenvolveu um modelo para o dimensionamento de sistemas de drenagem em estradas não pavimentadas Estradas construídas em superfícies naturais Menor taxa de infiltração Maior escoamento superficial Pode provocar danos ao leito ou às áreas adjacentes 17 O software ESTRADAS foi desenvolvido para permitir a realização de simulações com o modelo elaborado por Griebeler 18 Análise do modelo considerando-se os diferentes tipos de solo ARENOSO 47 m ARGILOSO 103 m ARENOSO CASCALHOSO 71 m SILTOSO 23 m ARGISOLO CASCALHOSO 63 m Solos argilosos são mais resistentes devido a maior coesão entre as partículas Solos com maior quantidade de silte, a coesão é menor, acarretando, com isso, menor resistência ao cisalhamento. 19 Análise do modelo considerando-se os diferentes valores de aprofundamento do canal SILTOSO 23m – 5cm 63m – 10cm ARENOSO 47m – 5cm 134m – 10cm ARGILOSO ENCASCALHADO 63m – 5cm 202m – 10cm ARGILOSO 103m – 5cm 395m – 10cm ARENOSO ENCASCALHADO 71m – 5cm 221m – 10cm Quanto maior o aprofundamento máximo tolerável, maior o espaçamento entre os canais 20 Análise do modelo com base na erodibilidade do solo K=0,0030 100 m K=0,0040K=0,0080 K=0,0020 200 m K=0,0010 Quanto maior a erodibilidade, maior taxa de desprendimento, maior perda de solo Quanto maior a perda de solo, menor o espaçamento entre os desaguadouros 21 Análise do modelo com base na tensão crítica de cisalhamento TENSÃO 2 Pa 100 m TENSÃO 1 Pa TENSÃO 3 Pa 200 m TENSÃO 4 Pa 400 m TENSÃO 8 Pa Quanto maior a tensão crítica de cisalhamento, maior o espaçamento entre desaguadouros 22 Análise do modelo com base na alteração da seção transversal do canal 1:1 9 m 5:1 32 m 10:1 61 m 20:1 118 m 30:1 174 m Quanto maior a alteração na seção transversal (aumento do ângulo de abertura) Maior espaçamento entre os desaguadouros 23 Análise do modelo com base no Período de Retorno 10 anos – 39 m 10,53 anos – 38 m 3 anos – 67 m 3,65 anos – 61 m 2 anos – 81 m 2,77 anos – 69 m Quanto maior o período médio empregado na manutenção das estradas Menor o espaçamento entre os desaguadouros 24 Análise do modelo com base na declividade do canal 15% 10% 7,5% 5,0% 2,5% 100 m 300 m A declividade do canal interfere diretamente na tensão de cisalhamento Quanto maior a declividade do terreno, maior a tensão cisalhante sobre o solo Por consequência, menor o espaçamento entre os desaguadouros 25 Análise do modelo quanto à variação na área de contribuição Viçosa com área 61 m Viçosa sem área 73 m Cachoeira Paulista com área 40 m Cachoeira Paulista sem área 51 m Guarapuava com área 134 m Guarapuava sem área 165 m Para um mesmo local e período de retorno, a mudança na vazão de escoamento a ser conduzida pelo canal está diretamente relacionada á área de contribuição 26 Análise do modelo com base na alteração das características de rugosidade n=0,040 27m n=0,030 36m n=0,024 45m n=0,018 61m n=0,012 91m Quanto maior a rugosidade, menor a velocidade de escoamento A redução na velocidade estáassociada com a dissipação de energia provocada pelo aumento da rugosidade Como consequência, a profundidade de escoamento e cisalhamento são aumentadas Maior a rugosidade do canal, menor o espaçamento entre os desaguadouros CONSIDERAÇÕES FINAIS ESTRADAS EM CONDIÇÕES FAVORÁVEIS PERMITE MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA PARA A POPULAÇÃO RURAL E NO RENDIMENTO ECONÔMICO É NECESSÁRIO UM CORRETO DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE DRENAGEM PARA EVITAR A DEGRADAÇÃO DE ESTRADAS EXISTEM PRÁTICAS PARA O CONTROLE DA EROSÃO EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS EXISTEM SOFTWARES COMO POR EXEMPLO, O ESTRADAS, QUE PODEM SER UTILIZADOS PARA O DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE DRENAGEM O SOFTWARE ELABORADO POR GRIEBELER CONSEGUE DETERMINAR O ESPAÇAMENTO MÁXIMO RECOMENDÁVEL DE ACORDO COM O SOLO 27 28 REFERÊNCIAS GRIEBELER, N. P.; PRUSKI, F. F.; SILVA, J. M. A. Controle da erosão em estradas não Pavimentadas. In: PRUSKI, F. F. Conservação de solo e água Práticas mecânicas para o controle da erosão hídrica. 2 ed. Viçosa: UFV, 2009. p.166 – 215 GRIEBELER, N. P. MODELO PARA O DIMENSIONAMENTO DE REDERS DE DRENAGEM E DE BACIAS DE ACUMULAÇÃO DE ÁGUA EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS. 2002, 67f. Tese (Doutorado) Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. Disponível em:< http://www.locus.ufv.br/bitstream/handle/123456789/9436/texto%20completo.pdf?se quence=1&isAllowed=y>. Acesso em 18 outubro 2017 OBRIGADO ALGUMADÚVIDA?! 29
Compartilhar