Buscar

Introdução à Educação a Distância Unidade I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Autor: Prof. Bruno César dos Santos
Introdução à 
Educação a Distância
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
Professor conteudista: Bruno César dos Santos
Graduado em Letras (Linguística/Português) pela Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), Letras (Espanhol) pela 
Universidade Paulista (UNIP) e Pedagogia pela Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Pós‑graduado em Linguagem 
e Educação pela Universidade de São Paulo (FE/USP), Formação de Professores para o Ensino Superior e Formação 
em Ensino a Distância, ambas pela Universidade Paulista (UNIP), e Psicopedagogia Institucional, Educação Infantil, 
Educação Especial e Negócios e Marketing pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid). Mestre e doutorando em 
Comunicação Social pela Universidade Paulista (UNIP). Foi docente do Ensino Básico em rede privada da disciplina 
Língua Portuguesa durante dez anos e atualmente é professor adjunto da Coordenadoria de Estágios em Educação da 
Universidade Paulista (CEE/UNIP) e avaliador do Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE/SP).
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Z13 Zacariotto, William Antonio
Informática: Tecnologias Aplicadas à Educação. / William 
Antonio Zacariotto ‑ São Paulo: Editora Sol.
il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2‑006/11, ISSN 1517‑9230.
1.Informática e tecnologia educacional 2.Informática I.Título
681.3
?
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona‑Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Lucas Ricardi
 Giovanna Oliveira
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
Sumário
Introdução à Educação a Distância
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
1 INTRODUÇÃO À EAD .........................................................................................................................................9
1.1 Objetivos, justificativa e trajetórias: primeiros passos do (longo) 
caminho a ser trilhado .................................................................................................................................9
1.2 Trajetória a ser trilhada: o que é EaD? ......................................................................................... 11
1.3 Trajetória que está sendo trilhada: esta é a UNIP Interativa! ............................................ 26
1.4 Trajetórias a serem trilhadas: aproveitar o mundo digital .................................................. 29
7
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
Seja bem‑vindo à Universidade Paulista – UNIP Interativa!
É com alegria que recebemos a sua escolha ao nos selecionar como instituição responsável pela sua 
formação acadêmica e profissional. Assim, a nossa intenção é estabelecer um vínculo intenso nesse 
processo de construção do conhecimento, acompanhando‑o nas diversas etapas do seu curso. Afinal, 
são mais de cinquenta anos de experiência em atividades educacionais, em diferentes níveis: básico, 
pré‑vestibular, técnico e superior.
A Universidade Paulista – UNIP Interativa oferece cursos de graduação e pós‑graduação (lato 
sensu) desde 2006, utilizando diferentes tecnologias da comunicação para disseminar todos os saberes 
produzidos pelo corpo docente e equipe pedagógica da nossa instituição. Dessa forma, a disciplina 
Introdução à Educação a Distância busca apresentar o universo em que seu curso está inserido, bem 
como as ferramentas de comunicação empregadas pela universidade, no intuito de disseminar os 
conteúdos programáticos das disciplinas oferecidas pela instituição.
Vale lembrar: ao iniciar seu curso, faça a devida leitura de todos os manuais e documentos que 
compõem as informações primordiais do curso. Além disso, assista aos vídeos instrucionais postados 
em seu Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), pois eles trazem dados relevantes ao seu percurso 
acadêmico. Temos as nossas equipes presencial e a distância, que estão prontas para auxiliá‑lo ao longo 
de sua trajetória acadêmica e profissional.
Assim, use – e abuse, legalmente! – o espaço digital reservado para você. Entre em contato com 
nossas equipes pedagógicas e administrativas, bem como com seus colegas de estudo, que estão em 
diferentes partes do País, ampliando sua possibilidade de produzir conhecimento, seja individualmente 
ou de forma coletiva. É assim que retribuímos a sua escolha: a de fazer parte da Universidade Paulista 
– UNIP Interativa.
Um forte abraço e bons estudos!
9
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1 INTRODUÇÃO À EAD
1.1 Objetivos, justificativa e trajetórias: primeiros passos do (longo) 
caminho a ser trilhado
A disciplina Introdução à Educação a Distância (IEaD) é ofertada no início de todos os cursos de 
graduação e pós‑graduação (lato sensu) da UNIP Interativa. Sua intenção é simples: apresentar aos 
nossos alunos o conjunto de conteúdos digitais e materiais didáticos disponibilizados no Ambiente 
Virtual de Aprendizagem (AVA).
Contudo, reconhecer quais são os arquivos que precisam ser acessados e enviados, em nosso AVA, 
é apenas uma das etapas para estudar a distância: é importante desenvolver práticas de estudo como 
atividades de leitura (impressa e digital), registro de informações e armazenamento de anotações, 
estratégias de pesquisa e produção escrita. Por isso, realize todas as atividades aqui solicitadas, dentro 
do prazo vigente da disciplina.
Assim, o Objetivo Geral, presente na ementa1 da disciplina, seria conhecer os aspectos sociais, 
culturais e históricos que estão presentes na Educação a Distância enquanto modalidade de ensino e as 
diferentes ferramentas e formas de ensino‑aprendizagem mediadas pelas Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TICs). A UNIP Interativa, por exemplo, realiza constantes transmissões de aulas, palestras 
e orientações pedagógicas, as quais possibilitam interação e diálogo com os docentes e palestrantes.
Por sua vez, a oferta da disciplina Introdução à Educação a Distância (IEaD) nos cursos de graduação 
(tecnólogos, licenciaturas e bacharelados) e pós‑graduação (lato sensu) tem finalidades distintas, 
descritas e apresentadas nos Objetivos Específicos/Justificativa. De antemão,a primeira justificativa 
seria a de “apresentar as diferenças entre o estudar presencialmente, prática culturalmente consolidada 
em nossa sociedade e em sistemas educacionais, como desenvolver e produzir conhecimento em 
ambientes virtuais e digitais, por meio de ferramentas e tecnologias de comunicação”.
Em outras palavras, a maior parte da população brasileira realizou seus estudos e escolaridade básica 
em entidades educacionais presenciais. Tal contexto faz com que algumas posturas sejam repetidas no 
Ensino Superior. Um exemplo seria o “prestar atenção à aula” para “ir bem nas provas” [sic]2, deixando de 
lado leituras e atividades extras e reduzindo a possibilidade de construir uma gama complexa de saberes.
A segunda justificativa é um complemento do item anterior, uma vez que sua proposta reside em 
“realizar um exercício de autoconhecimento e compreensão da Educação a Distância (EaD) das diversas 
1 Todas as disciplinas dos cursos de graduação e pós‑graduação (lato sensu) da Unip Interativa têm ementas. Sua 
finalidade reside em documentar os conteúdos (blocos conceituais) que serão abordados e sua organização temática. Além 
disso, a ementa registra as obras teóricas e documentos acadêmicos utilizados na elaboração do material didático em questão.
2 Sic é uma pequena contração de uma expressão do latim, sicut, cujo significado seria “assim como é, exatamente 
desta forma”. O sic serve, em textos informativos e jornalísticos, para indicar ao leitor que uma palavra ou sentença é 
reproduzida do jeito como fora pronunciada, estando ou não de acordo com a norma culta da língua portuguesa. Assim, 
“ir bem nas provas” é uma expressão cotidiana, mas que gramaticalmente é equivocada. 
10
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
formas de utilizar as ferramentas de estudo e comunicação”. Isso faz com que seja necessário rever 
nossas percepções a respeito do ato de ler, escrever, estudar e desenvolver conhecimento. Pallof e Pratt 
(2002) registram tais praticas como características da aprendizagem on‑line:
Interação ativa que envolve tanto o conteúdo do curso quanto a comunicação 
pessoal; aprendizagem colaborativa evidenciada pelos comentários dirigidos 
primeiramente de um aluno a outro aluno e não do aluno ao professor; 
significados construídos socialmente e evidenciados pela concordância ou 
questionamento, com intenção de se chegar a um acordo; compartilhamento 
de recursos entre os alunos e; expressões de apoio e estímulo trocadas entre 
os alunos, tanto quanto a vontade de avaliar criticamente o trabalho dos 
outros (PALLOFF; PRATT, 2002, p. 71).
Você já deve ter notado que os objetivos da disciplina IEaD estão bem envolvidos, criando uma 
sequência ou reação em cadeia. Tal proposta faz com que, aos poucos, você comece a ser um aprendiz 
ativo, questionador, pesquisador e, principalmente, produtor (e não “reprodutor”) de saberes. Por isso, o 
terceiro objetivo abre as portas do universo digital, que seria “descrever algumas das regras e preceitos 
que envolvem o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), bem como estudar e estabelecer vínculos de 
relacionamento com os atores envolvidos no cenário educativo da EaD”.
Para transformar tais objetivos em saberes concretos, que possibilitem o “exercício de autoconhecimento 
e compreensão da Educação a Distância (EaD)” e permitam “desenvolver e produzir conhecimento em 
ambientes virtuais e digitais, por meio de ferramentas e tecnologias de comunicação”, dividimos a 
disciplina Introdução à Educação a Distância (IEaD) em três partes, todas nomeadas como Trajetória a 
ser trilhada. Cada uma delas tem uma proposta e, por isso, recebe um subtítulo provocativo. Vejamos:
Em Trajetória a ser trilhada: o que é EaD?, apresentar e descrever os fundamentos legais e técnicos 
da EaD em nosso País é o intuito. Para isso, nosso olhar será direcionado para um breve histórico da 
educação brasileira, descrevendo algumas práticas pedagógicas e o emprego de variadas ferramentas 
tecnológicas, sinalizando os primeiros movimentos da EaD no Brasil.
Num segundo momento, Trajetória que está sendo trilhada: esta é a UNIP Interativa! registra 
pontualmente o histórico do Grupo Objetivo e a criação da Universidade Paulista e da UNIP Interativa. Assim, 
são apresentados os cursos de graduação e pós‑graduação ofertados a distância, bem como o nosso AVA e os 
atores pedagógicos com os quais você, aluno, terá contato ao longo do seu curso de Ensino Superior.
Para finalizar, Trajetórias a serem trilhadas: aproveitar o mundo digital indica algumas práticas 
de estudo a distância, sugerindo leituras e procedimentos pedagógicos que facilitam seu cotidiano 
acadêmico. Tais sugestões lhe possibilitarão autonomia e autoavaliação da sua aprendizagem, ao 
utilizar efetivamente ferramentas digitais e materiais didáticos que estão disponíveis na internet. Por 
isso, alguns dos itens aqui descritos você deve conhecer e até mesmo praticar.
É importante ressaltar que, por ser uma disciplina introdutória, boa parte das informações, embora 
precisas e embasadas tecnicamente, são gerais e com moderada profundidade teórica. Tal escolha 
11
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
é motivada pelo intuito primordial da nossa instituição de ensino: o de difundir novos saberes e 
conhecimentos para todos. Assim, nas Referências, registramos algumas das obras acadêmicas 
utilizadas na elaboração do material didático desta disciplina, como também alguns documentos que 
são considerados referenciais em educação a distância.
Uma dica: em trechos deste material didático, você notará que algumas palavras estarão em 
destaque, em negrito. Queremos chamar a sua atenção para algumas definições técnicas de algumas 
expressões, bem como para os autores que cunharam suas interpretações. Como descrito anteriormente 
na introdução, “use – e abuse, legalmente! – o espaço digital reservado para você”.
Por isso, boa leitura e bons estudos!
1.2 Trajetória a ser trilhada: o que é EaD?
Costumeiramente, muitas pessoas associam a EaD e seu funcionamento a partir do seguinte 
pensamento: é uma coisa nova, por causa das novas tecnologias e meios de comunicação recentes 
(televisão, radio, internet etc.). Tal premissa é motivada pela possibilidade de estabelecer contato com 
pessoas em diferentes partes do mundo, em tempo real. Assim, qualquer evento que tivesse características 
fisicamente presenciais, atualmente pode ser transmitido para diversas pessoas, simultaneamente, 
formando comunidades. Nas palavras de Rheingold (1996, p. 7):
Quando um grupo de pessoas permanece em comunicação com outro por 
períodos estendidos de tempo, a questão se isso constitui uma comunidade 
aparece. Comunidades virtuais podem ser comunidades reais, elas podem 
ser pseudo‑comunidades, ou podem constituir um tipo de contrato social 
completamente novo, mas eu acredito que sejam em parte uma resposta à 
necessidade de comunidade que seguiu à desintegração das comunidades 
tradicionais no mundo.
A tecnologia, de fato, é uma das molas propulsoras da EaD, disponibilizando diferentes conteúdos 
e múltiplos saberes para diversas pessoas, em longínquas distâncias. Contudo, a EaD não é algo recente 
em nosso País, como em demais localidades espalhadas pelo mundo. Muito pelo contrário: desde o 
surgimento da leitura e escrita, como também da utilização de manuscritos e documentos impressos, 
temos a oportunidade de disseminar saberes, em diferentes suportes e mídias.
Uma coisa é certa: a EaD pode ser considerada “uma modalidade de educação em que professores 
e alunos estão separados, planejada por instituições e que utiliza diversas tecnologias comunicação” 
(MAIA; MATTAR, 2007, p. 6). Contudo, a EaD precisaefetivamente do comprometimento do aprendiz, em 
seu espaço social. Só assim a construção do conhecimento poderá ser considerada orgânica e efetiva, 
uma vez que ela será compartilhada e recebida, direta e indiretamente, por diversas pessoas. Aretio 
(2002) defende que:
A aprendizagem a distância supõe um contexto singular para trabalhar 
desde uma perspectiva construtivista, na qual os estudantes aguardam 
12
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
na sua função de participantes automotivados, atuodirigidos, interativos, 
colaborativos etc., em função da sua situação de separação física do docente 
[...] [pois] não estamos habituados a utilizar as novas tecnologias que surgem 
agora com força em múltiplas ações formativas a distância (ARETIO, 2002, 
p. 161‑2) 3.
Em diferentes áreas do conhecimento, existem vários significados e usos para as 
expressões suportes e mídias. No nosso caso, utilizamos os sentidos elaborados, respectivamente, por 
Roger Chartier e Harry Pross. O primeiro é um historiador francês que pesquisa a história do livro e da 
leitura. Por sua vez, o segundo foi um pesquisador alemão, cujo objeto de estudo seriam os fenômenos 
da comunicação humana.
Roger Chartier (1996, 1999 e 2007) define sua pesquisa como “sociologia dos textos”, ou seja, 
tentar compreender as obras literárias e as condições técnicas ou sociais de sua publicação, circulação e 
devida apropriação social. Para isso, o historiador francês busca observar a produção de textos e outras 
ações como: formatos das impressões, tipos de papeis, tamanho dos textos, técnicas e intervenções dos 
copistas, livreiros, editores, impressores, revisores etc.
Tal estudo faz com que o autor cunhe a expressão suporte, cujo significado seria o formato que o 
livro ou texto impresso tenha, levando em conta as informações veiculadas, bem como a estrutura física 
e diagramada existente. Um exemplo disso seria o cuidado (ou descaso) que temos ao pegar e ler o 
jornal de ontem ou a revista na sala de estar do dentista ou cabelereiro, como também folhear o álbum 
das fotos de casamento de seus pais ou consultar seus documentos pessoais, em especial sua certidão 
de nascimento.
Note que de acordo com a finalidade, formatação, tipo de impresso e grupo social, o suporte 
textual faz com que tenhamos posturas e estratégias de leituras distintas. A EaD emerge dos diferentes 
documentos escritos, como cartas, manuais, orientações, tratados e enciclopédias, na tentativa de 
armazenar os saberes produzidos, em diferentes partes do mundo. Este é um dos motivos que fazem 
a escola valorizar tanto a leitura, como a posse de livros, criando traumas e paixões nas pessoas. Uns 
amam livros, outros detestam.
Vale uma reflexão: por que muitas pessoas não gostam de traçar ou grifar trechos de um livro, 
enquanto outras transformam o impresso num mapa, repleto de comentários e rabiscos? Além dos 
valores morais que rodeiam a discussão, notaremos a relação que as pessoas têm com o suporte textual, 
respeitando ou subvertendo sua estrutura. E você, qual é sua relação com a leitura?
Não se esquecendo da definição mídia, temos que voltar nossa atenção para o ano de 1972, época 
em que foi lançado o livro Medienforschung (Investigação da Mídia), escrito pelo alemão Harry Pross. 
Nele, o pesquisador discorre sobre os tipos de comunicação praticados pelo homem, dividindo‑os em 
três tipos de mídias, ou seja:
3 A tradução é livre, feita pelo autor deste material didático.
13
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
• Mídia primária: situação em que o corpo é o principal meio de comunicação entre os seres. 
Assim, a dança, a música, a língua brasileira de sinais, uma peça de teatro e uma apresentação 
num seminário são exemplos que empregam o movimento do corpo humano como meio de 
comunicação e interação.
• Mídia secundária: um corpo utiliza uma ferramenta ou suporte para se comunicar com o outro. 
Em outras palavras, as tecnologias da escrita e do impresso, como livro, jornal, revista, gravuras 
são exemplos de mídia secundária, pois transmitem informações em tempos distintos entre o 
autor do texto e o seu leitor. Não ocorre em tempo real, como a mídia primária.
• Mídia terciária: quando dois corpos, que não estão no mesmo lugar, utilizam a mesma ferramenta 
elétrica para se comunicarem. Um exemplo disso seria o rádio, a televisão, a internet, o WhatsApp 
etc. De um lado, temos alguém enviando a informação, muitas vezes em tempo real, enquanto 
outra, usando a mesma ferramenta, recebe tais dados.
As definições de Harry Pross (1972), apresentadas aqui de forma simplificada, são importantes para 
compreender a dificuldade e aversão que certas pessoas têm com a EaD, pois quase todos nós tivemos 
aulas e atividades pedagógicas em escolas presenciais, com professores que utilizaram as mídias primária 
e secundária, como forma de comunicação e avaliação. Os movimentos e o contato com os docentes, bem 
como os suportes textuais utilizados na escola, criam uma prática cultural de aprendizagem e leitura.
Por sua vez, a EaD utiliza as três mídias descritas por Pross (1972), sendo mais enfático o emprego das 
mídias secundária e terciária, mesclando seus conteúdos. São vídeos, animações, documentos produzidos 
em editores de textos, imagens, sons etc. Sua oferta é descentralizada e, em certos momentos, caótica. 
Tal cenário é inverso à prática docente presencial, que pressupõe uma organização hierárquica e linear.
De qualquer forma, em todos os cenários, mídias e suportes apresentados, é possível desenvolver e 
disseminar saberes e conteúdos de forma ativa e orgânica. Caso contrário, as mídias sociais não fariam 
tanto sucesso...
Assim, após a ligeira apresentação sobre os suportes e mídias, ao voltarmos nosso olhar para a 
civilização ocidental, será possível notar que na Idade Antiga (Grécia e Roma) a troca de informações 
ocorria. Em outras palavras, em tais localidades, havia o envio de cartas e troca de manuscritos, os quais 
traziam informações pessoais e coletivas, transmitindo informações científicas e instrução.
Um pequeno parêntese precisa ser feito: desde a Grécia Antiga, passando pela Europa da Idade 
Média e chegando ao Brasil recém‑urbanizado e industrializado, ler e escrever eram ações destinadas 
para poucos. No geral, pessoas da aristocracia e do poder central, assim como certos religiosos, tinham 
contato com os manuscritos e documentos portadores de informações. A transmissão de saberes, para o 
restante da população, era oralizada e repleta de crendices ou informações pouco consistentes.
A invenção da escrita, numa primeira hora, não diminuiu o respaldo dos 
mestres e sábios, detentores das tradições orais, pois além de pertencerem 
a uma linhagem própria, com certas regalias, os escribas precisavam 
14
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
constantemente recorrer a estes a fim de ouvir seus relatos para o devido 
registro. Contudo, com o surgimento da imprensa, e os posteriores 
momentos – industrial, científico‑racional, iluminista e moderno – ocorreu, 
principalmente na Europa, um questionamento das tradições, do divino 
e, por conseguinte, das narrativas orais. Este ideário influenciou de modo 
determinante o pensamento acadêmico, inclusive as atividades escolásticas 
coloniais aplicadas pelas nações europeias sobre o restante do mundo 
(PINHEIRO; MARTINS, 2013, p. 2).
A democratização do conhecimento e, ao mesmo tempo, a redução dos custos para a produção 
de manuscritos ocorre centenas de anos depois, com o surgimento da imprensa, na Alemanha. Assim, 
os copistas e suas folhas manuscritas são substituídospelas folhas de papel tingindo pelas máquinas 
impressoras, as quais foram organizadas por Gutenberg, em meados do século XV (1453).
A disseminação do impresso no cotidiano escolar ocorrerá dezenas de décadas mais tarde, mais 
precisamente nos séculos XVIII, XIX e XX, com a oferta ampla de cursos livres de formação curta, como 
idiomas, atividades cotidianas e técnicas (LITTO; FORMIGA, 2009). Todos eles utilizavam a correspondência 
como espaço de interação, pois em quase todos os países ocidentais houve a criação de algum serviço 
postal em seus territórios, na tentativa de interligar seus espaços e moradores, por meio dos correios.
Gutenberg não inventou a imprensa
O mérito de ter publicado a primeira obra com a ajuda de caracteres móveis é desse 
famoso artesão europeu, cujo feito deixou o mundo extasiado. Certo? Errado?
O alemão Johannes Gutenberg (c. 1400‑1468) não inventou, mas sim “reinventou” a 
imprensa no século XV. A técnica de imprimir com caracteres móveis é, na verdade, asiática, 
e muito mais antiga. Tudo começou com a criação do papel, obra de chineses no ano 105 
da era cristã. O novo material abriu caminho para uma produção, ainda artesanal, de maior 
número de livros, que se tornaram práticos para manusear e muito mais baratos.
Já existiam a gravura em pedra e a cópia manual. Surgiu, então, a xilografia, 
praticada principalmente na China e, depois, na Coreia e no Japão do século VII. Os 
orientais usavam uma prancha de madeira para gravar imagens e textos, que podiam 
ser reproduzidos por estampagem.
A técnica foi aperfeiçoada no século XI, com ensaios de impressão por meio de caracteres 
móveis, só que de terracota. Problema: eles não podiam ser reutilizados, o que tornava o 
sistema caro e trabalhoso. Entre 1041 e 1048, os caracteres foram aprimorados pelo chinês Bi 
Sheng, ferreiro e alquimista. Mas o custo elevado e a necessidade de mão de obra numerosa 
continuaram a atrapalhar o desenvolvimento dessa forma de imprimir.
Quase 200 anos depois, a Coreia tomou a dianteira no processo, já com incentivo público. 
Os caracteres móveis metálicos se disseminaram, e, em 1377, foi publicado o primeiro livro 
15
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
impresso nesse padrão. Diferentemente dos demais países, o governo local seguiu atento 
ao potencial do invento. No século XV, o rei coreano Htai‑Tjong investiu pesadamente na 
ideia e promulgou um decreto cujo texto é uma homenagem à informação: “Para governar, 
é preciso propagar o conhecimento das leis e dos livros de modo a satisfazer a razão e 
endireitar o coração dos homens. Quero que se fabriquem caracteres de cobre que sirvam 
para a impressão, a fim de ampliar a difusão de livros: será uma vantagem sem limites”. 
Tjong talvez não soubesse na época quanto estava certo.
Os europeus simplesmente não se interessaram pela revolução em curso na Ásia. 
Tomaram conhecimento das novas técnicas por meio de impressos, trazidos por mercadores. 
Nem mesmo Marco Polo, tão encantado com o dinheiro‑papel que observou na China, 
chegou a indagar acerca de sua impressão feita com pranchas gravadas.
Nesse ponto surgiu o alemão Gutenberg, dito inventor da imprensa, mas na verdade um 
homem que aperfeiçoou de maneira decisiva a arte asiática. Ele desenvolveu os caracteres 
móveis de chumbo, que podiam ser utilizados indefinidamente, além de uma nova tinta de 
impressão e a prensa de imprimir. Com isso, mudou definitivamente o mundo, em todas as 
suas dimensões: política, econômica, social e religiosa.
Por sua enorme contribuição, Gutenberg pode ser chamado de pai da tipografia moderna. 
O primeiro fruto de seu trabalho foi uma bíblia impressa em Mogúncia, entre 1425 e 1456. 
Foi o primeiro livro produzido na Europa com a ajuda de caracteres móveis, com tiragem 
de 180 exemplares. Ainda existem 48 conservados, em museus e bibliotecas mundo afora.
Fonte: Tosseri (2014).
Ao longo do século XX e início do século XXI, o surgimento e a disseminação dos meios de comunicação 
de massa, como rádio, televisão e impressos (revistas, jornais, folhetos etc.), possibilitaram a criação de 
diferentes modalidades de cursos a distância, com variadas finalidades, durações, instituições e públicos 
distintos. Muitas pessoas que sequer frequentaram uma escola de Educação Básica tiveram acesso ao 
conhecimento e a oportunidades de aprimoramento profissional e também receberam certificações, 
“frequentando” entidades que empregaram tais meios de disseminação da informação.
Talvez você conheça alguém que tenha se formado no Instituto Universal Brasileiro, lendo suas 
apostilas e realizando as provas teóricas e práticas para obter a certificação em Eletricidade de 
Automóveis; ou também alguém que tenha assistido às aulas (em casa ou numa pequena salinha, após 
o horário de trabalho) do Telecurso 2º Grau ou Telecurso 2000. Esses são dos muitos exemplos da EaD, 
em diferentes suportes e finalidades, em nosso País.
Nos dias atuais, a internet, com sua multiplicidade de conteúdos e informações, unifica todos os 
meios de disseminação anteriormente citados, num único suporte, que seria a tela digital. Isso faz com 
que haja uma nova configuração – para o bem e para o mal – de disseminação de conteúdos e consumo 
das informações. Alguns especialistas indicam que tal mudança sinaliza um novo paradigma econômico, 
apoiado no capital intelectual. Nas palavras de Rifkin (2001, p. 4‑7):
16
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
O capital intelectual [...] é a força propulsora da nova era, e muito cobiçada. 
Conceitos, ideias e imagens – e não coisas – são os verdadeiros itens de valor 
na nova economia. A riqueza já não é mais investida no capital físico, mas 
na imaginação e na criatividade humana. Deve‑se ressaltar que o capital 
intelectual raramente é trocado. Em vez disso, é detido por fornecedores, 
alugado ou licenciado para terceiros, para uso ilimitado [...] Na Era Industrial, 
a mão de obra estava engajada na produção de bens e no desempenho de 
serviços básicos [...] as máquinas inteligentes – na forma de software e wetware 
(ser humano) – substituem cada vez mais a mão de obra na agricultura, na 
manufatura e nos setores de serviços. Fazendas, fábricas e muitas indústrias 
de serviços estão se tornando rapidamente automatizadas. Cada vez mais, 
a mão de obra física e mental, de tarefas repetitivas desinteressantes para 
o trabalho conceitual altamente profissional, será substituída por máquinas 
inteligentes no século XXI [...].
A partir do cenário descrito, os propósitos e objetivos da escola e da educação se alteram radicalmente, 
pois se antes bastava decorar ou obter um conhecimento enciclopédico, nos dias atuais é necessário 
saber raciocinar e aprender em conformidade com a nova economia. Isso faz com que as informações 
teóricas e práticas estejam em franca e contínua transformação, devido ao volume da transmissão e 
processamento de informações e ideias, num contexto global.
A EaD emerge, de forma intensa e fugaz, no cotidiano atual, em diferentes níveis e cenários 
educacionais. Isso faz com que termos como “interatividade” e “computação ubíqua” sejam cada vez 
mais utilizados, pois todas as partes envolvidas (alunos, professores, gestores educacionais, entre outros) 
podem participar e dialogar de qualquer lugar e a qualquer hora, e sempre conectados. Ou melhor: 
permanentemente conectados.
O crescimento do mercado de educação a distância (EaD) é explosivo 
no Brasil e no mundo. Dados estão disponíveis por toda parte: cresce 
exponencialmente o número de instituições que oferecem algum tipo de 
curso a distância, o número de cursos e disciplinas ofertados, de alunos 
matriculados, de professores que desenvolvemconteúdos e passam a 
ministrar aulas a distância, de empresas fornecedoras de serviços e insumos 
para o mercado, de artigos e publicações sobre EaD, crescem as tecnologias 
disponíveis, e assim por diante (MAIA; MATTAR, 2007, p xiii).
Nem sempre a EaD foi vista de forma interessante e, ao mesmo tempo, revolucionária. Muitas pessoas 
e entidades eram contra – e existem ainda entidades que atualmente também negam a EaD – a tal 
modalidade de ensino, a ponto de criarem focos de resistência à transmissão de saberes por meio do rádio.
Exemplo disso é o conteúdo discutido no livro escrito por Marilena Chaui, Conformismo e Resistência 
(1986), o qual relata como uma atividade EaD pode ser implodida e destruída. Entre os diversos exemplos 
citados, selecionamos o caso do Projeto Saci, implantado na década de 1970 no Rio Grande do Norte 
pelo governo federal. O projeto era baseado em modernas técnicas behavioristas de aprendizagem e 
17
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
nas psicologias da motivação, recorrendo a programas em módulos “sérios” e “cômicos”, próximos das 
técnicas sistêmicas dos publicitários, sendo que os módulos “cômicos” reforçariam os “sérios”.
Foi então realizado um teste com crianças em São José dos Campos (SP), sem levar em conta suas 
diferenças em relação às crianças e adolescentes do sertão. O programa foi malsucedido, pois o reforço 
não “reforçava”, e os modernizadores culparam o tradicionalismo das professoras. Em uma pesquisa de 
campo, averiguaram que as condições de vida da população testada eram tão trágicas que o riso possuía 
um sentido muito especial, não sendo oferecido a qualquer banalidade.
Assim, a solução encontrada foi suprimir os módulos “cômicos” e baixar o nível dos “sérios”, para 
adaptá‑los à “baixa inteligência local”. Outro problema surgiu quando os programadores foram avaliar o 
resultado do trabalho, pois julgaram não ser possível avaliar os questionários distribuídos, posto que “as 
respostas não são objetivas, não se ajustam a perguntas feitas porque as pessoas dizem o que pensam e 
emitem opiniões” (CHAUI, 1986, p. 65), inviabilizando a “avaliação científica ou objetiva”.
No entanto, o que provocou o cancelamento total do programa foi o fato de a população utilizar as 
baterias dos rádios e televisores para ouvirem e assistirem ao que queriam, e não a transmissão do Saci, 
em uma clara demonstração de resistência ao projeto.
Para sistematizar a trajetória da EaD no Brasil e no mundo, utilizamos os preceitos e escritos 
por Moore e Kearsley (2008). Os autores dividem a História da EaD em cinco etapas, as quais eles 
nomeiam como “gerações”. Cada uma delas indica o tipo de suporte empregado, bem como o grau de 
institucionalização e atores envolvidos na disseminação de tais práticas pedagógicas.
A forma tradicional de ensino se figura pela história, filosofia e pela 
cultura da sociedade e da organização e são gerenciadas pela sociologia, 
psicologia e economia educacional. Em contrapartida, o sistema de 
educação a distância é determinado pela política institucional (influenciada 
pelas políticas estaduais e federais) e pela própria organização (pessoas 
e processos) que são gerenciadas. Outro fator relevante é a presença da 
tecnologia como mediadora entre o sistema educacional e o plano do curso, 
ensino e aprendizagem (havendo troca de conhecimento constante entre 
eles) (MOORE; KEARSLEY, 2008, p. 11).
A primeira geração, que ocorreu entre 1700 e 1920, é marcada pela comunicação textual estrita, ou 
seja, a correspondência como canal de interação entre aluno e professor, além da difusão de saberes 
em formato impresso. É o emprego da correspondência como disseminadora de conteúdos. Aqui, é 
necessário levar em conta que esse tipo de aprendizagem não era sistematizado, sem qualquer sinal de 
planejamento ou organização pedagógica, com calendários, avaliações etc.
Tal etapa também é conhecida como “estudo em casa” ou “estudo independente”, mas sem 
planejamento formal, com calendários, atividades presenciais etc. Sobre os impressos, os Referenciais 
para Elaboração de Material Didático para EaD (BRASIL, 2002, p. 6) comentam:
18
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
Do ponto de vista do aluno, estudar utilizando material impresso é vantajoso 
por lhe ser familiar, ser de fácil utilização e de fácil transporte, por permitir 
que se façam anotações, e ainda porque pode ser lido em diversos lugares, a 
qualquer tempo, respeitando o ritmo da sua aprendizagem.
Otto Peters (2003) registra dois pontos de vista que merecem ser considerados: muitas mulheres 
utilizaram as correspondências como meio para obter seus saberes, conciliando tais estudos com 
seu cotidiano doméstico e familiar. Outro ponto seria a utilização, em larga escala, do “ensino por 
correspondência” em países com baixa densidade populacional, mas com vasta extensão territorial, 
como Austrália, Canadá, Argentina e Índia (PETERS, 2003).
Por sua vez, a segunda geração da EaD continua empregando as correspondências e seus conteúdos 
para estabelecer e manter a interatividade entre professores e alunos. Contudo, as aulas e determinados 
diálogos começam a ser transmitidos pelo rádio e pela televisão. Em meados de 1930, universidades 
norte‑americanas, como Iowa, Purdue e Kansas State College, começam a usar o rádio e fitas gravadas 
em estúdio como objetos complementares dos livros, apostilas, exercícios de fixação etc.
Por um lado, a transmissão radiofônica era barata, pois poderia ser ouvida por diversas pessoas ao 
mesmo tempo, em diferentes partes de uma extensão territorial. Contudo, Moore e Kearsley (2008) 
registram que boa parte das aulas não utilizava a ambiência sonora e linguagem empregada no radio. 
Ou seja, muitos professores e palestrantes, além de utilizar um vocabulário sofisticado, com sentenças 
truncadas e de difícil compreensão, transformavam a aula em algo monótono, cansativo e pouco 
objetivo. De qualquer forma, Roquette Pinto dizia sobre o rádio:
O rádio é a escola dos que não têm escola. É o jornal de quem não sabe ler; é 
o mestre de quem não pode ir à escola; é o divertimento gratuito do pobre; é 
o animador de novas esperanças, o consolador dos enfermos e o guia dos sãos 
– desde que o realizem com espírito altruísta e elevado (MARTINS, 2005, p. 1).
Roquette Pinto: o precursor da Educação no Rádio
Edgar Roquette Carneiro de Mendonça Pinto Vieira de Mello, um nome do tamanho das 
suas façanhas, em várias áreas. E além de tudo era muito bonito, com um porte atlético de 
fazer todas as mulheres sussurrarem ao vê‑lo passar. Ele se nomeou Edgar Roquette‑Pinto 
por homenagem ao avô materno que o criou e não abria mão do hífen – quando se formou 
na Escola de Medicina resolveu se registrar assim, dando à sua família esse mesmo nome.
Ele foi criado e teve seus estudos pagos pelo avô fazendeiro e teve a influência de dois 
amigos: o biólogo Francisco de Castro e o médico Henrique Batista. Ambos ajudaram Roquette 
a se inserir no Positivismo, doutrina que liberta o homem por intermédio do seu conhecimento.
Sua tese de formatura “O Exercício da Medicina Entre os Indígenas da América” já dava 
notas de que Roquette‑Pinto não seria um médico como os outros e que seu campo de 
pesquisa seria algo além dos ambientes fechados como hospitais e escritórios.
19
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Rondon incentiva ainda mais a pesquisa de campo
Quando conheceu o tenente‑coronel Cândido Mariano da Silva Rondon – o Marechal 
Rondon – teve um grande incentivo na direção que gostaria de tomar em sua carreira.Professor concursado da cadeira de Antropologia e Etnografia do Museu Histórico 
Nacional, 1911 conheceu Rondon, em que também era positivista e acreditava que 
ciência e fraternidade eram como alavancas para o progresso. Edgar, empolgado com 
os estudos antropológicos, acompanhou Rondon em expedições pelo interior – Mato 
Grosso, Amazonas, Pará, Rondônia – para conhecer a “pré‑história” em que viviam 
alguns brasileiros.
Sempre achou que as pesquisas de campo seriam muito mais proveitosas para o 
conhecimento. Talvez, por passar muito tempo nas fazendas do avô, tinha intimidade nessa 
área. E Rondon impulsionou mais ainda essa faceta. Eles passaram muito tempo dentro 
das matas conhecendo as tribos indígenas, seus utensílios e em todos os retornos o Museu 
Histórico pode agradecer os novos acervos.
Altruísta e inteligente
Poliglota, patriota – uma vez houve um incidente em que ele disse que a Guerra do 
Paraguai foi culpa do Brasil e que deixou o poeta Osório Duque Estrada bastante aborrecido. 
Roquette‑Pinto falou nessa ocasião: “Pelo progresso de minha terra, tendo arriscado 
contente, e mais de uma vez, a vida que ela me deu. Mas só compreendo o patriotismo que 
não precisa de mentiras para manter sua existência”.
Adorava fumar charutos e era escritor de suas experiências. “Gosto muito de gíria e 
tenho horror à gramática. Se escrevo certo, é sempre por acaso”, dizia. Tocava piano e 
escrevia poemas sem intenção de publicá‑los, o que gostava mesmo era de desenhar e 
pintar e de montar ou desmontar qualquer aparelho mecânico ou elétrico: “Gosto imenso 
de trabalhar com as mãos. As mãos é que fazem o homem inteligente”.
A incompatibilidade de direções o levou a optar pela solidão em vez de casamento, 
filhos – apesar de ter tido dois – e família. A inquietação não o deixou fixar residência, mas, 
em compensação, foi responsável pela curiosidade que o fez se ligar ao rádio. Foi um dos 
precursores do rádio no Brasil. Sua primeira intenção era uma rádio educativa, “com fins 
científicos e sociais”, de preferência ligada à Academia Brasileira de Ciências, da qual era 
secretário. Para isso participou de campanha para libertar o rádio da lei que dificultava que 
os cidadãos possuíssem aparelhos domésticos.
Rádio na veia
No dia 20 de abril, na sala de física da Escola Politécnica, no Largo de São Francisco, 
em plena reunião da academia, os cientistas comandados por Roquette fundaram a Rádio 
Sociedade do Rio de Janeiro – PR‑1‑A. Para produzir seu programa de “educação em massa”, 
20
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
Roquette‑Pinto acordava cedo, lia os principais jornais e fazia os famosos círculos em azul 
e vermelho escolhendo as melhores notícias que logo falaria no rádio.
“O rádio é a escola dos que não têm escola. É o jornal de quem não sabe ler; é o mestre 
de quem não pode ir à escola; é o divertimento gratuito do pobre; é o animador de novas 
esperanças, o consolador dos enfermos e o guia dos sãos – desde que o realizem com 
espírito altruísta e elevado”. Roquette sempre concluía suas falas com a frase que se tornaria 
o lema de sua rádio: “Pela cultura dos que vivem em nossa terra. Pelo progresso do Brasil”.
Apesar de ter se tornado mais comercial com atrações que iam do esporte à música, 
passou a ter cast, elenco fixo. As brigas começaram a acontecer por audiência, mas Roquette 
se mantinha inflexível e continuava achando que rádio era sinônimo de educação. Como não 
admitia a propaganda, encontrou uma solução para sua rádio que não queria ser sinônimo 
de lucro: doou‑a e ela passou a ser a rádio Ministério da Educação, em 7 de setembro de 
1936.
TV e cinema também educativos
Com a televisão, Roquette‑Pinto repetiu a dedicação que devotou ao rádio. Na primeira 
aparição de imagem, colocou as letras A, B e I, sigla da Associação Brasileira de Imprensa. 
Novamente fez a doação de todo o aparato ao governo por intermédio do Ministério da 
Educação. E passou para o cinema...
O Instituto Nacional do Cinema Educativo (Ince) foi fundado por Roquette no ano de 
1936. A partir de O Descobrimento do Brasil (com música de Villa‑Lobos), foram filmados 
cerca de 300 documentários em curta‑metragem que tratavam de questões científicas e 
históricas. Até 1947, esteve à frente do Ince e com esse trabalho formou grande parte de 
técnicos em cinema.
Mas a menina dos olhos... rádio que tocava música erudita, tinha programas educativos em 
forma de radioteatro, onde se ouvia falar de poesia, cinema, teatro etc. O que mais gostava? 
Ah, orgulho mesmo era saber que as aulas do “Colégio do ar”, transmitidas diariamente em 
dois turnos durante o ano letivo, contavam com milhares de alunos matriculados. Era o 
sonho feito realidade: o rádio como professor.
Teve uma doença que degenerou sua coluna vertebral e o fez ficar cada dia mais curvado. 
Ao receber o prêmio de professor honorário, na Universidade do Brasil, hoje UFRJ, aos 70 
anos, subiu escadas somente porque o contínuo disse que usasse a escada. Morreu em 18 
de outubro de 1954 em seu apartamento entulhado com experiências dignas do professor 
Pardal, realizações e felicidade por ter construído um patrimônio singular para a educação.
Fonte: Martins (2005).
21
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Deve ser levado em conta que a televisão só começa a ser massificada a partir das décadas de 1950 
e 1960 (no Brasil, década de 1970), sendo utilizada de forma semelhante ao rádio, mas tempos depois. 
No início, as grandes falas rebuscadas se mantiveram, com aulas monótonas e repetitivas, apresentando 
problemas de enquadramento e microfonia, pois os professores não se adaptavam à linguagem televisiva.
A utilização da televisão como meio de ensino a distância é bem 
documentada na literatura. Shulman (1981, p. 7) registra que na década de 
1950 cerca de 114 faculdades independentes e universidades americanas já 
mantinham, com sucesso, aulas por TV, combinando‑as, às vezes, com aulas 
presenciais. Durante algum tempo, os cursos por TV entraram em declínio, 
mas o advento do videotape e do satélite os reativaram. Em 1979, cerca 
de 71% das universidades americanas ofereciam cursos por TV em circuito 
fechado. A TV tem uma característica peculiar: poder combinar audição, 
visão e emoção com grande vantagem para a aprendizagem do estudante. 
Por causa desta característica, a televisão se adequa muito bem ao ensino de 
um número imenso de assuntos, que variam desde arte culinária, desenho, 
matemática, línguas estrangeiras, engenharia, entre outras. Na Flórida, por 
exemplo, há curso de pós‑graduação por TV para engenheiros. No Brasil, há 
programas de TV de Ensino Médio técnico profissionalizante desde o final do 
século XX (FREITAS, 2005, p. 61‑2).
Com o tempo, as aulas se transformam em produtos mais “simples”, “enxutos” e “planejados”, com um 
roteiro previamente determinado e delimitação temporal das transmissões e/ou gravações. Um exemplo 
seria o Telecurso 2º Grau/2000, produzido pela Fundação Roberto Marinho e que trazia conteúdos 
técnicos organizados em pequenos diálogos cotidianos, com fácil compreensão para os alunos.
No ano de 1978 [...] a FRM iniciou o empreendimento de maior sucesso 
no âmbito da educação a distância do país: o Telecurso 2° Grau. Este era 
destinado a estudantes que não puderam concluir o Ensino Médio nas 
instituições de ensino regulares. A experiência bem‑sucedida do Telecurso 
2° Grau deu origem a outros programas educativos no mesmo modelo, 
como o Telecurso 1° Grau, e consolidou a liderança da Rede Globo no 
âmbito do tele‑ensino. Além disso, ampliou o seu poder simbólico perante 
a sociedade brasileira, pois através deste projeto educacional, realizado 
mediante subsídiosgovernamentais, tornou‑se porta‑voz das propostas 
político‑pedagógicas do governo militar (SILVA, 2013, p. 155).
A terceira geração da EaD é composta pelo registro da criação e disseminação das universidades 
abertas, as quais estão presentes em ambientes não escolares, como empresas ou aglomerações sociais 
(sindicatos, agremiações, entidades classistas etc.). Assim, muitas instituições começam a oferecer cursos 
específicos, com finalidades diversas e públicos distintos. Não há uma preocupação direta em ofertar 
diplomas ou seguir regras e legislações educacionais de um país, mas sim propiciar conhecimento 
direcionado a um grupo de pessoas.
22
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
Um ponto interessante que merece ser destacado seria a massificação das universidades corporativas 
(UCs), no cenário empresarial brasileiro e mundial. Enquanto política de treinamento e capacitação, as 
UCs auxiliaram diversos departamentos de Recursos Humanos de empresas em diferentes segmentos e 
tamanhos e ainda marcam sua presença ali.
O nome universidade corporativa é uma alegoria, uma fantasia. Cumpre 
muito bem o seu papel de inspirar, de criar a imagem de ferramenta de gestão 
de “alto nível”. Mas está longe de ser uma universidade, quer juridicamente, 
quer nas suas atividades. Se fosse universidade, de verdade, teria ainda 
mais status. Mas também estaria subjugada a uma legislação barroca e 
disfuncional. É o mundo do “não pode” e dos meandros do burocratismo 
exacerbado. Por não ser realmente uma universidade, ganha vantagem em 
muitas direções. Pode montar os cursos que precisar, sobre o assunto que 
interessar, com a duração que parecer apropriada em cada caso. Não tem 
que dar satisfações a nenhuma legislação. Pode contratar quem quiser, e 
seus cursos não estão sob os grilhões da imposição de mestres e doutores. 
Terminado o curso, se quiser, encomenda um certificado de conclusão 
(CASTRO; EBOLI, 2013, p. 410‑1).
Para tal, há uma mescla entre os processos formais de disponibilização de conteúdos e a avaliação 
de uma entidade escolar formal, com conteúdos específicos dos procedimentos técnicos de uma função 
ou atividade de uma empresa. Aos poucos, é possível notar que muitas universidades corporativas têm 
utilizado as práticas desenvolvidas na EaD.
A quarta fase indica o aprimoramento das ferramentas tecnológicas de comunicação, mais 
precisamente os processos de interação a distância, em tempo real. Nas fases anteriores, a comunicação 
entre professores e alunos era assíncrona, em tempos distintos e sem interação em tempo real. Tal 
cenário fez com que diversas dúvidas discentes ou orientações dos docentes levassem mais tempo para 
ocorrer do que num cenário presencial.
Assim, nesta etapa há utilização de ferramentas de áudio e/ou videoconferência, que permitem aos 
atores educacionais dialogar simultaneamente. Tal geração é importante na história da educação a 
distância, pois permite aos estudantes e professores participarem ativamente como sujeitos (autônomos) 
do processo de aprendizagem. Nas palavras de Peters (2003, p. 179):
Por isso devem ser criadas situações de ensino e aprendizagem nas quais eles 
mesmos possam organizar seu estudo (princípio do estudo autônomo). O 
próprio estudo não é iniciado e dirigido por eventos expositivos e receptivos 
ritualizados, mas, sim, por meio de discussão e interação (princípio do estudo 
por meio de comunicação e interação).
A quinta geração mescla todos os itens anteriormente citados, uma vez que tal fase emprega a 
internet como ferramenta de convergência e interação entre estudantes e professores e também como 
ambiente para o acesso de arquivos e conteúdos digitais. É um momento de diversificação, permitindo 
23
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
que boa parte das instituições de Ensino Superior em nosso País empregue AVA, disponibilizando 
atividades pedagógicas como aulas, fóruns de interação e discussão, exercícios (objetivos e dissertativos), 
avaliações diagnósticas, postagens de trabalhos etc.
Um processo chamado convergência de modos está tornando imprecisas as 
fronteiras entre os meios de comunicação, mesmo entre as comunicações 
ponto a ponto, tais como o correio, o telefone e o telégrafo, e as comunicações 
de massa, como a imprensa, o radio e a televisão. Um único meio físico – 
sejam fios, cabos ou ondas – pode transportar os serviços que no passado 
eram oferecidos separadamente. De modo inverso, um serviço que no 
passado era oferecido por um único meio – seja a radiodifusão, a imprensa 
ou a telefonia – agora pode ser oferecido de várias formas físicas diferentes. 
Assim, a relação um a um que existia entre um meio de comunicação e seu 
uso está corroendo (POOL, 1986 apud JENKINS, 2008, p. 35)
Ao voltarmos nossos olhares para a história da EaD em terras brasileiras, será possível notar a 
existência concreta de ações e características semelhantes às cinco gerações descritas por Moore e 
Kearsley (2008). Em certos momentos, as práticas pedagógicas brasileiras eram consideradas avançadas 
demais, enquanto em outros, extremamente retrógadas e conservadoras (LOPES; FARIA, 2013).
“Oficialmente”, a EaD começa em nosso País no início do século XX, mais precisamente em 1904, com 
o ensino por correspondência, de caráter profissionalizante e sem exigência de escolarização. Assim, ao 
realizar uma pesquisa rápida em alguns dos principais trabalhos acadêmicos que versem sobre a EaD 
em nosso País (LITTO; FORMIGA, 2009; LOPES; FARIA, 2013), será possível reconhecer a oferta de cursos 
livres profissionalizantes, como secretariado, datilografia e rotinas administrativas.
O ensino a distância surgiu em decorrência da necessidade social de 
proporcionar educação aos segmentos da população não adequadamente 
servidos pelo sistema tradicional de ensino. Eles podem ter um papel 
complementar ou paralelo aos programas do sistema tradicional de 
ensino. Por vezes, são a única oportunidade de estudos oferecida a adultos 
engajados na força de trabalho e a donas de casa, que não podem deixar 
crianças e outras obrigações familiares para frequentarem cursos totalmente 
presencias que requerem frequência obrigatória e cujos professores nem 
sempre estão preparados para atender às necessidades do estudante adulto 
(FREITAS, 2005, p. 58).
Tais cursos eram organizados por instituições internacionais (entidades educacionais 
norte‑americanas e inglesas, com suas escolas internacionais), as quais ofereciam formação técnica 
em atividades do comércio e indústria. Além disso, jornais de circulação em São Paulo e Rio de Janeiro 
publicaram artigos e anúncios de cursos a distância. O Estado de São Paulo começou a debater a 
possibilidade de oferta de cursos em Direito, pela demanda de profissionais na área jurídica, enquanto o 
Jornal do Brasil imprimiu diversas peças publicitárias que ofereciam cursos por correspondência (LITTO; 
FORMIGA, 2009).
24
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
Duas décadas mais tarde, com a propagação dos transistores de rádio em todo o território 
brasileiro, a EaD ganha asas e as ondas radiofônicas. Sua navegação é atribulada, pois os aparelhos 
eram caros e poucos tinham possibilidade de obter tal instrumental. Aqui, teremos o nascimento 
de diversos rádios clubes ou rádios difusoras no interior do País (veja se em sua cidade ainda existe 
uma empresa com esse nome, seja fantasia ou razão social), levando música, notícias e prestação de 
serviços para a população.
No caso da EaD, podemos encontrar diversos programas que foram irradiados por emissoras, em 
diferentes partes do território brasileiro.Os primeiros registros datam dos primeiros anos da década 
de 1920, com vários programas de rádio produzidos por Roquette‑Pinto, cujas ideias defendiam a 
escolarização de todos os brasileiros, não importando onde eles estivessem.
Outra possibilidade de ensino a distância é a transmissão pelo rádio. Este 
é também um meio de comunicação bastante econômico, eficiente e com 
algumas vantagens sobre o correio. O rádio tem um longo alcance e pode 
atingir áreas de difícil acesso para o correio. Além do mais, o rádio é um meio 
de comunicação quase que instantâneo, dada a rapidez da propagação das 
ondas sonoras. O advento do rádio de pilha permitiu que este se tornasse 
um dos meios de comunicação mais populares. Presentemente, o rádio não 
é tão explorado para fins educacionais quanto pensamos que poderia ser 
(FREITAS, 2005, p. 60)
Nessa etapa, entre as décadas de 1930 a 1950, diversas instituições foram responsáveis por ofertar 
esse tipo de ensino, empregando as ondas radiofônicas e as folhas impressas enviadas pelos correios. 
Entre elas, podemos citar o Instituto Monitor e o Instituto Universal Brasileiro, os quais existem até os 
dias atuais, oferecendo cursos livres. Como dito anteriormente, muitos pais, avôs e arrimos de família 
obtiveram sua primeira formação profissional em tais entidades educacionais.
No Brasil, o Instituto Universal Brasileiro, iniciado em 1940, parece ser a 
instituição mais antiga a manter cursos por correspondência. Desde então, 
outras instituições deste gênero foram criadas no Brasil, como o Centro de 
Estudos Regulares (C.E.R.), fundado em 1981. O objetivo do C.E.R. era permitir 
que crianças, cujas famílias se mudavam temporariamente para o exterior, 
continuassem a estudar pelo sistema educacional brasileiro. Durante a 
Segunda Guerra Mundial, vários cursos por correspondência foram criados 
com objetivos distintos. A França, por exemplo, implementou‑os para 
atender às crianças cujas famílias tinham que se mudar constantemente 
(FREITAS, 2005, p. 59).
A partir das décadas de 1960 e 1970, a EaD começa a ser utilizada enquanto política governamental 
(federal, estadual e municipal) e institucional (privada) para formação inicial e continuada de professores. 
Tal movimento é fruto da tímida disseminação da Educação Básica em nosso País, demandando professores 
para atuar nos estabelecimentos educacionais que, aos poucos, surgiam no território brasileiro.
25
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A criação do Programa Nacional de Teleducação (Prontel), o qual foi elaborado pelo Ministério da 
Educação e Cultura (MEC), sinaliza os primeiros passos de um conjunto de ações duradouras, ofertando 
cursos na modalidade à distância. A institucionalização da EaD, de fato, ocorre entre os anos de 1992 
e 1994, com o surgimento da Coordenadoria Nacional de Educação a Distância (MEC) e do Sistema 
Nacional de Educação a Distância (SNED). Nessa década, temos algumas ações tímidas e isoladas, em 
nosso país, na oferta de cursos a distância.
Na década de 1990, a Universidade Federal da Bahia iniciou timidamente 
algumas experiências de ensino a distância em várias de suas unidades de 
ensino. Poucas resistiram até a presente data, embora algumas tenham sido 
consideradas bem‑sucedidas, como a criação de uma disciplina optativa 
sobre educação a distância na Faculdade de Educação, uma iniciativa 
de Fernando Floriano e Katia Siqueira de Freitas, e a oferta de cursos de 
especialização em alfabetização para professores do interior do estado da 
Bahia. Estes cursos foram desenvolvidos e implementados por Fernando 
Floriano (FREITAS, 2005, p. 63).
A partir de 2004, ou seja, pouco mais de dez anos após a criação do SNED, o artigo 80 da LDB, por 
meio do Decreto nº 5.622/05, legaliza a EaD como modalidade de ensino. Já em 2006, pelo Decreto 
nº 5.800/06, o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) começa a operar em definitivo, oferecendo 
cursos de graduação em todo território brasileiro.
Durante a década de 1980, aconteceram, no Brasil, várias iniciativas frustradas 
para a criação de uma universidade aberta a distância. A motivação ocorreu 
pela divulgação das experiências da Universidade Aberta da Inglaterra, da 
Universidade Aberta da Venezuela, da Universidade Aberta de Costa Rica 
e de outras experiências bem‑sucedidas. Nesse período, a Universidade 
de Brasília criou um centro para desenvolver cursos de extensão sob a 
modalidade à distância, o que representou um grande avanço. Estavam a 
frente dessa iniciativa o então pró‑reitor de extensão Valnei Garrafa, Maria 
Rosa de Magalhães e o reitor Cristovão Buarque. Na época, eram usados o 
correio, encontros presenciais e material impresso (FREITAS, 2005, p. 63).
Na primeira década dos anos 2000, diversas instituições de ensino superior (IES), privadas e públicas, 
começam a desenvolver atividades a distância, oferecendo cursos de graduação e pós‑graduação (lato 
sensu), bem como cursos livres e de extensão. Assim, nota‑se a configuração de uma realidade complexa, 
com desafios imensuráveis. Diversas localidades que sequer foram atendidas historicamente por alguma 
IES começam a receber conteúdos acadêmicos e universitárias pelas ferramentas EaD.
É nesse cenário que começa a história da UNIP Interativa. São mais de seiscentos polos em todas as 
regiões e estados do território nacional, propiciando formação acadêmica e profissional em diferentes 
áreas do conhecimento. Vamos conhecer alguns momentos de tal trajetória?
26
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
1.3 Trajetória que está sendo trilhada: esta é a UNIP Interativa!
A Universidade Paulista – UNIP Interativa é uma instituição de Ensino Superior sediada em 
São Paulo (SP), a qual faz parte do Grupo Objetivo, conglomerado de empresas que atua nas áreas de 
Educação e Mídia em todo território brasileiro. Sua história começa em meados de 1965, ano de fundação 
de um pequeno curso preparatório (“cursinho pré‑vestibular”) no centro de São Paulo. Fundado pelos 
alunos do curso de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) João Carlos Di Genio e Dráuzio Varella 
e pelos médicos Roger Patti e Tadasi Itto, tal curso tinha como público‑alvo os interessados em ingressar 
em faculdades de Medicina no território paulista.
No ano seguinte, 1966, com os resultados positivos na aprovação de diversos candidatos nos exames 
de Medicina, é criado o Curso Objetivo. Rapidamente, o empreendimento de Di Genio, Varella, Patti e Itto 
se torna um dos maiores “cursinhos pré‑vestibular” da capital paulista. Aos poucos, de pequeno curso 
preparatório, o Objetivo transformou‑se na maior instituição de ensino do Brasil.
A década de 1970 indica a diversificação de atividades pedagógicas Educação Básica e Superior do 
Grupo Objetivo. Em 1970, o Colégio Objetivo é criado na cidade de São Paulo, oferecendo aulas para 
estudantes do Ensino Médio (antigo 2º Grau). Quatro anos depois, em 1974, nasce o Colégio Objetivo 
Júnior, abrangendo a Educação Infantil e o Ensino Fundamental.
Já em 1972, começam as atividades acadêmicas e pedagógicas das Faculdades Objetivo, 
disponibilizando formação em Ensino Superior nas diferentes áreas do conhecimento. Para isso, foram 
criados diferentes institutos, como o Instituto Unificado Paulista (IUP), oferecendo cursos de licenciatura 
em Letras e Pedagogia e bacharelados em Psicologia e Comunicação Social (Jornalismo). Tais cursos e 
institutos são reconhecidos pelo Decreto Federal nº 77.546/76.
Com o decorrer dos anos, outros cursos e institutos de ensino foram autorizados pelo 
Ministério da Educação (MEC), como o Instituto de Ensino de Engenharia Paulista (IEEP), em 1975, 
e o Instituto de Odontologia Paulista (IOP), em 1981,ofertando bacharelados em Odontologia 
e diversas especializações das Engenharias (Elétrica, Mecânica, Civil, de Produção etc.). Aos 
poucos, o cenário multidisciplinar das Faculdades Objetivo amadurece o processo de criação da 
Universidade Paulista (UNIP).
Contudo, apenas no final da década de 1980, mais precisamente em 9 de novembro de 1988, é 
publicada a Portaria Ministerial nº 550, a qual autoriza o funcionamento da UNIP, ofertando os cursos 
que faziam parte do IUP, do IOP e do IEEP. Anos depois, outros cursos e institutos foram criados.
Nos dias atuais, a UNIP é uma instituição de ensino superior multicampi, que atende às demandas 
educacionais de alunos matriculados em cursos de graduação (tecnólogos, licenciaturas e bacharelados) 
e pós‑graduação (lato sensu e stricto sensu) em diferentes áreas do conhecimento. Para isso, a cidade 
de São Paulo e Região Metropolitana (Grande São Paulo e ABC) têm 12 unidades (campi), oferecendo 
os cursos citados anteriormente.
27
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Qual a diferença entre pós-graduação lato sensu e stricto sensu?
As pós‑graduações lato sensu compreendem programas de especialização e incluem os 
cursos designados como MBA (Master Business Administration). Com duração mínima de 
360 horas, ao final do curso o aluno obterá certificado e não diploma. Ademais são abertas 
a candidatos diplomados em cursos superiores e que atendam às exigências das instituições 
de ensino – Art. 44, III, Lei nº 9.394/1996.
As pós‑graduações stricto sensu compreendem programas de mestrado e doutorado 
abertos a candidatos diplomados em cursos superiores de graduação e que atendam às 
exigências das instituições de ensino e ao edital de seleção dos alunos (Art. 44, III, Lei 
nº 9.394/1996). Ao final do curso, o aluno obterá diploma.
Fonte: Brasil ([s.d.]).
LDBE: O que é? E o artigo 44?
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBE – Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) 
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. O artigo 44 versa os procedimentos 
reguladores para o funcionamento da Educação Superior. Veja:
Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas: (Regulamento)
I – Cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos 
a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, desde 
que tenham concluído o ensino médio ou equivalente; (Redação dada pela Lei nº 11.632, 
de 2007).
II – De graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o Ensino Médio ou 
equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo;
III – De pós‑graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de 
especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de 
graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino;
IV – De extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em 
cada caso pelas instituições de ensino.
Fonte: Brasil (1996).
Além disso, a UNIP está presente em 14 cidades do interior e do litoral do estado de São Paulo, 
dentre elas: Sorocaba, Campinas, Ribeirão Preto, Araçatuba, Santos, São José dos Campos, São José do 
Rio Preto, Bauru, Jundiaí e demais localidades. A UNIP também está presente nos municípios de Manaus, 
Brasília e Goiânia, na modalidade presencial.
28
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
O Grupo Objetivo (Curso Objetivo, Colégio Objetivo, Universidade Paulista e UNIP Interativa) sempre 
empregou, em seu cotidiano pedagógico e vivência acadêmica, ferramentas de comunicação a distância. 
Um exemplo de tais práticas foi empregado no Curso Objetivo, entre as décadas de 1980 e 1990, 
realizando transmissões via satélite de aulas preparatórias para o vestibular, para alunos de diferentes 
unidades, em todo o território paulista.
Além das transmissões ao vivo, outra forma de difusão do conhecimento produzido pelo Grupo 
Objetivo ocorreu em veículos de massa, mais precisamente com os programas Vestibulando e 
Vestibulando Digital. Produzidos entre os anos de 1980 e 2000, tais conteúdos foram apresentados 
pela TV Cultura em São Paulo e pela Televisão Educativa (TVE) no Rio de Janeiro, assim como em outras 
emissoras regionais afiliadas ou associadas.
O público‑alvo dos dois programas eram estudantes secundaristas que se preparavam para participar 
dos vestibulares de diversas instituições de ensino superior públicas e privadas. Com aulas bem produzidas, 
empregando linguagem televisiva, tanto o programa Vestibulando como o Vestibulando Digital indicam 
a qualidade do corpo docente do Grupo Objetivo.
A expertise adquirida com a produção de aulas e disponibilização de conteúdos pedagógicos, 
em diferentes meios de comunicação e plataformas multimidiáticas, possibilita a criação do ciclo de 
palestras. Destinado aos estudantes da Universidade Paulista, transmitido para todos os campi da UNIP 
e disponibilizado na internet, o ciclo é um espaço para formadores de opinião, profissionais de renome 
e pesquisadores em diferentes segmentos exporem ideias, apresentarem investigações temáticas ou 
debaterem temas contemporâneos.
Além disso, o Grupo Objetivo desenvolve conteúdos pedagógicos interativos digitais, em diferentes 
suportes. Isso ocorre desde os primeiros jogos disponibilizados em CDs e DVDs, passando pela produção 
de jogos eletrônicos, destinados aos estudantes da Educação Básica e Pré‑vestibular (Colégio Objetivo 
e Curso Objetivo) e também aos alunos do Ensino Superior (Brinquedoteca, Mapoteca, Laboratórios de 
Matemática e Idiomas, Simuladores Empresariais etc.). Tais ferramentas podem ser acessadas em seu 
AVA e também no Conteúdo On‑line (CO).
O breve histórico que acabamos de apresentar corrobora a experiência e o conhecimento técnico, 
pedagógico e acadêmico do Grupo Objetivo. Dessa forma, a UNIP realiza seu credenciamento, junto 
ao Ministério da Educação (MEC), para ofertar cursos de graduação e pós‑graduação (lato sensu) na 
modalidade a distância. Em 2004, a UNIP Interativa é credenciada pelo MEC a partir das Portarias 
nº 3.475, de 22 de outubro de 2004, e nº 3.633, de 9 de novembro de 2004.
Dois anos mais tarde, no segundo semestre de 2006, iniciam‑se as atividades pedagógicas e 
administrativas, com quatro cursos de graduação e duas pós‑graduações (lato sensu). A UNIP tem duas 
modalidades de ensino e interação: o Sistema de Ensino Presencial Interativo (Sepi) e o Sistema de 
Ensino Presencial Interativo (SEI). Ambas possibilitam ao aluno acesso aos conteúdos elaborados pela 
UNIP Interativa.
29
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Sobre a educação a distância
A UNIP EaD está, desde 2004, credenciada pelo MEC por meio da Portaria MEC 3.633/2004. 
Conta com mais de 600 polos de apoio presencial para a oferta de cursos de graduação e 
pós‑graduação, beneficiando os alunos em todos os estados brasileiros.
São oferecidas duas opções de metodologia EaD, o SEI (on‑line), com horários mais 
flexíveis onde o aluno pode acessar as aulas a qualquer momento e local, por meio de 
computadores, tablets ou celulares, e o SEPI (Semipresencial), formato que privilegia as 
dinâmicas acadêmicas presenciais com o aluno, com o objetivo de promover a flexibilidade, 
a interdisciplinaridade e a articulação entre teoria e prática.
Fora isso, os alunos dos cursos de graduação e pós‑graduação da EaD contam com 
material didático impresso gratuito, ambiente acadêmico repleto de ferramentas que 
potencializam a aprendizagem e suporte de uma tutoria altamente qualificada disponível 
24 horas pordia e o diploma é o mesmo dos cursos presenciais.
Fonte: Universidade Paulista ([s.d.]).
Uma coisa é certa: a UNIP Interativa está presente em todas as regiões do território brasileiro, 
disseminando conhecimento e formação acadêmica profissional nas áreas de humanas, exatas e 
biológicas. Com cursos reconhecidos pelo MEC e conceitos positivos no Enade, a UNIP Interativa atende 
todos os aspectos legais e de qualidade na Educação Superior brasileira.
1.4 Trajetórias a serem trilhadas: aproveitar o mundo digital
De forma simplificada e direta, apresentamos uma cartografia do nosso AVA Blackboard, seus 
arquivos, conteúdos e objetos educacionais de aprendizagem. Para isso, produzimos textos curtos, que 
servirão para consulta rápida e precisa. Contudo, caso você queira informações mais detalhadas, com os 
procedimentos e conteúdos, sugerimos que você navegue pelo seu AVA Blackboard e acesse os materiais 
de tais conteúdos (vídeos, apostilas, livros‑textos, manuais etc.), os quais são mais apropriados, com 
detalhamentos e procedimentos. Para isso, são seis os itens: a) Atividades acadêmicas (presenciais e a 
distância); b) Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA); c) UNIP Interativa; d) Como estudar?; e) Como 
se relacionar?; f) Como escrever?.
a) Atividades acadêmicas (presenciais e a distância): para desenvolver as atividades do seu curso 
e de sua formação, existem diversas pessoas e setores envolvidos para auxiliá‑lo:
• presencialmente: estrutura do polo, com o tutor presencial e coordenador;
• a distância: Ambiente Virtual de Aprendizagem + Central de Atendimento + Telefone = Equipe 
Pedagógica e Administrativa.
30
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
Atividades acadêmicas (presencial):
• atividades programadas, como: ciclo de palestras, grupos de estudos e visitas monitoradas, de 
acordo com as necessidades e ações de cada curso;
• avaliações formais, como: provas (objetivas e discursivas), validação das atividades 
complementares, defesa de monografias (TC ou TCC), chats de orientação;
• tutor presencial, coordenador do polo e atendimento administrativo.
Atividades acadêmicas (a distância):
• professor;
• tutor a distância;
• Coordenação Pedagógica do Curso;
• Administrativo EaD (Secretaria);
• setores de atendimento (Provas, Estágio Curricular etc.);
• colegas de curso (seu polo e demais localidades).
b) Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): mais conhecido como “a universidade em sua casa”, 
o AVA está organizado na plataforma Blackboard, utilizada nas principais instituições de Ensino 
Superior no Brasil e no mundo. Sua funcionalidade consiste em:
• universidade em casa (material didático, teleaulas, ferramentas de interação, tutoriais, 
solicitação de serviços etc.);
• desenvolvimento flexível dos conteúdos programáticos e etapas acadêmicas, respeitando os 
processos estipulados, por meio dos calendários e manuais acadêmicos;
• interação com os diversos setores e pessoas envolvidas direta e indiretamente em sua formação 
acadêmica e profissional;
• disciplinas (teleaulas, exercícios, fóruns de discussão);
• atividades acadêmicas de formação complementar (disciplinas optativas, palestras específicas 
etc.);
• etapas pontuais dos cursos (atividades complementares, monografias, relatórios, estudos de 
caso etc.);
31
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
• relacionamento com o setor Administrativo (inscrição em disciplinas, documentação, boletos, 
registro de notas etc.);
• fórum de discussão (atenção à demanda solicitada e produção de opiniões, reflexões ou solução 
de situações‑problema).
c) UNIP Interativa: são dois canais de comunicação disponibilizados, sendo um deles em tempo 
real e com interação ativa (telefone) e o outro mais detalhado e com um prazo específico para 
respostas (Central de Atendimento):
• Central de Atendimento: atendimento assíncrono dos setores Administrativo e Pedagógico da 
UNIP Interativa;
• telefone: atendimento síncrono dos departamentos anteriormente citados. Fique atento ao 
funcionamento, pois é utilizado o horário de Brasília.
d) Como estudar?: embora estudar e obter conhecimento sejam processos complexos e individuais, 
sugerimos que todas as ferramentas de interação da UNIP Interativa sejam utilizadas e seus 
objetos educacionais sejam disponibilizados, bem como o contato com os atores pedagógicos da 
instituição. Assim:
• separar um espaço de tempo para a realização das atividades exigidas pontualmente (sugere‑se 
entre três e sete horas por semana);
• dedicar um caderno ou arquivo digital que contenha as anotações realizadas ao longo das 
atividades, como diário de bordo, indicações de leitura, contatos etc.;
• fazer a leitura estrita e visualização dos arquivos propostos, bem como a pesquisa de livros, 
filmes, eventos e demais objetos indicados pelos professores e tutores;
• participar dos fóruns, realizando uma pesquisa pontual dos temas citados, unindo teoria e 
prática, se possível. Além disso, solicitar outros conteúdos ou materiais didáticos, os quais 
podem ser utilizados nas atividades complementares (AC);
• interagir com os colegas por meios das ferramentas disponibilizadas pela instituição ou 
por meio das mídias sociais digitais. Nunca se esqueça: uma coisa é o uso das ferramentas 
institucionais para relacionamento formal – demais ambientes ou plataformas são para outros 
fins não acadêmicos;
• utilizar o contato com os tutores (a distância e presencial) como mediadores de leitura e 
compreensão dos blocos conceituais;
• ficar atento ao calendário e aos avisos postados pelos diferentes setores da UNIP Interativa. 
Sempre que houver dúvidas, entrar em contato com seu polo ou com o tutor do seu curso;
32
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
3/
03
/1
6
• marcar presença em suas atividades e também dividir com seus colegas aquilo que é diferente 
e peculiar em sua região, como forma de (auto)conhecer as diferentes realidades existentes.
e) Como se relacionar?: seguem alguns conselhos de netiqueta que circulam em diversas páginas, 
cursos e plataformas de mídias sociais na internet, mas que são de autoria anônima ou apresentam 
conteúdos semelhantes. Adaptamos alguns trechos que podem fazer parte do cotidiano do 
estudante de EaD:
• nunca se esqueça de que há pessoas do outro lado da linha, pois sendo toda sua interação 
com a rede realizada por meio de um equipamento impessoal como o computador, é fácil “se 
esquecer” de que existem pessoas “do lado de lá” e se expressar de forma mais livre do que você 
faria se estivesse frente a frente com elas;
• seja cuidadoso com o que fala para e sobre os outros. Você não é a única pessoa que se 
comunica na internet, mais alguns milhões de pessoas também o fazem. Portanto, pense bem 
antes de enviar mensagens com informações pessoais para newsgroups, listas de discussão, 
WhatsApp ou endereços particulares;
• se o conteúdo de sua mensagem for de caráter exclusivamente pessoal e particular, considere 
outros meios que não o correio eletrônico para comunicar‑se com o seu interlocutor. Um 
exemplo é ligar para seu tutor a distância;
• seja claro, breve e objetivo. Sempre! Assim, nunca use dez palavras para expressar o que pode 
ser dito em cinco. Lembre‑se de que quanto maior for sua mensagem, menos pessoas a lerão;
• a maioria das pessoas na internet vai lhe conhecer somente a partir do que e de como você 
escrever. Portanto, evite erros gramaticais e certifique‑se de que o conteúdo é de fácil leitura e 
compreensão para o seu público‑alvo;
• respeite direitos autorais (copyright), distanciando‑se das tentações

Outros materiais