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APLICAÇÃO DA LEI PENAL E PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO

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DPP I – 6º SEMESTRE
- Aplicação da lei penal e processual penal no espaço.
. aplica-se a todo delito ocorrido em território nacional [art.1º, CPP];
. Incabível é a aplicação de normas estrangeiras para apurar e punir delito ocorrido dentro do território brasileiro [fere a soberania brasileira];
. Ressalvas: tratados, convenções e regras de direito internacional (art. 1º, I, CPP];
. Conceito de tratado e convenção: “significa um acordo internacional concluído entre Estados em forma escrita e regulado pelo Direito Internacional” ou trata-se de “todo acordo formal concluído entre sujeitos de direito internacional público, e destinado a produzir efeitos jurídicos”;
. Regras do direito internacional: Regem o direito internacional [podem ser consideradas para a aplicação excepcional em território brasileiro] as demais regras do direito internacional não abrangidas pelos tratados como: os costumes – vigentes em muitos aspectos referentes ao domínio do mar, à guerra e outros conflitos – os princípios gerais de direito internacional, aceitos pela grande maioria das nações, na aplicação do seu direito interno, além de se poder incluir, ainda, as decisões tomadas pelas organizações internacionais. 
. Exceção à regra da territorialidade: Caso o Brasil firme um tratado, uma convenção ou participe de uma organização mundial qualquer, cujas regras interacionais a norteiem, deve a lei processual penal pátria ser afastada para que outra, proveniente dessas fontes, em seu lugar, seja aplicada.
É o que ocorre com os diplomatas, que possuem imunidades em território nacional, quando estiverem a serviço de seu país de origem. Assinou o Brasil a Convenção de Viena, em 1961, referendada pelo Decreto 56.435/65, concedendo imunidade de jurisdição aos diplomatas, razão pela qual se qualquer deles cometer um crime em solo nacional, aqui não será punido, o que representa a inaplicabilidade do disposto no Código de Processo Penal. (Vale destacar, preambularmente, que a imunidade não se restringe ao agente diplomático e sua família. Conforme a disciplina da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961, aprovada no Brasil pelo Decreto Legislativo n. 103/64 e ratificada e promulgada pelo Decreto nº. 56.435/65, essa imunidade também se estende às seguintes pessoas: (i). aos membros do pessoal administrativo e técnico da missão, além dos familiares que com eles vivam, desde que "não sejam nacionais do Estado acreditador nem nele tenham residência permanente" (art. 37, § 2º, da Convenção de Viena de 1961); (ii). aos membros do pessoal de serviço da missão que não sejam nacionais do Estado acreditador nem nele tenham residência permanente, quanto aos atos praticados no exercício de suas funções (art. 37, § 3º, da Convenção de Viena de 1961). Não se aplica, contudo, aos criados particulares dos membros da missão que não sejam nacionais do Estado acreditador nem nele tenham residência permanente; estes "só gozarão de privilégios e imunidades na medida reconhecida pelo referido Estado. Todavia, o Estado acreditador deverá exercer a sua jurisdição sobre tais pessoas de modo a não interferir demasiadamente com o desempenho das funções da missão" (art. 37, § 4º, da Convenção de Viena de 1961).
Igualmente se dá ao cônsul, também imune da legislação brasileira, desde que cometa infração pertinente ao exercício das suas funções e no território do seu consulado. É o disposto de Viena, assinado em 1963, ratificada pelo Decreto nº 61.078/67.
Ainda que previsto na CF, determinadas situações estão disciplinadas também por tratados e convenções internacionais, fazendo com que um delito ocorrido fora do território nacional possa contar com a aplicação da lei brasileira, o que foge á regra da territorialidade. Exemplo: “cumprimento de cartas rogatórias – embora dependentes do exequatur do STJ – provenientes e Justiça estrangeira, à homologação de sentença estrangeira, que pode implicar o cumprimento, no Brasil, de decisão de magistrado alienígena, e ao processo de extradição, que se instaura no pretório Excelso, a pedido de Estado estrangeiro, para que o Brasil promova a entrega de pessoa acusada ou condenada por determinado delito, cometido no exterior, a fim de ser processada ou para que cumpra pena. Nesse caso nossas normas processuais deixam de ser aplicadas [sobrepostos estão a CF, e os Regimentos Internos do STF];
 . Conflito entre tratado e direito interno: há duas teorias, a saber: 
(i). A teoria dualista (há dois crimes: autor e partícipe), menos aplicada atualmente, dispõe que há duas ordens jurídicas diversas: a internacional e a interna. Logo, propõe que para que um tratado possa ser admitido, como lei interna, em determinado país, é preciso que ele seja “transformado” em direito interno. 
(ii). Pela teoria monista (há um único crime: autor e partícipe), não há duas ordens jurídicas, mas apenas uma. É majoritária. Os adeptos divergem quanto à primazia do direito internacional sobre o direito interno. Sustentam que o tratado jamais pode contrariar a lei interna do país, sobretudo a CF, em homenagem á soberania nacional, embora haja divergências.
O Brasil, embora adote a teoria monista, deixou clara sua preferência pelo direito interno sobre o direito internacional, em especial pelo posicionamento do STF. Logo, assim prevalece na jurisprudência dos tribunais. No Brasil o tratado jamais atenta contra a CF e pode ser afastado por lei federal mais recente. Ver, CF, art. 102, III, b.
. Normas internacionais relativas aos direitos humanos fundamentais. Quando normas de proteção aos direitos humanos constam de tratado assinado pelo Brasil devem ingressar, no direito interno, com status de norma constitucional, - ver CF, art. 5º, § 2º, 3º. 
. Jurisdição política. Trata-se de uma exceção ao princípio, segundo o qual, aos crimes cometidos no território nacional, devem ser aplicadas as normas processuais penais brasileiras. Nem sempre compete ao Poder Judiciário a primazia pelo julgamento; ás vezes isso é executado pelo Legislativo, - ver CF, Art. 52, I, II.
. Justiça Especial: Adota o Código Penal e o Processual Penal próprios, dado as suas especificidades. A Justiça Eleitoral, na esfera criminal, - ver Lei nº 4.737/65 – arts 355 a 364.
. Tribunal de Segurança Nacional: Os crimes contra a segurança nacional, previstos na Lei nº 7.170/83, são em regra, julgados pela Justiça Federal Comum. (art. 109, IV, CF). No entanto, civis que cometam crime contra a segurança nacional, voltado às instituições militares, poderão ser responsabilizados junto á Justiça Militar Federal. – ver art. 82, § 1º, CPPM.
. Legislação especial: Quando lei especial regular procedimento diverso do previsto no CPP, pelo princípio da especialidade, aplica-se aquela e somente em caráter subsidiário este último. Ilustrando: Lei de drogas, Lei nº 11.343/2006). Lei de Abuso de Autoridade, Lei nº 4.898/65.
Aplicação da lei processual penal no tempo:
. Regra geral: Aplica-se tão logo entre em vigor (art. 2º, CPP) e, usualmente, quando é editada nem mesmo vacatio legis (período próprio para o conhecimento do conteúdo de uma norma pela sociedade em geral, antes de entrar em vigor). Não afeta atos já realizados sob vigência de lei anterior. 
Exemplo: se uma lei processual recém-criada fixa novas regras para a citação do réu ou para a intimação de seu defensor, o chamamento já realizado sob a égide da antiga norma é valido e não precisa ser refeito. As intimações futuras passam imediatamente a ser regidas pela lei mais recente.
Faz-se de imediato, como regra.
A exceção fica por conta do transcurso de prazo já iniciado, ou seja, como regra pela lei anterior. Ver art. 3º, da Lei de Introdução ao Código de processo Penal. “O prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para interposição de recurso, será regulado pela lei anterior, se esta não prescrever prazo menor do que o fixado no Código de Processo Penal”. Embora se possa argumentar, que tal disposição tinha por objetivopromover a transição da legislação anterior para o previsto no atual CPP, é certo que a regra é legítima para qualquer caso de alteração de prazo. 
Ilustrando: o réu, intimado da sentença condenatória, tem cinco dias para oferecer recurso. Se nova lei entra em vigor, alterando esse prazo para dois dias, é óbvio que seu direito não será prejudicado. Continua ele com os cinco dias para apelar. 
. Normas processuais penais materiais: são aquelas que apesar de estarem no contexto do processo penal, regendo atos praticados pelas partes durante a investigação policial ou durante o trâmite processual, têm forte conteúdo de Direito Penal. Logo, sua inter-relação com as normas de direito material, isto é, são normalmente institutos mistos, previsto no Código de Processo Penal, mas também no Código Penal. 
Exemplo: perempção ( 107, IV, CP e 60, CPP, processo não ter sido proposto no prazo legal, por inércia do particular), o perdão (105, CP e 51/59, do CPP), a renúncia (104, CP e 48 a 50 CPP), a decadência (103, CP e 38 do CPP, perda do direito, caducado), entre outros.
Ainda, existem casos vinculados à prisão do réu, merecedores de ser considerados normas processuais penais materiais, uma vez que se referem à liberdade do indivíduo. Nota-se que a finalidade precípua do processo penal é garantir a correta aplicação da lei penal, permitindo que a culpa seja apurada com amplas garantias para o acusado. Prisão preventiva, ver casos em que o acusado praticou contravenção penal ou delito cuja pena cominada é de multa; Art. 2º, da lei de Introdução ao Código de Processo Penal determina que sejam aplicados os dispositivos mais favoráveis ao réu, no que tange à prisão preventiva e à fiança, quando houver a edição de lei nova que colha situação processual em desenvolvimento.
Importante: 
.Dec.lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941 – criou o CPP;
.Dec.lei nº 3.931, de 11 de dezembro de 1941 – criou a LICPP.
Professor Ronaldo Braga á duas teroriashá

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