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D processual penal I- introdução

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Profº Juliana Caramigo Gennarini 
 
 
 
Introdução 
 
 Processual Penal é um ramo do direito. 
Bater na porta do judiciário quando algum 
direito for ferido. Qual direito eu tenho 
e aonde recorrer. 
 
 O processo Penal é um instrumento do 
Direito Penal (parte material). 
 
 O DPP é ligado ao DMP (Direito material 
penal). 
 
 O Estado, única entidade dotada de 
poder soberano, é o titular exclusivo do 
direito de punir (para alguns, poder-
dever de punir)Ditar regras de 
convivência na sociedade. Portanto ele 
tem esse poder e aprovar normas que 
tenham por finalidade a manutenção da paz 
e garantir também a proteção de alguns 
bens jurídicos considerados relevantes, 
com por exemplo: a vida, honra, a saúde, 
patrimônio, o meio ambiente, o direito do 
consumidor... 
 
“Jus puniendi” = direito de punir 
 
 “Não pode matar”, ou seja, se você 
matar estará tirando o bem jurídico Vida 
de outra pessoa, você receberá uma sanção 
penal (punição) através da pena. Então no 
exato instante que a lei penal ela é 
desrespeitada, pela prática e conduta 
concreta do delito, assim dizendo, onde o 
legislador disse que aquela conduta não 
pode ser praticada porque se ela for 
executada é um crime, surge por Estado o 
direito de punir. 
 
 Agora esse Direito de punir que o 
Estado tem ele não pode ser imposto de 
forma imediata e arbitrária(não podendo 
ser aplicada imediatamente e 
arbitrariamente uma pena, sem que o 
Estado confira ao acusado determinadas 
oportunidades de defesa) 
 Além do Estado-juiz temos outros órgãos 
estatais que buscam a persecução* (À soma 
dessa atividade investigatória com a 
ação penal dá se o nome de persecução 
penal.*) que vão procurar as provas 
práticas da infração delituosa, e quais 
são esses órgãos: 
 
• Polícia Judiciária- Procuram 
indícios de provas na fase de 
inquérito policial (na fase de 
preliminar de investigação) 
 
• Ministério Público- Este representa 
o Estado, mas que vai buscar provar 
em juízo se aquele acusado de fato 
praticou a conduta delituosa e se 
aquela conduta e de fato prevista 
na legislação penal como uma 
conduta proibida. 
 
Há pessoas específicas que podem levar a 
lide para o poder judiciário 
 
 
 Caso o Código Processual Penal não 
tiver nada específico para aquela 
situação, subsidiariamente aplica o 
Código de Processo Civil (se precisar de 
algo que CPP não regule, mas o CPC 
regule), para que no final do processo o 
juiz chegue a um veredito final, que pode 
absolver ou condenar. 
 
 O conjunto de princípios e normas que 
vão disciplinar a persecução penal 
buscando a solução da lide penal, ou 
seja, buscar instrumentalizar o direito 
material frente ao poder judiciário para 
que seja possível solucionar a lide 
 
 Uma parte dos dispositivos que regulam 
o processo penal ele esta previsto na 
Constituição Federal. 
 
 
Código Processual Penal: 
 
 Existe dois tipos de Código de Processo 
Penal: 
 
• Código Penal (Comum) e o Código 
Penal Militar 
• Código de Processo Penal (comum) e 
o Código de Processo Penal Militar 
 
 O Código de Processo Penal ele esta 
regulado pelo decreto lei 3689/41, 
iniciando sua vigência a partir de 01 de 
janeiro de 1942, e até os dias atuais não 
tivemos um CPP novo, somente foi efetuado 
modificações para se adequar as novas 
realidades jurídicas e sociais que 
transcorreram desde sua aprovação. 
 
 
 
O acusado —> tem o direito ao 
contraditório e ampla defesa. 
 
	
É chamado de ramo do direito público 
denominado DPP: 
	
 O CPP regulará: 
• A aplicação da lei processual no 
tempo, no espaço; 
• Como é feita a investigação dos 
delitos por meios da investigação 
preliminar, por exemplo: inquérito 
policial. 
• A competência dos órgãos 
jurisdicionais, ou seja, se é a 
competência da justiça estadual, 
da justiça federal, ou justiça 
eleitoral... 
• Sujeitos processuais ( o réu, o 
juiz, o defensor , as testemunhas, 
a vítima) 
• As formas de coletar as provas 
(procedimento ordinário, 
procedimento sumário, procedimento 
comum, procedimento especial...) 
 
 
 Ira prever as diversas formas de ação 
penal e a sua titularidade. 
 
 Além do CPP (ocorrendo a mesma situação 
no Direito Penal), temos várias 
legislações especiais que também cuidam 
de apuração de crimes ou de temas 
processuais específicos que estão fora do 
CPP, nomeadas de Legislação Extravagante 
(extraordinária) ou Legislação Especial. 
Por exemplo: 
 
• Lei 11343/06 – trata de crimes 
relacionados ao tráfico de 
entorpecentes; 
• Lei 9099/95- disciplina os juizados 
especiais criminais que são as 
infrações de menor potencial 
ofensivo, ou seja, crimes cuja a 
pena máxima em abstrato são iguais 
ou inferiores a 2 anos; 
• Lei 11.101/05- trata dos crimes 
falimentares e também vai 
estabelecer regras especiais quanto 
ao seu procedimento apuratório; 
 
 
 -Extraordinária 
 Legislação 
 
 -Especial 
 
 
Sistemas Processual Penal 
 
 Temos 3 sistemas: 
 
• Inquisitivo- Só temos um órgão 
que cabe a acusar e julgar. 
Um juiz que representa o poder 
judiciário (Estado-juiz), ele da 
início a ação penal e vai até o 
final. 
 
• Acusatório- Existe uma separação 
entre os órgãos incumbidos de 
realizar tanto a acusação contra 
o julgamento, isso irá garantir 
uma imparcialidade do julgador e 
também e também garantirá a 
plenitude de defesa. 
 
- Tratamento igualitário das 
partes; 
- Nesse sistema é considerado que 
a iniciativa de propor a ação 
penal é do órgão acusador e o 
defensor tem sempre o direito de 
se manifestar por último; 
-As produções das provas é 
incumbência das partes. 
 
• Misto- 1ºfase: investigatória 
(persecução preliminar)que é 
conduzida por um juiz (não é 
feita pela polícia judiciária). 
-2ºfase: acusatória, sendo 
assegurados todo os direitos do 
acusado e há independência entre 
acusação, defesa e de juiz. 
 
!Atenção! 
No Brasil adotamos um sistema 
acusatório, mas que há uma 
separação da função acusatória do 
MP e também do juiz.(No Brasil 
não é um sistema acusatório 
puro). = Sistema Acusatório 
Brasileiro 
 
+ art. 156 CPP 
 
Somente até dezembro de 2019 o 
sistema brasileiro adotava o 
sistema que chamava de acusatório 
não puro, porque a prova 
produzida pelo órgão acusador, 
mas era em algumas exceções 
possível que essa prova fosse 
produzida pelo órgão julgador. 
 
 
 Com a Lei 13964/19 (pacote anti-
crime) inseriu um novo artigo no CPP, 
art.3ºa-CPP —> Alterada em 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A partir de 24 de dezembro de 2019, o 
Sistema Jurídico Processual Penal 
Brasileiro é Sistema misto, onde há juiz 
de garantia e um juiz de processo, mas 
esta suspenso temporariamente com uma 
liminar feita pelo ministro Luiz Fux numa 
ação direta de inconstitucionalidade 
ajuizada pela a Associação Nacional dos 
Magistrados Brasileiros, até que se 
avaliassem de fato se o poder judiciário 
tem ou não o orçamento para criar o juiz 
de garantia 
 
 
Juiz de Garantia 
 
São 2 juízes: 
 
• 1 juiz na fase de 
investigação 
• 1 juiz que julgará o 
caso até a fase final 
 
Para que haja imparcialidade 
 no julgamento 
	
Questão: 
Qual o Sistema Nacional do Processo Penal Brasileiro? 
 
 Por estar suspenso o sistema misto valerá o sistema 
acusatório brasileiro (Citado acima no material de 
estudo), mas já há um sistema misto que esta suspenso 
por uma decisão judicial da corte máxima 
constitucional 
 
*a resposta esta em vermelho*	
 
 As normas do CPP devem ser aplicadas em 
todo território nacional (seguindo o 
princípio da territorialidade). 
 
 !atenção! 
• Art.22, inciso I da CF- Trata de 
quem tem competência pra legislar 
sobre direito penal e direito 
processual penal é somente a 
União Federal. 
 
 
• Algumas exceções de aplicação ao 
código de processo penal dentro 
do território brasileiro: 
 
Ø sobre a incidência do 
código de processo penal no 
art.1º é sobre a aplicação 
aos tratados, convenções e 
as regras de direito 
internacional(Ex: convenção 
de Viena). 
 
- Diplomatas≠ Cônsul 
 
 Os agentes diplomáticos, cujo chefe é 
o Embaixador, cuidam da nobre missão de 
representação do Estado no que tange às 
questões públicas e políticas no 
exterior, os membros do corpo consular 
patrocinam os interesses privados dos 
seus respectivos nacionais. 
 
 Os cônsules, então, desempenham 
basicamente duas funções de interesse 
dos seus nacionais: a função notarial ou 
de registro e a função consular 
propriamente dita. Na primeira, funciona 
como um tabelião realizando registros de 
nascimentos, óbito, procurações, 
contratos, autenticações de 
documentos, et cetera. Nesta última, 
promove auxílio àqueles nacionais em 
situações de vulnerabilidade, 
especialmente as pessoas presas e 
doentes. 
 
 Quanto aos privilégios e imunidades, 
embora distintos, os regimes são 
equivalentes, sendo absoluto em relação 
aos diplomatas e vinculado ao exercício 
das funções em relação aos membros 
consulares. Acerca disso, é 
importantíssimo destacar que as 
imunidades de ambas as carreiras só são 
oponíveis contra o Estado que recebe o 
membro de representação. 
 
Ø As prerrogativas 
constitucionais do 
presidente da república, 
dos ministros de Estado. 
Nos crimes conexos com o 
presidente da república e 
os ministros do supremo 
tribunal nos crimes de 
responsabilidade previstos 
nos arts. 86 à 100 da CF. 
 Essa exceção diz que os 
crimes de natureza 
político administrativo 
(que são os crimes de 
responsabilidade)eles não 
são delitos comuns, ou 
seja, o julgamento dessas 
infrações não podem ser 
feitas pelo poder 
judiciário e sim podem ser 
feitas pelo poder 
legislativo, normalmente 
as consequências dessas 
infrações são a perdoado 
cargo, cassação do mandato 
e suspensão dos direitos 
políticos (essa condenação 
não vai gerar reincidência 
e nem cumprimento de 
pena). 
 
Ø Processos de competência 
da justiça militar, se 
referem aos crimes 
propriamente militares, 
não se aplica o CPP e 
aplicado o Código de 
Processo Penal Militar que 
é o decreto lei 1002/69, 
então mesmo que a conduta 
aconteça dentro do 
território nacional, porém 
não é um crime comum e sim 
um crime militar será 
aplicado o CPPM. 
 
• O processo penal vai ser 
aplicado decreto lei 3689/41 (que 
é o CPP), vai ser aplicado em 
todo território nacional, 
previsto no Art.1º caput do CPP, 
porque adotou quanto a alcance 
das normas do CPP o princípio da 
territorialidade, onde seus 
dispositivos aplicam-se todas as 
ações penais que tramitem pelo 
território brasileiro. 
• Só podemos aplicar o CPP 
Brasileiro quando a ação penal 
foi proposta no Brasil mesmo que 
o fato cometido (a conduta 
delituosa) tenha sido com as 
regras de extraterritorial mas 
ainda assim aplicamos o principio 
da territorialidade. 
• Nós temos a extraterritorialidade 
da lei penal, ou seja, um ato que 
foi cometido no exterior (art.7º 
CP) poderá ser processado no 
Brasil, mas nesse caso 
aplicaremos normas procedimentais 
que são do CPP Brasileiro, 
portanto eu aplico o princípio da 
territorialidade. 
• Não tem extraterritorialidade da 
lei processual penal. 
• A lei processual penal(PP) no 
tempo, prevista no Art 2º do CPP, 
a lei PP se aplicar-se-á desde de 
logo sem prejuízo da validade dos 
atos realizados sob re a vigência 
da lei anterior. De acordo com o 
que o art.2º consta todos os 
novos dispositivos processuais 
eles podem ser executados a 
crimes praticados antes da sua 
entrada em vigor. O que se leva 
em conta é a data da realização 
do ato. 
 
è Lei 11719/18 – citação com 
“hora certa”

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