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aula demonstrativa direito processual civil

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Direito Processual Civil – Teoria e Exercícios 
PGM – TNS – Analista Administrativo – Prefeitura de Teresina 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
Prof. Elisa Pinheiro 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Elisa Pinheiro 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 00 
Direito Processual Civil 
Das Normas Fundamentais. Da Aplicação das Normas Processuais 
Professora: Elisa Pinheiro 
 
 
 
 
 
 
Direito Processual Civil – Teoria e Exercícios 
PGM – TNS – Analista Administrativo – Prefeitura de Teresina 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
Prof. Elisa Pinheiro 
 
 
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2 
 
 
 
 
Sumário 
 
1. Apresentação..................................................................................02 
2. Sumário..........................................................................................04 
3. Metodologia das aulas.....................................................................05 
4. Cronograma....................................................................................06 
5. Das Normas Fundamentais do Processo Civil...................................08 
6. Da Aplicação das Normas Processuais.............................................40 
7. Questões Comentadas.....................................................................43 
8. Lista de Exercícios...........................................................................58 
9. Gabarito..........................................................................................64 
 
 
Apresentação 
 
Olá, meus amigos! Tudo bem? Meu nome é Elisa Pinheiro e é com muita honra 
e satisfação que tenho o prazer de ministrar o Curso Direito Processual Civil 
para o Concurso do Município de Teresina, para o cargo de Técnico de 
Nível Superior – Especialidade: Analista Administrativo aqui no Ponto 
dos Concursos. 
 
Antes de tecermos maiores considerações, irei me apresentar: sou formada em 
Direito e pós-graduada em Direito Material do Trabalho. Além do mais, sou 
advogada atuante na área trabalhista e grande apaixonada pelo mundo jurídico 
(como um todo), pois tenho para mim, que somente através do conhecimento 
(principalmente dos nossos direitos e deveres como cidadãos) é que o ser 
humano conseguirá alcançar a sua plenitude e felicidade. Ainda, leciono há 
Aula 00 – Aula Demonstrativa 
 
 
Direito Processual Civil – Teoria e Exercícios 
PGM – TNS – Analista Administrativo – Prefeitura de Teresina 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
Prof. Elisa Pinheiro 
 
 
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bastante tempo em cursos preparatórios para concursos públicos e exames da 
OAB, tanto na modalidade on-line como presencial. 
 
Em continuidade, destaco que sei que por vezes podemos parecer perdidos, que 
nossas metas podem aparentar longe ou impossíveis, mas tenham a certeza de 
que vocês já se encontram no caminho correto, ou seja, o trilhar, o tentar, o se 
dedicar. E é isso que importa! 
 
Claro, concurso também é aprendizado. Aprendizado de como estudar. Pois é, 
até isso temos que saber como fazer, mas o concurseiro vai amoldando para o 
seu dia a dia o que funciona ou não. 
 
Na verdade, não existem muitas fórmulas mágicas. E não necessariamente o 
que funciona para um, irá funcionar para outro. Mas, acredito que exista um 
consenso do que funciona ou não. Qual seja: conteúdo teórico direcionado, lei 
seca e exercícios (muitos, muitos, muitos). E, claro, disciplina! 
 
Sim, disciplina é essencial! Nada como um cronograma. Mas não é qualquer 
cronograma. Mas sim um realista. Não adianta querer estudar 8, 9, 10, 12 
horas por dia, mas entre essas horas ficar conectado em redes sociais, ou não 
revisar o conteúdo, ou não dar enfoque aos temas nevrálgicos das disciplinas. 
 
Também é muito importante que identifiquemos quais são os nossos pontos 
fracos, ou seja, quais são os temas que mais erramos. E a partir de então, 
apontarmos se esses erros são decorrentes de ausência de conteúdo teórico, ou 
se foi apenas falta de interpretação na hora de ler a questão, etc. 
 
No mais, destaco que esta aula é apenas uma pequena demonstração do 
que teremos pela frente e saibam que o conteúdo do nosso curso é muito 
Direito Processual Civil – Teoria e Exercícios 
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extenso, o que vai requere de você candidato, estudo redobrado no que diz 
respeito a esta disciplina. 
 
Bons estudos e rumo à aprovação. E nunca se esqueçam: sacrifício 
provisório = benefício permanente. 
 
 
A Banca 
 
A banca examinadora do nosso certame é Fundação Carlos Chagas (FCC). Não 
vou dizer que é uma instituição examinadora de concursos que elabora provas 
com conteúdos pautados apenas no texto da lei. Todavia, com um bom 
substrato teórico mais uma leitura detalhada da lei “seca”, é possível lograr 
êxito nas questões. 
 
Cabe ressaltar que como não tivemos muitos concursos pautados no novo 
Código de Processo Civil (NCPC), a intenção aqui é a de estudar da forma mais 
ampla possível os dispositivos desta nova normal processual. Portanto, nosso 
curso vai utilizar-se de exercícios já sobre o NCPC, assim como 
exercícios de concursos anteriores pautados no antigo CPC, mas 
adaptados para à nova realidade processual, assim como, também, 
exercícios elaborados por mim (que nomeio de “inéditos”). 
 
Assim, no decorrer das nossas aulas, para imprimir maior eficiência nas nossas 
aulas, além das questões da própria FCC, utilizarei exercícios de outras bancas 
(sempre que necessário), para que vocês tenham uma base mais sólida nos 
exercícios. Logo, nossos exercícios serão multibancas. 
 
 
 
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Metodologia das Aulas 
 
As nossas aulas seguirão as seguintes sistemáticas: 
a) Conteúdo teórico: 
a. Poderão ser utilizadas cores (para dar destaque aos pontos mais 
importantes ou recorrentes), assim como gráficos, mnemônicas 
entre outros recursos que facilitem o aprendizado. 
b) Lista com questões objetivas com comentários: 
a. Todas as questões serão comentadas uma a uma. 
b. Para identificar a palavra ou frase errada da questão, utilizarei a cor 
vermelha para dar maior destaque e ênfase naquilo que deixa a 
assertiva incorreta. Farei o mesmo com o a palavra ou frase 
correta, mas utilizando desta vez a cor azul. 
c. Também poderei utilizar recursos gráficos para melhor solidificação 
do conteúdo. 
c) Lista com questões objetivas sem comentários: 
a. Aqui apresento uma lista com muitas questões para que vocês 
possam resolvê-las e assim, consolidar todo o conteúdo teórico 
aprendido anteriormente. 
b. Recomento que realizem antes os exercícios antes de adentrarem 
na lista com as questões comentadas. 
d) Gabarito. 
 
Atenção! 
Para quem não tem o Novo Código de Processo Civil atualizado, deixo abaixo o 
link para que vocês possam acessá-lo diretamente no site do planalto. Assim, 
como o link da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 
(CRFB/88) que por vezes, também será usada em nossas aulas. 
 
 
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NCPC/2015: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm 
 
CRFB/88: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm 
 
 
Cronograma 
 
Aula Conteúdo Programático Data 
00 
Das Normas Fundamentais. Da Aplicação das Normas 
Processuais. 
Disponível 
01 Da Jurisdição e Da Ação. 22/06/2016 
02 
Dos Limites da Jurisdição Nacional e Da Cooperação 
Internacional. 
Da Competência Interna. 
29/06/2016 
03 
Das Partes e Dos Procuradores. 
Do Litisconsórcio. 
Da Intervenção de Terceiros. 
06/07/2016 
04 
Dos Juízes e Dos Auxiliares da Justiça. 
Do Ministério Público. 
Da Advocacia Pública. 
Da Defensoria Pública. 
13/07/2016 
05 
Dos Atos Processuais: Da Forma, Do Tempo e Do Lugar 
dos Atos processuais. 
Da Comunicação dos Atos Processuais. Das Nulidades. 
20/07/2016 
06 
Da Tutela Provisória. 
Da Formação, Da Suspensão e Da Extinção do Processo. 
Do Procedimento Comum – Parte I. 
27/07/2016 
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7 
07 Do Procedimento Comum – Parte II. 03/08/2016 
08 
Do Cumprimento de Sentença. 
Dos Procedimentos Especiais (da ação de consignação 
em pagamento; dos embargos de terceiro e da ação 
monitória). 
10/08/2016 
09 
Do Processo de Execução: da execução em geral; das 
diversas espécies de execução (da execução para a 
entrega de coisa, da execução das obrigações de fazer 
ou de não fazer, da execução por quantia certa); dos 
embargos à execução e da suspensão e da extinção do 
processo. 
17/08/2016 
10 
Da Ordem dos Processos e dos Processos de 
Competência Originária dos Tribunais. 
Dos Recursos. 
24/08/2016 
 
 
Observação: Além do nosso fórum de dúvidas, vocês também podem 
falar comigo através do e-mail: 
elisa.pinheiro@pontodosconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 
 
1. Aspectos Introdutórios. 
 
Meus amigos, hoje, iniciamos nossa primeira jornada rumo ao novo Código de 
Processo Civil (NCPC), e as novidades não são poucas. Inclusive, no decorrer do 
nosso curso, vocês perceberão que muitos institutos deixaram de existir, por 
outro lado, temos novas figuras jurídicas. 
 
Mas, não se preocupem, pois (sem deixar de ter em mente a objetividade que 
os concursos pedem), sempre que necessário, estarei lhes apresentando tais 
modificações. E vamos em frente rumo à aprovação! 
 
 
- Para o estudo desse capítulo, vocês devem ler e reler os artigos 1º a 12 do 
Novo Código de Processo Civil de 2015 (NCPC/2015). 
- A leitura é imprescindível para a assimilação do conteúdo, assim como para a 
efetiva resolução dos exercícios. 
- Sugiro que leiam tais artigos antes mesmo de dar continuidade à leitura dessa 
aula. 
 
Bom, e para começar as diferenciações, temos o art. 1º do NCPC, dispositivo 
esse sem precedente no antigo Código de Processo Civil de 1973 (CPC/73). 
 
NCPC/2015 CPC/73 
Art. 1º. O processo civil será 
ordenado, disciplinado e 
interpretado conforme os valores 
---------------------- 
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e as normas fundamentais 
estabelecidos na Constituição da 
República Federativa do Brasil, 
observando-se as disposições 
deste Código. 
 
O art. 1º, NCPC é o dispositivo central desta nova norma processualística. E tal 
artigo inova no sentindo de, expressamente, informar que o Processo Civil 
se alicerça na Constituição Federal 1988 (CF/88). 
 
Claro que as normas processuais civis (e também as penais, trabalhistas, etc.) 
são pautadas na normatividade Constitucional (caso contrário, teríamos 
flagrante inconstitucionalidade normativa). Inclusive, muitos são os dispositivos 
constitucionais aplicáveis ao Processo Civil (como veremos no decorrer do nosso 
curso), mas como eu disse acima, o grande diferencial do art. 1º do NCPC é 
exatamente nos trazer expressamente a informação que a CF é o alicerce do 
Processo Civil. 
 
Diante de tais premissas, é possível afirmar que as normas processuais civis 
devem ser interpretadas em sintonia com as normas fundamentais de cunho 
constitucional, ou seja, o NCPC expressamente exalta os valores 
constitucionais. 
 
2. Princípios do Direito Processual Civil. 
 
2.1. Conceito de Princípio e Generalidades. 
Existe um conceito clássico no direito que aduz que princípios são “linhas 
diretrizes que informam algumas normas e inspiram direta ou indiretamente 
uma série de soluções, pelo que podem servir para promover e embasar a 
aprovação de novas normas, orientar a interpretação das existentes e resolver 
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os casos não previstos.”, (Américo Plá Rodriguez. Princípios de Direito do 
Trabalho. São Paulo: LTr, 2002). 
 
Desta forma, os princípios servem como premissas, diretrizes gerais que 
orientam as ciências. Os princípios são proposições genéricas e que têm por 
intuito fundamentar e inspirar o legislativo quando da elaboração das 
normas positivadas. 
 
Assim, conforme entendimento doutrinário, os princípios possuem três 
funções: 
a) Integrativa ou construtiva; 
b) Interpretativa; e 
c) Normativa. 
 
Segundo a função integrativa ou construtiva os princípios são utilizados 
pelo legislador no momento da criação das leis. Exatamente por isso, que 
dizemos que os princípios são fontes materiais do direito. 
 
Conforme a função interpretativa sempre que houver dúvida no que se refere 
à interpretação da norma jurídica, os princípios serão utilizados como meio para 
interpretá-las. 
 
De acordo com a função normativa nas situações em que não há norma 
específica para ser aplicada a um caso concreto, o julgador utilizará os 
princípios como forma de integração. 
 
Bem meus amigos, com tais informações introdutórias, agora sim, vamos 
estudar os princípios em si. Inclusive, vocês perceberão abaixo ora princípios 
elencados apenas na própria CF/88 (também chamados de princípios 
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constitucionais), assim como aqueles elencados apenas no NCPC ou na CF e no 
NCPC. 
 
E, talvez vocês estranhem ter que estudar disposições principiológicas que não 
se encontram expressamente elencados na nova ordem processual civil. Mas, 
podem ficar sossegados, pois tal estudo se faz necessário. Primeiro porque o 
legislador não pode se furtar de interpretar as normas jurídicas de acordo com 
a CF/88 (fato, inclusive, expresso no art. 1º do NCPC). E, segundo, porque oexaminador cobra tais princípios (às vezes fala assim: “são princípios 
constitucionais aplicáveis ao processo do trabalho...”). 
 
Neste sentido, por uma questão didática, vamos subdividir aqui os princípios em 
duas categorias: 
a) Princípios constitucionais aplicáveis ao processo civil; e 
b) Princípios e garantias processuais no NCPC; e 
c) Princípios decorrentes da doutrina e jurisprudência. 
 
2.2. Princípios Constitucionais Aplicáveis ao Processo Civil. 
 
Bem, vivemos atualmente uma constante mutação no estudo do Direito 
Constitucional e tais modificações repercutem de forma drástica no Direito 
Processual (aqui englobando o Processual Civil, como o Processual do Trabalho, 
Processual Penal, etc.) e como bem explica Elpídio Donizetti: “(...) a 
Constituição tem força normativa e que, portanto, os direito e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata. Nesse contexto, o processo volta a ser 
estudado sob uma ótica constitucionalista, devendo-se adequar à tutela efetiva 
dos direito fundamentais e, além disso, ele próprio deve ser estruturado de 
acordo com os direitos fundamentais” (Curso Didático de Direito Processual 
Civil, 13ª Ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. 74). 
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Seguindo esta linha constitucional, vejamos quais são os princípios 
constitucionais aplicáveis ao Direito Processual Civil: 
 
 
 
 Principio do Devido Processo Legal ou Princípio da Legalidade. 
 
O princípio do devido processo legal, também chamado de princípio da 
legalidade, encontra-se agasalhado no art. 5º, inciso LIV da CF que aduz: 
 
Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal. 
 
Desta forma, o princípio do devido processo legal ou princípio da 
legalidade, constitui postulado fundamental do processo e dele se originam e 
convergem todos os demais princípios e garantias fundamentais processuais. 
Tal princípio está associado “(...) à ideia democrática que deve prevalecer 
na ordem processual” (Cândido Rangel Dinamarco, Instituições de direito 
processual civil, Editora Malheiros, 2002, p.245), (grifei). Logo, deve o Estado 
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13 
respeitar as garantias que permeiam o Estado de Direito, respeitando assim a 
lei de forma que assegure a cada uma das partes o que lhe é conferido por lei. 
 
Ainda, o devido processo legal apresenta duas dimensões: 
a) Material ou Substancial e 
b) Formal. 
 
O devido processo legal formal nada mais é do que o direito de processar e 
ser processado em conformidade com as normas pré-existentes. 
 
E de acordo com a concepção substancial, o devido processo legal 
substancial consiste na exigência e garantia de que as normas sejam razoáveis, 
proporcionais e adequadas, não afrontando o regime democrático de direito. 
 
 Princípio do Acesso à Justiça ou Princípio da Inafastabilidade da 
Jurisdição ou Princípio da Indeclinabilidade. 
 
O princípio do acesso à justiça ou princípio da inafastabilidade ou 
princípio da indeclinabilidade da jurisdição encontra-se respaldado no art. 
5º, inciso XXXV da CF que aduz: 
 
A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito. 
 
O que percebemos então da leitura do texto constitucional acima é que o 
princípio da inafastabilidade da jurisdição remete à garantia de ingresso em 
juízo e como consequência, a análise pelo Poder Judiciário da pretensão 
formulada. 
 
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14 
De acordo com este princípio, quando o órgão jurisdicional for provocado, não 
poderá se recursar a exercer a função de dirimir os conflitos a ele apresentado 
e tão pouco delegar tão atribuição. 
 
 
Até nos casos em que não exista norma geral e abstrata sobre direito material 
em discussão ou quando esta for obscura, o Estado-Juízo não poderá se 
abster de cumprir o seu papel jurisdicional. 
 
Enfim, “o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional manda que as 
pretensões sejam aceitas em juízo, sejam processadas e julgadas, que a tutela 
seja oferecida por ato do juiz àquele que tiver direito a ela – e, sobretudo, que 
ela seja efetiva como resultado prático do processo” (Cândido Rangel 
Dinamarco, Instituições de direito processual civil, Editora Malheiros, 2002, 
p.199). 
 
Ainda, além de seu caráter constitucional, o princípio do acesso à justiça, 
também se encontra previsto no art. 3º, do NCPC que aduz: 
 
Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. 
 
Aliás, está é outra originalidade proposta pela nova ordem processual civil, uma 
vez que o CPC/73 não dispunha sobre tal instituto. Vejamos: 
 
NCPC/2015 CPC/73 
Art. 3º. Não se excluirá da 
apreciação jurisdicional ameaça 
ou lesão a direito. 
---------------------- 
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§ 1o É permitida a arbitragem, na 
forma da lei. 
§ 2o O Estado promoverá, sempre 
que possível, a solução 
consensual dos conflitos. 
§ 3o A conciliação, a mediação e 
outros métodos de solução 
consensual de conflitos deverão 
ser estimulados por juízes, 
advogados, defensores públicos e 
membros do Ministério Público, 
inclusive no curso do processo 
judicial. 
 
 Princípio do contraditório. 
 
O princípio do contraditório, como corolário do devido processo legal vem 
informado no art. 5º, inciso LV, da CF/88 e artigos 7º, 8º, 9º do NCPC. 
 
Art.5º, LV.Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com 
os meios e recursos a ela inerentes. 
 
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao 
exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos 
ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao 
juiz zelar pelo efetivo contraditório. 
 
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja 
previamente ouvida. 
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16 
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base 
em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes 
oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a 
qual deva decidir de ofício. 
 
Desta forma, o contraditório nos impõe duas obrigatoriedades: 
 
 
 
Assim, o que percebemos, é que, em regra, o magistrado deve possibilitar a 
manifestação prévia acerca das questões a serem decididas, mesmo que se 
trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 
 
Todavia, o princípio do contraditório não é absoluto, comportando algumas 
exceções: 
a) Quando se tratar de tutela provisóriade urgência; 
b) Nas hipóteses de tutela de evidência (art. 311, II e III, NCPC); 
c) Na ação monitória, quando evidente o direito do autor, o juiz deferirá a 
expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para 
execução de obrigação de fazer ou de não fazer; 
d) Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente 
da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que 
contrariar: 
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17 
a. Enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça; 
b. Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior 
Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c. Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas 
repetitivas ou de assunção de competência; 
d. Enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. 
e) Quando tenha ocorrido a prescrição ou decadência. 
 
NCPC/2015 CPC/73 
Art. 7º. É assegurada às partes 
paridade de tratamento em 
relação ao exercício de direitos e 
faculdades processuais, aos 
meios de defesa, aos ônus, aos 
deveres e à aplicação de sanções 
processuais, competindo ao juiz 
zelar pelo efetivo contraditório. 
Art. 125. O juiz dirigirá o 
processo conforme as disposições 
deste Código, competindo-lhe: I 
– assegurar às partes igualdade 
de tratamento; 
Art. 9º. Não se proferirá decisão 
contra uma das partes sem que 
ela seja previamente ouvida. 
----------------------- 
Art. 10. O juiz não pode decidir, 
em grau algum de jurisdição, com 
base em fundamento a respeito 
do qual não se tenha dado às 
partes oportunidade de se 
manifestar, ainda que se trate de 
matéria sobre a qual deva decidir 
de ofício. 
----------------------- 
 
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18 
 Princípio da Duração Razoável do Processo ou Princípio da 
Celeridade. 
 
O princípio da duração razoável do processo ou princípio da celeridade 
foi introduzido na CRFB/88 através da Emenda Constitucional nº 45/2004, que 
acrescentou ao art. 5º o inc. LXXVIII que aduz: 
 
A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável 
duração do processo e os meios que garantem a celeridade de sua 
tramitação. 
 
Diante de tais premissas, conforme estabelece Elpídio Donizetti “processo 
devido é o processo tempestivo, capaz de oferecer, a tempo e modo, a tutela 
jurisdicional” (Curso Didático de Direito Processual Civil, 13ª Ed., Rio de 
Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. 88). 
 
Desta forma, seguindo os preceitos contidos no princípio da duração razoável 
do processo, devem-se buscar os melhores resultados possíveis, com a maior 
economia de esforços, despesas e tempo possível. 
 
Há de se ressaltar, que assim como o antigo CPC, o NCPC prevê expressamente 
o dispositivo em comento. Vejamos o quadro comparativo abaixo: 
 
NCPC/2015 CPC/73 
Art. 4º As partes têm o direito de 
obter em prazo razoável a 
solução integral do mérito, 
incluída a atividade satisfativa. 
Art. 125. O juiz dirigirá o 
processo conforme as disposições 
deste Código, competindo-lhe: 
II – velar pela rápida solução do 
litígio. 
 
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19 
 Princípio da Isonomia ou Princípio da Igualdade. 
 
O princípio da isonomia ou igualdade vem Consagrado entre os ideais da 
revolução francesa e encontra-se estabelecido no caput do art. 5º, da CF/88 
que aduz que: 
 
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: (...) 
 
Também encontramos tal princípio consagrado no art. 7º, NCPC e o antigo CPC 
o regulamentava no art. 125, I. 
 
NCPC/2015 CPC/73 
Art. 7o É assegurada às partes 
paridade de tratamento em 
relação ao exercício de direitos e 
faculdades processuais, aos 
meios de defesa, aos ônus, aos 
deveres e à aplicação de sanções 
processuais, competindo ao juiz 
zelar pelo efetivo contraditório. 
Art. 125. O juiz dirigirá o 
processo conforme as disposições 
deste Código, competindo-lhe: 
I - assegurar às partes igualdade 
de tratamento. 
 
Entendam: o princípio da igualdade está relacionado à ideia de processo justo e 
isto somente acontecerá quando for dispensado às partes e procuradores 
tratamento idêntico, para que assim possam ter iguais oportunidades de fazer 
valer seus ideais perante o Juízo. 
 
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20 
Agora, devemos entender a expressão “isonomia” não a par da literalidade do 
texto da lei, isto porque com o decorrer do tempo constatou-se que, a pretexto 
de dar tratamento igualitário a todos, a isonomia formal perpetuava 
diferenças e eternizava privilégios, uma vez que as pessoas não são iguais, até 
mesmo porque há homens e mulheres, há os mais fortes e os mais fracos, os 
economicamente mais poderosos e os menos e caso tais diferenciais não sejam 
levados em consideração, a lei, mesmo que seja formalmente justa, acabará 
por criar reais injustiças. 
 
E a partir desta situação surgiu a isonomia substancial ou material ou 
efetiva ou real ou concreta ou situada, que é aquela em que o legislador, 
quando da criação das normas e o magistrado quando da aplicação destas, 
deve levar em conta todas as peculiaridades de cada sujeito. 
 
“A igualdade objeto de garantia constitucional, portanto, é a igualdade 
substancial, material, e não a meramente formal. Assegurar a igualdade, já 
dizia Rui Barbosa, é tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, 
na medida da desigualdade deles” (Elpídio Donizetti, Curso Didático de Direito 
Processual Civil, 13ª Ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. 88). 
 
Diante de tais premissas, vejamos de forma resumida as diferenças básicas 
entre isonomia formal e material: 
 
Isonomia Formal Isonomia Material 
Está disposta no texto 
constitucional. 
É o objetivo a ser alcançado pelo 
Estado através da implementação 
de políticas públicas. 
 Na aplicação das normas, devem 
ser consideradas as 
peculiaridades de cada sujeito. 
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21 
 Exemplo: 
- Prazos maiores concedidos ao 
Ministério Público e à Fazenda 
Pública. 
- Reexame necessário das 
sentenças proferidas contra a 
Fazenda Pública. 
- Inversão do ônus da prova. 
 
A isonomia material encontra-se na máxima: "a regra da igualdade não consiste 
senão em aquinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se 
desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdadenatural, é 
que se acha a verdadeira lei da igualdade. O mais são desvarios da inveja, do 
orgulho ou da loucura. Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com 
igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real", Oração aos 
moços – Rui Barbosa. 
 
A imagem abaixo representa bem o que seria a isonomia formal e a 
isonomia real. 
 
Isonomia Formal Isonomia Real. 
 
 
 Principio da Imparcialidade do Juiz e o Princípio do Juiz Natural. 
 
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22 
O princípio do juiz natural encontra-se agasalhado constitucionalmente no 
art. 5º, inciso LIII da CF, que aduz: 
 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente. 
 
Por sua vez, o princípio da imparcialidade do juiz está normatizado no art. 
5º, incisos XXXVII da CF: 
 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção. 
 
Neste caso em específico, o constituinte teve a preocupação em limitar o 
arbítrio do poder estatal e também em assegurar a imparcialidade do juiz. 
Desta forma, para que o exercício da jurisdição possa ser considerado legítimo, 
é extremamente necessário que os agentes (juiz, promotor, escrivão, etc.) que 
atuem em nome do Estado, o façam com total imparcialidade, sem que 
possuam qualquer tipo de interesse próprio na causa discutida em Juízo. 
 
Ademais, a imparcialidade do Juízo é pressuposto de validade da relação 
jurídico processual (tema que estudaremos posteriormente). 
 
Já juiz natural é aquele em que sua competência vem prevista nas regras 
existentes no ordenamento jurídico e que não pode (salvo algumas exceções e 
que também serão estudadas mais para frente) ser modificada posteriormente. 
 
 Princípio do Duplo Grau de Jurisdição. 
 
O princípio do duplo grau de jurisdição é a possibilidade que as partes 
possuem de submeterem suas demandas que já foram apreciadas e decididas 
pelo juízo originário a novo julgamento por órgão hierarquicamente superior. 
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O duplo grau de jurisdição, como consectário do devido processo legal, 
encontra-se previsto implicitamente no Texto Constitucional. Atenção 
para isso, pois já vi cobrar em prova que o princípio em comento é previsto 
expressamente na CF e isso é errado! 
 
De acordo com Dinamarco, várias são as razões que dão ensejo ao cabimento 
do duplo grau de jurisdição e entre ele podemos citar: 
a) Conveniência de se uniformizar a jurisprudência nacional, evitando 
decisões díspares sobre uma mesma matéria, o que seria praticamente 
impossível se cada juízo de primeiro grau decidisse em caráter de 
definitividade; 
b) Necessidade de se controlar as atividades dos juízes inferiores, 
legitimando a atuação do Judiciário; e 
c) A conveniência psicológica de se assegurar ao perdedor mais uma chance 
de êxito. 
 
 
A CF/88 mitiga a incidência do duplo grau de jurisdição, ou seja, as 
situações legais que não admitem que uma decisão judicial seja revista não 
podem ser consideradas inconstitucionais. 
Desta forma, inúmeros são os exemplos em que não há o duplo grau de 
jurisdição e que nem por isto padecem do vício da 
inconstitucionalidade. 
Exemplo: o caso das causas de competência originária do Supremo Tribunal 
Federal (STF). 
Exemplo: irrecorribilidade da decisão que releva pena de deserção caso provado 
justo impedimento pelo recorrente (art.1.007, § 6º, NCPC). 
 
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 Princípio da Publicidade dos Atos Processuais. 
 
O princípio da publicidade dos atos processuais encontra-se expresso nos 
seguintes dispositivos constitucionais: 
 
Art. 5º, LX. A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais 
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. 
 
Art. 93: 
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei 
limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus 
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do 
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse 
público à informação. 
X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em 
sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria 
absoluta de seus membros. 
 
O NCPC também consagra o princípio da publicidade. Vejamos: 
 
Art. 8º. Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais 
e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade 
da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a 
legalidade, a publicidade e a eficiência. 
 
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão 
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. 
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Desta forma, podemos concluir que a publicidade é uma forma de controle das 
decisões judiciais, uma vez que a sociedade possui o direito de conhecê-las, 
para que possa assim, fiscalizar os seus juízes e Tribunais. 
 
Todavia o princípio da publicidade não é absoluto, reconhecendo a 
Constituição que a depender das situações, poderá a publicidade ser 
restringida. Vejamos: 
 
Art. 5º, LX. A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais 
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. 
 
Neste mesmo sentindo, trata o NCPC em seus artigos 11, parágrafo único e 189 
(art.155, CPC/73) quando aduzem: 
 
Art. 11, parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser 
autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de 
defensores públicos ou do Ministério Público. 
 
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo 
de justiça os processos: 
I – em que o exija o interesse público ou social; 
II – que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, 
separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e 
adolescentes; 
III – em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à 
intimidade; 
IV – que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta 
arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja 
comprovada perante o juízo. 
 
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RESUMINDO 
A Publicidade dos Atos Processuais 
Poderá ser Restringida Quando: 
A defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. 
O interesse público ou social exija. 
Versarem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, 
separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e 
adolescentes. 
Constem dados protegidos pelo direito constitucionalà intimidade. 
Versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta 
arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja 
comprovada perante o juízo. 
Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença 
somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou 
do Ministério Público. 
 
 Princípio da Motivação das Decisões Judiciais. 
 
O princípio da motivação das decisões judiciais encontra-se devidamente 
elencado no art. 93, inciso IX que reza: 
 
Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a 
lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus 
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do 
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse 
público à informação. 
 
Neste mesmo sentido o NCPC no art. 11, segunda parte: 
 
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Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão 
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de 
nulidade. 
 
Desta forma, assim como o princípio da publicidade, o princípio da motivação 
dos atos judiciais também se relaciona à necessidade de controle social e 
político do órgão Jurisdicional. Caso uma decisão não seja devidamente 
fundamentada, ou seja, não contenha os motivos pelos quais o magistrado se 
decidiu por esta ou aquela decisão, os atos jurisdicionais poderão ser 
considerados nulos. 
 
Por fim, vejamos abaixo os artigos do antigo CPC que correspondem ao NCPC 
sobre o tema tratado: 
 
NCPC/2015 CPC/73 
Art. 11. Todos os julgamentos 
dos órgãos do Poder Judiciário 
serão públicos, e 
fundamentadas todas as 
decisões, sob pena de 
nulidade. 
Art. 131. O juiz apreciará 
livremente a prova, atendendo 
aos fatos e circunstâncias 
constantes dos autos, ainda que 
não alegados pelas partes; mas 
deverá indicar, na sentença, 
os motivos que lhe formaram 
o convencimento. 
 
Art. 165. As sentenças e acórdãos 
serão proferidos com observância 
do disposto no art. 458; as 
demais decisões serão 
fundamentadas, ainda que de 
modo conciso. 
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2.3. Princípios e Garantias Processuais no NCPC. 
 
São os princípios e garantias processuais previstos no NCPC: 
 
 
 
Amigos, como vocês podem perceber, alguns dos princípios supraelencados já 
foram estudos em tópico anterior, isso porque, como eu disse anteriormente, 
alguns princípios aplicáveis ao Processo Civil estão previstos ou somente no CPC 
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ou neste e na CF ou somente na CF e também podem estar previstas em 
doutrinas e jurisprudências. 
 
Desta forma, por uma questão didática e para melhor visualização desses 
mandamentos, reputei por bem, elencá-los novamente na nossa listinha acima. 
Claro que não irei repetir o que significa aqui, até porque não tem necessidade, 
uma vez que já foram estudos. 
 
Mas, somente para relembrar, já estudamos os seguintes princípios: 
a) Princípio do devido processo legal; 
b) Princípio da inafastabilidade; 
c) Princípio da duração razoável do julgamento; 
d) Princípio da isonomia; 
e) Princípio do contraditório; 
f) Princípio da ampla defesa; 
g) Princípio da publicidade; 
h) Princípio da motivação; e 
i) Princípio da imparcialidade. 
 
Vamos, então, estudar o restante. 
 
 Princípio da Ação ou Da Demanda ou Da Inércia e Princípio do 
Impulso Oficial. 
 
O princípio da ação ou princípio da demanda ou da inércia ou princípio 
do dispositivo indica a atribuição à parte da iniciativa de provocar o exercício 
da função jurisdicional. 
 
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30 
Por sua vez, o princípio do impulso oficial ou princípio do inquisitivo 
significa que após a instauração do processo, cabe ao magistrado dar 
continuidade e progresso até o esgotamento da função jurisdicional. 
 
Assim, a regra é: 
1. O processo inicia-se por iniciativa da parte (o autor é quem procura o 
Poder Judiciário para que este dirima seus conflitos/interesses); e após 
isso 
2. O processo se desenvolve (segue seu curso normal) por impulso oficial, 
ou seja, o próprio juiz dá seguimento ao feito independentemente da 
vontade das partes, o que se justifica ante o caráter público da função 
jurisdicional. 
 
O NCPC expressamente enunciou tais princípios, vejamos: 
 
Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve 
por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. 
 
Entretanto, o princípio da inércia não é absoluto e comporta algumas 
exceções, ou seja, as medidas podem ser tomadas de ofício pelo juiz. Entre 
tais exceções encontramos: 
a) Execução trabalhista – art. 872, CLT; 
b) Decretação de falência de empresa sob o regime de recuperação judicial – 
artigos 73 e 74 da Lei 11.101/2005; 
c) Dar início ao cumprimento de sentença nas obrigações de fazer, não fazer 
e entregar coisa – artigos 536 e 538, NCPC; 
d) Conflito de competência – art. 953, I, NCPC; e 
e) Instauração de Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas – art. 
977, I, NCPC; 
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31 
 
Quando o magistrado age de ofício (princípio do impulso oficial), mesmo 
assim, ele tem que ouvir as partes contrárias (em decorrência do princípio 
do contraditório). 
 
Por fim, vejamos abaixo os artigos do antigo CPC que correspondem ao NCPC 
sobre o tema tratado: 
 
NCPC/2015 CPC/73 
Art. 2.º O processo começa por 
iniciativa da parte e se 
desenvolve por impulso oficial, 
salvo as exceções previstas em 
lei. 
Art. 262. O processo civil começa 
por iniciativa da parte, mas se 
desenvolve por impulso oficial. 
Art. 2.º Nenhum juiz prestará a 
tutela jurisdicional senão quando 
a parte ou o interessado a 
requerer, nos casos e forma 
legais. 
 
 Princípio da Boa-fé Processual. 
 
O princípio da boa-fé processual encontra-se previsto no artigo 5º do NCPC. 
Vejamos: 
 
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve 
comportar-se de acordo com a boa-fé. 
 
Entretanto, antes de estudarmos propriamente o princípio da boa-fé processual, 
cabe aqui uma diferenciação entre a boa-fé objetiva e a boa-fé subjetiva. 
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32 
BOA-FÉ OBJETIVA BOA-FÉ SUBJETIVA 
É uma regra de conduta. É um estadopsicológico, um fato. 
Não é um princípio. 
Analisa-se se a pessoa agiu de 
acordo com os padrões de 
comportamento impostos pelo 
direito em determinada local e 
situação. 
Analisa-se se a pessoa pensava, 
sinceramente, que agia ou não de 
acordo com o direito. 
Aqui se verifica as boas ou más 
intenções da pessoa. 
A boa-fé é examinada 
externamente. 
Leva-se em conta a conduta da 
pessoa e não o seu sentimento. 
A boa-fé é examinada 
internamente. 
Leva-se em conta o sentimento 
da pessoa. 
 
Diante de tais premissas, é correto informar que de acordo com o princípio da 
boa-fé processual, todos aqueles que participam do processo (partes, sujeitos 
do processo, o órgão jurisdicional como um todo) devem comportar-se de 
acordo com a boa-fé (norma de conduta). 
Cabe esclarecer, que o princípio da boa-fé encontra-se relacionado aos 
princípios da lealdade processual e da cooperação. 
 
Por fim, vejamos abaixo os artigos do antigo CPC que correspondem ao NCPC 
sobre o tema tratado: 
 
NCPC/2015 CPC/73 
Art. 5.º Aquele que de qualquer 
forma participa do processo deve 
comportar-se de acordo com a 
boa-fé. 
Art. 14. São deveres das partes e 
de todos aqueles que de qualquer 
forma participam do processo: 
II – proceder com lealdade e boa-
fé. 
 
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33 
 Princípio da Cooperação. 
 
“A doutrina brasileira importou do Direito Europeu o princípio da cooperação 
ou da colaboração, segundo o qual o processo seria o produto da atividade 
cooperativa triangular (entre juiz e as partes). A moderna concepção processual 
exige um juiz ativo no centro da controvérsia e a participação ativa das partes, 
por meio do caráter isonômico entre os sujeitos do processo.”, (Elpídio 
Donizetti, Curso Didático de Direito Processual Civil, 19ª Ed., Editora GEN, 
2016, p. 42). 
 
Nesse sentido, vejamos o que diz o NCPC: 
 
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se 
obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. 
 
Logo, o que se percebe é o que o princípio da cooperação relaciona-se com o 
princípio da boa-fé processual, pressupondo que as partes e os sujeitos 
(inclusive o magistrado) do processo tenham uma conduta leal. Portanto, o 
princípio da cooperação traz nos remete à ideia de respeito, confiança, 
honestidade e razoabilidade na participação processual. 
 
Cabe esclarecer, conforme Elpídio Donizetti bem explica, que o princípio da 
cooperação gera alguns deveres: 
a) Dever de esclarecimento: 
- significa que o magistrado tem o dever de esclarecer às partes possíveis 
dúvidas sobre as suas alegações, pedidos ou posições em juízo. 
b) Dever de consulta: 
- diz respeito à obrigação de o juiz ouvir prviamente as partes sobre as 
questões de fato ou de direito que possam influenciar o julgamento da 
causa. 
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34 
c) Dever de prevenção: 
- o magistrado deve apontar as deficiências postulatórias das partes, para 
que estas possam ser supridas. 
d) Dever de auxílio: 
- o juiz tem o dever de auxiliar a parte a superar eventual dificuldade que 
lhe diminua o exercício de seu ônus ou deveres processuais. 
e) Dever de urbanidade: 
- o magistrado deve adotar conduta adequada, ética e respeitosa em sua 
atividade judicante. 
 
 Princípio da Função Social do Processo, Princípio da Dignidade da 
Pessoa Humana, Princípio da Proporcionalidade, Princípio da 
Razoabilidade, Princípio Legalidade e Princípio da Eficiência. 
 
Art. 8º, NCPC. Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos 
fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e 
promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a 
proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a 
eficiência. 
 
 Princípio da Função Social do Processo. 
 
De acordo com o princípio da função social do processo, a solução dos 
conflitos deve se dar de forma a visar o bem comum. Logo, a dignidade da 
pessoa humana (que é um fundamento da República Federativa do Brasil, 
conforme art. 1.º, III, da CF), deve guiar o exercício da atividade jurisdiciona. 
 
 Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. 
 
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35 
A dignidade da pessoa humana encontra-se prevista no artigo 1º, inciso III 
da Constituição Federal e é um dos fundamentos do Estado Democrático de 
Direito, inerente à República Federativa do Brasil. 
 
Como princípio fundamental, tem por finalidade assegurar ao homem um 
mínimo de direitos que devem ser respeitados pela sociedade e pelo poder 
público, de forma a preservar a valorização do ser humano. 
 
Logo, “a dignidade da pessoa humana, (...) está erigida como princípio matriz 
da Constituição, imprimindo-lhe unidade de sentido, condicionando a 
interpretação das suas normas e revelando-se, ao lado dos Direitos e Garantias 
Fundamentais, como cânone constitucional que incorpora as exigências de 
justiça e dos valores éticos, conferindo suporte axiológico a todo o sistema 
jurídico brasileiro.”, (Flávia Piovesan. Direitos humanos e o direito constitucional 
internacional. 4ed. São Paulo: Max Limonad, 2000). 
 
 Princípio da Proporcionalidade. 
 
De acordo com o princípio da proporcionalidade tem por finalidade precípua 
equilibrar os direitos individuais com os anseios da sociedade. Logo, o princípio 
da proporcionalidade limita a atuação e a discricionariedade dos poderes 
públicos. 
 
 Princípio da Razoabilidade. 
“Segundo o princípio da razoabilidade, todo provimento jurisdicional deve 
obedecer a critérios aceitáveis racionalmente, consoante o senso comum e 
respeitando as finalidades que justifiquem a concessão da liberalidade 
legalmente concedida. Trata-se de um princípio ligado à prudência, à sensatez, 
à coerência, que tem por escopo nortear o pronunciamento judicial a fim de que 
este acate as finalidades da lei que atribuiu ao magistrado determinada 
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discricionariedade.”, (Elpídio Donizetti, Curso Didático de Direito Processual 
Civil, 19ª Ed., Editora GEN, 2016, p. 52). 
 
 Princípio Legalidade. 
 
De acordo com o art. 5º, inciso II, da Constituição Federal: 
 
Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei. 
 
Assim, o que percebemos é que o princípio da legalidade é uma consiste em 
uma garantia constitucional, uma vez que tem por objetivo proteger os 
indivíduos contra os arbítrios cometidos pelo Estado ou por outros particulares. 
Desta forma, os indivíduos têm ampla liberdade para fazerem o que desejarem, 
desde que não seja um ato proibido por lei. 
 
 Princípio da Eficiência. 
 
O princípio da eficiência é um dos princípios norteadores da administração 
anexo aos princípios da legalidade, finalidade, da motivação, da razoabilidade,da proporcionalidade, da moralidade, da ampla defesa, do contraditório, da 
segurança jurídica e do interesse público. 
 
A eficiência é “o que se impõe a todo o agente público de realizar suas 
atribuições com presteza, perfeição e rendimento profissional.”, (Hely Lopes 
Meirelles. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2002). 
 
Desta forma, este princípio abarca o servidor público, assim como toda a 
administração pública, que ter por objetivo uma boa administração, de forma 
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que o aparelho estatal seja menos burocrático e mais atualizado aos padrões 
modernos, porém sem causa prejuízo à sociedade. 
 
 Princípio da Lealdade Processual. 
 
O princípio da lealdade processual se relacionada com o princípio da 
cooperação e diz respeito ao fato de que as partes, sujeitos do processo e todo 
o órgão jurisdicional, devem agir com honestidade e não podem obter 
resultados escusos. 
 
 Princípio da Cronologia. 
 
Conforme o princípio da cronologia, os juízes e os tribunais atenderão, 
preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença 
ou acórdão. 
 
Entretanto, estão excluídos da ordem cronológica: 
a) As sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de 
improcedência liminar do pedido; 
b) O julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica 
firmada em julgamento de casos repetitivos; 
c) O julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de 
demandas repetitivas; 
d) As decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932, NCPC; 
e) O julgamento de embargos de declaração; 
f) O julgamento de agravo interno; 
g) As preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de 
Justiça; 
h) Os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência 
penal; 
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i) A causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão 
fundamentada. 
 
2.4. Princípios Decorrentes da Doutrina e da Jurisprudência. 
 
Por fim, temos aqueles princípios decorrentes da criação doutrinária ou 
jurisprudencial. Vejamos: 
 
 
 
 Princípio da Identidade Física do Juiz. 
 
De acordo com o princípio da identidade física do juiz, o magistrado que 
presidiu e concluiu a instrução probatória fica vinculado ao processo e, com 
isso, ser o prolator da sentença, pois é quem tem as melhores condições para 
analisar a questão, uma vez que colheu as provas. 
 
No antigo CPC, tal princípio vinha normatizado no art. 132. Entretanto, o atual 
sistema processual civil não contempla o instituto em comento, até mesmo 
porque a colheita da prova oral pode ser feita por intermédio de 
videoconferência, dispensando-se, assim, a fiel vinculação do juiz que 
acompanhou a instrução processual. 
 
Diante de tais premissas, não há mais a obrigatoriedade da figura da 
identidade física do juiz. 
 
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 Princípio da Efetividade. 
 
O princípio da efetividade decorre do devido processo legal e garante que 
todos os direitos se efetivem. Neste sentido, a efetividade processual consiste 
na capacidade que o processo tem de assegurar o objetivo a que se propõem. E 
para que isso aconteça é necessário que o processo disponha de instrumentos 
adequados para a realização do objetivo a que se propõem. 
 
 Princípio da Adequação. 
 
De acordo com o princípio da adequação, as regras processuais devem ser 
adequadas, não bastando que ela seja formalmente devida, ou seja, as normas 
devem ser adequadas ao caso concreto. 
 
 Princípio da Improrrogabilidade da Jurisdição. 
 
O princípio da improrrogabilidade da jurisdição ou princípio da 
aderência ao território é aquele que veda ao juiz o exercício da função 
jurisdicional fora dos limites delineados pela lei. 
 
 Princípio da Persuasão Racional do Juiz. 
 
De acordo com o princípio da persuasão racional do juiz ou do livre 
convencimento motivado o juiz é livre para formar o seu convencimento, 
assim como na apreciação das provas e fatos apresentados pelas partes, desde 
que exercido de forma fundamentada. Logo, o juiz está vinculado à prova e aos 
demais elementos presentes nos autos e, também se vincula às regras legais e 
às máximas de experiência. 
 
 
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DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS. 
 
1. Regência da Jurisdição Civil. 
 
Como regra, a jurisdição civil será exercida pelas leis brasileiras e também 
pelas normas internacionais de que o Brasil seja parte. Cabe ressaltar, que o 
CPC/73 já tinha normatização nesse sentido. Vejam o quadro comparativo: 
 
NCPC/2015 CPC/73 
Art. 13. A jurisdição civil será 
regida pelas normas processuais 
brasileiras, ressalvadas as 
disposições específicas previstas 
em tratados, convenções ou 
acordos internacionais de que o 
Brasil seja parte. 
Art. 1.211. Este Código regerá o 
processo civil em todo o território 
brasileiro. Ao entrar em vigor, 
suas disposições aplicar-se-ão 
desde logo aos processos 
pendentes. 
 
2. Da Retroatividade das Normas Processuais. 
 
As leis processuais possuem efeito imediato perante os feitos pendentes, mas 
não retroagem, uma vez que só os atos posteriores à sua entrada em vigor é 
que se regularão por seus preceitos. 
 
Neste sentido, a nova ordem processual deve respeitar o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada, conforme preceitua a CF/88 e a Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB). 
 
Art. 5º, CF. XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada; 
 
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Art. 6º, LINDB. A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o 
ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
 
Logo, quando a nova ordem jurídica atinge um processo em andamento, não 
produz efeito sobre os fatos ou atos ocorridos sob o império da lei revogada. 
 
Desta feita, de acordo com a regra do isolamento dos atos processuais, a nova 
norma alcança o processo no estado em que se achava no momento de sua 
entrada em vigor, de forma a respeitar os atos já praticados, que continuam 
regulados pela lei do tempo em que foram consumados. 
 
Neste sentido, o NCPC em nada inovou, uma vez que o antigo já tratava sobre 
tal temática. Vejamos: 
 
NCPC/2015 CPC/73 
Art. 14. A norma processual não 
retroagirá e será aplicável 
imediatamente aos processos em 
curso, respeitados os atos 
processuais praticados e as 
situações jurídicas consolidadas 
sob a vigência danorma 
revogada. 
Art. 1.211. Este Código regerá o 
processo civil em todo o território 
brasileiro. Ao entrar em vigor, 
suas disposições aplicar-se-ão 
desde logo aos processos 
pendentes. 
 
3. Da Função Subsidiária do Novo Código de Processo Civil. 
 
O NCPC, além de disciplinar a jurisdição civil, também funciona como a principal 
fonte do direito processual no ordenamento jurídico brasileiro. Destaca-se, que 
o antigo CPC não trazia essa . 
 
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42 
NCPC/2015 CPC/73 
Art. 15. Na ausência de normas 
que regulem processos eleitorais, 
trabalhistas ou administrativos, 
as disposições deste Código lhes 
serão aplicadas supletiva e 
subsidiariamente. 
----------- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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43 
Questões Comentadas. 
 
Questão 01 / CESPE / TCE-RN / Auditor / 2015. 
 
CERTA O princípio da cooperação processual se relaciona à prestação efetiva da 
tutela jurisdicional e representa a obrigatoriedade de participação ampla de 
todos os sujeitos do processo, de modo a se ter uma decisão de mérito justa e 
efetiva em tempo razoável. 
 
Comentários: 
O princípio da cooperação relaciona-se com o princípio da boa-fé processual, 
pressupondo que as partes e os sujeitos (inclusive o magistrado) do processo 
tenham uma conduta leal. Portanto, o princípio da cooperação traz nos remete 
à ideia de respeito, confiança, honestidade e razoabilidade na participação 
processual. 
 
Questão 02 / FUNIVERSA / SEPLAG-DF / Analista / 2015 / Alterado. 
 
ERRADA De acordo com a regra civil, a existência, a validade e a vigência da 
nova legislação processual terão início com a sua publicação. 
 
Comentários: 
Não necessariamente a lei processual civil vigerá na data da sua publicação, 
podendo, como é o caso do NCPC, ser estabelecido um período de vacatio legis, 
que no nosso caso, foi de um ano após a publicação do novo código. 
 
Cabe ressaltar, que o intervalo entre a data da publicação da lei e a sua entrada 
em vigor denomina-se vacatio legis. Inclusive, durante este intervalo (vacatio 
legis), a lei não produzirá efeitos, devendo incidir a lei anterior no sistema 
legislativo. 
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44 
Vejamos o gráfico abaixo para entendermos melhor: 
 
edição publicação vigência 
 
 vacatio legis 
 
sem obrigatoriedade obrigatoriedade da 
 da nova lei da nova lei 
 
 vigora a lei antiga 
 
Questão 03 / FUNIVERSA / SEPLAG-DF / Analista / 2015. 
 
CERTA Se a nova legislação processual tratar inteiramente a matéria da 
codificação anterior sem modificá-la, a força normativa cogente está na lei 
nova. 
 
Comentários: 
Art. 2º, § 1º, da LINDB. A lei posterior revoga a anterior quando 
expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando 
regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
 
Questão 04 / MPDFT / MPDFT / Promotor de Justiça Adjunto / 2015 / 
Alterado. 
 
ERRADA O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve 
por impulso oficial. Todavia, há casos em que o juiz, de ofício, dá início ao 
processo de inventário, por exemplo. 
 
Comentários: 
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A regra é: 
3. O processo inicia-se por iniciativa da parte (o autor é quem procura o 
Poder Judiciário para que este dirima seus conflitos/interesses); e após 
isso 
4. O processo se desenvolve (segue seu curso normal) por impulso oficial, 
ou seja, o próprio juiz dá seguimento ao feito independentemente da 
vontade das partes, o que se justifica ante o caráter público da função 
jurisdicional. 
 
Entretanto, o que torna a questão incorreta, é afirmar que o juiz poderá, de 
ofício, dar início ao processo de inventário. Na verdade, essa atuação, de ofício, 
era possível no antigo CPC. 
 
Questão 05 / MPDFT / MPDFT / Promotor de Justiça Adjunto / 2015 / 
Alterado 
 
CERTA A isonomia no processo civil consiste, sob o aspecto formal, em tratar a 
todas as partes igualmente. Todavia, existem sujeitos processuais, como o 
Ministério Público, que tem prazo em dobro para manifestar-se nos autos. 
 
Comentários: 
O princípio da igualdade ou da isonomia está relacionado à ideia de processo 
justo e isto somente acontecerá quando for dispensado às partes e 
procuradores tratamento idêntico, para que assim possam ter iguais 
oportunidades de fazer valer seus ideais perante o Juízo. 
 
E um exemplo da isonomia material (que já estudamos), consiste exatamente 
na concessão de prazos maiores ao Ministério Público. 
 
Questão 06 / FCC / TCM-GO / Auditor Conselheiro Substituto / 2015. 
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Como regra geral, o juiz que colheu prova oral em audiência fica 
vinculado ao julgamento do processo. Esta norma refere-se ao princípio 
da 
ERRADA a) persuasão racional. 
ERRADA b) adstrição ou congruência. 
ERRADA c) isonomia processual. 
ERRADA d) concentração dos atos processuais. 
 
CERTA e) identidade física do juiz. 
 
Comentários: 
De acordo com o princípio da identidade física do juiz, o magistrado que 
presidiu e concluiu a instrução probatória fica vinculado ao processo e, com 
isso, ser o prolator da sentença, pois é quem tem as melhores condições para 
analisar a questão, uma vez que colheu as provas. 
 
Atenção! Não há mais a obrigatoriedade da figura da identidade física do juiz. 
 
Questão 07 / FCC / TJ-AP / Juiz / 2014. 
 
O princípio constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional 
 
ERRADA a) não se aplica ao processo civil, por ser de direito substancial 
constitucional. 
ERRADA b) não se aplica ao processo civil, por ser próprio do Direito 
Administrativo e do Direito Tributário. 
ERRADA c) aplica-se ao processo civil e significa a obrigatoriedade de o Juiz 
decidir as demandas propostas, quaisquer que sejam. 
 
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CERTA d) aplica-se ao processo civil e significa que a lei não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão ou ameaça a direito. 
 
Comentários: 
O princípio do acesso à justiça ou princípio da inafastabilidade ou 
princípio da indeclinabilidade da jurisdição encontra-se respaldado no art. 
5º, inciso XXXV da CF que aduz: 
 
A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ouameaça a 
direito. 
 
Ainda, além de seu caráter constitucional, o princípio do acesso à justiça, 
também se encontra previsto no art. 3º, do NCPC que aduz: 
 
Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a 
direito. 
 
ERRADA e) aplica-se ao processo civil e significa que ninguém pode alegar o 
desconhecimento da lei para impedir a prestação jurisdicional. 
 
Questão 08 / FCC / MPE-MA / Técnico Ministerial – Execução de 
Mandados / 2013. 
 
O processo se origina por iniciativa da parte (nemo iudex sine actore ne 
procedat iudex ex officio), mas se desenvolve por impulso oficial (CPC 
262) (Nelson Nery Jr e Rosa Maria de Andrade Nery, Código de 
Processo Civil Comentado, 13. ed., 2013, p. 207). Trata-se do princípio 
de direito processual da 
 
CERTA a) inércia ou dispositivo. 
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48 
 
Comentários: 
O princípio da ação ou princípio da demanda ou da inércia ou princípio 
do dispositivo indica a atribuição à parte da iniciativa de provocar o exercício 
da função jurisdicional 
 
Por sua vez, o princípio do impulso oficial ou princípio do inquisitivo 
significa que após a instauração do processo, cabe ao magistrado dar 
continuidade e progresso até o esgotamento da função jurisdicional. 
 
Assim, a regra é: 
1. O processo inicia-se por iniciativa da parte (o autor é quem procura o 
Poder Judiciário para que este dirima seus conflitos/interesses); e após 
isso 
2. O processo se desenvolve (segue seu curso normal) por impulso oficial, 
ou seja, o próprio juiz dá seguimento ao feito independentemente da 
vontade das partes, o que se justifica ante o caráter público da função 
jurisdicional. 
 
ERRADA b) inafastabilidade da jurisdição. 
ERRADA c) celeridade processual. 
ERRADA d) instrumentalidade. 
ERRADA e) estabilidade da lide. 
 
Questão 09 / Inédita. 
 
ERRADA O processo começa por iniciativa do juiz e se desenvolve por 
impulso das partes, salvo as exceções previstas em lei. 
 
Comentários: 
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49 
É exatamente o contrário: 
1. O processo começa por iniciativa da parte; 
2. E o processo se desenvolve por impulso oficial. 
 
Art. 2º, NCPC. O processo começa por iniciativa da parte e se 
desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. 
 
Questão 10 / Inédita. 
 
CERTA As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do 
mérito, incluída a atividade satisfativa. 
 
Comentários: 
Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução 
integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. 
 
Questão 11 / Inédita. 
 
ERRADA Autor e réu que de qualquer forma participem do processo deve 
comportar-se de acordo com a boa-fé. 
 
Comentários: 
O erro da questão consiste em afirmar que apenas autor e réu devem agir de 
acordo com a boa-fé, quando na verdade as partes do processo, os sujeitos do 
processo e todo o órgão jurisdicional deve agir de acordo com os ditames da 
boa-fé. 
 
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve 
comportar-se de acordo com a boa-fé. 
 
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50 
Questão 12 / Inédita. 
 
CERTA Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se 
obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. 
 
Comentários: 
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se 
obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. 
 
Questão 13 / Inédita. 
 
CERTA É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício 
de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos 
deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo 
efetivo contraditório. 
 
Comentários: 
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao 
exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos 
ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao 
juiz zelar pelo efetivo contraditório. 
 
Questão 14 / Inédita. 
 
ERRADA Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às 
exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa 
humana. 
 
Comentários: 
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51 
Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais 
e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade 
da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a 
razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. 
 
Questão 15 / Inédita. 
 
ERRADA Nunca poderá ser proferida decisão contra uma das partes sem que 
ela seja previamente ouvida. 
 
Comentários: 
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja 
previamente ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
I - à tutela provisória de urgência; 
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e 
III; 
III - à decisão prevista no art. 701 
 
Em regra, o magistrado deve possibilitar a manifestação prévia acerca 
das questões a serem decididas, mesmo que se trate de matéria sobre a 
qual deva decidir de ofício. 
 
Todavia, o princípio do contraditório não é absoluto, comportando algumas 
exceções: 
f) Quando se tratar de tutela provisória de urgência; 
g) Nas hipóteses de tutela de evidência (art. 311, II e III, NCPC); 
h) Na ação monitória, quando evidente o direito do autor, o juiz deferirá a 
expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para 
execução de obrigação de fazer ou de não fazer; 
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52 
i) Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente 
da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que 
contrariar: 
a. Enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça; 
b. Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior 
Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c. Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas 
repetitivas ou de assunção de competência; 
d. Enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. 
j) Quando tenha ocorrido a prescrição ou decadência. 
 
Questão 16 / Inédita. 
 
ERRADA O juiz pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em 
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se 
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 
 
Comentários: 
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com

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