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Classificação das pessoas jurídicas de direito privado Quanto a Função: Associações: que não tem fins educativos, mas sim morais culturais, dispositivos etc. Ex: associação das costureiras. Sociedades: que podem ser Simples(constituídas por profissionais liberais(ex:pedreiro, pintor) ou prestadores de serviço) e Empresariais(também visam o lucro e tem por objeto o exercício da atividade de empresário). Fundações particulares: Art. 62 CC, não tem fins lucrativos. Organizações religiosas: tem fins pastorais e evangélicos, distingue-se das associações civis. Não tem fins lucrativos. Partidos Políticos: Tem fins políticos, não se caracterizando por fins econômicos. Obs: Os SINDICATOS embora não mencionados no art.44 do CC, têm natureza de associação civil. Desconsideração da personalidade jurídica: É o ato pelo qual permite que o juiz, em casos de fraude e má-fé, desconsidere o principio de que as pessoas jurídicas tem personalidade distinta da de seus membros e autorize a penhora de bens particulares dos sócios (Art. 50 CC). Extinção da personalidade jurídica: Convencional: por deliberação de seus membros, conforme quorum do estatuto ou da lei. Legal: Em razão de motivo determinante da lei (art. 1034 CC) Administrativa: quando as pessoas jurídicas dependem do governo para praticarem atos nocivos ou contrários aos seus fins. Natural: resulta de morte de seus membros e não há interesse dos herdeiros. Judicial: quando se configura alguém dos casos previstos em lei, ou no estatuto e a sociedade continua existir, obrigando os sócios ingressem em juízo. Domicilio É o conceito jurídico que significa o local de onde irradiam as atividades jurídicas de direito, local onde a pessoa responde, por seus atos e negócios jurídicos. É onde passo maior parte do tempo, sendo onde realizo atos e negócios jurídicos. Segundo o art. 70 do CC “. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece sua residência com ânimo definitivo(local onde vou passar ou pretendo passar maior parte do tempo). Domicílio é diferente de residência. Domicílio = residência + ânimo definitivo. Uma pessoa pode ter varias residências e um único domicílio. A pessoa pode ter domicilio sem ter residência(art. 73 CC) Mudança de domicílio; Requisitos: Transferência para local diverso; Ânimo definitivo para fixar residência neste novo lugar. Espécies de domicílio: Voluntário: é aquele livremente escolhido. Pode ser comum quando fixado livremente ou contratual: quando as partes fazem contrato. Necessário ou Legal: o domicilio determinado pela lei em razão da situação ou condição de determinadas pessoas. Art. 76 CC. ( dos incapazes, funcionário publico, militar em serviço, preso) De eleição: estabelecido contratualmente pelas partes art, 78 CC. Foro de eleição nos contratos de adesão. Do Registro e da Averbação Registro civil é a perpetuação, mediante anotação por agente autorizado dos dados pessoais dos membros da coletividade e dos fatos jurídicos de maior relevância em suas vidas, para fim de autenticidade, segurança e eficácia. Art. 9º CC exemplos de registros públicos Averbação(alteração) em registro público, anotação de alteração no registro Exemplos: art 10º CC. Bens Conceito: Toda relação jurídica é composta por dois elementos essenciais: SUJEITO e OBJETO. O sujeito de uma relação pode ser uma pessoa física ou jurídica e até mesmo um ente despersonalizado (condomínio, massa falida, espólio). Já o objeto é “aquilo que se coloca adiante, fora do sujeito. O objeto da relação jurídica é, assim, tudo aquilo que se pode submeter ao poder dos sujeitos de direito, como instrumento de seus interesses e finalidades”. Bens, portanto, são coisas materiais ou concretas, uteis aos homens e de expressão econômica, suscetíveis de apropriação. (são objetos sujeitos de apropriação). PATRIMÔNIO é o conjunto de bens, de qualquer ordem, pertencentes a um titular. Classificação de Bens: Considerados em si mesmo (art.79 a 91 CC) Bens móveis e imóveis (arts.79 a 84 CC) imóveis são aqueles que não é permitido uma alteração sem que haja mudança no próprio objeto. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Bens fungíveis e não fungíveis(art. 85 CC) Fungíveis: são os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Ex: dinheiro. Infungíveis: são os que não podem ser substituídos; valem pela individualidade. Ex: quadros de arte. Bens consumíveis e não consumíveis (art. 86 CC) Consumíveis: são os que destroem assim que usados; Ex: carne, alimentos. Inconsumíveis: são os que não se destroem com o uso, possuem natureza durável. Ex: carro, roupa. Bens divisíveis e Indivisíveis (art. 87 a 88 CC) Divisíveis: são os que podem ser divididos, sem que afete a sua substancia, diminuição considerável do valor, ou prejuízo do uso a que se destina; Ex: ouro. Indivisíveis: não admite divisão sem que haja alteração de sua substancia. Podem ser: por natureza(a natureza do bem não permite a divisão, ex: boi); por determinação lega( a própria lei que prevê, Ex: Hipoteca de imóvel)l; por vontade das partes(as partes que acordam, Ex: condomínios que não aceitam que o lote sejam divididos). Ex: boi, cavalo. Bens singulares e Coletivos (art.89 ao 91 do CC) Singulares: são os bens que embora reunidos se consideram por si independentes dos demais. Ex: caneta. Coletivos/universais: São os bens formados por diversos bens singulares e se consideram quando tem um conjunto em um todo. Ex: Caixa de canetas. Bens Principais e Bens acessórios: Bens Principais: É o que existe por si só. Bens Acessórios: aquele cuja existência supõe da existência do principal. A. Frutos: são aqueles que podem ser utilizados e ocorrer a sua substituição. Ex: aluguel, frutos de uma árvore. B. Produtos: São bens acessórios, normalmente advindos da natureza, que uma vez utilizados não podem ser substituídos. Ex: petróleo, ouro. C. Pertenças: São os objetos que podem ser carregados e trazem alguma utilidade para pessoa, que são destinadas a conservar ou a facilitar o uso das coisas principais, sem que delas sejam parte integralizada. Ex: ventilador. D. Benfeitorias: são bens acessórios feitas da coisa já existente, afim de conservá-la, embelezá-la ou melhora-la, que podem ser classificadas em benfeitorias úteis(São para funcionabilidade pintura de uma parede, reboco) ; necessárias(aumento da garagem de uma casa); voluptuárias( embelezadora). Bens quanto ao titular de domínio (Arts. 98 a 103 CC). Bens Públicos: Segundo o art. 98 do CC bens públicos são os que pertencem à pessoa jurídica de direito publico. São classificados em: De uso comum do povo: o uso e o gozo são do povo. Estes bens permanecem com essa característica mesmo que o poder publico regularmente torne-o oneroso. A administração pública pode vedar o uso em caso de segurança ou interesse nacional. As pessoas usam, mas não possuem o domínio. Ex: praça, praia (nem sempre são gratuititas, exemplo água mineral, rodovias) De uso Especial: destinam-se a execução dos serviços públicos, sendo utilizados exclusivamente para o poder publico. São destinados ao uso do governo. Ex: órgãos. Dominicais ou Dominiais: Constituem o patrimônio dos entes públicos, mas não estão vinculados a maiores finalidades. Podem ser móveis ou imóveis. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. (CC art. 100). A inalienabilidade não é absoluta, a não ser naqueles bens que apresentam natureza inalienável, não sendo possível valoração econômica. Os suscetíveis de valoração patrimonial podem ser desafetados. Desafetação é a alteração da destinação do bem (o bem publico torna-se privado),deve ser feita por lei ou ato administrativo. Pode ocorrer a afetação (bem privado que passa para o domínio do estado). Ex: passar uma pista no meio de uma propriedade. Os bens públicos não estão sujeitos à usucapião (Usucapião -> a partir da posse mansa e pacífica, tenho direito sobre o bem privado). Bens Privados: São todos os demais bens que não sejam públicos, independente da pessoa a que pertencem. (art. 98 do CC) Bem de família: É o bem que serve de abrigo, de lar da pessoa humana. (é onde a família reside). É Impenhorável. A principal característica é a impenhorabilidade. (arts. 648 e 649 CPC). Exceções a impenhorabilidade: fiador e dívida de tributo do próprio bem(ex: IPTU). Teoria do Fato jurídico A norma jurídica representa a valoração dos fatos. Ao traçar as regras de convivência social, o homem está valorando os fatos que reputa importantes para as relações intersubjetivas, elevando-os a categoria de fatos jurídicos. Dessa forma, fato jurídico será aquele evento, seja qual for sua natureza, que repercutir na esfera jurídica. Distinção entre Fato Jurídico e Fato Material: o fato Jurídico se caracteriza pela produtividades de efeitos jurídicos. O FATO MATERIAL(não surte efeito jurídico para o direito) não os produz, não estão cobertos pela coercibilidade(não pode acionar o judiciário para cobrar essa dívida). Definição segundo Caio Mário: "são acontecimentos em virtude dos quais começam, se modificam ou se extinguem as relações jurídicas". O conceito de fato jurídico na doutrina brasileira sempre esteve ligado a produtividade de seus efeitos. Ocorre que um fato jurídico pode existir sem nunca produzir efeitos. Pontes de Miranda define o fato jurídico de maneira mais realista como "o fato ou complexo de fatos sobre o qual incidiu regra jurídica, portanto, o fato de que existe agora ou mais tarde, pode ou não ter eficácia jurídica". Aquele que é criado, sofre modificações e se extingue, mas não necessariamente surte efeito, sempre com relevância para o mundo do direito. Ex: criar um testamento e depois ser revogado. Assim, o fato jurídico pode ser todo acontecimento da vida que o ordenamento jurídico considere importante para o direito. Obs: Situação de FATO: ocorre porém não é regulamentado. Ex: guarda de fato. Situação de DIREITO: é regulamentado CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS JURÍDICOS Fatos jurídicos em sentido estrito: que decorrem de fenômenos naturais, sem intervenção humana; (são fatos decorrentes de fenômenos da natureza). Caso fortuito: Ação inesperada por ação da natureza. Ex: Terremoto Força maior: ação inesperada por ação humana. Ex: guerra B. Fatos jurídicos em sentido Amplo: são acontecimentos decorrentes da exteriorização humana. Ex: casamento. C. Atos jurídicos em sentido Estrito: Vontade humana de que decorram efeitos previstos na norma. São os atos que são reconhecidos pela lei. D. Negócio Jurídico: a vontade humana escolhe os efeitos que decorrerão; Ex: contrato (inclusive o contrato de adesão). Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito(não pode ser ilícito), possível, determinado ou determinável;(devo poder determinar e ser algo possível de ser executado) III - forma prescrita ou não defesa em lei. (existe previsão legal para esse negócio jurídico ou que ele não seja contra a lei). E. Ato-fato Jurídico: no qual o elemento humano é essencial para sua existência, mas cuja a produção, de efeitos independe do ânimo, pois é direito reputa irrelevante a conta de pratica-lo. Decorre da existência humana, mas não necessita da vontade humana para ser realizado.
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