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TCC A importancia do Mercado Financeiro

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM 
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DE MERCADO 
FINANCEIRO PARA OTIMIZAÇÃO E SUCESSO DE UMA 
ORGANIZAÇÃO PRIVADA. 
Suélen Vanessa Soares 
 
ORIENTADOR: 
Profª Aleksandra Sliwowska 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017 DO
CU
ME
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PR
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EG
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 A
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OR
AL
 
 
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM 
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
 
 
 
Apresentação de monografia à AVM como 
requisito parcial para obtenção do grau de especialista 
em MBA em Finanças e Gestão Corporativa 
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DE MERCADO 
FINANCEIRO PARA OTIMIZAÇÃO E SUCESSO DE UMA 
ORGANIZAÇÃO PRIVADA. 
 
Rio de Janeiro 
2017 
 
 
3
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
A Deus por ter mе dado saúde е força para 
superar todas dificuldades. Obrigada ao meu 
irmão Lucyano е minhas primas Milena e Mariana, 
que nos momentos de minha ausência dedicada 
аоs estudos, sempre fizeram entender qυе о 
futuro é feito а partir da dedicação no presente! É 
difícil agradecer todas as pessoas que de algum 
modo, nos momentos serenos e ou apreensivos, 
fizeram ou fazem parte da minha vida, por isso 
agradeço a todos de coração. 
 
 
 
4
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Аоs meus amigos, pelas alegrias, tristezas 
е dores compartilhas. Cоm vocês, as pausas 
entre um parágrafo е outro de produção melhora 
tudo о qυе tenho produzido na vida. E о qυе dizer 
а você Miguel? Obrigada pеlа paciência, pelo 
incentivo, pela força е principalmente pelo 
carinho. 
 
 
 
5
RESUMO 
 
O objetivo do presente trabalho foi analisar os principais conceitos 
relacionados ao mercado de capitais, e como eles podem agregar 
conhecimento e vantagem competitiva ao administrador de empresa. 
Este estudo visa analisar as atividades do mercado de capitais, e 
entender porque ele é considerado como um segmento muito importante para o 
desenvolvimento econômico. Transmitindo inúmeras atividades capazes de 
fomentar uma estratégia bem sucedida de crescimento da economia, 
diminuição da desigualdade de renda e construção de bem estar social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6
METODOLOGIA 
 
 
Considerando o fato de os estudos mais recentes serem publicados em 
livros, esta pesquisa bibliográfica será realizada, através dos livros publicados 
na área de Gestão Financeira e áreas afins. Além disso, também serão 
utilizados artigos, pesquisa bibliográfica e virtual sobre o tema escrito por 
brasileiros e estrangeiros. 
Dentre os limites do método de estudo, pode-se mencionar o fato de que 
não será possível consultar absolutamente todos os periódicos que abordem o 
problema da pesquisa. Esse fator, certamente limita o método de estudo. Outro 
limite é o curto espaço de tempo para realizar a pesquisa: apenas seis meses. 
 
 
 
 
 
7
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 09 
CAPÍTULO I ..................................................................................................... 11 
MERCADOS DE CAPITAIS ................................................................................... 11 
1.1.Como funciona esse mercado...........................................................11 
1.2.Funções do Marcado Financeiro.......................................................12 
1.3.Participantes......................................................................................12 
1.4.Ações................................................................................................14 
1.4.1.Preferenciais..................................................................................14 
1.4.2.Ordinárias.......................................................................................15 
1.5.Investidores individuais e institucionais............................................15 
1.6.Mercado primário e secundário........................................................16 
1.6.1.Mercado primário...........................................................................17 
1.6.2.Mercado secundário......................................................................17 
CAPITULO II .................................................................................................... 19 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ........................................................................ 19 
2.1.Subsitema normativo.........................................................................20 
2.1.1.Conselho Monetário Nacional........................................................20 
2.1.2.Comissão de Valores Mobiliários...................................................21 
2.1.3.Banco Central do Brasil..................................................................21 
2.2. Sistema Operador............................................................................23 
2.2.1.Bancos Comerciais........................................................................23 
2.2.2.Caixas Econômicas.......................................................................23 
2.2.3. Cooperativas de Crédito...............................................................24 
2.2.4.Banco de Investimento..................................................................24 
2.2.5.Bancos múltiplos...........................................................................24 
2.2.6.Banco do Brasil.............................................................................25 
2.2.7.Bancos de Câmbio........................................................................25 
2.2.8.Bancos de Desenvolvimento.........................................................25 
2.2.9.Financeiras.....................................................................................26 
2.2.10.Sociedade de Arrendamento Mercantil........................................26 
 
 
8
2.2.11.Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários........26 
2.2.12.Sociedades Corretoras de Títulos e valores Mobiliários..............27 
2.2.13.Sociedades de Créditos e Imobiliário...........................................27 
2.2.14.Associações de Poupança e Créditos..........................................28 
2.2.15.Agência de fomento.....................................................................28 
2.3.Sistema de Liquidação e Custódia...................................................28 
2.3.1.Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)....................28 
2.3.2.CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação..................................29 
2.3.3.CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia..............29 
2.4.BM&FBOVESPA...............................................................................30 
CAPITULO III ................................................................................................... 31 
PRINCIPAIS OPÇÕES DE INVESTIMENTO ............................................................... 31 
3.1.Renda Fixa........................................................................................31 
3.1.1.Caderneta de Poupança................................................................33 
3.1.2.Certificado de Depósito bancário (CDB)........................................343.2.3.Títulos públicos.............................................................................34 
3.2.4.Letras de Câmbio..........................................................................35 
3.2.5. Letras hipotecárias.......................................................................35 
3.2.6.Debêntures....................................................................................36 
3.2.7.Fundos de renda fixa.....................................................................36 
3.2.Renda variável..................................................................................37 
3.2.1.Ações.............................................................................................37 
3.2.2.Fundos de renda variável..............................................................39 
3.2.3.Commodities..................................................................................40 
3.2.4.Dervativos......................................................................................41 
CONCLUSÃO...................................................................................................43 
BIBLIOGRAFIA................................................................................................45 
INDICE..............................................................................................................47 
 
 
 
 
 
 
 
9
INTRODUÇÃO 
 
O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores 
mobiliários que fornece liquidez aos títulos emitidos pelas empresas, 
viabilizando dessa forma o processo de capitalização das mesmas.Serão 
apresentados os principais conceitos que envolvem o mercado de capitais, sua 
estrutura, e os tipos de investidores que sustentam este mercado. Será 
abordado também como são negociadas as ações, os tipos, e as formas de 
circulação. Nesse momento serão apresentados os conceitos relacionados ao 
mercado primário e secundário, que é onde é feito o fluxo de recursos 
financeiros. Podendo trazer as empresas interessadas em lançar ações no 
mercado pela primeira vez e ser revendidas depois . As operações no mercado 
de capitais são usualmente de longo prazo, porém, nem todos os investimentos 
se limitam a esse propósito, com alguns tipos investidores buscando nesse 
mercado lucros rápidos. 
 
Um dos temas muito abordado por diversos autores do âmbito de 
finanças e economia é o Sistema Financeiro Nacional, considerando sua 
importância em trazer informações e proteção ao mercado financeiro, vale 
ressaltar a importância dos órgãos reguladores na forma de dar instrução e 
orientação quanto aos seus direitos e deveres e à interpretação das 
informações disponíveis. 
O Sistema Financeiro Nacional é formado por um conjunto de órgãos e 
instituições, financeiras ou não. Tem como função essencial a promoção do 
desenvolvimento do país , por meio da fiscalização e execução das atividades 
e operações relacionadas ao crédito e circulação de moeda, bem como por 
meio da transferência de recursos dos agentes econômicos superavitários para 
os agentes econômicos deficitários. 
É constituído por dois Subsistemas : o normativo e o operador . O 
Subsistema Normativo, tem como principais instituições componentes o 
 
 
10 
Conselho Monetário Nacional (CMN); o Banco Central do Brasil (BACEN); e a 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
Um dos objetivos da teoria econômica é estudar a alocação eficiente dos 
recursos afim de maximizar sua utilidade para todos os participantes do 
mercado, vamos destacar como conceito fundamental o investimento para 
entendimento do sistema financeiro. Mas o que é investimento? Investimento é 
qualquer desembolso que produza expectativa de ganho futuro. Nos termos 
financeiros, investimento é aplicar o seu dinheiro de forma que ele gere 
rendimentos no futuro. 
O principal objetivo do investimento financeiro é repor o valor de compra 
da moeda perdido com a inflação, mas sendo possível a obtenção de 
lucro.Eles são classificados de diferentes maneiras : quanto ao tipo de renda : 
Fixa e Variável . Quando aos (alto, médio ou baixo risco), prazo (curto, médio 
ou longo prazo), entre outras. 
A importância desta pesquisa visa ampliar o conhecimento acadêmico e 
melhorar o desempenho do administrador da organização. O estudo tem como 
foco abordar informações relacionadas ao mercado de capitais e como elas 
podem influenciar no sucesso do administrador de empresas. Conhecer esse 
mercado e suas características é de suma importância para reter um bom 
conhecimento teórico afim de melhorar a capacidade dos mesmos e se obter 
melhores resultados no desenvolvimento de suas funções. 
 
Embora o assunto tenha dimensões internacionais, o estudo tratará 
apenas do contexto nas organizações nacionais . Considerando o fato que os 
estudos mais recentes serem publicados em livros, esta pesquisa bibliográfica 
será realizada, especialmente, através dos livros publicados na área de Gestão 
financeira e áreas afins, como economia e administração financeira. Essa 
pesquisa será de cunho descritivo e explicativo, acrescida de pesquisas 
bibliográfica e virtual, que darão o suporte teórico. 
 
 
 
 
11 
CAPITULO I 
 
MERCADO DE CAPITAIS 
 
O Mercado de capitais pode ser definido como um conjunto de 
instrumentos, instituições e agentes econômicos , que tem por objetivo otimizar 
os recursos de poupança financeira de pessoas físicas, empresas e outras 
unidades econômicas , afim de promover a melhor alocação desses recursos 
para financiar a produção, a comercialização e o investimento das empresas e 
o consumo das famílias.Segundo Pinheiro, 2001 : 
 
O surgimento do mercado de capitais ocorreu quando o 
mercado de crédito deixou de atender as necessidades da 
atividade produtiva, no sentido de garantir o fluxo de recursos 
nas condições adequadas em termos de prazos, custos 
exigibilidades.Desse modo o seu surgimento foi fundamentado 
em dois princípios : contribuir para o desenvolvimento 
econômico atuando como o propulsor de capitais para os 
investimentos, estimulando a formação da poupança privada; e 
permitir e orientar a estruturação de uma sociedade pluralista 
baseada na economia de mercado, permitindo a participação 
coletiva de forma ampla na riqueza e nos resultados da 
economia.(Pinheiro,2001,p.87) 
 
O mercado de capitais no Brasil é composto pelo mercado de títulos e 
valores mobiliários emitidos pelas empresas e regulado pela CVM, bancos de 
investimentos e bancos de desenvolvimento. 
 
1.1 Como funciona esse mercado. 
 
 
 
12 
O Sistema Financeiro Nacional é composto de instituições responsáveis 
pela captação de recursos financeiros, pela distribuição e circulação de valores 
e pela regulação desse processo. 
Didaticamente o mercado de capitais atua com os agentes 
superavitários (pessoas que tem dinheiro guardados em bancos e podem 
emprestar) fazem financiamentos para os agentes deficitários (também 
conhecido como tomador, pois toma dinheiro emprestado com o banco ), que 
recebem esse crédito para complementar suas necessidades através de um 
empréstimo , no qual é gerado uma taxa de juros que será paga junto com o 
parcela. Os agentes superavitários desejam maximizar seus ganhos , por isso 
investem na economia para receberem no final de um determinado período 
uma remuneração pelo crédito emprestado, podemos afirmar que o mercado 
financeiro é a transferência ações dos agentes superavitários para os 
deficitários. 
 
1.2 Funções do Mercado Financeiro 
 
Todo investidor busca a otimização de três aspectos básicos em um 
investimento: retorno, prazo e proteção. Para atender esse o investidoso 
mercado financeiro deve cumprir as funções: 
• Fazer contato com os agentes superavitários e deficitários; 
• Ter um sistema eficiente de fixação de preço para os ativos; 
• Proporcionar liquidez aos ativos; 
• Reduzir os prazos e os custos da negociação. 
Pois a eficiência do mercado está diretamente relacionada com essas 
funções descritas. A distribuição desses recursos deve ser direcionada aos 
setores que tenham maiores rendimentos e com o menor risco em função que 
o investidor pode suportar. Ao fazer isso, esses mercados possibilitam um 
aproveitamento das oportunidades em toda a economia, resultando em um 
aumento geral da produtividade, da eficiência e do bem-estar da sociedade. 
 
 1.3 Participantes 
 
 
13 
Estes são alguns dos principais agentes participantes do mercado de 
capitais brasileiro: 
Emissores 
• Companhias abertas 
• Fundos de Investimento 
 Intermediários 
• Bancos de Investimento 
• Corretoras de Mercadorias 
• Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários 
• Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários 
• Agentes autônomos de investimento 
• Administradores de carteiras 
Administradores de Mercado 
• Bolsas de Valores 
• Depositárias 
• Câmaras de Compensação e Liquidação 
Investidores 
• Pessoas Físicas 
• Institucionais 
• Empresas 
 
 
14 
• Estrangeiros 
• Outros 
 
1.4 Ações 
Uma empresa tem seu capital social dividido em pequenas parcelas 
chamadas ações (também chamadas de "Papéis"), que seria uma unidade de 
títulos emitidos por sociedades anônimas.Quando as ações são emitidas por 
companhias abertas ou assemelhadas, são negociados em bolsa de valores ou 
no mercado de balcão. 
As ações representam a menor fração do capital social de uma empresa, 
que confere ao seu possuidor o direito de participação nos resultados da 
mesma. O possuidor dessas ações chama-se acionista, portanto o acionista é 
proprietário dessa pequena parcela da empresa . 
Como as negociações são feitas diariamente, o preço das ações flutua: 
se há muitos compradores, o preço tende a subir; do contrário, ou seja, quando 
há muitos investidores vendendo essas ações, o preço cai, é a lei da oferta e 
da procura.De certa forma, o mercado de ações concretiza o sonho de muitas 
pessoas que desejam o próprio negócio, mas não têm capital ou condições 
para ir adiante. 
Existem basicamente dois tipos de ações: 
• Ações preferências; 
• Ações Ordinárias. 
1.4.1 Preferenciais 
As ações preferenciais tem como característica algumas preferências 
são elas: distribuição de resultados e no reembolso de capital, no caso de 
dissolução da sociedade .Não asseguram direito a voto em assembléia , sendo 
o lucro mais importante que o controle, ou seja, este acionista prioriza a 
distribuição dos resultados. 
 
 
 
15 
1.4.2 Ordinárias 
Ação que proporciona participação nos resultados econômicos de uma 
empresa.Sua principal característica é o direito a voto, por meio desse voto o 
acionista tem direito legal de controle da instituição. 
1.5 Investidores individuais e institucionais 
No mercado de capitais existem dois tipos de investidores: os 
investidores individuais e os institucionais, conforme a forma da participação no 
mercado. Segundo Pinheiro,2001: 
 
"O primeiro, os investidores individuais são as pessoas 
físicas ou jurídicas que participam diretamente do mercado, 
seja comprando ou vendendo títulos, assumindo e correndo os 
riscos sozinhos.(...) os investidores institucionais são 
considerados como as pessoas jurídicas que operam no 
mercado financeiro com recursos vultosos de forma geral, e por 
isso são aceitos como os mais importantes no mercado de 
dinheiro, pois movimentam imensas massas de manobras dos 
recursos captados de seu público "(PINHEIRO, 2001, p.90). 
 
Assim, o autor destaca os principais tipos de investidores 
institucionais,como: 
 
• Sociedades seguradoras – são instituições que destinam 
investimentos para a cobertura de sinistros, sendo importantes pela 
formação de uma carteira de investimentos internos,pois mantém 
vinculada à SUSEP: carteiras de títulos públicos, ações negociadas em 
bolsa de valores, títulos de renda fixa privados e títulos de renda 
variáveis emitidos por instituições financeiras. 
• Entidades de previdência privada – são fundos formados 
por classes ou segmentos do funcionalismo que se organizam 
inicialmente em instituições de pecúlio e cooperativas de crédito, 
passando a serem obrigadas a investir em determinados tipos de papel, 
 
 
16 
para um futuro provimento destinado a pagamentos de planos de 
aposentadoria e pecúlio. Os três principais tipos de fundos de pensão 
são: entidades fechadas de previdência privada,entidades abertas de 
previdência privada e os fundos de aposentadoria programa individual. 
• Clube de investimentos – são associações de 
investidores que se unem com a finalidade de realizar aplicações no 
mercado de capitais, administrando essas carteiras com a assistência de 
instituições especializadas (bancos de investimentos, sociedades 
corretoras,etc.). 
• Sociedades de capitalização - essa sociedade destina 
parte de um percentual para provisão de pagamento do montante a ser 
restituído ao investidor em aplicações,financeiras de renda fixa ou 
variável, em títulos públicos ou privados. 
• Fundos externos de investimentos – carteiras de títulos, 
formadas principalmente por ações, que tem o objetivo de financiar 
investimentos com recursos oriundos da poupança de investidores 
externos. 
• Fundos mútuos de investimentos – são entidades 
financeiras, como um condomínio, que concentram capitais de inúmeros 
indivíduos, que sozinhos não seriam possíveis ter melhores condições 
de investimentos, para aplicação em carteiras diversificadas de títulos e 
valores mobiliários. Os fundos agem em nome da coletividade, 
substituindo grande número de investidores, oferecendo vantagens 
devido a essa concentração, podendo ser divididos em dois principais 
tipos: os fundos abertos e fechados. 
 
Deste modo o mercado de capitais facilita a participação e a entrada dos 
investidores institucionais como fonte de grande recursos para a economia, 
onde os mesmo geram um desenvolvimento e crescimento nos diversos 
setores e ramo de atividades. 
 
1.6 Mercado primário e secundário 
 
 
17 
De acordo com sua estrutura ele pode ser classificado em : 
• Mercado primário 
• Mercado secundário 
Essa divisão é muito importante sob o ponto de vista econômico, pois 
apresenta como é feito o fluxo de recursos para o financiamento, 
principalmente das empresas, e mostra através de mecanismos que o fluxo 
pode ser mantido e aumentado. 
Qualquer ativo financeiro tem sua primeira negociação. Ou seja, quando 
uma ação é negociada pela primeira vez. Essa transação é realizada 
no mercado primário.Quando o primeiro comprador revende este ativo a uma 
terceira pessoa, esta pessoa para outra e assim por diante, desencadeando um 
processo de circulação do ativo, estas operações ocorrem no mercado 
secundário. 
1.6.1 Mercado primário 
É onde ocorre a emissão inicial de um título e o seu primeiro negócio. É 
através dele que empresas obtêm recursos financeiros para os seus 
investimentos e é também onde os bancos obtêm capital para financiar as 
empresas. O patrimônio financeiro obtido é direcionado para a empresa ou 
banco que lançou o ativo financeiro. 
É onde acontece o IPO (Initial Public Offering), ou Oferta Pública Inicial, 
onde ações são definidas pelo mecanismo através do qual uma empresa abre 
o seu capital e passa a ser listada na bolsade valores , e então são vendidas 
ao público na bolsa de valores pela primeira vez. Esta operação também é 
realizada com intuito de captar recursos para financiar os seus projetos. 
1.6.2 Mercado secundário 
 
 
18 
O mercado secundário é tão importante quanto o primário, uma vez que 
o funcionamento de um depende do outro. É onde os títulos mobiliários 
emitidos no mercado primário são negociados de um proprietário para outro. 
Sua função é gerar liquidez aos ativos financeiros.Os ativos financeiros não 
seriam negociados no mercado primário se não contassem com a capacidade 
do secundário de gerar liquidez a estes papéis. 
Os valores resultantes das transações não são mais direcionados para a 
empresa ou banco emissor do ativo, e sim para os investidores que participam 
das novas negociações. É onde ocorre a busca de maior rentabilidade para os 
seus investimentos, compradores e vendedores negociarem suas ações, 
contratos futuros, entre outros ativos financeiros. 
Como exemplos de mercados secundários podem ser citados: 
• Bolsa de Valores - onde são negociadas as ações e os 
contratos em Mercado Futuro de Dólar, Índice, etc. 
• Open Market (mercado aberto) - onde são negociados os 
títulos do Tesouro Nacional, os CDBs, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
CAPITULO II 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto pelo conjunto de 
instituições e instrumentos financeiros que atuam no mercado com intuito de 
intermediar as transações entre agentes econômicos superavitários e os 
agentes deficitários . Seu o principal papel é atuar na organização do mercado 
e com isso exercer determinadas funções como a intermediação financeira e o 
auxilio financeiro , buscando garantir a liquidez das transações. 
 
O Sistema Financeiro Nacional pode ser classificado em dois 
subsistemas: 
• Subsistema normativo , que edita as normas que regem o 
Sistema Financeiro e fiscaliza suas aplicações . Ele é composto 
dos órgãos normativos e das entidades supervisoras . 
• Subsistema operador , composto das instituições operadores que 
fazem a intermediação financeira entre os agentes superavitários 
e agentes deficitários do Sistema Financeiro nacional. 
Figura 1 . Fonte: Banco Central do Brasil 
 
 
20 
Para uma gestão eficiente ele conta com diversos órgãos 
responsáveis pela fiscalização, manutenção para seu funcionamento. Como 
mostra a figura 1. 
 
2.1 Subsistema Normativo 
O subsistema normativo é responsável pelo funcionamento mercado 
financeiro, seu papel é regular e controlar o subsistema operativo. Em geral essa 
autoridade busca disciplinar o mercado financeiro, a fim de evitar abusos e 
colocar em pratica as normas do governo federal e assegurar a segurança e a 
confiabilidade das operações financeiras. 
 
2.1.1 Conselho Monetário Nacional (CMN) 
 
O conselho Monetário Nacional é o órgão normativo mais importante do 
sistema financeiro Nacional. Foi instituído pela lei nº4.595, de 31 de dezembro 
de 1964, que estabelece como objetivo principal a finalidade de formular a toda 
a política de moeda e do crédito, objetivando atender aos interesses 
econômicos e sociais do país. É responsável pela expedição das diretrizes 
gerais para o bom funcionamento do Sistema Financeiro Nacional. 
O CMN é composto pelo ministro da fazenda, que preside o conselho , 
pelo ministro do planejamento, Orçamento e gestão e pelo presidente do Banco 
central do Brasil. 
Suas principais atribuições são: 
• Definir a meta da Inflação Anual; 
• Autorizar a emissão de Papel Moeda; 
• Estabelecer as normas sobre: Política Monetária, Cambial e 
Creditícia; 
• Estabelecer medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios 
econômicos; 
• Fixar diretrizes e as normas da política cambial; 
• Regulamentar as operações de câmbio; 
• Controlar a paridade da moeda e o equilíbrio do Balanço de 
Pagamentos 
 
 
21 
2.1.2 Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
 
A comissão de valores mobiliários é uma autarquia federal vinculada ao 
Ministério da fazenda, instituída pela lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976. 
CVM é responsável por regular, controlar e fiscalizar o mercado de valores 
mobiliários do país, promovendo medidas para incentivar a formação de 
poupança de investimento ao mercado de capitais.É um órgão colegiado 
composto de um presidente e quatro diretores, nomeados pelo presidente da 
republica. 
Suas principais funções consiste em : 
• Assegurar o funcionamento eficiente dos mercados de capitais 
(Bolsa de Valores); 
• Assegurar a transparência de informações do mercado de 
capitais; 
• Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação dos 
títulos emitidos pelas S.A de capital aberto; 
• Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda; 
• Incentiva a poupança no mercado acionário; 
• Estimula o funcionamento das bolsas de valores e das instituições 
operadoras do mercado acionário; 
• Assegura a lisura nas operações de compra/venda de valores 
mobiliários; 
• Promove a expansão dos negócios do mercado acionário; 
• Protege os investidores do mercado acionário. 
 
2.1.3 Banco Central do Brasil 
 
Banco Central é um órgão executor, é responsável por garantir o poder 
de compra da moeda nacional. 
Conforme o texto no site do próprio Banco central: 
"O Banco Central do Brasil, criado pela Lei 4.595, de 
31.12.1964, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da 
 
 
22 
Fazenda, que tem por missão assegurar a estabilidade do 
poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e 
eficiente. 
Entre as suas atividades principais destacam-se: a condução 
das políticas monetária, cambial, de crédito, e de relações 
financeiras com o exterior; a regulação e a supervisão do 
Sistema Financeiro Nacional (SFN); e a administração do 
sistema de pagamentos e do meio circulante. 
O Banco Central do Brasil atua também como Secretaria-
Executiva do Conselho Monetário Nacional (CMN) e torna 
públicas as Resoluções do CMN." 
Principais atribuições e competências: 
• Autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituições financeiras; 
• Executar a política monetária e cambial; 
• OPEN MARKET; 
• Receber compulsórios das Instituições Financeiras; 
• Emitir Moeda; 
• Realizar operações de Redesconto; 
• Cumprir a META DE INFLAÇÃO; 
• Executor das políticas traçadas pelo CMN e órgão fiscalizador do 
SFN; 
• Banco fiscalizador e disciplinador do Mercado Financeiro; 
• Banco que aplica penalidades, na intervenção e na liquidação 
extrajudicial de instituições financeiras; 
• Banco gestor do SFN ao expedir normas e autorizações e 
promover o controle das instituições financeiras; 
• Banco executor da política monetária; 
• Fiscalizar as instituições financeiras; 
• Autorizar o funcionamento, instalação e transferência de sedes, 
fusões e incorporações das Instituições Financeiras; 
• Emitir dinheiro e controlar a liquidez do mercado; 
• Controlar o crédito, os capitais estrangeiros e receber os 
depósitos compulsórios dos bancos; 
 
 
23 
• Efetuar operações de compra/venda de títulos públicos e federais; 
• Supervisionar o sistema de compensação de cheques. 
 
2.2 Subsistema operador 
É o setor que realiza as intermediações financeiras viabiliza o 
financiamento entre os agentes superavitários e os deficitários, com o 
diferencial de juros que remunera os intermediários financeiros. 
 
2.2.1 Bancos Comerciais 
Proporcionam suprimento de recursos para financiar o comércio, a 
indústria, as prestadoras de serviços e as pessoas físicas. A captação de 
depósitos à vista éa sua atividade típica, mas pode também captar depósitos a 
prazo. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua 
denominação social deve constar a expressão "Banco". 
 
2.2.2 Caixas Econômicas 
Assemelham-se aos bancos comerciais, podendo captar depósitos à 
vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços. Entretanto 
prioriza a concessão de financiamentos a programas nas áreas de assistência 
social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Pode operar 
com CDC, financiando bens de consumo e emprestar sob penhor e caução. 
Administra loterias, FGTS, PIS e outros programas e fundos, inclusive o 
Sistema Financeiro da Habitação (SFH) 
 
Outros objetivos da CEF: 
 
• Administrar com exclusividade os serviços de loterias 
federais; 
• Constituir-se no principal arrecadador do FGTS; 
• Ter o monopólio das operações de penhor, que são 
empréstimos garantidos com bens de valor e alta liquidez como jóias, 
metais preciosos, pedras preciosas etc. 
 
 
24 
2.2.3 Cooperativas de Crédito 
Atuam prioritariamente no setor rural, de onde se originam, podendo 
também atuar no setor urbano no interesse de seus associados. Os lucros com 
suas operações são repartidos entre os associados. Devem adotar, 
obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Cooperativa", 
vedada a utilização da palavra "Banco“. Estão autorizadas a realizar operações 
à vista e a prazo somente de associados, de empréstimos, repasses e 
refinanciamentos de outras entidades financeiras, e de doações. Podem 
conceder crédito, somente a associados, por meio de desconto de títulos, 
empréstimos, financiamentos, e realizar aplicação de recursos no mercado 
financeiro. 
 
2.2.4 Bancos de Investimento 
 
Atuam principalmente no mercado de capitais, realizando operações de 
aquisições de ações, intermediando negócios com papéis de valores 
mobiliários, administração de fundos de investimento etc. Com isso, auxiliam 
no desenvolvimento das empresas sociedades anônimas. 
Bancos de Investimento podem manter contas correntes, desde que não 
sejam movimentadas por cheques e não sejam remuneradas, captam depósito 
a prazo (Aplicações), são especializados em financiamento de capital fixo e 
capital de giro, de médio e longo prazo, administram e vendem fundos de 
investimento e intermedeiam títulos e valores mobiliários. 
 
2.2.5 Bancos Múltiplos 
 
A partir de 1988, os bancos comerciais deixaram de ser a principal 
classe das instituições financeiras, sendo autorizados a atuarem também como 
bancos de investimentos (compra e venda de ações), podendo ainda atuar com 
leasing e como bancos de desenvolvimento. Tornaram-se bancos múltiplos, 
com um só caixa e um só balanço. 
 
 
 
25 
Os bancos múltiplos são instituições financeiras que realização 
operações de Crédito e operações de captação. 
• Comercial (Monetária); 
• De Investimento; 
• De desenvolvimento; 
• De Crédito Imobiliário; 
• De Crédito, financiamento (Financeiras); 
• Arrendamento mercantil (leasing) 
 
2.2.6 Banco do Brasil 
 
Sociedade Anônima de capital misto, controlada pela União. Até 1986 foi 
considerada uma autoridade monetária, atuando na emissão de moeda. É um 
Agente Financeiro do Governo Federal na execução de sua política creditícia e 
financeira sob a supervisão do CMN (recebe tributos). Como banco comercial 
exercer atividades próprias dessas instituições.E atua também como Banco de 
Investimento e Desenvolvimento financiando atividades rurais, industriais, 
comerciais e de serviços, além de fomentar a economia de diferentes regiões. 
 
2.2.7 Bancos de Câmbio 
 
Realizam, sem restrições, operações de câmbio e operações de crédito 
vinculadas às de câmbio, como financiamentos à exportação e importação e 
adiantamentos sobre contratos de câmbio. 
Recebem depósitos cujos recursos sejam destinados à realização das 
operações acima citadas. Na sua denominação deve constar a expressão 
"Banco de Câmbio" (Res. CMN 3.426, de 2006). 
 
2.2.8 Bancos de Desenvolvimento 
 
Têm o objetivo de proporcionar o suprimento adequado dos recursos 
necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de programas e 
projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social do país 
 
 
26 
ou de determinadas regiões. No âmbito nacional, temos o BNDES e, em âmbito 
regional , há o Banco do Nordeste e o BASA( Banco da Amazônia) .Devida a 
sua importância daremos destaque ao BNDES 
 
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
Principal instrumento de médio e longo prazo de execução da política de 
financiamento do Governo Federal tem como objetivo reequipar e fomentar 
empresas de interesse ao desenvolvimento do país. Atuando através de 
agentes financeiros, pagando uma comissão chamada “del credere”. Esses 
agentes são co-responsáveis na liquidação da dívida junto ao BNDES. O 
BNDES administra fundos como o FAT (que financia o seguro-desemprego). 
 
2.2.9 Financeiras 
 
São as Sociedades de Crédito. Financiamento e Investimento. 
Exemplos: Fininvest, Losango, BV Financeira. 
Concedem financiamentos para a aquisição de bens, serviços e capital 
de giro e empréstimos pessoais através de CDC – Crédito Direito ao 
Consumidor. Captam recursos por meio de colocação de Letras de Câmbio 
 
2.2.10 Sociedades de Arrendamento Mercantil 
 
Dedicam-se ao financiamento de operações de leasing assemelha-se a 
uma alocação , em que o cliente , ao final do contrato , tem a opção de renová-
la , de adquirir o bem pelo valor residual fixado em contrato ou de devolve-lo a 
empresa. 
 
2.2.11 Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários 
 
Intermedeiam a oferta pública e distribuição de títulos e valores 
mobiliários no mercado, administram e custodiam as carteiras de títulos e 
valores mobiliários, instituem, organizam e administram fundos de 
investimento. Operam no mercado acionário, comprando, vendendo e 
 
 
27 
distribuindo títulos e valores mobiliários. Fazem a intermediação com as bolsas 
de valores e de mercadorias; efetuam lançamentos públicos de ações; operam 
no mercado aberto e intermedeiam operações de câmbio. 
Distribuidoras de Títulos e valores mobiliários 
 
Basicamente exercem funções semelhantes as sociedades corretoras. 
• Intermediar operações de câmbio; 
• Operar no mercado aberto – OPEN MARKET 
• Comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e 
de terceiros; 
• Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimentos; 
. 
2.2.12 Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários 
 
São corretoras, ou seja, agem em nome de terceiros. Operam em bolsas 
de valores, subscrevem emissões de títulos e valores mobiliários, compram e 
vendem títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros, 
encarregam-se da custódia de títulos e valores mobiliários, organizam e 
administram fundos e clubes de investimento, emitem certificados de depósito 
de ações.Também compram e vendem metais preciosos, no mercado físico. 
Corretoras de títulos e valores mobiliários 
São instituições cuja área de atuação é basicamente o mercado 
acionário. 
• Operar na bolsa; 
• Comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta 
própria e de terceiros; 
• Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de 
investimentos; 
 
2.2.13 Sociedades de Crédito Imobiliário 
 
Fazem parte do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). 
Financiam o mercado imobiliário, com recursos da caderneta de poupança e 
 
 
28 
com a venda de Letras Imobiliárias. Além de financiar ocliente final, também 
abrem crédito a favor de empresários para empreendimentos imobiliários. 
Trabalham em parceria com a APE. 
 
2.2.14 Associações de Poupança e Empréstimo (APE) 
 
Nasceram com a extinção do BNH e com a formação de fundações, 
cooperativas e outras formas associativas, para a construção ou aquisição da 
casa própria. A fonte de recursos é basicamente formada de cadernetas de 
poupança especiais cujos depositantes, nesse caso, recebem também o 
resultado operacional do empreendimento, como se fossem sócios. 
 
2.2.15 Agencias de fomento 
 
Obtém recurso do orçamento da União, estados, municípios e captam 
linhas de credito de longo prazo de instituições de desenvolvimento oficiais 
nacionais ( BNDES) e estrangeiras ( Banco Mundial, etc.) para repasse as 
empresas para financiamento de capital fixo e de giro.Não podem captar 
recursos junto ao publico e não tem acesso ás contas de reservas do Banco 
Central, bem como ao mercado interbancário e as linhas de redescontos. 
 
2.3 SISTEMAS DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA 
 
A função das câmaras de liquidação e custódia é processar o 
pagamento e recebimento dos recursos financeiros e a custódia dos títulos e 
valores mobiliários negociados, desta forma mitigando o risco de liquidez. 
 
2.3.1 Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) 
 
 O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, foi criado em 1979, é 
um sistema informatizado destinado ao registro, custódia e liquidação de títulos 
públicos, tanto os títulos federais, como os estaduais e municipais emitidos até 
1992. 
 
 
29 
 Somente as instituições credenciadas no mercado financeiro têm acesso 
ao SELIC, o qual opera em tempo real, permitindo que os negócios tenham 
liquidação imediata. O selic, na verdade,é um grande computador. Os 
operadores das instituições envolvidas em uma transação com esses títulos, 
após acertarem os negócios, transferem estas operações, via terminal, ao 
SELIC. O sistema imediatamente transfere o registro do título para o 
comprador e faz o crédito na conta do vendedor do título. Ambas as partes têm 
certeza da validade da operação efetuada. 
 
 Os principais títulos públicos federais negociados no SELIC são Letra 
Financeira do Tesouro, Letra do Tesouro Nacional, Nota do Tesouro Nacional, 
Bônus do Banco Central, Letras do Banco Central, Notas do Banco Central, 
entre outros. 
 
2.3.2 CETIP – Câmara de Custódia e liquidação 
É um mercado de balcão organizado para registro da negociação de 
títulos e valores mobiliários de renda fixa. Pode também registrar, custodiar e 
liquidar títulos públicos estaduais e municipais emitidos após 1992, títulos 
representativos de dívidas de responsabilidade do Tesouro Nacional, além de 
todos os Créditos Securizados da União, da Dívida Agrícola, dos Títulos da 
Dívida Agrária e também dos Certificados Financeiros do Tesouro. 
CETIP é a integradora do mercado financeiro. É uma companhia de 
capital aberto que oferece produtos e serviços de registro, custódia, 
negociação e liquidação de ativos e títulos. Por meio de soluções de tecnologia 
e infraestrutura, proporciona liquidez, segurança e transparência para as 
operações financeiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do 
mercado e da sociedade brasileira 
 
2.3.3 CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia 
 
A CBLC atua como contraparte entre todos os compradores e 
vendedores, assumindo o risco das contrapartes entre o fechamento do 
 
 
30 
negócio e sua liquidação. Embora a CBLC possa custodiar diversos títulos e 
valores mobiliários, ela atua com AÇÕES negociadas na Bm&Fbovespa. 
É responsável pela liquidação de operações de todo o mercado 
brasileiro de ações. Possui uma estrutura moderna e eficiente de clearing para 
atividades relacionadas à compensação, liquidação, custódia e controle de 
risco para os mercados a vista, a termo e de opções.É regulada e fiscalizada 
pelo Bacen e pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM. 
2.4 BM&FBOVESPA 
 
A BM&FBOVESPA é uma companhia que administra mercados 
organizados de Títulos, Valores Mobiliários e Contratos Derivativos, além de 
prestar serviços de registro, compensação e liquidação, atuando, 
principalmente, como contraparte central garantidora da liquidação financeira 
das operações realizadas em seus ambientes. 
É uma associação civil sem fins lucrativos.Proporcionam liquidez aos 
títulos negociados, atuando por meio de pregões contínuos.Têm 
responsabilidade pela fixação de preços justos, formados pelo mecanismo da 
oferta e da procura. Obrigam-se a divulgar todas as operações realizadas no 
menor tempo possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
CAPITULO III 
PRINCIPAIS OPÇÕES DE INVESTIMENTO 
 
Para o Banco central do Brasil Investimento: "É a aplicação do dinheiro 
poupado em algo que possa trazer um ganho financeiro ou rendimento, como 
caderneta de poupança, fundos de investimento ou imóveis. " Ou seja quem 
investe espera receber algo em troca . Mas antes de fazer um investimento é 
preciso conhecer um pouco sobre eles. 
 
O importante para o administrador será conhecer a liquidez , risco e 
rentabilidade desse investimento. Outro ponto importante é saber em qual será 
tipo de investimento ,pois nos dias atuais o mercado financeiro possui inúmeros 
tipos de investimentos e cada um tem um grau de risco atrelado. Entre eles 
temos os investimentos de renda fixa ou de renda variável, ou até mesmo 
mistos de renda fixa e variável. 
 
3.1 RENDA FIXA 
Este mercado compõe-se de ativos de renda fixa aqueles cuja 
remuneração ou retorno de capital pode ser dimensionado no momento da 
aplicação, ou seja o investidor conhecer a sua taxa e valor que será 
remunerado ao final de sua aplicação. E podem ser classificados por dois 
critérios: 
• Quanto ao tipo de emissor do título, entre públicos 
(Governo) e privados (empresas); 
• Quanto à rentabilidade do título, em prefixados e pós-
fixados. 
Rendimentos prefixados são aqueles cuja rentabilidade (nominal) 
o investidor conhece previamente, sendo a taxa de retorno da aplicação 
acertada previamente, no momento da aplicação. 
 
 
32 
Nas aplicações pós-fixadas ocorre o inverso, só se conhece o 
retorno (rentabilidade) da aplicação na data de vencimento e a 
rentabilidade varia de acordo com as oscilações das taxas de juros. 
Segundo o guia de Renda fixa do Banco do Brasil suas principais 
caracteristica são: 
1.1 Emissor A importância do emissor do título está ligada a 
questão do risco de crédito envolvido no investimento em títulos 
emitidos por tal empresa ou instituição financeira. Assim, deve-se 
investigar qual é o rating de crédito, ou a situação financeira do 
emissor do papel antes de comprá-lo. No Brasil, os títulos públicos, 
de emissão do governo federal, são considerados os títulos mais 
seguros. 
1.2 Prazo O prazo do título envolve tanto a perspectiva do 
risco de crédito, quanto à perspectiva da taxa de juro obtida pelo 
investidor para o prazo do investimento. No que diz respeito ao risco 
de crédito deve-se considerar além da saúde do emissor do título, 
conforme já mencionado, o período durante o qual se ficará exposto a 
esse risco. Já, a taxa de juro diz respeito à questão da estrutura a 
termo das taxas de juro do mercado de renda fixa, e ao risco de 
mercado ou de oscilação de preço do título para determinada 
maturidade. Portanto, o prazo do título está ligado a esses dois tipos 
de risco, porque ambos os riscos - de crédito e de oscilação das taxas 
de juro - aumentamconforme se aumenta o prazo dos títulos. 
1.3 Rendimento Já, o tipo de rendimento do título diz respeito 
à definição do critério para corrigir ou remunerar o investimento. 
Existem títulos com rendimento prefixado, como as LTN’s – Letras do 
Tesouro nacional - e os CDB’s – Certificados de Depósito bancário 
entre outros. Além dessa forma de rendimento encontramos os títulos 
indexados. Eles podem ser atrelados ao câmbio, como as NTNDs – 
Notas do Tesouro Nacional – que são corrigidas pela variação da taxa 
cambial (Real x USDólar), podem ser indexados às taxas de juro 
overnight como as LFTs – Letras Financeiras do Tesouro -, ou 
indexados à índices de inflação, como as NTN-Bs, que rendem a 
variação acumulada do IPC-A (índice de preços ao consumidor – 
 
 
33 
amplo) e as NTN-Cs, que rendem a variação acumulada do IGP-M 
(índice geral de preços do mercado). 
Podemos citar como investimento em Renda Fixa a Caderneta de 
Poupança, o Certificado de Depósito Bancário (CDB), as Letras de Câmbio, as 
Letras Hipotecárias e os Títulos Públicos (LTN, LFT ou NTN) 
3.1.1 Caderneta de Poupança 
Modalidade mais tradicional e conservadora do mercado. Permite ao 
investidor aplicar pequenas somas com rendimentos a cada 30 dias. Segundo 
a Caixa Economica Federal : 
"A caderneta de poupança é um dos investimentos mais 
populares do país, que conta com simplicidade e baixo risco. Além 
disso, é garantida pelo governo e suas regras de funcionamento são 
reguladas pelo Banco Central. A remuneração da caderneta de 
poupança é de 0,5% ao mês (6,17% a.a.), mais a variação da TR. Os 
valores depositados em poupança são remunerados com base na 
taxa referencial (TR), acrescida de juros de 0,5% ao mês. Os valores 
depositados e mantidos em depósito por prazo inferior a um mês não 
recebem nenhuma remuneração. A TR utilizada é aquela do dia do 
depósito." 
Até 04 de Maio de 2012, a remuneração era composta por TR (taxa 
referencial) da data de aniversario da aplicação + 0,5% ao mês. Os montantes 
aplicados após esta data passaram a ser calculados da seguinte forma: sempre 
que a Selic for menor ou igual a 8,5%, o rendimento da poupança deixará de 
ser 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) e passará a ser 70% da Selic 
(taxa básica de juros) mais a TR. 
A caderneta de poupança é uma aplicação pós-fixada. Os ganhos são 
isentos de imposto de renda, mas se o aplicador resgatar antes da data de 
aniversario da aplicação perde toda a rentabilidade do período (do montante 
resgatado e não do saldo). 
 
 
34 
O risco da poupança está diretamente associado ao banco que faz a 
captação desses recursos, pois o investidor, na verdade, está emprestando 
dinheiro ao banco captador, embora exista a garantia do FGC - Fundo 
Garantidor de Crédito. 
3.1.2 Certificado de Depósito Bancário – CDB 
É um título de crédito (captação) emitido por bancos (comerciais, de 
investimento, desenvolvimento e múltiplos) que tem por objetivo captar 
recursos de investidores, passando posteriormente esses aos clientes na forma 
de empréstimos. Os CDBs consistem em um depósito a prazo determinado 
com rentabilidade prefixada ou pós-fixada. Todos os CDBs que contam com 
registro estão depositados na Cetip. 
Os prefixados tem sua rentabilidade expressa em taxas de juros e os 
pós-fixados são atrelados a algum índice (TR, TJLP ou TBF taxa básica 
financeira) como correção, mais taxas de juros referentes ao ano, com prazo 
mínimo de um mês. Os CDBs não podem ser prorrogados, mas renovados de 
comum acordo, havendo nova contratação. O CDB tem a garantia do Fundo 
Garantidor de Crédito . 
3.1.3 Títulos Públicos 
São papéis emitidos pelos poderes públicos federais, estaduais ou 
municipais. Alguns desses títulos possuem baixíssima volatilidade, enquanto 
outros podem apresentar oscilações de preço ao longo do tempo. 
Um dos principais objetivos dessa emissão é os governos poderem financiar as 
suas dívidas, pagando remuneração com taxas prefixadas ou pós-fixadas. As 
instituições financeiras interessadas compram esses títulos, emprestando 
recursos aos governos e colocam esses papéis nas carteiras dos fundos de 
investimento, remunerando o investidor. Os riscos dos títulos públicos é o risco 
dos governos não honrarem os compromissos assumidos. 
• NTN – Notas do Tesouro Nacional – São títulos pós-fixados 
(com exceção de NTN-F descrita a seguir), que podem ter uma 
 
 
35 
remuneração através de uma taxa de juros fixa + um índice de correção 
específico, (TR, TJLP etc.) São títulos nominais. 
• NTN-F – Notas do Tesouro Nacional Série F - Títulos 
prefixados, rentabilidade conhecida no momento da aplicação. 
• LTN – Letras do Tesouro Nacional – Títulos prefixados, 
rentabilidade conhecida no momento da aplicação. 
• LFT – Letra Financeiras do Tesouro - Títulos pós-fixados e 
remunerados pela taxa, acumulada no mercado, SELIC. 
• Tesouro Direto – Recentemente se abriu a qualquer pessoa 
física a compra através da Internet. Limite mínimo para investimento é 
de R$ 100,00 e o máximo de R$ 400.000,00 por mês. 
3.1.4 Letras de Câmbio 
Títulos emitidos como instrumento de captação de recursos destinados 
ao financiamento de bens e serviços, (CDC – Crédito Direto ao Consumidor) . 
Em outras palavras a letra de câmbio consiste em uma ordem de pagamento, 
no qual o sacador emite a ordem, para que o sacado pague e o tomador se 
beneficie. O saque autoriza o tomador a procurar o sacado para, ocorridas 
determinadas condições, poder receber a quantia no título, e vincula o sacador 
ao pagamento da letra de câmbio.Podendo ser com taxas prefixadas, pós-
fixadas ou flutuantes. 
3.1.5 Letras Hipotecárias 
As letras Hipotecárias são uma forma de captação usada pelos bancos 
para financiar certas linhas de credito imobiliario , portanto só podem ser 
emitidas por instituições autorizadas para este tipo de financiamento. São 
emitidas com juros prefixados, pós-fixados ou flutuantes, contam com garantia 
do FGC (Fundo Garantidor de crédito). 
Lastreado em créditos garantidos por hipoteca de primeiro grau de bens 
imóveis. Seu prazo mínimo de emissão é de 180 dias e é proibido prazo maior 
que o de vencimento dos créditos que servem de lastro. 
 
 
36 
3.1.6 Debêntures 
As debêntures são emitidas por sociedades anônimas de capital aberto 
ou fechado e utilizadas para financiar projetos ou reestruturar dívidas da 
empresa, tendo como vantagens na captação de recursos a diminuição do seu 
custo médio, o alongamento e a adequação do seu perfil e a diminuição 
significativa das garantias utilizadas. Desta forma, uma companhia em vez de 
tomar um empréstimo junto ao banco, pode realizar uma emissão de 
debêntures para captar recursos e aplicar em projetos que, por exemplo, 
aumentarão a sua capacidade produtiva ou permitirão a sua entrada em um 
novo segmento de negócios. 
Normalmente com características de renda fixa, podendo, no entanto, 
serem considerados como de renda variável desde que a remuneração 
oferecida seja com base na participação dos lucros da empresa emitente. 
Classificando-se em: 
Simples – O credor recebe juros e correção monetária e não pode 
convertê-las em ações. 
Conversíveis – O credor pode optar em transformar suas debêntures em 
ações (da empresa emissora) na data do vencimento. 
Permutáveis – Permitem ao credor optar por transformar suas 
debêntures em ações que não as da empresa emissora. 
3.1.7 Fundos de Renda Fixa 
São Fundos de investimento que buscam retorno através de 
investimento em ativos de rendas fixas excluindo-se estratégias que impliquem 
risco de índices de preço, moeda estrangeira oude renda variável (ações etc.). 
Exemplos: Renda Fixa Crédito, Renda Fixa Multiíndices, Renda Fixa 
Alavancados. 
 
 
37 
• Renda Fixa Crédito buscam obter ganhos mais elevados, 
aplicando boa parte dos recursos em títulos de divida privada, que 
em geram pagam juros mais altos do que os títulos públicos; 
• Renda Fixa Multiíndices buscam obter ganhos mais elevados 
aplicando no mercado de futuros de índices de inflação ou juros; 
• Renda Fixa alavancado não tem restrições para aplicar recursos e 
utilizam derivativos para aumentar a rentabilidade de sua carteira. 
3.2 RENDA VARIÁVEL 
 
Mercado de Renda Variável Compõe-se de ativos de renda variável, 
quais sejam, aqueles cuja remuneração ou retorno de capital não pode ser 
dimensionado no momento da aplicação, podendo variar positivamente ou 
negativamente, de acordo com as expectativas do mercado. 
Os mais comuns são: ações, fundos de renda variável (fundo de ação, 
multimercado e outros), Commodities (ouro, moeda e outros) e os derivativos 
(contratos negociados nas Bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e 
assemelhadas). 
 
3.2.1 Ações 
 
Ações são produtos de renda variável com maior destaque e, 
possivelmente, os mais conhecidos pelos investidores no mercado financeiro. 
As ações são títulos que representam uma parcela do capital social de uma 
sociedade anônima e que concedem ao proprietário o direito de participação 
nos resultados da empresa. 
 
As ações podem ser divididas por diversas características: 
 
Quando aos tipos de ações: 
 
 
 
38 
Ordinárias nominativas (ON) - A principal característica de uma ação 
ON é que ela dá direito a voto e participação nas decisões das empresas. 
Essas ações possuem as letras da empresa seguidas do número 3 no código 
de negociação. Alguns exemplos: 
� ABEV3 
� BBAS3 
 Preferenciais nominativas (PN) - Uma ação PN não possui direito a 
voto, porém tem preferência em caso de distribuição de lucros e 
compensações.Esses papéis normalmente recebem o número 4 após as letras 
que representam o nome da empresa no código de negociação, como por 
exemplo: 
� PETR4 
� ITUB4 
 
Algumas empresas também possuem subdivisões em suas ações 
preferenciais,como: 
 
 Ações preferenciais Classe A: Representadas pelo número 5 , exemplo: 
� VALE5 
� SUZB5 
Ações preferenciais Classe B: Representadas pelo número 6 , 
exemplo: 
� BRSR6 
� ELET6 
 
As ações também são diferenciadas por níveis de liquidez: 
 
� Primeira linha ou blue chips : grande volume negociado, 
grande número de vendedores e compradores; 
� Segunda linha: ações menos negociadas. 
 
 
39 
 
Pelo grau de capitalização da empresa: 
 
� Large caps: alta capitalização 
� Mid caps: média capitalização 
� Small caps: baixa capitalização 
 
Pelo tipo de mercado que são vendidos: 
 
 Mercado integral (lote-padrão): Lote de títulos que apresentam 
múltiplos da quantidade estabelecida como lote padrão. Essa quantidade de 
títulos é prefixada pelas bolsas de valores. Quando um investidor opera 
comprando ou vendendo em múltiplos do lote padrão, sua ordem cai no 
Mercado Integral, onde estará disponível para investidores de maior porte, que 
também estão operando dentro do lote padrão. 
 
 Mercado fracionário (lote fracionário): Lote de títulos que apresenta 
uma quantidade de ações inferior ao lote-padrão estabelecido. Quando um 
investidor opera comprando ou vendendo em quantidades abaixo do lote 
padrão, sua ordem cai em um mercado paralelo chamado de Mercado 
Fracionário, onde estará disponível somente para investidores de pequeno 
porte, os quais também estão operando abaixo do lote padrão. 
 
3.2.2 Fundos de renda variável 
 
Fundos de renda variável são todos os fundos de investimento com 
exceção dos fundos de renda fixa. 
 
Fundos de Ações tem como principal fator de risco a variação dos 
preços de ações, admitidas à negociação em mercados organizados, que 
compõem sua carteira de ativos. 
Cabe ao administrador do fundo constituir o fundo e realizar o processo 
de captação de recursos junto aos investidores através da venda de 
 
 
40 
cotas.Investem no mínimo 67% do seu patrimônio em ações, com isso estão 
sujeito as variações do mercado de renda variável, são dívidas em 
classes, geralmente tentam acompanhar um índice de ações, como o IBOV, 
IBX etc. 
 
Fundos multimercados têm liberdade para operar diferentes ativos, 
entre papéis de renda fixa, ações de empresas, moedas (como dólar), 
derivativos e investimento no exterior. Essa flexibilidade possibilita ao gestor do 
fundo montar diversas estratégias, conforme mudanças no cenário econômico 
ou no mercado financeiro, por exemplo.A característica versátil permite que os 
fundos atravessem, inclusive, momentos de forte volatilidade nos mercados. 
 
3.2.3 Commodities 
 
Commodities são produtos que funcionam como matéria-prima, 
produzidos em escala e que podem ser estocados sem perda de qualidade, 
como petróleo, suco de laranja congelado, boi gordo, café, soja e 
ouro. Commodity vem do inglês e originalmente tem significado 
de mercadoria.Dessa forma seu preço é determinado pelo mercado mundial 
como uma consequência da oferta e demanda, e não pela empresa que a 
produz, uma vez que sua “marca” não importa tanto. 
 
Existem quatro tipos de commodities: 
 
� Commodities agrícolas: soja, suco de laranja congelado, trigo, 
algodão, borracha, café, etc. 
 
� Commodities minerais: minério de ferro, alumínio, petróleo, ouro, 
níquel, prata, etc. 
 
� Commodities financeiras: moedas negociadas em vários 
mercados, títulos públicos de governos federais, etc. 
 
 
 
41 
� Commodities ambientais: créditos de carbono 
 
3.2.4 Derivativos 
 
Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos futuros, 
cujo montante é calculado com base no valor assumido por uma variável, tal 
como o preço de um outro ativo ( uma ação ou commodity), a inflação 
acumulada no período, a taxa de câmbio, a taxa básica de juros ou qualquer 
outra variável dotada de significado econômico. Derivativos recebem esta 
denominação porque seu preço de compra e venda deriva do preço de outro 
ativo, denominado ativo-objeto. 
Entre os derivativos mais populares encontram-se as opções e, sobre 
estas, existem diversos modelos teóricos de valorização. Os mercados futuros 
e de opções são extremamente importantes no mercado financeiro. 
 
Os principais tipos de contrato derivativo são: 
 
a) A termo - comprador e vendedor se comprometem a comprar ou 
vender, em data futura, certa quantidade de um bem (mercadoria ou ativo 
financeiro), a um preço fixado na própria data da celebração do contrato. Os 
contratos a termo somente são liquidados integralmente na data de 
vencimento, podendo ser negociados em bolsa e no mercado de balcão. 
 
b) Futuros - contratos em que se estabelece a compra e venda de 
um ativo a um dado preço, numa data futura. O comprador ou vendedor se 
compromete a comprar ou vender certa quantidade de um ativo por um preço 
estipulado, numa data futura. No mercado futuro, os compromissos são 
ajustados diariamente às expectativas do mercado referentes ao preço futuro 
do bem, por meio do ajuste diário (mecanismo que apura perdas e ganhos). Os 
contratos futuros são negociados somente em bolsas. 
 
 
 
42 
c) De opção - contratos que dão a compradores ou vendedores o 
direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender o ativo relacionado, em um 
data futura (data do vencimentoda opção), por um preço preestabelecido (o 
preço de exercício da opção). Tal como num contrato de seguro. 
 
d) Swaps - contratos que determinam um fluxo de pagamentos entre 
as partes contratantes, em diversas datas futuras. Negocia-se a troca (em 
inglês, swap) do índice de rentabilidade entre dois ativos. O swap, no entanto, 
implica um certo risco. Variações inesperadas nos indexadores das dívidas 
podem eventualmente prejudicar um dos signatários, prejudicando o outro. Tal 
como a operação a termo, a operação de swap é liquidada integralmente no 
vencimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
CONCLUSÃO 
 
Para que a economia do País funcione de forma equilibrada, existem 
várias instituições, órgãos, entidades e empresas que trabalham juntos. O 
Sistema Financeiro Nacional (SFN), por exemplo, fiscaliza quanto de dinheiro 
há em circulação para que a economia brasileira continue girando. Ou seja, 
nada mais é do que uma maneira de várias entidades se juntarem e se 
organizarem para coordenar todas as atividades financeiras que acontecem no 
Brasil. 
Essa fiscalização é importante para todos nós, pessoas e empresas, já 
que ela permite a estabilidade econômica do país, equilibrando recursos entre 
aqueles que têm de sobra, para aqueles que precisam. Além disso, o SFN 
permite diversas operações que utilizamos na nossa rotina, como empréstimos, 
investimentos, pagamentos e recebimentos no País e no exterior. 
O presente estudo foi orientado a partir de análises das teorias 
econômica e financeira, de conceitos e de princípios fundamentais para o 
entendimento do funcionamento do mercado de capitais, de modo a vir 
contribuir com a vida profissional do administrador, mostrando a sua função e 
os seus segmentos. 
O mercado de capitais tem como um dos principais objetivos a alocação 
e otimização dos recursos aplicados na economia, distribuindo e intermediando 
dos superavitários para os deficitários. É um mecanismo de distribuição de 
valores mobiliários, que tem o objetivo de gerar liquidez aos títulos emitidos 
pelas empresas e viabilizar o seu processo de capitalização. 
À medida que cresce o nível de poupança, maior é a disponibilidade 
para investir. A poupança individual e a poupança das empresas (lucros) 
constituem a fonte principal do financiamento dos investimentos de um país. 
Esses investimentos são o motor do crescimento econômico e este, por sua 
vez, gera aumento de renda, com conseqüente aumento da poupança e do 
investimento, e assim por diante. Esse é o esquema da circulação de capital, 
presente no processo de desenvolvimento econômico. 
 
 
 
44 
Pode se notar que poupança e investimento são fundamentais para o 
crescimento econômico, que o mercado financeiro é o melhor meio para a 
canalização eficiente da poupança para investimentos produtivos, e que, por 
fim, o mercado de capitais é o local mais inovador e completo no papel do 
financiamento sustentável do crescimento, seguindo os princípios econômicos 
de liberdade, equidade e eficiência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
BIBLIOGRAFIA 
 
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<http://www.anbima.com.br/pt_br/informar/ferramenta/renda-fixa- 
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BACHA, E. L. OLIVEIRA, L.C. Mercado de Capitais e Crescimento Econômico. 
Rio de Janeiro: Contra Capa, 2005. 
 
Banco Central do Brasil. Disponível em: 
< https://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/home> Acesso em 18 de março de 2017. 
Banco do Brasil. Disponível em: 
http://www.bb.com.br/docs/pub/voce/dwn/rendafixa5.pdf Acesso em 25 de 
março de 2017. 
BM&FBOVESPA. Disponível em: 
<http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/produtos/listados-a-vista-e-
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Acesso em: 25 de março de 2017. 
Caixa Econômica Federal. Disponível em: 
http://www.caixa.gov.br/voce/poupanca-e-investimentos/poupanca/perguntas-
frequentes/Paginas/default.aspx#o-que-e> Acesso em 25 de março de 2017. 
 
CAVALCANTI, F. MISUMI, J.Y. e RUDGE, L.F. Mercado de Capitais. Rio de 
Janeiro:Campus, 2005. 
 
FORTUNA, E. Mercado Financeiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005, 16ª 
edição. 
 
PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de Capitais: fundamentos e técnicos. São 
Paulo: Atlas, 2001. 
 
 
 
 
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<http://www.portaleducacao.com.br/informatica/artigos/48358/google-
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Receita Federal do Brasil. Disponível em: 
<Https://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaFisica/IRPF/2006/perguntas/AplicFi
nanRenFixaRenVariavel.htm> Acesso em 18 de março de 2017. 
 
Tesouro Nacional. Disponível em: 
<http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-conheca-o-tesouro-direto> 
Acesso em 25 de março de 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
ÍNDICE 
 
 
FOLHA DE ROSTO..........................................................................................02 
AGRADECIMENTOS........................................................................................03 
DEDICATÓRIA..................................................................................................04 
RESUMO...........................................................................................................05 
METODOLOGIA...............................................................................................06 
SUMÁRIO..........................................................................................................07 
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 09 
CAPÍTULO I ..................................................................................................... 11 
MERCADOS DE CAPITAIS ................................................................................... 11 
1.1.Como funciona esse mercado...........................................................11 
1.2.Funções do Marcado Financeiro.......................................................12 
1.3.Participantes......................................................................................12 
1.4.Ações................................................................................................14 
1.4.1.Preferenciais..................................................................................14 
1.4.2.Ordinárias.......................................................................................15 
1.5.Investidores individuais e institucionais............................................15 
1.6.Mercado primário e secundário........................................................16 
1.6.1.Mercado primário...........................................................................17 
1.6.2.Mercado secundário......................................................................17 
CAPITULO II .................................................................................................... 19 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ........................................................................ 19 
2.1.Subsitema normativo.........................................................................20 
2.1.1.Conselho Monetário Nacional........................................................20 
2.1.2.Comissão de Valores Mobiliários...................................................21 
2.1.3.Banco Central do Brasil..................................................................21 
2.2. Sistema Operador............................................................................232.2.1.Bancos Comerciais........................................................................23 
2.2.2.Caixas Econômicas.......................................................................23 
2.2.3. Cooperativas de Crédito...............................................................24 
2.2.4.Banco de Investimento..................................................................24 
 
 
48 
2.2.5.Bancos múltiplos...........................................................................24 
2.2.6.Banco do Brasil.............................................................................25 
2.2.7.Bancos de Câmbio........................................................................25 
2.2.8.Bancos de Desenvolvimento.........................................................25 
2.2.9.Financeiras.....................................................................................26 
2.2.10.Sociedade de Arrendamento Mercantil........................................26 
2.2.11.Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários........26 
2.2.12.Sociedades Corretoras de Títulos e valores Mobiliários..............27 
2.2.13.Sociedades de Créditos e Imobiliário...........................................27 
2.2.14.Associações de Poupança e Créditos..........................................28 
2.2.15.Agência de fomento.....................................................................28 
2.3.Sistema de Liquidação e Custódia...................................................28 
2.3.1.Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)....................28 
2.3.2.CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação..................................29 
2.3.3.CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia..............29 
2.4.BM&FBOVESPA...............................................................................30 
CAPITULO III ................................................................................................... 31 
PRINCIPAIS OPÇÕES DE INVESTIMENTO ............................................................... 31 
3.1.Renda Fixa........................................................................................31 
3.1.1.Caderneta de Poupança................................................................33 
3.1.2.Certificado de Depósito bancário (CDB)........................................34 
3.2.3.Títulos públicos.............................................................................34 
3.2.4.Letras de Câmbio..........................................................................35 
3.2.5. Letras hipotecárias.......................................................................35 
3.2.6.Debêntures....................................................................................36 
3.2.7.Fundos de renda fixa.....................................................................36 
3.2.Renda variável..................................................................................37 
3.2.1.Ações.............................................................................................37 
3.2.2.Fundos de renda variável..............................................................39 
3.2.3.Commodities..................................................................................40 
3.2.4.Dervativos......................................................................................41 
CONCLUSÃO...................................................................................................43 
BIBLIOGRAFIA................................................................................................45 
 
 
49

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