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Curso Tributário I

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Curso de Direito financeiro e Tributário i
Atividade financeira do estado
Fontes do direito financeiro
Despesa pública
Receita pública
Crédito público
Orçamento público
Tribunal de contas 
Lei de responsabilidade fiscal
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Tributos em espécie
Conceito
Classificação
Espécies
Competências 
Repartição de competência
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Fontes e hermenêutica tributária
Contexto histórico das fontes do direito tributário 
Fontes do direito tributário 
Classificação 
Espécies 
Hermenêutica 
Interpretação 
Integração 
Interpretação econômica
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 Limitações constitucionais ao poder de tributar
Princípios constitucionais vinculados ao valor segurança jurídica 
Legalidade 
Tipicidade 
Irretroatividade 
Anterioridade 
Noventena ou Anterioridade Nonagesimal, Mínima ou Mitigada 
Princípios constitucionais vinculados ao valor justiça 
Isonomia 
Generalidade e universalidade 
Capacidade contributiva 
Não confisco 
Não cumulatividade 
Neutralidade 
Princípios constitucionais vinculados ao valor liberdade 
Limitação ao tráfego de pessoas e bens 
Vedação de diferença tributária em razão da origem ou destino 
Imunidades 
Imunidades específicas 
Princípios constitucionais vinculados ao valor federalismo 
Vedação de isenção heterônoma 
Uniformidade geográfica 
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Obrigação e responsabilidade tributárias 
Obrigação tributária principal 
Teorias sobre a natureza do vínculo 
Obrigação tributária e crédito tributário 
Elementos da obrigação tributária 
Obrigação tributária acessória 
Nomenclatura 
Fato gerador 
Forma de fixação 
Obrigação tributária decorrente de infrações 
Natureza jurídica 
Forma de fixação 
Fato gerador 
Responsabilidade tributária 
Sujeito passivo da obrigação tributária 
Convenções entre particulares 
Solidariedade 
Capacidade tributária passiva 
Domicílio tributário 
Responsabilidade por infrações 
Responsabilidade tributária por substituição 
Responsabilidade tributária por transferência
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Atividade financeira do estado
Importante porque cuida da maneira como o patrimônio público será gerido e como os recursos públicos serão obtidos e gastos. 
atividade instrumental, estado não busca lucro
 vamos estudar a receita, a despesa, o crédito e o orçamento públicos 
Seus princípios exclusivos 
controle e a fiscalização da atividade financeira. 
Projeto público necessita de recurso público para não ser frustrado, logo:
Atividade financeira é o conjunto de ações do Estado para obtenção da receita e a realização dos gastos para o atendimento das necessidades públicas.
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Elementos da atividade financeira do estado
se presentes os três elementos a seguir, estamos diante da atividade financeira do estado que deve se submeter às regras do direito financeiro. (lei 4320/64 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal)
1 Presença indispensável de uma pessoa jurídica de direito público (São pessoas jurídicas de direito público interno: União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; os Municípios; as autarquias, inclusive as associações públicas; as demais entidades de caráter público criadas por lei. PJ DE DIREITO PÚBLICO EXTERNO - São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público)
2 Atividade de conteúdo econômico (envolver dinheiro)
3 Atividade de conteúdo instrumental (sem objetivo de lucro)
1 Presença indispensável de pJDP - dirigismo legal estado.
A vontade estatal, em um Estado Democrático de Direito, deve vir manifestada na lei – assim entendida como o ato produzido pelo poder legislativo formado pelos representantes da sociedade eleitos para esse fim. somente se submete às regras do Direito Financeiro, em toda a sua essência, a pessoa jurídica de direito público, pois ela não possui liberdades econômicas diante da vontade da lei.
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não sofrerá das mesmas implicações do Direito Financeiro uma pessoa jurídica de direito privado, como a Eletrobrás, e uma pessoa jurídica de direito público, como a União. 
A União terá todo o seu orçamento previamente estabelecido por lei. Assim, somente poderá realizar os gastos que a lei autorizar; somente deverá agir para buscar os recursos que a lei orientar.
 A Eletrobrás (SEM), pessoa jurídica de direito privado, precisa de certa liberdade, de uma possibilidade de reação diante das ocorrências imprevisíveis do mercado e do meio em que opera. 
conexão entre o Direito Financeiro e o Direito Constitucional – afinal, é o Direito Constitucional que consagra o Estado Democrático de Direito, firmando essa estrutura e essa diferença de tratamento entre o público e o privado. 
2 Atividade de conteúdo econômico
Nem toda atividade estatal será uma atividade financeira. 
Nos interessa as atividades de conteúdo econômico, aquelas que dizem respeito à obtenção de recursos e realização de gastos. A entrada e saída de dinheiro e de bens públicos de forma geral interessam ao Direito Financeiro. 
Não se preocupa o Direito Financeiro em regular quem será a pessoa indicada para ocupar um determinado cargo público. O procedimento de escolha de um servidor ou funcionário público é tema do Direito Administrativo.
o Direito Financeiro guardará uma relação evidente com o Direito Administrativo. Enquanto um é o agir mais essencial do Estado, o outro regula como fazer esse agir acontecer diante de uma sociedade que se relaciona por questões financeiras. 
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3 Atividade de conteúdo instrumental 
O Estado não é uma empresa. Não é um empreendimento econômico com um propósito organizado e final de gerar lucro. O lucro do Estado (se é que podemos falar assim) é humano. 
Constituição federal determina quais são os objetivos do Estado Brasileiro no art. 3º: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. (fundamento - a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; o pluralismo político. (oab) [so, ci, di, va tra li, plu po]
Isso significa dizer que não há qualquer propósito em obter lucro ou ter um resultado positivo no final do exercício financeiro. Um pequeno prejuízo no período é até aceitável. Tudo desde que os propósitos finais sejam perseguidos. 
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Poder financeiro
Atividade Financeira do Estado decorre de um poder. 
É claro que, uma vez que todo poder emana do povo, este poder decorrente da Constituição não se confunde com um arbítrio, o estado não pode gastar como quiser.
Logo o poder se manifesta através das clássicas três funções do poder estatal. 
1 Legislar – leis orçamentárias (ldo, pmdi impõe limites e determinações)
2 Administrar - executar despesas e receber receitas
3 Julgar – No Brasil, há um consenso de que a jurisdição é una. Assim sendo, não há um poder judiciário especial para dirimir esses conflitos.
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Princípios do direito financeiro
princípio de reserva da lei.
princípio de não discricionariedade administrativa
princípio da indisponibilidade administrativa
princípio da relação estrutura/conjuntura
princípio da visualização global
princípio da otimização de gestão
princípio da realidade político-administrativa 
Princípio da igualação dos custos e benefícios sociais
Princípio do planejamento governamental (elaboração orçamentária)
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1 Princípio da legalidade: as receitas e as despesas precisam estar previstas em lei; 
2 Princípio da publicidade É importante que tudo seja divulgado nos veículos oficiais de comunicação para conhecimento público. 
3 princípio da unidade, não está expresso na Constituição, é, portanto, um princípio implícito, mas referido no art. 2º da Lei 4.320/64 e implícito no art. 165, § 5º, da CRFB/88. Ele preconiza que o orçamento deveser uno, deve haver um só para cada ano. Deve ser integrado, e assim o ideal é que seja apenas uma lei orçamentária. (PLANO PLURIANUAL – PPA Esse é o documento que traz as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da administração pública. Prevê, entre outras coisas, as grandes obras públicas a serem realizadas nos próximos anos. Ele tem vigência de quatro anos. Expressa a visão estratégica da gestão pública. Lei de diretrizes orçamentárias - LDO é elaborada anualmente e tem como objetivo apontar as prioridades do governo para o próximo ano. Ela orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual, baseando-se no ppa. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA É o orçamento anual propriamente dito. Prevê os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais. Todos os gastos do governo para o próximo ano são previstos em detalhe na LOA. Você encontrará na LOA a estimativa da receita e a fixação das despesas do governo). 
4 princípio da totalidade, erigido pela doutrina, possibilita a coexistência de múltiplos orçamentos que devem ser consolidados. É o que podemos extrair do art. 165, § 5º, ao fazer a leitura de seus incisos que determinam a previsão do orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de investimentos das estatais. 
5 princípio da universalidade estabelece que o orçamento deve conter todas as receitas, todos os recursos, todas as despesas inclusive as operações de crédito. 
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6 princípio da anualidade ou periodicidade, determina que o orçamento deve ser elaborado para ter vigência no período de um ano, que vai, no Brasil, de 01 de janeiro a 31 de dezembro. Em verdade, apresentam-se como exceção a esse princípio os créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício, reabertos nos limites de seus saldos, que serão incorporados ao orçamento do exercício seguinte. Não se deve confundir esse princípio com o não mais vigente princípio da anualidade tributária. Para a anualidade tributária, era exigida uma autorização anual para que o tributo pudesse ser cobrado. Faltasse essa autorização, o tributo estaria suspenso para aquele ano. 
7 princípio da exclusividade orçamentária. Ele aboliu uma prática muito antidemocrática que consistia em fazer incluir nas disposições finais regras que não tinham relação com o conteúdo próprio do orçamento – as então denominadas caudas orçamentárias. Assim, o orçamento só deve conter a previsão da receita, a fixação da despesa e a autorização para a operação de crédito e abertura de créditos suplementares. Qualquer outro tema é estranho ao orçamento e inconstitucional. Esse princípio está explícito no art. 165, § 8º, da CRFB/88. 
8 princípio da especificação (especialização ou discriminação), as receitas e despesas devem estar bem definidas no orçamento, com suas origens e aplicação, para que se possa acompanhar e controlar os gastos públicos. Isso pode ser referido nos arts. 5º e 15 da Lei 4.320/64.
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9 princípio da não afetação ou não vinculação das receitas aplica-se claramente somente aos impostos por determinação do art. 167, IV, da CRFB/88. 
10 princípio do orçamento bruto receitas e as despesas devem aparecer no orçamento em seus valores brutos – sem deduções. A linguagem do orçamento seja clara e objetiva, compreensível a todas as pessoas que precisem manipular. as estimativas devem ser as mais exatas possíveis, de forma a garantir consistência como instrumento de programação. 
11 princípio do equilíbrio (EC 95/2016) busca evitar o déficit público. Permite sacrificar as despesas sociais mais importantes de uma nação. Antes o endividamento só era expressamente admitido para a realização de investimentos ou abatimento da dívida. Agora há restrições ao crescimento das despesas como forma de controlar o endividamento público.
Fontes do direito financeiro
No sentido de instrumento normativo escolhido pelo ordenamento jurídico para regular as condutas a fim de estabelecer direitos e deveres.
Constituição Financeira O conjunto de dispositivos constitucionais que regula a atividade financeira do Estado é o que chamamos de Constituição Financeira. Tbm normas que regulam o poder artigos 70 a 75 – que tratam do Tribunal de Contas - e os artigos 163 a 169 – que tratam das finanças públicas. 
Obs* Tribunal de contas - instituição prevista na Constituição Federal para exercer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do estado, quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade e a fiscalização da aplicação das subvenções e da renúncia de receitas. Auxilia o poder legislativo no planejamento fiscal e orçamentário anual. Existe tribunal de contas municipal? A Constituição diz: Art. 31 § 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. SP e RJ tem antes da CF/88.
Normas gerais do direito financeiro leis que estabelecem um padrão de comportamento a ser seguido por todos, inclusive por todos os entes federativos. Essas regras são reservadas pela Constituição, nos termos do art. 165, § 9º, à lei complementar. São ditas leis nacionais, pois, apesar de elaboradas pelo Congresso Nacional, obrigam não somente a União federal, mas também todos os entes federativos. Relacionamos, então, a Lei 4320/64 (normas gerais de direito financeiro) e a Lei Complementar 101/00 (lei de responsabilidade fiscal).
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Leis orçamentárias As leis orçamentárias são aquelas que, de forma concreta, determinam como será a atividade financeira para um determinado período. São leis ordinárias de iniciativa do chefe do poder executivo. Cada ente federativo deve elaborar as suas conforme a periodicidade. O orçamento federal é orientado pelas três leis constantes do art. 165, I, II e II, da CRFB/88. 
A primeira dessas leis é o Plano Plurianual (PPA), que estabelece o programa e as grandes obras a serem realizadas num período de quatro anos, o qual não coincide com o mandato do poder executivo, para permitir que aquele que executará o plano tenha o maior tempo de seu mandato com a própria lei em vigor: “É planejamento conjuntural para a promoção do desenvolvimento econômico, do equilíbrio entre as diversas regiões do País e da estabilidade econômica”. A segunda delas é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece as diretrizes e prioridades para cada exercício financeiro. Ela também estabelece como serão votadas e elaboradas as leis orçamentárias. A terceira e mais concreta delas é a Lei Orçamentária Anual (LOA), que traz o orçamento anual com todas as previsões de despesas e de ingressos para o exercício.
Despesa pública
O que é? A despesa pública é a soma ou conjunto dos gastos realizados pelo Estado. Classificações Quanto à categoria econômica: despesas correntes e despesas de capital.
 As despesas correntes correspondem às despesas de custeio (manutenção de serviços anteriormente criados) e às transferências correntes (aquelas dotações para despesas que não correspondam a contraprestação direta em bens ou serviços). 
E as despesas de capital que correspondem a investimentos, inversões financeiras e transferências de capital. 
Quanto à natureza, a despesa pode ser orçamentária ou extraorçamentária. 
A despesa orçamentária corresponde ao desembolso dos recursos fixados na lei orçamentária que não correspondem a ingressos anteriores e serão utilizados com os gastos públicos. As extraorçamentárias são saídas transitórias anteriormente obtidas como receitas extraorçamentárias, como a restituição de valores (depósitos, cauções, restos a pagar). Elas não precisam de autorização, pois não correspondem a recursos que pertençam a órgãos públicos. 
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Importante: as despesas virão originariamente no orçamento como créditos orçamentários. Eventuais alterações que possam ocorrer no decorrer do ano serão feitas, em regra, através de lei ordinária, com a abertura de créditos adicionais que serão suplementares, quando destinados a reforço de dotação orçamentária, ou especiais, quando destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentáriaespecífica. Excepcionalmente, o conteúdo do orçamento poderá ser objeto de medida provisória, conforme autorização expressa do art. 167, § 3º, da constituição, para abertura de créditos extraordinários quando destinados a despesas urgentes e imprevistas em caso de guerra, comoção intestina (Perturbação, contra a ordem pública ou a autoridade constituída, ex. golpe militar de 1964) ou calamidade pública.
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Quanto à regularidade, temos as despesas ordinárias – realizadas para manutenção dos serviços públicos, em que se repetem todos os exercícios - e as extraordinárias – de caráter excepcional, esporádico, em virtude de circunstância não constante. 
Quanto à afetação patrimonial, a despesa pode ser efetiva – aquela que reduz a situação líquida patrimonial do Estado - e a não efetiva – aquela que não gera nenhuma alteração na situação líquida patrimonial do Estado. 
Quanto à competência, elas podem ser federais, estaduais, distritais e municipais. 
Quanto ao resultado, as despesas podem ser produtivas quando se limitam a criar unidades de atuação estatal, reprodutivas quando representam o aumento da capacidade produtora do país e improdutivas quando desnecessárias.
Legalidade da despesa pública 
A regra insculpida na Constituição, no art. 167, II, é a vedação de despesas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; assim, não pode ser realizada despesa não prevista no orçamento. Aliás, a realização de despesas sem autorização legal pode ser considerada até como infração penal, administrativa e eleitoral.
Estágios da despesa
A despesa possui, a rigor, quatro estágios: a fixação, licitação, o empenho, a liquidação e o pagamento. 
A despesa é inicialmente fixada no orçamento e lá recebe o nome de crédito orçamentário, pois corresponde a um crédito dado ao administrador público para que realize a despesa.
 Na sequência, haverá a necessidade ou não do procedimento licitatório. 
A despesa será então empenhada, e assim o recurso estará comprometido com aquele destino de forma individualizada. 
A liquidação corresponde à conferência de que o que justificava o pagamento foi realizado e, portanto, ele deve ser feito. 
O pagamento corresponde ao cumprimento da obrigação por parte do Estado.
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O precatório judicial é a solicitação que o juízo da execução faz ao Presidente do Tribunal a que pertence para que ele determine ao Chefe do Poder Executivo que faça previsão orçamentária de verba necessária ao pagamento de direito decorrente de sentença judicial que condena a Fazenda Pública ao seu pagamento. 
Esse procedimento é dispensado quando se tratar de valor inferior à denominada requisição de pequeno valor – RPV (até 60 salários mínimos) . Esse valor não se submete a esse procedimento e não precisa ser incluído no orçamento, sendo quitado com a verba em caixa disponível para esse fim. O precatório nunca conseguiu sua satisfação no exercício seguinte, o que forçou a criação de uma fila. Há preferências para o crédito de natureza alimentícia e ainda para os créditos de natureza alimentícia de idosos ou portadores de moléstia grave de até três vezes essa requisição de pequeno valor. 
receita pública
é a soma dos ingressos públicos que se incorporam ao patrimônio público. 
nem todos os recursos que ingressam nas contas públicas são receita, pois alguns deles estão sujeitos à restituição, por exemplo. Nesse caso, são ingressos, mas não receitas, e se sujeitam a regras distintas. Aqui é importante fazer a distinção entre ingresso e receita: “Considera-se ingresso toda quantia recebida pelos cofres públicos, seja restituível ou não, daí também ser chamado simplesmente de entradas”. Assim, receita é o ingresso definitivo. 
Classificações: quanto à origem: Receita originária é aquela decorrente da exploração do próprio patrimônio estatal. O Estado age como um verdadeiro empresário. Receita derivada é aquela obtida no patrimônio particular, é a receita decorrente da imposição tributária. 
Quanto à sua previsão ou não no orçamento. receitas são orçamentárias quando fonte de recursos que são do Estado e receitas extraorçamentárias quando tratarem de recursos que serão devolvidos futuramente. 
Quanto à sua efetividade, a receita efetiva é aquela que faz crescer a situação líquida patrimonial do Estado, e a receita não efetiva é aquela que não muda a situação líquida patrimonial. 
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A Lei 4.320/64 as divide segundo um critério econômico em receitas correntes – quando não há qualquer cobrança financeira em relação ao Estado (ex. Receitas tributárias) – e receitas de capital, que surgem através de recursos financeiros de contratação de dívidas (ex. Alienação de bens). 
Quanto à duração, elas podem ser ordinárias quando periódicas, uma constante no orçamento público. E serão extraordinárias quando esporádicas, pois estão eventualmente no orçamento público.
Renúncia de receita
Um dos pontos que merece destaque na Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar 101 de 04 de maio de 2000 – é a renúncia de receita. Imagine que, ao ser previsto um orçamento, aquilo que se pretende gastar esteja limitado por aquilo que se espera arrecadar. Assim é que qualquer redução do que se pretende arrecadar impactará os compromissos e gastos fixados no orçamento. 
A LRF impõe, portanto, restrições e condições para essa renúncia que estão estabelecidas em seu art. 14. De maneira resumida, podemos dizer que a renúncia de receita está condicionada a uma estimativa de impacto e a uma de duas medidas: medida de compensação que evite seu resultado ou previsão orçamentária. Dessa forma, o equilíbrio do orçamento estaria mantido.
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Crédito público
Ingressos que não são definitivos podem ser classificados como crédito público.
Classificações: Quanto à origem dos recursos obtidos, ela pode ser interna ou externa quando obtido dentro ou fora do território nacional. 
Quanto ao prazo, ela pode ser dívida flutuante quando assumida para ser paga dentro do mesmo exercício financeiro (12 meses). E dívida fundada quando destinada a ser paga em período superior a um ano. 
Quanto à forma, ela pode ser voluntária – quando obtida após real consenso de quem cede a importância - ou obrigatória – quando obtida em razão do poder de império, verdadeiro tributo. 
Técnicas instrumentais 
exemplos de obtenção de crédito público: emissão de papel moeda, emissão de títulos da dívida pública, realização de contratos de empréstimo, retenção de investimentos e empréstimos compulsórios (tributo Collor que confiscou o dinheiro da poupança, lei complementar Collor editou MP, excepcional: calamidade pública; guerra externa ou sua ameaça; ou então no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional)
Vedações legais dos créditos públicos
Há limitações temporais à obtenção de crédito, como o caso da LRF que veda a contratação de operações de crédito (ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução de despesa com pessoal) no quadrimestre em que se ultrapassar os limites de despesa com pessoal ou quando se exceder o limite de dívida consolidada e no último ano de mandato.
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Orçamento público 
O orçamento público é tecnicamente a autorização que o legislativo dá para que a atividade financeira do Estado seja exercida. o orçamento pode ser definido como uma lei em sentido formal (pois tem forma de lei), uma lei temporária (pois tem vigência por período determinado) e uma lei ordinária, e é uma lei especial.
Processo de elaboração 
O orçamento terá início com um texto elaborado pelo Poder Executivo e entregue ao Poder Legislativo para discussão, aprovação e conversão em lei.
 Ele deve ser composto, a depender da existência das estruturas em cada ente federativo, do orçamento fiscal, do orçamento da seguridade social e do orçamento de investimento das empresas estatais. 
O PPA deve ser elaborado no primeiro ano de governo e encaminhado até 31 de agosto desse ano. Ele está previsto no art. 165 da CRFB/88 e se destina a apontar de que formaserão organizadas as ações públicas destinadas, objetivando o cumprimento dos fundamentos e os objetivos de governo (conjunto das políticas públicas do governo para um período de quatro anos de acordo com os compromissos firmados na eleição)
 A LDO é feita a cada ano e deve ser enviada ao Poder Legislativo até o dia 15 de abril de cada ano, e sua finalidade é orientar a elaboração do orçamento anual e sua execução, estabelecendo diretrizes, objetivos e metas para aquele ano. 
A LOA é o próprio orçamento e deve ser apresentada até o dia 31 de agosto. Ela deve ser votada e aprovada até o final de cada legislatura (4 anos).
Tribunal de contas
É o órgão do Estado responsável pela análise, principalmente, dos gastos públicos, auxiliando o Poder Legislativo a exercer o que se chama de controle externo da atividade financeira do Estado. 
O Tribunal de Contas possui múltiplas funções (7). 
1 função fiscalizadora, que compreende a realização de auditorias e inspeções e tem como objetivo avaliar a gestão dos recursos públicos. A fiscalização é feita por iniciativa própria ou até do Poder Legislativo.
2 função consultiva, prestada por meio de pareceres técnicos prévios e específicos sobre prestações de contas anuais de todos os órgãos e poderes do Estado, para subsidiar o julgamento pelo Congresso Nacional.
3 função normativa, exercida ao se prestar informações ao legislativo, às casas ou às comissões sobre a fiscalização do tribunal, e compreende a representação ao poder competente sobre as irregularidades ou apuração de abusos com o encaminhamento de relatório das atividades do tribunal ao legislativo. E, ainda do poder regulamentar, ele deve expedir instruções e atos normativos, de cumprimento obrigatório, sob pena de responsabilidade do infrator, em matéria de sua competência e em matéria de organização dos processos que lhe sejam submetidos. 
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4 função judicante, mas não jurisdicional. Ele julga as contas dos administradores públicos e outros responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos, assim como as contas dos que causaram qualquer prejuízo, extravio ou irregularidades que venham a prejudicar o erário respectivo. 
5 função sancionadora através da aplicação aos responsáveis das sanções previstas na Lei Orgânica do Tribunal (no caso da União, Lei 8.443/92) e, conforme previsão constitucional (art. 71, VIII a XI), na hipótese de ilegalidade ou irregularidade das contas. 
6 função corretiva havendo ilegalidade ou irregularidade nos atos de gestão, caberá ao Tribunal de Contas estabelecer prazo para cumprimento da lei, e, se não atendido o ato administrativo, o Tribunal de Contas deve determinar a sustação do ato impugnado. 
7 função de ouvidoria, pois é de sua responsabilidade receber denúncias e representações relativas a irregularidades ou ilegalidades que lhe sejam comunicadas pelos responsáveis pelo controle interno, autoridades, partidos políticos, associações, sindicatos e até mesmo o cidadão.
Controle e fiscalização
A fiscalização pode ser contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial. O que significa, respectivamente, em uma avaliação conforme os critérios contábeis de escrituração, o acompanhamento do fluxo financeiro dos recursos, a verificação de coerência com o orçamento, a análise de acordo com a legislação administrativa e o acompanhamento da evolução patrimonial do Estado. 
Os critérios a serem utilizados são os da legalidade, legitimidade e economicidade. Assim, além de verificar se a atividade está em conformidade com a lei, é de se observar o objetivo buscado e a relação custo-benefício. 
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Estrutura e organização
O Tribunal de Contas da União tem previsão expressa no art. 73 da Constituição que determina que ele será integrado por nove Ministros, terá sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território. Seus ministros deverão ser brasileiros, maiores de trinta e cinco e menores de sessenta e cinco anos de idade, idoneidade moral e reputação ilibada, notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública, e mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija esses conhecimentos. Quanto aos dois tribunais de contas municipais que existem (Rio de Janeiro e São Paulo) e aos estaduais, há simetrias, e devem as Constituições Estaduais dispor sobre eles. Não é possível criar outro tribunal de contas municipal.
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Lei de responsabilidade fiscal, lc 101 de 04 de maio de 2000 (LFR)
No Brasil, em 1997 iniciou-se a elaboração de uma legislação própria com o fim de controlar o endividamento público. Isso culminou na Lei de Responsabilidade Fiscal, publicada em 2000. 
Essa lei traz um relevo maior a princípios financeiros, como o planejamento, a transparência, o controle e a responsabilidade – um novo paradigma para a Administração Pública. Reforçando a responsabilidade, junto com ela foi publicada a Lei 10.028/00 – Lei de Crimes Fiscais – que tipifica a conduta dos gestores que não respeitem os cofres públicos.
Objetivo: estimular os governantes a desenvolver uma política tributária: transparente, participativa e, sobretudo, responsável.
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natureza jurídica: art. 163, CF/88, reserva à lei complementar regras relativas a limites da administração pública de recursos financeiros. É também uma lei nacional, já que deve ser observada pelos três níveis: federal, estadual e municipal. Assim sendo, apenas por um processo legislativo mais complexo pode se tratar da matéria, e essa lei se aplica a todos os entes da federação.
Cria um novo paradigma para administração pública.
ação planejada e transparente de forma a evitar riscos e corrigir desvios prejudiciais às contas públicas. 
Estabelecimento de metas de resultados de despesas e receitas, assim como fixar limites e condições para renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, seguridade, dívidas e operações de crédito.
abrange os tribunais de contas, o Ministério Público, as administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes.
Objetivo da lei de responsabilidade fiscal
O objetivo dessa lei é estimular os governantes a desenvolver uma política tributária transparente, participativa e, sobretudo, responsável.
Vale dizer que uma administração transparente deve demonstrar o que é feito com o dinheiro público, indicando os recursos correspondentes, para que a população pague os tributos de maneira mais consciente e participativa, ao menos na teoria.
Natureza jurídica: CF/88, art. 163, reserva à lei complementar regras relativas a limites da administração pública de recursos financeiros
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8 pontos importantes sobre lrf
Planejamento – super importante** PPA, LDO e LOA (30 dias após publicação dos orçamentos deve ser estabelecida programação financeira e cronograma de execução mensal e desembolso. Fevereiro, maio e setembro – executivo deve demonstrar cumprimentos das metas fiscais em audiência pública.
Receita pública – é dever dos entes da federação. Demonstrativo da evolução das receitas nos últimos 3 anos e projeção para próximos 2 anos seguintes. Valor estimado de receita e crédito não deve superar despesas de capital. Renúncia reduz resultado estimado da receita e pode prejudicar metas e objetivos devem ser acompanhados de impacto orçamentário financeiro no exercício e nos dois anos seguintes. Não se aplica renúncia em casos de débito inferior aos custos da cobrança e nos casos de impostos extrafiscais (II, IOF, IPI, IE cujo objetivo não é arrecadar, mas intervir na economia.
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Despesa pública – deve ser estimado no orçamento e nos dois anos subsequentes e ser compatível com ldo e loa. Existe limite com despesa de pessoal, se extrapolar são nulas. A lei determina percentual de limites a serem observados pelos entes da federação.
Transferência voluntária – entrega de recurso a outro ente da federação à título de cooperação, auxílio, assistência financeira que não seja constitucional ou legal ou prevista no sus. Beneficiáriotem que estar em dia com suas obrigações em educação, saúde, dívidas e orçamento.
Destinação de recursos públicos para o setor privado – poderá haver destinação de recursos para o setor privado desde que o custo de captação seja autorizado em lei específica. Não pode socorrer instituições do sistema financeiro nacional, salvo lei específica.
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Dívida e endividamento – dívida pública mobiliária (títulos públicos emitidos pelo tesouro nacional) operação crédito (antecipação da receita orçamentária) concessão de garantia (garantir cumprimento da obrigação penhora, fiança) e refinanciamento da dívida pública. Tudo para atender a insuficiência de caixa. (relações entre banco central e entes da federação)
Gestão patrimonial – esta ligado ao regime de previdência e preservação do patrimônio.
Transparência, controle e fiscalização – Leis orçamentárias devem ser publicadas (ppag, ldo e loa), prestação de contas em audiência pública, escrituração consolidada, fiscalização com controle interno e externo para atingir metas orçamentárias, observância dos limites legais.
Direito tributário
O Sistema Tributário Nacional está sustentado nos artigos 145 a 156 da Constituição Federal, além de outros como, por exemplo, o artigo 195. Em tais dispositivos se encontram os princípios gerais e norteadores do Direito Tributário Brasileiro, sendo que a sua regulamentação se dá por meio do Código Tributário Nacional, aprovado pela Lei nº 5.172, de 25.10.1966 ("CTN"), o qual foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 como lei complementar.
Incidira sobre: 
comercio exterior 
Produção
circulação de riqueza 
renda 
patrimônio 
folha de pagamento.
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Tributos espécie e competência
Objeto do Direito tributário é o tributo. Em uma federação eles são definidos aos entes para garantir autonomia financeira e também para definir competências para o exercício das políticas fiscais.
Os estado deve cumprir os direitos fundamentais e isso gera custo.
CTn lei 5.172/66 dispõe sobre o sistema tributário nacional apresenta o seguinte conceito para tributo:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
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Prestação pecuniária: o tributo é uma prestação pecuniária (dinheiro), pois ele é objeto de uma relação de natureza obrigacional. “obrigação de dar quantia certa”. (dinheiro)
Compulsória: essa obrigação, diferentemente da maioria das obrigações de direito privado, não nasce da vontade das partes. Ela é uma obrigação ex lege. A vontade bastante e necessária para seu nascimento está na lei. Sempre que o vínculo não tiver o elemento da compulsoriedade, sempre que houver uma adesão volitiva do particular que crie o vínculo, aquilo não é um tributo.
Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: A criação do tributo, pode trazer uma previsão do valor devido não diretamente em moeda, mas em índices de indexação, em percentuais, em quotas. Isso facilita a manutenção do tributo em valores atualizados sem que se tenha de impor uma avalanche legislativa anual para a sua correção e atualização.
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Que não constituía sanção de ato ilícito: Tributo e multa são institutos distintos. Aliás, o direito tributário tem pouca preocupação com a repercussão social do não pagamento do tributo, sua preocupação é mais arrecadatória. Assim, muitas leis e benefícios são aprovados para estimular a arrecadação, ainda que isso importe em um perdão ao sonegador fiscal. Toda vez que o “fato gerador” for a prática de uma infração, o que será imposto ao infrator será uma multa. A multa é submetida a regras e princípios penais.
CTN, no art. 118, I, o princípio do pecunia non olet – dinheiro não tem cheiro logo a ilicitude da conduta não afasta a incidência do tributo.
Extrafiscalidade - o Estado, ao tributar, pode utilizar o valor do tributo imposto como uma intervenção no comportamento do contribuinte.
Anistia x isenção x incentivo fiscal
Anistia perdão das penalidades
isenção perdão do tributo antes do fato gerador, retira poder tributário em relação a bens, serviços e pessoas.
Incentivo fiscal forma de intervenção na economia para desenvolver determinada região deve obs. Limites da cf/88 art. 150, §6º, LRF/00 art. 14
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Instituído em lei: tão caro ao direito tributário, o princípio da legalidade é incluído no próprio conceito de tributo. CTN e CF/88 prevê limites ao dever de tributar.
Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: No direito tributário, temos por certo que os atos de cobrança do tributo são vinculados – o que significa que não há qualquer margem para avaliação de conveniência e oportunidade na cobrança do tributo. O tributo previsto em lei deve ser cobrado como ali aparece, e o procedimento de cobrança deve seguir o estabelecido na legislação tributária. Devemos mencionar também que o Código fez uma escolha quanto à competência para a cobrança. A cobrança deverá ser feita mediante atividade administrativa, o que veda a transferência da dívida ativa a instituições financeiras. no art. 119, o Código estabelece que o sujeito ativo, o credor da obrigação tributária, é pessoa jurídica de direito público.
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CTN classifica três espécies pertencentes ao gênero tributo: impostos, taxas e contribuições de melhoria (Artigo 5º do Código Tributário Nacional). A Constituição Federal classifica outras espécies não codificadas: empréstimos compulsórios, contribuições especiais sociais, interventivas no domínio econômico e contribuições especiais profissionais e sociais (art. 195, cf/88)
imposto: é uma quantia em dinheiro paga para o Estado brasileiro e aos estados e municípios por pessoas físicas e jurídicas. É um tributo que serve para custear parte das despesas de administração e dos investimentos do governo em obras de infraestrutura (estradas, portos, aeroportos, etc.) e serviços essenciais à população, como saúde, segurança e educação. Único Não vinculado. Segundo o artigo 16º do CTN, imposto “é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.
Conheça abaixo os principais impostos cobrados no Brasil de pessoas físicas e jurídicas:
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Impostos federais
II – Imposto sobre Importação.
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. Incide sobre empréstimos, financiamentos e outras operações financeiras, e também sobre ações.
IPI – Imposto sobre Produto Industrializado. Cobrado das indústrias.
IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física. Incide sobre a renda do cidadão.
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Incide sobre o lucro das empresas.
ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.
Cide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. Incide sobre petróleo e gás natural e seus derivados, e sobre álcool combustível.
Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Cobrado das empresas.
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Percentual do salário de cada trabalhador com carteira assinada depositado pela empresa.
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. Percentual do salário de cada empregado cobrado da empresa e do trabalhador para assistência à saúde. O valor da contribuição varia segundo o ramo de atuação.
PIS/Pasep – Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público. Cobrado das empresas.
Impostos estaduais
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias. Incide também sobre o transporte interestadual e intermunicipal e telefonia.
IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.
ITCMD – Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação. Incide sobre herança.
Impostos municipais
IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.
ISS – Imposto Sobre Serviços. Cobrado das empresas.
ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos. Incide sobre a mudançade propriedade de imóveis
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Taxa: De acordo com o artigo 77º do CTN, taxa é um tributo “que tem como fato gerador o exercício regulador do poder de polícia, ou a utilização efetiva e potencial, de serviço público específico e divisível”.
exemplos:
Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais): como por exemplo, para emissão de Carta de Identidade, CPF e RG.
Taxa de Licenciamento Anual de Veículo – art. 130 da Lei 9.503/1997: esta taxa é cobrada para gerar, anualmente, o novo documento do veículo.
Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais): Taxa cobrada para registro do Contrato Social de uma empresa, por exemplo.
Poder de polícia: trata-se de atividade estatal que limita o exercício dos direitos individuais em prol do interesse coletivo. Previsto no artigo 78, CTN:
“Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos”.
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Contribuição de melhoria: Segundo o artigo 81º do CTN, “é um tributo cobrado pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra a valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”. É um tributo pouco usual.
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Empréstimo compulsório: De acordo com o artigo 148 da Constituição Federal, esses tributos “somente podem ser criados diante de situações específicas (guerra externa ou sua iminência e calamidade pública, ou investimento público de caráter relevante), e a aplicação dos recursos provenientes de sua arrecadação é vinculada à despesa correspondente, que justificou sua instituição”.
Exemplos desse tipo de tributo foram os empréstimos compulsórios realizados durante o Plano Collor, em que as poupanças dos brasileiros foram confiscadas como um empréstimo ao governo. Contudo, é um tributo pouco usual.
Contribuições especiais
A contribuição especial é uma modalidade de tributo trazida pela cf/88, que foge da teoria do fato gerador utilizado para classificar os tributos em impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
O seu critério de identificação baseia-se na finalidade da criação do tributo (art. 149 CF/88), sendo necessária a vinculação da receita que deu causa a sua criação. A Contribuição Especial é criada por meio de lei ordinária e a competência legislativa para sua criação é da União, excetuando nos casos em que o estados, os municípios e o Distrito Federal adotem regime de previdência própria podendo assim criar a contribuição especial para tanto.
(i) contribuições sociais  aquelas que financiam direitos sociais como educação, saúde, moradia, lazer, ex: CPMF. Dentro das Contribuições especiais sociais ainda podemos subdividir em Gerais e de Seguridade (art. 195), as quais podem ser facilmente incluídas no rol das contribuições especiais.
(ii) contribuições para a intervenção no domínio econômico Ex: CIDE combustíveis, royalties; e (iii) contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas. Ex: CRM, OAB. Há que se destacar, ainda, a existência da previsão constitucional das contribuições para o financiamento da Seguridade Social ex: cofins
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função dos tributos
Além de gerar recursos serve para intervir no comportamento econômico.
Fiscais – objetivo é arrecadar (ITR, irpf, irpj)
Parafiscais – geram receita para instituições que exercem função pública (conselhos de classe oab, crm)
Extrafiscais – objetivo intervir na economia (ii, ie, ipi, iof)
Repercussão – legitimidade de pleitear valores recolhidos indevidamente ocorre com tributos indiretos onde o tributo é recolhido por uma pessoa e transferido para outra. O IPI e o ICMS são impostos indiretos. uma vez que o consumidor final é que, de fato, acaba por suportar a carga tributária, embora não seja designado pela lei como contribuinte desses impostos.
Percussão – transferência não ocorreu são os tributos diretos (IRPF) e indiretos que o contribuinte não repassa o encargo.
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Cumulatividade – imposto que incide em cascata na circulação de um bem e oneram o preço da mercadoria, ex: ICMS, objetivo de tributar tudo o que é produzido e comercializado em território nacional, e também as exportações e importações. O tributo, cujas diferentes alíquotas são fixadas pelos estados, é o mais disseminado e polêmico da estrutura tributária do país. Como está presente em todos os elos de uma cadeia produtiva, seu recolhimento ocorre diversas vezes e leva à cobrança de imposto sobre imposto (em cascata).
Ex: Conta de luz ICMS incide sobre o consumo somado ao cofins.
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Quantidade de incidências - Quando o tributo incide somente uma vez no ciclo de produção e circulação, ele é monofásico – e, portanto, não há cumulatividade. Os tributos que incidem várias vezes na cadeia de circulação ou produção de mercadorias são chamados de plurifásicos – que poderão ser cumulativos ou não cumulativos.
Tributos reais e pessoais - Reais são aqueles em que a quantificação do tributo devido leva em consideração apenas aspectos objetivos que digam respeito ao fato gerador e, em alguns casos específicos, ao bem tributado. Pessoais são os que levam em consideração as características do próprio contribuinte.
Não há corretas predefinições de tributos reais ou pessoais, já que a Constituição determina que, sempre que possível, os impostos (assim entendidos os tributos) terão caráter pessoal.
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Vinculação - Se o fato gerador constituir uma atividade do Estado (como veremos que ocorre com as taxas e contribuição de melhoria), estaremos diante de um tributo vinculado. Se o fato gerador disser respeito a uma atividade do contribuinte e o Estado não precisar fizer nada para que ele incida, diremos que o tributo é, como os impostos, não vinculados.
Previsão legal - tributos são classificados em ordinários quando correntemente previstos em lei – e são, por isso, receitas permanentes. Por outro lado, são extraordinários aqueles cobrados apenas em situações excepcionais, tendo caráter transitório.
Espécies tributárias - tributo é gênero do qual impostos, taxas, contribuição de melhoria, empréstimos compulsórios, contribuições parafiscais são espécies. tema é dividido em várias correntes doutrinárias.
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Ligado às espécies tributárias estão as teorias bipartite, tripartite, quadripartite, quinquipartite.
Bipartite - divide os tributos simplesmente em vinculados e não vinculados. Haverá apenas dois tipos de tributos que poderíamos dividir em impostos e taxas –dois grupos apenas. 
Tripartite - tradicionalmente no CTN, o critério de distinção das espécies tributárias é o fato gerador, tal como previsto no art. 4º do CTN, e também nos artigos 16, 77 e 81. Assim, os tributos são impostos, taxas e contribuição de melhoria – como diz o art. 5º do CTN.
quadripartite - considera que há quatro espécies tributárias, naturalmente, mas nem sempre as mesmas quatro. Para Bernardo Ribeiro de Moraes, os tributos são os impostos, as taxas, a contribuição de melhoria e as contribuições especiais – os empréstimos compulsórios seriam uma espécie de imposto restituível. Já para Ricardo Lobo Torres, os tributos são os impostos, as taxas, as contribuições e os empréstimos compulsórios. Ele reúne todo e qualquer tipo de contribuição em um único grupo.
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Quinquipartite - O STF segue três etapas, em ordem, para identificar a natureza específica de qualquer cobrança realizada pelo Estado. Primeiro, confere se é tributo (análise pelo conceito antes apresentado). Depois, identifica o fato gerador (na formada teoria tripartite). E, por fim, se há destinação ou vinculação entre as espécies tributárias.
Essa teoria reconhece que a Constituição faz referência a cinco tributos:
1) impostos (art. 145, I, CRFB/88), fato gerador independe de qualquer atividade estatal específica
2) taxas (art. 145, II, CRFB/88), fato gerador uma atividade estatal específica: a prestação de um serviço público, específico e divisível, minimamente colocado à disposição do contribuinte, ou o exercício do poder de polícia (consentimento ou fiscalizador
3) Contribuição de melhoria (art. 145, II,I CRFB/88), fato gerador uma obra pública da qual decorra valorização imobiliária
4) empréstimos compulsórios (art. 148,CRFB/88) fato gerador tende a ser uma atividade praticada pelo contribuinte destinada a situações de calamidade pública ou guerra externa e investimento urgente de relevância nacional. 
5) contribuições especiais (art. 149, CRFB/88) fato gerador tende a ser uma atividade praticada pelo contribuinte, uma atividade estatal específica que tende a beneficiar um grupo de contribuinte, e não necessariamente toda a sociedade
Os dois últimos não se diferem pelo fato gerador e sim pela destinação.
Competência tributária
Competência - Os tributos serão federais, estaduais, distritais e municipais.
competência tributária nada mais é do que um mecanismo para garantir a autonomia financeira e a autonomia geral dos entes federativos.
Competência tributária o poder de tributar se manifesta de 3 formas, nos termos da teoria da separação de poderes. envolve 3 manifestações (legislativa, administrativa e jurisdicional).
manifestação legislativa corresponde ao poder de criar tributos, ou melhor, instituir tributos por lei. A isso damos o nome de competência tributária. 
 manifestação administrativa é o poder de fiscalizar e arrecadar tributos, o que se faz através de atividade administrativa – denominamos capacidade tributária ativa. 
manifestação jurisdicional corresponde ao poder de solucionar conflitos entre o credor e o devedor da obrigação tributária.
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Atributos da competência
atributos são as características essenciais da competência tributária. (7)
Privativa, facultativa, irrenunciável, indelegável, inalterável, improrrogável, incaducável.
Privativa. Ela é privativa ou exclusiva, pois somente será atribuída a um ente federativo. A doutrina do Direito Constitucional não distingue como a doutrina constitucional a competência privativa da competência exclusiva. No Direito Constitucional, privativa é a competência que pode ser delegada, e exclusiva é aquela que não pode ser delegada. A rigor, a competência tributária é uma competência exclusiva, tendo em vista a sua indelegabilidade. Ela será atribuída a um único ente federativo, o que significa que um tributo específico somente poderá ser instituído por um único ente federativo.
Não cabe delegação!!!
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Facultativa. Cf/88 autoriza, e não determina que o tributo seja criado. Se for instituído, que ele o seja pelo ente nela designado. (ente é autorizado mas não é obrigado)
Obs*. Na LC 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal), o art. 11 determina que não poderá haver transferências voluntárias (ou seja, a entrega de recursos além dos predeterminados na Constituição) para ente federativo que não tenha instituído todos os seus impostos. Lrf busca evitar que um ente federativo se torne dependente de outro.
Irrenunciável. a receita pública mais importante é o tributo. Assim, a autonomia dos entes federativos é irrenunciável, e a competência tributária é igualmente irrenunciável. Ainda que ele não institua o tributo, ele não pode renunciar a eles. Se por um lado o ente federativo não está obrigado a instituir o tributo, por outro lado ele está proibido de renunciar. A competência não será exercida, mas estará lá sempre à sua disposição. Estará sempre à disposição para quando ele dela necessitar.
Indelegável. Esse atributo se encontra expresso no art. 7º do CTN. A competência tributária é exclusiva. As funções de arrecadar e fiscalizar podem, sim, ser delegadas. Isso, contudo, não é competência, mas capacidade tributária ativa (ITR)
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Inalterável. Somente uma emenda constitucional poderia alterar a competência. Há propostas para alterar a competência tributária reorganizando a distribuição dos impostos. Questiona-se a possibilidade, ainda que por emenda constitucional, de alterar-se essa competência (por se tratar de cláusula pétrea). O problema cuida da questão da cláusula pétrea que determina no art. 60, § 4º, I, da CRFB/88 que não poderá sequer ser objeto de emenda a proposta tendente a abolir a forma federativa de Estado. 
Improrrogável. O não exercício da competência pelo ente predeterminado na Constituição não a transfere para outro ente. 
Incaducável. não há prazo, não há limite temporal para se fazer uma lei tributária. Um exemplo disso é a instituição do imposto sobre grandes fortunas. Apesar de quase três décadas de previsão constitucional, ainda é possível a sua instituição. E, qualquer legislação que já foi elaborada, e que até esteja em vigor, também poderá ser alterada, pois não está submetido a prazo no nosso ordenamento jurídico.
Conflito de competência
Quando a Constituição não é observada e um ente institui tributo de outro ente federativo, estamos diante de um conflito de competência.
Institutos dos conflito de competência:
bis in idem : (dupla imputação do mesmo fato) STF, haverá bis in idem quando o mesmo ente federativo instituir a mesma espécie tributária sobre o mesmo fato gerador. Cuidado, que há uma diferença notável quanto às contribuições sociais. A doutrina e a jurisprudência acabaram por criar uma peculiaridade. A distinção não estará no fato gerador, mas em sua destinação.
O bis in idem nem sempre é inconstitucional. A Constituição expressamente autoriza o bis in idem no caso de guerra externa, artigo 154, II, o que nos leva a crer que, diante de uma situação de paz, essa possibilidade não existe.
bitributação é uma hipótese de invasão de competência. Nela, um ente federativo distinto daquele previsto na Constituição cria a mesma espécie tributária sobre um fato gerador previsto a outro ente federativo. Já houve momentos em nossa história em que isso era possível. Hoje, a única hipótese é, sem dúvida alguma, o imposto extraordinário de guerra.
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Capacidade tributária ativa
capacidade tributária ativa corresponde aos poderes de fiscalizar e arrecadar o tributo. Trata-se do cumprimento da lei, e não de sua elaboração.
Competência e capacidade tributária
Tanto a competência como a capacidade tributária são exercidas por uma única pessoa. enquanto a competência é exclusiva, a capacidade tributária é privativa. O que não autoriza a cobrança por mais de um ente. CTN autoriza no art. 164 que, na hipótese de o tributo ser cobrado por mais de um ente federativo, o sujeito passivo poderá promover judicialmente uma ação de consignação em pagamento, em face dos que lhe cobram, a fim de que se determine exatamente qual é o único credor.
Ao administrador público é dado fazer aquilo que a lei determina ou autoriza; logo, a capacidade tributária ativa não é facultativa: como determina o art. 142, parágrafo único, do CTN, ela é vinculada e obrigatória. E essa mesma lei poderá autorizar a sua renúncia pela remissão. Se é a Constituição que define os contornos da competência, na capacidade tributária ativa esses contornos são definidos por lei. A remissão é o perdão do tributo devido, renúncia à cobrança do tributo. 
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A capacidade tributária ativa é renunciável nos termos da lei. O poder de fiscalizar e cobrar tributos pode ser delegado, como o é para a fiscalização e cobrança administrativa do ITR pelos Municípios. Ele é tributo da competência da União (art. 153, VI, da CRFB/88). Toda a legislação do ITR deverá ser elaborada pelo poder legislativo federal (Congresso Nacional). Contudo, a Constituição prevê expressamente que a União poderá delegar a fiscalização e a cobrança aos Municípios. o que decorre da própria autonomiafederativa, que é composta também pela autonomia administrativa. capacidade tributária ativa, é caducável em decorrência da prescrição e da decadência. 
decadência é a perda do prazo para lançar o tributo, enquanto a prescrição é a perda do prazo para promover a ação para cobrança do tributo.
Espécies de competência
CF distribui competências entre os entes federativos. Classificação tradicional:
privativa, comum, residual e extraordinária 
Privativa – cf/88 determina AS ESPÉCIES QUE COMPETEM A CRIAÇÃO A CADA ENTE:
União no art. 153 quanto aos impostos; no art. 148, quanto ao empréstimo compulsório; e, no art. 149, quanto às contribuições especiais. Estados, art. 155 autoriza a criação de três impostos. Municípios, art. 156 autoriza a criação de três impostos.
COMUM - Constituição atribui indistintamente aos três entes federativos o poder de instituir tributos (taxas e a contribuição de melhoria a determinação é de que elas competem à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios – mas não diz qual taxa cabe a cada um. MAS É FACIL DE ENTENDER PQ ELA NÃO DIZ QUAL TAXA CABE A CADA UM, PORQUE SE TRATA DE TRIBUTOS VINCULADOS A UMA ATIVIDADE ESPECÍFICA DO ESTADO. Não pode existir taxa do mesmo fator gerador cobrada de mais de um ente. Se tiver estaremos diante de um conflito que deverá observar o interesse predominante (se nacional, competência da união; se regional, competência do estado; se local, competência do município).
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Residual - é aquela em que você não encontra o fato definido na Constituição. legislador nunca é capaz de listar todos os comportamentos que um dia poderão ser tributados. A cf/88, então, atribui para a União a função de legislar sobre os fatos que ele preferiu não listar como geradores de tributos e ainda sobre aqueles que ele foi incapaz de prever como hábeis a tanto. instituir um novo imposto (art. 154, I, CRFB/88) e uma nova contribuição da seguridade social (art. 195, § 4º, CRFB/88). situações não tributadas no Brasil que existem em outros países : o Hundesteuer (tributo sobre a propriedade de cachorro) e o Kirchensteuer (tributo por ser membro de uma igreja). Sua arrecadação será repartida entre os estados. Art. 25. § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. (residual)
Extraordinária – exceção!!! A competência da União para instituir o imposto extraordinário de guerra é uma competência extraordinária. Fora da situação de guerra ou de sua iminência, ela não poderá ser exercida.
Alguns doutrinadores incluem aqui o exercício da competência tributária relativa ao empréstimo compulsório, pois a rigor a Constituição não fixa o fato gerador dele, e sim as hipóteses em que ele poderá ser criado. Em especial, as hipóteses de guerra externa e calamidade pública.
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competência cumulativa ou múltipla - prevista no art. 147 da Cf/88, porque atribui à União o poder de instituir também tributos estaduais e municipais (desde que em territórios federais) – assim como ao DF, também os municipais.
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.
Competência especial - poder de instituir empréstimos compulsórios e contribuições especiais. 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Repartição das receitas tributárias
As competências garantem autonomia financeira e geral dos entes. Contudo, além de gerar recursos os impostos tem como função intervir na economia como forma de garantir desenvolvimento para todas as regiões, assim se fundamenta a existência dos impostos extrafiscais, que acaba por gerar o que se chama de federalismo assimétrico (parte do pressuposto que existe uma desigualdade regional. Diante disso, busca reverter esse quadro com a realização de programas com distribuições diferenciadas, buscando um equilíbrio e redução dessas disparidades para atingir o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar social) 
no art. 153, incisos I e II, IV e V que tratam dos impostos que não possuem verdadeiramente nenhuma função arrecadatória. Eles são instituídos, majorados ou diminuídos em virtude de questões econômicas de interesse nacional. são quatro impostos que não podem ser transferidos para outros entes. Portanto, o mecanismo que se viu para corrigir eventuais distorções é o sistema de repartição de receitas tributárias. Esse instituto da repartição de receitas é uma mescla de Direito Financeiro e Direito Tributário.
repartição das receitas tributárias -é a entrega de parcela da arrecadação aos demais entes federativos
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Não há dúvida de que a União é o ente que mais arrecada. Logo, a repartição está nos arts. 157 a 162 da cf/88 e praticamente se limita aos impostos (pq não tem vinculação) e vem do ente maior para o menor. 
Formas de repartição da receita tributária (3) :
direta propriamente dita - o ente federativo competente institui e arrecada o tributo; após a arrecadação, ele retira um percentual determinado pela Constituição e entrega ao ente federativo destinatário (No art. 159 II, § 3º, CF/88, regula a transferência da União para os estados de 10% do produto da arrecadação do IPI relativamente às exportações. Os estados também deverão repartir o que recebem da União, entregando 1/4 aos municípios. Sendo assim, à União caberá 90%; aos estados, 7,5%; e, aos municípios, 2,5% do produto da arrecadação do IPI sobre as exportações)
direta por retenção - o próprio destinatário do tributo é encarregado de sua arrecadação, quer por haver delegação da capacidade tributária ativa, quer por estarmos diante de uma hipótese de responsável por substituição (O município, a teor do art. 158, II, se não exercer a capacidade tributária ativa, ficará com metade do que a União arrecadar. Se o município exercer essa função, ele ficará com a totalidade do ITR arrecadado em razão de repartição de receita de impostos direta por retenção). Mas quem legisla sobre itr é a união – competência privativa/ exclusiva.
indireta ou por fundos - os tributos serão entregues a um fundo que será responsável por repartir de forma equitativa. (Fundo de Participação dos Estados recebe 21,5% do produto da arrecadação do IR e IPI. Fundo de Participação dos Municípios recebe 22,5% do produto da arrecadação do IPI e do IR).
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Vedações e autorizações para retenção: as transferências correspondem a importante parcela das receitas dos estados e municípios. A arrecadação realizada pela União e a distribuição feita pelos estados e municípios podem importar em redistribuição de riquezas.
Vedações às retenções: art.160, cf/88 é vedada a retenção desses recursos. um ente federativo pretender colocar o outro ente à sua dependência por via de bloqueio desses repasses. O Estado de Sergipe, por exemplo, quis estabelecer condições e o STF se pronunciou:
Constituição do Estado de Sergipe. ICMS. Parcela devida aos Municípios. Bloqueio do repasse pelo Estado. Possibilidade. É vedado ao Estado impor condições para entrega aos Municípios das parcelas que lhes compete na repartição das receitas tributárias, salvo como condição ao recebimento de seus créditosou ao cumprimento dos limites de aplicação de recursos em serviços de saúde (CF, art. 160, parágrafo único, I e II). Município em débito com o recolhimento de contribuições previdenciárias descontadas de seus servidores. Retenção do repasse da parcela do ICMS até a regularização do débito. Legitimidade da medida, em consonância com as exceções admitidas pela CF. (ADI 1.106, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 5-9-2002, Plenário, DJ de 13-12-2002)
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Autorizações para retenção – esta autorizada a retenção em casos de inobservância dos gastos mínimo com saúde (art. 160, II C/C ART. 198, §2ª) “§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais...”
Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos.
Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos:
I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; 
II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III.
Segue tabela da repartição de receita tributária:
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TRIBUTO
DESTINO
OBSERVAÇÕES
IRPF (FONTE)
100% para os Estados.
100% do IR, retido na fonte, incidente sobre pagamentos aos seus funcionários.
IRPF ( FONTE)
100% para os Municípios.
100% do IR, retido na fonte, incidente sobre pagamentos aos seus funcionários.
Impostos oriundos da competência residual da União
20% para os Estados.
Art. 154,I c/c ART 157, II ambos da CRFB/88
CIDE-COMBUSTÍVEIS
29% para Estados e DF
Deverão ser repassados pelos Estados 25% do que receberem para os seus Municípios.
ITR
50% para os Municípios onde estiverem localizados os imóveis
No caso de um Município optar para que exerça a fiscalização e arrecadação do tributo terá direito a totalidade da arrecadação.
IPI
10% para os Estados, proporcionalmente ao valor das respectivas exportação de produtos industrializados.
Deverão ser repassados pelos Estados 25% do que receberem para os seus Municípios.
IOF (OURO – ATIVO FINANCEIRO OU INSTRUMENTO CAMBIAL)
30% para o Estado de origem e 70% para o Município de origem.
IR + IPI
48%  da soma de IR e IPI, da seguinte forma: 21,5% para o Fundo de Participação dos Estados e do DF; 22,5% para o Fundo de Participação dos Municípios; 3% para o Programa de Financiamento do setor produtivo das regiões norte, nordeste e centro-oeste e 1% para o Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decênio do mês de dezembro de cada ano.
Da parcela do IR devem ser descontados os valores recebidos pelos Estados, DF e Municípios, incidentes na fonte sobre os valores pagos a seus próprios funcionários
IPVA
50% para os Municípios onde estiverem matriculados os veículos
ICMS
25% para os Municípios
As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintescritérios:I– três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seusterritórios;II– até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal.
 
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Resumo
VERIFICAMOS: tributo em sua definição legal, QUE tributo não é uma única espécie. 
STF, cinco espécies tributárias distinguíveis pelo fato gerador (situação necessária e suficiente ao nascimento da obrigação), bem como pela destinação específica dos recursos. (imposto, taxa, contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuições especiais) único tributo não vinculado é o imposto.
a Constituição atribui a diversos entes federativos o poder de instituir tributos por lei. Esse poder corresponde à Competência Tributária – poder privativo (ou exclusivo), facultativo, improrrogável, indelegável, irrenunciável E incaducável. distinto do poder de fiscalizar e cobrar o tributo, o que é denominado de capacidade tributária ativa.
os valores arrecadados são divididos entre os entes federativos por determinação da Constituição, que ressalva restritas hipóteses para inobservância dessa distribuição.
Fontes e hermenêutica tributária
No Direito, falamos principalmente através de leis.
Princípio da legalidade: Um dos momentos mais importantes da história e a confecção da magna carta. confecção da Magna. Documento firmado pelo rei da Inglaterra em 1215 após uma sequência extraordinária de fracassos que levou os barões ingleses a se revoltarem e imporem limites ao poder real. Depois da morte de Ricardo Coração-de-Leão, João-sem-terra ascendeu ao poder após ter mandado aprisionar o seu sobrinho que estava na linha de sucessão. Houve uma rebelião muito grande na Normandia em decorrência desse fato. Seu nome, “sem-terra”, por ser o filho mais novo, nunca recebeu qualquer herança e pelo fato de nunca ter conseguido reconquistar os territórios ingleses tomados por Filipe Augusto da França. Em 10 de junho de 1215, os barões ingleses o obrigaram a aceitar um documento conhecido como os “Artigos dos Barões” em troca de renovarem sua fidelidade ao rei.
Não lançaremos taxas ou tributos sem o consentimento do conselho geral do reino (commune concilium regni), a não ser para resgate da nossa pessoa, para armar cavaleiro nosso filho mais velho e para celebrar, mas uma única vez, o casamento da nossa filha mais velha. e esses tributos não excederão limites razoáveis. De igual maneira se procederá quanto aos impostos da cidade de Londres.
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Fontes do direito tributário
A lei é uma fonte do direito tributário. 
A lei será compreendida como o ato normativo, genérico, abstrato, coercitivo, resultado de um processo legislativo constitucionalmente estabelecido. A lei é uma expressão em sentido estrito que designa aqueles atos normativos capazes de inovar no ordenamento jurídico, estabelecendo regras de comportamento, deveres e obrigações, bem como direitos.
Fontes materiais e fontes formais
Para a tributação, a maior fonte material do Direito é o fato gerador, que, ao teor da definição legal, é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
fontes formais são instrumentos jurídicos que regulam direitos e obrigações. no Direito Tributário Brasileiro o que poderá criar hipóteses de incidência, que, no caso concreto, serão fatos geradores de obrigações tributárias, são as leis.
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fontes principais e acessórias
Principais - Aquelas são as que, existindo, serão utilizadas para criar direitos e obrigações. As fontes formais principais estão relacionadas no art. 96 do CTN:
a) Lei em sentido amplo, que se subdivide em Constituição, Emendas Constitucionais, Lei Complementar, Lei ordinária, Lei Delegada, Medida Provisória, Decreto Legislativo, Resolução do Senado (art. 59 da Cf/88) e os Convênios do ICMS (art. 155, § 2º, XII, g, da Cf/88);
b) Tratados e Convenções Internacionais;
c) Decretos (os Decretos devem ser analisados com cautela).
As fontes acessórias são aquelas que somente são utilizadas na ausência das fontes principais (ex.: princípios gerais de direito e costumes).
Fontes diretas e indiretas
diretas - são aquelas aplicadas a casos concretos. Para estabelecer padrões de comportamento, o ordenamento jurídico brasileiro se baseia em leis, princípios (entendidos também como normas) e costumes (para algumas situações e ramos do Direito absolutamente excepcionais).
indiretas - são aquelas utilizadas para orientar a aplicação das fontes diretas (doutrina e a jurisprudência são dessa espécie).
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Para o direito tributário importa as fontes formais principais e diretas, classificadas como legislação.
1ª Constituição - em matéria tributária, tem algumas funções especiais: 
a) outorgar competência tributária aos entes federados; 
b) inaugurar as limitações ao poder de tributar; 
c) enumerar exaustivamenteas espécies tributárias; 
d) prever as hipóteses de repartição de receita.
não podem sequer ser objeto de emendas, de reformas, pois poderiam violar o pacto federativo – como a supressão de uma competência ou violação dos direitos fundamentais.
emendas constitucionais podem dispor sobre a tributação.
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2ª lei complementar. não há hierarquia entre leis complementares e leis ordinárias. Isso porque a lei ordinária não pode tratar de matéria reservada à Lei Complementar; então, não há conflito. Quórum para aprovação é diferente.
As funções mais importantes da lei complementar em matéria tributária estão no art. 146 da Constituição. E, entre elas, a criação das normas gerais. CTN é formalmente uma Lei Ordinária. Ele foi aprovado como uma lei ordinária. É que, em 1966, quando ele foi publicado, não havia exigência de Lei Complementar. a Constituição de 1967 (art. 18, § 1º) que tal exigência surgiu. Assim, pela teoria da recepção, foi recepcionado desde então com status de lei complementar. 
Alguns tributos (lei complementar): empréstimos compulsórios (art. 148, CRFB/88), imposto sobre grandes fortunas (art. 153, VII, CRFB/88), impostos residuais (art. 154, I, CRFB/88) e as contribuições sociais residuais (art. 195, § 6º, CRFB/88). relativas ao ITCMD (imposto sobre as transmissões causa mortis e doação), nos termos do art. 155, § 1º, III; relativas ao ICMS (imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços), como determina o art. 155, § 2º, XXI, a) a i); a fixação de alíquotas máximas e mínimas e outras regras do ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza), art. 156, § 3º; bem como o limite para concessão de remissão ou anistia sobre determinadas contribuições sociais, nos termos do art. 195, § 11, todos da CRFB/88.
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3ª lei ordinária - Tipo de lei que é aprovada por maioria simples, ou seja, o primeiro número inteiro depois da metade entre os presentes. Ela é a regra geral para a instituição dos tributos. O art. 97 do CTN estabelece o rol de matérias sujeitas à reserva de lei. raramente os tributos são instituídos por lei complementar. 
4ª lei delegada - nunca foi utilizada no Direito Tributário. há uma controvérsia sobre o seu cabimento. É que essa lei, prevista no art. 68, cf/88, é elaborada pelo executivo mediante delegação solicitada ao legislativo.
Temos apenas 13 leis delegadas em todo o nosso ordenamento jurídico, a última delas tratando de conteúdo perfeitamente adequado à estrutura da Administração Pública Federal. O executivo preferirá editar uma medida provisória em vez de pedir ao legislativo antes.
5ª Medida provisória - Banalmente utilizada por nossos governantes, já se discutiu o seu cabimento no Direito Tributário, pois a legalidade nasce nele a partir da afirmação de que o tributo deve ser criado por representantes daqueles que irão arcar com o seu pagamento (é o princípio do no taxation without representation). Além disso, até que ponto a medida seria urgente, tendo em vista os princípios constitucionais já vistos que determinam que a lei que cria tributos somente entre em vigor no ano seguinte ou em 90 dias? o que prevalece é o seu cabimento por um argumento bastante simplista: não há vedação constitucional.
após a EC 32/2001, até prevê quando os tributos por ela modificados entrarão em vigor. A questão mais controvertida sobre elas hoje é a contagem da regra da anterioridade. nos termos do artigo 62, § 2º, da CRFB/88, a análise da anterioridade deve ser feita a partir da data da conversão da medida provisória em lei. Em sentido diverso, o Prof. Claudio Carneiro entende que ela deve ser feita pela edição da medida provisória por perder, para ele, a essência da medida.
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6ª tratados e convenções internacionais - necessidade de incorporação por aprovação do legislativo. somente após a sua incorporação, os tratados e as convenções internacionais serão aplicados internamente.
Mas há quanto a eles uma controvérsia sobre a possibilidade de concessão de isenção de tributos estaduais ou municipais. Isso porque quem assina o tratado é o Presidente da República. Só que, quando ele os assina, o faz no exercício da função de chefe de Estado, representando a República Federativa do Brasil (art. 1º da CRFB/88), e não União federal (art. 18 da CRFB/88). Representa todos os entes federativos externamente, não somente a União Federativa
7ª decretos legislativos - são previstos nos arts. 49 e 59, VI, da CRFB/88, constituindo-se em atos legislativos próprios do Congresso Nacional. Regula matérias de competência exclusiva do Congresso, tais como: ratificar atos internacionais, julgar anualmente as contas prestadas pelo chefe do governo, autorizar o presidente da República e o vice-presidente a se ausentarem do país por mais de 15 dias.
8ª Decretos - fonte do Direito Tributário, podendo inovar somente nas hipóteses de exceção à legalidade. Essas hipóteses se encontram na Constituição em seu art. 153, § 1º, que excepciona as alíquotas de quatro impostos federais (II, IE, IPI e IOF) - extrafiscais. Esses quatro impostos poderão ter suas alíquotas fixadas pelo executivo. Além disso, temos as obrigações acessórias. essas obrigações não oneram o patrimônio do contribuinte, decretos, portarias, resoluções, instruções normativas, portarias e circulares poderão regulá-las.
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9ª Convênios interestaduais - São acordos celebrados entre os Estados que firmam compromissos de somente conceder benefícios fiscais relativos ao ICMS se previstos nele. Eles têm como objetivo limitar a guerra fiscal, pois todos acordariam os benefícios que iriam conceder. Alguns estados não têm assinado os convênios e suas modificações, pois não querem aderir a novas regras protetivas dos estados economicamente mais fracos.
10ª Resoluções do Senado - Constituição estabelece ao Senado o dever de regular o tributo (matéria privativa). É o que ocorre com a fixação das alíquotas máximas do ITCMD (art. 155, § 1º, IV, da CRFB/88), das alíquotas interestaduais e de exportação do ICMS, bem como as alíquotas mínimas nas operações internas e máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, também para o ICMS (art. 155, § 2º, IV, V, VI, VII e VIII da CRFB/88) e as alíquotas mínimas do Imposto sobre a propriedade de veículo automotor – IPVA (art. 155, § 6º, I, da CRFB/88).
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11ª Normas complementares - Nada mais são do que atos normativos que servem para orientar a aplicação das leis. não podem inovar no Direito tampouco podem criar direitos e obrigações (de forma a onerar o patrimônio do contribuinte). São eles os atos normativos administrativos, as decisões administrativas com eficácia normativa, os costumes da administração (práticas reiteradamente adotadas pela Administração) e os convênios entre administrações no interesse da fiscalização (que não são os convênios do ICMS, mas convênios entre os entes para colaboração mútua). 
Hermenêutica
estuda a interpretação a partir de três enfoques: quem interpreta (fontes de interpretação), como se interpreta (métodos de interpreta) e qual a conclusão (resultados da interpretação).
As fontes de interpretação são os personagens que realizam tal atividade. três sujeitos podem realizar a interpretação; por isso, a interpretação ganha três denominações: autêntica, jurisprudencial e doutrinária.
autêntica é interpretação realizada pela própria lei. Conteúdo da lei.
jurisprudencial, que é a realizada, de forma reiterada, pelos tribunais deixa transparecer o entendimento do tribunal. Não se pode chamar de jurisprudência um único julgado. A isso, podemos dar o nome de precedente. Regra geral não vincula. Mas súmula vinculante e as outras regras trazidas pelo CPC que atribuem efeitos obrigatórios e gerais para os julgados proferidos pelo stf e pelo stj, em recursos extraordinários e especiais repetitivos, e para os acórdãos produzidos pelos demais tribunais, em incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR) e em incidente de assunção de competência.
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Doutrinária - é aquela realizada pelos estudiosos do Direito.

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