Buscar

Estrutura constitucional do poder judiciario



Continue navegando


Prévia do material em texto

Estrutura constitucional do poder judiciário
O Brasil é uma república federativa, porque o chefe de estado é eletivo e temporário, pois, os Estados são dotados de autonomia política, porque ambas as funções de Chefe de Governo e Chefe de Estado são exercidas pelo presidente. A estrutura do Poder Judiciário no Brasil é complexa, pela quantidade de órgãos que a integram. Ela baseia-se em dois eixos: primeiro, o Poder Judiciário divide-se em ramos. Cada ramo, por sua vez, tem seus órgãos estruturados em níveis, conhecidos como graus de jurisdição, ou, mais comumente, instâncias. O Brasil possui, 5 ramos do Poder Judiciário que são:
	Justiça Estadual: é a mais ampla, julga as causas mais frequentes na vida das pessoas e a que possui órgãos na maior parte das cidades do país.
	Justiça Federal: julga as causas de interesse dos órgãos e entes da administração pública federal;
	Justiça do Trabalho: julga as causas ligadas às relações de trabalho, inclusive aos referentes ao direito de greve e à indenização por dano moral ou patrimonial decorrente do trabalho;
	Justiça Eleitoral: julga principalmente ações relativas ao processo eleitoral, inclusive as ações por crime eleitoral; 
	Justiça Militar da União: julga apenas ações penais por crimes militares federais;
	Estes órgãos possuem, diferentes níveis, que são as instâncias e esta da seguinte forma:
	Justiça Estadual:
	primeira instância: juízos de direito (varas), tribunais do júri, juizados especiais, auditorias militares estaduais;
	segunda instância: Tribunais de Justiça (em 26 Estados, mais um no Distrito Federal), Tribunais de Justiça Militar (em apenas em três Estados: São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul), colégios recursais (segunda instância dos juizados especiais);
	terceira instância: Superior Tribunal de Justiça;
	Justiça Federal:
	primeira instância: juízos federais (varas federais), tribunais do júri federal, juízos de direito (os juízos estaduais julgam processos federais, em alguns casos), juizados especiais federais;
	segunda instância: Tribunais Regionais Federais (existem cinco, com sede em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Recife), turmas recursais federais (segunda instância dos juizados especiais federais);
	terceira instância: Superior Tribunal de Justiça, Turma Nacional de Uniformização (funciona como terceira instância, em alguns casos, para causas dos juizados especiais federais);
	Justiça do Trabalho:
	primeira instância: varas do trabalho, juízos de direito (os juízes estaduais julgam causas trabalhistas, em algumas situações, nos locais onde não haja vara do trabalho),
	segunda instância: Tribunais Regionais do Trabalho (existem 24 TRTs);
	terceira instância: Tribunal Superior do Trabalho;
	Justiça Eleitoral:
	primeira instância: juízos eleitorais;
	segunda instância: Tribunais Regionais Eleitorais (existem 27 Três, um em cada Estado, mais um no Distrito Federal);
	terceira instância: Tribunal Superior Eleitoral;
	Justiça Militar da União:
	primeira instância: auditorias militares;
	segunda instância: Superior Tribunal Militar. (CHIAVENATO,1999; MOREIRA,2004)
Acima de todos esses órgãos, existe o Supremo Tribunal Federal, que funciona como última instância para todos os ramos do Poder Judiciário, embora apenas processos extraordinários possam chegar até ele. (BARROSO,2005)
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é uma instituição pública que visa aperfeiçoar o trabalho do sistema judiciário brasileiro, principalmente no que diz respeito ao controle e à transparência administrativa e processual. De acordo com a Constituição Federal, compete ao CNJ zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, definir os planos, metas e programas de avaliação institucional do Poder Judiciário, receber reclamações, petições eletrônicas e representações contra membros ou órgãos do Judiciário, julgar processos disciplinares e melhorar práticas e celeridade, publicando semestralmente relatórios estatísticos referentes à atividade jurisdicional em todo o país. Além disso, o CNJ desenvolve e coordena vários programas de âmbito nacional que priorizam áreas como Meio Ambiente, Direitos Humanos, Tecnologia e Gestão Institucional. Entre eles estão os programas: Lei Maria da Penha, Começar de Novo, conciliar é Legal, Metas do Judiciário, Pai Presente, Adoção de Crianças e Adolescentes, etc.(BARROSO,2005;CHIAVENATO,1999)
Fazem parte do Poder Judiciário ainda os seguintes órgãos:
Conselho Nacional de Justiça (CNJ);
Conselho da Justiça Federal (CJF);
Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT);
Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados(Enfam);
Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat). (MOREIRA,2004)
Contudo, o Poder Judiciário precisa adaptar-se à nova realidade e mudar suas leis como vemos hoje em dia nos jornais sobre a corrupção entre outros. A crise que abrange os órgãos públicos, agravada na década de 1980, despertou novas ideias para uma reforma, como o neoliberalismo, teoria da escolha pública e administração, adequando a atuação do Estado às necessidades do mercado e da economia, ideias peculiares à iniciativa privada na administração pública, com base no mercado, em prol de melhores resultados e eficiência no setor público. 
REFERENCIAS
BARROSO, Luís Roberto. Constitucionalidade e legitimidade da criação do Conselho Nacional de Justiça. In: RENAULT, Sérgio Rabello Tamm; BOTTINI, Pierpaolo (coordenadores). Reforma do Judiciário. São Paulo: Saraiva, 2005.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. São Paulo: Campus, 1999
MOREIRA, Helena Delgado Ramos Fialho. Poder judiciário no Brasil: crise de eficiência. Curitiba: Juruá, 2004.