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ESTUDOS DISCIPLINARES V QUESTIONÁRIO II

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Pergunta 1
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	“E agora, José?/ A festa acabou,/ a luz apagou/ o povo sumiu,/ a noite esfriou,/ e agora, José?/ e agora, José?” 
Este início do poema José, de Carlos Drummond de Andrade, é recorrentemente intertextualizado em artigos de jornal, devido:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
à pergunta do poema que representa a desesperança do leitor sobre um assunto brasileiro atual.
	Respostas:
	a. 
ao nome José, que é comum entre os muitos leitores de jornal.
	
	b. 
aos problemas sociais dos brasileiros, que são questionados no poema.
	
	c. 
à falta de criatividade dos colunistas de jornal.
	
	d. 
à erudição dos jornalistas que demonstram conhecimento literário.
	
	e. 
à pergunta do poema que representa a desesperança do leitor sobre um assunto brasileiro atual.
	Feedback da resposta:
	alternativa e). O nome José é vulgar no sentido de sua carga histórica e designar milhares de pessoas. Por isso, o autor escolheu esse nome e não outro, pouco usual. Quanto aos textos jornalísticos, muitos já iniciaram-se ou tiveram como título “E agora, José?” para carregar esse tom de “desesperança” frente a problemas comuns aos brasileiros.
	
	
	
Pergunta 2
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	“Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas uma infinidade de portas e janelas alinhadas. (...) Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham o pé na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante sensação de respirar sobre a terra. Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vinham como formigas, fazendo compras.” (Aluísio Azevedo. O cortiço.) 
No trecho acima, ocorre metáfora ao comparar as atitudes das pessoas com:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Gula viçosa de plantas rasteiras;
	Respostas:
	a. 
Portas e janelas alinhadas;
	
	b. 
Fermentação sanguínea;
	
	c. 
Triunfante sensação de respirar sobre a terra;
	
	d. 
Gula viçosa de plantas rasteiras;
	
	e. 
Iam e vinham como formigas.
	Feedback da resposta:
	Correta d). No caso da expressão “iam e vinham como formigas” pode, aparentemente, ser metáfora, mas devido ao termo “como” torna-se comparação. Assim, a única metáfora das expressões destacadas é a da alternativa d.
	
	
	
Pergunta 3
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	 
Ao relacionar metáfora e literatura, temos como exemplificações:
I. Vidas secas, de Graciliano Ramos, é a apresentação da escassez da água no sertão nordestino, mas também é a metáfora de uma vida dura, sofrida.
II. “Os trabalhadores do mar”, de Victor Hugo, é a apresentação do embate do homem com a natureza, mas também é a metáfora do embate do homem consigo próprio.
III. Amar, de Drummond, apresenta a água como necessidade orgânica, mas também a água é metáfora por ser recurso de riqueza para a alma.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Todas corretas.
	Respostas:
	a. 
Apenas I correta.
	
	b. 
Apenas II correta.
	
	c. 
I e II corretas.
	
	d. 
I e III corretas.
	
	e. 
Todas corretas.
	Feedback da resposta:
	Alternativa e) correta. A metáfora adquire sentido maior no texto literário e não apenas em uma passagem, em uma frase ou verso. Na linguagem literária, toda o obra pode ser considerada metafórica.
	
	
	
Pergunta 4
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	(ENADE – 2008)
1. Nunca eu tivera querido
2. Dizer palavra tão louca:
3. bateu-me o vento na boca,
4. e depois no teu ouvido.
5. Levou somente a palavra,
6. Deixou ficar o sentido.
7. O sentido está guardado
8. no rosto com que te miro,
9. neste perdido suspiro
10. que te segue alucinado,
11. no meu sorriso suspenso
12. como um beijo malogrado.
13. Nunca ninguém viu ninguém
14. que o amor pusesse tão triste.
15. Essa tristeza não viste,
16. e eu sei que ela se vê bem...
17. Só se aquele mesmo vento
18. fechou teus olhos, também.
Cecília Meireles
De acordo com abordagens da análise do discurso, a significação não se restringe apenas ao código linguístico. Que versos evidenciam essa noção?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
“Levou somente a palavra, deixou ficar o sentido” (v.5-6).
	Respostas:
	a. 
“Nunca eu tivera querido Dizer palavra tão louca” (v.1-2).
	
	b. 
“bateu-me o vento na boca, e depois no teu ouvido” (v.3-4).
	
	c. 
“Levou somente a palavra, deixou ficar o sentido” (v.5-6).
	
	d. 
“Nunca ninguém viu ninguém que o amor pusesse tão triste” (v.13-14).
	
	e. 
“Só se aquele mesmo vento fechou teus olhos, também” (v.17-18).
	Feedback da resposta:
	Alternativa c). Para atribuir sentido ao texto, o leitor mobiliza conhecimento de mundo, declarativo, episódico, intuitivo; interacional; linguístico-textual. Nos versos acima, palavra corresponde à estrutura da língua (léxico), enquanto sentido corresponde ao valor semântico.
	
	
	
Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Indique o elemento morfológico formador da poesia concreta de José Lino Grunewald:
f o r m a
r e f o r m a
d i s f o r m a
t r a n s f o r m a
c o n f o r m a
i n f o r m a
f o r m a
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Radical
	Respostas:
	a. 
Radical
	
	b. 
Afixo (sufixo)
	
	c. 
Afixo (prefixo)
	
	d. 
Desinência
	
	e. 
Vogal temática “a”
	Feedback da resposta:
	alternativa a) correta. Com base no radical “form”, o autor montou seu texto com palavras derivadas desse radical. O sentido semântico muda no decorrer da distribuição das palavras na forma horizontal.
	
	
	
Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o poema. 
Erro de português
 
Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
Oswald de Andrade
O poema “Erro de português” tematiza a chegada dos navegantes ao Brasil em 1500. Que sentido adquirem, respectivamente, os verbos vestir e despir no poema?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Impor a cultura portuguesa ao índio e impor a cultura indígena ao português.
	Respostas:
	a. 
Cobrir o índio com uma peça do vestuário português e tirar a roupa do português.
	
	b. 
Dar um objeto ao índio e destituir o português de um objeto.
	
	c. 
Impregnar-se do ambiente e usurpar a peça de vestuário.
	
	d. 
Impor a cultura portuguesa ao índio e impor a cultura indígena ao português.
	
	e. 
Nenhuma das respostas anteriores.
	Feedback da resposta:
	Alternativa d). Por encontrar os índios nus, o poeta faz um jogo de palavras vestir/despir, atribuindo-lhes não o sentido de cobrir/tirar roupa, mas da imposição do estilo de vida português aos nativos.
	
	
	
Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	O poema-práxis leva em conta a palavra que gera outras palavras no contexto do poema. Leia o poema abaixo e assinale o trecho que faz parte desse tipo de estética.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Agiotagem: um/ dois/ três/ o juro: o prazo/ o pôr/ o cento/ o mês/ o ágio/ porcentágio. Mário Chamie
	Respostas:
	a. 
Agiotagem: um/ dois/ três/ o juro: o prazo/ o pôr/ o cento/ o mês/ o ágio/ porcentágio. Mário Chamie
	
	b. 
se/ nasce/ morre nasce/ morre nasce morre/ renasce remorre renasce Haroldo de Campos
	
	c. 
o céu não cai… do céu Regis Bonvícino
	
	d. 
abaixo a carestia/ chega de comer angu/ stia & solidão Marcelo Dolabela
	
	e. 
META: LINGUAGEM/ Mulher escritora/ não chora:/ - coa. Ilka Laurito
	Feedback da resposta:
	alternativa a). O autor joga com as palavras pôr, cento, agio e cria “porcentágio”. Ou seja, três palavras levam a uma outra. No caso das outras alternativas, temos b) poema concreto; c) poesia marginal; d) poesia marginal; e) poesia social.
	
	
	
Pergunta 8
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Para entender o trecho d’A rosa de Hiroshima, de Vinicius de Moraes, o leitor saber que:
Massó não se esqueçam 
da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima 
a rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Rosa é a bomba atômica que deu fim à segunda guerra mundial.
	Respostas:
	a. 
A palavra rosa refere-se a um tipo de flor.
	
	b. 
Hiroshima é nome próprio de cidade.
	
	c. 
Existe metáfora na relação rosa/Hiroshima.
	
	d. 
Os adjetivos relativos à rosa são estranhos.
	
	e. 
Rosa é a bomba atômica que deu fim à segunda guerra mundial.
	Feedback da resposta:
	Alternativa e) correta. A rosa é uma metáfora para bomba atômica e o leitor precisa não só ter conhecimento sobre a guerra mundial como também relacionar a palavra rosa à bomba.
	
	
	
Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Sobre a linguagem literária, consideramos que ela:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
é autônoma semanticamente, podendo estruturar e organizar seu próprio mundo.
	Respostas:
	a. 
despreza os “silêncios”, o “não-dito” ou as “entrelinhas”.
	
	b. 
é autônoma semanticamente, podendo estruturar e organizar seu próprio mundo.
	
	c. 
representa a realidade em um único sentido.
	
	d. 
serve as linguagens históricas, filosóficas e científicas.
	
	e. 
é um mero utensílio que serve para comunicar idéias e pensamentos
	Feedback da resposta:
	alternativa b) correta. A linguagem literária, na verdade, aceita os silêncios, as entrelinhas, os não-ditos, criando, assim, mais de uma possibilidade de sentido. Não é um mero utensílio para ideias nem serve como linguagem para outras áreas.
	
	
	
Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	beba       coca       cola
babe                      cola
beba       coca
babe       cola        caco
caco
cola        c  l  o  a  c  a
Esta poesia concreta, de Décio Pignatari, é uma sátira ao anúncio do famoso refrigerante cola. Sobre o poema e sua relação com o anúncio, não podemos considerar:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
O poema concreto não se insere ao mundo cultural.
	Respostas:
	a. 
O verbo babar interfere no texto publicitário “Beba Coca-Cola”.
	
	b. 
Os verbos beber e babar formam uma relação de antítese.
	
	c. 
Os termos cloaca e aca caracterizam o refrigerante como mau cheiro.
	
	d. 
O poema critica negativamente um produto pop da época da produção poética.
	
	e. 
O poema concreto não se insere ao mundo cultural.
	Feedback da resposta:
	Alternativa e). O poema acima pode ser lido por várias sequências: linear, linha a linha; verticalmente, coluna a coluna; perpendicular, da esquerda para direita, por exemplo. Independente da sequência, o leitor verá que o poema trata de um produto anunciado (o refrigerante cola) e o considera um excremento. O poema não apenas se relaciona com o mundo como também se posiciona sobre ele.

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