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* * * Alteração na Lei das S/A promovida pela 11.638/07 * * Lei 11.638/07 Adoção de Padrões Internacionais Essência sobre a forma Primazia da análise de riscos e benefícios sobre a propriedade jurídica Normas orientadas em princípios e julgamento Aumenta o poder e a responsabilidade do profissional de contabilidade “subjetivismo responsável” * * * Por que normas internacionais? Adoção de uma linguagem contábil global: incremento de negócios entre nações. Melhor qualidade da informação redução do custo de capital * * * * Mudança nas Demonstrações Contábeis Obrigatórias DOAR não mais obrigatória DFC (Demonstração de Fluxos de Caixa) Para todas as cias. abertas e para as cias fechadas com PL acima de R$ 2 milhões DVA (Demonstração de Valor Adicionado) para cias. abertas. Balanço Patrimonial: Mantida a estrutura da deliberação CVM 488/05, mas sem a menção dos ativos e passivos não circulante. Manter a estrutura * * * Mudanças na Estrutura do Balanço Patrimonial * * * Exigida contabilização de Stock Options Participação no Resultado: quando representar participação de resultado, em função direta e proporcional ao lucro da empresa. Pelas normas internacionais esses pagamentos são sempre despesas operacionais Mudanças na Estrutura da DRE * * * Investimentos Temporários (Aplicações Financeiras) Introdução do conceito de fair value ou valor justo. As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, serão avaliadas: Valor justo : valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à Destinados à negociação imediata resultado Disponíveis para venda futura Ajuste de Avaliação Patrimonial Valor do custo original (mais a apropriação pro-rata dos resultados), ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior. (caso: mantido até o vencimento) Derivativos A valor de mercado e contra resultado * * * Investimentos em Coligadas e Controladas Investimentos Avaliados por equivalência patrimonial quando investimento em : Controladas Coligadas cuja administração tenha influência significativa, ou de que participe em 20% ou mais no capital votante Sociedades que façam parte do mesmo grupo ou estejam sobre controle comum (controlador comum). Eliminado conceito de relevância Investimentos, mesmo em ação sem direito a voto ou inferior a 10%, também deverão ser avaliados por equivalência se investida e investidora tiverem controlador comum. * * * Ativo Permanente Mudanças: Criação do Intangível Regras mais restritas para o Diferido Depreciação pela “vida útil econômica” teste de recuperabilidade (impairment) Inclusão do Leasing no Imobilizado * * * Ativo Permanente Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: III - em investimentos: (mantida a redação) IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional; VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. * * * Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios : § 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de que sejam: I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. Ativo Permanente * * * Teste de recuperabilidade (impairment): Valor contábil deve ser inferior a: Mercado ou Fluxo de caixa futuro trazido a valor presente Pronunciamento Técnico CPC 01/2007 - Redução no Valor Recuperável de Ativos; 2005 - oficio circular CVM - inseriu o impairment apenas para ativos descontinuados. Ativo Permanente * * * Operações de Longo de prazo: Adoção de Ajuste a Valor Presente, na data do balanço (Contas a Receber e Contas a Pagar). Circulante: Ajustados quando houver efeito relevante. Utilização de conta retificadora para registro; Conceito não é novo: existia na correção monetária integral. Adoção de ajuste a valor presente * * * PL - Ajustes de Avaliação Patrimonial Serão classificados como Ajustes de Avaliação Patrimonial: Variação de preço de mercado de instrumentos financeiros (os destinados à futura venda) enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência; Diferenças de ativos e passivos avaliados ao valor de mercado nas reorganizações societárias Variações cambiais de investimentos no exterior Não é uma conta de reserva, pois ainda não passou pelo resultado! * * * PL – Reserva de Reavaliação Novas reavaliações estão proibidas - não existe mais a Reavaliação. O que fazer com os saldos? Estornar até o final de 2008 ou Manter até a sua efetiva realização (sujeito a teste de impairment) Base de dados da FIPECAFI: 85 empresas – R$ 29,8 bilhões (reserva superior a R$ 100 milhões cada 294 empresas – 9,3 bilhões (saldo entre R$ 10 milhões e R$ 100 milhões) * * * Prêmio emissão debêntures, Doações e Subvenções Não são mais classificados como reservas de capital: o prêmio na emissão de debêntures Resultado as doações e Subvenções para investimento. Condicional Passivo Resultado Incondicional Resultado * * * CVM -469 – Art. 3º Os prêmios recebidos na emissão de debêntures e as doações e subvenções, decorrentes de operações e eventos ocorridos a partir da vigência da Lei nº 11.638, de 2007, serão transitoriamente registrados em contas específicas de resultado de exercícios futuros, com divulgação do fato e dos valores envolvidos, em nota explicativa, até que a CVM edite norma específica sobre a matéria. Parágrafo único. Os saldos das reservas de capital referentes a prêmios recebidos na emissão de debêntures e doações e subvenções para investimento, existentes no início do exercício social de 2008, poderão ser mantidos nessas respectivas contas até a sua total utilização, na forma prevista em lei. Prêmio emissão debêntures, Doações e Subvenções * * * Incentivos Fiscais Criada Reserva de Incentivos Fiscais (Resultado Reserva) Texto legal: Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei). (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) * * * Subvenção para investimento. Valores recebidos de forma incondicional - Deverão ser reconhecidos no resultado. Para não perder o benefício fiscal: Não poderão ser distribuídos aos sócios Serão transferidos para reservas de incentivos fiscais Valores recebidos de forma condicional - Deverão ser reconhecidos como passivos até que todas as condições sejam atendidas Incentivos Fiscais * * * Sociedade de Grande Porte A companhia de grande porte, ainda que não seja S/A deve seguir a legislação sobre: Escrituração, Elaboração das demonstrações contábeis Obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na CVM. E a questão da Publicação? Sociedade de grande porte: sociedade ou conjunto de sociedade sob controle comum que tiver, no exercício social anterior: Ativo total > R$ 240.000.000 Receita bruta anual > R$ 300.000.000 * * Rumo à convergência... Art. 177. § 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, e serão obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na mesma comissão. § 5o As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3o deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) * * * Em resumo... O mundo contábil está convergindo para uma linguagem comum Regras baseadas em princípios e julgamento: Contabilidade da Empresa Maior importância e responsabilidade dos profissionais da área contábil * * * Intangível: Já constava da Deliberação da CVM o. 488/05 Constituído de contas que anteriormente eram classificadas no: imobilizado como Marcas e patentes, Diferido: Pesquisa e Desenvolvimento, Mas a Lei 11638/07 não cita mais pesquisas, somente gastos com reestruturação. Investimento : Ágio na aquisição de empresas * A teoria contábil determina que algum elemento patrimonial somente pode ser considerado um ativo contábil, entre outros, se proporcionar aa entidade que o controla a possibilidade de obtenção de benefícios futuros. Segundo “Manual das SAs” pg. 202 – “Para os ativos permanentes que não são destinados a venda, mas que são destinados a produzirem benefícios a entidade a partir de seu uso, a aplicação da regra de custo ou mercado, dos dois menor, pode não fazer sentido. Ao invés de somente tomar o valor de mercado como parâmetro de comparação do custo do ativo, este deve ser comparado também co o valor econômico decorrente de seu uso. * Conceito não é novo: existia na correção monetária integral. * * Introduzida pela Lei das S.A., de 1976, a reavaliação de ativos tinha a boa intenção de trazer o números do balanço para mais perto da realidade do mercado. No entanto, acabou sendo transformada num instrumento legal de maquiagem de balanços. "Reavaliação é um instituto bom, mas que desaparece por mau uso. O que já se fez nesse país com reavaliação é brincadeira", diz Eliseu Martins, professor da Fipecafi que participou da elaboração do projeto de mudança da parte contábil da Lei das S.A. Muitas empresas lançaram mão desse recurso para inflar o patrimônio deteriorado por resultados ruins, super avaliando seus ativos com o respaldo de laudos pouco confiáveis. Além disso, a prática prejudicou a comparabilidade dos balanços, porque cada empresa fazia do jeito que bem entendia e outras simplesmente não fizeram.
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