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FUNDAMENTOS PRELIMINARES DO DIREITO AMBIENTAL
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre: 
I - direito marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
II - desapropriação; 
IV - águas, energia, 
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; 
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; (Recursos minerais são bens da União. Art. 20, IX) 
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; 
Em regra a competência privativa para legislar não significa que só à União caiba a fiscalização. 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; (atividade monopolizada pela União. Art. 177, V da CF). 
- ADI 1575, informativo 581, rel. Min. Joaquim Barbosa, 7.4.2010. Na competência para legislar se inclui a de fiscalizar atividades nucleares (especialidade) 
Atividades Nucleares e Competência da União 
“toda a atividade nuclear desenvolvida no país, portanto, está exclusivamente centralizada na União, com exceção dos radioisótopos, cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob o regime de permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 da CF (art. 177, V, com a redação dada pela EC 49/2006)” 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Competência Legislativa Exclusiva - Estados 
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. (competência legislativa remanescente ou reservada) 
Ex. transporte intermunicipal 
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. (meio ambiente artificial) 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Competência Legislativa Exclusiva – Municípios
Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
- princípio da predominância do interesse (não exclusividade do interesse) 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; (meio ambiente artificial)
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
STF, Informativo 776, rel. Min. Luiz Fux, 5.3.2015. RE-586224. Plenário. “Não pode o município legislar sobre meio ambiente e editar lei com conteúdo diverso do que disposto em legislação estadual.” 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Preponderância do interesses. Proporcionalidade. 
- Condomínio legislativo 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; 
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
- Regulamentação do acesso a fontes de abastecimento de água. 
“É possível que decreto e portaria estaduais disponham sobre a obrigatoriedade de conexão do usuário à rede pública de água (...). Os estados membros da Federação possuem domínio de águas subterrâneas (art. 26, I, da CF), competência para legislar sobre a defesa dos recursos naturais e a proteção do meio ambiente (art. 24, VI, da CF) e poder de polícia para precaver e prevenir danos ao meio ambiente (art. 23, VI e XI, da CF).”
“o inciso II do art. 12 da Lei 9.433/1997 condiciona a extração de água do subterrâneo à respectiva outorga, o que se justifica pela notória escassez do bem, considerado como recurso limitado, de domínio público e de expressivo valor econômico. Nesse contexto, apesar de o art. 45 da Lei 11.445/2007 admitir soluções individuais de abastecimento de água, a interpretação sistemática do dispositivo não afasta o poder normativo e de polícia dos estados no que diz respeito ao acesso às fontes de abastecimento de água e à determinação de conexão obrigatória à rede pública.” 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Art. 24 competência concorrente 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. (competência suplementar ou complementar) 
Ex. Lei 6.938/81 - Do Sistema Nacional Do Meio Ambiente (SISNAMA)
Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado: 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Ex. Lei 6.938/81 - Do Sistema Nacional Do Meio Ambiente (SISNAMA)
Art 6º, §1º - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA. 
§ 2º Os Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior. (art. 30 CF) 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. (competência concorrente supletiva ou plena) 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. 
STF, AI 0149742-0/040/RJ “Compete aos Estados estabelecer índices de poluição toleráveis. O CONAMA fixa índices máximos suportáveis, um mínimo a ser exigido. Os Estados podem exigir em seus territórios limites maiores.” 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
DISCUSSÃO DOUTRINÁRIA:
- Crítica à posição do Poder Executivo Federal e jurisprudência dominante (STF) em considerar supletiva a competência administrativa federal para fins de fiscalização ambiental em licenciamentos ambientais realizados por órgãos competentes estaduais. Há prevalência das normas federais sobre as estaduais e locais, o que contraria o federalismo de cooperação brasileiro.
- Hipóteses doutrinárias e jurisprudenciais que legitimariam a fiscalização federal supletiva: i) inexistência do órgão estadual; ii) comprovação de inapetência da agência estadual para a tarefa que lhe fora atribuída em caso de a) omissão do órgão ambiental e b) inépcia do órgão ambiental estadual.
Decorrências negativas: maior centralização nas mãos da União Federal, um contrassenso democrático. Desperdício de recursos públicos e privados
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
DISCUSSÃO DOUTRINÁRIA - Ex posição majoritária do STF:
Amianto - Largo uso na indústria; alto prejuízo para a saúde humana. 
- evolução do regime jurídico do amianto no Brasil. 
. Regulamentação do CONAMA – Res. 7 / 87 – objetivo de estudar problemas ambientais do amianto, com imposição de penalidades pecuniárias aos infratores. Resolução impõe mecanismos de identificação do produto – norma de baixa eficácia.
. Secretaria Nacional do Trabalho – portaria 1 / 91 – integração à Convenção162 da OIT, sobre medidas de segurança – caracterizada como norma “subalterna” por não produzir efeitos concretos necessários para sanar o problema.
- Lei 9.055/95 – utilização controlada do amianto; implantação de fiscalização; 
Diante dessas normas, a união esgota o campo para que qualquer legislação estadual ou municipal se limite a apenas questões “cosméticas”.
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
DISCUSSÃO DOUTRINÁRIA - Ex posição majoritária do STF:
posicionamento do STF: declaração de inconstitucionalidade de leis estaduais nos seguintes pontos:
MS – ADI contra a lei 2210/2001 - STF afirma que já existe lei federal com princípios gerais para produção e comercialização de amianto. “A legislação impugnada foge, e muito, do que corresponde à legislação suplementar, da qual se espera que preencha espaços vazios ou lacunas deixados pela legislação federal, não que venha a dispor em diametral objeção a esta.”
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
DISCUSSÃO DOUTRINÁRIA - Ex posição majoritária do STF:
SP – ADI contra a lei 10.813/2001 – STF julga com mesmo fundamento e resultado da ADI contra lei de MS. “Competência concorrente dos entes federados. Existência de norma federal em vigor a regulamentar o tema. Consequência. Vício formal da lei paulista, por ser apenas de natureza supletiva a competência estadual para editar normas gerais sobre a matéria. Proteção e defesa da saúde pública e meio ambiente. Questão de interesse nacional. legitimidade da regulamentação geral fixada no âmbito federal. Ausência de justificativa para tratamento particular e diferenciado pelo Estado de São Paulo.” Autor pondera que há, neste caso, outros assuntos de competência exclusiva envolvidos, como comercial, trabalhista e de mineração.
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Princípio da subsidiariedade entre entes federados para exercício de competência comum –solução para reduzir centralização federal.
Sugestão: a união só atuasse caso sua ação seja mais eficaz do que uma ação desenvolvida em nível nacional, regional ou local, exceto nos casos de competência exclusiva – uma descentralização capaz de executar com mais eficiência certas medidas.
Eficácia: dois critérios: i) o ente maior somente atuaria diante de incapacidade do ente menor. Ii) cooperação, ainda que parcial: o ente maior deve atuar junto ao menor mesmo se o menor tiver apenas dificuldades, mas não total incapacidade. 
Fonte: ANTUNES, Paulo de Bessa. Federalismo e competências ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: 2007
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Princípio da subsidiariedade entre entes federados para exercício de competência comum –solução para reduzir centralização federal.
Casos: co-gestão mediante convênio; Parques Nacionais e áreas especiais que, embora fisicamente delimitadas a entes menores, tem sua administração acometida a entes maiores; mosaico (Lei 9985/2000) com conjunto de unidades de conservação de categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, com gestão integrada entre os três entes.
Licenciamento ambiental – STJ: casos em que, mesmo havendo competência legislativa estadual para licenciamento, a jurisprudência considera, diante da vultuosidade do impacto ambiental, a necessidade de atuação conjunta dos três entes (REsp 763.377-RJ); há inépcia do Poder Estadual (REsp 818.666- PR)
Fonte: ANTUNES, Paulo de Bessa. Federalismo e competências ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: 2007
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
DISCUSSÃO DOUTRINÁRIA - Conceito de poder de polícia
Crítica ao conceito meramente descritivo e não como fonte de competência.
Competência municipal – definida constitucional e legislativamente LC a que se refere o art. 23 da CR/88, ou quando tiver bem ou interesse seu afetado. 
Crítica a imunidade tributária entre entes federados, segundo o fundamento de que o ente tem poder de polícia sobre os seus próprios bens; 
Na Alemanha a substituição das imunidades se deu com o fenômeno da sujeição policial de órgãos estatais, de forma que nenhuma repartição está imune do cumprimento das leis – o que significa que os entes devem respeitar as leis do outro sob pena de ter que entrar em acordo e /ou se submeter à sanção.
Fonte: ANTUNES, Paulo de Bessa. Federalismo e competências ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: 2007

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