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Estrutura e Funcionamento do Centro Cirúrgico

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Clínica Cirúrgica 
Professora Viviane Martins
Cirurgia
As cirurgias 
quanto a 
finalidade
 Diagnóstica – realizada com o 
objetivo de ajudar no 
esclarecimento da doença 
(laparotomia exploradora, biopsia)
 Curativa – tem por objetivo extirpar 
ou corrigir a causa de uma 
doença (apendicectomia)
 Corretiva – finalidade de 
reconstituir, restabelecer a 
capacidade funcional perdida ou 
diminuída (fissura palatina)
 Paliativa – tem o objetivo de 
atenuar, aliviar ou corrigir 
provisoriamente a dor causada 
pela doença (colostomia)
As cirúrgias quanto a 
necessidade de realização
 Emergência – deve ser realizada de imediato, com a
finalidade de salvar a vida do paciente (hemorragia interna,
amputação traumática)
 Urgência – sua realização é necessária, aguardar de 24 a 48
horas(colecistectomia)
 Eletiva – sua realização pode aguardar ocasião mais
propícia, mas com necessidade (cistos superficiais,
herniorrrafia)
Centro Cirúrgico
Finalidades
 Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar o cliente à unidade
de origem, na melhor condição possível de integridade;
 Servir de campo de estágio para a formação e aprimoramento de
recursos humanos.
 Prover recursos humanos e materiais para que o ato seja realizado
dentro de condições ideais e assépticas;
 Desenvolver pesquisas objetivando o desenvolvimento científico e
tecnológico, em prol dos clientes.
Localização
 O centro cirúrgico deve localizar-se em área independente da
circulação geral, livre de ruídos, trânsitos de pessoas e materiais
estranhos ao serviço; próximo à Clínica Cirúrgica, UTI e Recuperação
Pós-Anestésica.
número de salas cirúrgicas em 
cada hospital
 Tipo de cirurgia: eletiva ou urgência;
 Duração da cirurgia;
 Especialidade cirúrgica;
 Horário de funcionamento;
 Número de equipe cirúrgica;
 Atividade de ensino.
 O critério estabelecido (MS) é de 01 sala de operação para cada 50 
leitos gerais e 02 salas para cada 50 leitos especializados.
Estruturas do Centro Cirúrgico
 Bloco Operatório – com salas de operação equipadas a depender
da especialidade;
 Recuperação Pós-Anestésica – com leitos equipados para atender
aos clientes no pós-anestésico, até a normalização dos sinais vitais;
 Cento de Material Esterilizados – local onde são preparados e
armazenados os matérias para serem distribuídos a todas a unidades
do hospital.
Recursos Humanos
 Enfermeira Coordenadora;
 Enfermeira Assistencial;
 Técnica de Enfermagem;
 Auxiliar de Higienização;
 Auxiliar Administrativo;
 Cirurgião; 
 Anestesista;
 Auxiliar do cirurgião.
CONTROLE ASSÉPTICO
 Área restrita – área de trânsito privativo, com limites definidos para a
circulação de pessoal e equipamentos, rotinas específicas para o
controle e manutenção da assepsia. Compõe-se de:
 sala para acondicionamento de sangue e órgãos,
 lavabos,
 CRPA, s
 ala de anatomia patológica,
 raios-X,
 corredor interno,
 sala de esterilização.
CONTROLE ASSÉPTICO
 Área Semi-Restrita – área na qual é permitida a circulação de
pessoal e de equipamentos de modo a não interferis nas
rotinas de controle e manutenção da assepsia da área
restrita.
 Compõe-se de:
 expurgo,
 copa,
 sala de estar,
 secretaria,
 sala de preparo de material.
CONTROLE ASSÉPTICO
 Área Não-Restrita (Irrestrita) – área de livre circulação, em que
não exige trânsito privativo.
 Compõe-se de:
 Vestuários; e
 corredor de transferência de macas.
Elementos
 Vestuários masculino e 
feminino;
 Corredor periférico;
 Lavabos;
 Secretaria e posto de 
enfermagem;
 Copa;
 Sala de material de 
limpeza;
 Expurgo;
 Sala de estar e repouso;
 Sala para guarda 
de aparelhos e 
equipamentos;
 Rouparia;
 Sala de reserva de 
medicamentos;
 Sala de anatomia 
patológica;
 Sala de cirurgia;
 Sala de 
Recuperação Pós-
Anestésica. 
Sala de Operação
 Área física: o tamanho da sala deve oferecer conforto e boa
circulação para toda a equipe.
 Forma: deve ser retangular (6m x 7m) ou oval, acompanhando a
estrutura das mesas.
 Piso: deve ser condutivo, não poroso, não absorvente, resistente a
agentes químicos, sem fendas ou fissuras, ter aspectos estéticos,
realçar a sujeira, resistente ao choque e de fácil limpeza.
Sala de Operação
 Deve ter isolamento acústico e térmico.
 Paredes: devem ser revestidas com material lavável,
resistente e de cor neutra, os cantos devem ser
arredondados, a fim de facilitar a utilização de
aparelhos; devem permitir a instalação dos dispositivos
de iluminação, em número suficiente, para maior
facilidade na utilização de aparelhos.
 Teto: deve ser de material resistente, lavável, não
conter rachaduras e as interseções das paredes
arredondadas.
Sala de Operação
 Portas: devem ser amplas a fim de facilitar a passagem das macas e
equipamentos cirúrgicos. Tipo vaivém com visores, devendo manter-
se fechadas.
 Janela: devem estar localizadas de modo a espalhar luminosidade
em todo o ambiente, não permitindo a entrada de poeira e insetos.
 Ventilação: o uso da ventilação artificial proporciona um ambiente
confortável, permitindo a renovação do ar, elimina odores e
impurezas, temperatura em torno de 22ºC e umidade relativa do ar
de 55 a 60%.
Sala de Operação
 Iluminação: o mais natural ajuda a compensar o esforço visual e não
altera a coloração da pele e mucosas do paciente. A iluminação
artificial deve ser protegida contra interrupções bruscas e queda de
energia elétrica, adaptada a uma fonte geradora. Deve ser
adequada a iluminação do campo operatório, com ausência de
sobras e reflexos.
 Lavabos: devem estar localizados próximo às salas de operação,
podendo ser acionado com pé, cotovelo ou joelho.
Equipamentos
 Devem ser de preferência de aço inox, de fácil limpeza, ter 
durabilidade e proporcionar segurança para o paciente e equipe. 
 Podem ser classificados em fixos e móveis.
 Equipamentos fixos:
 Negatoscópio;
 Interruptores e tomadas elétricas de 110 e 220 volts;
 Oxigênio, oxido nitroso e vácuo canalizados;
 Foco central;
 Ar condicionado.
Equipamentos móveis
 Mesa cirúrgica e acessórios;
 Foco auxiliar;
 Escadinha dois degraus e 
estrada; 
 Raio X portátil;
 Bisturi elétrico e aspirador;
 Carro de anestesia 
complexo e reanimação;
 Aparelho de pressão e 
garrote;
 Extensões;
 Mesa auxiliar e de Mayo;
 Mesa do instrumentador;
 Suporte de soro e alças;
 Banco giratório;
 Balde de lixo;
 Aquecedor de soro;
 Balde para roupa ou hamper. 
Material Estéril 
 Aventais ou Lap;
 Campos simples ou duplos;
 Impermeável;
 Compressas grandes ou 
pequenas, gazes e ataduras;
 Material para antissepsia;
 Aventa vestido com abertura 
para gente;
 Cuba rim, bacias, cúpulas 
grandes e pequenas;
 Luvas de diferentes números;
 Material de corte;
 Sondas e drenos diversos;
 Cabo de bisturi elétrico;
 Cabo de borracha para 
aspirador;
 Caixa de instrumental;
 Fios de sutura;
 Equipos de soro e sangue, 
seringas, agulhas, cateteres de 
punção venosa;
 Material extra, específico a cada 
cirurgia;
 Esparadrapo.
Soluções 
 Álcool a 70%;
 PVPI degermante e tópico;
 Éter;
 Soros:
 fisiológico, 
 glicosado, 
 glicofisiológico, 
 ringer lactato;
 Pomadas;
 Xylocaina spray e geleia;
 Outras.
Medicamentos
 Analgésicos;
 Antipiréticos;
 Corticosteroides; 
 Diuréticos;
 Eletrólitos (NaCl, KCl. Bicarbonato de sódio);
 Hipertensores;
 Cardiotônicos;
 Anticoagulantes; Anestésicos.
Impressos 
 Folha de gráfico do anestésico;
 Folha de relação de gastos;
 Folha de controle de psicotrópicos;
 Receituário;
 Relatório de enfermagem;
 Prescrição médica;
 Ficha de notificação compulsória;
 Atestado de óbito.
Roupas
 Uso do uniforme privativo nas dependências do centro
cirúrgico, destinados à proteção do paciente e equipe
cirúrgica: calças, jaleco, gorro, máscara, propé.
 Além do uniforme privativo, as roupas incluem lençol
móvel, lençol para cobertura do paciente, triângulo,
cobertura da mesa cirúrgica.
 O tipo de pano pode ser de algodão resistente, malha
de algodão, sintético ou algodão leve.
 Para aquisição de tecidos para a confecção de roupas
do C.C. devem ser observados permeabilidade a
vapor, boa durabilidade, resistência, baixo custo e cor
firme.
Roupas
 Quanto a necessidade de esterilização as roupas podem ser:
Limpas: aquelas que necessitam apenas do processo
de lavagem e desinfecção;
Assépticas: necessitam, para o seu uso, de serem
submetidas a processos de esterilização. São aventais,
campos cirúrgicos, cobertura para mesa de
instrumental e “opas” (proteção para costas dos
membros das equipes).
Equipe cirúrgica 
 Conjunto de profissionais e ocupacionais que, num processo
dinâmico, prestam assistência sistematizada e global ao paciente
durante sua permanência no centro cirúrgico.
 A equipe é composta por:
 cirurgião,
 anestesista,
 auxiliar do cirurgião,
 enfermeiro,
 Instrumentador,
 circulante.
Assepsia hospitalar
A assepsia é o processo de eliminar ou matar os 
microorganismos patogênicos de uma determinada superfície. 
Com o objetivo de conduzir o ato cirúrgico dentro dos padrões 
de segurança, evitando infecções, lançamos mão de recursos 
de assepsia, anti-sepsia e de conceitos para elucidar as diversas 
terminologias.
Assepsia hospitalar
 Assepsia: conjunto de meios usados para impedir a penetração de
germes em local que não contenha (uso de luvas, campos
operatórios e instrumentos estéreis).
 Anti-sepsia: método usado para impedir a proliferação de
microorganismos em tecidos vivos com o uso de substâncias
químicas (escovação das mãos com sabões antissépticos).
Assepsia hospitalar
 Esterilização: eliminação total dos microorganismos, eliminação dos
esporos e inativação dos vírus. A esterilização é aplicada no
instrumental e roupas, avental, campos e compressas.
 Sanificação: redução do número de germes a um nível julgado
isento do perigo, aplicação realizada em objetos inanimados nas
dependências hospitalares, refeitórios e lavanderias.
 Desinfestação: exterminação ou destruição de insetos, roedores ou
outros que possam transmitir infecções ao homem e a outros animais
ou meio ambiente.
Degermação
 Consiste na remoção de maior quantidade de bactérias,
detritos e impurezas depositadas sobre a pele.
 A pele normalmente possui bactérias resistentes e transitórias,
sendo que as transitórias podem ser eliminadas facilmente
com a lavagem das mãos com água e sabão durante 7 a 8
minutos.
degermação
 A degermação das mãos e antebraços podem ser realizados 
pelos métodos: 
 Mecânicos: escova estéril + água corrente + sabão
 Químicos: uso de antisséptico degermante + escova estéril + 
água corrente.
degermação
 A degermação é importante pelas seguintes razões:
 As luvas podem apresentar-se furadas ao final da cirurgia;
 Elas podem apresentar defeito de fabricação imperceptível ao olho nu;
 As bactérias tendem a se multiplicar com o suor das mãos e calor desta
sobre as luvas;
 As luvas sofrem constantes traumas por agulhas, unhas e outros.
Procedimentos
 Estar paramentado com o uniforme privativo do C.C., usando gorro,
máscara bucal e narinas, manter unhas curtas e sem esmalte;
 Retirar joias das mãos e antebraços, inclusive aliança;
 Proceder degermação somente de pele íntegra e sem solução de
continuidade;
 Abrir a torneira, lavar as mãos, antebraços e cotovelos com
degermante e água corrente para retirada de algum resíduo;
Procedimentos
 Retirar a escova esterilizada do suporte e segurá-la pela
metade inferior com a mão esquerda e embebê-la com
degermante;
 Iniciar a escovação pelas unhas da mãe direita; em caso de
pessoas canhotas pela esquerda, contando 15 movimentos;
 Escovar a palma da mão (região ventral), começando pela
parte lateral do dedo mínimo, espaço interdigital de cada
dedo, até o polegar, com movimentos de vaivém para cada
área descrita, desde a extremidade dos dedos até o pulso;
Procedimentos
 Virar a mão e escovar o dorso da mesma mão, começando
pela região lateral externa do polegar e terminando no dedo
mínimo com movimentos de vaivém;
 Passar para o antebraço, escovando em toda a sua
extensão, desde o punho até o cotovelo, girando e
mantendo a mão elevada, não podendo tocar em nada;
 Escovar também o cotovelo com movimentos circulares;
Procedimentos
 Enxaguar a escova, passar para a outra mão, pegando-a pela
extremidade oposta que segurava antes;
 Ensaboar e iniciar a escovação da mãe esquerda com os mesmos
procedimentos adotados para a mão direita;
 Ao terminar a escovação depositar a escova na pia;
 Proceder o enxague no sentido das unhas, mãos, antebraço e
cotovelo, em ambos os braços;
Procedimentos
 Manter as mãos juntas e elevadas após o enxague, deixando
escorrer o excesso de água na pia;
 Ir para a sala operatória, mantendo as mãos juntas e antebraços em
posição vertical, acima da cintura e sem tocar em nada;
 Enxugar com compressas esterilizadas as mãos, antebraços e por
último os cotovelos, primeiro o da mão direita e depois o da mão
esquerda, em seguida desprezar no hamper.
Procedimentos
Vestir avental esterilizado
 Pegar o avental pela parte posterior superior junto às tiras, elevá-lo e
trazê-lo para fora da mesa;
 Abrir o avental sem encostar em nada, realizando movimentos firma
e rápido;
 Segurar o avental pela parte interna do ombro, e com um
movimento rápido e cuidadoso, introduzir os dois braços nas
mangas, ao mesmo tempo, conservando as mãos para o alto e os
braços em extensão;
Vestir avental esterilizado
 Distanciar da cintura os amarrilhos para que o circulante
possa pegá-los e amarrá-los;
 Deixar os braços acima da cintura e na frente, considerar
esterilizados apenas a parte da frente e acima da cintura.
Calçar luvas esterilizadas
 Abrir o envelope de luvas, de modo que os punhos finquem voltados
para a pessoa que vai calçar;
 Calçar a luva esquerda, segurando-a a com a mão direita, tendo o
cuidado de segurá-la sobre a dobra do punho;
 Calçar a luva direita, com o auxilio da mão esquerda, com os dedos
introduzidos na dobra e puxá-la até cobrir o punho da manga do
avental;
Calçar luvas esterilizadas
 Ajeitar as luvas com ambas as mãos e sobrepô-las ao punho do
avental, não deixar qualquer parte do punho do avental para fora
nem pele exposta;
 Conservar as mãos enluvadas para o alto e acima do nível da
cintura.
 Para Descalçar as luvas
 Dobrar os punhos das luvas, sem, contudo tocar n aparte interna;
 As luvas devem ficar pelo avesso, com a finalidade de proteger a
equipe cirúrgica.
Calçar luvas esterilizadas
PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO
 Esporos: são formas inativas de bactérias;
 Esterilização: é o processo de destruição de todos os organismos
patogênicos, eliminação dos esporos e inativação dos vírus;
 Desinfecção: processo de destruição de todos os organismos
patogênicos, exceto os esporulados;
 Desinfetante: substancia química usada para fazer desinfecção;
 Antisséptico: toda substância capaz de impedira proliferação das
bactérias, inativando-as ou destruindo-as;
 Bactericida: agente que mata as bactérias.
PROCESSOS DE 
ESTERILIZAÇÃO
Métodos de 
esterilização
Físicos Calor
Calor úmido
Calor Seco
Químicos
Gases
Parafórmico
Oxido de 
Etileno
Líquidos
Produtos 
químicos
Esterilização por calor úmido
 Esterilização a calor úmido por meio de vapor saturado e sob
pressão constitui o processo de esterilização mais variável e fácil de
controlar.
Esterilização por calor úmido
 Vantagens:
 Altamente efetiva;
 Rápido aquecimento e rápida penetração nos pacotes;
 Barata;
 Pode esterilizar.
 Desvantagens:
 O material deve ter resistência ao calor e a umidade;
 Não esteriliza pós e óleos.
Esterilização por calor úmido
 Os materiais são divididos em:
 Material de superfície: material pouco denso, exposição de 15 min a
121°C. Exemplo: seringas, agulhas, cubas, sondas, etc.
 Material de densidade: material espesso. Exposição por 30 minutos a
121°C. Exemplo: gazes, compressas, campos, etc.
Cuidados com o carregamento 
da autoclave
 Carregar o aparelho com material que requer o mesmo tempo de
exposição;
 Utilizar apenas 80% da capacidade da autoclave;
 Dispor o material na autoclave, de modo a facilitar a penetração e
circulação do vapor e eliminação do ar.
Esterilização pelo ar seco
 Estufa ou forno de Pasteur – caracteriza esse método a ausência de
umidade, o que o torna menos eficiente e mais moroso, por
aumentar a termoresistência de esporos. Deve ser utilizado apenas
por material que não pode ser esterilizado pelo vapor.
Esterilização pelo ar seco
 Vantagens:
 Esteriliza pós, óleos e vidros;
 Pouco corrosivo;
 Baixo custo.
 Desvantagens
 A penetração do calor no material é lenta;
 Requer longo período de exposição;
 Limitações de artigos e utilização de invólucros;
 Inadequada para tecidos e borrachas.
Esterilização pelo ar seco
 Para se efetuar a esterilização faz-se necessário um período de 2
horas de exposição a 160°C.
 As substancias oleosas exigem 4 horas e 45 minutos para que haja
aquecimento e esterilização a 160°C .
 Durante a esterilização a estufa não pode ser aberta.
Esterilização por produtos 
químicos
 A escolha deste método faz-se pela impossibilidade de
determinados matérias não poderem sem expostos ao calor. Ao
escolher um produto químico observar as seguintes propriedades:
 Não ser irritante ou tóxico para os tecidos humanos;
 Ter poder para destruir os microorganismos patogênicos;
 Ser estável;
 Não ser corrosivo.
Esterilização por produtos 
químicos
 Observar:
 Emergir o artigo na solução adequada;
 Utilizar EPI e garantir ventilação na sala;
 Preencher o interior das tabulações e reentrâncias com o auxilio de
seringa, se necessário, evitando a formação de bolhas de ar;
 Observar e respeitar o tempo de exposição
 Enxaguar os artigos;
 Secar com compressa estéril ou ar comprimido;
 Acondicionar em invólucro adequado.
TEMPO CIRÚRGICO
 04 tempos: 
 diérese; 
 hemostasia; 
 cirurgia propriamente dita; 
 síntese.
 Dependendo da cirurgia, acrescentamos: exérese, drenagem, 
implantação de próteses, etc.
 Diérese – a abertura ou incisão. Preparar os tecidos ou planos
anatômicos para atingir uma região ou órgão. Pode ser
classificada em mecânica ou física.
diérese mecânica
 Punção – introdução de uma agulha ou cateter nos tecidos sem 
seccioná-los.
 Secção – segmentação dos tecidos com material cortante.
 Curetagem – raspagem de superfície de um órgão com o auxílio de 
cureta.
 Dilatação – processo através do qual se procura aumentar a luz de 
um órgão tubular.
diérese física
 Térmica: realizada com calor, cuja fonte é a energia elétrica (bisturi
elétrico)
 Crioterapia – consiste no resfriamento intenso e repetido da área em
que vai ser realizada a intervenção cirúrgica.
 Raio laser – consiste em um bisturi que emprega feixe de radiação
infravermelho de alta intervenção cirúrgica.
Hemostasia
 Hemostasia: controle de hemorragia.
 Hemostasia temporária: após uma secção o vaso sangrante deve
ser imediatamente comprimido com o dedo, compressa ou gaze
enquanto se providencia seu pinçamento com pinça hemostática.
 Sangramentos difusos: a colocação de compressas por 5-10 minutos
são suficientes. Dentro da cavidade as compressas deverão estar
úmidas por SF 0,9%.
Hemostasia
 Ligadura com fio cirúrgico: pode ser preventiva e anterior à secção
do vaso, ou reparativa, após a secção do vaso e hemorragia.
 Hemostasia com eletrocautério: cirurgião encosta o eletrocautério
na pinça, presa ao tecido. Entre cauterizar e ligar sempre preferir por
ligar!
 Hemostasia com clipe ou grampo: fechamento vascular mais
rápido.
Síntese / sutura 
 Síntese é a recomposição dos tecidos por suturas ou
grampeamento, com aposição das bordas da incisão ou
aproximação de duas estruturas anatômicas.
 Excepcionalmente usa-se colas biológicas, tiras de fitas adesivas ou
enfaixamento.
 Suturas são usadas para o fechamento de cavidades, paredes,
serosas, aponeuroses, fáscias, músculos, subcutâneo...
Síntese / sutura 
 Cruenta – união dos tecidos realizada por meio de sutura
permanente ou removível.
 Incruenta – é a aproximação dos tecidos, unindo bordas por meio
de gesso, adesivo ou atadura.
 Imediata – realizada logo após o traumatismo.
 Mediata – algum tempo após a lesão.
 Completa – quando é feita em toda a extensão da lesão.
 Incompleta – a união dos tecidos não é realizada em toda a
extensão da lesão, mantendo-se uma pequena abertura para
colocação de um dreno.
Posicionamento do paciente
 Fatores que determinam o posicionamento:
 Abordagem cirúrgica;
 Tipo de anestesia;
 Idade, altura e peso do paciente.
 Itens que influenciam na segurança do posicionamento:
 Manutenção da boa função respiratória;
 Manutenção da boa circulação;
 Prevenção da pressão sobre músculos e nervos;
 Boa exposição e acesso para o campo cirúrgico;
 Bom acesso para a administração de anestésicos.
Acessórios necessários para o 
posicionamento
 Braçadeiras;
 Travesseiros;
 Coxins;
 Saco de areia;
 Perneiras;
 Suporte para ombros;
 Esparadrapo;
 Extensão para mesa;
 Suporte para cabeça;
 Suporte para os pés;
 Cobertores.
Posição de litotomia
 O paciente fica em posição dorsal e as pernas são colocadas
no suporte. Usada para abordagem perineal.
Posição de prona
 O paciente deita em decúbito ventral. Usada para cirurgia na parte 
posterior do corpo.
Posição lateral
 O paciente é colocado sobre um dos lados, tendo a perna
inferior fletida e a superior em extensão, separadas por um
coxim e o paciente é fixado a mesa cirúrgica por uma faixa
larga passada sobre o quadril.
 Usada para cirurgia de rins, pulmões e quadril
Posição de Fowler
 O paciente é colocado em posição dorsal com o tórax
elevado e os ombros são mantidos eretos. Usado para
neurocirurgia.
Posição supina ou dorsal
 O paciente fica deitado sobre o dorso com seus braços em
posição anatômica e as pernas levemente afastadas. Usada
para indução de anestesia geral e acesso a cavidades
maiores do corpo.
Posição de Tredelenmburg
 O paciente fica em posição dorsal, com a pelve e membros
inferiores elevados. Usada para cirurgia de abdome inferior e
algumas cirurgias de extremidades inferiores. Essa posição
pode, às vezes, interferir na respiração, porque o peso
adicional dos órgãos internos comprime o diafragma do
paciente.
Posição de Tredelenmburg
Reversa
 Opaciente fica na posição dorsal com elevação do tórax e 
da cabeça. Usada para cirurgia da cavidade abdominal 
superior.
Posição Canivete (Kraske)
 É a posição derivada da ventral, na qual os MMII, tórax e 
MMSS são abaixados de forma que o corpo fique fletido sobre 
a mesa, mantendo-se a região a ser operada em plano mais 
elevado. 
 Utilizada para cirurgias da região proctológicas e coluna
lombar.
O que devemos observar
 O corpo do paciente está bem alinhado;
 Os pés não estão cruzados;
 A cinta da coxa está passada corretamente;
 Os braços estão posicionados anatomicamente;
 As braçadeiras estão segurando os braços apropriadamente pelo 
meio do braço até o punho;
 Os cotovelos estão protegidos da pressão excessiva; 
 Os coxins foram colocados adequadamente;
 Conferir a posição da cabeça;
 Se o paciente está bem fixado na mesa.

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