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MANUTENÇÃO MECÂNICA Engenharia Mecânica– 2015 Prof. Me. Ricardo Calasans PROGRAMA Histórico da Manutenção. Conceitos Gerais de Manutenção Por que os Sistemas Falham? Gerenciamento da Manutenção. Manutenção Corretiva “MC” Manutenção Preditiva “MPRED” Manutenção Preventiva “MP” Manutenção Produtiva Total “TPM/MPT” – Determinando as Metas da “TPM” PROGRAMA Elaboração de Planos de Manutenção. Custos de Manutenção. Confiabilidade. Funções básicas da Manutenção Industrial. Organizações Típicas de Manutenção Industrial. Métodos Aplicados à Manutenção Industrial. Qualidade e manutenção Manutenção e a Norma ISO 9000 Meio ambiente, ISO 14000 e a manutenção. Sistemas de Informação na Manutenção Industrial. HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO A conservação de instrumentos e ferramentas é uma prática observada, historicamente, desde os primórdios da civilização, mas, efetivamente, foi somente quando da invenção das primeiras máquinas têxteis, a vapor, no século XVI, que a função manutenção emerge. HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO Naquela época, aquele que projetava as máquinas, treinava as pessoas para operarem e consertarem, intervindo apenas em casos mais complexos. Até então, o operador era o mantenedor - mecânico. Somente no ultimo século, quando as máquinas passam a serem movidas, também, por motores elétricos, é que surge a figura do mantenedor eletricista. HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO Assim, com a necessidade de se manter em bom funcionamento todo e qualquer equipamento, ferramenta ou dispositivo para uso no trabalho, em épocas de paz, ou em combates militares nos tempos de guerra, houve a conseqüente evolução das formas de manutenção. HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO Na era moderna, após a Revolução Industrial, Fayol propõe seis funções básicas na empresa, destacando a função técnica, relacionada com a produção de bens ou serviços, da qual a manutenção é parte integrante. HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO Segundo Monchy, "o termo "manutenção" tem sua origem no vocábulo militar, cujo sentido era "manter, nas unidades de combate, o efetivo e o material num nível constante". É evidente que as unidades que nos interessam aqui são as unidades de produção, e o combate é antes de tudo econômico. O aparecimento do termo "manutenção" na indústria ocorreu por volta do ano 1950 nos Estados Unidos da América. Na França, esse termo se sobrepõe progressivamente à palavra "conservação" HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO A manutenção tem que ser moderna e eficiente, acompanhando o ritmo de todo processo de desenvolvimento tecnológico , e antes de se tornar mais um obstáculo aos meios produtivos, ela deve buscar sempre as melhores soluções, procurando tornar o conjunto mais ágil e dinâmico, porque o seu papel é o de suporte da produção. EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Originalmente, a manutenção é uma atividade que deve ser executada, em sua totalidade, pela própria pessoa que opera, sendo este o seu perfil ideal. Antigamente havia muitos casos assim. Entretanto, com a evolução da tecnologia o equipamento tornou-se de alta precisão e complexidade, e com o crescimento da estrutura empresarial foi sendo introduzido o PM - Manutenção Preventiva - no estilo americano, e a função de manutenção foi sendo gradativamente dividida, e alocadas a setores produtivos. EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Além disso, com a evolução da tecnologia no pós- guerra, foram sendo instalados novos equipamentos e vigorosas inovações foram sendo executadas. Por outro lado, para corresponder à solicitação de aumento de produção, o departamento operacional passou a dedicar-se somente à produção, não restando outra alternativa ao departamento de manutenção senão se responsabilizar por quase todas as funções de manutenção. EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Desta forma, não se pode afirmar que nesta época o equipamento estivesse sendo utilizado de maneira eficiente. Mas levando-se em consideração a passagem para uma era de evolução da alta tecnologia, foi um fato inevitável para fazer face às inovações tecnológicas, ao investimento em equipamentos e ao incremento da produção. EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Porém, à medida que se passava para uma etapa de desaceleração de crescimento econômico, começava-se a exigir das empresas cada vez mais a competitividade e redução de custos, aprofundando o reconhecimento de que um dos pontos decisivos seria a busca da utilização eficiente dos equipamentos já existentes, até o limite EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Por essa razão, a manutenção autônoma, que tem como núcleo a atividade de "prevenção da deterioração", tem incrementado a sua necessidade como função básica da atividade de manutenção. A figura a seguir mostra a posição que o processo de manutenção ocupa na estrutura organizacional da Empresa "X“. EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Cronologicamente, a manutenção, como uma função na atividade industrial, passando a merecer maiores cuidados e dedicação através de estudos, e reconhecimento de sua importância pode ser considerada como recente. EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Segundo Nakajima, é apenas na década de 1950 que o termo "manutenção" consolida-se na indústria, nos Estados Unidos, surgindo: em 1951 a Manutenção Preventiva (MP); em 1954 a Manutenção do Sistema Produtivo (MSP); em 1957, a Manutenção Corretiva com incorporação de Melhorias (MM). EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Na década seguinte 1960 aparecem: a Introdução da Prevenção de Manutenção, em 1960; a Engenharia da Confiabilidade, a partir de 1962; e a Engenharia Econômica. EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Nos anos 70 desenvolvem-se: a Incorporação dos conceitos das Ciências Comportamentais; o Desenvolvimento da Engenharia de Sistemas; a Logística e a Terotecnologia; a oficialização do TPM na empresa japonesa Nippon Denso, em 1971. TEROTECNOLOGIA A Terotecnologia é a alternativa técnica capaz de combinar os meios financeiros, estudos de confiabilidade, avaliações técnico-econômicas e métodos de gestão de modo a obter ciclos de vida dos equipamentos cada vez menos dispendiosos (a Manutenção é o coração de qualquer Sistema Terotecnológico). O conceito de terotecnologia é a base da atual “Manutenção Centrada no Negócio” onde os aspectos de custos norteiam as decisões da área de Manutenção e sua influência nas decisões estratégicas das empresas. EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Na década de 1980 temos: a fundação do JIPM (Japan Institute of Plant Maintenance); e a introdução do TPM no Brasil, em 1986. EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Na década de 1990, registra-se: a introdução da Engenharia Mecatrônica; empresas brasileiras implantando o TPM; outras empresas preparando-se para implantar o TPM; e duas empresas candidatas ao prêmio TPM no Brasil. EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Na seqüência, observa-se que a evolução da manutenção foi subdividida em uma era da manutenção baseada no tempo, até a década de setenta, quando a realização da manutenção fundamenta-se no planejamento e programação para antecipar qualquer eventual falha da máquina MANUTENÇÃO AUTÔNOMA Capacitação da mão de obra. Objetiva treinar e capacitar os operadores para que os mesmos se envolvam nas rotinas de manutenção e nas atividades de melhorias que previnem a deterioração dos equipamentos MANUTENÇÃO PLANEJADA Foca no Quebra zero e no aumento da eficiênciae eficácia do equipamento. Atua sob três formas: planejamento das manutenções preditivas, preventivas e paradas. Enquanto que as duas primeiras objetivam eliminar paradas, a terceira, quando é necessária deve ser muito bem planejada a fim de proporcionar uma parada assertiva que siga o cronograma e os custos planejados. Por isso é cada vez mais comum as empresas utilizarem ferramentas de gestão de projetos aplicadas nas paradas. MANUTENÇÃO NA QUALIDADE Zero Defeito, através do controle de equipamentos, materiais, ações das pessoas e métodos utilizados. Hoje em dia podemos citar algumas ferramentas que auxiliam neste processo como sistemas automáticos de inspeção e controle da qualidade (sensores de visão, Micrômetro Laser e softwares online de controle estatístico de processo). MANUTENÇÃO ESPECÍFICAS Objetiva reduzir o número de quebras e aumentar a eficiência global do equipamento através do envolvimento de times multidisciplinares compostos por engenheiros de processo, operadores e manutentores. Com um time de pessoas com conhecimento diversificado, a chance de melhorias eficazes serem implantadas é muito maior. CONTROLE INICIAL Reduzir o tempo de introdução do produto e processo. Se baseia na análise detalhada dos produtos e equipamentos antes mesmo de serem fabricados ou instalados. O objetivo é focar a energia em criar produtos fáceis de fazer e equipamentos fáceis de utilizar. TREINAMENTO E EDUCAÇÃO Elevar o nível e capacitação da mão de obra. Mão de obra escassa e sem conhecimento é um dos grandes problemas industriais atualmente. Como estamos em uma época direcionada à indústria 4.0 em que a tecnologia muda rapidamente, o problema se agrava mais ainda e o treinamento torna-se parte fundamental do sucesso das empresas. A Educação e treinamento devem ser sistemáticos na companhia. SEGURANÇA, HIGIENE E MEIO AMBIENTE Zero Acidente. Assegurar a segurança e prevenir impactos ambientais adversos, além de serem fundamentais atualmente, motiva os funcionários e faz com que a empresa conquiste mais clientes. ÁREAS ADMINISTRATIVAS Reduzir as perdas administrativas e criar escritórios de alta eficiência. Como o departamento administrativo fornece recursos às atividades de produção, a qualidade e a precisão das informações supridas por estes departamentos devem ser asseguradas. EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Nas últimas duas décadas, surge o conceito da era da manutenção baseada nas condições, isto é, a partir da manutenção preditiva, acompanha-se o estado das máquinas, o que permite prever com antecedência a provável ocorrência de falha. EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Máxima de Arnold Sutter: “Manutenção é isto... Quando tudo vai bem, ninguém lembra que existe; Quando algo vai mal, dizem que não existe; Quando é para gastar, acha-se que não é preciso que exista; Porém quando realmente não existe, todos concordam que deveriam existir.” PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Nas instalações industriais, as paradas para manutenção constituem uma preocupação constante para a programação de produção; se estas paradas ocorrerem aleatoriamente (emergência) os problemas serão inúmeros. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Portanto, se as paradas para manutenção puderem ser previstas e executadas os custos serão menores e a eficácia maior. Buscando atingir essa meta, foi introduzido no Brasil durante os anos 60, o planejamento e a programação da manutenção. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE A função planejar significa conhecer os trabalhos, os recursos para executá-los e tomar a decisão. A função programar significa determinar pessoal, dia e hora para execução dos trabalhos PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE O que? Como? Em quanto tempo ? Planejamento Programação Quem? Quando? PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Essas funções são completadas pela função controlar cujo objetivo é desenvolver padrões, registrar desempenho e fazer análises comparativas. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Planejar os trabalhos de manutenção está localizado no nível intermediário da pirâmide do planejamento industrial. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Estratégico Tático Instrumental Global Departamental Operacional PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Planejar está localizado, abaixo do nível estratégico cujo objetivo é definir as políticas e os rumos a seguir nas grandes áreas da empresa, e está localizado acima do nível instrumental que é gerado pelo conhecimento profissional do executante – é um planejamento tático PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Subdivisão da manutenção Para chegar às subdivisões da manutenção, é necessário ter em mente três conceitos fundamentais: Manutenção; defeito e falha PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Manutenção: Todas as ações necessárias para que um item de um equipamento seja conservado ou restaurado de modo a poder permanecer de acordo com uma condição específica. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Defeito: Ocorrências nos equipamentos que não impedem seu funcionamento, todavia pode, a curto ou longo prazo, acarretar sua indisponibilidade. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Falha: Ocorrências nos equipamentos que impedem seu funcionamento PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Segundo a ABNT, a manutenção divide-se em preventiva e corretiva. Manutenção Preventiva Corretiva Inspeções Ajuste e conservação Eliminação de defeitos Reparo de falhas Essa subdivisão é normalizada porém no dia a dia, existem outras, ou seja, preditiva, TPM, etc. Todas essas subdivisões da manutenção tendem , a se agregar à manutenção preventiva. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Escalas de prioridades Em geral, prioridade é a qualidade do que está em primeiro lugar ou do que aparece primeiro. Para a prática diária da manutenção, estabelece-se a prioridade não a partir da ordem de chegada do serviço para manutenção mas sim conforme a necessidade de atendimento. Associando esses conceitos à necessidade do homem trabalhar com segurança, tem-se a seguir uma escala de prioridades na manutenção. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Emergencial (1) O atendimento deve ser imediato pois parou a produção ou há condição insegura no trabalho. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Urgente (2) O atendimento deve ser feito o mais breve possível, antes de se tornar uma emergência. É o caso da produção ser reduzida ou estar ameaçada de parar em pouco tempo ou, ainda, o perigo de ocorrer condição insegura de trabalho PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Necessária (3) O atendimento pode ser adiado por alguns dias, porém não deve ser adiado mais que uma semana. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Rotineira (4) O atendimento pode ser adiado por algumas semanas, mas não deve ser omitido. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Prorrogável (5) O atendimento pode ser adiado para o momento que existam recursos disponíveis e não interfira na produção e nem no atendimento das prioridades anteriores. É o caso de melhoria estética da instalação ou defeito em equipamento alheio à produção. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Planejamento Somenteé possível planejar as reformas, instalações, assim como os serviços com prioridades 2 a 5 Planejamento PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Prioridade 1 Prioridades 2,3,4,5 Reformas Instalações Planejamento Execução Planejamento Com o planejamento, obtém-se a diminuição das interrupções imprevistas da produção e melhora da distribuição de ocupação da mão- de- obra, reduzindo as filas de espera dos equipamentos que aguardam manutenção. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Planejamento O planejamento adequado racionaliza os métodos de manutenção e leva à criação de padrões de trabalho baseados na experiência do pessoal interno, nas recomendações do fabricante do equipamento e em bibliografia específica. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Programação A partir das informações preparadas pelo planejamento, a programação estabelece a seqüência cronológica das várias operações elementares dos serviços, visando a máxima utilização dos recursos produtivos da manutenção. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Programação A programação coordena a movimentação de peças e materiais providenciando as requisições com antecedência. E atualiza os cronogramas em função dos desvios dos tempos padrões e serviços de emergência. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Custos O custo de um produto acabado para a empresa chama-se custo de produção e é determinado pela soma dos custos de: - mão-de-obra operacional; - matéria-prima; - manutenção; - insumos operacionais PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Custos Dentro do custo de produção (CP) é desejável que a manutenção contribua com a menor parcela possível. Considera- se ótima uma participação entre 8 e 12%. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Custo Custo de Produção (CP) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 % manutenção insumos Mão de obra Matéria prima PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Custo Lamentavelmente nas empresas brasileiras, o custo da manutenção em geral fica acima dos 12%, chegando algumas ao índice de 24% PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Custo O planejamento e as técnicas de manutenção preventiva podem e devem reduzir esses índices, fazendo com que se ganhe no preço do produto acabado. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Custo O custo da manutenção é formado pela soma dos custos de: - mão-de-obra 20% - materiais 20% - insumos 20% - lucro cessante 40% PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Custo Custo da manutenção Insumos 20% Materiais 20% Mão de obra 20% Lucro cessante 40 % PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Custo de manutenção Entre estes custos é extremamente difícil contabilizar o lucro cessante, portanto deve-se considerar a soma dos três custos igual a 60% do custo da manutenção. O ideal é conseguir que neste caso o custo da manutenção seja de 4,8 a 7,2% do custo da produção porque: 0,6 * 8% = 4,8 e 0,6 * 12% = 7,2% PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Custo 6% CP Insumos 20% Materias 20% Mão de obra 20% Lucro cessante 40% PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Custo de manutenção É comum, a empresa não contabilizar em separado os insumos usados em manutenção (energia elétrica, ar comprimido, combustível, material de limpeza, etc.). Desse modo, o custo de manutenção será a soma de mão-de–obra mais o custo dos materiais e representará de 3,2 a 4,8% do custo de produção porque: 0,4 * 8% = 3,2 e 0,4 * 12% = 4,8% PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Custo 4% CP Insumos 20% Materiais 20 % Mão de obra 20% Lucro cessante 40% PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Custo Assim, um custo numericamente baixo não significa manutenção com custos mínimos ou racionalizados. É necessário sempre considerar os critérios empregados no levantamento dos custos para aliviar os reais gastos com manutenção. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Homens-hora É o produto da quantidade de homens necessária para um trabalho pelo número de horas necessário para esse trabalho. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Homens-hora Exemplos: 5 homens trabalhando durante 3 horas = 15 Hh 3 homens trabalhando durante 0,5 hora = 1,5 Hh 1 homem trabalhando durante 4 horas = 4 Hh PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Curvas de custo Custo da manutenção Tempo Custo intrínseco da prevenção Custo de reparos evitados PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Curva de custo de reparo de equipamentos aplicando, sempre, apenas manutenção corretiva. Custo Tempo PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Codificação A atuação da manutenção começa por meio da requisição de serviços (RS) que deve possibilitar a identificação rápida do que fazer. São codificadas as prioridades, a natureza do serviço e a causa da intervenção. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Código de prioridades O estabelecimento de prioridades para cada trabalho é feito com o objetivo de organizar o tempo de atendimento e de medir as cargas de trabalho de cada tipo de atendimento para cada equipe, para cada centro de custo ou para cada equipamento. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Caracterização das prioridades Emergencial (1) e Urgente (2) As experiências tem mostrado que a responsabilidade pela produção pode levar os usuários dos trabalhos de manutenção a utilizar indiscriminadamente as prioridades 1 e 2. Para evitar isso, coloca-se na RS um adendo com dois itens para caracterizar adequadamente a prioridade. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Código da natureza do serviço É importante codificar a natureza do serviço para, em levantamentos periódicos (mensais), acompanhar a qualidade da manutenção a fim de efetuar as correções necessárias. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Código das causas de intervenções As causas de intervenções de manutenção se forem pormenorizadas somarão milhões de itens. Por isso o método adequado é o agrupamento de motivos que fornece os dados necessários para um sistema de controle econômico. Esse código é colocado na RS após o término do trabalho. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Rotina de planejamento O setor de planejamento recebe as RS; analisa o que e como deve ser feito, quais as especialidades e grupos envolvidos, e os materiais e ferramentas a serem utilizados. Isso resulta no plano de operações, na lista de materiais para empenho ou compra de estoque e outros documentos complementares como relação de serviço por grupo, ordens de serviço, etc. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Rotina de planejamento Quando há necessidade de estudos especiais, execução de projetos e desenhos, ou quando o orçamento de um trabalho excede determinado valor, o setor de planejamento requisita os serviços da Engenharia de Manutenção. Essa providencia os estudos necessários e verifica a viabilidade econômica. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Rotina de planejamento Se o estudo ou projeto for viável, todas as informações coletadas pelo planejamento são enviadas ao setor de programação, que prepara o cronograma, os programas diários de trabalho e coordena a movimentação de materiais PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Seqüência de planejamentos É o rol de atividades para o planejador atingir o plano de operação e emitir os documentos necessários;consiste em: PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Seqüência para planejamentos - Listar os serviços a serem executados; - Determinar o tempo, especialidades e número de profissionais; - Determinar a seqüência lógica das operações de trabalho através do diagrama espinha de peixe; - Construir CPM-PERT; - Construir diagrama de barras (Gantt), indicando as equipes de trabalho; - Emitir as ordens de serviço, a lista de materiais, a relação de serviços por grupo e outros documentos que variam conforme a empresa. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagrama espinha de peixe É uma construção gráfica simples que permite construir e visualizar rapidamente a seqüência lógica das operações . Em planejamentos simples e para um único grupo de trabalho, pode-se passar deste diagrama à construção do diagrama de barras, dispensando o CPM-PERT. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagrama espinha de peixe Retirar corrente Transportar polias Fazer chavetas Montar Testar Desligar painel Secar polia Tornear polias Transportar polias Ligar painel PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagrama de barras É um cronograma, também chamado diagrama de Gantt, que permite fazer a programação das tarefas mostrando a dependência entre elas. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagrama de barras Usado pelo menos desde o inicio do século, consiste em um diagrama onde cada barra tem um comprimento diretamente proporcional ao tempo de execução real da tarefa. O começo gráfico de cada tarefa ocorre somente após o término das ativi- dades das quais depende. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagrama de barras As atividades para elaboração do diagrama são a determinação das tarefas, das dependências, dos tempos e a construção gráfica. 0,5GBalancear o conjuntoH 1D e FMontar o conjuntoG 4ETornear a poliaF 3AObter materiais para poliaE 2CFresar o eixoD 2BTornear o eixoC 2AObter materiais para o eixoB 1-Preparar desenhos e lista de materiaisA Tempo/dias:Dependente de:Descrição:Tarefas: PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagrama de barras PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagrama de barras Tarefas Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 A B C D E F G H PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagrama de barras O diagrama de barras é um auxiliar importante do planejador e do programador pois apresenta facilidade em controlar o tempo e em reprogramá-lo. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagramas CPM e PERT São dois modos de prever e acompanhar racionalmente trabalhos com muitas tarefas (1958). PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagramas CPM e PERT O PERT (Program Evaluation and Review Technique) foi criado pela NASA com o fim de controlar o tempo e a execução de tarefas realizadas pela primeira vez. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagramas PERT e CPM O CPM (Critical Path Method) foi criado na empresa norte americana Dupont. Com o fim de realizar as paradas de manutenção dentro do menor prazo possível e com um nível constante de utilização de recursos. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagramas CPM e PERT O diagrama se vale de construções gráficas simples como flechas, circulos numerados e linhas tracejadas, que constituem: • O diagrama de flechas; • A atividade fantasma; • O nó ou evento. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagrama CPM e PERT Diagrama de flechas – é um gráfico das operações, onde cada operação é representada por uma flecha. Cada flecha tem uma ponta e uma cauda. A cauda representa o início de uma operação e a ponta marca seu final. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagramas CPM e PERT Atividade fantasma – é uma flecha tracejada usada como artifício para identificar a dependência entre operações. É também chamada operação imaginária e não requer tempo. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagramas CPM e PERT Nó ou evento – São círculos desenhados no início e no final de cada flecha. Têm o objetivo de facilitar a visualização e os cálculos de tempo. Devem ser numerados e sua numeração é aleatória. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Diagramas CPM e PERT Caminho crítico – É um caminho percorrido através dos eventos (nós) cuja somatória dos tempos condiciona a duração do trabalho. Através dele obtém-se a duração total do trabalho e folga das tarefas que controlam o término do trabalho. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Disponibilidade de Equipamento O usuário de um equipamento ou instalação precisa, acima de qualquer coisa, que seu equipamento ou instalação esteja disponível para utilização. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Disponibilidade de equipamento O papel da manutenção é manter o equipamento disponível ou fazê-lo retornar a seu estado funcional, isto é, torná-lo disponível. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Disponibilidade de equipamento A disponibilidade pode ser calculada e expressa em um índice percentual. Para isso são necessários os seguintes itens: PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Disponibilidade de equipamento MTBF - Mean Time Between Failures (TMEF – Tempo médio entre falhas). MTTR – Mean Time To Repair (TMPR – Tempo Médio Para Reparo). PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Disponibilidade de equipamento MTBF = TO / X Onde: TO = tempo total disponível para operar. X = número de falhas MTTR = TR / X Onde: TR = tempo total de reparo ou inspeção preventiva. Fórmula da disponibilidade: MTTRMTBF MTBF D 100. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Controle da manutenção Tem como objetivo obter informações para orientar tomadas de decisões quanto a equipamentos e a grupos de manutenção. Faz isso por meio de coleta de dados, aperfeiçoando a interpretação dos resultados e criando padrões de trabalho. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Controle da manutenção Função primordial – alimentar o planejamento, a programação, a supervisão, etc., com dados claros e confiáveis. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Controle da manutenção Forma e operação de controle - existem quatro sistemas: manual, semi-automatizado, automatizado e por microcomputador. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Controle da manutenção Os pontos principais a serem controlados são: custo, disponibilidade das máquinas e tempo. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Controle da manutenção Tempo de ocorrência – É o tempo gasto com movimentação em geral feita pelo mantenedor: tarefas administrativas, necessidades fisiológicas, transporte de ferramentas, etc., é composto por todas as horas ativas do mantenedor menos o período de execução do trabalho. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Controle da manutenção Tempo qualificado – É o tempo gasto com a execução do serviço propriamente dita, isto é, o tempo da tarefa específica do mantenedor. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Recomendações para planejamento ➢ Ao chegar um equipamento novo, as primeiras atividades a serem planejadas são a inspeção de ajustes e tolerâncias e a limpeza e relubrificação (“flusching”) após 1000 horas de uso. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Recomendações para planejamento ➢ Após alimpeza e relubrificação das primeiras 1000h, planejar a tomada de padrões (temperatura, vibração, pressão, etc.) entre 1050 e 1200 hs de uso a partir do ponto zero. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Recomendações para planejamento D e fe it o s a c u m u la d o s Flushing Tomada de padrões 0 1000 1100 horas PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Recomendações para planejamento ➢ O ideal da manutenção racionalizada é ter 93% dos seus serviços planejados e 7% não planejados. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Recomendações para planejamento ➢ O planejador pode contar com um índice de horas-extras dos mantenedores entre 3 e 6%. Esses limites não devem ser ultrapassados para não haver freqüentes quedas no rendimento. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Recomendações para planejamento ➢ O planejamento dos serviços, sempre que possível, deve ocorrer com 3 a 4 semanas de antecedência PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Recomendações para planejamento ➢ As informações devem ser geradas através de históricos, homens (manutenção e produção), instrumentos e relatórios. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Recomendações para planejamento ➢ Todo planejamento deve estar preparado para mudanças. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Recomendações para planejamento ➢ No planejamento as ordens têm de ser claras e objetivas. PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Recomendações para planejamento ➢ É atribuição do planejador orientar a guarda de documentação de serviços e equipamentos e também orientar o preenchimento de formulário e preparação de relatórios PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE Recomendações para planejamento ➢ Um bom planejador deve ter formação técnica e experiência de campo na manutenção. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de materiais – É constituída pelas funções de controlar estoques e produção, e comprar, armazenar, receber e expedir materiais, etc. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Materiais produtivos – São materiais que constituirão o produto a ser fabricado, ou seja, a matéria prima. Esses materiais oneram os estoques e necessitam de um planejamento que evite o seu recebimento antecipado ou o estoque zero. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Materiais improdutivos – são os materiais usados na fábrica de modo geral – os de consumo indireto na produção e os materiais de manutenção. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Características dos materiais de manutenção: ✓ Grande quantidade de materiais; ✓ Pouca quantidade de material por item; ✓ Baixa rotatividade; ✓ Muitos materiais necessitam de cuidados especiais; ✓ Custo do estoque da manutenção representa 20 a 25% do custo do estoque geral da empresa. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoques para manutenção A administração de estoques para manutenção baseia-se no inter- relacionamento de vários métodos usados na produção e em métodos próprios: SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoques para manutenção Métodos ✓ Classificação ABC; ✓ Estoque mínimo; ✓ Estoque médio; ✓ Estoque máximo; ✓ Sistemas de duas gavetas; ✓ Sobressalente crítico; ✓ Interferência na produção. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoque para manutenção Classificação ABC: Com o objetivo de reduzir os investimentos em estoques, controlá-los seletivamente e diminuir os riscos de falta de material foi desenvolvida a classificação ABC, também chamada curva ABC de materiais. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoques para manutenção Estoque de segurança: É um estoque feito propositadamente em demasia para que possa atuar como proteção contra previsões inexatas e outras eventualidades. Depende da curva de consumo obtida por meio de histórico ou de cálculo. Onde: Es: estoque de segurança; C: consumo médio (mensal, anual, etc.); Fa: fator arbitrário, expresso na mesma unidade de tempo usada em C FaCEs . SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoques para manutenção Estoque máximo: Administrar materiais pelo sistema de estoque máximo é ter um risco apenas acidental de atingir o estoque zero. É colocar o estoque em situação tal que, quando a quantidade de materiais atingir o estoque de segurança, um novo suprimento aconteça. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoques para manutenção Gráfico do estoque máximo N ú m e ro d e it e n s d e e s to q u e Qo L Es 0 T t Pedido Chegada SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoques para manutenção Limite de renovação (L) É o ponto que indica o momento de ser processado um novo pedido Onde: C: consumo médio; T: prazo de entrega do fornecedor; Es: estoque de segurança. EsTCL . SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoques para manutenção Quantidade a pedir na renovação (Q1): É a quantidade a pedir quando o estoque for igual a L TCQ .1 SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoques para manutenção Quantidade no primeiro pedido Q0: É a quantidade para iniciar o estoque EsTCQ 2.0 SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoques para manutenção Caso se verifique necessidade administrativa pode- se fazer: Onde: T: é um tempo necessário para que um novo pedido seja aprovado e chegue até o fornecedor. t: pode ser também um prazo que complementa o intervalo entre dois pedidos feitos pelo lote econômico. ).(1 tTCQ EstTCQ 2).(0 SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoques para manutenção Estoque mínimo: Administrar materiais pelo estoque mínimo é admitir um risco de 15% do estoque chegar a zero. Este sistema trabalha com a previsão de um novo suprimento ocorrer quando a última peça for usada. TCL . )(10 tTCQQ SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoques para manutenção Gráfico do estoque mínimo: Qo L 0 t T Tempo Chegada SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoques para manutenção Estoque médio: Administrar materiais pelo estoque médio significa admitir um risco de 3% do estoque chegar a zero. Este sistema trabalha com a previsão do novo suprimento ocorrer quando o estoque de segurança atingir 50% do seu número de produtos. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Administração de estoques para manutenção Gráfico do estoque médio FaCEs . Qo Q1 L Es T t Chegada Gráfico 8 t 2 . Es TCL EstTCQ ).(0 )(1 tTCQ SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO ▪ Cuidados na armazenagem As condições de armazenagem não devem abreviar a vida útil do material estocado. As condições de higiene, limpeza e disciplina de armazenagem são indissociáveis SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Especificação Elaborar a especificação para adquirir sobressalentes e materiais para manutenção é sempre um trabalho demorado e criterioso. Pode ser necessário desmontar o equipamento para levantar croquis ou, então, no caso de material crítico é preciso definir quando fazer a especificação. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Especificação (regras gerais) ✓ Detalhar todos os dados necessários à identificação técnica e física; ✓ Usar a denominação normalizada ou, em sua falta, usar a denominação empregada pela maioria dos fabricantes. ✓ Evitar a colocação da marca ou nome do fabricante sempre que o material for normalizado e possuir vários fornecedoresde mesma qualidade SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Especificação (regras gerais) ✓ Os itens de materiais normalizados tais como parafusos, arruelas, anéis elásticos, pinos, etc. não devem ser adquiridos diretamente do fabricante do equipamento principalmente se isso significar importação. ✓ Usar nomenclatura de unidade padronizada, ou seja, peça, conjunto, rolo, metro, quilo, litro, metro quadrado, etc. ✓ Se for possível, listar os nomes dos fornecedores. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Fluxo de informações Um fluxo de informações rápido e confiável é de extrema importância para a administração de materiais de manutenção. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Fluxo de informações ✓ O departamento de materiais deve elaborar, diariamente, um relatório de itens requisitados e não atendidos devido a estar o estoque a zero. A partir desse relatório devem ser analisadas as possibilidades de atendimento entre manutenção, materiais e compras e a seguir tomar as providências. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Fluxo de informações ✓ Deverá haver recurso de compras por emergência para os casos críticos. ✓ Mensalmente, serão feitas reuniões entre as gerencias de manutenção, materiais e compras com objetivo de avaliar a administração de materiais de manutenção. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Fluxo de informações ✓ Sem um bom entrosamento, problemas como quantidades insuficientes ou excessivas se acumularão, tornando a administração ineficaz. ✓ Deve existir um setor de aprovisionamento central de manutenção, que seja o ponto de convergência das informações, isto é, um setor que compatibilize a linguagem das áreas de manutenção com a linguagem de compras e com a linguagem de gestão de materiais. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Fluxo de informações ✓ O aprovisionamento central será, perante as áreas de manutenção, o responsável pela falta de qualquer material e o encarregado de suprir essa falta. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Sistema de estocagem Um sistema de estocagem para manutenção precisa levar em conta as diferenças de aplicação dos vários itens de materiais, para que o custo da manutenção não seja mascarado por fatores sem freqüência constante, tais como adaptações e instalações. O modo adequado para estocar materiais é separá-los em cinco faixas: aplicação direta, temporária, transitória, normal e prioritária. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Sistema de estocagem Aplicação direta – Materiais que, mesmo constando da lista do almoxarifado, não passam por ele. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Sistema de estocagem Aplicação temporária – Materiais que, sendo item de estoque ou não, ficam empenhados numa ordem de serviço por algum tempo. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Sistema de estocagem Estocagem transitória – É o caso de materiais que serão substituídos por outros mais modernos ou eficientes. Estes materiais terão utilização até esgotar o estoque. Após um determinado período, os ainda restantes serão postos a venda ou sucateados. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Sistema de estocagem Aplicação normal – É o caso de materiais de uso comum, com rotatividade normal considerados os padrões da empresa. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Sistema de estocagem Aplicação prioritária – Trata-se, nesse caso, dos sobressalentes críticos. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Compra de sobressalentes A compra de sobressalentes precisa ter em conta a qualidade e o custo do material. Comprar sobressalentes de baixo custo sem considerar a qualidade, aumenta os estoques, aumenta o volume de compras, diminui a confiabilidade no equipamento e reduz a qualidade do produto final. SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Compra de sobressalente O menor custo de um sobressalente é obtido através do índice do custo de utilização (I). Onde: C – custo da compra; A – custo administrativo da compra, formando papéis, hora- comprador, etc. E – custo administrativo do estoque, formado por hora- almoxarife, requisições etc. S – custo da substituição; V – tempo de vida útil. V SEAC I SUPRIMENTO DA MANUTENÇÃO Compra de sobressalente Quanto menor o índice de utilização (I), melhor a compra. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Introdução aos métodos de manutenção A partir de meados do séc. XVI até o final do século XVII, a função de mantenedor era desempenhada pelo operador da máquina. Com o aumento do número de máquinas e avanço da tecnologia, o mantenedor e o operador começaram a dividir o trabalho. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Introdução aos métodos de manutenção Nessa época, o mantenedor era somente o mecânico, pois as máquinas eram movidas a vapor. O mantenedor atuava apenas em caso de quebra, isto é fazia a manutenção corretiva. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Introdução aos métodos de manutenção Durante a segunda metade do século XIX, ocorreu uma grande modificação na rotina industrial com o uso do motor elétrico, então foi necessária a presença do eletricista mantenedor. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Introdução aos métodos de manutenção Já no início do século XX, havia intensa concorrência industrial, fato que trouxe relevância aos prazos de entrega e produção estável. Nesse período, começaram a surgir os estudos destinados à prevenção da falha, isto é, o reparo seria executado de forma pré determinada por inspeção, surgindo assim a manutenção preventiva. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Introdução aos métodos de manutenção Pela mesma época, a diversificação da mão-de-obra também aumentava. Havia, além do mecânico e do eletricista, o hidráulico, o funileiro, o pneumático, e outros. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Introdução aos métodos de manutenção Os estudos de prevenção evoluíram até conseguir prever o momento do desgaste inaceitável, por meio de análise de sintomas e da avaliação estatística, surgindo assim a manutenção preditiva. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Introdução aos métodos de manutenção Recentemente, na busca da quebra zero, criou-se na Europa a terotecnologia. Trata-se de uma técnica que determina a participação de um especialista em manutenção desde a concepção do equipamento até sua instalação e primeiras horas produtivas. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Introdução aos métodos de manutenção Outra tentativa de quebra zero, foi desenvolvida no Japão com o nome de manutenção produtiva total (TPM). A idéia central é o operador ser o primeiro a cuidar da manutenção, isto é, associa-se a produção à manutenção (equipes e procedimentos) com o fim de reduzir o máximo do tempo com o mínimo de paradas. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Introdução aos métodos de manutenção O ideal é ter 93% das intervenções feitas planejadas pela equipe de manutenção, isto é, geradas por procedimentos preventivos e preditivos, porém, esta meta ainda está distante de nossos dias. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preventiva Define-se como sendo um conjunto de procedimentos que visam manter a máquina em funcionamento, executando rotinas que previnam (evitem) paradas imprevistas. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preventiva – rotinas ✓ Lubrificação; ✓ Inspeção com máquina parada; ✓ Inspeção com máquina operando; ✓ Ajuste ou troca de componentes em períodos predeterminados; ✓ Revisão de garantia, isto é, o exame dos componentes antes do término de suas garantias; ✓ Cuidados com transporte e armazenamento; ✓ Instalação; ✓ Preparação para uso; ✓ Análise de especificação para compra; ✓ Envio de informações para o planejamento e controle da manutenção;✓ Reparo dos defeitos detectados pela inspeção. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preventiva – Objetivos ✓ Distribuir equilibradamente cargas de trabalho; ✓ Racionalizar o estoque de sobressalentes; ✓ Manter disponibilidade máxima de máquinas e equipamentos; ✓ Eliminar improvisação; ✓ Eliminar atrasos na produção. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preditiva É um aperfeiçoamento da manutenção preventiva, baseado no real conhecimento das condições da máquina, equipamento ou componente. Em outras palavras, consiste em um conjunto de procedimentos que visa determinar o momento ótimo para execução da manutenção preventiva, em lugar das intervenções periódicas (sistemáticas). MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preditiva Os estudos para determinação do chamado ponto preditivo são feitos de duas formas : análise estatística e análise de sintomas. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preditiva E Eo E1 Curva monitorada Curva extrapolada E1 – Limite mínimo P – Ponto preditivo t1 t P MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preditiva – análise estatística Essa forma é empregada quando se dispõe de uma quantidade de equipamentos ou componentes, com as mesmas características, e que possam ser considerados um universo. A análise estatística baseia-se na determinação do término da vida útil por meio do acompanhamento da taxa de falhas. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preditiva – Taxa de falhas É o cálculo da probabilidade que um equipamento, em operação, tem de falhar à medida que o tempo passa. Isto é, consiste num estimador da confiabilidade do equipamento. Onde: N – número de falhas; t – duração do uso (expresso em horas ou nº de lotes produzidos) t N MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preditiva – Vida útil É o período durante o qual um equipamento opera com uma taxa de falhas aceitável, ou ainda, o período em que o equipamento apresenta um percentual de risco de falha igual ou menor que um limite estabelecido. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preditiva – Curva da banheira É uma curva que mostra o ciclo de vida de um equipamento segundo a relação taxa de falhas (ג) versus tempo(t). MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preditiva – Curva da banheira o 0 t1 t2 t3 PAmaciamento Operação normal Cansaço t MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preditiva – Curva da banheira ✓ O período de adaptação (0, t1) também chamado de “mortalidade infantil”, onde ocorrem os ajustes. ✓ O período de operação (t1, t2), que é o período economicamente útil; ✓ O período de cansaço (t2, t3), onde a taxa de falha sobe até atingir o mesmo índice inicial (גo) que é o ponto preditivo (P), quando então deve ser efetuada a reforma ou substituição. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preditiva – análise de sintomas Consiste em coletar sinais nas partes externas da máquina, sem interromper o funcionamento, para obter informações sobre os processos de desgaste interno. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção preditiva – O ideal da manutenção preditiva é ter o monitoramento constante, isto é, os sinais são coletados por meio de sensores permanentes e processados continuamente por uma central de computador. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção produtiva total – Com a utilização do modelo de produção JIT (“just in time”) e da filosofia dos CCQ (círculos de controle de qualidade),houve, no Japão, a necessidade de adequar a manutenção às novas tendências. Foi desenvolvido então o modelo TPM (“total produtive maintenance”), que está colocado no conceito “de minha máquina cuido eu”. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção produtiva total – É um modelo onde a responsabilidade pela supervisão e manutenção de primeiro nível é do operador. A equipe de mantenedores específicos somente é chamada quando o operador não consegue resolver a pane. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO Manutenção produtiva total – A idéia central é a quebra zero, partindo do conceito segundo o qual a quebra é a falha visível. Falha esta motivada por uma coleção de falhas invisíveis, à semelhança de um “iceberg”. Logo, se os operadores da máquina estiverem conscientes do que devem fazer para a eliminação das falhas invisíveis, a quebra deixará de ocorrer. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL Quebra Detritos – folgas Sujeiras – desgastes Vazamentos – corrosão- deformações Trincas – sobrecarga – desnivelamento Vibrações – ruídos - superaquecimento MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL Objetivos da TPM O objetivo global da TPM é a melhoria da estrutura orgânica da empresa, cuja finalidade é a maximização do rendimento operacional global. Esse objetivo global tem por subitens a melhoria da natureza das pessoas e das máquinas e equipamentos. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL Passos para conseguir as melhorias ✓ Capacitar os operadores para conduzir a manutenção de forma voluntária; ✓ Capacitar os mantenedores a serem polivalentes, isto é, atuarem em equipamentos mecatrônicos. ✓ Capacitar os engenheiros a projetarem equipamentos que dispensem manutenção, isto é, o “ideal” da maquina descartável; ✓ Incentivar estudos e sugestões para modificação dos equipamentos existentes a fim de melhorar seu rendimento. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL Aplicação do programa dos oito “s” ✓ Seiri – eliminar o supérfluo ✓ Seiton – sistematizar ✓ Seiso – limpar ✓ Seiketsu – manter o asseio ✓ Shitsuke – disciplinar ✓ Shido – treinar ✓ Seison – eliminar perdas ✓ Shikari yaro – realizar com determinação e união MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL Eliminação da seis grandes perdas ✓ Perdas por quebra; ✓ Perdas por demora na troca de moldes de regulagens; ✓ Perdas por operação em vazio; ✓ Perdas por redução da velocidade em relação ao padrão normal; ✓ Perdas por defeito de produção; ✓ Perdas por queda de rendimento. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL Aplicação das cinco medidas para obtenção da “quebra zero”. 1. Estruturação das condições básicas; 2. Obediência às condições de uso; 3. Regeneração do envelhecimento; 4. Sanar as falhas do projeto; 5. Incrementar a capacitação técnica. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO TEROTECNOLOGIA É uma técnica, nascida na Inglaterra, que combina gerência de economia e engenharia de manutenção. Sua meta é a busca do ciclo de vida econômico, isto é , busca determinar com segurança a vida economicamente útil dos equipamentos. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO TEROTECNOLOGIA A terotecnologia é feita por equipes de especialistas em manutenção. Estes, periodicamente, analisam e interferem nas várias fases de construção de um equipamento, desde o projeto até a entrada em operação. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO TEROTECNOLOGIA De outra maneira, a terotecnologia é feito por meio da atuação dos especialistas em manutenção diretamente nas empresas envolvidas na construção de um novo equipamento, ou seja, firmas de planejamento, fabricantes de máquinas e equipamentos e empresas usuárias. Cada uma dessas empresas deve ter o seu especialista em manutenção atuando na fase que lhe cabe. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO TEROTECNOLOGIA Com a terotecnologia, obtên-se equipamentos que facilitam a intervenção dos mantenedores. Equipamentos comestudos prévios sobre confiabilidade, desempenho, durabilidade, conservação, instalação e até previsões sobre possíveis modificações. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PARADAS Os métodos preventivos de manutenção levam ao planejamento de paradas. Quando estas são grandes (acima de cinco dias) é necessária a constituição de um grupo de parada. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PARADAS Esse grupo deve ser formado sessenta dias antes da parada e integrado por elementos, em nível de chefia, das diversas áreas envolvidas. O grupo deve ter um coordenador geral com autoridade e habilidade para fazer cumprir todas as tarefas, antes e durante o serviço. MÉTODOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PARADAS Áreas envolvidas nas grandes paradas: ✓ Operação – envolvida nos procedimentos de parada e reativação; ✓ Inspeção de equipamentos – para determinação de danos existentes e recomendações à manutenção e à operação; ✓ Manutenção – para execução da maioria das tarefas da parada e para o planejamento; ✓ Suprimento – para aquisição de peças e sobressalentes a serem usados no serviço. ADMINISTRAÇÃO DA MANUTENÇÃO Em manutenção, há um dilema constante entre improvisação e prevenção. Administrar a manutenção significa gerir de modo organizado, ou buscar reduzir e manter reduzido o número de trabalhos improvisados já que sua eliminação total é impossível. ADMINISTRAÇÃO DA MANUTENÇÃO CARACTERÍSTICAS DO MANTENEDOR O mantenedor é um profissional que precisa ser curioso, ter boa capacidade de abstração e análise e conhecer bem sua área técnica. Há grande dificuldade de conseguir esses homens no mercado de trabalho, pois a formação específica no Brasil é reduzidíssima. Geralmente, o mantenedor é formado em área de produção e, depois, na prática vai se adaptando à área de manutenção. ADMINISTRAÇÃO DA MANUTENÇÃO CARACTERÍSTICAS DO MANTENEDOR Na pequena empresa – Geralmente , os mantenedores são homens com conhecimentos diversificados, improvisadores e de médio custo. Para que esses profissionais sejam mantidos na empresa é necessário um bom tratamento humano e um bom atendimento a sua família. ADMINISTRAÇÃO DA MANUTENÇÃO CARACTERÍSTICAS DO MANTENEDOR Na média e grande empresa – Nesse caso, os mantenedores são técnicos especializados ou profissionais conhecedores de normas, aplicações, materiais e muito dinâmicos. Para manter tais homens na empresa é necessário um bom salário, possibilidades de promoção e tratamento humano no mínimo regular. ADMINISTRAÇÃO DA MANUTENÇÃO MODELOS ADMINISTRATIVOS A manutenção pode ser administrada segundo três modelos diferentes: ✓ Administração centralizada; ✓ Administração descentralizada; ✓ Administração mista. ADMINISTRAÇÃO DA MANUTENÇÃO MODELOS ADMINISTRATIVOS Administração centralizada: É o modelo que mantém sob um único comando todos os setores da manutenção, ou seja, tem orientação única para todas as equipes. ADMINISTRAÇÃO DA MANUTENÇÃO MODELOS ADMINISTRATIVOS Administração descentralizada: É aquela em que as atitudes de gerenciamento emanam de duas ou mais pessoas de nível hierárquico igual. Assim, cada área pode seguir políticas de manutenção próprias, conforme orientações de seu gerente. ADMINISTRAÇÃO DA MANUTENÇÃO MODELOS ADMINISTRATIVOS Administração mista: É aquela onde existem os dois modelos já citados. Em geral, a política básica é ditada pelo gerente da manutenção, ficando as decisões específicas por conta dos gerentes de área. Normalmente, a administração mista é empregada onde as instalações são descentralizadas e deseja-se manter uma linha de conduta única. ADMINISTRAÇÃO DA MANUTENÇÃO SUBORDINAÇÃO DA MANUTENÇÃO A manutenção nasceu para atender a produção e ficou por muito tempo a ela subordinada. No entanto, essa hierarquia é a menos indicada pois os supervisores e gerentes têm toda a sua rotina voltada para a meta de produzir, o que em geral fará a manutenção ser relegada a segundo plano. ADMINISTRAÇÃO DA MANUTENÇÃO SUBORDINAÇÃO DA MANUTENÇÃO Outra solução existente é a subordinação da manutenção ao órgão de engenharia da fábrica. Essa hierarquia também é pouco indicada pois apesar de existirem afinidades entre profissionais de manutenção e de engenharia, em situações emergenciais ou em tomadas de decisões rápidas, costumam ocorrer problemas. ADMINISTRAÇÃO DA MANUTENÇÃO SUBORDINAÇÃO DA MANUTENÇÃO O pessoal de engenharia está habituado aos estudos demorados e ricos em detalhes, perdendo às vezes, a visão de conjunto. A manutenção, por sua vez, lida freqüentemente com situações com situações que exigem saídas imediatas. ADMINISTRAÇÃO DA MANUTENÇÃO SUBORDINAÇÃO DA MANUTENÇÃO A posição mais recomendada é subordinar a manutenção à direção da fábrica. Dessa forma, a direção geral estabelece as metas de produção ouvindo a manutenção sobre a capacidade das máquinas e seu estado. Subordinar a manutenção à diretoria faz com que ela tenha uma atuação técnica dedicada exclusivamente às tarefas de manter, e ainda, possa oferecer aos mantenedores: ✓ Plano de carreira apropriado à manutenção; ✓ Níveis hierárquicos e perspectivas compatíveis com a manutenção.
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