Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 1 d Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 2 ENG. JHONATA TELES DUTRA UMA METODOLOGIA PASSO A PASSO PARA IMPLANTAÇÃO DO PCM Brasília-DF 1ª Edição 2019 Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 3 DEDICATÓRIA Dedico essa obra ao meu filho Lorenzo Teles e à minha esposa, Malu Teles, por toda a paciência, incentivo e compreensão nos momentos de ausência por motivos profissionais e de estudo. Dedico ao time de colaboradores da ENGETELES, por toda a dedicação desprendida diariamente para que milhares de pessoas possam ter suas vidas transformadas através da educação profissional. Dedico a todos os alunos que tivemos, temos e teremos, é por eles e pelos seus resultados profissionais que publicamos diariamente ricos conteúdos técnicos frutos de árduas pesquisas e aplicações práticas. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 4 APRESENTAÇÃO Ao longo do tempo a área de manutenção tem mudado significativamente e o incremento destas mudanças pode ser observado no número e na variedade das instalações produtivas, com projetos cada vez mais complexos, com exigências de conhecimento técnico em níveis cada vez maiores, o que demanda uma atualização constante dos profissionais da área de manutenção. A área de manutenção deve ser considerada estratégica para os resultados dos negócios. É por meio da manutenção que é possível antecipar-se e evitar falhas que poderiam ocasionar paradas imprevistas dos equipamentos produtivos e fazer com que a empresa tenha grandes prejuízos. É possível detectar uma situação onde haja expectativa de falha e programar uma intervenção em oportunidade mais apropriada, sem prejudicar os compromissos de produção assumidos. Há cerca de 70 anos, o departamento de manutenção deixou de ser visto como um setor de que gera despesas e passou a ser visto como um setor de gera resultados. Milhares de estudos de caso já provaram que é possível obter um Retorno Sobre Investimento médio de 700%. Bem acima da média de qualquer investimento disponível no mercado financeiro. Isso se dá pelo fato de que quando há um bom gerenciamento do setor de manutenção, é possível detectar as falhas ainda em estágio inicial, onde é mais barato e Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 5 seguro de se corrigi-las e o processo de produção não é mais acometido por paradas emergenciais. Várias premissas definem se o setor de manutenção será uma fonte de resultados. Uma dessas premissas é o departamento de PCM - Planejamento e Controle de Manutenção. O PCM – Planejamento e Controle de Manutenção é o núcleo estratégico do setor de manutenção. Pode-se dizer que o PCM é o cérebro do setor. Dentro do PCM nascem as estratégias que farão do setor de manutenção um setor estratégico. O setor de manutenção é considerado estratégico quando ele garante a disponibilidade e confiabilidade dos ativos de forma produtiva, ou seja, gastando pouco. Existem várias funções importantes dentro do setor de manutenção que contribuem para a construção da manutenção estratégica. Pela norma NBR 5462, manutenção é: Combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado que possa desempenhar uma função requerida. Por norma, todo o ato realizado para manter um equipamento em funcionamento (disponível e confiável) é manutenção. Sejam as intervenções diretas no equipamento realizadas pelos técnicos ou todo o planejamento realizado para que tais intervenções aconteçam da melhor forma possível. Nem toda manutenção é igual. Existem três principais tipos de manutenção e desses tipos, derivam-se as estratégias de manutenção. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 6 Cada empresa necessitará de uma estratégia de manutenção diferente. Os resultados com a manutenção aparecerão apenas se forem levadas em contas as particularidades de cada empresa, de cada mercado, de cada modelo de gestão, etc. Existem inúmeras variáveis que devem ser levadas em consideração no momento de se desenhar e implantar um departamento de Planejamento e Controle da Manutenção. Não existe um modelo pronto. Podem existir duas empresas do mesmo segmento, porte e participações de mercado semelhantes, ainda assim, o departamento de Planejamento e Controle da Manutenção pode não ser igual. Nesse livro, será abordado como evidenciar tais particularidades, como desenhar o departamento de Planejamento e Controle da Manutenção ideal para tais particularidades e formular um passo a passo. O livro foi dividido em sete capítulos, onde o cada capítulo aborda uma etapa da implantação do PCM. Para o êxito da implantação, é de fundamental importância que o passo a passo seja seguido conforme as explicações técnicas discorridas em cada capítulo. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 7 SUMÁRIO CAPÍTULO 1 .................................................................................. 13 INTRODUÇÃO À MANUTENÇÃO ............................................ 13 Curva PF ................................................................................ 16 O que é Falha Potencial? ............................................... 17 O que é Falha Funcional? .............................................. 19 Tipos de Manutenção ......................................................... 21 Manutenção Corretiva ................................................... 21 Tipos de Manutenção Corretiva .................................... 24 Manutenção Preventiva ................................................. 33 Plano de Manutenção Preventiva ................................ 38 Atividades de Manutenção Preventiva ....................... 40 Manutenção Preditiva .................................................... 41 Estratégias de Manutenção .............................................. 51 CAPÍTULO 2 .................................................................................. 55 INTRODUÇÃO AO PCM .............................................................. 55 São responsabilidades de um núcleo de PCM: .............. 56 Objetivos do PCM ................................................................ 57 Conceito de Confiabilidade .......................................... 57 Conceito de Disponibilidade ......................................... 58 O PCM no organograma da empresa ............................. 58 Estrutura Básica do PCM ..................................................... 59 Funções do Planejador de Manutenção: .................... 60 Funções do Programador de Manutenção: ............... 61 Funções do Analista de Manutenção: ......................... 61 Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 8 Funções do Inspetor de Rota ......................................... 62 Funções do Inspetor de Preditiva: ................................. 63 Funções do Desenhista Projetista:................................. 64 Funções do Auxiliar Administrativo: ............................... 65 Funções do Estagiário: .................................................... 67 Funções do Supervisor da Manutenção Preventiva: . 68 Funções do Técnicos de Manutenção Preventiva: .... 69 Dimensionamento da Equipe de PCM ............................. 71 Dimensionamento da Equipe de Técnicos de Manutenção Preventiva ................................................. 71 Dimensionamento da Equipe de Planejamento e Controle da Manutenção .............................................. 76 Planejamento da Manutenção ........................................ 77 Tipos de Planejamento .................................................... 79 Programação da Manutenção ........................................ 79 Programação Diária de Manutenção x Grande Parada ............................................................................................ 80 Controle de Manutenção .................................................. 82 CAPÍTULO 3 .................................................................................. 83 CADASTROS E HIERARQUIZAÇÃO DE ATIVOS .......................... 83 Como elaborar uma Árvore Estrutural .......................... 86 Como elaborar uma Matriz de Criticidades de Equipamentos .................................................................. 94 Tagueamento de Equipamentos .................................... 104 Ficha Técnica de Equipamentos ..................................... 105 CAPÍTULO 4 ................................................................................ 108 Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 9 DOCUMENTAÇÃO DAS ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO ...... 108 Fluxograma de Documentação de Manutenção Corretiva ................................................................................................. 113 Fluxograma de Priorização de Serviços de Manutenção Corretiva ............................................................................. 114 Solicitação da Manutenção Corretiva .......................... 114 Formulário de Solicitação de Serviços de Manutenção .......................................................................................... 115 Ordens de Serviço de Manutenção Corretiva .......... 116 Modelo de Ordem de Serviço de Manutenção Corretiva ......................................................................... 117 Fluxograma de Documentação de Manutenções Planejadas (Preditiva e Preventiva) ................................ 118 Modelo de Ordem de Serviço de Manutenção Preventiva ....................................................................... 119 CAPÍTULO 5 ................................................................................ 121 PLANOS DE MANUTENÇÃO CENTRADOS EM CONFIABILIDADE ..................................................................................................... 121 FMEA – Análise dos Modos e Efeitos de Falha .................. 122 Tipos de FMEA .................................................................... 124 FMEA na Gestão da Manutenção .................................. 124 Como fazer o FMEA? ........................................................ 127 Estrutura do FMEA .......................................................... 128 Cabeçalho ..................................................................... 128 Ponto da Falha ............................................................... 129 Análise de Falha ............................................................. 130 Avaliação de Risco ....................................................... 131 Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 10 Ocorrência ...................................................................... 132 Severidade ...................................................................... 133 Detecção ........................................................................ 134 RPN – Risk Priority Number ............................................. 135 Atividades de Prevenção ............................................. 136 Plano de Manutenção de 52 Semanas ............................. 138 Planos de Manutenção Preventiva ................................ 140 Curvas dos Padrões de Falha ...................................... 141 Frequência das Atividades de Manutenção Preventiva .............................................................................................. 143 Frequência das Atividades de Inspeção (em horas) 144 Frequência das Atividades de Substituição de Peças (em horas) ....................................................................... 144 Frequência das Atividades de Relubrificação de Rolamentos (em horas) ................................................. 145 Frequência das Atividades de Troca de Óleo Lubrificante (em horas) ................................................. 146 CAPÍTULO 6 ................................................................................ 147 CONTROLE DA MANUTENÇÃO ................................................ 147 Indicadores de Manutenção .............................................. 147 .............................................................................................. 148 Distribuição de Atividades por Tipo de Manutenção .. 148 Backlog ............................................................................... 150 Cumprimento da Programação ..................................... 150 Tempo Médio Entre Falhas (MTBF) .................................. 151 Tempo Médio para Reparo (MTTR) ................................. 153 Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 11 Disponibilidade Inerente ................................................... 154 Taxa de Falhas ................................................................... 155 Confiabilidade de Equipamentos ................................... 156 Confiabilidade de Processos de Produção ................... 159 Confiabilidade de Processos de Produção em Série 160 Confiabilidade de Processos de Produção em Paralelo .......................................................................................... 162 Confiabilidade de Processos de Produção Mistos ... 164 Retrabalho .......................................................................... 168 CAPÍTULO 7 ................................................................................ 169 GESTÃO DE CUSTOS NA MANUTENÇÃO ................................ 169 Introdução à Gestão de Custos na Manutenção ........... 170 Custos Diretos de Manutenção ....................................... 171 Custos com Mão de Obra ............................................ 177 Custos com Materiais .................................................... 177 Custos Indiretos de Manutenção .................................... 179 Lucro Cessante .................................................................. 179 Indicadores de Custos de Manutenção............................ 183 CMF – Custo de Manutenção sobre o Faturamento ... 185 CMVR – Custo de Manutenção por Valor de Reposição .............................................................................................. 189 Orçamento Base Zero na Manutenção ............................ 197 O que é Orçamento Base Zero? ..................................... 197 Como elaborar um Orçamento Base Zero? .................. 198 PASSO 1- Definir objetivos, estratégias e recursos. .... 198 PASSO 2 – Priorizar as metas, incrementos e custos. . 199 Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.comPCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 12 PASSO 3 – Submeter o orçamento à aprovação ..... 201 Vantagens do OBZ – Orçamento Base Zero .............. 202 Desafios na implantação do Orçamento Base Zero 203 Gestão de Estoques para Manutenção ............................ 204 Gestão de Estoques para Manutenção em 5 passos .. 205 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 213 Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 13 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO À MANUTENÇÃO Esse livro foi escrito no ano de 2018, no ápice da Quarta Revolução Industrial. Isso significa que o setor de manutenção atravessou quatro grandes revoluções e essas revoluções foram apelidadas de “Gerações da Manutenção”. A Figura 1 mostra como a manutenção evoluiu com base no tempo. Figura 1: Evolução das Técnicas de Manutenção Até meados de 1945, realizar manutenção era apenas o ato de consertar um equipamento que estava avariado. Ou seja, existia apenas a manutenção corretiva. Após o período da Segunda Guerra Mundial, a economia mundial estava aquecida e a competitividade das indústrias crescia a passos largos. Esse cenário levou à percepção que não era mais aceitável e economicamente viável deixar os Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 14 equipamentos quebrarem. Surgia ali, a Manutenção Preventiva. Para gerenciar toda a cadeia por trás da manutenção preventiva, foi necessário criar um departamento dentro do setor de manutenção. Assim surgiu o PCM – Planejamento e Controle de Manutenção. Com a chegada da Terceira Revolução Industrial por volta de 1969, a Tecnologia da Informação invadiu a indústria. O que culminou na introdução de braços robóticos nas linhas de produção, Comandos Lógicos Programáveis, automação eletropneumática, etc. Nesse mesmo período, a manutenção também começou a se beneficiar da tecnologia e se popularizou a Manutenção Preditiva. As técnicas de inspeções instrumentadas como: Análise de Vibrações, Análise de Óleo, Termografia e Ultrassom, começaram a ser de grande valia e importância no momento de se inspecionar um equipamento e descobrir falhas ainda em estágio inicial. Podemos dizer que a Terceira Geração da Manutenção foi o grande divisor de águas. Nesse momento as empresas descobriram que a manutenção com base na condição (Manutenção Preditiva) era infinitamente mais eficaz do que as técnicas levantadas no passado. Quando se fala em eficiência e eficaz no setor de manutenção, é quando os ativos estão disponíveis, se mantém confiáveis e isso não custa caro para empresa. O setor de manutenção vende para os seus clientes internos (Produção, Qualidade, Segurança do Trabalho, Meio Ambiente, etc.) disponibilidade confiável a baixo custo. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 15 O próximo ponto de virada da manutenção aconteceu junto com a virada do século XX para o século XXI. Em meados dos anos 2000, iniciava a Quarta Geração da Manutenção. A Quarta Geração da Manutenção traz a proposta que o trabalho de garantir a disponibilidade, confiabilidade e produtividade dos ativos se inicia antes do equipamento nascer, ainda na fase de projeto. A manutenção ficou ainda mais estratégica e começou a se envolver em etapas do processo que nunca tinha sido envolvida antes. Nas gerações anteriores, ser produtivo com manutenção era “Fazer cada vez mais, com menos recursos.” Na Quarta Geração da Manutenção, ser produtivo tornou-se “Fazer menos, com menos.” Nascia ali o conceito de Mantenabilidade, que é fundamental ter resultados satisfatórios com manutenção nos dias atuais. Mantenabilidade se refere a facilidade de se manter um equipamento. Logo, o projeto do próprio equipamento exclui itens que necessitam ser substituídos com base no tempo, facilitam as suas condições de serem inspecionados para que possam ser substituídos com base nas suas condições e a própria forma construtiva do equipamento passou a ser mais “enxuta” e menos robusta, visando a facilidade de se realizar intervenções. Mesmo com quase cem anos de evolução da manutenção, ainda existem empresas de grande porte e relevância em seus mercados de atuação que não possuem um departamento de Planejamento e Controle de Manutenção. Em uma análise rápida podemos perceber que tais empresas estão quase 70 anos atrasadas em relação ao mundo. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 16 Existem empresas ainda cometem erros básicos no direcionamento posicionamento das estratégias de manutenção e ainda confundem coisas simples como a diferença entre os três principais tipos de manutenção. Uma vez que se erra na definição dos conceitos e tipos de manutenção, se erra também na definição da estratégia de manutenção. Um erro na estratégia de manutenção custa caro. Custa a competitividade da empresa frente aos seus concorrentes. Portanto, o primeiro ponto que você deve saber para começar a implantação do departamento de Planejamento e Controle de Manutenção é a definição da estratégia de manutenção que será adotada. Para isso, você deve conhecer dois conceitos básicos: A Curva PF e os Tipos de Manutenção de acordo com a norma NBR-5462. Curva PF A Curva PF é uma ferramenta analítica essencial para um plano de manutenção que seja baseado em confiabilidade e esteja seguindo os padrões RCM. A compreensão da Curva PF é extremamente necessária para definir a estratégia de manutenção que será adotada. A Curva PF é um gráfico que conflita em um plano cartesiano simples a performance do equipamento sobre o seu tempo de funcionamento. Com o objetivo principal de identificar o intervalo PF, que seria o tempo entre a falha potencial e falha funcional. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 17 O eixo horizontal (X) da Curva PF representa o tempo de serviço de um ativo ou componente de ativos. O eixo vertical (Y) representa o desempenho ou performance do ativo. A Curva PF mostra que o desempenho ou condição de um recurso ou componente declina ao longo do tempo, levando a falha funcional, ou seja, perda de função para a qual se destinava. O objetivo da Curva PF é determinar o intervalo PF. Ou seja, o intervalo entre a Falha Potencial e a Falha Funcional. O que é Falha Potencial? A Falha Potencial é a forma que a falha se apresenta no equipamento. Podemos dizer que Falha Potencial é a mesma coisa que Modo de Falha. A Falha Potencial é o momento em que a falha nasce no ativo. Ela ainda é uma falha em estágio inicial, ela não compromete por completo o funcionamento do equipamento, mas diminui sua performance a cada minuto que se passa. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 18 Muitos ativos não falham abruptamente, mas dão algum aviso ou sinal do fato de que eles estão prestes a falhar. O ponto no processo de deterioração no qual é possível detectar se uma falha está ocorrendo ou está prestes a ocorrer é conhecido como falha potencial. O ponto de falha potencial também pode ser definido como o ponto em que a deterioração da condição ou desempenho pode ser detectada. Exemplos de Falhas Potenciais em uma Bomba Centrífuga: ▪ Elevação da temperaturados rolamentos; ▪ Elevação dos níveis de vibração; ▪ Queda na vazão; ▪ Queda na pressão; ▪ Elevação nos níveis de ruído. ▪ Etc. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 19 O que é Falha Funcional? Falha funcional é a incapacidade de um sistema para atender a um padrão de desempenho especificado em projeto. Uma completa perda de função é claramente uma falha funcional. No entanto, uma falha funcional também inclui a incapacidade de funcionar no nível de desempenho que foi especificado como satisfatório. Para definir falhas funcionais para qualquer componente ou sistema, é necessária uma compreensão clara de suas funções. É extremamente importante determinar todas as funções que são significativas em um determinado contexto operacional, uma vez que é somente nestes termos que sua falha funcional pode ser definida. A falha funcional pode ser originária de: ▪ Erros de projeto ▪ Erros de fabricação ▪ Erros de instalação e comissionamento ▪ Erros de operação e manutenção Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 20 Exemplos de Falhas Funcionais de um Motor Elétrico: ▪ Motor Elétrico desarmando por sobrecorrente; ▪ Queima do Motor Elétrico por curto circuito; ▪ Quebra dos rolamentos do motor elétrico; ▪ Desbalanceamento do rotor do motor elétrico; ▪ etc. Todos os exemplos citados acima fazem com que o motor elétrico deixe de desempenhar suas funções básicas dentro do processo, caracterizando a falha funcional. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 21 Tipos de Manutenção De acordo com a norma NBR-5462 convencionada em 1994, os três principais tipos de manutenção são a manutenção corretiva, manutenção preventiva e manutenção preditiva. A principal forma de entender a diferença entre os três tipos é através da Curva PF. Em resumo, pode-se dizer que: Manutenção Corretiva é aquela realizada para corrigir e eliminar a causa da falha. Seja potencial ou funcional. Manutenção Preventiva é aquela que é realizada para reduzir a probabilidade de falha potencial. Manutenção Preditiva é aquela realizada para monitorar as condições de funcionamento do equipamento e encontrar a falha potencial ainda em estágio inicial. Dentro de cada tipo de manutenção, derivam-se outras categorias. Tais categorias são chamadas de “Estratégias de Manutenção”. Essas estratégias que deverão ser alinhadas aos objetivos de médio e longo prazo da empresa. Manutenção Corretiva Segundo a Norma NBR-5462, a Manutenção Corretiva é a manutenção efetuada após a ocorrência de uma falha (ou pane), destinada a recolocar um item em condições de executar uma função requerida. A Manutenção Corretiva é o tipo de manutenção mais caro, que toma mais tempo e traz mais prejuízo para a empresa. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 22 Chegando a ser, no mínimo, sete vezes mais cara que os demais tipos de manutenção. Um dado coletado pela ENGETELES mostra que 69% das empresas brasileiras aplicam apenas a manutenção corretiva em seus ativos. Apesar de ser o tipo mais comum de manutenção, o nível de conhecimento sobre tal tipo ainda é muito baixo. Ou seja, para a Manutenção Corretiva acontecer, uma falha deve ter acontecido previamente. Então para entender o conceito de Manutenção Corretiva, devemos conhecer e entender previamente os tipos de falhas que estão suscetíveis aos nossos equipamentos. Existem basicamente dois tipos de falha: falha potencial ou falha funcional. Falha Potencial A falha potencial é uma falha ainda em estágio inicial, que denuncia que há algo de errado, mas o equipamento ainda está desempenhando a sua função no processo de produção. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 23 Exemplo: Imagine que em um determinado sistema hidráulico, exista um vazamento em uma das mangueiras. Apesar do vazamento, o sistema hidráulico ainda está desempenhando a sua função dentro do processo de produção (acionar com os parâmetros de pressão, velocidade e força requerida). Pode-se dizer que existe uma falha potencial (vazamento). Ou seja, caso ela não seja tratada ela levará o equipamento até a falha funcional. Falha Funcional A falha funcional é quando o equipamento não é mais capaz de desempenhar sua função no processo de produção. Exemplo: Supondo que o vazamento citado acima, evolua e o nível de óleo do sistema hidráulico baixe severamente tornando impossível a sua operação. Nesse momento temos uma falha funcional, o sistema hidráulico não é mais capaz de desempenhar a sua função em razão do vazamento na mangueira hidráulica. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 24 Se o vazamento fosse reparado quando ainda estava em estágio inicial e era apenas uma falha em potencial, a falha funcional não teria ocorrido. Sendo assim, a Manutenção Corretiva estará sempre atrelada à falha potencial ou à falha funcional. Tipos de Manutenção Corretiva Nem todas as Manutenções Corretivas são iguais. Existem basicamente dois tipos: manutenção corretiva emergencial (também conhecida como corretiva não-programada) ou manutenção corretiva programada. A diferença entre os dois tipos é basicamente se a manutenção é executada após a falha potencial ou após a falha funcional. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 25 Manutenção Corretiva Emergencial (não-programada) Como o próprio nome sugere, a Manutenção Corretiva Emergencial é aquela que é realizada após a falha funcional do equipamento e por esse motivo, o equipamento deve ser reparado em caráter de urgência por conta do lucro cessante (momento em que a empresa deixou de “lucrar” por conta da parada do equipamento). Além do senso de urgência criado pela parada do equipamento, a Manutenção Corretiva emergencial também pode acontecer de acordo com as seguintes hipóteses: ▪ Alguém se acidentou ou existe iminente para acontecer um acidente; ▪ Há algum problema que agrida o meio-ambiente ou existe um risco iminente disso acontecer; ▪ Há algum problema que está comprometendo a qualidade do produto. A manutenção corretiva emergencial é chamada de não- programada, pelo fato de não ter pulado as etapas de planejamento e programação. O equipamento é quem decidiu o momento em que a manutenção aconteceria, por esse motivo, ela é a manutenção mais cara, perigosa e demorada para a empresa. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 26 Exemplos de manutenção corretiva não programada: ▪ Rebobinar um motor elétrico após abertura das bobinas; ▪ Substituição de rolamentos após quebra; ▪ Substituição do rotor de uma bomba centrífuga após quebra; ▪ Troca do pneu do carro após furo; ▪ Aplainar cabeçote e substituir juntas de um motor de combustão interna após superaquecimento. O que é Manutenção Corretiva Programada? A Manutenção Corretiva Programada é aquela realizada para eliminar a falha potencial antes queela evolua para a falha funcional. Se a falha potencial não trazer risco à segurança ou problemas de qualidade, ela pode ser programada para ser eliminada no momento em que for mais conveniente para empresa. Seja por questões de produção, custo, disponibilidade de materiais ou mão de obra. Exemplo de Manutenção Corretiva Programada: Em um determinado processo existem duas bombas centrífugas redundantes. Ou seja, uma é reserva da outra. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 27 Supondo que os rolamentos da bomba A falharam por um problema ligado à lubrificação e a bomba parou repentinamente. Nesse caso, a bomba B irá entrar em operação e a manutenção para corrigir a falha da bomba A poderá ser programada de acordo com a necessidade da empresa. Apesar da falha não ser potencial, o fato de existir um equipamento reserva permite que o serviço seja programado. Nesse caso, existem uma falha funcional da bomba A, mas não existe uma falha funcional no processo de produção. Uma vez que a bomba B assumiu a função da bomba A e o processo de produção não foi interrompido de forma prolongada e o lucro cessante não foi de grande escala. Custo da Manutenção Corretiva Não é novidade que a manutenção corretiva é o tipo de manutenção mais caro que existe. Esse fato se dá pelos seguintes motivos: Lucro Cessante: Maior parte do custo da manutenção corretiva. Uma vez que um equipamento deixou de operar e parou um processo produtivo, a empresa parou a atividade que faz com que entre dinheiro no caixa. Exemplos de lucro cessante: ▪ Uma taxista deixar de rodar por uma falha em seu automóvel; ▪ Uma concessionária de energia elétrica deixar de fornecer energia por uma falha em um determinado transformador; Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 28 ▪ Uma empresa de saneamento básico deixar de fornecer água por falha em uma bomba. Compras em caráter emergencial: Uma vez que a manutenção deve ser realizada em caráter de urgência, todo o planejamento foi para o espaço. Nesse momento que surgem os fretes especiais que podem custar até 10 vezes mais, compras em fornecedores que têm um preço maior que o de seus concorrentes e entregam em um prazo menor, etc. Danos Auxiliares: O que seria a substituição de uma junta para conter um vazamento, se transformou na substituição do engrenamento completo de um redutor que se desgastou por falta de lubrificação causada pelo vazamento. Tempo: O tempo é ativo mais preciso do mundo. A Manutenção Corretiva (feita da forma correta, eliminando a causa raiz) leva muito mais tempo para ser executada do que a manutenção preventiva ou predita. Isso se dá pelo fato de não haver planejamento para executar o trabalho, o equipamento que “planejou” o que deve ser feito para que ele volte a operar. Uma hora investida em planejamento economiza cinco horas no momento da execução. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 29 A manutenção corretiva emergencial custará, no mínimo, 7 vezes mais do que a manutenção executada de forma proativa. E a manutenção corretiva programada custa, em média, 5 vezes mais do que a manutenção executada de forma proativa. O gráfico a seguir foi extraído do RCM GUIDE – Reliability Centered Maintenance Guide For Facilities and Collateral Equipment publicado pela NASA, onde mostra o custo da manutenção por cada HP gerado por ano em usinas termelétricas. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 30 ▪ A manutenção corretiva está exposta como RTF (Run To Fail) e custa 18 dólares/HP gerado. ▪ A manutenção preventiva está exposta como PM (Preventive Maintenance) e custa 12 dólares/HP gerado. ▪ A manutenção preditiva está exposta como PdM (Predictive Maintence) e custa cerca de 8 dólares/HP gerado. ▪ A manutenção proativa está exposta como PCM e custa 4 dólares/HP gerado. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 31 Quando usar a Manutenção Corretiva? A manutenção corretiva deve ser evitada ao máximo, mas podemos aplica-la de forma estratégica quando for conveniente. Quando se trata de estratégias de manutenção, todo tipo é válido. Inclusive a manutenção corretiva. A questão é o quanto você irá aplica-la e em quais equipamentos. A manutenção corretiva é uma saída para se aplicar em equipamentos de criticidade C. Os equipamentos de criticidade C são aqueles que: ▪ Quando falham não causam problemas de segurança e/ou meio-ambiente; ▪ Quando falham não interrompem o processo de produção; ▪ Quando falham não causam problemas de qualidade; ▪ Quando falham o seu reparo custa menos que 10% do custo mensal da manutenção; ▪ Existem equipamentos reserva. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 32 Pode-se aplicar 10% da força de trabalho em manutenção corretiva. Exemplo: Se no fim do mês somarmos todo homem- hora (h.h) empregado nos serviços de manutenção e o total for 1000 homem-hora (h.h), podemos admitir um total 100 horas para a manutenção corretiva. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 33 Manutenção Preventiva Segundo a norma NBR-5462, Manutenção Preventiva é a manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item. A NBR-5462 elenca três tipos de manutenção: Manutenção Corretiva, Manutenção Preventiva e Manutenção Preditiva. O que irá definir qual tipo usar e quando usar é a estratégia de manutenção adotada para manter a disponibilidade e confiabilidade dos equipamentos. Ao contrário do que muitos profissionais imaginam, a manutenção preventiva ainda não é a manutenção que tem o melhor custo/benefício dentre as três. A manutenção preventiva custa, em média, 3 vezes mais que a manutenção preditiva e é aplicável em apenas 11% dos equipamentos. Você deve estar se perguntando: “Como assim?! Apenas 11%??!” Isso mesmo. A manutenção preventiva traz resultado apenas nos equipamentos onde as falhas que estão relacionadas diretamente com a idade do equipamento. Ou seja, ela é ineficiente em 89% dos equipamentos, onde as taxas de falhas não estão relacionadas a idade do equipamento, mas sim, com as condições de operação. Definição de Manutenção Preventiva Para que fique claro, deve-se analisar a definição de Manutenção Preventiva segundo a NBR-5462 e destacar três pontos: intervalos predeterminados, critérios específicos e redução da probabilidade de falhas. Esses pontos são conhecidos como “gatilhos”, ou seja, uma vez que ocorre um evento predeterminado como gatilho, é executada uma ação de manutenção. Os gatilhos são Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 34 critérios ou condições específicas que irão determinar quando um equipamento deve passar por manutenção. Existem basicamente quatro tipos de gatilhos, sendo eles: 1. Tempo: Exemplo – “Lubrificar mancais a cada 6 meses.” 2. Horas de Funcionamento: Exemplo– “Lubrificar mancais a cada 1200 horas.” 3. Produtividade: Exemplo – “Lubrificar mancais a cada 1500 peças produzidas.” 4. Gatilho Misto: Exemplo – “Lubrificar mancais a cada 6 meses, 1200 horas de funcionamento ou 1500 peças produzidas. O que acontecer primeiro.” O objetivo da manutenção preventiva é restabelecer as condições originais do equipamento, visando reduzir a probabilidade de falhas potenciais. Custo da Manutenção Preventiva A Manutenção Preventiva tem um custo 3 vezes maior do que a Manutenção Proativa, em média. Existem várias razões para que a manutenção preventiva seja um tipo de manutenção “relativamente caro”. Veja no gráfico abaixo uma análise representativa da Manutenção Preventiva, partindo de três pontos: Custos, Tempo e Investimentos. Como dito, a Manutenção Preventiva é um tipo de manutenção que tem um custo considerável para se manter e o motivo disso está ligado diretamente ao tempo. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 35 Razões para os custos da Manutenção Preventiva serem elevados: Lucro Cessante Planejado O maior custo da manutenção preventiva é o lucro cessante programado. Na maioria dos casos, para que uma atividade de manutenção preventiva seja realizada (salvo em caso de inspeções com máquina operando) o equipamento deve estar parado. Ou seja, a atividade que faz com que a empresa ganhe dinheiro (produção), cessou. Por mais que seja por um período planejado, a linha de produção está parada para a manutenção. Esse lucro cessante planejado representa, em média, 28% do custo da manutenção preventiva. Vale lembrar que o objetivo da manutenção é: Manter os equipamentos disponíveis e confiáveis, custando pouco. Uma vez que há a necessidade de parar o equipamento, o equipamento está indisponível para produzir. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 36 Troca de peças de reposição antes do fim da sua vida útil Como dito, a manutenção preventiva traz resultados satisfatórios em apenas 11% dos equipamentos. Caso você aplique em 100% dos equipamentos, você jogará no lixo 89% de peças que não chegaram nem perto do fim da vida útil. Em 1985, um pesquisador chamado John Wiley publicou o livro Ball and Roller Theory Desing & Aplication, nesse livro ele aborda os principais tópicos para se alcançar níveis elevados de confiabilidade em rolamentos. Dentre os estudos, ele mostra uma experiência de bancada realizada com rolamentos de esfera 6309, onde o objetivo seria mapear o momento das falhas e qual seria a relação dessas falhas com o tempo de operação. O ensaio foi feito da seguinte forma: Foram selecionadas 30 unidades de rolamentos 6309, novos, todos com a mesma condição e todos foram submetidos a operação no mesmo momento e de forma padronizada, com os mesmos parâmetros de rotação, temperatura, pressão e contaminação. Feito o ensaio, o resultado obtido segue abaixo. Veja que não existe uniformidade no período de falhas dos rolamentos. Alguns rolamentos falharam com 20 milhões de revoluções, enquanto outros chegaram a 200 milhões e em uma das peças, chegou a 300 milhões. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 37 Caso no plano de manutenção preventiva fosse sugerida a troca desses rolamentos de forma preventiva, fica evidente que a chance de se obter êxito é muito pequena. Justamente pelo fato de não haver relação entre as falhas e o tempo de operação. Se a troca fosse feita com 20 milhões de revoluções, diversas peças iriam para o lixo ainda na metade da vida útil. Se a troca fosse feita com 150 milhões de revoluções (média), diversas peças já haveriam falhado. Dessa forma, evidencia-se o motivo que faz com que a Manutenção Proativa (inspeção preditiva seguida de corretiva programada), seja a maneira mais rentável de se manter os ativos. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 38 Quanto mais próximo a manutenção atuar da falha potencial, menor será o custo. Como John Wiley provou que não é possível “prever” a falha potencial, resta a opção de monitorar o equipamento de forma preditiva e atuar assim que a falha potencial for identificada, ainda em estágio inicial. Plano de Manutenção Preventiva A Manutenção Preventiva deve ser usada de forma estratégica, sabendo que é um tipo de manutenção custoso e que não se aplica em qualquer situação, se faz necessário um planejamento de manutenção robusto. O plano de manutenção preventiva deve ser elaborado visando a redução da probabilidade de falhas que tem relação direta com a idade do equipamento. Portanto, é necessário realizar uma Análise dos Modos e Efeitos de Falha (FMEA) dos processos e identificar quais falhas podem ser tratadas com manutenção preventiva. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com https://engeteles.com.br/manutencao-preditiva/ PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 39 FMEA é a sigla de Failure Modes and Effects Analisys, ou seja, Análise Modos e Efeitos das falhas. O FMEA foi uma das primeiras técnicas altamente estruturadas e sistematizadas para análise de falhas. Desenvolvido por engenheiros de confiabilidade no final da década de 1950 para estudar problemas e avarias que poderiam surgir nos sistemas militares. Um FMEA é muitas vezes o primeiro passo de um estudo de confiabilidade do processo. Envolve a revisão do maior número de componentes, montagens e subsistemas para identificar os modos de falha, suas causas e efeitos. Para cada componente ou equipamento do processo, os modos de falha e seus efeitos resultantes no resto do sistema são registrados em uma planilha de FMEA específica. O FMEA é uma ferramenta de análise qualitativa, que transforma as informações em dados quantitativos. Durante a elaboração do plano de manutenção, o FMEA é uma das ferramentas mais importantes a serem usadas, por três motivos básicos: 1. Determinação dos modos de falha: que podem vir da engenharia (hipótese) ou então do campo. Dados advindos do campo são mais confiáveis, pois representam de fato todas as falhas que pode ter um processo. 2. Análise de riscos de cada modo de falha: iremos detalhar mais abaixo, mas a priorização de qual modo de falha trabalha passa por 3 etapas: determinação da severidade da falha (quão ruim vai ser se ela acontecer), determinação da ocorrência da falha (quão frequentemente ela de fato ocorre) e determinação da probabilidade de detecção da falha (o quão fácil é percebermos que ela ocorreu). Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 40 3. Cálculo do RPN (Risk Priority Number): esse indicador é indica qual modo de falha começar a calcular primeiro. Esse cálculo é a multiplicação dos valores de ocorrência, severidade e detecção. Atividades de Manutenção Preventiva O primeiro passo para construir um plano de manutenção preventiva é elaborar o FMEA, através do FMEA será possível levantar as principais hipóteses de falhas, como essas falhas se manifestam (modos de falha) e quais são as consequências dessas falhas (efeitos). Para determinar quais atividades entrarão no plano de manutenção preventiva, a atividade deve responder três perguntas: 1. Essa atividade irá reduzir (ou eliminar) a ocorrência da falha? 2. Caso a falha aconteça,essa atividade irá reduzir (ou eliminar) a gravidade do efeito da falha? 3. Essa atividade irá aumentar a chance de detectar a falha antes dela acontecer ou ainda em estágio inicial? A atividade escolhida deve responder ao menos uma das perguntas acima para se tornar uma atividade elegível para o plano de manutenção preventiva. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 41 Manutenção Preditiva A manutenção preditiva também é conhecida como manutenção sob condição ou manutenção com base no estado do equipamento. É baseada na tentativa de definir o estado futuro de um equipamento ou sistema, por meio dos dados coletados ao longo do tempo por uma instrumentação específica, verificando e analisando a tendência de variáveis do equipamento. Esses dados coletados, por meio de medições em campo como temperatura, vibração, análise físico-química de óleos, ultrassom e termografia, permitem um diagnóstico preciso. Esse tipo de manutenção caracteriza-se pela previsibilidade da deterioração do equipamento, prevenindo falhas por meio do monitoramento dos parâmetros principais, com o equipamento em funcionamento. Os conceitos e aplicações da Manutenção Preditiva já estão inseridos no ambiente de manutenção há muito tempo, se efetivou como importante ferramenta de produtividade a partir dos anos 70, sendo que sua evolução vem se destacando desde meados dos anos 90 conforme estudiosos das áreas de manutenção. Manutenção preditiva é um método aplicado na área de manutenção com a finalidade de indicar as condições reais de funcionamento das máquinas com base em dados que informam o seu desgaste ou processo de degradação. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 42 Visto então que a proposta da manutenção preditiva é fazer o monitoramento regular das condições mecânicas, eletrônicas, pneumáticas, hidráulicas e elétricas dos equipamentos e instalações e, ainda, monitorar o rendimento operacional de máquinas, equipamentos e instalações quanto a seus processos. Como resultado desse monitoramento, observa-se um aumento dos intervalos dos reparos por quebras (manutenção corretiva) e das manutenções planejadas com base no tempo (manutenção preventiva), bem como um aumento de rendimento no processo produtivo, uma vez que equipamentos e instalações estarão disponíveis por um tempo maior para a operação. Portanto trata-se de uma modalidade de manutenção que prediz o tempo de vida útil dos componentes das máquinas e equipamentos e as condições para que esse tempo de vida seja bem aproveitado. Principais Objetivos da Manutenção Preditiva: 1. Determinar antecipadamente a necessidade de serviços de manutenção numa peça ou componente específico de uma máquina ou equipamento; 2. Eliminar desmontagens desnecessárias para inspeção; 3. Aumentar o tempo de disponibilidade das máquinas e equipamentos; 4. Reduzir as intervenções de corretiva; 5. Impedir o aumento dos danos; 6. Aproveitar a vida útil total dos componentes e de um equipamento; 7. Aumentar o grau de confiabilidade das máquinas e equipamentos. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 43 Com base nos objetivos descritos acima podemos deduzir que eles estão direcionados a trazer como resultado uma redução de custos de manutenção e aumento da produtividade. Para ser realizada a manutenção preditiva é necessária a utilização de aparelhos adequados, capazes de registrar vários fenômenos, tais como: 1. Alteração no nível de vibração de equipamentos rotativos; 2. Alteração nos níveis de temperatura de equipamentos elétricos e mecânicos; 3. Contaminação de Óleos Lubrificantes e Hidráulicos; 4. Alteração no estado de superfícies; 5. Alteração nos níveis de pressão. A Manutenção Preditiva tem como objetivo principal predizer e encontrar defeitos em estágio inicial, quando ainda são falhas potenciais, com a finalidade de sana-los antes que esse defeito se agrave e transforme em falha funcional. Com base no conhecimento e análise dos fenômenos, torna- se possível indicar, com antecedência, eventuais defeitos ou falhas nas máquinas e equipamentos, após isso a manutenção preditiva adota dois procedimentos para atacar os problemas detectados: • Diagnóstico: Detectada a irregularidade, será necessário efetuar um diagnóstico referente à origem e à gravidade do defeito constatado. • Análise da tendência da falha: A análise consiste em prever com antecedência a avaria ou a quebra e programar o reparo. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 44 Técnicas de Manutenção Preditiva: Existem várias técnicas e métodos de Manutenção Preditiva disponíveis no mercado. Nesse artigo iremos focar nas quatro técnicas mais usadas nas empresas: 1. Análise de vibrações; 2. Termografia; 3. Análise de Óleo; 4. Ultrassom. Cada técnica de Manutenção Preditiva irá focar na análise de um modo de falha, para aumentar a confiabilidade e precisão do diagnóstico, elas podem ser usadas em conjunto. Análise de Vibração A análise de vibração é uma das técnicas de manutenção preditiva mais completa para a detecção de defeitos mecânicos. A Análise de Vibração tem presença obrigatória em qualquer programa de manutenção preditiva em equipamentos rotativos. Além de detectar defeitos existentes nas máquinas, essa técnica trabalha na causa raiz de outros defeitos que possam a vir ocorrer e causar a parada de produção na sua fábrica. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com https://engeteles.com.br/como-fazer-uma-analise-de-causa-raiz-dmaic/ PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 45 Defeitos passíveis de ser encontrados pela Análise de Vibração: ▪ Desbalanceamento de massa; ▪ Desalinhamento e empenamento de eixos; ▪ Desgaste de rolamentos; ▪ Desgaste de engrenagens; ▪ Problemas estruturais; ▪ Lubrificação deficiente; ▪ Problemas elétricos em motores; ▪ Folgas. A Análise de Vibração é o processo pelo qual as falhas em componentes móveis de um equipamento, são descobertas pela taxa de variação das forças dinâmicas geradas. Tais forças afetam o nível de vibração, que pode ser avaliado em pontos acessíveis das máquinas, sem interromper o funcionamento dos equipamentos. Uma máquina, caracterizada por suas partes móveis, vibrará de acordo com as frequências características dos seus componentes. Cada tipo de máquina possui uma “Assinatura Espectral Original” e na medida que os componentes dessas máquinas começam a falhar, a frequência e amplitude de vibração começam a mudar. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com https://engeteles.com.br/wp-content/uploads/2017/04/manuten%C3%A7%C3%A3o-preditiva.png PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 46 Através do processo de análise de espectro aplicado ao sistema inteiro, é possível identificar as características de vibração de cada componente individual para monitorar sua condição. A deterioração da “ASSINATURA ESPECTRAL” é um sinal de que o equipamento perdeu sua integridade. Termografia Resumidamente, termografia é a técnica de registrar em forma gráfica ou visível a olho nu, a Radiação Infravermelha que todos os corpos acima do Zero Absoluto ( -273,15 ° C) irradiam. A termografia permite identificar, monitorar e registrar alteração nos níveis detemperatura dos componentes e gerar uma imagem térmica ou termograma. A análise desse termograma é feita por um profissional especializado nas Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 47 técnicas, que será capaz de identificar a possível anomalia com base nas alterações de temperatura dos componentes. Veja abaixo um exemplo de termografia aplicada à um motor elétrico: Em termos práticos, isso é feito com uma câmera especial cujo elemento sensor eletrônico é sensível a uma determinada faixa de radiação infravermelha. Essa câmera além de registrar a radiação emitida pelo alvo, a transforma em uma imagem visível ao olho humano. Assim podemos ter “imagens térmicas” de todos os objetos dentro da faixa de alcance da câmera. Normalmente, esses sensores têm de ser resfriados para garantirem um tipo de “câmara escura” para que as temperaturas medidas sejam confiáveis. Recentemente, foram introduzidos no mercado sensores (bolômetros) que trabalham a temperaturas ambientes de forma confiável, mas, por enquanto, seu custo é muito alto. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 48 A Termografia tem várias aplicações, desde o uso militar que consiste na aplicação de câmeras infravermelhas para identificar movimentos inimigos em campo de batalha até o uso médico, que consiste na identificação de tumores através da alteração de temperatura de determinadas partes do corpo humano. Já na área industrial, podemos aplicar a Termografia em uma infinidade de possibilidades: na área mecânica, elétrica, em tubulações, equipamentos rotativos, equipamentos estáticos, etc. Análise de Óleo A análise do óleo consiste na análise em laboratório das propriedades do lubrificante, se existe contaminantes e detritos. A análise de óleo é realizada durante a rotina de manutenção preditiva e tem como finalidade fornecer informação útil e precisas sobre o estado do lubrificante e principalmente sobre as condições da máquina. A Análise de Óleo é dividida em três categorias: 1. Análise das Propriedades do lubrificante (verifica o estado do óleo base e seus aditivos); 2. Analise dos Contaminantes (água, sílicas, partículas ferrosas, etc.) 3. Análise e Monitoramento do Desgaste das Maquinas A análise de óleo é para as máquinas como um exame de sangue é para nós seres humanos. Além de controlar a contaminação de óleo e o desgaste de metais, uso moderno Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com https://engeteles.com.br/wp-content/uploads/2017/04/manuten%C3%A7%C3%A3o-preditiva-1.png PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 49 da análise de óleo inclui a análise dos aditivos dos óleos para determinar se pode ser definido um intervalo maior para troca desse óleo. Os custos de manutenção podem ser reduzidos com o uso dessa prática. Ao comparar os resultados da análise de um óleo novo e usado, um analista poderá determinar quando um óleo deve ser substituído. Alguns defeitos que podem ser encontrados pela análise de óleo: ▪ Contaminações em geral; ▪ Falhas em engrenamentos; ▪ Oxidação; ▪ Desalinhamentos; ▪ Depreciação de aditivos; ▪ Desgaste de componentes mecânicos (engrenagens, rolamentos, mancais de deslizamento, partes móveis de motores diesel e à gasolina, rotores, válvulas e outros). Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 50 Alguns ensaios realizados durante a análise de óleo: ▪ Viscosidade 40 ºC e 100 ºC – Verifica a viscosidade do lubrificante a 40 graus Celsius e 100 graus Celsius; ▪ Água: com crepitação, Karl Fischer ou FFT-IR – Verifica se a amostra de óleo está contaminada com água ou não; ▪ TAN e TBN – Verifica a alcalinidade e a basicidade da amostra de óleo e permite verificar o estado do pacote de aditivos do lubrificante; ▪ Espectrometria quantitativa; ▪ Espectrometria qualitativa (microscopia); ▪ Contagem de partículas; FFT-IR (fuligem, nitração, sulfatação, glycol). Ultrassom – Emissão Acústica Essa técnica de inspeção detecta facilmente vazamentos em sistemas de transporte de ar comprimido, vapor e outros gases até mesmo fuga de corrente elétrica e defeitos mecânicos. Por isso ela costuma economizar muita energia para as empresas e evitar paradas de produção inesperadas. O ultrassom consiste em elevar a frequência das ondas sonoras até um limite em que possa ser audível ao sistema auditivo humano. O ultrassom não é diferente do som ‘normal’ (audível) em suas propriedades físicas, exceto em que os seres humanos não podem ouvir. Esse limite varia de pessoa para pessoa e é de aproximadamente 20 kHz (20.000 hertz) em adultos saudáveis. Dispositivos de ultrassom operam com frequências de 20 kHz até vários giga-hertz. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 51 Estratégias de Manutenção Quando se trata de estratégia de manutenção, significa avaliar e escolher determinados tipos de manutenção e suas derivações alinhando aos objetivos da empresa. Não existe tipo certo ou errado de manutenção. Errado é não ter manutenção. O que pode existir é uma falta de alinhamento dos tipos de manutenção com os objetivos da empresa. Antes de falarmos sobre estratégias de manutenção, temos que entender a Curva PF. A Curva PF é uma ferramenta analítica essencial para um plano de manutenção que seja baseado em confiabilidade e esteja seguindo os padrões RCM (Reliability Centered Maintenance). Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 52 Falha Potencial é a forma que a falha se apresenta no equipamento. Podemos dizer que Falha Potencial é a mesma coisa que Modo de Falha. Falha funcional é a incapacidade de um sistema para atender a um padrão de desempenho especificado em projeto. Uma vez a Curva PF é conhecida, pode-se analisar quais serão as estratégias de manutenção que serão adotadas de acordo com os objetivos da empresa. Existe uma média de sete estratégias de manutenção. Essas estratégias são derivadas dos tipos de manutenção. Sendo elas: Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 53 Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 54 Estratégia Descrição Custo Manutenção Corretiva Reativa Serviço não planejado realizado após falha funcional. Sete vezes maior que a Manutenção Proativa. Manutenção Corretiva não- programada Serviço programado realizado após a falha potencial ou funcional. Cinco vezes maior que a Manutenção Proativa. Manutenção Preventiva com base no Tempo Serviço planejado e programado realizado sem falha potencial identificada. Três vezes maior que a Manutenção Proativa. Manutenção Preventiva baseada na Condição Serviço planejado e programado após falha potencial identificada. Melhor momento para intervir. Manutenção Preditiva Sensitiva Serviço planejado e programado para identificar falha potencial. Investimento. Manutenção Preditiva Instrumentada Serviço planejado e Programado realizado para identificar e quantificar a falha potencial. Investimento.Engenharia de Manutenção e Melhorias Modificação nos processos visando elevar disponibilidade, confiabilidade e mantenabilidade dos ativos. Investimento. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 55 CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO AO PCM O setor de PCM – Planejamento e Controle de Manutenção pode ser considerada a célula mais importante da manutenção, esse setor é responsável por gerenciar e controlar todas as atividades de manutenção de uma determinada empresa. Todos os dados relativos à manutenção são administrados pelo PCM, como custos, tempo de manutenção, estado de conservação dos equipamentos, índices de disponibilidade, tempo médio entre falhas, dentre outros. Esse núcleo engloba o conjunto de atividades da Manutenção relacionadas ao Planejamento, Aprovisionamento de Materiais e Sobressalentes, Programação, Coordenação e Controle dos serviços. Deve estar integrado ao Modelo de Gestão e participar de modo orientado dos projetos em que as Diretrizes são desdobradas para o atingimento das Metas. Como essas atividades não têm o mesmo significado em todas as empresas, à medida que formos avançando nos temas, vamos tentando consolidar nossos conceitos sobre elas. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 56 São responsabilidades de um núcleo de PCM: • A definição de metas e dos indicadores de desempenho das atividades de manutenção; • Criação de Padrões e Procedimentos de Trabalho para a manutenção; • O detalhamento dos planos de ação para atingimento das metas; • Gerenciar os planos de Inspeção, Manutenção Preventiva, Preditiva e Lubrificação; • Incorporar novas tecnologias de Inspeção e Manutenção Preditiva; • Representar a Manutenção na interface com a Engenharia de Novos Projetos; • Gerenciar o programa sistemático de capacitação do pessoal da Manutenção; • Controlar a documentação Técnica da Manutenção; • Coordenar o programa de Análise de Falhas; • Controlar os Padrões e Procedimentos de Trabalho da Manutenção; • Responsabilizar-se pelos projetos de manutenibilidade da manutenção; • Controlar a contratação de serviços de Terceiros; • Controlar e gerenciar os custos da manutenção; Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 57 Objetivos do PCM Basicamente os objetivos do PCM resumem-se em: Promover, participar e garantir a elevação da CONFIABILIDADE e DISPONIBILIDADE dos ativos, otimizando todos os recursos da manutenção. Conceito de Confiabilidade Segundo a norma NBR-5462, “Confiabilidade é a capacidade de um item desempenhar uma função requerida sob condições especificadas, durante um dado intervalo de tempo.” Pode-se definir que confiabilidade é a probabilidade (que vai de 0 a 100%) de um determinado item, sistema, equipamento ou componente, manter-se em funcionamento durante um determinado período futuro. Quando alguém perguntar: “Quais são as chances desse motor elétrico continuar funcionando até o fim da safra?” Essa pessoa quer saber, basicamente, qual é a confiabilidade operacional daquele determinado equipamento. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 58 Conceito de Disponibilidade Segundo a norma NBR-5462, “Disponibilidade é a capacidade de um item estar em condições de executar uma certa função em um dado instante ou durante um intervalo de tempo determinado, levando-se em conta os aspectos combinados de sua confiabilidade, mantenabilidade e suporte de manutenção, supondo que os recursos externos requeridos estejam assegurados.” Pode-se definir que a medida disponibilidade é a porcentagem de tempo em que um equipamento, item, sistema ou componente esteve ou está disponível para desempenhar a sua função requerida. Sabendo dos conceitos de disponibilidade e confiabilidade, podemos dizer que o setor de Planejamento e Controle de Manutenção entrega como produto ao cliente final, um processo disponível (funcionando agora), confiável (permaneça funcionando) e com recursos otimizados (tenha o menor custo possível para a empresa). O PCM no organograma da empresa O Planejamento e Controle da Manutenção é uma célula do departamento de Manutenção. Logo, está sob a gerência da Manutenção e pareada à coordenação da manutenção. Cada empresa trata a sua estrutura hierárquica da forma que lhe é mais conveniente. Não existe um padrão hierárquico. Mas se formos analisar a estrutura das empresas que possuem setores e processos bem definidos, a imagem encontrada é muito semelhante à mostrada a seguir: Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 59 Estrutura Básica do PCM A estrutura física e lógica do PCM é influenciada diretamente pelo tamanho da empresa, pela área de atuação da manutenção e pela quantidade de ativos à disposição da manutenção. Não existe uma norma definida para padronizar a estrutura de PCM de uma empresa, geralmente essa estrutura é definida de acordo com a demanda. O quadro de funcionários do PCM geralmente composto por: • Coordenador de Manutenção; • Supervisores de Manutenção; • Planejadores de Manutenção; • Programadores de Manutenção; • Analistas de Manutenção; • Inspetores de Manutenção Preditiva; • Inspetores de Manutenção e Rota; • Técnicos de Manutenção Preventiva; Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 60 • Auxiliares administrativos; • Estagiários; • Desenhistas Projetistas. Posicionados conforme a imagem abaixo: Funções do Planejador de Manutenção: • Gerenciar os Planos de Manutenção Preventiva, Preditiva, Lubrificação e Inspeção; • Elaborar procedimentos técnicos das atividades de manutenção; • Dimensionar os recursos necessários para o bom cumprimento das atividades; • Gerenciar a carteira de serviços planejados e que em breve irão passar para a programação; • Revisar constantemente o escopo técnico das atividades de manutenção, visando encontrar pontos de melhorias, com base em experiências passadas; Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 61 Funções do Programador de Manutenção: • Distribuir as atividades planejadas pelo Planejador de Manutenção no calendário de 52 semanas; • Criar cronograma de atividades para as paradas de manutenção; • Pleitear paradas de manutenção com o departamento de produção; • Quantificar o tempo necessário para realização das atividades de manutenção; • Otimizar cronogramas de manutenção de acordo com o tempo disponível. Funções do Analista de Manutenção: • Calcular e gerenciar os indicadores de manutenção; • Gerenciar, com muita proximidade, os custos de manutenção. • Atuar como um “termostato” e não apenas como um termômetro; Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 62 • Transformar informações qualitativas em dados quantitativos e manter o departamento de manutenção municiado desses dados. Funções do Inspetor de Rota: O trabalho do inspetor de rota é municiar o Planejador de Manutenção com informações sobre a condição dos equipamentos no chão de fábrica e suas possíveisfalhas potenciais. O inspetor de rota trabalha faz seu trabalho de inspeção de através da técnica da manutenção sensitiva, ou seja, utiliza- se apenas dos sentidos do corpo humano (visão, audição, olfato e tato) para encontrar alguma falha potencial. O trabalho do Inspetor de Rota pode ser comparado (carinhosamente) ao de um cão-policial, que através dos seus sentidos, encontra anomalias e avisa ao policial (nesse caso, o Planejador de Manutenção) que existe algo errado. O Inspetor de Rota encontra falhas potencial já no fim da Curva P-F e já muito próximas a falha funcional. Portanto, as informações que um Inspetor de Rota passa para o Planejador de Manutenção, tem prioridade frente informações passadas por um Inspetor de Preditiva, por exemplo. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 63 É importante salientar que o trabalho do Inspetor de Rota é feito de maneira sensitiva para que seja ágil e levante a maior quantidade de falhas potenciais no menor espaço de tempo possível. Por esse motivo, se for necessário o uso de ferramentas e/ou instrumentos, esses devem ser de fácil manejo e que descartem possíveis erros de paralaxe ou de medição. Gabaritos “passa/não passa” são boas opções para esse caso, bem como, instrumentos que registram as medições automaticamente, sem a necessidade da interpretação por parte do inspetor. Funções do Inspetor de Preditiva: Assim como o Inspetor de Rota, a função principal do Inspetor de Preditiva é municiar o Planejador de Manutenção com informações sobre as condições operacionais dos equipamentos que estão em campo. A diferença entre o trabalho o Inspetor de Rota e o Inspetor de Preditiva está, basicamente, na instrumentação e ferramental usado, equipamentos no qual ele monitora e nível de investigação em busca das falhas potenciais. Ao contrário do Inspetor de Rota, o Inspetor de Preditiva trabalha com instrumentos de alta precisão e sensibilidade, proporcionando condições para que as falha potenciais sejam encontradas ainda em estágio inicial, que é o momento que tem o melhor custo/benefício para intervir com a manutenção. O Inspetor de Preditiva trabalha diretamente com as técnicas de manutenção preditiva mostradas no Capítulo 1 deste livro: Análise de Vibração, Análise de Óleo, Termografia e Emissão Acústica. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 64 O Inspetor de Preditiva diretamente apenas nos equipamentos de criticidade A, ou seja, os mais importantes para o processo de acordo com a Matriz de Criticidades de Equipamentos. Dentre todos os equipamentos da empresa, os equipamentos de criticidade A devem representar, no máximo, 20% do total equipamentos existentes. Afinal, onde tudo é crítico, nada é crítico. Nos próximos capítulos iremos abordar com mais profundidade a Matriz de Criticidades para Equipamentos. Funções do Desenhista Projetista: Não são todas as empresas que têm a viabilidade de manter um Desenhista Projetista dentro da estrutura de PCM. Questões como porte, segmento e maturidade documental das empresas são fatores decisivos para optar por ter ou não esse profissional dentro do quadro da manutenção. De modo geral, a viabilidade para manter esse profissional é maior em empresas de grande porte, de processo primário (mineração, cimenteiro, sucroalcooleiro, etc.) que possuem equipamentos importados e que possuem vários itens de desgaste. Dessa forma, o Desenhista Projetista pode trabalhar catalogando os componentes importados, para que esses componentes possam ser fabricados no Brasil e dessa forma, reduzir custos e ganhar tempo. Além disso, o Desenhista Projetista pode trabalhar na atualização de projetos de processos e equipamentos, Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 65 mudanças de layout e também no detalhamento de procedimentos de manutenção. Funções do Auxiliar Administrativo: Se usada com sapiência, essa é uma das funções que pode trazer resultados absurdos em termos de produtividade de mão de obra para o setor de Planejamento e Controle da Manutenção. Em grande parte das empresas, é extremamente comum vermos profissionais técnicos especializados desperdiçando tempo e energia realizando tarefas manuais e burocráticas dentro do PCM. Alguns Exemplos: • Planejador de Manutenção dando baixa manual em Ordens de Serviço, tirando cópias e elaborando documentos administrativos; • Planejador/Programador/Analista de Manutenção resolvendo problemas ocasionados pela compra de alguma peça ou contratação de serviço feita de forma incorreta; • Planejador/Programador/Analista de Manutenção trabalhando como secretário(a) do departamento de manutenção. Todas as atividades citadas acima podem ser resolvidas por um Auxiliar Administrativo. Existem dois principais motivadores para se ter um profissional destes dentro da estrutura de PCM: 1) Ele absorverá todas as cargas administrativas e burocráticas do PCM, para que os demais profissionais Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 66 (planejador, programador e analista) foquem nas somente atividades de cunho técnico; 2) A mão de obra de um bom Auxiliar Administrativo pode custar de duas a três vezes menos que a de um Planejador de Manutenção. Logo, se um Planejador de Manutenção gasta muito tempo executando alguma atividade que um Auxiliar Administrativo também saberia executar, essa atividade está custando de duas a três vezes mais do que deveria. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 67 Funções do Estagiário: O estagiário tem apenas uma função: aprender fazendo. O uso consciente dos estagiários na manutenção pode elevar bastante a produtividade do departamento. Muitos gestores usam de forma errada os estagiários que lhe foram concedidos e acabam perdendo boas oportunidades de trazer reforços para o time de Planejamento e Controle da Manutenção. O estagiário não está ali apenas para buscar café, tirar cópias e servir de “garoto(a) de recados”. Inclusive, a Lei do Estágio (Lei n.º 11.788/2008) é clara e incisiva quanto aos direitos, deveres e função do estagiário. As funções desempenhadas pelo estagiário devem ter relação direta e serem compatíveis com o projeto pedagógico do seu curso. A base legal para isso está no § 1º, do artigo 1º, da Lei 11.788/2008 e Cartilha do Estágio – MTE. Um Gestor de Manutenção inteligente aloca os estagiários estrategicamente em posições para que eles aprendam a maior quantidade de coisas no menor espaço de tempo possível para que se forme um “jogador no banco de reservas”. Já dizia o ditado: “Quem tem um, não tem nenhum.” Durante os processos de consultoria, é comum vermos departamentos de PCM que estão reféns de um único Planejador de Manutenção, por exemplo. Se aquela única pessoa, que detém conhecimento de todo o processo, sair ou se afastar da empresa, o caos está feito. Transaction: HP06215578514142 e-mail: renilmodesto@gmail.com PCM – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO DESCOMPLICADO ® www.engeteles.com.br 68 Portanto, é uma saída inteligente formar vários reservas para quando houver a necessidade e/ou oportunidade, transforma-los em titulares. Funções do Supervisor da Manutenção Preventiva: Em empresas de médio e grande porte é comum haver uma equipe dedicada apenas à manutenção preventiva. Inclusive,
Compartilhar