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RECURSOS CIVIS - APELAÇÃO

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17/05/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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1. CONCEITO
 
 É o recurso adequado para impugnar a sentença
proferida por juiz de primeiro grau, seja ela definitiva (que
resolve o mérito, pois acolhe ou rejeita o pedido do autor,
como disposto no art. 487 do NCPC) ou terminativa (que
extingue o processo sem resolução de mérito nas hipóteses
elencadas no art. 486 do NCPC).
 Assim, é indiferente se a sentença é terminativa (art.
485, CPC) ou definitiva (art. 487, CPC), se é proferida em
processo contencioso ou de jurisdição voluntária, se o
processo é de conhecimento, procedimento especial ou
mesmo no processo de execução.
 É importante destacar que o Novo CPC ampliou ainda
mais os temas que podem ser abordados na apelação,
incluindo as questões resolvidas na fase de conhecimento
que não comportam impugnação por agravo de instrumento.
De acordo com o § 1º do art. 1.009: “As questões resolvidas
na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não
comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela
preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de
apelação, eventualmente interposta contra a decisão final,
ou nas contrarrazões”.
 Ademais, o recorrente deve atentar para a
possibilidade de o recorrido alegar essas matérias (que não
comportam agravo de instrumento) em preliminares de suas
contrarrazões, fato que irá ampliar a matéria objeto da
apelação inicialmente interposta, nos termos do § 2º do art.
1.009 do NCPC. Trata-se de observação importante, pois
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conflita com o que até então considerávamos como
princípios norteadores dos recursos: a proibição da
reformátio in pejus e o princípio da dialeticidade que exigia
respeito ao princípio dispositivo e, portanto enunciava que a
petição de interposição do recurso era suficiente para
estabelecer os limites do princípio devolutivo.
 
2. PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO DO RECURSO DE
APELAÇÃO
 
 A petição de apresentação do recurso de apelação é
dirigida ao juízo “a quo”, ou seja o juiz de primeira instância
que prolatou a sentença que se quer reformar ou anular.
Nela o apelante, devidamente qualificado, apresenta seu
recurso e requer o encaminhamento de suas “razões” ao
juízo “ad quem”, ou seja, ao Tribunal que irá julgar a
apelação.
 Em sendo previsto o preparo pela legislação estadual,
o apelante também deve consignar que junta a sua petição
as respectivas guias comprobatórias do recolhimento das
custas, bem como do porte de remessa e retorno dos autos,
se houver (art. 1.007, “caput”, CPC/15).
 Mesmo nos casos de preparo insuficiente, o legislador
oportunizou ao recorrente a possibilidade de suprir a
deficiência de preparo, para a qual deverá ser intimado
(art. 1.007, § 2°, CPC/15). Criou ainda a possibilidade de o
relator poder relevar a pena de deserção, caso o apelado
alegue e prove o justo impedimento para o preparo
(exemplo: greve da rede bancária). Nesse caso, cuja
decisão é irrecorrível, o relator fixará o prazo de 5 (cinco)
dias para efetuar o preparo (art. 1.007, § 6°).
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 Caso o apelado não comprove o preparo no ato de
interposição do recurso, inclusive porte de remessa e de
retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para
realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
Nessa circunstância não se admite a complementação caso
venha a realizar recolhimento insuficiente (art. 1.007, 4° e
5°)
 Embora a petição de apresentação do recurso de
apelação seja dirigida ao juiz de primeira instância, onde é
protocolizada, as “razões de apelação” (segunda parte do
recurso) são dirigidas ao Tribunal.
 
3. PETIÇÃO COM AS RAZÕES DA APELAÇÃO
 
 A apelação terá sempre a forma escrita, não existindo
na legislação a previsão de interposição oral ou por quota
nos autos, razão pela qual deve ser elaborada uma petição
para sua interposição.
 Esta petição com rãs razões da apelação deverá
conter, como requisitos mínimos (art. 1.010):
a. os nomes e a qualificação das partes (esta exigência
pode ser relevada se as partes já estão qualificadas
nos autos);
b. a exposição do fato e do direito (relato dos aspectos
fáticos e jurídicos que digam respeito à causa);
c. as razões do pedido de reforma (quando se tratar de
error in iudicando) ou de decretação de nulidade
(quando se tratar de error in procedendo); e,
d. o pedido de nova decisão (a parte deverá indicar com
clareza o que pretende ver modificado pelo tribunal).
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4. PRAZO PARA INTERPOR E PARA RESPONDER
 
 O prazo para interposição da apelação, assim como
para responder ao recursos, é de 15 (quinze) dias úteis,
contados a partir da data em que os advogados, a sociedade
de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou
o Ministério Público são intimados da decisão (art. 1.003, §
5°, do CPC/15).
 
5. DOCUMENTOS QUE DEVEM INSTRUIR O RECURSO
 
 Em regra só se permite a juntada de documentos
novos nos autos, se disserem respeito a questões de fato
novas ou se não foram suscitadas pela parte em razão de
força maior, conforme autoriza o art. 1.014, do CPC/15.
 Esta regra também se excepciona na hipótese de
terceiro recorrente, o qual poderá juntar documentos, posto
que não teve oportunidade de fazê-lo anteriormente em
nenhum momento.
 
6. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
 
 O Novo CPC acabou com o “juízo de admissibilidade”
de sorte que pela nova sistemática, após as formalidades
previstas nos §§ 1° e 2°, do art. 1.010, caberá ao juiz tão
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somente mandar remeter os autos ao tribunal
correspondente, cuja admissibilidade será feita pelo relator
no tribunal.
 
7. EFEITOS ORDINÁRIOS DA APELAÇÃO
 
 O primeiro efeito automático de todos os recursos é o
de obstar o trânsito em julgado da decisão impugnada. 
Além deste, a apelação possui efeito devolutivo (ver Novo
CPC, art. 1013); e pode ter também efeito suspensivo (ver
Novo CPC, art. 1.012) e outros, os quais merecem menção
mais elaborada, senão vejamos.
 
I – EFEITO DEVOLUTIVO 
 O efeito devolutivo é a aptidão que possui o recurso,
no caso a apelação de fazer com que o Tribunal reexamine
todas e quaisquer matérias de fato e de direito, suscitadas
em primeira instância pelas partes, desde que a parte
recorrente peça o reexame dessa questão na apelação.
 É o chamado princípio “tantum devolutum quantum
apelatum”, ou em outras palavras, se foi objeto do apelo, o
seu reexame será transferido ao Tribunal (juízo “ad quem”).
 São consideradas como exceções a regra de que o
Tribunal só fará o reexame do que for objeto do recurso, os
seguintes dispositivos legais:
 
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a. O artigo 1.013, do CPC, em seu § 1°, fala dos
fatos não abordados pela sentença.
 Esclarece que dentro do âmbito da devolução, o
Tribunal examinará livremente todas as questões de fato
suscitadas e discutidas, ainda que o juiz não tenha se
manifestado sobre elas na sentença. Exemplo: em uma
ação de indenizaçãocujos pedidos eram os de danos
materiais e danos morais, se o juiz concluir que o fato lesivo
não ocorreu ou que não foi o réu que os praticou, sequer
apurará a natureza dos danos em primeira instância, mas no
julgamento da apelação o Tribunal pode reformar a sentença
e considerando que houve fato lesivo praticado pelo réu
deve decidir também se os danos foram materiais e/ou
morais e qual é a sua extensão.
 
a. O artigo 1.013, do CPC, em seu § 2°, refere-se às
causas de pedir ou de resistir não abordadas na
sentença.
 Determina que, se houve mais de um fundamento
para a pretensão ou defesa, e o juiz não os examinou
por inteiro, todos os demais serão devolvidos ao
Tribunal para reexame. Exemplo: na inicial o autor
requer a procedência de uma ação de rescisão contratual
por abusividade de várias cláusulas, o juiz julga procedente
com fundamento na abusividade de uma das cláusulas, que
previa a renovação tácita do contrato, o réu apela alegando
a improcedência daquele fundamento, o Tribunal, se
entender que o apelante está certo nesse aspecto, deve
examinar os demais fundamentos, ainda que a outra parte
não tenha recorrido.
 A devolução, nesse caso, ocorre em relação a questões
anteriores à sentença, que apesar de não decididas por esta
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foram discutidas nos autos e poderiam interferir no
resultado do julgamento.
 
a. O artigo 938, do CPC, no seu § 1°, trata dos
vícios sanáveis.
 Caso o Tribunal constate a existência de
qualquer nulidade sanável, determinará em segunda
instância (se for possível) a correção do ato processual,
intimando as partes para tanto, e uma vez cumprida a
diligência poderá prosseguir o julgamento do recurso.
 Em nome da celeridade processual, mesmo que tenha
sido proferida uma sentença meramente terminativa em
primeira instância, como por exemplo, uma sentença de
carência de ação por ilegitimidade de parte (que não resolve
o mérito), prevalece modernamente a chamada TEORIA DA
CAUSA MADURA, a qual foi adotada por nosso legislador,
ou seja o Tribunal poderá não apenas anular a sentença
equivocada, mas sucessivamente, assumir o
julgamento do mérito da demanda, desde que:
 c1). a questão seja apenas de direito: ou seja não
existem fatos a serem provados em segunda instância ou se
existiam fatos, estes já foram objeto de prova em primeira
instância. Exemplo: quando a demanda discute apenas a
legalidade de uma cláusula contratual.
 c2). a lide deve estar em condições de imediato
julgamento: ou seja, o contraditório já deve ter sido
exercitado, e as questões foram discutidas entre as partes,
estando o processo em sua fase final.
 Ressalte-se que quanto a novas questões de fato, o
Tribunal somente poderá examiná-las e a respeito delas
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decidir, se o apelante provar que não as suscitou em
primeira instância por motivo de força maior (art. 1.014,
CPC/15), já que quaisquer questões de fato devem se
submeter ao princípio do duplo grau de jurisdição, bem
como ao princípio do contraditório, devendo o recorrido ser
intimado a se manifestar.
 Devemos recordar que diretamente associado ao
efeito devolutivo das apelações está o princípio
da vedação da “reformatio in pejus”: princípio
doutrinário recursal, segundo o qual, o Tribunal, quando só
uma das partes apelou, está proibido de decidir de modo a
piorar a situação do apelante (já que não há recurso da
parte contrária). Exemplo: se fui condenada em uma ação
de indenização a pagar R$ 30.000,00, para o autor, e só eu
apelei, o Tribunal não poderá reformar a sentença para
aumentar a condenação, assim se entender que não
procedem as razões do meu recurso, deverá apenas negar-
lhe provimento, deixando, no restante, inalterada a
sentença da qual apenas eu apelei.
 
 II – EFEITO SUSPENSIVO
 
 Em regra a apelação suspende os efeitos da sentença,
impedindo que a parte vencedora exija o seu cumprimento
de imediato.
 Contudo, há exceções a essa regra, as quais estão
dispostas no artigo 1.012, do CPC, ou seja, hipóteses em
que será possível a execução provisória da sentença.
 Já o parágrafo 1º do artigo 1.012 excepciona a
regra do caput e não confere o efeito suspensivo às
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apelações cuja matéria diga respeito às hipóteses
expressamente previstas nos incisos I a VI do
parágrafo. Nessas hipóteses o apelado (vencedor em
primeira instância) poderá, quando muito, promover o
cumprimento provisório da sentença.
 As hipóteses de sentenças que não tem efeito
suspensivo expressamente previstas no instituto em foco,
são aquelas que:
a. homologa divisão ou demarcação de terras;
b. condena a pagar alimentos;
c. extingue sem resolução do mérito ou julga
improcedentes os embargos do executado;
d. julga procedente o pedido de instituição de
arbitragem;
e. confirma, concede ou revoga tutela provisória; e,
f. decreta a interdição.
 Advirta-se contudo que em qualquer caso, ou seja,
mesmo nas hipóteses descritas acima, poderá o relator do
recurso, em entendendo necessário, por haver risco
de lesão grave ou de difícil reparação, e em caráter
excepcional, determinar que a apelação seja recebida,
também em efeito suspensivo (art. 995, parágrafo
único, CPC/15).
 
 
8. OUTROS EFEITOS DA APELAÇÃO
 
 Além do efeito devolutivo e suspensivo, é
possível identificar outros efeito decorrentes da
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apelação, senão vejamos.
 
 I – EFEITO TRANSLATIVO
 
 A apelação também tem o efeito translativo ao
permitir que o tribunal possa tomar conhecimento de todas
as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que
não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao
capítulo impugnado (ver NCPC, art. 1.013, § 1°).
 Dentre outras hipóteses, pode ocorrer o efeito
translativo quando o tribunal reformar a sentença de mérito
e a causa estiver em condições de ser julgada (causa
madura). Neste caso o próprio tribunal pode dar
continuidade ao julgamento sem a necessidade de devolver
os autos a primeira instância (art. 1.013, § 2°).
 Ademais, o tribunal pode conhecer todas as matérias
de ordem pública, mesmo que não tenham sido suscitadas
no recurso.
 
 II – EFEITO SUBSTITUTIVO
 
 O efeito substitutivo, disposto no art. 1008, é comum
a todos os recursos, incluindo a apelação. Ele é importante
para deixar claro que ao final do processo existirá apenas
uma decisão definitiva, sem conflitos internos. Assim o que
o tribunal decidiu substitui o que havia sido determinado
pela sentença, mas na parte sobre a qual não houve
recurso, a sentença subsiste.
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9. CONTRA-RAZÕES
 
 Tendo sido interposta apelação, o recorrido será
intimado para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar
suas contrarrazões, que deverá ser interposta também por
petição de interposição dirigida ao juiz a quo, requerendo o
recebimento das contrarrazões da apelação e o subseqüente
envio, ao Tribunal ad quem.
 Nas “contra-razões”, o apelado apontando os
fundamentos de fato e de direito,deve requerer ao Tribunal
que mantenha a sentença impugnada pela outra parte,
salvo se houver interposição de recurso adesivo,
circunstância em que, tendo sido também vencido,
argumentará na petição de apelação adesiva pela alteração
da sentença a seu favor.
 Poderá ainda o apelado, em suas contrarrazões, alegar
em preliminares o não preenchimentos dos requisitos de
admissibilidade, requerendo que não seja conhecido o
mérito do recurso, por não preencher os requisitos legais.
 Se o apelado em suas contrarrazões argüir alguma
preliminar, de forma ou de mérito, o juiz deverá dar
oportunidade ao apelante para que possa se manifestar
apresentado suas contrarrazões às contrarrazões.
 
10. ENCAMINHAMENTO AO TRIBUNAL:
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 Vindo aos autos as “contrarrazões” do apelo, o juiz
deverá determinar que os autos sejam encaminhados ao
Tribunal, independente de qualquer juízo de admissibilidade
(art. 1.010, § 3°).
 
 11. PROCESSAMENTO NO TRIBUNAL
 Chegando ao Tribunal os autos serão distribuídos
imediatamente a um relator que terá a incumbência de
decidi-lo-á monocraticamente, se for o caso de
enquadramento nas hipóteses prevista no art. 932, incisos
III a V; ou, não sendo o caso de proferir decisão
monocrática, deverá elaborar seu voto e submetê-lo a
julgamento pelo órgão colegiado (art. 1.011).
 Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos
ao relator, que, em 30 (trinta) dias, depois de elaborar o
voto, restituí-los-á secretaria, com o respectivo relatório que
é uma síntese do ocorrido nos autos, bem como resumo dos
pontos sobre os quais incide a apelação (art. 931, CPC/15).
 Em seguida, os autos serão remetidos ao Presidente
do Tribunal, da Câmara ou Turma (conforme Regimento
Interno), e este designará data para a sessão de julgamento
da apelação, que será publicada em pauta própria, junto ao
Diário Oficial, observando-se que dentre a publicação e a
sessão de julgamento deve haver o intervalo mínimo de 5
(cinco) dias, para que as partes em desejando se preparem
para sustentação oral é uma síntese do ocorrido nos autos,
bem como dos pontos sobre os quais incide a apelação (art.
935, CPC/15)..
 Na data do julgamento, a turma julgadora da
apelação será composta por três juízes: o relator, o revisor
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(se for o caso) e um terceiro juiz (que em alguns
regimentos é chamado de vogal).
 No horário designado, o relator exporá a causa e após,
o Presidente dará a palavra para o advogado do apelante e
do apelado, pelo prazo de 15 (quinze) minutos para cada
um, a fim de que sustentem as razões e contra-razões do
recurso (art. 937, CPC/15).
 Em havendo litisconsórcio, o prazo da sustentação oral
será contado em dobro (art. art. 229, CPC/15), dividindo-se
entre os advogados que desejarem fazer a sustentação oral.
 Depois da sustentação oral, se houver, a turma
procederá ao julgamento do recurso, proferindo voto por
primeiro o relator e em seguida os demais membros. Se
quaisquer dos magistrados não se sentirem habilitados a
proferir de imediato o seu respectivo voto, poderão pedir
vista dos autos, devendo devolvê-lo no prazo de 10 (dez)
dias, contados da data em que o recebeu, e o julgamento
prosseguirá na primeira sessão ordinária subseqüente à
devolução, dispensada nova publicação de pauta (art. 940,
CPC/15).
 Caso o magistrado não devolva os autos no prazo
legal, nem solicite a prorrogação de prazo, o Presidente do
órgão julgador requisitará o processo e reabrirá o
julgamento na sessão ordinária subseqüente, com
publicação em pauta (art. 940, § 1°).
 O julgamento apreciará as matérias na seguinte
ordem:
a. primeiramente as questões preliminares: são questões
de ordem processual que devem ser examinadas antes
do mérito, pois em sendo acolhidas podem acarretar a
anulação da sentença (art. 938, caput). Exemplo: a
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alegação de cerceamento de defesa ocorrida no curso
do processo.
b. Em seguida os vícios sanáveis: pode ocorrer de ser
constatado vício possível de ser sanado. Nesse caso o
julgamento pode ser convertido em diligência, que se
realizará, conforme o caso, perante o próprio tribunal
ou no juízo de primeiro grau (art. 938, §§ 1° e 2°).
c. Por fim o mérito da apelação: é o julgamento
propriamente dito no qual serão analisado todas as
questões de fato e de direito que tenham sido
deduzidas por ambas as partes. É a aplicação do
direito ao caso posto em apreciação.
 Proferidos os votos pelo relator, revisor e pelo terceiro
juiz, nessa ordem, o Presidente anunciará o resultado do
julgamento, designado a redação do acórdão pelo relator, ou
sendo este vencido, pelo primeiro magistrado que tenha
prolatado o voto vencedor (art. 941, CPC/15).
 Atualmente, os votos, acórdãos e demais atos
processuais podem ser registrados em arquivo eletrônico
inviolável e assinados eletronicamente, na forma da lei,
devendo ser impressos para juntada aos autos do processo
quando este não for eletrônico (art. 943, CPC/15).
 Todo acórdão conterá uma ementa, que é uma suma
das considerações que se pode extrair do julgamento, bem
como a parte dispositiva do acórdão que será publicado em
até 10 (dez) dias, no Diário Oficial (art. 943, §§ 1° e 2°,
CPC/15), contando-se somente a partir de então o prazo
para interposição de eventuais outros recursos.
 Em exceção ao princípio do colegiado, como já vimos
ao estudarmos a teoria geral dos recursos, o RELATOR
PODERÁ JULGAR sozinho, através de decisão
monocrática, naquelas situações expressamente previstas
no art. 932, do CPC/15.
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Exercício 1:
O Condomínio Stella Maris ajuíza contra Jojolino, pedido de
cobrança de despesas condominiais relativas aos imóveis X,
Y e Z de propriedade daquele. A demanda é julgada
procedente. Jojolino, inconformado, interpõe recurso de
apelação em razão da condenação ao pagamento das
despesas condominiais do imóvel X. A apelação é recebida
no efeito suspensivo. Aponte a afirmativa correta.
 
 
 
A)
Ainda que a apelação seja parcial, o efeito suspensivo
atinge todas as questões tangidas na sentença.
 
 
B)
Sendo a apelação parcial, poderá o Condomínio dar início à
execução provisória da sentença relativa aos imóveis X, Y e
Z.
 
 
C)
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Sendo a apelação parcial, poderá o Condomínio dar início à
execução definitiva da sentença relativa aos imóveis Y e Z.
 
 
D)
A apelação não será conhecida pelo Tribunal, por falta de
embargos de declaração.
 
 
E)
N.D.A.
 
Exercício 2:
Relativamente ao recurso de apelação, se pode afirmar que:
 
 
 
A)
a apelação recebida apenas no efeito devolutivo autoriza o
credor a promover a execução provisória da sentença,
somente se prestar caução idônea no momento da
interposição das contrarrazões.
 
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B)
o recorrente não poderá desistir do recurso sem a anuência
dos litisconsortes.
 
 
C)o prazo para interpor e para responder é de 10 dias,
somente quando a sentença tiver sido proferida em
audiência, tudo em nome da celeridade.
 
 
D)
constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal
poderá determinar a realização ou renovação do ato
processual, intimadas as partes.
 
 
E)
a aceitação expressa ou tácita da sentença não impede a
interposição e o conhecimento do recurso.
 
Exercício 3:
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A teoria da causa madura prevista em nosso ordenamento
jurídico determina que:
 
 
 
A)
O Tribunal de Justiça rejeite liminarmente o recurso que
contrariar jurisprudência local
 
 
B)
O Tribunal de Justiça condicione o exame do recurso ao
depósito caução para garantia da parte contrária.
 
 
C)
o Tribunal poderá não apenas anular a sentença
equivocada, mas sucessivamente, assumir o julgamento do
mérito da demanda
 
 
D)
o Tribunal pode declarar que a prescrição do direito do autor
ainda que este não tenha sido alegado
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E)
o Tribunal poderá anular todo o processo
 
Exercício 4:
No tocante ao recurso de apelação é correto afirmar:
(I) Que a parte que não se conformar com a decisão ou com
parte da decisão de primeira instância e segunda instância,
poderá interpor este recurso para a instância superior.
(II) Que ele é interposto mediante petição dirigida
diretamente ao Tribunal que tenha competência para dele
conhecer, anexando-se as razões da apelação que conterá:
a) os nomes e a qualificação das partes; b) os fundamentos
de fato e de direito; e, c) o pedido de nova decisão.
(III) São legitimados para interposição deste recurso a
parte vencida, total ou parcialmente, o terceiro prejudicado
e o Ministério Público, nos casos em que tenha atuação.
 
 
A)
Somente (I) está correta.
 
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B)
Somente (II) está correta.
 
 
C)
Somente (III) está correta.
 
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
 
E)
Somente (I) e (III) estão corretas.
 
Exercício 5:
Tendo com base as afirmativas abaixo, assinale no quadro
dev resposta qual é a alternativa correta:
(I) A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e
suspensivo, como regra geral.
(II) Será recebida somente no efeito devolutivo, quanto
interposta de sentença que homologar a divisão ou a
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demarcação; condenar à prestação de alimentos; decidir o
processo cautelar, rejeitar liminarmente embargos à
execução ou julgá-los improcedentes, julgar procedente o
pedido de arbitragem ou confirmar a antecipação da tutela.
(III) Se a apelação é recebida somente no efeito devolutivo,
pode o apelado promover desde logo a execução provisória
do julgado. 
 
 
A)
Somente (I) está correta.
 
 
B)
Somente (II) está correta.
 
 
C)
Somente (III) está correta.
 
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
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E)
Todas estão corretas.
 
Exercício 6:
Quanto ao processamento e julgamento da apelação no
Tribunal, se pode dizer que:
(I) Verificado que a apelação está em ordem e que foi
respondida, o juiz da causa dará um despacho mandando
remeter o recurso para o Tribunal, depois de ter realizado o
juízo de admissibilidade.
(II) No Tribunal será feita a distribuição eletrônica e o
recurso será distribuído a um dos desembargadores aptos a
conhecer da matéria, que será designado como Relator.
(III) Se não for o caso de julgá-lo monocraticamente, o
Relator preparará seu voto para julgamento do recurso pelo
órgão colegiado.
 
 
A)
Somente (I) está correta.
 
 
B)
17/05/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 23/23
Somente (II) está correta.
 
 
C)
Somente (III) está correta.
 
 
D)
Somente (II) e (III) estão corretas.
 
 
E)
Todas estão corretas

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