Buscar

SENTENÇA E RECURCOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 170 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 170 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 170 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Caro aluno,
 
        Seja bem vindo,
        Nesta nossa disciplina trataremos dos Recursos no Direito Processual Civil com o objetivo de lhe trazer um panorama do sistema recursal brasileiro assim como dos incidentes relacionados a reforma das decisões, e é nossa expectativa que você aprenda bastante.
        Considerando-se que será você quem administrará seu próprio tempo, nossa sugestão é que você dedique ao menos 2 (duas) horas por semana para esta disciplina, estudando os textos sugeridos e realizando os exercícios de auto-avaliação. Uma boa forma de fazer isso é já ir planejando o que estudar, semana a semana.
        No mínimo você deverá buscar entender bastante bem o conteúdo da leitura fundamental, só que essa compreensão será maior, se você também puder realizar a leitura das obras indicadas na bibliografia. Você mesmo perceberá isso, ao longo dos estudos.
        No que diz respeito às avaliações, como é de seu conhecimento, você estará obrigado a realizar uma série de avaliações, cabendo a você tomar conhecimento do calendário dessas avaliações e da marcação das datas das suas provas, dentro dos períodos especificados.
        Por outro lado é importante destacar que uma das formas de você se preparar para as avaliações é realizando os exercícios de auto-avaliação, disponibilizados para você neste sistema de disciplinas on-line.  
        O que tem de ficar claro é que as avaliações não serão repetições dos exercícios disponibilizados.
        Para sua orientação, informamos na tabela a seguir os assuntos que serão requeridos em cada uma das avaliações às quais você estará sujeito:
 
	Avaliações
	Assuntos/Módulos
	Exercícios
	B1
	Módulos de 1 a 4
	on line
	B2
	Módulos de 5 a 8
	on line
	Substitutiva
	Toda a matéria
	Todos on line
	Exame
	Toda a matéria
	Todos on line
 
        Referência bibliográfica:
Livros fundamentais:
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de Direito Processual. 6ª. Ed. São Paulo: Saraiva, 2010. v. 1.
MELO, Nehemias Domingos de. Novo CPC anotado, comentado e comparado, 2a. ed. Araçariguama: Rumo Legal, 2016.
 
Leitura complementar:
DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 15ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.
 
Livro com pratica processual:
MELO, Nehemias Domingos de. Como advogar no cível com o Novo CPC - teoria e prática, 2a. ed. Araçariguama: Rumo Legal, 2016. 
 
1. CONCEITO DE RECURSO
        É o direito da parte requerer, antes de formada a coisa julgada, em uma relação processual em curso, a reforma, invalidação ou esclarecimento de uma decisão judicial. Podemos dizer que os recursos podem ser considerados como uma extensão do próprio direito de ação ou de defesa.
        Advirta-se que só é cabível recurso de processos que estejam em andamento. Se o processo já foi encerrado e sobre ele já ocorreu a coisa julgada, só se pode impugnar tais decisões em situações muito específicas através de ações impugnativas próprias tais como a ação rescisória, a ação anulatória, a ação declaratória de inexistência de relação jurídica (actio ou querela nullitatis) e o mandato de segurança.
 
2. FUNDAMENTOS DO DIREITO DE RECORRER
        A doutrina costuma mencionar que os fundamentos filosóficos do direito de recorrer encontram sua sede no inconformismo e na falibilidade do ser humano, assim como na possibilidade de abuso de poder.
        Vejamos:
        a) Inconformismo humano: aquele que é vencido em uma demanda tende a não aceitar aquela decisão como definitiva, logo a possibilidade de ter uma outra chance de obter uma nova manifestação aquieta o espírito humano.
        b) Falibilidade humana: é sempre possível que erros sejam cometidos no julgamento de qualquer questão, posto que não existe uma máquina de julgar e toda decisão é tomada por pessoas que estão sujeitas a cometerem erros, logo a possibilidade de reapreciação da questão também diminui a possibilidade de equívocos serem perpetuados.
        c) Abuso de poder: é sempre possível que a decisão prejudicial à parte tenha sido fruto de dolo do seu julgador, de intenção deliberada de prejudicar, logo a possibilidade de revisão por outro órgão julgador mantém a higidez do sistema, zelando por sua correição.
 
3. PRINCÍPIOS GERAIS DOS RECURSOS
 
         a) Duplo grau de jurisdição: Consiste no direito da parte vencida ou prejudicada obter do órgão jurisdicional uma nova apreciação da questão decidida. É princípio constitucional implícito tendo em visa a previsão de órgãos de primeira e segunda instância na Justiça brasileira.
        Quer dizer, este princípio não se encontra de forma expressa na Constituição Federal, porém ele decorre da própria lógica do sistema que prevê a existência de tribunais com a finalidade de julgar recursos contra decisões judiciais de órgãos de instâncias inferiores (ver CF, art. 5°, LV, parte final; art. 102, II e III; art. 105, II e III; e, art. 108, II).
        A justificativa para a existência desse princípio é de natureza política e social, tendo em vista que nenhum ato estatal pode ficar fora de controle. Há também um caráter nitidamente moral, pois o juiz sabendo que seu ato pode ser submetido a nova apreciação, tende a ser mais responsável nas suas decisões.
         b) Taxatividade: consiste no fato de que a existência de um recurso está vinculada a sua previsão expressa pelo sistema. As partes não podem se valer de recursos “implícitos” e que não estejam literalmente previstos em lei, assim, quando um advogado formula um “pedido de reconsideração” ao juiz na verdade não está recorrendo de sua decisão, pois este recurso não existe no ordenamento processual (ressalvada a hipótese dos Códigos de Organização Judiciária dos estados criarem em seus Regimentos Internos um recurso que tenha essa denominação).
         c) Unirrecorribilidade ou singularidade: para cada hipótese processual existe apenas um recurso cabível, não sendo possível a utilização de mais de um recurso para a mesma hipótese fática e mesmo objetivo, simultaneamente.
         d) adequação: o recurso manejado pela parte deve ser o recurso indicado pelo ordenamento jurídico, ou seja, o recurso correto segundo a lei. Assim sendo se a lei afirma que em face da sentença caberá para pedido de reforma o recurso de apelação, não posso usar o recurso de agravo.
         e) Fungibilidade: na hipótese de erro escusável (aquele que pode ser perdoado diante das circunstâncias) sobre qual seria o recurso adequado, e desde que o prazo do recurso certo ainda não tenha se expirado é possível que o julgador receba o recurso inadequado como se fora o recurso certo, tendo em vista a inexistência de má-fé ou prejuízo na hipótese. Esse princípio foi recepcionado pelo Novo Código de Processo Civil, a partir da regra interpretativa da primazia (ou preponderância) da análise de mérito, prevista em seu art. 4º, que busca o máximo aproveitamento da atividade processual. Um exemplo disso é o que está expressamente previsto no art. 1.024, § 3º: o “órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º”.
         f) Vedação à “reformatio in pejus”: quando apenas uma das partes recorre de uma decisão interlocutória ou sentença, o julgamento do recurso não pode prejudicar o recorrente no sentido de colocá-lo em situação de desvantagem em relação ao estado anterior.
 
4. ATOS SUJEITOS A RECURSO
        No sistema processual brasileiro, as decisões interlocutórias e as sentenças em primeira instância, e as decisões monocráticas e os acórdãos em segunda instância são atos judiciais recorríveis.
        Vejamos:
         a) decisão interlocutória: ato judicial em que o magistrado examina um pedido ou questão incidente, sem que este exame acarrete a extinção do processo.
         b) sentença: ato judicial de juízo monocrático que implica na extinção do processo seja com resolução domérito (art. 487, CPC/15) ou mesmo sem a resolução do mérito (art. 485, CPC/15).
         c) decisão monocrática: ato judicial proferido por um único membro de um órgão colegiado. Exemplo: o relator de uma ação rescisória no Tribunal indefere a juntada de um documento aos autos.
         d) acórdão: ato judicial de órgão colegiado, que julga recurso ou ação originária de segunda instância.
        Atenção: O nosso Código de Processo Civil, prevê expressamente, em seu artigo art. 1.001, que os despachos ordinatórios são irrecorríveis, assim considerados os atos judiciais que apenas dão andamento ao processo, sem conteúdo decisório e sem qualquer potencial lesivo às partes.
 
5. TÉCNICAS DE JULGAMENTO
            Denominamos de técnicas de julgamento as análises que serão realizadas pelo Poder Judiciário em torno do recurso interposto.
         Essa análise é dividida em duas fases, uma fase preliminar (juízo de admissibilidade) e uma fase nuclear (juízo de mérito).
            Vejamos:
         a) juízo de admissibilidade (conhecimento/recebimento ou não): consiste na análise de requisitos formais, sem os quais o órgão julgador está impedido de apreciar o mérito do recurso. Exemplo: a tempestividade do recurso é uma análise que pertence ao juízo de admissibilidade dos recursos, portanto, diz-se que um recurso intempestivo sequer é “conhecido” ou “recebido”.
        O juízo de admissibilidade em alguns recursos será realizado por duas vezes, sendo procedido pelo órgão jurisdicional que recebe o recurso e posteriormente renovado pelo órgão julgador.
 
         b) juízo de mérito (provimento ou não): consiste na análise das razões recursais, ou seja, nos motivos do inconformismo do recorrente, ou seja, os fundamentos apontados para reforma, anulação ou esclarecimento. Em outras palavras, quando tais fundamentos não são suficientes para que o recorrente atinja seus objetivos, diz-se que foi negado provimento ao recurso ou que o recurso não foi provido. Exemplo: recorri da sentença alegando que o valor da condenação é excessivo, se o Tribunal entender que o valor é razoável, embora tenha recebido o recurso (porque passou pelo juízo de admissibilidade) no mérito negará provimento.
 
 
6. SUCEDÂNEOS DE RECURSOS
 
        Apesar da existência do princípio da taxatividade, a doutrina e a jurisprudência reconhecem a existência de figuras similares aos recursos que também podem conseguir alterar resultados de julgamentos. Porém, por não estarem previstos expressamente como recursos, são chamados de sucedâneos de recursos.
        São mecanismos processuais que, da mesma forma que os recursos, objetivam a reforma, invalidação, esclarecimento ou mesmo a integração da decisão judicial, mas que por não estarem presentes todos os caracteres recursais, não podem ser chamados de recursos, pois lhes falta voluntariedade ou mesmo previsão legal.
        Os sucedâneos recursais têm natureza jurídica de mero incidente processual e, dentre estes podemos destacar: o mandado de segurança; a ação rescisória; os embargos de terceiros; o reexame necessário, etc.
 
7. PRESSUPOSTOS PARA UM JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE POSITIVO
        Pressupostos de admissibilidade dos recursos são os requisitos a serem cumpridos pelo recorrente, a fim de que sua petição de recurso seja recebida para posterior exame de mérito junto ao órgão julgador.
Para feito de estudos, dividmos em pressupostos subjetivos e objetivos, vejamos.
 
7.1 PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS
        Os pressupostos subjetivos são aqueles que dizem respeito às partes na relação processual.
         a) interesse: é necessário que a parte recorrente demonstre a necessidade e utilidade do recurso manejado, posto que assim demonstrará o seu interesse jurídico em recorrer.
a-1) recurso contra motivação: como regra, não é admissível o recurso manejado exclusivamente para tentar alterar a fundamentação da sentença, até mesmo porque, em regra, a motivação não faz coisa julgada (art. 504, CPC/15). 
a-2) necessidade de sucumbência: a sucumbência, ou seja, a derrota do recorrente em algum aspecto da sentença, demonstra o seu interesse de recorrer, haja vista ter auferido um prejuízo, ainda que este exista em alguma questão acessória, como por exemplo, honorários, custas, etc...
         b). legitimidade: a legitimidade diz respeito a pertinência entre a figura do recorrente e o sujeito que sofreu alguma espécie de prejuízo no ato judicial contra o qual se recorre. Dessa forma podem recorrer as partes, o terceiro interessado e o membro do Ministério Público, nas ações onde sua intervenção seja obrigatória, caso o interesse que deve proteger esteja sendo de alguma forma lesado (art. 178, CPC/15). Exemplo: a sogra, por mais inconformada que esteja, não pode interpor recurso contra a sentença que determinou o divórcio de sua filha e de seu genro.
 
7.2 PRESSUPOSTOS OBJETIVOS
        Pressupostos objetivos são aqueles que dizem respeito ao ato judicial contra o qual se recorre.
         a) recorribilidade: como outrora já dito, em primeira instância apenas as decisões interlocutórias e as sentenças serão passíveis de recurso, sendo irrecorríveis os despachos ordinatórios (art. 1.001, CPC/15).
        Caso ocorra dúvida quanto ao enquadramento do ato jurisdicional (principalmente se trata-se de decisão interlocutória ou mero despacho), podemos levar em conta a sua repercussão no interesse da parte, pois havendo prejuízo estamos sempre tratando de decisão interlocutória, caso contrário será mero despacho ordinatório, pois estes conceitualmente não podem acarretar danos.
        Devemos observar também que há outros casos em que a lei expressamente determinou que algumas decisões serão irrecorríveis, razão pela qual ainda que se enquadrem no conceito de decisão interlocutória, sentença ou acórdão, estarão excluídas da recorribilidade. Exemplo: a decisão do Supremo Tribunal Federal que entende inexistir repercussão geral é irrecorrível, conforme disposto no caput do art. 1.035 do CPC/15.
         b). tempestividade: todos os recursos possuem prazos estabelecidos na lei, sendo sua observância obrigatória (ver art. 1.003, § 5º, CPC/15).
        Assim a apelação bem como os demais recursos deverão ser interpostos no prazo de 15 dias úteis (art. 1.003, § 5º c/c art. 219 do CPC/15). Excetua-se desse prazo os embargos de declaração que devem ser interpostos no prazo de 5 dias (art. 1.023, CPC/15).
        Lembramos que há hipóteses em que os prazos devem ser contados em dobro, como ocorre no litisconsórcio, quando os litisconsortes estão assistidos por patronos distintos (art. 229, caput, CPC/15), bem como na hipótese da Fazenda Pública e Ministério Público (art. 180 c/c art. 183, CPC/15) e para a Defensoria Pública (art. 186, CPC/15).
        Os prazos recursais serão contados na forma do artigo 224, do CPC, ou seja, exclui-se o primeiro dia, conta-se sempre a partir do primeiro dia útil e termina-se a contagem também em dia útil, entretanto o termo inicial poderá ser o da leitura da sentença, se esta foi proferida em audiência ou a intimação das partes se esta não ocorreu em audiência ou ainda da publicação do dispositivo da sentença ou do acórdão no órgão oficial (ver arts. 224 e 1.003 do CPC/15).
        Lembramos ainda que se durante o prazo recursal ocorrer o falecimento da parte ou do advogado, ou ocorrer motivo de força maior que suspenda, nos termos da legislação, o processo, ocorrerá a restituição do prazo a parte recorrente, sempre após intimação para tanto (art. 1.004, CPC/15).
         c) adequação (o recurso “certo”): é fundamental que a parte recorrente se utilize do recurso correto para cada situação, exigindo-se perícia do advogado para aplicar o ordenamento jurídico da forma correta. Assim, por exemplo, em havendo uma decisão interlocutória que negue um pedido de justiça gratuita, sabe-se que o recurso adequado será o de agravo de instrumento (art. 1.015, V, CPC/15), desse modo, o advogado não pode utilizar o recurso de apelação, posto que inadequado à situação.
         d) preparo: algunsrecursos exigem que a parte recorrente recolha aos cofres públicos custas específicas para essa situação às quais a lei chama de “preparo” do recurso. O Ministério Público, a União, os Estados, os Municípios e suas autarquias são isentos legalmente de preparo (art. 1.007, § 1°, CPC/15). 
        Além do preparo há recursos que exigem também o recolhimento de uma taxa equivalente a “porte de remessa e retorno”, que é o valor correspondente ao envio dos autos ao órgão julgador do recurso, bem como seu posterior retorno.
        O preparo deve ser recolhido integralmente, entretanto se for recolhido a menor, o recorrente deve ser intimado a complementá-lo, circunstância em que se não o fizer em 5 (cinco) dias, será julgado DESERTO, ou seja, o recurso NÃO SERÁ RECEBIDO (art. 1.007, § 2°, CPC/15).
        A DESERÇÃO do recurso é penalidade que deve desde logo ser aplicada pelo órgão jurisdicional a exercitar em primeiro plano o juízo de admissibilidade. Assim sendo na hipótese de apelação, em que há juízo de admissibilidade feito em primeira instância, o próprio juiz declarará o recurso deserto e com isso impedirá que os autos sejam remetidos ao Tribunal, salvo se a parte agravar dessa decisão, a fim de que o recurso suba ao Tribunal.
         e) forma (regularidade e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito a recorrer): o respeito a forma prevista em lei é também requisito de admissibilidade do recurso na medida em que a legislação aplicável a exija. Assim, o recurso de apelação só possui a forma escrita, não sendo admissível sua interposição oral, ainda que a sentença tenha sido proferida em audiência.
        Neste tópico também analisamos a regularidade formal do recurso pela inexistência de fatos impeditivos ou extintivos do direito de recorrer, vejamos:
e.1) Desistência: ato através do qual o recorrente, após a interposição do recurso, manifesta-se no sentido de que não pretende o julgamento do recurso (art. 998, CPC/15).
e.2) Renúncia: ato através do qual antes de recorrer, a parte prejudicada, que teria em tese legitimidade para recorrer, manifesta o seu desinteresse em fazê-lo. Esse desinteresse pode ser manifestado expressa ou tacitamente (art. 999, CPC/15). Advirta-se ainda que a renúncia pode ser expressa, quando por petição a parte renúncia ao direito de recorrer (se ambas as partes renunciarem ao recurso, o que é comum em acordos, o trânsito em julgado ocorrerá antecipadamente, por ocasião da sentença homologatória) ou tácita, quando a parte pratica algum ato que logicamente está em oposição ao interesse de recorrer, dando causa a preclusão lógica (exemplo: a parte ao tomar ciência da sentença que lhe foi desfavorável cumpre a ordem judicial sem ressalvas – ver art. 1.000, CPC/15).
e.3) Perda do objeto: acontece quando um evento posterior faz com que o julgamento de mérito do recurso deixe de ser necessário. Exemplo: o agravo de instrumento contra decisão interlocutória que tenha negado liminar para permitir o tratamento de saúde do recorrente, quando em seguida o paciente falece.
 
8. PROCESSAMENTO DOS RECURSOS
        Em segunda instância, a regra é a de que só o colegiado fará o julgamento do recurso, sendo necessário, no mínimo três magistrados para que seja proferida decisão.
        Dentre esses três magistrados, um deles será designado como Relator do recurso e terá por função elaborar o relatório dos autos, assim como decidir questões urgentes, sendo também o primeiro a proferir o voto.
        Por exceção o RELATOR PODERÁ JULGAR sozinho, em decisão monocrática, quando o recurso for inadmissível, prejudicado ou não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida (art. 932, III, CPC/15), e também negar provimento ao recurso que for contrário a jurisprudência dominante dos tribunais superiores (art. 932, IV), vejamos:
      a) Recurso seja manifestamente inadmissível: hipótese em que a parte recorrente não cumpriu os pressupostos de admissibilidade do recurso e por isso este não deve ser sequer recebido para exame. Exemplo: recurso para o qual não houve preparo ou recurso intempestivo.
         b) Recurso Prejudicado: hipótese em que fato posterior fez com que o recurso perdesse o seu objeto. Exemplo: a transação entre as partes.
         c) Recurso que não tenha impugnado os fundamentos da decisão: hipótese em que o fundamento do recurso é genérico, sem especificar de maneira clara os fundamentos que contraria a decisão recorrida.
         d) Recurso está em confronto com Súmula, jurisprudência dominante no Tribunal, no STF ou outro Tribunal Superior. Se a decisão recorrida está em confronto com jurisprudência consolidada dos tribunais superiores, não se deve deixar prosperar a irresignação porque já é previsível o que ocorrerá quando o recurso chegar àquele tribunal. Se dessa decisão o recorrente não se conformar, poderá interpor agravo interno para que o colegiado possa apreciar o acerto ou desacerto da decisão monocrática
         e) Recurso em confronto com acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos. Se já há decisão proferida em  julgamento de casos repetitivos, não tem sentido deixar prosseguir um recurso do qual já se sabe qual o seu desfecho. Seria um contra senso, um desperdício de tempo, enfim, uma inutilidade.
         f) Recurso em confronto com entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência. Da mesma forma que o argumentado acima.
        Das decisões proferidas pelo Relator caberá RECURSO DE AGRAVO INTERNO para o colegiado, no prazo de 15 (cinco) dias, mas se este recurso for considerado procrastinatório, por ser manifestamente inadmissível ou infundado, o Tribunal condenará o recorrente em multa de 1% (um por cento) a 5% (cinco por cento) do valor da causa, condicionado qualquer outro recurso ao pagamento desta (art. 1.021, caput e § 4°, CPC/15).
      Lembramos também que com o advento da antecipação de tutela, o relator do recurso também poderá utilizar o chamado EFEITO ATIVO, que consiste em conceder ou deferir por liminar aquilo que foi negado em primeira instância pelo ato judicial recorrido. Exemplo: se o autor de uma ação pede liminar ao juiz para evitar que seu nome seja inserido no SCPC e o juiz nega, pode ser interposto agravo de instrumento e o relator poderá conceder o efeito ativo a fim de determinar que não seja feita qualquer restrição ao crédito do recorrente (art. 1.019, I, CPC/15).
       Todo acórdão conterá ementa, que é uma suma das considerações que se pode extrair do julgamento. Uma vez lavrado o acórdão suas conclusões serão publicadas no órgão oficial em até 10 (dez) dias (art. 943, CPC/15).
Exercício 1:
No tocante aos fundamentos que justificam o direito de recurso, Gabriel Rezende Filho chega a afirmar que psicologicamente o recurso corresponde a uma irresistível tendência humana, tendo em vista que ninguém, via de regra, se conforma com o juízo ou parecer de uma primeira pessoa, todos buscam uma segunda opinião. Afirma ainda aquele mestre que a origem dos recursos se funda em duas premissas: reação natural do homem que não se sujeita a um único julgamento e, a possibilidade de erro ou má-fé. Dentre as assertivas abaixo, assinale a correta:
(I) Em geral, a finalidade do recurso é buscar a reforma ou modificação da matéria decidida em um determinado grau através do reexame que será procedido pelo órgão hierarquicamente superior.
(II) O maior objetivo do recurso é atingir o ideal de justiça, tendo em vista que o só fato de o juiz saber que sua sentença pode ser reexaminada por um tribunal superior, obriga-o a ser mais cuidadoso e justo em suas decisões.
(III) Todo recurso deverá, obrigatoriamente, ser submetido a apreciação de seu mérito tendo em vista que se a parte recorreu, ela tem direito a um pronunciamento sobre o direito posto em apreciação, independente de qualquer juízo de admissibilidade.
 
 
A)
A) Somente (I) está correta.
 
B)
B) Somente (II) está correta.C)
C) Somente a (III) está correta.
 
D)
D) Somente (I) e (II) estão corretas
 
E)
E) Somente (II) e (III) estão corretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) Quer dizer, es te princípio não se encontra de for ma expressa na Constituição Federa l,
Exercício 2:
Dentre os vários princípios que norteiam o processo civil podemos destacar os seguintes:
(I) duplo grau de jurisdição: consiste no direito da parte vencida ou prejudicada obter do órgão jurisdicional uma nova apreciação da questão decidida. É princípio constitucional implícito tendo em visa a previsão de órgãos de primeira e segunda instância na Justiça brasileira.
(II) fungibilidade: na hipótese de erro escusável (aquele que pode ser perdoado diante das circunstâncias) sobre qual seria o recurso adequado, e desde que o prazo do recurso certo ainda não tenha se expirado é possível que o julgador receba o recurso inadequado como se fora o recurso certo, tendo em vista a inexistência de má-fé ou prejuízo na hipótese.
(III) vedação à “reformatio in pejus”: quando apenas uma das partes recorre de uma decisão interlocutória ou sentença, o julgamento do recurso não pode prejudicar o recorrente no sentido de colocá-lo em situação de desvantagem em relação ao estado anterior.
 
 
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (II) e (III) estão corretas.
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) O duplo grau de jurisdição é um direito da parte vencida buscar a modificação de uma decisão que lhe seja justo
Exercício 3:
Na hipótese de erro escusável (aquele que pode ser perdoado diante das circunstâncias) sobre qual seria o recurso adequado, e desde que o prazo do recurso certo ainda não tenha se expirado é possível que o julgador receba o recurso inadequado como se fora o recurso certo, tendo em vista a inexistência de má-fé ou prejuízo na hipótese. Esta descrição corresponde ao princípio:
 
 
A)
da tempestividade
 
B)
da unirrecorribilidade
 
C)
do preparo
 
D)
da fungibilidade
 
E)
da publicidade
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) na hipótese de erro escusável (aquele que pode ser perdoado diante das circunstâncias) sobre qual seria o recurso adequado, e desde que o prazo do recurso certo ainda não tenha se expirado é possível que o julgador receba o recurso inadequado
Exercício 4:
Apesar da existência do princípio da taxatividade, a doutrina e a jurisprudência reconhecem a existência de figuras similares aos recursos que também podem conseguir alterar resultados de julgamentos. Por não estarem previstos expressamente como recursos, são chamados de sucedâneos de recursos. Nesse sentido, não é sucedâneo de recurso:
 
 
A)
Mandado de segurança
 
B)
Agravo de instrumento
 
C)
Ação rescisória
 
D)
Embargos de terceiros
 
E)
Nenhuma das respostas está correta
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) : consiste no fato de que a existência de um recurso está vinculada a sua previsão expressa pelo sistema. As partes não podem se valer de recursos “implícitos” e que não estejam literalmente previstos em lei
Exercício 5:
Todos os recursos se sujeitam a um juízo prévio de admissibilidade pelo qual o órgão julgador irá verificar de sua regularidade formal. Nesse sentido, são pressupostos objetivos analisados nessa fase:
 
 
A)
Cabimento
 
B)
Tempestividade
 
C)
Regularidade formal
 
D)
Preparo
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) Pressupostos de admissibilidade dos recursos são os requisito s a serem cumpridos pelo recorrente, a fim de que sua petição de recurso seja recebida para posterior exa me de mérito j unto ao órgão julgador
Exercício 6:
A deserção é:
 
 
A)
Perda do prazo recursal
 
B)
O acolhimento do pedido recursal
 
C)
O improvimento do pedido recursal
 
D)
A penalidade por não recolhimento do preparo recursal
 
E)
O reconhecimento da prescrição do direito material, em segunda instância
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) O preparo deve se r recolhido integralmente, entretanto se for recolhido a menor, o recorrente deve ser intimado a complementá - lo, circunstância e m que se não o fizer e m 5 (cinco) dias, será julgado DESERTO ,
Exercício 7:
Leia as assertivas abaixo, assinale no gabarito de resposta a correta:
(I) Em geral, a finalidade do recurso é buscar a reforma ou modificação da matéria decidida em um determinado grau através do reexame que será procedido pelo órgão hierarquicamente superior.
(II) O maior objetivo do recurso é atingir o ideal de justiça, tendo em vista que o só fato de o juiz saber que sua sentença pode ser reexaminada por um tribunal superior, obriga-o a ser mais cuidadoso e justo em suas decisões.
(III) Todo recurso deverá, obrigatoriamente, ser submetido a apreciação de seu mérito tendo em vista que é de se pressupor seja ele admissível.
 
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente a (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
E)
Somente (II) e (III) estão corretas. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 8:
Podemos definir recurso como sendo o remédio voluntário e idôneo pelo qual se busca, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão judicial impugnada. Tendo em vista este conceito, leia as proposições abaixo e assinale no quadro a resposta correta.
(I) É voluntário porque ninguém é obrigado a recorrer. Assim, somente poderá recorrer da decisão a parte que tenha se conformado, no todo ou em parte, com a decisão prolatada, buscando sua reforma.
(II) Por idôneo entenda-se que é preciso existir, na ordem processual, um recurso apto e adequado à modificação pretendida.
(III) Dizemos no mesmo processo, porque o recurso é parte do próprio processo em andamento, correspondendo, a bem da verdade, a uma nova fase processual.
 
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente a (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
E)
Somente (II) e (III) estão corretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) 
Exercício 9:
Em relação aos recursos, é incorreto afirmar:
 
A)
O rol dos recursos previstos no sistema processual civil é taxativo, não se admitindo ampliações não estabelecidas expressamente.
B)
O princípio da singularidade é aquele pelo qual cada decisão judicial só é atacada por um único tipo de recurso, defeso à parte ou ao interessado interpor mais de um tipo de recurso contra a mesma decisão.
C)
O princípio da fungibilidade recursal é aquele pelo qual se permite a troca de um recurso por outro, ou seja, atendidos a certos requisitos o tribunal pode conhecer do recurso erroneamente interposto.
D)
A proibição da reformatio in pejus envolve inclusive as questões de ordem pública que devem ser examinadas de ofício pelo tribunal como decorrência do efeito translativo recursal.
E)
Entre outros, são requisitos de admissibilidade dos recursos a tempestividade, a legitimidade e o interesse recursais, a regularidade formal e o preparo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
E) 
C) 
A) 
B) 
D) 
Exercício 10:
É irrecorrível o ato judicial que:
 
 
A)
Indefere o pedido de gratuidade de justiça
 
B)
Condena o autor em litigância de má-fé
 
C)
Julga procedente o pedido do autor
 
D)
Reconhece a ocorrência de prescrição
 
E)
Determina a intimação das partes para comparecerem a audiência
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
D) 
B) 
C) 
A) 
E) 
Exercício 11:
Tratando-se de recurso adesivo se pode afirmar que:
(I) É um tipo especial de recurso, cabível somente nos casos em que haja sucumbência recíproca, quando uma das partes, tendo se conformado com a decisão, deixa de interpor o recurso próprio no momento oportuno, vindo a ser surpreendido pela parte contrária, que interpõe o seu próprio recurso no prazo queera comum a ambos.
(II) É cabível nos recurso de apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial.
(III) No tocante à legitimidade de propositura somente autor e réu podem interpor tal recurso, não sendo legitimados o MP nem o terceiro interessado.
 
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
D) 
C) 
A) 
E) 
Exercício 12:
Embora a regra seja de que o julgamento do recurso no Tribunal será realizado pelo colegiado, há exceções porque em algumas situações o Relator poderá julgar sozinho, em decisão monocrática, quando:
(I). Recurso seja inadmissível: hipótese em que a parte recorrente não cumpriu os pressupostos de admissibilidade do recurso e por isso este não deve ser sequer recebido para exame.
(II). Recurso Prejudicado: hipótese em que fato posterior fez com que o recurso perdesse o seu objeto.
(III). Recurso está em confronto com Súmula, jurisprudência dominante no Tribunal, no STF ou outro Tribunal Superior.
 
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (II) e (III) estão corretas
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
C) 
D) 
E) 
1. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS
        O novo Código de Processo Civil (Lei n° 13.105/15) cria diversos mecanismos para uma mudança da cultura processual no Brasil. Um desses desafios é a valorização dos precedentes jurisprudenciais, como forma de atender o princípio da segurança jurídica, da celeridade e da razoável duração do processo.
        Instrumentos como os julgamentos de recursos especiais e extraordinários repetitivos e o incidente de assunção de competência, dentre outros, são mecanismos que visam uma uniformização da aplicação das leis federais pelos juízes e tribunais com muito mais segurança jurídica e igualdade na aplicação da lei para todos os cidadãos.
        Com o intuito de valorizar a jurisprudência o Novo CPC estabelece expressamente que “os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente” (art. 926). Ou seja, os tribunais não devem permitir divergências internas sobre questões jurídicas idênticas, como se cada magistrado ou turma julgadora não fizesse parte de um mesmo sistema.
        O papel do STJ e do STF sai reforçado na nova sistemática processual tendo em vista que suas súmulas ou acórdãos proferidos em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos vincularão todos os juízes que não poderão ignorar a existência desses precedentes (art. 927).
        O novo estatuto processual traz outras novidades, tais como a criação do Incidente de Assunção de Competência (IAC) e do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), como forma de valorizar a jurisprudência dos tribunais estaduais e os tribunais regionais federais. O IAC será utilizado quando estiver em julgamento relevante questão de direito, com grande repercussão social e sem múltipla repetição (art. 947). Se houver múltiplas repetições, será o caso de utilização do IRDR (art. 976).
        Ademais, o Novo CPC reforça o papel do relator nos tribunais que por decisões monocráticas poderão decidir processos, sem a necessidade de julgamento colegiado, nas ações cujo tema já tiverem jurisprudência consolidada (art. 932, IV e V).
        A valoração dos precedentes jurisprudenciais é garantia do princípio da isonomia tendo em vista que casos iguais serão julgados de forma igual.
        O sistema de precedentes já existia no nosso ordenamento jurídico desde 1993, quando foi inserido o parágrafo 2º ao art. 102 da Constituição Federal, estabelecendo que “as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração publica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal”. Outro exemplo que se pode invocar são as sumulas vinculantes e os acórdãos proferidos em julgamento de casos repetitivos pelo STJ e STF. Contudo, apesar de já haver resquícios do sistema híbrido anterior ao Novo CPC, é óbvio que o sistema de precedentes sai agora muito mais fortalecido pelas novas regras insculpidas no CPC/15.
        Assim, o Novo Código de Processo Civil ao dar tratamento privilegiado aos precedentes Judiciais faz um mescla entre o nosso tradicional sistema jurídico, baseado fundamentalmente no “civil law”, para acolher fragmentos do “common law”. Há uma visível mudança de paradigma, pois saímos do estágio em que a lei era a fonte primária do direito (CPC/73), para admitir a jurisprudência como fonte relevante do direito (CPC/2015).
        Inaugura-se uma nova era em que o resultado de uma demanda pode ter alguma previsibilidade. O processo tende a deixar de ser um típico “jogo de loteria” onde ninguém pode ter, a priori, nenhuma certeza de qual resultado se pode esperar da demanda. Para casos iguais, já será possível antever a decisão em face dos precedentes eventualmente existentes.
 
2. EMBARGOS INFRINGENTES DE OFICIO (incidente de colegialidade)      
 
        Muito se falou sobre o fim dos embargos infringentes no Novo CPC, porém o que vemos é a sua sobrevivência sob uma nova roupagem e com outra finalidade, vejamos.
        O art. 942 contém a previsão de que se o resultado do julgamento da apelação não for unânime, o julgamento deverá ter prosseguimento, na mesma sessão ou em outra a ser designada, com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.
        Aplica-se a mesma sistemática de julgamento de ação rescisória quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno; bem como no julgamento de agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito (art. 942, § 3°).
        De outro lado, o legislador fez uma ressalva para estabelecer que não se aplica esta técnica de julgamento para nos casos envolvendo o incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas, bem como quanto tratar-se de remessa necessária e nos resultados não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial (art. 942, § 4°).
        Como percebemos os embargos infringentes não mais existem da forma como era previsto no CPC/73, porém ganhou uma sobrevida com outro nome: agora poderão ser chamados de “embargos infringentes de ofício” ou, quem sabe, de “julgamento ampliado de votação não unânime” ou talvez de “remessa necessária de votação não unânime” ou mesmo “incidente de colegialidade”.
        Cumpre esclarecer que os embargos infringentes regulados no CPC/73, só chegava ao tribunal por iniciativa da parte que pretendesse submeter a decisão não unânime ao colegiado. Pela sistemática do Novo CPC a iniciativa é da lei e é impositiva e independente de qualquer vontade, implicando dizer que qualquer julgamento de apelação não unânime terá que ser submetido ao colegiado para reexame. Significa dizer que o julgamento não unânime obrigará o presidente da turma a convocar novos membros (que não participaram o primeiro julgamento), para, em número suficiente para que o resultado possa ser reformado, promova um outro julgamento na mesma ou em futura sessão.
        Vejamos outro detalhe importante. No disciplinamento do CPC/73, os embargos infringentes só seriam cabíveis contra decisão não unânime que tivesse reformado sentença de mérito. Pelo Novo CPC caberá a remessa em todo e qualquer julgamento de apelação que não seja unânime.Em conclusão: considerando que o julgamento da apelação é realizado por três desembargadores (relator, revisor e terceiro juiz), implica dizer que qualquer julgamento por dois a um, implicará na divergência que impõe ao presidente da turma a obrigatoriedade de prorrogar o julgamento, através da convocação de outros julgadores para, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial.
        Os defensores da sobrevivência dos embargos infringentes dizem que é importante a sistemática adotada tendo em vista que as decisões dos tribunais não sendo unânimes, poderiam suscitar dúvidas no jurisdicionado sobre quem de fato estará certo, razão porque o julgamento ampliado evitará que permaneça qualquer dúvida no ar.
       
3. CONFLITO DE COMPETÊNCIA
 
        Cumpre esclarecer desde logo que ocorre conflito de competência quando dois ou mais juízes se declaram competente para conhecer de um determinado processo (conflito positivo); ou, ao reverso disso, quando dois ou mais juízes se declaram incompetentes para o mesmo processo (conflito negativo).
        Quando o conflito é suscitado entre juízes vinculados ao mesmo tribunal, não há maiores problemas porquanto este será o órgão competente para julgar e processar o incidente. O problema surge quando são envolvidos juízes de tribunais diferentes (um juiz federal e outro estadual, por exemplo). Nessa circunstância é preciso verificar as disposições constitucionais aplicáveis à espécie (ver CF, art. 201, I e art. 105, I, letra d).
        Para solucionar a questão o Novo CPC prevê a instauração do incidente processual chamado de conflito de competência cujo regramento está previsto nos arts. 951 a 958.
        Diz o Código que o conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz. Diferentemente do CPC/73, o Ministério Público somente atuará nos processos previstos no art. 178, mas terá qualidade de parte nos conflitos que suscitar (ver art. 941 e parágrafo único).
        Por uma questão de lealdade e boa-fé a lei processual não permite seja suscitado o conflito pela parte que, no processo, arguiu incompetência relativa, contudo nada obsta que a parte que não o arguiu suscite a incompetência (art. 952).
        O conflito de competência deverá ser suscitado diretamente no tribunal competente. Se for suscitado pelo juiz, isto deverá ser processado mediante oficio. Se for pelas partes ou pelo Ministério Público, deverá ser provocado por petição e, em ambos os casos, instruídos com os documentos necessários a comprovação do conflito (art. 953). 
        Depois de distribuído o incidente no tribunal, o relator determinará a oitiva dos juízes em conflito ou, se um deles for suscitante, apenas do suscitado. As informações deverão ser prestadas no prazo assinalado pelo relator (art. 954).
        No caso de conflito positivo de competência, o relator poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, determinar o sobrestamento do processo e, nesse caso, bem como no de conflito negativo, designará um dos juízes para resolver, em caráter provisório, as medidas urgentes (art. 955).
        Autoriza o CPC que o relator possa julgar monocraticamente o incidente quando sua decisão se fundar em súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; ou ainda, se for baseada em tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência (art. 955, parágrafo único).
        Decorrido o prazo para prestação de informações, tendo elas ocorrido ou não, será aberto prazo de 5 (cinco) dias ao Ministério Público e, em seguida, o incidente será levado a julgamento (art. 956). 
        Com o julgamento monocrático ou colegiadamente, o tribunal declarará qual o juízo será competente, pronunciando-se também sobre a validade dos atos do juízo incompetente (art. 957).
        Por fim trata a lei processual dos conflitos entre órgãos fracionários de um mesmo tribunal, estabelecendo que o julgamento deverá ser conforme dispuser o regimento interno do tribunal em questão (art. 958).
 
4. INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDA REPETITIVAS (IRDR)
 
         Esta é mais uma novidade do Novo CPC com a finalidade uniformizar decisões sobre mesma questão, evitando com isso a insegurança jurídica até outrora reinante de decisões diferentes para casos exatamente iguais.
        Muitos têm argumentado que o novo CPC acabou com o chamado “livre convencimento motivado” que era albergado expressamente no CPC/73 (art. 131). Outros doutrinadores entendem que não.
        Veja-se que independente de permanecer sob o critério do juiz a valoração da prova (art. 371 do CPC/15), é certo que a liberdade do julgador foi bastante reduzida na exata medida em que nenhum julgador poderá ignorar os precedentes jurisprudenciais existentes (art. 927 do CPC/15), bem como não poderá utilizar fundamentos genéricos para suas decisões ou mesmo ignorar os argumentos das partes, sob pena de nulidade (art. 489, § 1°do CPC/15).
        Nessa linha de proceder é que ressalta a importância do IRDR como garantia de, independente de qual juiz vai julgar a causa, o resultado será igual por vinculação de todos os juízes aos precedentes já firmados pelo seu tribunal.
        Em breve síntese: o objetivo do IRDR é uniformizar entendimento sobre questões da vida prática que se repetem nos tribunais. Escolhe-se um caso, utiliza-se ele como paradigma, processa-se o seu julgamento e a decisão proferida será aplicada a todos os processos em andamento e a todos os processos futuros que venham a ser proposto naquela base territorial.
        O incidente pode ser instauração através de pedido que será dirigido ao presidente de tribunal, podendo ser provado pelo juiz ou relator, através de ofício ou pelas  partes, Ministério Público ou Defensoria Pública, através de petição (art. 977).
        Os requisitos para a instauração do incidente são os seguintes (art. 976):
a. existência de vários processos com a mesma controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito;
b. risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica com decisões divergentes sobre o mesmo tema;
c. inexistência nos tribunais superiores de recurso afetado para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.
        É importante frisar ainda que os tribunais deverão dar ampla divulgação à existência de processos pendentes de julgamento por esta sistemática para com isso possibilitar a todos os interessados que acompanhem e participem, se for o caso, do julgamento (art. 983).
        
5. DA RECLAMAÇÃO
 
        O instituto da reclamação já existia no nosso ordenamento jurídico por determinação constitucional, tanto com relação ao STF (CF, art. 102, I, letra l e art. 103-A, § 3°) quanto com relação ao STJ (CF, art. 105, I, letra f).
        O novo CPC ampliou sua aplicação estendendo sua aplicação para todos os tribunais brasileiro, com a finalidade de preservar a competência do tribunal; garantir a autoridade das decisões do tribunal; garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência; e finalmente, garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência  (art. 988, I a IV).
        O incidente pode ser provocado pela parte interessada ou pelo Ministério Público (art. 988, caput). Mesmo não sendo provocado pelo Ministério Público, este participará do processo como custos legis, tendo vista do processo por 5 (cinco) dias, após o decurso do prazo para informações e para o oferecimento da contestação pelo beneficiário do ato impugnado (art.991).
        O relator ao despachar a reclamação poderá requisitar informações à autoridade contra a qual foi imputado a prática do ato e, se necessário, determinará a suspensão do processo ou do ato impugnado para evitar dano irreparável. Além disso, mandará citar a parte beneficiária da decisão impugnada que poderá apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias (art. 989).
        Julgando procedente a reclamação, o tribunal cassará a decisão exorbitante de seu julgado ou determinará medida adequada à solução da controvérsia e, através de ordem expedida pelo presidente do tribunal, a decisão deverá ser cumprida imediatamente, independentemente da lavratura do respectivo acórdão (arts. 992 e 993).
        Atenção: não é admissível reclamação proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada; ou ainda, proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando ainda não esgotadas as instâncias ordinárias (art. 988, § 5°).
 
 
6. DA REMESSA NECESSÁRIA
 
        É importante esclarecer por primeiro que a remessa necessária não é um recurso, mas a reapreciação da sentença por força de imposição legal. Tanto é assim que não está sujeito a preparo ou a prazo, não comporta razões ou contra-razões das partes, nem mesmo recurso adesivo, apesar de submeter a sentença proferida em primeiro grau a reexame pela instância superior, podendo a sentença ser reformada e substituída pelo acórdão, se o tribunal tiver outro entendimento no tocante ao objeto da lide, exatamente como se fosse um recurso (mas não é).
        O sistema legislativo brasileiro sempre previu a existência desse instituto como um benefício em favor da Fazenda Pública, pois funciona como uma espécie de duplo grau de jurisdição obrigatório, submetendo a  decisão proferida em primeiro grau a um novo julgamento, mesmo que o ente público não tenha recorrido.
        Quer dizer, mesmo que a Fazenda Pública não interponha apelação contra a decisão de primeiro grau que lhe foi desfavorável, o juiz está obrigado a remeter os autos ao tribunal ao qual esteja vinculado, para que sua decisão seja, por assim dizer, validada (art. 496).
        Podemos dizer que a remessa necessária tem efeito suspensivo tendo em vista a dicção da lei ao dizer claramente que a sentença só produzirá efeitos depois de confirmada pelo tribunal (art. 496, caput).
        Em razão do valor da condenação ou do proveito econômico obtido contra a Fazenda Pública, excetua-se dessa obrigatoriedade a sentença que versar sobre valor inferior a:
a. 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;
b. 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
c. 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
        Deixa de existir também a obrigatoriedade da remessa necessária quando a sentença, independente de valor envolvido, estiver em conformidade com:
a. súmula de tribunal superior;
b. acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c. entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
d. entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
        Embora o instituto da remessa necessária tenha sofrido muitas críticas ao longo do tempo, ele permanece no regramento do novo CPC, ainda que mitigado.
        A justificativa para a permanência deste instituto, reprise-se, está no propósito de ofertar à Fazenda Pública maior proteção, pois ao defender e garantir mais segurança as decisões contra os entes públicos, ainda que por vias tortas estar-se-ia protegendo a própria coletividade.
Exercício 1:
Com o intuito de valorizar o sistema de precedentes jurisprudenciais o Novo CPC disciplina vários institutos e dentre estes:
(I) incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR)
(II) incidente de assunção de competência (IAC)
(III) incidente de desconsideração da personalidade jurídica (IDPS).
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência
Exercício 2:
O conflito de competência pode ser suscitado:
(I) por qualquer das partes.
(II) pelo membro do Ministério Público.
(III) pelo próprio juiz.
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes
Exercício 3:
O Novo CPC acabou com os embargos infringentes e criou em seu lugar outra figura muito assemelhada que está sendo denominado pela doutrina de “embargos infringentes de ofício” ou mesmo “incidente de colegialidade”. Nesse sentido, leia as proposituras abaixo e assinale a resposta correta:
(I) quando o julgamento da apelação não for unânime, o julgamento deverá ter prosseguimento, na mesma sessão ou em outra a ser designada, com a presença de outros julgadores, que serão em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.
(II) Assim também quando houver votação não unânime no incidente de resolução de demandas repetitivas e nos casos de assunção de competência.
(III) Aplica-se a mesma sistemática de julgamento de ação rescisória quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno.
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (III) estão corretas.
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) Quando o resultado da apelação for não unanime , o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores
Exercício 4:
Dentre outras hipóteses, deixa de existir a obrigatoriedade da remessa necessária quando a sentença, independente de valor envolvido, estiver em conformidade com:
(I) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
(II) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
(III) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, nos casos previstos neste artigo não interposta a apelação no prazo legal
Exercício 5:
Acerca do instituto da reclamação, leia as proposições abaixo e assinale a opção correta:
 
A)
Cabe embargo infringente de ofício (incidente de colegialidade) contra decisão não-unânime proferida em ação de reclamação.
 
B)
O procedimento da reclamação prevê a concessão de medida preventiva pelo relator, que, para evitar dano irreparável, determinará a suspensão do processo ou do ato impugnado.
 
C)
A legitimidade ativa para propor reclamaçãocontra ato judicial ou administrativo que atentar contra a competência do STF ou do STJ ou que descumprir o conteúdo dos julgados proferidos por esses tribunais é exclusiva do procurador geral da República.
 
D)
A reclamação é cabível somente contra decisão de segundo grau de jurisdição, para assegurar o efeito vinculante das decisões proferidas no recurso extraordinário ou especial repetitivo.
 
E)
Julgada procedente a reclamação, o tribunal cassará a decisão impugnada para preservar a sua competência ou para garantir a autoridade das suas decisões, mesmo que o ato impugnado já tenha transitado em julgado.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) Realizadas as diligências ou não sendo estas requeridas nem determinadas pelo relator, serão intimadas a acusação e a defesa
Exercício 6:
Com relação ao incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR), leias as proposituras abaixo e assinale a resposta correta.
(I) o objetivo do incidente é uniformizar entendimento sobre questões da vida prática que se repetem nos tribunais.
(II) É escolhido um caso representativo daqueles que existem em repetição, utiliza-se ele como paradigma, processa-se o seu julgamento e a decisão proferida será aplicada apenas aos processos que estejam em andamento no tribunal.
(III) O incidente pode ser instauração através de pedido que será dirigido ao presidente de tribunal, podendo ser provado pelo juiz ou relator, através de ofício ou pelas  partes, Ministério Público ou Defensoria Pública, através de petição
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (III) estão corretas.
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente de tribunal
Exercício 7:
No que diz respeito ao incidente denominado “embargos infringentes de ofício”, o legislador do Novo CPC deixou claro que não se aplica este incidente às hipóteses de:
(I) nos casos envolvendo o incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas.
(II) também quando tratar-se de remessa necessária.
(III) nos julgamento não unânime realizado pelo plenário ou pela corte especial.
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) 
Exercício 8:
Considerando as assertivas abaixo, tratando da remessa necessária, se pode afirmar:
(I) Não se aplica a remessa necessária quando a sentença estiver fundada em entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência.
(II) Aplica-se a remessa necessária mesmo que a sentença esteja fundada em entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
(III) Não se aplica a remessa necessária para a confirmação de sentença proferida contra fundações de direito público estaduais quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for inferior a 500 (quinhentos) salários-mínimos.
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (III) estão corretas.
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
E) 
B) 
D) 
Exercício 9:
O incidente de resolução de demandas repetitivas é cabível quando:
(I) existem vários processos com a mesma controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito;
(II) risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica com decisões divergentes sobre o mesmo tema;
(III) inexiste nos tribunais superiores de recurso afetado para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
A) 
E) 
Exercício 10:
Com relação ao conflito e competência é correto afirmar:
(I) depois de distribuído o incidente no tribunal, o relator determinará a oitiva dos juízes em conflito ou, se um deles for suscitante, apenas do suscitado.
(II) o relator poderá julgar monocraticamente o incidente quando sua decisão se fundar em súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; ou ainda, se for baseada em tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência.
(III) com o julgamento monocrático ou colegiadamente, o tribunal declarará qual o juízo será competente, cabendo ao juiz competente quais atos praticados pela anterior poderá ser considerados válidos.
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 11:
Com relação ao instituto da reclamação, podemos afirmar que é cabível, exceto:
 
A)
para preservar a competência do tribunal;
 
B)
garantir a autoridade das decisões do tribunal;
 
C)
garantir que todas as decisões de primeiro e segundo grau sigam um mesmo padrão de julgamento tendo em vista que, embora existam juízes e tribunais diferentes, o direito brasileiro é um só, não se admitindo decisões dispares.
 
D)
garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
 
E)
garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
E) 
C) 
Exercício 12:
O Novo CPC prestigia os chamados precedentes jurisprudenciais. Nesse sentido leia as proposituras abaixo e assinale qual resposta é a correta.
(I) Acórdãos proferidos em Incidente de Assunção de Competência (IAC) e do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), pelos tribunais estaduais e regionais federais.
(II) Os acórdãos proferidos nos julgamentos de recursos especiais e extraordinários pelo STJ e STF respectivamente.
(III) Esse sistema de privilegiar os precedentes inaugurado pelo Novo Código de Processo Civil transforma o nosso sistema jurídico de “civil law” para “common law”.
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
D) 
E) 
B) 
A) 
1. NOÇÕES GERAIS
        Discutia-se no plano doutrinário o caráter recursal dos embargos declaratórios e eminentes autores se colocavam em correntes contrárias, uns em atitude formal, outros em postura mais flexível.
        Os que não viam no instituto “própria ou rigorosamente” um recurso, assim o entendiam porque por via dele só é lícito ao juiz declarar a sentença já proferida, não podendo, portanto, inovar, ou seja, não podendo modificar em ponto algum a mesma sentença.
        Não obstante isso, nosso legislador o vislumbrou como recurso e esta é também nossa visão, isto porque existe, nos embargos de declaração, a pretensão de corrigir uma decisão que causa algum prejuízo a parte, tendo em vista que a obscuridade, a contradição, ou a omissão trazem danos aos demandantes.
 
2. EXTENSÃO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS
        Na vigência do CPC/73 existia a dúvida quanto à extensão dos embargos declaratórios: poderiam ser interpostos contra decisões interlocutórias ou somente contra sentença? Isso se dava em função da literalidade do contido no revogado art. 535, pois o mesmo falava que cabia embargos de declaração somente “contra acórdão e sentença”.
        Hoje esta questão está superada tendo em vista que o CPC/15 foi expresso ao consignar claramente que “cabem embargos de declaração contra qualquer decisãojudicial” (art. 1.022, caput). Se a lei diz que cabem embargos de declaração contra “qualquer decisão” significa dizer que as “decisões” interlocutórias podem ser questionadas através deste remédio jurídico.
        É importante que o legislador tenha consignado de maneira expressa o cabimento de embargos declaratórios contra qualquer decisão por várias razões. Apenas para exemplificar, o manejo deste tipo de recurso contra decisões interlocutórias vai reduzir o número de agravos de instrumentos tendo em vista que sendo esclarecidas dúvidas processuais pelo juiz da causa, é muito provável que a parte se satisfaça com os esclarecimentos e, assim, deixe de manejar outro recurso qualquer o que, sem nenhuma sombra de dúvida colabora com o princípio da celeridade processual e da razoável duração do processo.
        Em síntese: O recurso de embargos de declaração é um recurso cabível contra toda e qualquer decisão judicial, não havendo restrição quanto ao seu cabimento. É cabível de decisão interlocutória, sentença, acórdão, decisão monocrática proferida com base no art. 932 do novel codex.
 
3. PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO
        Diferentemente dos outros recursos, os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, conforme determina o art. 1.023 do CPC/15, sendo indiferente qual seja o ato atacado, ou seja, tanto em primeira instância como em segunda, o prazo será o mesmo.
        Ademais, os embargos de declaração independe do recolhimento de custas por expressa determinação legal (art. 1.023, caput, parte final).
 
4. ADMISSIBILIDADE
        As hipóteses de admissibilidade dos embargos de declaração vêm expressas nos incisos do art. 1.022, CPC/15: esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; e, corrigir erro material.
        Assim, percebe-se claramente que a finalidade precípua deste recurso é o aprimoramento da prestação jurisdicional, esclarecendo obscuridade, eliminando contradição, suprimindo omissões e corrigindo erro material.
a. Obscuridade: a decisão judicial precisa ser límpida, clara, compreensível, completa. A ausência de clareza e de difícil compreensão na decisão gera obscuridade, que deve ser combatida por meio do recurso de embargos de declaração.
b. Contradição: o outro vício refere-se à contradição na própria decisão proferida pelo magistrado. Não se trata aqui de contradição entre decisões diferentes e diversas constantes no processo. O contrassenso e a incoerência acarretam decisões contraditórias, que dificultam até a execução da decisão judicial.
c. Omissão: no tocante à omissão, considera-se omissa a decisão quando o juiz deixa de se pronunciar sobre ponto ou questão a requerimento ou ex officio, nos termos do inciso II. O acréscimo da expressão ex officio demonstra que o recurso de embargos de declaração também serve para arguir as questões de ordem pública, que não foram apreciadas, embora se permita ao magistrado analisá-la de ofício.
d. Erro material: a modalidade de erro material, como requisito de mérito deste recurso, também foi incluído pelo legislador. Cumpre esclarecer que o erro material ocorre quando, por exemplo, na sentença grafou-se o nome das partes erroneamente ou apresentou algum erro de cálculo.
 
5. PROCESSAMENTO
        A competência para receber, processar e julgar os embargos de declaração é do próprio magistrado cuja decisão estará sendo atacada. Por se tratar de decisão unipessoal, mesmo nos tribunais o relator estará dispensado de levá-lo a julgamento no colegiado do qual faz parte.
        De igual forma, se os embargos forem opostos contra decisão proferida pelo colegiado, aí sim deve, obrigatoriamente, ser julgados pelo colegiado.
        O prazo para julgamento dos embargos de declaração é de 5 (cinco) dias, embora se trate de prazo impróprio, já que dirigido ao magistrado. O descumprimento deste prazo não acarreta nenhuma consequência jurídica pela natureza do seu prazo. No tribunal, também o magistrado tem prazo de 5 (cinco) dias para levá-los em mesa na sessão logo subsequente. Ao não  fazê-lo, a consequência jurídica é a inclusão em pauta do recurso de embargos de declaração, que poderá ser acompanhando pelas partes no dia da sessão.
        A inclusão em pauta dos embargos de declaração é uma vitória para os advogados e serventuários da justiça. Os advogados terão ciência do dia certo do julgamento deste recurso e o serventuário se desincumbirá da função de informação diária acerca do possível julgamento de todos os recursos de embargos de declaração.
 
6. EFEITO INTERRUPTIVO
 
        Embora os embargos de declaração não tenham efeito suspensivo, a sua interposição interrompe o prazo para eventual interposição de outros recursos e atinge todas as partes e eventuais terceiros.
        A interrupção e a suspensão dos prazos são distintas. Na interrupção, os prazos podem ser recontados a partir do primeiro dia após o término do efeito da interrupção, não computando os dias consumidos pela oposição dos declaratórios. A suspensão de prazos, diferentemente, cessa o prazo em curso e volta a contar apenas os dias que sobejar. No caso da interrupção, a regra é sempre interromper o prazo para todos que participam do processo, exceto no caso de intempestividade, como já previa o CPC/73.
        No caso de intempestividade seria a única exceção. Tal raciocínio não se estende as hipóteses diversas de não conhecimento do recurso, como equivocadamente se tem mostrado algumas parcas decisões.
 
7. EFEITO INFRINGENTE
        Ainda que por vias transversas O Novo CPC fez prevê a hipótese de embargos declaratórios com efeito infringentes ao estabelecer no § 2° do art. 1.023, que “o juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada”.
        Esse é o chamado efeito infringente que poderá resultar do provimento do recurso. Logo, por força do princípio do contraditório e da ampla defesa, o embargado terá a oportunidade, de impugnar os embargos no prazo que a lei estabelece.
        O Novo CPC nada mais fez do que adequar essa regra já conhecida da doutrina e da jurisprudência, que determinava a intimação do embargado sob pena de violação ao princípio do contraditório. A verdade é que não pode a parte ser surpreendida com a alteração da decisão anterior, sem, contudo, ter a oportunidade de se manifestar.
        Quer dizer, se há possibilidade de alteração do resultado do julgado no caso de eventual acolhimento dos embargos, a observância do contraditório nesses casos é de rigor, sob pena de violação da garantia constitucional de contraditório e da ampla defesa. Assim, caberá ao juiz ou relator determinar a intimação da parte contrária sempre que o objeto dos embargos de declaração tenham potencial para alterar o conteúdo da decisão anteriormente proferida, circunstância em que se diz que estes embargos terão efeitos infringentes (ver art. 1.023, § 2°).
Exercício 1:
É certo dizer que o prazo para interposição dos embargos de declaração é:
 
A)
sempre em 15 dias já que esse é o prazo geral dos recursos
 
B)
sempre em 10 dias especialmente se houver litisconsórcio com patronos distintos, tendo em vista que nesses casos os prazos são contados em dobro.
 
C)
sempre em 20 dias porque esse é um prazo mais favorável à parte.
 
D)
em 20 dias em se tratando da Fazenda Pública já que esta goza de privilégios legais de prazo e forma.
 
E)
em 5 dias, contados da intimação da decisão a qual se pretende embargar
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) O prazo de interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a advocacia Pública, a defensoria Pública ou o Ministério Público
Exercício 2:
Com relação aos embargos de declaração, é correto afirmar:
 
A)
serão julgados sempre pela instância superior
 
B)
tem cabimento mesmo diante de meros despachos ordinatórios
 
C)
serájulgado pelo próprio prolator da decisão embargada
 
D)
será sempre submetido a um Tribunal Superior
 
E)
só será recebido se comprovado o seu preparo
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) A competência de julgar é do juízo a quo sendo levado ao colegiado
Exercício 3:
Os embargos de declaração é o recurso cabível contra as decisões de primeira ou segunda instância quando houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; ou ainda, quando for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz ou tribunal. Considerando essa premissa, assinale a alternativa correta:
(I) Serão opostos dentro do prazo de cinco dias, em petição dirigida ao juiz, quando sentença, ou ao relator, quando acórdão, com a indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso.
(II) A interposição dos embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de qualquer outro recurso, perdurando a interrupção até que o órgão judiciário venha a se manifestar decidindo a matéria constante do declaratório.
(III) Em respeito ao princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa, deverá sempre ser oportunizada à parte contrária o mesmo prazo de cinco dias para falar em contra-razões e, somente após, o juízo verificará da admissibilidade do recurso.
 
 
A)
Somente (I) está correto
 
B)
Somente (I) e (II) estão corretos
 
C)
Somente (III) está correto
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretos
 
E)
Somente (I) e (III) estão corretos
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
B) Os embargos serão opostos, no prazo de cinco dias
D) Os embargos serão opostos, no prazo de cinco dias
Exercício 4:
Ainda no tocante aos embargos de declaração se pode afirmar:
(I) Os embargos de declaração embora não tenham efeito suspensivo, a sua interposição interrompe o prazo para eventual interposição de outros recursos.
(II) Somente a parte que opôs os embargos de declaração é que pode ser beneficiada com a interrupção do prazo para posterior recurso.
(III) Quando, na sentença ou na decisão de um órgão colegiado, se verificar contradição entre o que ficou decidido e a jurisprudência prevalente naquele tribunal, poderá a parte sucumbente requerer a reforma da referida decisão pela via dos embargos declaratórios
 
A)
Somente (I) está correta
 
B)
Somente (II) está correta
 
C)
Somente (III) está correta
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas
 
E)
Todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) incumbe ao relator, dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova
Exercício 5:
No que diz respeito aos Embargos de Declaração, leia as proposituras abaixo e assinale a resposta correta:
(I) É o recurso cabível das decisões tanto de primeira quanto de segunda instância quando houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição, ou ainda, quando for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz ou tribunal.
(II) O prazo para interposição é de cinco dias, em petição dirigida ao juiz, quando referente à sentença, ou ao relator, quanto a acórdão, com a indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso.
(III) É um recurso típico para se tentar reverter decisão interlocutória, proferida tanto em primeiro quanto em segundo grau, tendo em vista seu caráter nitidamente infringente.
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
E)
Somente (I) e (III) estão corretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) Entendimento firmado em incidência de resolução de demandas repetitivas
Exercício 6:
Ainda com relação aos Embargos de Declaração se pode afirmar:
(I) Que a sua interposição interrompe o prazo para interposição de qualquer outro recurso, perdurando esta interrupção até que o órgão judiciário venha a se manifestar decidindo a matéria constante dos embargos de declaração.
(II) Que, pelo princípio do contraditório e da ampla defesa, a manifestação da parte contrária, através das contra-razões, será sempre obrigatória, sob pena de nulidade da decisão proferida sobre o recurso.
(III) Que, se o magistrado se convencer de que o recurso foi interposto com caráter meramente protelatório, poderá aplicar a penalidade de multa, que será revertida para a parte contrária.
 
A)
Somente (I) está correta.
 
B)
Somente (II) está correta.
 
C)
Somente (III) está correta.
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
E)
Somente (I) e (III) estão corretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) O juiz entamará o embargado para, querendo manifestar-se no prazo de cinco dias
Exercício 7:
De acordo com o Código de Processo Civil, os embargos de declaração contra decisão proferida em primeira instância devem ser opostos, em regra, por petição dirigida ao:
 
A)
magistrado que prolatou a decisão, no prazo de 5 dias, prestando-se a sanar omissão, obscuridade, contradição ou mesmo corrigir erro material, não estando sujeitos a preparo.
 
B)
tribunal, no prazo de 5 dias, prestando-se à reforma das questões impugnadas pelo recurso, estando sujeito a preparo.
 
C)
juízo que prolatou a sentença, no prazo de 15 dias, prestando-se a sanar omissão, obscuridade ou contradição, estando sujeitos a preparo.
 
D)
tribunal, no prazo de 5 dias, prestando-se a sanar omissão, obscuridade ou contradição, não estando sujeitos a preparo.
 
E)
tribunal, no prazo de 15 dias, prestando-se a sanar omissão, obscuridade ou contradição, estando sujeitos a preparo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 8:
Quando uma determinada decisão judicial (interlocutória, sentença ou acórdão) for obscura ou contraditória, qualquer das partes poderá pedir que o juiz elimine as obscuridades ou contradições existentes por meio do recurso denominado
 
A)
Agravo de instrumento.
 
B)
Reconsideração de despacho.
 
C)
Apelação.
 
D)
Embargos Declaratórios.
 
E)
Recurso Especial
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
E) 
A) 
C) 
D) 
Exercício 9:
No processo civil, é correto afirmar em relação aos embargos de declaração:
 
A)
Sendo declarados protelatórios pelo tribunal, sujeitam o embargante ao pagamento de multa de dez por cento sobre o valor da condenação.
 
B)
Na reiteração de embargos protelatórios, o embargante fica impedido de interpor recurso à superior instância.
 
C)
Interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes.
 
D)
A sentença de primeiro grau somente pode ser objeto de embargos declaratórios no caso de haver dúvida, obscuridade ou contradição no julgado.
 
E)
Devem ser opostos por petição dirigida ao juiz no prazo de dez dias contados da intimação da decisão proferida.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 10:
É correto afirmar em sede de embargos declaratórios:
 
A)
Que a decisão proferida em decorrência de sua interposição não se integra à decisão omissa, porquanto a natureza jurídica desse recurso é tão somente a de esclarecer a decisão embargada.
 
B)
Que a sua interposição não interrompe o prazo de apelação ou de outros recursos.
 
C)
Podem, casualmente, deter caráter infringente, de molde a permitir a impressão de efeitos modificativos no bojo da decisão omissa, contraditória ou materialmente incorreta.
 
D)
Se manejados com o intuito de suscitar prequestionamento, na eventualidade de o órgão julgador insistir na omissão, é cabível a imposição da multa ao magistrado.
 
E)
O Ministério Público tem prazo recursal em dobro tendo em vista suas prerrogativas de fiscal da lei, porém só no tocante às decisões de primeiro grau.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 11:
Quanto aos embargos de declaração, segundo o Novo CPC, assinale a opção correta.
 
A)
Para que sejam conhecidos, faz-se necessário que o embargante efetue o pagamento das custas processuais e comprove esse pagamento quando da interposição do recurso.
 
B)
O juiz terá 10 dias para julgar os embargos

Outros materiais