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O que é o cateterismo vesical? E quais suas indicações? R: o cateterismo vesical é a introdução de um tubo flexível na bexiga para retirada de urina. É indicado quando se necessita de uma amostra de urina estéril, quando a bexiga precisa ser esvaziada para uma cirurgia ou algum procedimento diagnóstico, para prevenir ou tratar hiperdistenção da bexiga e retenção urinaria após outras medidas não obterem sucesso, e medir a quantidade de urina restante na bexiga após urinar, para complementar o diagnóstico de retenção ou incontinência urinária. O que é o cateterismo de demora e o intermitente? Quais as vantagens e desvantagens? R: o cateterismo de demora ou residente, também é conhecido como cateter de Folley, geralmente é um tubo de lúmen duplo, com um balão inflável que fixa o cateter na bexiga, e é utilizado para drenagem contínua da urina da bexiga, quando é necessário manter a bexiga vazia, inserir medicação contínua ou quando o paciente não tem controle sobre a eliminação de urina. Este tipo de cateter permanece por longos períodos de tempo. As vantagens são o controle e a medição do fluxo urinário e por ser um cateter de demora o procedimento é realizado com pouca frequência no mesmo paciente, e as desvantagens são o alto risco de infecção, uma vez que os microrganismos não são mais eliminados da uretra, lesão da mucosa uretral por inserção do cateter, quando este é maior que o adequado ou não foi lubrificado. O cateterismo de alivio ou intermitente é realizado por meio de um tubo de lúmen único, que é utilizado para retirada de urina imediata da bexiga, e depois de retirado o paciente volta a urinar independentemente. As vantagens são que diminui o risco de complacência vesical, refluxo e infecções urinárias. 8. Quais os tipos de sondas e os calibres das sondas utilizadas no cateterismo de demora e intermitente? R: os cateteres vesicais podem ser feitos de borracha, plástico, silicone, látex ou PVC. Eles são medidos pelo diâmetro do lúmen, e quanto maior o número, maior o diâmetro; cateteres French Nº 8 ou 10 são utilizados comumente em crianças, e cateteres Nº 14 , 16, 18 ou 20 são utilizados para adultos. Geralmente para homens o diâmetro deve ser maior do que para mulheres. O comprimento também varia, sendo que as mulheres precisam geralmente de um cateter de 22 cm e os homens de um cateter com cerca de 40 cm. Para a sondagem intermitente, geralmente se usa cateteres do tipo nelaton, e para a sondagem de demora o mais utilizado é o cateter de Folley com duas vias ou o de Owen com 3 vias para lavagem vesical. Liste os materiais utilizados para realização do cateterismo vesical e Descreva a técnica de cateterismo vesical de demora? R: os materiais necessários são: Luvas de procedimento, pano e toalha, água e sabão, cuba rim, pinças, campo estéril para manipular os materiais e campo estéril fenestrado com abertura central, Luvas estéreis, bolas de algodão ou gaze estéril, solução antisséptica para limpar o óstio da uretra, lubrificante estéril, cateter de demora estéril, seringa com água estéril para inflar o balão, tubo de drenagem, bolsa coletora, frasco estéril para coleta de amostra de urina, micropore ou outro dispositivo para fixar a sonda, saco de lixo. A descrição será para cateterismo de demora em mulheres: Lavar as mãos; Providenciar todos os materiais necessários e organiza-los numa superfície próxima do leito; Manter iluminação adequada para o procedimento; Manter a paciente deitada com os joelhos fletidos e os pés apoiados no leito; Cobrir a paciente de modo que somente a parte do corpo que precisa ser visualizada e manipulada fique visível; Sendo destra, eu atuaria do lado direito da paciente; Calçar as luvas de procedimento e lavar com água e sabão toda a área perineal, e depois secar; Remover e descartar as luvas e lavar as mãos; Providenciar um apoio para o lixo que fique distante do campo estéril de modo que não seja preciso cruzá-lo para descartar materiais; Organizar a mesa de cabeceira com os materiais: abrir o kit estéril conforme a técnica e sem contaminá-lo Colocar um campo estéril com a parte superior sob as nádegas da paciente, tocando apenas seus cantos o mínimo possível; Calçar as luvas estéreis; Colocar o campo fenestrado sobre o períneo, com a abertura a nível dos lábios; Organizar os itens do kit estéril; Abrir a embalagem antisséptica e colocar uma quantidade da solução no algodão ou gaze; Abrir a embalagem do lubrificante estéril, colocar um pouco sobre uma gaze e lubrificar cerca de 2,5 a 5 cm da porção a ser inserida do cateter; Colocar a seringa com água destilada na via lateral e testar o balão do cateter, se ele inflou normalmente, deve-se desinflar e colocar o cateter de volta no campo estéril da mesa, com a seringa ainda conectada à via lateral; conectar a bolsa coletora se ela não estiver já conectada; Colocar o kit do cateter no campo estéril entre as pernas da paciente; Limpar o óstio externo da uretra, descartando os algodoes ou gaze com solução antisséptica um a um sem passar através do campo estéril. Colocar a mão não dominante acima dos lábios, e com o polegar e indicador, afastá-los e puxa-los para cima, para expor o óstio da uretra. Se os lábios escorregarem, a limpeza deve recomeçar. Com a mão dominante, usar a pinça para limpar a área perineal com o algodão, de frente para trás, passando o algodão uma vez em cada área; Com a mão dominante, segurar o cateter a cerca de 8 cm da extremidade proximal e o restante manter enrolado à mão; certificar-se de que a bolsa coletora está conectada. Inserir o cateter, pedindo para que a paciente respire lenta e profundamente para se acalmar durante o desconforto inicial e relaxar o esfíncter externo; Continuar a inserir o cateter em pequenas porções ate que a urina flua. Quando isto ocorrer, deve-se inserir mais 2,5 a 5 cm. Segurar o cateter enquanto a urina sai da bexiga. Quando parar de fluir, estabilizar o cateter na uretra e usar a outra mão para pegar na seringa e inflar o balão do cateter. Se houver dor, retirar a água do balão, inserir o cateter mais 2,5 cm e inflar novamente. Pendurar a bolsa coletora na lateral do leito, abaixo do nível da bexiga. Prender o cateter na coxa da paciente com uma fita ou micropore, para que não haja tração repentina. Limpar a área perineal e retirar o excesso de solução antisséptica, para não haver irritação da pele; Remover as luvas e lavar as mãos; Arrumar os materiais e retornar o paciente para uma posição confortável. Quais os cuidados de enfermagem na realização do cateterismo? R: orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado, promover privacidade para o paciente, investigar se o paciente tem alergia ao iodo ou ao látex, verificar se há distenção da bexiga, verificar a hora da ultima eliminação de urina, notar sinais de infecção na bexiga, seguir a técnica estéril durante todo o procedimento, observar características da urina obtida após inserção do cateter, atentar para evitar obstrução do cateter e refluxo da urina, orientar o pacientes sobre os cuidados com o cateter. Quais os cuidados de enfermagem no manuseio; manutenção e retirada? Deve-se prevenir infecções das vias urinarias: o sistema de drenagem é fechado, e não pode ser aberto indevidamente para minimizar a contaminação; manter a urina fluindo sem obstrução, refluxo ou estase, que podem causar crescimento de microrganismos; manter as técnicas assépticas ao manipular o cateter; manter o paciente produzindo urina, com oferta adequada de líquidos, impede que haja estase da urina e remove os patógenos da bexiga; manter o tubo de drenagem para impedir que haja tração do cateter e danos a mucosa e ao esfincter; manter a pele do períneo e a mucosa limpas para que não haja irritação ou incrustações no cateter. Para a remoção, deve-se orientar o paciente sobre o procedimento, colocar uma toalha entre suas pernas, calçar as luvas, removero tubo coletor de sua fixação na coxa e desinflar o balão, sugando o liquido. Se não aspirar tudo, não se deve puxar o cateter, pois isso vai lesionar a uretra. Retirase lentamente e enrola-se o cateter na toalha ou pano, e lavar com água e sabão toda a área perineal. Após isso, o enfermeiro deve monitorar as próximas eliminações espontâneas de urina do paciente, para averiguar se ele mantém o controle da bexiga, observar sinais de infecção e guardar e medir toda a urina eliminada nas próximas 8 horas em relação a volume, cor, odor e presença de sangue. Comparar a ingestão de líquidos com a excreção e monitorar distensão vesical.
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