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Cateterismo Vesical

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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina - UNIFACS Turma XV 
Existem dois tipos de cateterismo vesical: 
1. Sonda vesical de demora 
2. Sonda vesical de alívio ou intermitente 
 SONDA VESICAL DE DEMORA 
É um procedimento estéril (pois a bexiga é um meio 
estéril) onde ocorre a introdução de uma sonda até a 
bexiga, com a finalidade de facilitar a drenagem da 
urina ou instilar medicação ou líquido. 
Este tipo de sonda é indicada quando é necessário o 
esvaziamento constante da bexiga, monitorar o débito 
urinário, fazer o preparo cirúrgico, realizar irrigação 
vesical ou para diminuir o contato da urina com lesões 
de pele próximas à região genital, de forma contínua 
por vários dias, semanas ou meses. 
Geralmente é transitório, porém 
a casos em que permanece por 
um período indeterminado. Pode 
ser de duas a três vias, sendo uma 
a entrada para insuflar balonete, 
outra para saída de urina e a 
terceira para irrigação da bexiga 
É realizado com cateter de Foley (cateter flexível com 
duplo ou triplo lúmen) 
É indicado no caso de: 
• Drenagem vesical por obstrução aguda ou crônica; 
• Disfunção vesical (bexiga neurogênica); 
• Irrigação vesical; 
• Drenagem vesical após cirurgias urológicas e 
pélvicas; 
• Monitoramento do volume urinário em pacientes 
graves; 
• Incontinência urinária; 
• Assegurar higiene e a integridade da pele em região 
perineal. 
 
Para o procedimento, é necessário: 
• Um kit de sondagem vesical: Inclui sonda tipo 
“Folley” e coletor de urina de sistema fechado; 
• Bandeja estéril para o procedimento com cubas e 
pinças; 
• Um Campo estéril; 
• Um par de luvas estéreis; 
• Água e sabão neutro; 
• Um degermante; 
• Clorexidina aquosa 2%; 
• Uma sonda vesical, duas ou três vias de calibre 
adequado; 
• Xilocaína geleia 2%; 
• Dois a três pacotes de gaze; 
• Uma seringa de 5 ml (se paciente pediátrico) ou 20 
ml (se paciente adulto) – com ponta luer slip que 
encaixe no dispositivo de preenchimento do 
balonete da sonda; 
• 5 a 15 ml de água destilada (depende se pediátrico 
ou adulto); 
• Fita adesiva microporosa hipoalergênica; 
• Uma agulha de aspiração 
Passo a passo: 
1. Lavar as mãos. 
2. Reunir e organizar 
o material 
3. Explicar o 
procedimento ao 
paciente ou 
acompanhantes, 
se for o caso. 
4. Calçar luvas de procedimento. 
5. Verificar as condições de higiene do pênis tendo o 
cuidado de expor a glande para higienização 
eficaz. Se necessário, higienize com água e sabão. 
6. Posicionar a paciente em decúbito dorsal. 
7. Abrir o pacote de sondagem, acrescentando 
quantidade suficiente de antisséptico na cuba rim, 
pacotes de gaze sobre o campo estéril, seringas e 
agulha para aspiração. 
8. Aspire a água destilada na seringa (com auxílio de 
um colega para segurar a ampola). 
9. Teste o cuff e a válvula da sonda instilando a água 
destilada. 
10. Conecte a sonda no coletor de urina sistema 
fechado, feche o clamp de drenagem que fica no 
final da bolsa e certifique-se que o clamp do 
circuito próximo da sonda esteja aberto. 
11. Dobrar a gaze e colocar na cuba com a clorexidina 
degermante. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina - UNIFACS Turma XV 
12. Coloque lubrificante anestésico (Pediátrico: 3-5 
mL. Adulto: 10-15 mL) na seringa, com a ajuda de 
um colega para apertar o tubo. Em Recém-
nascidos, coloque uma porção do lubrificante 
anestésico (após descartar o primeiro jato) sobre 
o campo e/ou sobre a extremidade da sonda. 
13. Proceder à higiene do pênis com as gazes que 
foram embebidas na clorexidina no sentido 
anteroposterior e lateral-medial com o auxílio das 
pinças. 
14. Posicione o pênis do paciente 
perpendicularmente ao corpo. 
15. Colocar o campo estéril fenestrado. 
16. Com a mão não dominante segurar o pênis. Injete 
lentamente o lubrificante anestésico no orifício 
uretral e aguarde de 3 a 5 min para o efeito 
anestésico do gel. 
17. Com a mão não dominante segurar o pênis, em 
seguida, com a mão dominante, introduzir a sonda 
até retornar urina no 
intermediário da bolsa 
coletora, sendo seguro 
introduzir mais uma 
porção a fim de evitar 
inflar o balonete no 
canal uretral, pois o 
equipamento deve ser 
inflado no interior da 
bexiga urinária. 
18. Inflar o balonete com água destilada e tracionar a 
sonda para verificar se está fixa na bexiga. 
19. Retirar o campo fenestrado. 
20. Remover o antisséptico da pele do paciente com 
auxílio de uma compressa úmida, secando em 
seguida. 
21. Posicione o pênis sobre a região supra púbica e 
fixe a sonda com adesivo hipoalergênico, tendo o 
cuidado de não deixá-la tracionada. 
22. Pendurar a bolsa coletora em suporte localizado 
abaixo do leito (e não nas grades). 
23. Auxilie o paciente a se vestir e/ou coloque a fralda 
descartável. 
24. Lavar as mãos novamente, retornar e identificar a 
bolsa coletora com nome do paciente, data, turno 
e nome do enfermeiro responsável pelo 
procedimento. 
25. Registrar o procedimento no prontuário e/ou 
folha de observação complementar do paciente, 
atentando para as características e volume 
urinário 
Cateterismo de demora para paciente do sexo 
feminino 
1. Realizar higiene íntima na paciente, exceto se ela já 
tiver tomado banho. Posicioná-la confortavelmente 
e preservar sua privacidade. 
2. Colocar o recipiente para os resíduos em local 
acessível. 
3. Calçar luva de procedimento para avaliar trauma 
uretral, considerando a necessidade de tricotomia 
prévia. 
4. Descartar as luvas de procedimento e lavar as mãos 
conforme o protocolo. 
5. Abrir a bandeja de cateterismo usando a técnica 
asséptica. 
6. Colocar a paciente em posição de decúbito dorsal: 
os joelhos flexionados, os pés sobre o leito 
mantendo os joelhos afastados (posição 
ginecológica). 
7. Calçar as luvas estéreis e, a seguir sob o campo 
estéril, deve-se fazer o teste para avaliar a 
integridade do balão da sonda, insuflando-se ar com 
a seringa e desinsuflando em seguida. 
8. Separar, com uma das mãos, os pequenos lábios de 
modo que o meato uretral seja visualizado; 
mantendo-os afastados, até que o cateterismo 
termine. Atentar para o ponto que a mão que toca 
a genitália não tocará na sonda. 
9. Realizar antissepsia da região perineal, com 
movimentos únicos, utilizando gaze estéril 
embebida com clorexidina e o auxílio da pinça 
Cheron: primeiro, horizontalmente, do meato até o 
monte de Vênus. A seguir, verticalmente do meato 
até final da comissura labial posterior, inicialmente 
sobre grandes lábios, após entre grandes e 
pequenos lábios. Por último, em movimentos 
circulares sobre o meato, de dentro para fora. 
10. Após antissepsia, proceder a colocação de campo 
fenestrado estéril e novo afastamento dos grandes 
lábios. 
11. Aplicar o anestésico, no meato, 
situado abaixo do clitóris, na linha 
média. 
12. Aguardar de 2-3 minutos e, em 
seguida inserir a sondagem 
vesical. 
13. Ainda sob o campo estéril, 
conectar a sonda vesical com o 
sistema de coletor para então 
lubrificar bem a sonda com o 
anestésico tópico prescrito. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina - UNIFACS Turma XV 
14. Introduzir a sonda pré-conectada a um coletor de 
drenagem de sistema fechado, bem lubrificada 
por 5 cm a 7 cm no meato uretral, utilizando 
técnica asséptica estrita. Quando a urina não 
aparecer, verificar se a sonda não está na vagina. 
Se erroneamente posicionada, deixar a sonda na 
vagina como um marco indicando onde não inserir 
e introduzir outra sonda. 
15. Insuflar o balonete com água destilada 
(aproximadamente 10 ml), certificando-se de que 
a sonda está drenando adequadamente. 
16. Tracionar suavemente a sonda até sentir 
resistência. 
17. Fixar a sonda de demora, prendendo-a 
juntamente com o equipo de drenagem, na face 
interna da coxa com esparadrapo do tipo 
antialérgico. 
18. Secar a áreae manter a paciente confortável. 
19. Lavar as mãos. 
20. Registrar o procedimento no prontuário e/ou 
folha de observação complementar do paciente, 
atentando para as características e volume 
urinário 
 SONDA VESICAL DE ALÍVIO OU INTERMITENTE 
Ao contrário da sonda vesical de demora, a sonda de 
alívio não permanece por muito tempo na pessoa, 
sendo normalmente retirada após o esvaziamento da 
bexiga. 
Este tipo de sonda é mais utilizado para drenar a urina 
antes de algum procedimento médicos ou para alívio 
imediato em pessoas com paralisia e retenção urinária 
crônica, por exemplo. Também pode ser usada em 
pessoas com bexiga neurogênica, para a obtenção de 
amostra estéril de urina ou para fazer o exame de urina 
residual após esvaziamento da bexiga. 
É realizado com sonda uretral 
(cateter de Nélaton). 
É indicado no caso de: 
• Alívio para retenção urinária 
aguda; 
• Determinação do resíduo urinário; 
• Obtenção de uma amostra de urina para exame 
laboratorial; 
• Instalação intravesical de medicamentos; 
• Exploração da uretra 
 Materiais necessários: 
➢ bolas de algodão ou gazes não estéreis; 
➢ sabão líquido neutro; 
➢ água morna; 
➢ luva de procedimento; 
➢ Cateter uretral de Nélaton, descartável e estéril; 
➢ um par de luvas de procedimento; 
➢ um par de luvas estéril; 
➢ 1 pacote de gaze; 
➢ Máscara cirúrgica, óculos e avental de 
procedimento; 
➢ 1 kit de sondagem vesical: cuba-rim, cúpular, 
pinça cheron, campo estéril (0,75m x 0,75m); 
➢ Anestésico em gel estéril (lidocaína); 
➢ Antisséptico aquoso (clorexidina aquosa 0,2%). 
Passo a passo: 
1. Fazer Higienização íntima do paciente, antissepsia 
da mesma forma que o cateterismo de demora; 
2. Utilizar cateter uretral sem balão de fixação, que 
pode ser de nylon, silicone, teflon ou poliuretano. 
3. Introduzir o cateter no meato urinário até a 
drenagem da urina e manter o cateter somente 
enquanto houver drenagem de urina; 
4. Quantificar o débito; 
5. Após término de procedimento, realizar 
higienização adequada e registrar o procedimento 
no prontuário, anotando data e hora do 
cateterismo, tipo e calibre do cateter, volume de 
água do balão, quantidade, coloração e 
características da urina, bem como reações do 
paciente decorrentes do procedimento.

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