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2 Da sucessão testamentária

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APOSTILA 
DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
Dia 16/10/2017
DO TESTAMENTO EM GERAL – CC, arts. 1857/1859
ORIGEM
Em Roma. O herdeiro era continuador da personalidade do morto, dentro da família, e do culto dos antepassados.
Não se admitia patrimônio que não fosse íntegro. 
Se o testador testasse metade, por exemplo, o aquinhoado herdaria todo o resto. 
Portanto, era incompatível a convivência das duas formas de sucessão: a testamentária e a legítima.
Na Idade Média. Era costume deixar sempre algo para a Igreja.
		Se o falecido não o fizesse seus herdeiros supririam a falta.
CONCEITO DE TESTAMENTO
“É o testemunho justo de nossa mente feito de forma solene para que valha para depois de nossa morte.” (Ulpiano)
“É a justa expressão de nossa vontade a respeito daquilo que cada qual quer que se faça depois de sua morte.” (Modestino)
É negócio jurídico solene pelo qual alguém, nos termos da lei, dispõe de seus bens, no todo ou em parte, para depois de sua morte (1.857)
Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte.
§ 1o A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no testamento.
§ 2o São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha limitado.
CARACTERES DO TESTAMENTO (Negócio Jurídico)
Unilateralidade
É personalíssimo
Somente pode ser efetuado pelo testador.
Não poderá haver realização por representante legal ou convencional.
Forma-se pela vontade do testador, independente da aceitação pelo herdeiro.
PARTICIPAÇÃO INDIRETA DE TERCEIRO NA ELABORAÇÃO. Pode haver – Ex.: o parecer de um jurista, o auxílio de um advogado ou notário na elaboração. 
Art. 1.858. O testamento é ato personalíssimo (unilateral), podendo ser mudado a qualquer tempo.
Revogabilidade
A lei admite sua revogação total ou parcial, de modo que testamento posterior revoga (CC, arts. 1969 a 1972) o anterior no que diz respeito às disposições patrimoniais.
Se o testador revogar testamento revogatório (aquele que revoga testamento já elaborado): a lei não contempla, mas é necessário que o testador expresse a vontade de reviver o testamento. 
Ex.: Test.1 > Test.2 revogatório > Test.3 revoga o Test. 2 revogatório.
Art. 1.969. O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma como pode ser feito.
Art. 1.970. A revogação do testamento pode ser total ou parcial.
Parágrafo único. Se parcial, ou se o testamento posterior não contiver cláusula revogatória expressa, o anterior subsiste em tudo que não for contrário ao posterior.
Art. 1.971. A revogação produzirá seus efeitos, ainda quando o testamento, que a encerra, vier a caducar (nasceu válido mas perdeu seus efeitos) por exclusão, incapacidade ou renúncia do herdeiro nele nomeado; não valerá (a revogação não será válida, portanto, o testamento anterior produz efeitos), se o testamento revogatório for anulado por omissão ou infração de solenidades essenciais ou por vícios intrínsecos (Ex.: Impossibilidade material por não existir o sujeito ou a deixa).
Art. 1.972. O testamento cerrado que o testador abrir ou dilacerar, ou for aberto ou dilacerado com seu consentimento, haver-se-á como revogado.
ESTIPULAÇÕES TESTAMENTÁRIAS EXTRAS PATRIMONIAIS
CC, art. 1857 - § 2o São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha limitado.
A finalidade precípua do testamento é dispor dos bens para depois da morte, pode o ato conter disposições sem cunho patrimonial, como o reconhecimento de filho, nomeação de tutor ou curador.
Testamento é negócio jurídico com efeito mortis causa. Quando um ato busca atingir um determinado efeito no campo jurídico tem-se um negócio jurídico. Que repousa na autonomia da vontade.
Decorre de expressa manifestação de última vontade do falecido, em testamento ou codicilo (CC, art. 1881).
Codicilo - Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou jóias, de pouco valor, de seu uso pessoal.
É o negócio jurídico capaz de instituir herdeiros e/ou legatários.
RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE (estipulações testamentárias extras patrimoniais)
É nula cláusula que proíbe a revogação do testamento (testamento pode ser revogado a qualquer tempo), salvo o reconhecimento de paternidade, que é irrevogável.
O reconhecimento de paternidade é irrevogável mesmo que seja a paternidade socioafetiva. 
Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando feito em testamento.
Caracteres do Testamento
Personalíssimo: é privativo do autor da herança; pode ser mudado a qualquer tempo (CC, art. 1858).
Unilateral: forma-se por uma única vontade, a do testador.
Solene: só terá validade se observadas as formalidades prescritas na lei.
Gratuito: não visa obtenção de vantagens para o testador.
Revogável: será inválida da cláusula que proíbe a sua revogação (CC, art. 1969).
É ato causa mortis: produz efeitos somente após a morte do testador.
AÇÃO ANULATÓRIA DO TESTAMENTO
Prazo de cinco anos contados da data de seu registro.
Ação pela qual se exerce a pretensão anulatória é constitutiva
Anula-se um ato jurídico já constituído; será desconstituída uma situação jurídica.
O prazo é decadencial; perde-se o direito à ação.
DIREITO DE IMPUGNAR A VALIDADE DO TESTAMENTO
Art. 1859. Extingue-se em cinco anos contados da data de registro do testamento.
= Formalidade.
DIREITO DE ANULAR A DISPOSIÇÃO TESTAMENTÁRIA. 
Art. 1909. Extingue-se em quatro anos, contados da data do conhecimento do vício.
= Vício de consentimento.
DA CAPACIDADE DE TESTAR
Trata-se de legitimação para o ato.
Só não podem testar os incapazes.
Aqueles que não possuem discernimento (bêbados, drogados)
Podem testar os maiores de dezesseis anos.
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.
INCAPACIDADE SUPERVENIENTE
Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade.
QUAIS AS PESSOAS LEGITIMADAS PARA EFETUAR O ATO DE TESTAR? 
Todas as pessoas físicas e jurídicas podem receber por testamento. Porém, só as pessoas físicas podem testar.
Os maiores de 16 anos podem testar mesmo sem assistente.
	IRREPRESENTABILIDADE/CAPACIDADE ESPECIAL.
O testamento é ato unilateral e unipessoal, não há que se falar em assistência de representante legal.
A pessoa que completa dezesseis anos adquire capacidade especial para outorgar testamento.
Enquanto não alcançar a idade de dezesseis anos não pode testar.
O SURDO-MUDO que recebeu educação adequada (saber ler e escrever) pode fazer testamento público, cerrado ou particular.
Se não souber ler só poderá fazer o testamento público.
CAPACIDADE DE TESTAR E EMANCIPAÇÃO
Menor que tenha atingido a capacidade civil por outros meios permitidos em lei (casamento aos 15 anos com suplementação judicial de idade, por exemplo) não pode testar porque a capacidade de testar é independente da emancipação.
INCAPACIDADE POR FALTA DE DISCERNIMENTO OU ENFERMIDADE MENTAL
O agente (testador) deve ter capacidade de entender o ato e seu alcance.
Saúde mental deficiente no momento da feitura da cártula pode ensejar anulação do ato.
É o caso dos interditos.
E QUANDO NÃO HÁ O DECRETO DE INTERDIÇÃO? COMO PROVAR QUE O TESTADOR NÃO POSSUIA DISCERNIMENTO?
A prova é difícil. Deve dizer se o agente estava no momento de testar em plenas faculdades mentais.Assim, não tem capacidade de testar: 
o demente,
aquele que testou sob efeitos de alucinógeno,
aquele que estava ao tempo do ato estado etílico.
todos em situação capaz de tolher o discernimento.
O CONJUNTO PROBATÓRIO. Deve girar em torno do:
Momento: é o da época em que o testamento foi feito.
Da observação da situação de vida do testador.
Deve-se, de qualquer modo, presumir pela capacidade.
IMPORTANTE OBSERVAR
 Laudos médicos de tratamento à época do testamento; exame grafotécnico da assinatura do testador; da caligrafia do testador; como foi redigida se em linguagem lógica ou não (auxiliam na percepção do estado psíquico de quem escreve). 
TESTAMENTO CONJUNTIVO
Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo.
a) Testamento simultâneo (ou de mão comum). Ocorre quando dois testadores, no mesmo ato, beneficiam, conjuntamente, terceira pessoa.
b) Testamento recíproco. Ocorre quando os testadores, num só ato, beneficiam-se mutuamente, instituindo herdeiro o que sobreviver.
c) Testamento correspectivo. Os testadores, no mesmo instrumento, fazem disposições testamentárias no qual além da reciprocidade, cada testador beneficia o outro na mesma proporção em que este o tiver beneficiado.
18/10/2017
RESUMO DA AULA ANTERIOR:
Caracteres do Testamento
Personalíssimo: é privativo do autor da herança; pode ser mudado a qualquer tempo (CC, art. 1858).
Unilateral: forma-se por uma única vontade, a do testador.
Solene: só terá validade se observadas as formalidades prescritas na lei.
Gratuito: não visa obtenção de vantagens para o testador.
Revogável: será inválida da cláusula que proíbe a sua revogação (CC, art. 1969).
É ato causa mortis: produz efeitos somente após a morte do testador.
AÇÃO ANULATÓRIA DO TESTAMENTO
Prazo de cinco anos contados da data de seu registro.
Ação pela qual se exerce a pretensão anulatória é constitutiva
Anula-se um ato jurídico já constituído; será desconstituída uma situação jurídica.
O prazo é decadencial; perde-se o direito à ação.
CAPACIDADE DE TESTAR E VÍCIO DE VONTADE
Pode-se pedir: 
	1º - AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE POR FALTA DE DISCERNIMENTO 
5 anos da data do registro do testamento = ausência da capacidade de testar = ato nulo.
	2º - AÇÃO DE ANULAÇÃO DO ATO POR VÍCIO DE CONSENTIMENTO 
4 anos da data do conhecimento do vício = ato anulável.
Existe o discernimento, mas a vontade está viciada.
INCAPACIDADE SUPERVENIENTE
Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade.
CAPACIDADE DE TESTAR E EMANCIPAÇÃO
Menor que tenha atingido a capacidade civil por outros meios permitidos em lei não pode testar porque a capacidade de testar é independente da emancipação.
Exemplo: casamento aos 15 anos com suplementação judicial de idade.
CAPTAÇÃO DE VONTADE OBTIDA POR MEIOS REPROVÁVEIS
Mentiras, armadilhas emocionais, calúnia para com terceiros relacionados com a herança, atitude de dominação para com o testador.
Juiz deve avaliar se a violência cessou e permitiu que o testador pudesse ter feito outro testamento.
Os vícios de vontade podem ser causas de exclusão da sucessão (CC, art. 1814, III - Indignidade, e 1961 - deserdação).
PODEM TESTAR QUEM TIVER DISCERNIMENTO PLENO
Podem testar o cego, surdo, surdo mudo, o analfabeto.
Art. 1.865. Se o testador não souber, ou não puder assinar, o tabelião ou seu substituto legal assim o declarará, assinando, neste caso, pelo testador, e, a seu rogo, uma das testemunhas instrumentárias.
Na hipótese de surdez Caio também pode testar por instrumento público, podendo ler ou requisitando a alguém que leia o registro nos termos do art. 1866 do Código Civil.
Art. 1.866. O indivíduo inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento, e, se não o souber, designará quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas.
CEGO
Art. 1.867. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada menção no testamento.
SURDO
Se for apenas surdo poderá testar na forma pública
Se não souber ler o testamento será lido pelo oficial público.
Leitura por si próprio, sabendo ler.
Art. 1.866. O indivíduo inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento, e, se não o souber, designará quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas.
SURDOS-MUDOS
Não basta que o surdo-mudo possa exprimir-se, é preciso vontade testamentária idônea.
Não é suficiente a expressão técnica por outrem de sua vontade, é necessário que o surdo-mudo saiba escrever.
Testamento Cerrado. Surdo-mudo pode testar sob a forma cerrada se souber escrever.
CC, art. 1.873. Pode fazer testamento cerrado o surdo-mudo, contanto que o escreva todo, e o assine de sua mão, e que, ao entregá-lo ao oficial público, ante as duas testemunhas, escreva, na face externa do papel ou do envoltório, que aquele é o seu testamento, cuja aprovação lhe pede.
ANALFABETO/TESTAMENTO CERRADO
Art. 1.872. Não pode dispor de seus bens em testamento cerrado quem não saiba ou não possa ler.
Art. 1.871. O testamento pode ser escrito em língua nacional ou estrangeira, pelo próprio testador, ou por outrem, a seu rogo.

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