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A importancia das arvores

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A IMPORTÂNCIA DAS ÁRVORES
Resumo
O presente trabalho visa relacionar aspectos da importância da vegetação na área urbana a partir de uma análise biológica e social do espaço brasileiro. Assim ele toma como ponto de referência a opinião de planejadores e da população, sobretudo após século XIX, de forma a concluir um ponto de convergência entre os aspectos levantados.
Uma análise quanto à importância das praças públicas é tida como relevante neste contexto, no que se refere à sua importância como setor de lazer aos mais pobres, e como o governo trata desta questão.
Considerações sobre as origens das vegetações nas cidades brasileiras
O Brasil, como um país subdesenvolvido, assistiu suas cidades crescerem de forma desordenada e desprovida de planejamento. Este fato fez com que a população e os planejadores se preocupassem com a inserção de áreas verdes na cidade, tendo em visto que esta prática vem a trazer uma diminuição de impactos causados pela urbanização, como pode-se citar a elevação de temperaturas, principalmente em áreas de acentuada verticalização.
Pode-se ressaltar que esta preocupação não era vista até o século XIX, onde cidades eram tomadas como espaço físico oposto ao rural. Porém também, nesta época os problemas causados pela urbanização não eram tão preocupantes. Pode-se se destacar as cidades de Teresina-PI pela grande vegetação na cidade e Aracaju-Se, primeira cidade planejada do Brasil, com expressiva vegetação nativa de coqueiros.
Vegetação planejada por praças, parques naturais e jardinagens luxuosas passaram a integrar as cidades brasileiras de forma expressiva no século XX. Esta vegetação ocupava normalmente áreas de difícil acesso pra construção civil, onde a topografia inviabilizava projetos urbanos. Com o advindo da era do café no Brasil, a jardinagem e arborização do espaço urbano passaram a ser algo freqüente e de real importância na visão de investidores, governantes e projetistas.
Observa-se, portanto, que a inserção do verde nas cidades brasileiras é concomitante
à evolução das funções das praças. Estas, que eram constituídas de imensos espaços
totalmente abertos sem a presença de vegetação, servindo exclusivamente como local de
reunião de pessoas, passa agora a ser incrementada na cidade como um jardim. Mais
agradáveis, estética e funcionalmente, as praças-jardins constituem um marco fundamental da
incrementação e valorização da jardinagem na cidade, principalmente em locais públicos.
Necessidade e Função do Verde nas Cidades Contemporâneas
Dois fatores chamam a atenção como causas do aparecimento mais gradativo e ansiado da vegetação no espaço urbano brasileiro: as necessidades ambientais, cada vez mais agredidas pelo mundo industrial urbano, e a monotonia das cidades, sendo a arborização e jardinagem anseio social na cidade.
Do ponto de vista social e visando o lazer , pode-se observar que Marx (1980, p. 67) representa como a arborização foi importante na evolução das nossas cidade:
A arborização e o ajardinamento dos espaços públicos principia na segunda
metade do século passado, época em que se difunde como nova exigência
pelo mundo. Há poucas gerações, portanto, que as plantas passaram a ornar e
a amenizar nossas ruas e praças. Além dos jardins comuns, raros e criados
apenas nas cidades principais, a imagem urbana desconhecia árvores e
canteiros nas vias e nos largos. De tratamento muito pobre, estes conheciam
a sombra dos beirais e de uma ou outra árvore plantada por trás dos muros de
algum terreno particular. O que pode parecer hoje uma atmosfera árida e
causticante ao sol do meio dia era então a expansão clara da vida não rural e
muito menos sertaneja. As matas, os matos, os campos e as roças ficavam
fora do perímetro urbano que guardava o chão limpo batido de terra. As
plantas, as suas flores e frutos, fartos por toda a redondeza só entravam na
cidade para satisfazer a necessidade ou o gosto do dono de alguma
propriedade.
No entanto tem-se que destacar o aspecto mais amplo e crítico da importância do verde na vida urbana, principalmente no que se refere à manutenção do equilíbrio da natureza. Pontos como equilíbrio do solo, composição atmosférica e poluição sonora devem ser destacados como diretamente afetados por um planejamento , ou falta deste, ideal da vegetação na cidade. 
A vegetação age na atmosfera filtrando o ar da poeira urbana, assim como o reciclando com a ação da fotossíntese (consume de CO2 e liberação de O2), além de atuar na regulação da umidade (transpiração) e temperatura do ar.
A ação no solo é expressiva. Além de proteger o solo da erosão, a vegetação é responsável pela manutenção de sua permeabilidade e fertilidade, através do processo de decomposição.
A vegetação é importante também como amortecedor do ruído urbano. O ruído além de provocar problemas físicos, também é fator de má qualidade de vida na cidade, pois causa stress. 
Daí, analisando por um ponto de vista social, a vegetação causa uma sensação de qualidade de vida nas pessoas, propiciando momentos de descanso da monotonia urbana, além de incentivar a prática de exercícios físicos e esportes.
O quadro 1 apresenta de forma detalhada os benefícios de se planejar ambientes naturais na cidade:
De acordo com pesquisa e bibliografias pode-se observar que há por parte da população e do governo um descaso no sentido de se conhecer a importância da vegetação, principalmente o papel dela na vida ambiental e na saúde das pessoas. É importante que se invista em educação para que a população tenha em mente, seja através do ensino padrão ou da mídia, que a vegetação tem seu papel climático e equilibrador do ambiente antes de ser um objeto de decoração.
Agora é interessante levantar a visão de Jacobs quanto à importância biológica das árvores na cidade:
“os parques não são os pulmões da cidade
(...) São necessários cerca de 12 mil m2 de árvores para absorver a quantidade de dióxido de
carbono que quatro pessoas geram ao respirar, cozinhar e aquecer a casa. São as correntes de
ar que circulam à nossa volta, e não os parques, que evitam que as cidades sufoquem”.
Ainda assim, é importante ressaltar que atributos importantes continuam a serem relevantes como se observa no quadro 1, anteriormente analisado.
Outro fato de importante análise é que apesar da árvore atender ás necessidades humanas, é indispensável que o projetista da arborização pense na saúde da vegetação, evitando locais de grande verticalização urbana, onde não se encontram requisitos mínimos para o desenvolvimento da vida vegetal.
Do ponto de vista social é importante também que se garante igualdade no que se refere ao espaçamento da vegetação urbana, onde não seja favorecida, por uma melhor qualidade de vida propiciada pelo verde, uma minoria.
A arborização e jardinagem como ponto chave para levar lazer à população devem ser feitos de forma igual, responsável e com condições necessárias para que a função seja atendida. Não é só o verde que faz de um parque um ponto adequado para o lazer. Aspectos civis , como saneamento, segurança e estruturação adequada, devem ser considerados paralelamente. 
 Dados sobre espaços verdes, do Departamento de Água e Energia Elétrica de São
Paulo (DAEE), mostram que, de um total de 976 praças, do Estado de São Paulo, que ocupam
5,8 milhões de m2 , 11% não são arborizadas, 31,5% não apresentam plantas rasteiras e
somente 13% dispõem de parque infantil ou tanque de areia. Ainda, 68% dessas praças não
são dotadas de sanitários públicos (NUCCI, 2001, p. 80).
Conclusão
Considera-se que devido à precariedade dos sistemas de lazer na maior parte das
cidades brasileiras e a crescente dificuldade de acesso por parte de grande parcela da
população, torna-se fundamental a conservação do verde nos diversos espaços públicos
urbanos, pois somente desta forma pode-se conseguir garantir o mínimo de qualidade de vida
à população. Cabe salientarque a ênfase dada às praças públicas se explica pelo fato destas
estarem mais próximas do cotidiano da população em geral.
Sem dúvida, medidas como a arborização de vias públicas, praças, vazios urbanos
destinados à área verde, encostas e fundos de vale, principalmente com espécies nativas,
podem contribuir significativamente na amenização do clima urbano e, sobretudo, para a
melhoria da qualidade de vida humana.
A preocupação com a preservação do verde nos espaços públicos deve ser uma
constante para todos os cidadãos, poder público e profissionais da área no sentido de se
entender que a cidade, quando cultivada e mantida a educação ambiental, constitui um
ambiente mais saudável para a vida humana e, portanto mais propício ao crescimento das
espécies vegetais. Assim sendo, todos os cidadãos desempenham papel importante na sua
manutenção. Essa cumplicidade entre todas as esferas presentes no espaço urbano é a
condição básica para o alcance de uma melhor qualidade ambiental urbana e um padrão
mínimo de qualidade de vida humana.
Bibliografia
JACOBS, J. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000, 51
MARX, M. Cidade Brasileira. São Paulo: Melhoramentos/Editora da Universidade de São
Paulo, 1980.
NUCCI, J. C. Qualidade Ambiental e Adensamento Urbano. São Paulo:
Humanitas/FFLCH-USP, 2001.